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PATOS DE MINAS
2015
DOUGLAS RIBEIRO OLIVEIRA
LORRANY GUIMARÃES DE MENEZES
PATOS DE MINAS
2015
AGRADECIMENTOS
O trabalho busca avaliar os efeitos da substituição da cal por materiais plastificantes inertes - filito,
fíler calcário, saibro e aditivo plastificante - em argamassas para revestimentos de alvenarias. Faz uma
breve abordagem sobre as propriedades almejadas das argamassas no estado fresco e endurecido, além
das características dos materiais plastificantes e os índices físico-mecânicos das composições
produzidas. A primeira etapa consiste na caracterização física dos plastificantes, seguida da avaliação
destes em relação aos requisitos apontados pela normativa de produção de cales hidratadas. A terceira
parte estuda o comportamento das argamassas no estado fresco produzidas com traço volumétrico
1:1:6 (cimento, plastificante, areia) e consistência padrão 270±5 milímetros. Posteriormente, nas
etapas quatro e cinco são mensuradas as características mecânicas no estado endurecido e parâmetros
de desempenho das argamassas de revestimento aplicadas em pequenos modelos de alvenaria. A
caracterização dos materiais demonstrou que foram utilizados plastificantes com módulos de finura
baixos e teores de pulverulência altos, ideal para argamassas. Faz-se ressalva da utilização de saibro
com teor de impurezas orgânicas inadequado. Em relação aos requisitos apontados para as cales
hidratadas tipo CH-III, a finura é obedecida apenas pelo cimento Portland e a retenção de água apenas
pelo fíler e filito. As argamassas no estado fresco demonstraram forte correlação entre propriedades
como a retenção de água, o fator água/cimento e o teor de ar incorporado entre si e entre os índices
avaliados no estado endurecido. Na avaliação do desempenho das argamassas para o revestimento
observou-se que a aderência à tração não foi adequada para as composições com cal e saibro, o qual
tornou o revestimento suscetível ao desgaste por abrasão. A composição com filito por sua vez devido
ao alto teor de pulverulência apresentou fissuras por retração plástica de secagem, já a argamassa com
aditivo foi a que apresentou maior absorção por permeabilidade. Todas as argamassas produzidas
tiveram desempenho satisfatório quanto ao impacto de corpo duro. A quantidade e a diversidade de
dados obtidos impediu a escolha de uma argamassa em detrimento das demais, porém forneceu
entendimento suficiente da influência dos materiais e suas características nos estados fresco e
endurecido, que pode orientar dosagens racionais adequadas às propriedades almejadas para cada
composição.
a/c - água/cimento
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
CU - Coeficiente de uniformidade
ELS - Estado limite de serviço
fc - Resistência à compressão
MF - Módulo de finura
NBR - Norma Brasileira
NM - Norma Mercosul
LISTA DE FIGURAS
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 12
2 OBJETIVOS ............................................................................................................. 14
3 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 15
4 REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................... 18
4.1 ARGAMASSAS DE ASSENTAMENTO E REVESTIMENTO .............................. 18
4.1.1 Argamassas aéreas ...................................................................................................... 19
4.1.2 Argamassas hidráulicas .............................................................................................. 19
4.1.3 Argamassas mistas ..................................................................................................... 20
4.2 PROPRIEDADES DAS ARGAMASSAS ................................................................. 20
4.2.1 Estado fresco .............................................................................................................. 21
4.2.1.1 Retenção de água ........................................................................................................ 21
4.2.1.2 Consistência e plasticidade ......................................................................................... 21
4.2.1.3 Coesão ........................................................................................................................ 22
4.2.1.4 Trabalhabilidade ......................................................................................................... 22
4.2.1.5 Reologia...................................................................................................................... 22
4.2.2 Estado endurecido ...................................................................................................... 24
4.2.2.1 Aderência.................................................................................................................... 24
4.2.2.2 Resistência mecânica .................................................................................................. 24
4.2.2.3 Módulo elástico .......................................................................................................... 25
4.2.2.4 Permeabilidade ........................................................................................................... 26
4.3 MATERIAIS PLASTIFICANTES............................................................................. 26
4.3.1 Filito ........................................................................................................................... 27
4.3.2 Fíler calcário ............................................................................................................... 27
4.3.3 Saibro.......................................................................................................................... 28
4.3.4 Plastificantes ............................................................................................................... 28
5 METODOLOGIA .................................................................................................... 30
5.1 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA PARA DOSAGEM ................................................. 30
5.2 COMPORTAMENTO DAS PASTAS ....................................................................... 32
5.2.1 Finura.......................................................................................................................... 33
5.2.2 Água da pasta de consistência normal ........................................................................ 34
5.2.3 Retenção de água ........................................................................................................ 35
5.3 ARGAMASSAS NO ESTADO FRESCO ................................................................. 36
5.3.1 Traços ......................................................................................................................... 36
5.3.2 Preparo da mistura e índice de consistência ............................................................... 37
5.3.3 Retenção de água ........................................................................................................ 38
5.3.4 Densidade de massa e teor de ar incorporado ............................................................ 39
5.3.5 Squeeze-Flow.............................................................................................................. 39
5.4 ARGAMASSAS NO ESTADO ENDURECIDO ...................................................... 40
5.5 DESEMPENHO DO REVESTIMENTO ................................................................... 43
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 47
6.1 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA .................................................................................. 47
6.2 PASTAS ..................................................................................................................... 49
6.3 ESTADO FRESCO .................................................................................................... 52
6.4 ESTADO ENDURECIDO ......................................................................................... 57
6.4.1 Resistência mecânica .................................................................................................. 59
6.4.2 Módulo elástico .......................................................................................................... 62
6.4.3 Absorção por imersão ................................................................................................. 63
6.4.4 Absorção por capilaridade .......................................................................................... 63
6.4.5 Densidade de massa aparente no estado endurecido .................................................. 65
6.4.6 Correlações em função do teor água/cimento ............................................................ 65
6.5 DESEMPENHO DO REVESTIMENTO ................................................................... 65
6.5.1 Patologias observadas................................................................................................. 66
6.5.2 Resistência de aderência à tração ............................................................................... 68
6.5.3 Absorção de água pelo cachimbo de permeabilidade ................................................ 70
6.5.4 Impacto de corpo duro ................................................................................................ 72
6.5.5 Comparativo financeiro .............................................................................................. 73
7 CONCLUSÕES ........................................................................................................ 74
12
1 INTRODUÇÃO
cal, sem que haja um consenso entre a comunidade científica quanto ao desempenho final dos
sistemas de revestimento, discordância essa que pode ser entendida pelas inúmeras variáveis
importantes ao estudo de argamassas no estado fresco e endurecido. Pretende-se então, a
análise da maior parte dessas características, através de estudos laboratoriais conforme a
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
As conclusões acerca desse estudo foram feitas à luz de conceitos de desempenho
físico-mecânicos dos estados fresco e endurecido das argamassas. Foco dado também às
questões financeiras decorrentes da substituição das cales, diminuindo o tempo de cura e
buscando a redução da alta ineficiência do lançamento das argamassas. Por fim, refere-se ao
estudo do desempenho das argamassas e dos sistemas de alvenaria, em relação a mais recente
normativa brasileira de desempenho de edificações habitacionais, ABNT NBR 15575: 2013.
