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5.1.1 AGLOMERANTES
Aglomerante é o material ativo, ligante, em geral pulverulento, com a principal finalidade é formar
uma pasta que promove a união entre os grãos dos agregados, obtendo-se as argamassas e
concretos.
O Cimento Portland é um aglomerante hidráulico obtido pela moagem do clinquer, ao qual são
adicionados durante a moagem, quantidades de sulfato de cálcio - gesso. As matérias-primas
empregadas na fabricação são o calcário, a argila, minério de ferro e o gesso.
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As normas brasileiras apresentam nove tipos diferentes de cimento, através de seis normas. Além
da diferenciação por tipo, alguns são subdivididos em classes de resistência.
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5.1.3 AGREGADOS
São partículas minerais que aumentam o volume da mistura, reduzindo seu custo.
Dependendo das dimensões características φ, dividem-se em dois grupos:
Agregados miúdos: 0,075mm < < 4,8mm. Exemplo: areias.
Agregados graúdos: ≥ 4,8mm. Exemplo: pedras.
5.1.4 ÁGUA
A água destinada ao amassamento do concreto devera ser isenta de impurezas que possam vir a
prejudicar as reações entre ela e o cimento. Normalmente as águas potáveis são satisfatórias para o
uso em concreto.
O item 8.1.3 da NB 1/NBR 6118 especifica os teores máximos toleráveis de substancias nocivas para
a água.
A água do mar não e recomendada. Pode levar a resistências iniciais mais elevadas que os
concretos normais, mas as resistências finais são sempre menores, além da possibilidade de
corrosão da armadura. As águas minerais também não são recomendadas.
5.1.5 PASTA
Resulta das reações químicas do cimento com a água. Quando há água em excesso, denomina-se
nata.
5.1.6 ARGAMASSA
Provem da pela mistura de cimento, água e agregado miúdo, ou seja, pasta com agregado miúdo.
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É formado por cimento, água, agregado miúdo e agregado graúdo, ou seja, argamassa e agregado
graúdo.
Na maior parte das aplicações estruturais, para melhorar as características do concreto, ele e usado
junto com outros materiais.
E a associação do concreto simples com uma armadura, usualmente constituída por barras de aço.
Os dois materiais devem resistir solidariamente aos esforços solicitantes. Essa solidariedade e
garantida pela aderência.
E constituída por agregado miúdo e pasta de cimento, com armadura de fios de aço de pequeno
diâmetro, formando uma tela. No concreto, a armadura e localizada em regiões especificas, Na
argamassa, ela e distribuída por toda a peca.
Os aditivos, que não estavam presentes nos primeiros passos do desenvolvimento do concreto,
hoje são figuras de fundamental importância para sua composição. Há quem diga que eles são o
quarto elemento da família composta por cimento, água e agregados e que sua utilização é
diretamente proporcional à necessidade de se obter concretos com características especiais.
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Como exemplo, podemos dizer que sua aplicação pode melhorar a qualidade do concreto nos
seguintes aspectos:
Trabalhabilidade
Resistência
Compacidade
Durabilidade
Bombeamento
Fluidez (auto adensável)
Permeabilidade
Retração
Calor de hidratação
Tempo de pega (retardar ou acelerar)
Absorção de água
Sua utilização, porém, requer cuidados. Além do prazo de validade e demais precauções que se
devem ter com a conservação dos aditivos é importante estar devidamente informado sobre o
momento certo da aplicação, a forma de se colocar o produto e a dose exata.
Não é exagero comparar os aditivos aos remédios, que podem tanto trazer mais saúde para seus
pacientes, como podem virar um veneno se ministrados na dose errada.
Incorporadores de Ar
Função: incorporar ao concreto ou argamassa, tornando-as mais coesivas, untuosas, aumentam
resistências mecânicas, diminuem segregação, melhora o acabamento das faces nas desenformas e
deixam as arestas das peças melhores acabadas.
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Aceleradores de Pega
Função: acelerar pega do concreto ou argamassa, com aumento reativo da resistência inicial
(podendo diminuir a final se dosados em excesso) para serviço de concretagens, reparos
estruturais, apoios de máquinas e serviços afins. Aceleradores a base de cloretos não são
recomendados para utilização em contato com aço, pois ocorrerá oxidação. Aceleradores a base de
aluminatos podem ter qualquer aplicação.
Retardadores de Pega
Função: retardar a pega do concreto para facilitar sua aplicação em longas distâncias, lançamento
de concreto em climas frios, etc.; geralmente estão associados a um aditivo plastificante.
Microssílica
Função: produção de concreto de alta performance – alta resistência mecânica e impermeabilidade
– sempre utilizando com auxílio de super plastificantes.
Lubrificante e aglutinante
Função: aglutinar o concreto aumentando sua coesão e lubrifica-lo, sem mudar plasticidade e
tempo de pega, possibilitando também o bombeamento do mesmo.
Pode ser obtido, por exemplo, pela mistura de cimento e agregados convencionais com sílica ativa
e aditivos plastificantes. Apresenta características melhores do que o concreto tradicional. Em vez
de sílica ativa, pode-se também utilizar cinza volante ou resíduo de alto forno.
Concreto onde se usa pedras de mão (pedra marroada) para aumentar seu volume e peso. Estas
pedras de mão, podem variar de 10 a 30 centímetros.
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É um concreto de baixa resistência à tração, mas com boa resistência a compressão. O volume de
pedra de mão no concreto pode variar em função da resistência desejada. Na arquitetura, pode-se
querer dar a um muro de concreto ciclópico um valor estético. Neste caso e desejável que as
pedras sejam grandes com suas faces mais planas voltadas para fora, e o volume de pedras
marroadas pode chegar a ate 80%, na medida em que se esta valorizando o aspecto estético e não
o estrutural.
