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Informações dos mais diversos tipos podem hoje ser obtidas em todo o lugar do

mundo e a todas as horas. É considerada comunicação ubíqua a habilidade de se


comunicar de qualquer espaço e tempo para qualquer parte do mundo, ou seja, estar
em todo o lado ao mesmo tempo através de meios tecnológicos.
Fazer essa caracterização amplia a nossa lente e aprendemos que os canais de
comunicação se podem multiplicar – para tornar possível essa troca de ideias, textos,
sons, imagens com uma infinidade de multireferencialidades, que há 30 anos eram
impossíveis devido as distâncias e o tempo. Entretanto, com a rapidez da Web essa
interatividade pode ser aproximada por interfaces que aproximam os polos de
emissão, que deixam de ser uno para ser múltiplo, por vários pontos dispersos, que
possibilitam aos participantes comunicar-se ao mesmo tempo – em sincronia, como
exemplo: Zoom, Google Meet, Skype, mas que também se constituem na assíncrona
em que a cultura da intervenção e participação não acontecem no mesmo momento.
Podemos, assim, perceber a rapidez das mudanças nas formas de comunicação,
enquanto os povos originários esperavam interpretar eco, atualmente temos uma
multireferencialidade para propagar diversos sentidos, por meio de sons, imagens,
vídeos, expressões corporais que podem ser vistas, sentidas a quilômetros.
Nesta pandemia tivemos conectados no trabalho, nas formações, nas festas, como
também nas despedidas, que por meio deste novo canal – possibilitou “o estar junto”
mesmo em tempos e espaços diferentes. Sessões com a utilização de interfaces
tecnológicas síncronas espalharam-se pelo mundo para se conectar a pessoas que
tinham a vontade de estar juntas e não podiam devido ao momento pandêmico.
Desta forma, nestes momentos de pandemia - COVID19, com todo esse aparato
tecnológico, constatamos que encontramos a ubiquidade quando nos sentimos
pertencentes, quando existe a interatividade, quando transcendemos o espaço e o
tempo, com o desejo de estar lá.

Para a pesquisadora Santaella (2013) quando estamos em espaços de conexão


contínua encontramos possibilidades ubíquas. A autora esclarece que os aparelhos
podem ser considerados ubíquos, quando podem ser usados em qualquer lugar e em
qualquer tempo, pois derivam das condições técnicas pervasivas e móveis que delineia
a ubiquidade “como habilidade de se comunicar em qualquer lugar com aparelhos
computacionais espalhados pelo meio ambiente (SANTAELLA, 2013, p. 139)

SOUZA, Karine Pinheiro de. Para uma nova experiência humana: a ubiquidade.
Notícias, Revista Docência e Cibercultura, setembro de 2020, online. ISSN: 2594-9004.
Acesso em: 22/10/2021.

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