14
2 OBJETIVOS
3 JUSTIFICATIVA
Com exceção das grandes empresas que atuam com modernas técnicas, a
maioria da produção da cal se dá de maneira altamente impactante, tanto
pela escavação de grandes cavas, como pela emissão de gases e partículas
poluentes durante o processo de fabricação desses derivados. (BRASIL,
2009a, p. 17).
Brasil (2009a, p. 16) também afirma que as emissões de carbono mensuradas para
a produção de uma tonelada de cal virgem são aproximadamente 1131 kg CO2 / tonelada,
havendo também consumos de 1,7 a 1,8 toneladas de rocha calcária e 240 litros de água por
tonelada de cal hidratada produzida. Há ainda, os impactos relativos ao desmonte da rocha,
transporte, moagem, desmatamento e queima de combustíveis. O impacto gerado pelas
indústrias caieiras e cimenteiras é mensurado na Tabela 1, adaptada de relatório produzido
pelo Ministério de Minas e Energia em 2014. Observa-se a emissão estimada de dióxido de
carbono por tonelada produzida pelas respectivas indústrias:
1
SÉBAIBI, Y.; DHEILLY, R.M.; QUÉNEUDEC, M. A study of the viscosity of lime cement paste:
influence of the physico-chemical characteristics of lime. Construction and Building Materials, v. 18,
p. 653-660. Paris, 2004.
17
4 REVISÃO DA LITERATURA
estas, como argamassas indicadas para assentamento apenas de alvenarias sem função
estrutural e revestimento de paredes e tetos. As argamassas de uso geral que segundo Fiorito
(2009) são comumente utilizadas em obras, são compostas basicamente de areia natural
lavada e os aglomerantes utilizados são em geral o cimento Portland e em menor escala, a cal
hidratada.
A utilização de cimento, ou cal, nas argamassas de uso geral atribui denominações
à estas considerando o tipo de aglomerante utilizado. As argamassas de cimento são
denominadas argamassas hidráulicas, enquanto as de cal são chamadas argamassas aéreas e a
composição com cimento e cal caracteriza uma argamassa mista. Thomaz (2001) afirma que a
escolha do aglomerante e o traço da argamassa deverão ser estabelecidos em função das
exigências intrínsecas de cada aplicação, referentes às características físicas de
impermeabilidade, retenção de água, plasticidade e trabalhabilidade adequadas, além da
aderência mecânica.
As argamassas hidráulicas são aquelas que passam do estado fresco para o estado
endurecido, adquirindo resistência mecânica pela reação de endurecimento de aglomerantes
por ação da água, tendo a propriedade de resistir às ações da água após o endurecimento. O
20
principal aglomerante hidráulico utilizado é o cimento Portland, que garantiu após sua
invenção maior agilidade no processo de endurecimento das pastas e, sobretudo a
possibilidade técnica para a execução de infraestruturas submersas.
4.2.1.3 Coesão
4.2.1.4 Trabalhabilidade
4.2.1.5 Reologia
C
Tensão de cisalhamento
A
D
B
Taxa de cisalhamento
a) Fluido Newtoniano - b) Fluido de Bingham - c) Fluido Pseudoplástico - d) Fluido Dilatante
Fonte: Adaptado de BAUER, 2005, p. 25
Cardoso, Pileggi, e John (2009, p.1) entendem que “os principais requisitos de
desempenho dos revestimentos estão relacionados a propriedades finais no estado endurecido,
como a resistência de aderência, o módulo elástico e a permeabilidade”. São essas
características, dentre outras que podem medir a durabilidade de um revestimento, pois
afetam diretamente a resistência das argamassas à fissuração, à penetração de agentes
agressivos e às deformações impostas pela estrutura, sejam de origem térmica, higroscópica
ou advinda de recalques.
4.2.2.1 Aderência
Santos (2008) define aderência como a propriedade de adesão das argamassas aos
substratos e afirma que a característica é influenciada pelas condições de rugosidade, umidade
e absorção do substrato, pelos componentes da pasta, pela espessura de aplicação e pela
capacidade retentora de água da argamassa. A ABNT NBR 13528:2010 por sua vez, define
aderência como a “propriedade do revestimento de resistir às tensões atuantes na interface
com o substrato” e pondera que esta não é intrínseca às argamassas e sim, uma propriedade de
interação entre as camadas do revestimento, como a base, o chapisco e a argamassa de
revestimento.
𝐸 = 𝜎⁄𝜀
Equação 1
4.2.2.4 Permeabilidade
4.3.1 Filito
“Filitos são tipos de rochas metamórficas que vêm sendo utilizadas ultimamente
como insumos em composições de argamassa de revestimento, em substituição à cal”.
(ROMANO e colaboradores, 2014, p. 75). A ABNT NBR 13529:1995 descreve o filito como
“rocha constituída por quartzo, caulinita e mica moscovita finamente dividida ou sericita, de
modo geral friável, com baixo resíduo em peneira de 0,075 mm de abertura”.
A utilização dos filitos se dá principalmente na indústria cerâmica, por se
comportar como fundente cerâmico com propriedades refratárias, possibilitando a substituição
dos caulins, por um material de menor valor. Melo e Thaumaturgo (2012) entendem que o
filito tem baixo valor agregado, pois seu beneficiamento exige apenas moagem, facilitada pela
textura granuloblástica da rocha, que permite pulverizá-la fornecendo um pó finíssimo.
A utilização dos filitos se dá nas argamassas em função da garantia de
plasticidade às pastas cimentícias e teve seu uso acentuado devido aos baixos custos de
aquisição desse insumo. Porém, é relatado por Romano e colaboradores (2014) que nenhum
dos filitos, ou blendas (misturas de filito e cal) estudados por eles, são conformes com as
normativas aplicadas para avaliação das cales. Afirmam ainda que isso se deve a não
compatibilidade química entre os dois materiais, pois os filitos tem constituição predominante
de silicatos e óxido de alumínio, enquanto as cales são compostas por ligantes como óxidos de
cálcio e magnésio.
Fíler é a designação adotada para qualquer adição mineral inerte, que contribua
com as propriedades das argamassas e concretos, devido ao efeito físico e granulométrico de
preenchimento de vazios (efeito fíler). Os fílers comumente utilizados nas dosagens de pastas
cimentícias tem origem da britagem de rochas calcária e basáltica e eram considerados
rejeitos dessas plantas industriais. Atualmente, com a descoberta das propriedades benéficas
dos fílers nos compostos cimentícios, estes têm sido considerados subprodutos industriais e
ainda assim podem ser adquiridos a baixo custo.
28
“Os fílers são materiais não reativos, finamente moídos, que devido às suas
características físicas têm um efeito benéfico sobre as propriedades das argamassas e
concretos, tais como trabalhabilidade, densidade, permeabilidade e porosidade”. (NEVILLE
citado por FONTES, 2008, p. 25). 2
Fontes (2008) ressalta que os fílers influenciam diretamente o estado fresco e o
estado endurecido das pastas, por terem elevada finura. No estado fresco os benefícios se
traduzem no aumento da trabalhabilidade, através das propriedades coesivas que aumentam a
fluidez e impedem a segregação e a exsudação. No estado endurecido, a presença dos fílers
como material de preenchimento, garante um bom empacotamento dos materiais reduzindo a
porosidade, dificultando assim a entrada de agentes agressivos.