A protensão pode ser definida como o artifício de introduzir, numa estrutura, um estado prévio de
tensões, de modo a melhorar sua resistência ou seu comportamento, sobre ação de diversas
solicitações.
O artifício de protensão tem importância particular no caso do concreto, pelas seguintes razões:
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As armaduras protendidas são constituídas pelos cabos de aço, pré-esticados e ancorados nas
extremidades.
As armaduras não protendidas são constituídas pelos vergalhões usuais de concreto armado,
utilizados nas seguintes posições:
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Sob ação de cargas, uma viga protendida sofre flexão, alterando-se as tensões de compressão
aplicadas previamente. Quando a carga é retirada, a viga volta à sua posição original e as tensões
prévias são restabelecidas.
Sob ação de cargas mais elevadas, as tensões de tração ultrapassam as tensões prévias, de modo
que o concreto fica tracionado e fissura. Retirando-se a carga, a protensão provoca o fechamento
das fissuras.
Entre as adições utilizadas para melhorar certas características do concreto, as fibras tem tido papel
de destaque no últimos anos, sendo objeto de muito estudo e desenvolvimento.
As fibras naturais ou sintéticas são empregadas principalmente para minimizar o aparecimento das
fissuras originadas pela retração plástica do concreto.
Esta retração pode ter diversas causas, entre elas destacamos a temperatura ambiente, o vento e o
calor de hidratação do cimento.
Sua aplicação depende das necessidades de cada obra, mas são utilizadas normalmente em
pavimentos rígidos, pisos industriais, projetados, áreas de piscina, pré-moldados, argamassas,
tanques e reservatórios, entre outros.
As fibras de aço, além de propiciarem a diminuição das fissuras, tentam conquistar espaço na
substituição total ou parcial das telas e barras de aço em algumas aplicações do concreto.
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Concreto projetado
Concreto com dimensão máxima de agregado superior a 4,8 mm, transportado por uma tubulação
e projetado, sob pressão, em elevada velocidade, sobre uma superfície, sendo compactado
simultaneamente
O não emprego de formas pode ser por opção, ou quando, pelas características da concretagem,
seu emprego torna-se difícil ou impossível.
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Via seca
Aglomerante e agregados são misturados e lançados na máquina de projeção.
A introdução da água ocorre no bico de projeção.
Ajuste de ar e água é empírico. Por isso exige-se “mangoteiro” experiente.
Distância do alvo: 1,5 m.
Ajuste da água: a maior quantidade possível (aumenta a resistência do concreto à compressão).
Motivo: melhor adensamento, que expulsa o ar e compensa maior relação a/c.
Concreto leve
Os concretos leves são reconhecidos pelo seu reduzido peso específico e elevada capacidade de
isolamento térmico e acústico.
Enquanto os concretos normais têm sua densidade variando entre 2300 e 2500 kg/m³, os leves
chegam a atingir densidades próximas a 500 kg/m³. Cabe lembrar que a diminuição da densidade
afeta diretamente a resistência do concreto.
Os concretos leves mais utilizados são os celulares, os sem finos e os produzidos com agregados
leves, como isopor, vermiculita e argila expandida.
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Embora altamente benéfico, o uso dos polímeros na produção de concreto precisa ser abordado
com cautela, porque os polímeros e catalisadores são considerados inflamáveis, voláteis e tóxicos.
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Concreto massa
Concreto de uma estrutura de grande volume (barragem, p.ex.) onde seu volume é de tal grandeza
que requer meios especiais para combater a geração de calor e variação de volume (retração e
fissuração).
Utiliza Cimento: CP IV ou CP III (menor calor de hidratação)
Consumos de cimento baixos (100 a 200 kg/m³)
Concreto pesado
Concreto composto por agregados de alta massa específica (~50% mais pesado que o convencional)
Agregados: barita, magnetita, hematita (massa específica 3450 a 3760 kg/m³)
Aplicação:
Usado para bloquear a radiação em usinas nucleares,
Câmaras de raios x ou gama,
Paredes de reatores atômicos
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Concreto celular
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Obtido por processo industrial, com a mistura de cimento, areia e outros materiais silicosos, aos
quais se adiciona alumínio em pó.
Autoclavagem: cura a vapor sob pressão de 10 atmosferas e temperatura de 180º : maior
resistência.
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5.2 O PROJETO
Seu item 5 trata dos requisitos gerais de qualidade da estrutura e avaliação da conformidade do
projeto:
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Consiste na capacidade da estrutura manter-se em condições plenas de utilização durante sua vida
útil, não podendo apresentar danos que comprometam em parte ou totalmente o uso para o qual
foi projetada.
5.3.3 Durabilidade
As estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que, sob as condições
ambientais previstas na época do projeto e quando utilizadas conforme preconizado em projeto,
conservem sua segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o prazo correspondente à sua
vida útil.
Por vida útil de projeto, entende-se o período de tempo durante o qual se mantêm as
características das estruturas de concreto, sem intervenções significativas, desde que atendidos os
requisitos de uso e manutenção prescritos pelo projetista e pelo construtor, conforme 7.8 e 25.3,
bem como de execução dos reparos necessários decorrentes de danos acidentais.
O conceito de vida útil aplica-se à estrutura como um todo ou às suas partes. Dessa forma,
determinadas partes das estruturas podem merecer consideração especial com valor de vida útil
diferente do todo, como, por exemplo, aparelhos de apoio e juntas de movimentação.
