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PRÁTICA 1

SECAGEM

PROFª.  DRA.  RENATA  BRAGA  SOARES  

LABORATÓRIO DE BALANÇO DE MASSA E ENERGIA


SUMÁRIO

•  INTRODUÇÃO

•  OBJETIVO DA PRÁTICA

•  PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

•  CÁLCULOS

•  CONSIDERAÇÕES

•  REFERÊNCIAS

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SECAGEM

Operação unitária que tem o objetivo de remover um líquido agregado a um material

sólido, onde o mesmo passa para uma fase gasosa insaturada pela vaporização térmica.

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PRINCÍPIOS DA SECAGEM

u  Caracteriza-se pela evaporação de um líquido volátil presente em um material sólido;

u  Importante para a conservação de alimentos, aumenta o tempo de prateleira;

u  Envolve a combinação dos fenômenos de transferência de calor e massa;

u  Difusão líquida e de vapor;

u  Escoamento de vapor e líquido.

Fonte: FOUST, 1982.

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OBJETIVO DA PRÁTICA

O experimento de secagem visa comparar a perda de água em dois sistemas.

01 02
02
02
O primeiro sistema é o algodão O segundo sistema é algodão umedecido
umedecido com água com uma face da com água com duas faces da bandeja
bandeja exposta ao fluxo de ar. expostas ao fluxo de ar.

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MATERIAIS

ü  Anemômetro e barômetro

ü  Cronômetro e Trena

ü  Béquer de 50mL

ü  Conta gotas


Figura 1: Anemômetro digital.
ü  Algodão
Figura 2: Barômetro aneróide.
ü  Água

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MATERIAIS

- Aparelho de Secagem

(2) (3) (4)


(1)

(b)

(a)

Figura 3: (a) Sistema de secagem e (b) controlador.

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MATERIAIS

- Esquema simplificado do processo

TI
Duto de
Ventilador Serpentina TI Aquecedor
Secagem

(1) (2) (3) (4)

Figura 4: Esquema simplificado do processo de secagem.

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MATERIAIS

- Partes do equipamento

Ventilador

(1)

Figura 5: Ventilador utilizado no equipamento de secagem.

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MATERIAIS

- Partes do equipamento

Serpentina

(2)

Figura 6: Serpentina de desumidificação do ar.

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MATERIAIS

- Partes do equipamento

TI Aquecedor TI

(3)

Figura 7: Aquecedor com resistência e termômetros.

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Figura 8: Aquecedor com resistência e termômetros.

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MATERIAIS

Duto de
Secagem

(4)

Figura 9: Duto de secagem com bandejas paralelas.

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Figura 10: Bandejas com algodão úmido.

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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

•  Adicionar água no termômetro de bulbo úmido e colocar a abertura em direção


oposta ao fluxo de ar.
•  Colocar todos os termômetros em direção oposta ao fluxo de ar.
•  Desmontar as bandejas de suporte do algodão.
•  Adicionar o algodão, montar o suporte e pesar.
•  Ligar o ventilador.
•  Ligar o desumidificador com o umidostato no “muito seco”.
•  Ligar o aquecimento.

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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

•  Pesar 47 gramas de água e gotejar com


ajuda de um conta gotas por todo o
algodão para as duas bandejas.

•  Coletar as medidas do duto e do fluxo de


ar no duto (comprimento e largura do duto
onde fica as bandejas).
Figura 11: Corte lateral do duto de secagem.

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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

•  No tempo 0 e em intervalos de 5 minutos, retirar as bandejas simultaneamente para

pesagem.
•  Coletar as temperaturas de bulbo úmido e seco também nestes intervalos. O cálculo

deverá ser feito com a média destas temperaturas.


•  Coletar a pressão barométrica no início do experimento.

•  Fazer a curva de secagem, calcular o coeficiente de transmissão de calor e

compara-las entre as duas bandejas.

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CURVA DE SECAGEM

Para construir a curva de secagem precisamos de alguns dados:

•  Temperatura de bulbo seco (Tbs);


•  Temperatura de bulbo úmido (Tbu);
•  Vazão de secagem que sai do ventilador;
•  Diâmetro do duto onde se coloca a amostra para secagem;
•  Massa seca do material;
•  Dimensões da bandeja; Figura 12: Bulbo seco e bulbo úmido.