4.3.3 Saibro
4.3.4 Plastificantes
2
NEVILLE, A.M. (1997). Propriedades do concreto. São Paulo, Ed. Pini, 2ª ed., 1997.
29
5 METODOLOGIA
Para mensurar o material fino foram realizadas lavagens de uma massa conhecida
de cada amostra e a pesagem do material retido na peneira de 75 µm após sua secagem. O
material fino determinado por este ensaio é chamado também material pulverulento e espera-
se que contribua para o empacotamento das partículas.
Por sua vez, as impurezas orgânicas presentes em um agregado ou adição são
prejudiciais às argamassas e o ensaio estabelecido pela ABNT NBR NM 49:2001 visa a
comparação visual entre a cor de uma solução de hidróxido de sódio em contato com o
agregado com uma solução composta por ácido tânico e hidróxido de sódio. Se a mistura com
o agregado se mostrar mais escura que o referencial o agregado é considerado impróprio para
utilização.
32
(A) (B)
a) Lavagem de material na peneira #200 - b) Ao centro, filtração da solução de hidróxido de sódio
com agregado; à direita a solução colorimétrica padrão.
Fonte: Elaborada pelos autores, 2015.
Quadro 2 - Normas utilizadas para comparação das adições plastificantes com a cal
NBR 7175 2003 Cal hidratada para argamassas: Requisitos
NBR 9289 2000 Determinação da finura
NBR 9290 1996 Determinação da retenção de água
NBR 14399 1999 Determinação da água da pasta de consistência normal
Fonte: Elaborado pelos autores, 2015.
FINURA
CONSISTÊNCIA NORMAL
RETENÇÃO DE ÁGUA
5.2.1 Finura
(A) (B)
a) Manômetro com bocal pulverizador - b) Lavagem do material utilizando jato de água
Fonte: Elaborada pelos autores, 2015.
(A) (B)
a) Aparelho de Vicat - b) Ensaio de penetração em pasta
Fonte: Elaborada pelos autores, 2015.
5.3.1 Traços
O traço escolhido para a mistura das argamassas e para análise neste trabalho é
comumente utilizado para assentamento e revestimento, servindo bem ao desempenho de
argamassas de uso geral. A relação aglomerante/agregados é 1:3, assim a argamassa de
referência, produzida com os aglomerantes cimento e cal, tem traço volumétrico 1:1:6
(cimento, cal e areia), que com auxílio das massas específicas foi convertido para traço em
massa.
As argamassas foram dosadas com índice de consistência padrão de 270±5 mm
em volume suficiente para realização dos ensaios das pastas e para preenchimento dos moldes
para ensaios no estado endurecido. Foi utilizado cimento CP IV 32 RS, areia natural seca e a
cal adotada para o traço de referência foi a cal hidratada CH III, de uso mais comum.
O traço de argamassa 1:1:6 de referência foi reproduzido outras três vezes com a
simples substituição da cal pelos materiais plastificantes. Foi produzida também uma
argamassa hidráulica, com a utilização de um aditivo plastificante no teor adequado indicado
pelo fabricante; sendo esta a única argamassa com proporção aglomerante/agregados de 1:4,
haja vista o conhecimento de que argamassas de cimento na proporção 1:3 teriam elevado
37
(A) (B)
a) Mesa de consistência com argamassa pronta para ser ensaiada - b) Medição do diâmetro após o
espalhamento da argamassa
Fonte: Elaborada pelos autores, 2015.
Adotou-se 270 mm como índice padrão para a produção das argamassas, haja
vista ser o índice físico mais facilmente mensurável que melhor se relaciona com a
trabalhabilidade das argamassas, além de ser perceptível a necessidade de se controlar pelo
menos uma característica no estado fresco que norteará a análise do desempenho no estado
38
endurecido. O índice foi escolhido após testes iniciais em que algumas das argamassas
apresentaram exsudação e segregação quando menos consistentes.
A caracterização das diferentes propriedades reológicas das argamassas também
dependerá de um padrão na dosagem das pastas, porém demais fatores de controle como a
relação água/cimento ou água/materiais secos poderiam resultar em argamassas muito
distintas e até mesmo impraticáveis, devido às diferenças granulométricas entre os materiais
estudados.
(A) (B)
a) Sucção da argamassa no funil de Buchner - b) Pesagem da argamassa após sucção.
Fonte: Elaborada pelos autores, 2015.
39
5.3.5 Squeeze-Flow
Figura 11 - Squeeze-flow
(A) (B)
(C) (D)
(1 + 𝜇)(1 − 2𝜇)
𝐸 = 𝑣 2 . 𝜌.
(1 − 𝜇)
Equação 2
mm. O tempo de 40 min foi adotado para melhor visualização do comportamento das
argamassas haja vista que a ABNT NBR 15259:2005 define apenas os tempos 10 e 90
minutos.
Após a realização destes três ensaios físicos procedeu-se à execução dos ensaios
mecânicos de tração na flexão e posteriormente compressão. Os ensaios se deram na Prensa
Universal EMIC Linha DL 20000 com aplicação das taxas de força de 50N/s e 500N/s
respectivamente, assim como disposto na ABNT NBR 13279:2005.
O ensaio de absorção por imersão foi realizado com uma placa de dimensões
2x10x10 cm, atendendo ao volume mínimo ditado pela ABNT NBR 9778:2009 e aos tempos
de 72 horas para secagem total em estufa e absorção submersa em água. O método de
execução dos ensaios descritos pode ser conferido pelas Figura 12 e Figura 13, abaixo:
(A) (B)
(C) (D)
a) Medição e pesagem para determinação da massa aparente - b) Aparelho ultrassom utilizado
c) Detalhe do recipiente para absorção por capilaridade - d) Placas de argamassa submersas em água
fervente para determinação da massa específica
Fonte: Elaborada pelos autores, 2015.
43
(A) (B)
a) Ensaio de resistência à tração na flexão - b) Ensaio de compressão
Fonte: Elaborada pelos autores, 2015.
(A) (B)
(C) (D)
a) Sarrafeamento do modelo - b) Acerto das arestas com desempenadeira - c) Modelo finalizado - d)
Modelos expostos à ações climáticas
Fonte: Elaborada pelos autores, 2015.
Com 28 dias de idade os revestimentos foram ensaiados em uma das faces pela
resistência de aderência à tração, com aparelho dinamométrico, com resolução de 1 kg. A
outra face foi mantida sem alterações para permitir a realização dos demais ensaios.
(A) (B)
(C) (D)
a) Furos - b) Pastilhas coladas - c) Aparelho dinamométrico para tração - d) Modelo de ruptura
Fonte: Elaborada pelos autores, 2015.
O ensaio de impacto de corpo duro foi orientado pelo Anexo B da ABNT NBR
15575-4:2013. Utilizou-se esfera de aço largada de determinada altura para impactar o
revestimento com os padrões de energia tabelados em norma.