A durabilidade das estruturas de concreto requer cooperação e atitudes coordenadas de todos os
envolvidos nos processos de projeto, construção e utilização, devendo, como mínimo, ser seguido o
que estabelece a ABNT NBR 12655, sendo também obedecidas às disposições de 25.3 com relação
às condições de uso, inspeção e manutenção.
Como foi visto, a mistura em proporção adequada de cimento, agregados e água, resulta num
material de construção – o concreto –, cujas características diferem substancialmente daquelas
apresentadas pelos elementos que o constituem.
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Serão considerados os concretos de massa específica normal (ρc), compreendida entre 2000 kg/m³
e 2800 kg/m³.
Para efeito de cálculo, pode-se adotar para o concreto simples o valor 2400 kg/m³ e para o
concreto armado 2500 kg/m³.
Quando se conhecer a massa específica do concreto utilizado, pode-se considerar, para valor da
massa específica do concreto armado, aquela do concreto simples acrescida de 100 kg/m³ a 150
kg/m³.
Resistência à compressão
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Resistência à Tração
Os conceitos relativos à resistência do concreto à tração direta (fct), são análogos aos expostos no
item anterior, para a resistência à compressão. Portanto, tem-se a resistência média do concreto à
tração (fctm), valor obtido da média aritmética dos resultados, e a resistência característica do
concreto à tração (fctk ou simplesmente ftk), valor da resistência que tem 5% de probabilidade de
não ser alcançado pelos resultados de um lote de concreto.
A diferença no estudo da tração encontra-se nos tipos de ensaio. Há três normalizados: tração
direta, compressão diametral e tração na flexão.
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É o ensaio mais utilizado. Também é conhecido internacionalmente como Ensaio Brasileiro. Foi
desenvolvido por Lobo Carneiro, em 1943. Para a sua realização, um corpo-de-prova cilíndrico de
15cm por 30 cm é colocado com o eixo horizontal entre os pratos da prensa, sendo aplicada uma
força até a sua ruptura por tração indireta (ruptura por fendilhamento).
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Para a realização deste ensaio, um corpo-de-prova de seção prismática é submetido à flexão, com
carregamentos em duas seções simétricas, até à ruptura. O ensaio também é conhecido por
“carregamento nos terços”, pelo fato das seções carregadas se encontrarem nos terços do vão.
Analisando os diagramas de esforços solicitantes pode-se notar que na região de momento máximo
tem-se cortante nula. Portanto, nesse trecho central ocorre flexão pura. Os valores encontrados
para a resistência à tração na flexão (fct,f), são maiores que os encontrados nos ensaios descritos
anteriormente.
Como os resultados obtidos nos dois últimos ensaios são diferentes dos relativos ao ensaio de
referência, de tração direta, há coeficientes de conversão.
Considera-se a resistência à tração direta (fct), igual a 0,9 fct,sp ou 0,7 fct,f, ou seja, coeficientes de
conversão 0,9 e 0,7, para os resultados de compressão diametral e de flexão, respectivamente.
Na falta de ensaios, as resistências à tração direta podem ser obtidas a partir da resistência à
compressão fck:
Nessas equações, as resistências são expressas em MPa. Será visto oportunamente que cada um
desses valores é utilizado em situações específicas.
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Módulo de elasticidade
Onde:
σ : tensão,
ε : deformação específica e
E : Módulo de Elasticidade ou
Módulo de Deformação Longitudinal.
O módulo de deformação tangente inicial é obtido segundo ensaio descrito na NBR 8522 –
Concreto – Determinação do módulo de deformação estática e diagrama tensão-deformação.
Quando não forem feitos ensaios e não existirem dados mais precisos sobre o concreto, para a
idade de referência de 28 dias, pode-se estimar o valor do módulo de elasticidade inicial usando a
expressão:
O Módulo de Elasticidade Secante (Ecs), a ser utilizado nas análises elásticas do projeto,
especialmente para determinação de esforços solicitantes e verificação de limites de serviço, deve
ser calculado pela expressão:
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Coeficiente de Poisson
Na compressão associada a confinamento lateral, como ocorre em pilares Cintados, por exemplo, a
resistência do concreto é maior do que o valor relativo à compressão simples. O cintamento pode
ser feito com estribos, que impedem a expansão lateral do pilar, criando um estado múltiplo de
tensões. O cintamento também aumenta a ductilidade do elemento estrutural.
Na região dos apoios das vigas, pode ocorrer fissuração por causa da força cortante. Essas fissuras,
com inclinação aproximada de 45°, delimitam as chamadas bielas de compressão. Portanto, as
bielas são regiões comprimidas com tensões de tração na direção perpendicular, caracterizando um
estado biaxial de tensões.
Nesse caso tem-se uma resistência à compressão menor que a da compressão simples.
Na preparação do concreto, com as mistura dos agregados graúdos e miúdos com cimento e água,
tem início a reação química do cimento com a água, resultando gel de cimento, que constitui a
massa coesiva de cimento hidratado.
A reação química de hidratação do cimento ocorre com redução de volume, dando origem a poros,
cujo volume é da ordem de 28% do volume total do gel.
Durante o amassamento do concreto, o gel envolve os agregados e endurece com o tempo,
formando cristais. Ao endurecer, o gel liga os agregados, resultando um material resistente e
monolítico – o concreto.
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A estrutura interna do concreto resulta bastante heterogênea: adquire forma de retículos espaciais
de gel endurecido, de grãos de agregados graúdo e miúdo de várias formas e dimensões, envoltos
por grande quantidade de poros e capilares, portadores de água que não entrou na reação química
e, ainda, vapor d’água e ar.
Fisicamente, o concreto representa um material capilar pouco poroso, sem continuidade da massa,
no qual se acham presentes os três estados da agregação – sólido, líquido e gasoso.