•  Pressão barométrica.

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CURVA DE SECAGEM

O primeiro passo é calcular a umidade em base seca dada pela fórmula:

No qual temos:

x = Umidade do sólido em base seca [kg água · kg–1 de matéria seca];


massa úmida = Massa total de amostra [kg];
massa seca = Massa antes da secagem [kg].

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CURVA DE SECAGEM

O segundo passo é calcular a taxa de secagem por convecção:

No qual temos:

R = Taxa de secagem por convecção [kg · m-2 · s–1]; 


Massa de água evaporada = Massa de água na qual está ocorrendo a secagem [kg]; 
A = Área de transferência do algodão [m2];
Δt = Intervalo de tempo de cada medida [s].

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CURVA DE SECAGEM

O terceiro passo é calcular a umidade em base seca média dada pela fórmula:

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CURVA DE SECAGEM

A figura abaixo apresenta a curva de secagem da umidade em relação ao tempo.

Figura 13: Curva típica de secagem (Tadini, 2016).

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CURVA DE SECAGEM

A figura 14 apresenta uma curva típica de secagem. Para plotar a curva de secagem utilizamos
os dados da taxa de secagem (R) pela umidade de base seca (x).

Figura 14: Curvas de secagem (Tadini, 2016).

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COEFICIENTE CONVECTIVO DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR

O coeficiente convectivo de transferência de calor é calculado pela fórmula:

No qual temos:

h = Coeficiente convectivo de transferência de calor [kJ · m-2 · s–1];

Rc = Taxa crítica de secagem por convecção obtida pela curva de secagem [kg · m-2 · s–1];

𝜆𝑇𝑏𝑢 : Calor latente na temperatura de bulbo úmido (valores tabelados) [kJ.kg-1]; ;

Tbs = Temperatura do bulbo seco [°C];

Tbu = Temperatura do bulbo úmido [°C].

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CONSIDERAÇÕES

•  Calculando o coeficiente de transferência de calor para os equipamentos que apresentam 1 bandeja e


2 bandejas podemos observar qual deles terá maior facilidade para realizar a troca térmica.

•  Apresenta como vantagens o aumento de vida útil do produto, reduzindo a proliferação de


microrganismos, facilita no transporte, estocagem, comercialização e reduz os custos, através da
redução de peso e volume do produto.

•  Através da taxa de secagem podemos comparar qual dos equipamentos de 1 bandeja e 2 bandejas foi
mais eficiente.

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CONSIDERAÇÕES

Algumas recomendações devem ser seguidas durante a realização de ensaios:

•  As amostras devem ser representativas;

•  A posição das amostras deve ser semelhante;

•  As condições do ar de secagem (T, UR) e a velocidade (v) devem ser

constantes no ensaio;
•  Devem-se conduzir diversos ensaios com amostras de diferentes tamanhos ou

espessuras, quando possível.

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CONSIDERAÇÕES

•  Em uma bandeja, a posição do alimento também deve ser semelhante, de


modo que a razão entre a área da amostra que fica exposta ao meio secante e a
que não fica exposta seja a mesma.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

1) TADINI, C. C.; TELIS, V. R. N.; MEIRELLES, A. J. A.; FILHO, P. A. P. Operações Unitária na


indústria de alimentos. Volume 2. LTC.

2) Çengel, Yunus A. Ghajar, Afshin J. Transferência de calor e massa. 2ª Edição. LTDA.

3) FOUST, A. S. et. al. Princípios das Operações Unitárias, Ed. Guanabara Dois, 1982.

4) SEADER, J.D.; HENLEY, E.J. and ROPER, D. K., Separation Process Principles, 3rd Ed. John Wiley
Andamp; Sons, New York, 2011.

5) NETO, J. B; MARTINS, F. P.; SILVA, A. J. O.; SIQUEIRA, A. M. O. Secagem : uma revisão , 2020.

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DÚVIDAS ??

E-mail: renata.soares@unila.edu.br

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