A permeabilidade à agua foi mensurada através de ensaio adaptado do anexo D da
ABNT NBR 15575-4:2013 que padroniza a utilização de uma “câmara com formato de caixa,
com dimensões internas de 16 cm x 34 cm, contendo no seu perímetro uma moldura para
acoplamento com a parede”. Esta câmara, mostrada na Figura 16, é fixada à parede,
preenchida com água e se conecta a uma bureta graduada que se situa acima do nível de água
da câmara. À medida que há absorção de água pela alvenaria a bureta vai cedendo o volume
de água para preenchimento da câmara, assim determina-se o tempo necessário para
infiltração de um volume de água para a área de ensaio.
46
(A) (B)
a) Câmara com bureta graduada - b) Cachimbo de permeabilidade utilizado
Fonte: ABNT, 2013, Anexo D; Elaborada pelos autores, 2015.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A primeira etapa de ensaios realizada teve por objetivo a caracterização física dos
agregados e dos aglomerantes utilizados, fornecendo subsídio para o cálculo da conversão de
traço volumétrico para traço em massa e para o entendimento das características das
argamassas. Na Tabela 2, segue o resumo das características mensuradas.
100%
Areia
90%
Porcentagem retida acumulada
Filito
80%
Filler
70%
Saibro
60%
Zona utilizável superior (ABNT
50%
NBR 7211:2009)
40%
30%
20%
10%
0%
0 1,18 2,36
Peneiras (mm)
Fonte: Elaborado pelos autores com utilização da zona utilizável superior da ABNT NBR 7211:2009
6.2 PASTAS
A ABNT NBR 7175:2003 define cal hidratada como um pó obtido pela hidratação
da cal virgem, constituído essencialmente de uma mistura de hidróxido de cálcio e hidróxido
de magnésio, ou ainda, de uma mistura de hidróxido de cálcio, hidróxido de magnésio e óxido
de magnésio.
De acordo com a norma, a cal hidratada é classificada em três tipos, sendo eles:
CH-I, CH-II e CH-III. A norma ainda define as exigências físicas em que a cal hidratada deve
atender, conforme a Tabela 3.
5,79%
6%
5%
4%
2,44% 2,63%
3% # 30
2% 1,37%
0,00% 0,50%
1%
0%
Cal Cimento Filito Filler Saibro Requisitos
93,41%
100%
90%
80%
70%
60%
50% # 200
33,01%
40%
23,14%
30% 16,79% 15,00%
20% 3,88%
10%
0%
Cal Cimento Filito Filler Saibro Requisitos
Diante dos resultados, pode-se perceber que nenhum dos materiais obedeceu aos
parâmetros de finura da norma, exceto o cimento, devido ao controle bastante rigoroso
aplicado no setor. Esse controle pode ser explicado por Bauer (2005, p. 17), o qual atesta que
51
presença de finos. Silva (2006) defende que a redução de finos provoca a redução da retenção
de água devido à capacidade de adsorção da água na superfície das partículas.
A pasta com cal e areia padrão não atingiu índice de retenção de 70% apesar da
proximidade com o valor normativo. Visualiza-se também que a pasta confeccionada com
cimento tem o menor valor de retenção. Green et al. (1999, citado por Mattana, 2013),
comprovaram maiores valores de retenção de água para argamassas com cal. Os autores
observaram que a incorporação de cimento em argamassas com cal reduz a sua capacidade de
retenção.
Nota-se que a relação água/cimento da argamassa com filito foi muito alta devido
às características das partículas finas presentes no material as quais exigem maior umidade
para lubrificação da sua superfície.
Abaixo seguem tabelados os índices de densidade de massa da argamassa fresca e
o teor teórico de ar incorporado. Vale lembrar que a densidade de massa é uma das
propriedades importantes no estado fresco, pois o esforço necessário para o lançamento de
argamassas é proporcional à densidade que estas apresentam. O teor de ar incorporado tem
relação inversamente proporcional à densidade e a partir dele será possível relacionar algumas
das propriedades do estado endurecido como a porosidade, a absorção de água e a
capilaridade.
14,0%
8,0%
6,0%
4,0%
2,0%
0,0%
1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
Água cimento
Fonte: Elaborado pelos autores, 2015.
100,0%
80,0%
Retenção de água
60,0%
40,0%
y = 0,4522x-0,174
20,0%
R² = 0,9915
0,0%
0,0% 5,0% 10,0% 15,0%
Teor de ar incorporado
800 800
Força (N)
Força (N)
600 600
400 400
0,1 mm/s
200 0,1 mm/s 200 3 mm/s
3 mm/s
0 0
0,0 1,0 2,0 3,0 0,0 1,0 2,0 3,0
Deformação (mm) Deformação (mm)
(A) (B)
56
Força (N)
600 600
400 400
200 0,1 mm/s 200 0,1 mm/s
3 mm/s 3 mm/s
0 0
0,0 1,0 2,0 3,0 0,0 1,0 2,0 3,0
Deformação (mm) Deformação (mm)
(C) (D)
1000
800
Força (N)
600
400
0,1 mm/s
200 3 mm/s
0
0,0 1,0 2,0 3,0
Deformação (mm)
(E)
a) argamassa cal - b) argamassa filito - c) argamassa fíler - d) argamassa saibro - e) argamassa aditivo
Fonte: Elaborado pelos autores, 2015.
é responsável por fornecer líquido para recobrir a superfície dos agregados e assim diminuir o
atrito e a viscosidade da argamassa, o que facilita o escorregamento das partículas.
O comportamento da argamassa com fíler foi contrário às demais, exigindo altas
solicitações mecânicas para a taxa de cisalhamento de 3mm/s. Isso se deve possivelmente à
restrição do fluxo da pasta quando submetida a uma deformação rápida. Quando solicitada a
0,1 mm/s a argamassa tem tempo para permitir a movimentação relativa dos agregados na
pasta.
Através dos comportamentos visualizados pode-se admitir que as argamassa com
filito e aditivo tem melhor trabalhabilidade. Deve-se ressaltar que em nenhum dos ensaios foi
observada a separação das fases, ou a deformação heterogênea do disco de argamassa.
Segundo Cardoso (2009, p.99) “as argamassas de revestimento não têm função
estrutural e, por isso, a resistência mecânica poderia ser encarada como parâmetro secundário
no desempenho do revestimento”. Entretanto os parâmetros de desempenho das argamassas
no revestimento como resistência à fissuração, ao arrancamento, fendilhamento, ao impacto
de corpo duro, abrasão por ações antrópicas, entre outros, são intrinsecamente ligados aos
valores de módulo elástico, resistência à compressão e à tração.
Silva e Campiteli (2008) concordam que a resistência de aderência à tração e a
fissuração de argamassas aumentam proporcionalmente ao desempenho mecânico e que a
capacidade de deformação do revestimento se relaciona com o módulo elástico, o qual
também é influenciado pelas características mecânicas. As variáveis mensuradas aos 28 dias
na presente etapa, de acordo com a ABNT NBR 13281:2005, seguem na Tabela 9.
Ainda de acordo com a ABNT NBR 13281:2005, através dos dados tabelados,
pode-se classificar as argamassas em classes. Para tanto, foram tomados também os valores de
densidade no estado fresco, retenção de água e aderência à tração a qual será mostrada na
próxima etapa. No Quadro 6 é dada a classificação das argamassas produzidas com o intuito
de servir como referência para trabalhos posteriores.