Deformações
Retração
• Retração capilar: ocorre por evaporação parcial da água capilar e perda da água adsorvida. A
tensão superficial e o fluxo de água nos capilares provocam retração.
• Retração por carbonatação: Ca(OH)2 + CO2 → CaCO3 + H2O (ocorre com diminuição de volume).
Expansão
Expansão é o aumento de volume do concreto, que ocorre em peças submersas. Nessas peças, no
início tem-se retração química. Porém, o fluxo de água é de fora para dentro. As decorrentes
tensões capilares anulam a retração química e, em seguida, provocam a expansão da peça.
Deformação Imediata
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Fluência
Fluência é uma deformação diferida, causada por uma força aplicada. Corresponde a um acréscimo
de deformação com o tempo, se a carga permanecer. Ao ser aplicada uma força no concreto,
ocorre deformação imediata, com uma acomodação dos cristais. Essa acomodação diminui o
diâmetro dos capilares e aumenta a pressão na água capilar, favorecendo o fluxo em direção à
superfície.
Tanto a diminuição do diâmetro dos capilares quanto o acréscimo do fluxo aumentam a tensão
superficial nos capilares, provocando a fluência.
No caso de muitas estruturas reais, a fluência e a retração ocorrem ao mesmo tempo e, do ponto
de vista prático, é conveniente o tratamento conjunto das duas deformações.
Deformações Térmicas
Define-se coeficiente de variação térmica αte como sendo a deformação correspondente a uma
variação de temperatura de 1°C. Para o concreto armado, para variações normais de temperatura,
a NBR 6118 permite adotar αte = 10-5 /°C.
Aço é uma liga metálica composta principalmente de ferro e de pequenas quantidades de carbono
(em torno de 0,002% até 2%).
Os aços estruturais para construção civil possuem teores de carbono da ordem de
0,18% a 0,25%. Entre outras propriedades, o aço apresenta resistência e ductilidade, muito
importantes para a Engenharia Civil. Como o concreto simples apresenta pequena resistência à
tração e é frágil, é altamente conveniente à associação do aço ao concreto, obtendo-se o concreto
armado.
Este material, adequadamente dimensionado e detalhado, resiste muito bem à maioria dos tipos
de solicitação. Mesmo em peças comprimidas, além de fornecer ductilidade, o aço aumenta a
resistência à compressão.
O aço obtido nas aciarias apresenta granulação grosseira, é quebradiço e de baixa resistência. Para
aplicações estruturais, ele precisa sofrer modificações, o que é feito basicamente por dois tipos de
tratamento: a quente e a frio.
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Tratamento a quente
Onde:
P: força aplicada;
A: área da seção em cada instante; A0: área inicial da
seção;
a: ponto da curva correspondente à resistência
convencional;
b: ponto da curva correspondente à resistência aparente;
c: ponto da curva correspondente à resistência real.
Neste tratamento ocorre uma deformação dos grãos por meio de tração, compressão ou torção, e
resulta no aumento da resistência mecânica e da dureza, e diminuição da resistência à corrosão e
da ductilidade, ou seja, decréscimo do alongamento e da estricção.
O processo é realizado abaixo da zona de temperatura crítica (720 °C). Os grãos permanecem
deformados e diz-se que o aço está encruado.
Onde:
P: força aplicada
A: área da seção em cada instante; A0: área inicial da seção
a: ponto da curva correspondente à resistência convencional
b: ponto da curva correspondente à resistência aparente
c: ponto da curva correspondente à resistência real
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Arame Recozido
Os Arames Recozidos são produzidos com aço de baixo teor de carbono. Por isso, são muito
maleáveis e fáceis de usar em aplicações que exigem dobras e/ou torções. Produzidos nas bitolas
de 1,24 até 4,18 mm, são largamente utilizados na Construção Civil, principalmente para fixar
armaduras de concreto armado em obras de qualquer porte e, ainda, utilizados na amarração de
peças industriais.
O arame de aço recozido possui qualidades mecânicas que garantem sua utilização e manuseio em
operações que exigem dobras e torções. Tem um elevado grau de flexibilidade e resistência à
tração de no máximo 40kgf/mm², conforme a norma NBR 5589/82.
A NBR 7480 (1996) fixa as condições exigíveis na encomenda, fabricação e fornecimento de barras e
fios de aço destinados a armaduras para concreto armado.
Essa Norma classifica barras os produtos de diâmetro nominal 5 ou superior, obtidos
exclusivamente por laminação a quente, e como fios aqueles de diâmetro nominal 10 ou inferior,
obtidos por trefilação ou processo equivalente, como por exemplo estiramento. Esta classificação
pode ser visualizada na Tabela 3.1.
As características mecânicas mais importantes para a definição de um aço são o limite elástico, a
resistência e o alongamento na ruptura. Essas características são determinadas através de ensaios
de tração.
O limite elástico é a máxima tensão que o material pode suportar sem que se produzam
deformações plásticas ou remanescentes, além de certos limites.
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Resistência é a máxima força de tração que a barra suporta, dividida pela área de seção transversal
inicial do corpo-de-prova.
Alongamento na ruptura é o aumento do comprimento do corpo-de-prova correspondente à
ruptura, expresso em porcentagem.
O diagrama de cálculo, tanto para aço tratado a quente quanto tratado a frio, é o indicado na figura
abaixo:
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O item 9.2.1 da NBR 6118:2014 estabelece que devem ser obedecidas no projeto as exigências
estabelecidas nesta seção, relativas à aderência, ancoragem e emendas das armaduras.
Já o item 9.4.1 da NBR 6118:2014 estabelece que todas as barras das armaduras devem ser
ancoradas de forma que as forças a que estejam submetidas sejam integralmente transmitidos ao
concreto, seja por meio de aderência ou de dispositivos mecânicos ou por combinação de ambos.
A adesão resulta das ligações físico-químicas que se estabelecem na interface dos dois materiais,
durante as reações de pega do cimento.
O atrito é notado ao se processar o arrancamento da barra de aço do bloco de concreto que a
envolve. As forças de atrito dependem do coeficiente de atrito entre aço e o concreto, o qual é
função da rugosidade superficial da barra, e decorrem da existência de uma pressão transversal,
exercida pelo concreto sobre a barra.
A aderência mecânica é decorrente da existência de nervuras ou entalhes na superfície da barra.
Este efeito também é encontrado nas barras lisas, em razão da existência de irregularidades
próprias originadas no processo de laminação das barras.
As nervuras e os entalhes têm como função aumentar a aderência da barra ao concreto,
proporcionando a atuação conjunta do aço e do concreto.
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A influência desse comportamento solidário entre o concreto simples e as barras de aço é medida
quantitativamente através do coeficiente de conformação superficial das barras (η). A NBR 7480
(1996) estabelece os valores mínimos para η1, apresentados na tabela 3.2.
5.6.2 Aderência
Aderência (bond, em inglês) é a propriedade que impede que haja escorregamento de uma
barra em relação ao concreto que a envolve. É, portanto, responsável pela solidariedade entre o
aço e o concreto, fazendo com que esses dois materiais trabalhem em conjunto.
Ancoragem é a fixação da barra no concreto, para que ela possa ser interrompida. Na ancoragem
por aderência, deve ser previsto um comprimento suficiente para que o esforço da barra (de tração
ou de compressão) seja transferido para o concreto. Ele é denominado comprimento de
ancoragem.
Além disso, em peças nas quais, por disposições construtivas ou pelo seu comprimento, necessita-
se fazer emendas nas barras, também se deve garantir um comprimento suficiente para que os
esforços sejam transferidos de uma barra para outra, na região da emenda. Isto também é possível
graças à aderência entre o aço e o concreto.
Tipos de aderência
Esquematicamente, a aderência pode ser decomposta em três parcelas: adesão, atrito e aderência
mecânica. Essas parcelas decorrem de diferentes fenômenos que intervêm na ligação dos dois
materiais.
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A aderência por adesão caracteriza-se por uma resistência à separação dos dois materiais. Ocorre
em função de ligações físico-químicas, na interface das barras com a pasta, geradas durante as
reações de pega do cimento. Para pequenos deslocamentos relativos entre a barra e a massa de
concreto que a envolve, essa ligação é destruída.
A Figura abaixo mostra um cubo de concreto moldado sobre uma placa de aço. A ligação entre os
dois materiais se dá por adesão. Para separá-los, há necessidade de se aplicar uma ação
representada pela força Fb1. Se a força fosse aplicada na horizontal, não se conseguiria dissociar a
adesão do comportamento relativo ao atrito. No entanto, a adesão existe independente da direção
da força aplicada.
Por meio do arrancamento de uma barra em um bloco concreto, verifica-se que a força de
arrancamento Fb2 é maior do que a força Fb1 mobilizada pela adesão. Esse acréscimo é devido ao
atrito entre a barra e o concreto.
O coeficiente de atrito entre aço e concreto é alto, em função da rugosidade da superfície das
barras, resultando valores entre 0,3 e 0,6 (LEONHARDT, 1977).
A oposição à ação Fb2 é constituída pela resultante das tensões de aderência (τb) distribuídas ao
longo da barra.
Aderência Mecânica
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A aderência mecânica é devida à conformação superficial das barras. Nas barras de alta aderência,
as saliências mobilizam forças localizadas, aumentando significativamente a aderência.
A figura abaixo (LEONHARDT, 1977) mostra que mesmo uma barra lisa pode apresentar aderência
mecânica, em função da rugosidade superficial, devida à corrosão e ao processo de fabricação,
gerando um denteamento da superfície. Para efeito de comparação, são apresentadas superfícies
microscópicas de: barra de aço enferrujada, barra recém laminada e fio de aço obtido por
laminação a quente e posterior encruamento a frio por estiramento. Nota-se que essas superfícies
estão muito longe de serem efetivamente lisas.
Portanto, a separação da aderência nas três parcelas - adesão, atrito e aderência mecânica - é
apenas esquemática, pois não é possível quantificar isoladamente cada uma delas.
Tensão de aderência
Para uma barra de aço imersa em uma peça de concreto, como a indicada na figura a seguir, a
tensão média de aderência é dada por:
Tensão de aderência
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Situações de aderência
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Essas duas condições fazem com que a NBR 6118 considere em boa situação quanto à aderência os
trechos das barras que estejam em posição horizontal ou com inclinação menor que 45º, desde
que:
Para elementos estruturais com h < 60cm, localizados no máximo 30cm acima da
face inferior do elemento ou da junta de concretagem mais próxima.
Para elementos estruturais com h ≥ 60cm, localizados no mínimo 30cm abaixo da
face superior do elemento ou da junta de concretagem mais próxima.
Em outras posições e quando do uso de formas deslizantes, os trechos das barras devem ser
considerados em má situação quanto à aderência.
No caso de lajes e vigas concretadas simultaneamente, a parte inferior da viga pode estar em uma
região de boa aderência e a parte superior em região de má aderência. Se a laje tiver espessura
menor do que 30cm, estará em uma região de boa aderência.