As classes para resistência à compressão recebem a letra P. Do mesmo modo, M
se refere à classe de massa aparente no estado endurecido, R à classe de resistência à tração, C
para classificação de acordo com o coeficiente de capilaridade, D para densidade no estado
fresco, U para retenção de água e A para resistência de aderência à tração.
2,5 cimento:cal:areia
cimento:filito:areia
2 cimento:filler:areia
cimento:saibro:areia
(MPa)
1,5 cimento:aditivo:areia
0,5
0
0 Idade (dias) 70 0 Idade (dias) 70
7
6
5 Módulo Elástico (GPa)
4 Compressão (MPa)
3
Tração (MPa)
2
1
0
cal filito fíler saibro aditivo
1,50 6
Tração na flexão
1,25 5 cimento:cal:areia
cimento:filito:areia
1,00 4
cimento:filler:areia
R² = 0,9377
0,75 3 cimento:saibro:areia
cimento:aditivo:areia
0,50 2
Módulo elástico
0,25 1
0,00 0
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00
Resistência à compressão (MPa)
400%
300%
200%
100%
0%
0% 100% 200% 300% 400% 500% 600%
Incremento na resistência à compressão
A absorção por imersão encontrada variou entre 12,7 e 17,4%, sendo a argamassa
com filito a de maior absorção, seguida pela argamassa com aditivo. Mattos (2001) entende
que valores altos de absorção são reflexo de elevado teor de finos, principalmente de origem
argilosa. A afirmação se mostra coerente, pois o filito utilizado tem alto teor de pulverulência
e a argamassa de cimento e aditivo tem maior teor de cimento e portanto de finos.
Não foi possível contudo obter a correlação deste índice com outros. A argamassa
com filito, por exemplo, tem o maior coeficiente de capilaridade, justamente o contrário da
argamassa com aditivo. A explicação para os valores de absorção não demonstrarem
correlação ao coeficiente de capilaridade deve estar relacionada à forma e quantidades de
poros presentes na argamassa.
A argamassa com aditivo foi a que apresentou maior teor de ar incorporado,
portanto a sua estrutura possivelmente tem poros maiores, que permitem maior absorção de
água por imersão, mas impedem a ascensão capilar devido ao seu diâmetro relativamente
grande. Para trabalhos posteriores a relação entre a absorção capilar e a absorção total pode
ser avaliada à luz de ensaios na microestrutura das argamassas.
A maior absorção capilar foi a da argamassa com filito, a qual tem o menor teor
de ar incorporado. Enquanto isso a argamassa com aditivo plastificante que obteve o maior
índice de teor de ar incorporado resultou no menor coeficiente de capilaridade. Ressalta-se
que esta argamassa tem o maior teor de cimento o que leva à baixa capilaridade, segundo
Melo, K. (2007, p.10) “em função do preenchimento dos vazios pelos produtos da hidratação
do cimento”.
64
Coef. de capilaridade
1,6
g/cm².min0,5
1,2
0,8
0,4
0
0,0% 3,0% 6,0% 9,0% 12,0% 15,0%
Teor de ar incorporado
2,16
Absorção (g/cm²)
2 1,94
1,84
1,62
1,5
cimento:cal:areia
1
cimento:filito:areia
cimento:filler:areia
0,5 cimento:saibro:areia
cimento:aditivo:areia
0
0 20 40 60 80 100
Tempo (min)
Gráfico 13 - Correlação da tração na flexão, compressão e módulo elástico com o fator a/c
4 8
Compressão Tração Módulo elástico
3,5 7
R² = 0,97
compressão (MPa)
3 6
2,5 5
2 4
R² = 0,87
1,5 3
1 2
R² = 0,82
0,5 1
0 0
1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
fator a/c
Fonte: Elaborado pelos autores, 2015.
(A) (B)
(C) (D)
a) Fissura horizontal na face 1 do modelo - b) Detalhe da fissura horizontal - c) Fissura vertical e
fissura inclinada na face 2 do modelo - d) Detalhe da fissura vertical
Fonte: Elaborada pelos autores, 2015.
(A) (B)
a) Modelo revestido pela argamassa com saibro com desgaste por abrasão - b) Detalhe da patologia
Fonte: Elaborada pelos autores, 2015.
atrasando também o sarrafeamento. Devido a este problema não foi realizada a molhagem dos
demais modelos revestidos.
A condição de saturação ou excesso de água segundo Bauer (2005, p.44) “pode
reduzir excessivamente a absorção do substrato e, consequentemente, reduzir a “avidez” do
material pela água da argamassa, o que prejudica a ancoragem mecânica devido à falta de
penetração de produtos de hidratação dos aglomerantes no interior dos poros”.
Essa hipótese é confirmada no pelas relações entre a resistência de aderência com
os índices: teor de água/cimento e a tração na flexão. Essas correlações excluem a argamassa
com cal por ser a única a apresentar comportamento incoerente às retas obtidas.
0,5
y = 0,4215x
Aderência à tração
0,4 R² = 0,972
(MPa)
0,3
0,2
0,1
0
0 0,5 1 1,5
Tração na flexão (MPa)
Fonte: Elaborado pelos autores, 2015.
0,5
Aderência á tração (MPa)
y = -0,2423x + 0,7496
0,4 R² = 0,8052
0,3
0,2
0,1
0
0,0 1,0 2,0 3,0
a/c
Fonte: Elaborado pelos autores, 2015.
(A) (B)
a) Cachimbo de vidro durante ensaio - b) Montagem dos cachimbos sobre o revestimento
Fonte: Elaborada pelos autores, 2015.
71
2,5
2
Volume (cm³)
1,5 cimento:cal:areia
cimento:filito:areia
1 cimento:filler:areia
cimento:saibro:areia
0,5 cimento:aditivo:areia
0
0 250 500 750 1000
Tempo (s)
As argamassas com fíler e com saibro foram as menos absortivas, seguidas pelas
argamassas com filito e com cal. A argamassa com aditivo foi por sua vez a que apresentou
absorção mais elevada. Através das retas de volume infiltrado em função do tempo obteve-se
os coeficientes lineares de absorção, em cm³/s. Tais coeficientes se relacionam bastante bem
com a porosidade das argamassas, como demonstrado no Gráfico 17, explicando também a
alta absorção pela argamassa com cimento e aditivo.
0,025
0,02
(cm³/s)
0,015
0,01
0,005 R² = 0,9511
0
30% 35% 40% 45% 50%
ar + água (%volume)
Porosidade
A porosidade foi calculada, de acordo com Cardoso (2009) que entende que a
porosidade total é dada pelo teor de ar incorporado no estado fresco e pela quantidade de água
presente que não se combina quimicamente durante o desenvolvimento microestrutural do
revestimento. O autor encontrou excelente correlação entre a porosidade real e o percentual de
volume ocupado no estado fresco pelo somatório água + ar, o qual foi adotado.
(D) (E)
a) Pesagem da esfera - b) Ajuste da altura de lançamento - c) Lançamento da esfera d) Esfera sobre o
revestimento impactado - e) Profundidade da mossa
Fonte: Elaborada pelos autores, 2015.
A argamassa com cal mostrou-se 68% mais cara do que a argamassa produzida
com aditivo, e tal discrepância é o principal fator regional da utilização de argamassas
hidráulicas em detrimento da argamassa mista.