Resistência de aderência
A resistência de aderência de cálculo entre armadura e concreto é dada pela expressão (NBR 6118,
2014, item 9.3.2.1):
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Portanto resulta:
⁄
5.6.3 Ancoragem
Comprimento de ancoragem
Todas as barras das armaduras devem ser ancoradas de forma que seus esforços sejam
integralmente transmitidos para o concreto, por meio de aderência, de dispositivos mecânicos, ou
por combinação de ambos.
Na ancoragem por aderência, os esforços são ancorados por meio de um comprimento reto ou com
grande raio de curvatura, seguido ou não de gancho. Com exceção das regiões situadas sobre
apoios diretos, as ancoragens por aderência devem ser confinadas por armaduras transversais ou
pelo próprio concreto, considerando-se este caso quando o cobrimento da barra ancorada for
maior ou igual a 3φ e a distância entre as barras ancoradas também for maior ou igual a 3φ.
Nas regiões situadas sobre apoios diretos, a armadura de confinamento não é necessária devido ao
aumento da aderência por atrito com a pressão do concreto sobre a barra.
Define-se comprimento de ancoragem básico lb como o comprimento reto necessário para ancorar
a força limite Rs=As fyd, admitindo, ao longo desse comprimento, resistência de aderência uniforme
e igual a fbd, obtida conforme o item 9.3.2.1. da NBR 6118:2014.
O comprimento de ancoragem básico lb é obtido igualando-se a força última de aderência lb fbd
com o esforço na barra Rs = As fyd :
Como obtêm-se:
De maneira simplificada, pode-se dizer que, a partir do ponto em que a barra não for mais
necessária, basta assegurar a existência de um comprimento suplementar lb que garanta a
transferência das tensões da barra para o concreto.
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Nos casos em que a área efetiva da armadura Αs,ef é maior que a área calculada As,calc, a tensão nas
barras diminui e, portanto, o comprimento de ancoragem pode ser reduzido na mesma proporção.
A presença de gancho na extremidade da barra também permite a redução do comprimento de
ancoragem, que pode ser calculado pela expressão:
Onde:
{
Nas estruturas usuais de concreto armado, pode ser necessário ancorar barras compridas, nos
seguintes casos:
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Um segundo aspecto é o efeito de ponta, como pode ser observado na Figura acima.
Esse fator é bastante reduzido com o tempo, pelo efeito da fluência do concreto. Na prática, esses
dois fatores são desprezados. Portanto, os comprimentos de ancoragem de barras comprimidas são
calculados como no caso das tracionadas. Porém, nas comprimidas não se usa gancho.No cálculo
do comprimento de traspasse (lc) de barras comprimidas, adota-se a seguinte expressão (NBR
6118, 2014, item9.5.2.3):
De acordo com a NBR 6118 (2003), item 18.3.2.4, a armadura longitudinal de tração junto aos
apoios deve ser calculada para satisfazer a mais severa das seguintes condições:
Em apoios extremos, para os casos (b) e (c) anteriores, a NBR 6118:2014 prescreve que as barras
devem ser ancoradas a partir da face do apoio, com comprimento mínimo dado por:
{( )
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A NBR 6118 estabelece que quando houver cobrimento da barra no trecho do gancho, medido
normalmente ao plano do gancho, de pelo menos 70 mm, e as ações acidentais não ocorrerem com
grande freqüência com seu valor máximo, o primeiro dos três valores anteriores pode ser
desconsiderado, prevalecendo as duas condições restantes.
A armadura para resistir esse esforço, com tensão σs = fyd, é dada por:
A área das barras ancoradas no apoio não pode ser inferior a As, nec.
Algumas barras longitudinais podem ser interrompidas antes dos apoios. Para determinar o ponto
de início de ancoragem dessas barras, há necessidade de se deslocar, de um comprimento al, o
diagrama de momentos fletores de cálculo.
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Trecho de Ancoragem
O trecho da extremidade da barra de tração, considerado como de ancoragem, tem início na seção
teórica onde sua tensão σs começa a diminuir, ou seja, o esforço a armadura começa a ser
transferido para o concreto. A barra deve prolongar-se pelo menos 10φ além do ponto teórico de
tensão σs nula, não podendo em nenhum caso ser inferior ao comprimento de ancoragem
necessário.
Se o ponto A de início de ancoragem estiver na face do apoio ou além dela e a força Rs diminuir em
direção ao centro do apoio, o trecho de ancoragem deve ser medido a partir dessa face, com a
força Rs dada no item 10.6.2. Quando o diagrama de momentos fletores de cálculo não atingir a
face do apoio, as barras prolongadas até o apoio devem ter o comprimento de ancoragem marcado
a partir do ponto A e, obrigatoriamente, deve ultrapassar 10φ da face de apoio.
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5.6.4 Ganchos
Os ganchos das extremidades das barras da armadura longitudinal de tração podem ser (item
9.4.2.3 da NBR 6118, 2003):
Para barras lisas, os ganchos devem ser semicirculares. Vale ressaltar que, segundo as
recomendações da NBR 6118, as barras lisas deverão ser sempre ancoradas com ganchos.
Tipos de ganchos
Ainda segundo a NBR 6118 (2003), o diâmetro interno da curvatura dos ganchos das armaduras
longitudinais de tração deve ser pelo menos igual ao estabelecido na tabela 10.1.
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A NBR 6118 (2003), item 9.4.6, estabelece que a ancoragem dos estribos deve necessariamente ser
garantida por meio de ganchos ou barras longitudinais soldadas. Os ganchos dos estribos podem
ser:
Semicirculares ou em ângulo de 45o (interno), com ponta reta de comprimento igual a 5φ,
porém não inferior a 5cm;
Em ângulo reto, com ponta reta de comprimento maior ou igual a 10φ, porém não inferior a
7cm (este tipo de gancho não deve ser utilizado para barras e fios lisos).
O diâmetro interno da curvatura dos estribos deve ser, no mínimo, igual ao valor dado na Tabela
10.2.
Diâmetros dos pinos de dobramento para estribos:
BITOLA CA-25 CA-50 CA-60
t 10 3t 3t 3t
10 < t < 20 4t 5t
t 20 5t 8t
Exemplo: na maioria dos casos, os estribos são dimensionados em 4.0, 5.0 ou 6.0, sendo assim,
os ganchos mais usuais são de:
BITOLA CA-25 CA-50 CA-60
4.0 12mm 12mm 12mm
5.0 15mm 15mm 15mm
6.0 18mm 18mm 18mm
O controle da fissuração através da limitação da abertura estimada das fissuras, no estudo das
deformações das peças de concreto armado, estabeleceu-se recursos que visam minimizar essas
deformações.
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Armadura de pele
Fonte: Núcleo de Ensino e Pesquisa da Alvenaria Estrutural- UNESP
Normalmente, os apoios das vigas são constituídos pelos pilares. Neste caso, diz-se que os apoios
são do tipo direto. Algumas vezes as vigas se apoiam em outras vigas; constituem os apoios do tipo
indireto.
Nas proximidades de cargas concentradas transmitidas à viga por outras vigas ou elementos
discretos que nela se apoiem ao longo ou em parte de sua altura, ou fi quem nela pendurados, deve
ser colocada armadura de suspensão.
Quando as reações são aplicadas junto à face superior da viga de apoio, não existe a necessidade
de armadura de suspensão. Esta situação é ilustrada nas figuras abaixo:
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Vigas altas
Sendo Rd a reação de apoio, a força de suspensão pode ser estimada em
( )
Onde:
h = altura da viga apoiada
ha = altura da viga de apoio.
A armadura de suspensão Asusp pode ser distribuída na zona de suspensão, junto ao cruzamento das
vigas, conforme a figura
Zona de suspensão
Ganchos nos apoios extremos
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Quando a inércia à flexão da laje difere da inércia da torção da viga, temos tendência a fissurações,
que deverão ser combatidas pela armadura de ligação mesa – alma.
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Conforme o item 18.3.7 da NBR 6118: Os planos de ligação entre mesas e almas ou talões e almas
de vigas devem ser verificados com relação aos efeitos tangenciais decorrentes das variações de
tensões normais ao longo do comprimento da viga, tanto sob o aspecto de resistência do concreto,
quanto das armaduras necessárias para resistir às trações decorrentes desses efeitos.
As armaduras de flexão da laje, existentes no plano de ligação, podem ser consideradas parte da
armadura de ligação, quando devidamente ancoradas, complementando-se a diferença entre
ambas, se necessário. A seção transversal mínima dessa armadura, estendendo-se por toda a
largura útil e adequadamente ancorada, deve ser de 1,5 cm² por metro.
Situação mesa-alma
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O pré-dimensionamento dos elementos estruturais é necessário para que se possa calcular o peso
próprio da estrutura, que é a primeira parcela considerada no cálculo das ações.
Essa informação também subsidia o projeto arquitetônico, evitando alterações na proposta inicial,
quando no desenvolvimento do projeto estrutural.
Como já vimos, a armadura dos elementos de concreto armado tem funções diferentes e por sua
vez, são identificadas para tal, conforme descrito em 5.7.1.
5.7.1 Armaduras
No quadro abaixo estão identificadas as nomenclaturas mais usuais das peças de concreto armado:
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Cobrimento da armadura
Cobrimento nominal da armadura (c) é o cobrimento mínimo (cmin) acrescido de uma tolerância de
execução (∆c):
c = cmin + ∆c
O projeto e a execução devem considerar esse valor do cobrimento nominal para assegurar que o
cobrimento mínimo seja respeitado ao longo de todo o elemento.
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A agressividade ambiental na qual a obra estará submetida define o cobrimento mínimo necessário
para os diferentes elementos (vigas, pilares, lajes) e a resistência mínima do concreto utilizado.
Nas obras correntes, ∆c ≥ 10mm. Quando houver um controle rigoroso da qualidade da execução,
pode ser adotado ∆c = 5mm. Mas a exigência desse controle rigoroso deve ser explicitada nos
desenhos de projeto.
Os tipos usuais são: maciça, cogumelo, nervurada e mista (aqui incluída a laje de vigotas pré-
moldadas).
Apresentam-se, a seguir, as regras para as lajes maciças usuais de edifícios sujeitas a cargas
distribuídas uniformes.
Espessura mínima
O pré-dimensionamento das peças toma como base os parâmetros da NBR 6118:2014, no seu item
13.2.4 define que nas lajes maciças devem ser respeitados os seguintes limites mínimos para a
espessura:
a) 7 cm para cobertura não em balanço;
b) 8 cm para lajes de piso não em balanço;
c) 10 cm para lajes em balanço;
d) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 kN;
e) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN;
f) 15 cm para lajes com protensão apoiadas em vigas, com o mínimo de para lajes de piso
biapoiadas e para lajes de piso contínuas;
g) 16 cm para lajes lisas e 14 cm para lajes-cogumelo, fora do capitel.
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Com base nas dimensões mínimas, a espessura das lajes pode ser obtida com a expressão :
O pré-dimensionamento de lajes consiste na estimativa de sua espessura (h). Uma forma simples
de pré-dimensioná-las é tomar como referência o vão (l) da seguinte maneira:
bw = 12 cm (vão ≤ 4 m);
bw = 20 cm (4 m < vão ≤ 8 m);
bw = 25 a 30 cm (vão > 8 m).