74
7 CONCLUSÕES
não revelou nenhuma patologia grave e, portanto, todas as argamassas obtiveram desempenho
satisfatório. Ressalta-se a ocorrência de fissuras por retração na argamassa com filito e de
desgaste do revestimento da argamassa com saibro.
Em relação aos aspectos financeiros, a argamassa com cal foi considerada
inviável, enquanto a argamassa com aditivo foi a que apresentou produção mais barata.
Para estudos futuros propõe-se a análise de diferentes traços para cada material,
maximizando sua eficiência. Sugere-se também a avaliação da microestrutura das argamassas
em relação aos índices de absorção, a avaliação da retração por secagem e variação de massa
ao longo do tempo, e a dosagem de argamassas fazendo uso das correlações presentes neste
trabalho.
76
REFERÊNCIAS
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Método de Ensaio. Rio de Janeiro, 1996.
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consistência normal. Rio de Janeiro, 1999.
______. NBR 9289: Cal hidratada para argamassas - Determinação da finura. Rio de Janeiro,
2000.
______. NBR 7175: Cal hidratada para argamassas - Requisitos. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 14992: A.R. - Argamassa à base de cimento Portland para rejuntamento de
placas cerâmicas - Requisitos e métodos de ensaios. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 7211: Agregados para concreto - Especificação. Rio de Janeiro, 2009.
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78
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de cimento em argamassas com incorporação de agregados finos de vidro. Engenharia
Civil, Lisboa, v. 44, p.5-29, set. 2012. Disponível em:
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SILVA, Narciso G.; BUEST, Guilherme; CAMPITELI, Vicente C. Argamassas com areia
britada: influência dos finos e da forma das partículas. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE
TECNOLOGIA DE ARGAMASSA, 6, 2005, Florianópolis e INTERNATIONAL
SYMPOSIUM ON MORTARS TECHNOLOGY, 1, 2005, Florianópolis. Brasil -
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VEIGA, Maria do Rosário da Silva; BRITO, Jorge de; LAMPREIA, Nádia. Argamassas de
revestimento com baixa energia incorporada através da reutilização de resíduos. In:
JORNADA CIDADES E DESENVOLVIMENTO, 1., 2012, Lisboa. Lisboa: LNEC, 2012. p.
1 - 8. Disponível em:
<http://jornadas2012.lnec.pt/site_2_Cidades_e_Desenvolvimento/COMUNICACOES/T3_VE
IGA_c023.pdf>. Acesso em: 07 fev. 2015.
81
APÊNDICES
D máx - Condiç
fórmula de ordem Curva de distribuição granulométrica
Malha Ordem
Massa ão D
Malha
procv malha D max
apoio max
PENEIRAS (mm) 0,15 0,3 0,6 1,18 2,36 4,75 9,5 19
0 0 1,18 0,998 0 75 0
4,2% 95,8% 0,0% tolerância entre as massas individuais de cada
peneira é de 4%.
Diâmetro máximo característico (Dmax )
0,6
D máx - Condiç
fórmula de ordem
Malha Ordem
Massa ão D
MalhaCurva de distribuição granulométrica
procv malha D max
apoio max
PENEIRAS (mm) 0,15 0,3 0,6 1,18 2,36 4,75 9,5 19
0 0 1,18 0,998 0 75 0
100%
0 0 75 0,6 0,978 0 63 0
0 0 63 0,3 0,564 0 50 0
0 0 50 0,15 0,042 0 37,5 0
80%
0 0 37,5 0,075 0,006 0 31,5 0
PORCENTAGEM PASSANTE
Limite bulbo
375 ml
superior onde, ρ é a massa específica em g/cm3
Graduação limite ∆V é a variação de volume em cm 3
450 ml
do gargalo
Dados de ensaio
Volume inicial (bulbo inferior) 200
Massa unitária (Kg/m3)** 1490
Limite bulbo
375 ml
superior onde, ρ é a massa específica em g/cm3
Graduação limite ∆V é a variação de volume em cm 3
450 ml
do gargalo
Dados de ensaio
Volume inicial (bulbo inferior) 200
Massa adicionada de solo (g) 500
Volume obtido (ml) 389,5 ρ - massa específica (g/cm3)
Variação de volume (∆V) (ml) 189,5 2,64
Determinação do material fino que passa pela peneira 0,075 mm, por lavagem
NBR NM 46 - 2003
Amostras Massa seca (g) Massa seca após lavagem (g) Pulvurulência Diferença (%)
Amostra 01 100 97,9 2,10% -0,15%
Amostra 02 100 97,6 2,40% 0,15%
Amostra 03 100 98,6 1,40% -0,85%
FOTOS DA AMOSTRA
OBS:
A coloração da amostra é mais clara que a
solução padrão definida por norma, indicando a
não existência de matéria orgânica em
quantidade superior ao especificado.
84
Limite bulbo
375 ml
superior onde, ρ é a massa específica em g/cm3
Graduação limite ∆V é a variação de volume em cm3
450 ml
do gargalo
Dados de ensaio
Volume inicial (bulbo inferior) 375
Massa adicionada de solo (g) 50
Volume obtido (ml) 396 ρ - massa específica (g/cm3)
Variação de volume (∆V) (ml) 21 2,38
85
Limite bulbo
375 ml
superior onde, ρ é a massa específica em g/cm3
Graduação limite ∆V é a variação de volume em cm3
450 ml
do gargalo
Dados de ensaio
Volume inicial (bulbo inferior) 375
Massa adicionada de solo (g) 50
Volume obtido (ml) 391,5 ρ - massa específica (g/cm3)
Variação de volume (∆V) (ml) 16,5 3,03
86
D máx - Condiç
fórmula de ordem Curva de distribuição granulométrica
Malha Ordem
Massa ão D
Malha
procv malha D max
apoio max
PENEIRAS (mm) 0,15 0,3 0,6 1,18 2,36 4,75 9,5 19
0 0 2,36 0,994 0 75 0
100%
0 0 75 1,18 0,922 0 63 0
0 0 63 0,6 0,735 0 50 0
0 0 50 0,3 0,554 0 37,5 0
80%
0 0 37,5 0,15 0,385 0 31,5 0
E
87
D máx - Condiç
fórmula de ordem
Malha Ordem
Massa ão D
MalhaCurva de distribuição granulométrica
procv malha D max
apoio max
PENEIRAS (mm) 0,15 0,3 0,6 1,18 2,36 4,75 9,5 19
00
100% 2,36 0,994 0 75 0
0 0 75 1,18 0,922 0 63 0
0 0 63 0,6 0,735 0 50 0
0 0 50 0,3 0,554 0 37,5 0
80%
0 0 37,5 0,15 0,385 0 31,5 0
PORCENTAGEM PASSANTE
Limite bulbo
375 ml
superior onde, ρ é a massa específica em g/cm 3
Graduação limite ∆V é a variação de volume em cm 3
450 ml
do gargalo
Dados de ensaio
Massa unitária (Kg/m3)** 1000
88
Limite bulbo
375 ml
superior onde, ρ é a massa específica em g/cm 3
Graduação limite ∆V é a variação de volume em cm 3
450 ml
do gargalo
Dados de ensaio
Volume inicial (bulbo inferior) 200
Massa adicionada de solo (g) 500
Volume obtido (ml) 428 ρ - massa específica (g/cm3)
Variação de volume (∆V) (ml) 228 2,19
Determinação do material fino que passa pela peneira 0,075 mm, por lavagem
NBR NM 46 - 2003
Amostras Massa seca (g) Massa seca após lavagem (g) Pulvurulência Diferença (%)
Amostra 01 100 16,5 83,50% 1,85%
Amostra 02 100 20,2 79,80% -1,85%
Amostra 03 100 6 94,00% 12,35%
FOTOS DA AMOSTRA
OBS:
A coloração da amostra é mais clara que a
solução padrão definida por norma, indicando a
não existência de matéria orgânica em
quantidade superior ao especificado.