Esses valores estão condicionados ao tipo de alvenaria (tijolo maciço, tijolo furado, blocos de
concreto etc.), porém pode ocorrer em grandes edifícios que a mesma ultrapasse a alvenaria
devido à carga imposta. Para muitos casos, no entanto, a largura de uma viga deve ser escolhida de
maneira que ela fique embutida na alvenaria, privilegiando a estética.
As alturas das vigas devem, se possíveis, serem padronizadas em dimensões múltiplas de 5 cm.
Vigas contínuas devem manter, se possíveis, a mesma seção transversal nos vários tramos. Isso
facilita a concretagem e a padronização de fôrmas.
Uma maneira simples de pré-dimensionar a altura de uma viga de concreto armado é através de
seu vão:
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Em alguns casos podem ocorrer restrições arquitetônicas para a altura das vigas uma restrição
comum para grandes vãos é sua interferência em portas e janelas, as quais têm medidas
padronizadas e se não for observado o pé direito do pavimento, a viga pode interferir.
Uma solução para situações em que a altura da viga deve ser reduzida é o uso de armaduras duplas.
Sugere-se para este caso , valor obtido de simulações de cálculo.
Uma tabela empírica, também usada nos dimensionamentos definida por uma relação entre alturas
de vigas de concreto, de acordo com a condição de apoio:
Num tabuleiro de edifício, não é recomendável utilizar muitos valores diferentes para altura das
vigas, de modo a facilitar e otimizar os trabalhos de cimbramento. Usualmente, adotam-se, no
máximo, duas alturas diferentes. Tal procedimento pode, eventualmente, gerar a necessidade de
armadura dupla em alguns trechos das vigas.
Os tramos mais críticos, em termos de vãos excessivos ou de grandes carregamentos, devem ter
suas flechas verificadas posteriormente. Para armadura longitudinal em uma única camada, a
relação entre a altura total e a altura útil é dada pela expressão:
Inicia-se o pré-dimensionamento dos pilares estimando-se sua carga, por exemplo, através do
processo das áreas de influência. Este processo consiste em dividir a área total do pavimento em
áreas de influência, relativas a cada pilar e, a partir daí, estimar a carga que eles irão absorver.
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A NBR 6118:2014 estabelece que a seção transversal de pilares e pilares-parede maciços, qualquer
que seja a sua forma, não pode apresentar dimensão menor que 19 cm.
Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm².
Quando uma estrutura está sujeita a ações verticais e horizontais, seus nós deslocam
horizontalmente. Os efeitos globais de 2°ordem são os esforços causados por esses deslocamentos.
Nas barras da estrutura, os respectivos eixos não se mantêm retilíneos, surgindo os efeitos locais de
2°ordem, que afetam principalmente os esforços solicitantes ao longo dessas barras. Em princípio,
todas as estruturas são deslocáveis, no entanto, para convenção de análise, elas são classificadas
em estruturas de nós fixos e estruturas de nós móveis
A área de influência de cada pilar pode ser obtida dividindo-se as distâncias entre seus eixos em
intervalos que variam entre 0,45l e 0,55l, dependendo da posição do pilar na estrutura, conforme o
seguinte critério :
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No caso de edifícios com balanço, considera-se a área do balanço acrescida das respectivas áreas
das lajes adjacentes, tomando-se, na direção do balanço, largura igual a 0,50l, sendo l o vão
adjacente ao balanço.
Convém salientar que quanto maior for à uniformidade no alinhamento dos pilares e na
distribuição dos vãos e das cargas, maior será a precisão dos resultados obtidos. Há que se salientar
também que, em alguns casos, este processo pode levar a resultados muito imprecisos.
A existência de caixa d’água superior, casa de máquina e outros equipamentos não pode ser
ignorada no pré-dimensionamento dos pilares, devendo-se estimar os carregamentos gerados por
eles, os quais devem ser considerados nos pilares que os sustentam.
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Todavia, não dispensam que alguma manutenção seja realizada ao longo de sua vida útil.
Lixiviação
É o mecanismo responsável por dissolver e carrear os compostos hidratados da pasta de cimento
por ação de águas puras, carbônicas agressivas, ácidas e outras. Para prevenir sua ocorrência,
recomenda-se restringir a fissuração, de forma a minimizar a infiltração de água, e proteger as
superfícies expostas com produtos específicos, como os hidrófugos.
imagens da internet
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Reação álcali-agregado
É a expansão por ação das reações entre os álcalis do concreto e agregados reativos. O projetista
deve identificar no projeto o tipo de elemento estrutural e sua situação quanto à presença de água,
bem como deve recomendar as medidas preventivas, quando necessárias, de acordo com a ABNT
NBR 15577-1.
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Água do mar
(zonas de respingo e variação de maré) Uso de água contaminada no amassamento
Sais de degelo
Processos industriais
Solos contaminados Agregados contaminados
Lavagens com ácido muriático
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São todos aqueles relacionados às ações mecânicas, movimentações de origem térmica, impactos,
ações cíclicas, retração, fluência e relaxação, bem como as diversas ações que atuam sobre a
estrutura.
Sua prevenção requer medidas específicas, que devem ser observadas em projeto, de acordo com
esta Norma ou Normas Brasileiras específicas. Alguns exemplos de medidas preventivas são dados
a seguir:
Barreiras protetoras em pilares (de viadutos pontes e outros) sujeitos a choques
mecânicos;
Período de cura após a concretagem (para estruturas correntes, ver ABNT NBR
14931);
Juntas de dilatação em estruturas sujeitas a variações volumétricas;
Solamentos isotérmicos, em casos específicos, para prevenir patologias devidas a
variações térmicas.
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