89
D máx - Condiç
fórmula de ordem
Malha Ordem
Massa ão D
MalhaCurva de distribuição granulométrica
procv malha D max
apoio max
PENEIRAS (mm) 0,15 0,3 0,6 1,18 2,36 4,75 9,5 19
0 0 0,6 0,984 0 75 0
100%
0 0 75 0,3 0,957 0 63 0
0 0 63 0,15 0,875 0 50 0
0 0 50 0,075 0,676 0 37,5 0
80%
0 0 37,5 #N/D #N/D 0 31,5 0
PORCENTAGEM PASSANTE
Limite bulbo
375 ml
superior onde, ρ é a massa específica em g/cm3
Graduação limite ∆V é a variação de volume em cm3
450 ml
do gargalo
Dados de ensaio
Volume inicial (bulbo inferior) 200
Massa adicionada de solo (g) 500
Volume obtido (ml) 393 ρ - massa específica (g/cm3)
Variação de volume (∆V) (ml) 193 2,59
Determinação do material fino que passa pela peneira 0,075 mm, por lavagem
NBR NM 46 - 2003
Amostras Massa seca (g) Massa seca após lavagem (g) Pulvurulência Diferença (%)
Amostra 01 100 25 75,00% -0,10%
Amostra 02 100 24,8 75,20% 0,10%
Amostra 03 100 53,6 46,40% -28,70%
FOTOS DA AMOSTRA
OBS:
A coloração da amostra é mais clara que a
solução padrão definida por norma, indicando a
não existência de matéria orgânica em
quantidade superior ao especificado.
92
D máx - Condiç
fórmula de ordem
Malha Ordem
Massa ão D
MalhaCurva de distribuição granulométrica
procv malha D max
apoio max
PENEIRAS (mm) 0,15 0,3 0,6 1,18 2,36 4,75 9,5 19
0 0 1,18 0,991 0 75 0
100%
0 0 75 0,6 0,931 0 63 0
0 0 63 0,3 0,593 0 50 0
0 0 50 0,15 0,182 0 37,5 0
80%
0 0 37,5 0,075 0,031 0 31,5 0
PORCENTAGEM PASSANTE
Limite bulbo
375 ml
superior onde, ρ é a massa específica em g/cm3
Graduação limite ∆V é a variação de volume em cm3
450 ml
do gargalo
Dados de ensaio
Volume inicial (bulbo inferior) 200
Massa adicionada de solo (g) 500
Volume obtido (ml) 394 ρ - massa específica (g/cm3)
Variação de volume (∆V) (ml) 194 2,58
Determinação do material fino que passa pela peneira 0,075 mm, por lavagem
NBR NM 46 - 2003
Amostras Massa seca (g) Massa seca após lavagem (g) Pulvurulência Diferença (%)
Amostra 01 120 110,3 8,08% 0,00%
Amostra 02 120 110,3 8,08% 0,00%
Amostra 03 120 110,5 7,92% -0,17%
FOTOS DA AMOSTRA
OBS:
A coloração da amostra é mais escura que a
solução padrão definida por norma. Há
presença de matéria orgânica em quantidade
superior ao especificado.
95
Finura
Peneira Amostra Cal Cimento Filito Filler Saibro Requisitos
1 3,08 0,00 1,33 0,61 1,13
2 2,75 0,00 1,39 0,72 1,81
# 30 3 2,85 0,00 0,94 0,73 1,00
Média 2,89 0,00 1,22 0,69 1,31
FINURA 5,79% 0,00% 2,44% 1,37% 2,63% 0,50%
1 13,69 1,85 6,81 10,64 45,87
2 13,43 1,92 7,33 10,99 44,70
# 200 3 13,72 2,05 7,38 11,02 45,61
Média 13,61 1,94 7,17 10,88 45,39
FINURA 33,01% 3,88% 16,79% 23,14% 93,41% 15,00%
Consistência
água/ água/ Consistência
Argamassas Água (ml) água/sólidos
cimento aglomerante (mm)
cimento:cal:areia 458,9 1,90 1,20 1,20 265
cimento:filito:areia 575 2,47 - 1,25 269
cimento:filler:areia 425 1,86 - 0,85 272
cimento:saibro:areia 460 2,06 - 0,85 267
cimento:aditivo:areia 450 1,23 1,23 1,23 271
Densidade de massa
Volume Massa de Densidade de Densidade Teor de ar
Argamassas
(cm³) argamassa (g) massa (g/cm³) teórica incorporado
cimento:cal:areia 1000 1997,3 1,997 2,114 5,50%
cimento:filito:areia 1000 1972,9 1,973 2,012 1,94%
cimento:filler:areia 1000 2004,1 2,004 2,146 6,63%
cimento:saibro:areia 1000 1992 1,992 2,116 5,85%
cimento:aditivo:areia 1000 1870,9 1,871 2,138 12,50%
Retenção de água
Massa do Massa do
Massa após fator água/ Retenção de
Argamassas conjunto conjunto com
sucção argamassa água
vazio argamassa
cimento:cal:areia 1564,0 2778,4 2729,9 0,155 74,2%
cimento:filito:areia 1567,8 2779,4 2757,9 0,187 90,5%
cimento:filler:areia 1561,7 2742,3 2693,6 0,145 71,6%
cimento:saibro:areia 1567,2 2715,2 2669,8 0,155 74,6%
cimento:aditivo:areia 1567,1 2692,9 2634,0 0,153 65,7%
Absorção de água por capilaridade (g/cm²) Coeficiente de Coeficiente de capilaridade
Argamassas Massa (g) Absorção (g/cm²) capilaridade médio corrigido
0 min 10 min 40 min 90 min 10 min 40 min 90 min (g/cm².min¹ /²) (g/cm².min¹ /²)
445,6 458 469,1 477,9 0,77 1,47 2,02 1,24
cimento:cal:areia 445,9 457,7 467,5 475,3 0,74 1,35 1,84 1,10 1,11
455,2 466,2 475,1 482 0,69 1,24 1,68 0,99
428,1 443,2 457,1 472,9 0,94 1,81 2,80 1,86
cimento:filito:areia 428,1 443,2 456,7 472,4 0,94 1,79 2,77 1,83 1,83
423,7 439,2 453 467,9 0,97 1,83 2,76 1,79
456,5 468,5 479,5 488,2 0,75 1,44 1,98 1,23
cimento:filler:areia 465,1 477,1 487,1 495,1 0,75 1,38 1,88 1,13 1,20
458,5 469,9 480,9 489,9 0,71 1,40 1,96 1,25
424,5 437,4 448,2 456,5 0,81 1,48 2,00 1,19
cimento:saibro:areia 419,3 434,6 447,1 456,7 0,96 1,74 2,34 1,38 1,26
422,2 437,1 448 456,6 0,93 1,61 2,15 1,22
408,2 419,2 428,1 434,1 0,69 1,24 1,62 0,93
cimento:aditivo:areia 408,5 419 427,7 433,8 0,66 1,20 1,58 0,93 0,94
405,9 416,9 426,1 432,5 0,69 1,26 1,66 0,98
ETAPA 04 - ARGAMASSAS NO ESTADO ENDURECIDO
97
Densidade de massa aparente
Dimensões (mm) Densidade Densidade
Argamassas Volume (cm³) Massa (g)
cimento:cal:areia
Argamassas
cimento:saibro:areia
cimento:aditivo:areia
386,9
397,6
408,3
Resistência à compressão
cimento:cal:areia cimento:saibro:areia
Idade 3 dias 7 dias 28 dias 70 dias Idade 3 dias 7 dias 28 dias 70 dias
CP1 0,34 1,12 1,48 2,76 CP1 0,64 0,67 0,77 1,05
CP2 0,42 1,14 1,75 2,38 CP2 0,58 0,79 0,69 0,65
CP3 0,39 1,05 1,24 2,63 CP3 0,54 0,79 0,74 0,67
CP4 0,38 1,19 1,71 2,8 CP4 0,52 0,87 0,84 0,57
CP5 0,46 1,21 1,41 2,44 CP5 0,55 0,69 0,88 0,65
CP6 0,41 1,13 1,59 2,59 CP6 0,54 0,93 0,82 0,78
Média 0,40 1,14 1,53 2,60 Média 0,56 0,79 0,79 0,73
cimento:filito:areia cimento:aditivo:areia
Idade 3 dias 7 dias 28 dias 70 dias Idade 3 dias 7 dias 28 dias 70 dias
CP1 0,44 0,86 0,99 0,96 CP1 1,6 2,43 2,31 2,93
CP2 0,43 0,87 0,88 0,99 CP2 1,48 2,49 2,45 2,48
CP3 0,42 0,72 0,8 0,85 CP3 1,14 2,67 2,29 2,95
CP4 0,41 0,78 0,78 0,99 CP4 1,43 2,32 2,49 2,58
CP5 0,44 0,8 0,74 0,97 CP5 1,42 2,3 2,52 2,53
CP6 0,48 0,77 0,8 1,04 CP6 1,13 2,23 2,43 2,58
Média 0,44 0,80 0,83 0,97 Média 1,37 2,41 2,42 2,68
cimento:filler:areia
Idade 3 dias 7 dias 28 dias 70 dias
CP1 1,17 1,7 1,31 2,17
CP2 1,14 1,54 1,51 2,48
CP3 0,99 1,64 1,3 2,33
CP4 1 1,39 1,31 2,46
CP5 1,02 1,33 1,24 1,98
CP6 0,77 1,34 1,45 2,6
Média 1,02 1,49 1,35 2,34
ETAPA 05 - DESEMPENHO
Resistência de aderência à tração
CAL
Forma de ruptura (%)
Carga de Tensão Ra Validade do
nº Bloco/ Arg Cola
ruptura (kgf) (MPa) Bloco Chap. Arg. ensaio
Chap /Cola /Past
1 23 0,11 0% 0% 50% 50% 0% 0% OK
2 27 0,13 0% 0% 20% 80% 0% 0% OK
3 25 0,12 0% 0% 30% 70% 0% 0% OK
4 23 0,11 0% 0% 50% 50% 0% 0% OK
5 34 0,17 0% 0% 10% 90% 0% 0% OK
6 36 0,18 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
7 30 0,15 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
8 23 0,11 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
9 40 0,20 0% 0% 10% 90% 0% 0% OK
10 34 0,17 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
11 24 0,12 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
12 24 0,12 0% 0% 20% 80% 0% 0% OK
MÉDIA 28,6 0,14
COEF. DE VARIAÇÃO 20,1%
FILITO
Forma de ruptura (%)
Carga de Tensão Ra Validade do
nº Bloco/ Arg Cola
ruptura (kgf) (MPa) Bloco Chap. Arg. ensaio
Chap /Cola /Past
1 53 0,26 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
2 44 0,22 0% 0% 0% 0% 100% 0% OK
3 51 0,25 0% 0% 30% 70% 0% 0% OK
4 47 0,23 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
5 41 0,20 0% 0% 10% 90% 0% 0% OK
6 45 0,22 0% 0% 20% 80% 0% 0% OK
7 41 0,20 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
8 35 0,17 0% 0% 30% 70% 0% 0% OK
9 21 0,10 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
10 48 0,24 0% 0% 30% 70% 0% 0% OK
11 29 0,14 0% 0% 30% 70% 0% 0% OK
12 35 0,17 0% 0% 30% 70% 0% 0% OK
MÉDIA 40,8 0,20
COEF. DE VARIAÇÃO 22,0%
102
FÍLER
Forma de ruptura (%)
Carga de Tensão Ra Validade do
nº Bloco/ Arg Cola
ruptura (kgf) (MPa) Bloco Chap. Arg. ensaio
Chap /Cola /Past
2 83 0,41 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
3 77 0,38 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
4 48 0,24 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
5 41 0,20 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
6 81 0,40 0% 0% 20% 80% 0% 0% OK
7 53 0,26 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
8 85 0,42 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
9 73 0,36 60% 0% 0% 40% 0% 0% OK
10 60 0,30 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
11 50 0,25 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
12 59 0,29 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
MÉDIA 64,5 0,32
COEF. DE VARIAÇÃO 23,3%
SAIBRO
Forma de ruptura (%)
Carga de Tensão Ra Validade do
nº Bloco/ Arg Cola
ruptura (kgf) (MPa) Bloco Chap. Arg. ensaio
Chap /Cola /Past
1 46 0,23 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
2 39 0,19 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
3 35 0,17 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
4 24 0,12 0% 0% 20% 80% 0% 0% OK
5 21 0,10 0% 0% 40% 60% 0% 0% OK
6 29 0,14 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
7 29 0,14 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
8 17 0,08 0% 0% 20% 80% 0% 0% OK
9 31 0,15 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
10 31 0,15 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
11 48 0,24 0% 0% 20% 80% 0% 0% OK
12 41 0,20 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
MÉDIA 32,6 0,16
COEF. DE VARIAÇÃO 28,3%
103
ADITIVO
Carga de Tensão Ra Forma de ruptura (%) Validade do
nº
ruptura (kgf) (MPa) Bloco Bloco/ Chap. Arg. Arg Cola ensaio
1 67 0,33 100% 0% 0% 0% 0% 0% OK
2 116 0,58 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
3 89 0,44 60% 0% 20% 20% 0% 0% OK
4 174 0,87 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
5 71 0,35 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
6 96 0,48 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
7 66 0,33 0% 20% 40% 40% 0% 0% OK
8 122 0,61 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
9 74 0,37 100% 0% 0% 0% 0% 0% OK
10 56 0,28 80% 0% 20% 0% 0% 0% OK
11 123 0,61 0% 0% 0% 100% 0% 0% OK
12 80 0,40 60% 0% 0% 40% 0% 0% OK
MÉDIA 94,5 0,47
COEF. DE VARIAÇÃO 34,3%