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RESUMO
No ramo da estética pontua-se que os procedimentos de cirurgias plásticas estão cada vez,
mas sendo realizados no Brasil. Entre os principais procedimentos de cirúrgicos, está sendo
abordado no presente estudo a Lipoaspiração, cujo nome é referenciado a uma técnica que
consiste em retirar o excesso de gordura através de um aparelho de sucção ou seringas. O
objetivo desse estudo é realizar um levantamento bibliográfico acerca da contribuição dos
procedimentos fisioterapêuticos no pós-operatório da lipoaspiração. Com relação à
metodologia adotada para a realização dessa pesquisa adotou-se três aspectos: quanto aos
objetivos tratou-se de uma pesquisa exploratória; quanto à abordagem do problema, foi
qualitativa; quanto aos procedimentos técnicos, foi bibliográfica. Por fim destaca-se que de
acordo com o levantamento bibliográfico realizado nesse estudo a lipoaspiração pode ser
considerada como um procedimento cirúrgico seguro desde que este seja realizado por um
cirurgião bem treinado, com bom julgamento médico e cirúrgico, operando em local
adequado para o porte cirúrgico.Por fim salienta-se que o atendimento fisioterapêutico pré-
operatório da cirurgia plástica é de extrema importância na reabilitação do paciente
operado.
Palavras-Chave: lipoaspiração; Fisioterapia: Ultrassom.
Introdução
O Brasil é o segundo país que mais realiza cirurgias plásticas, perdendo somente para os
Estados Unidos. Pesquisa realizada em 2008 afirma que foram realizadas 629 mil cirurgias
plásticas de médio e grande porte, e destas 91 mil foram cirurgias de lipoaspiração
(ALBUQUERQUE, 2010).
Atualmente, a busca pelo belo e a forma ideal vem aumentando significativamente a procura
de procedimentos estéticos e cirúrgicos com o intuito de um corpo harmonioso e saudável. O
ato cirúrgico constitui uma agressão tecidual que, mesmo bem direcionado, pode prejudicar a
funcionabilidade destes tecidos. Embora pareça desnecessário para alguns cirurgiões, o
atendimento fisioterapêutico pré-operatório da cirurgia plástica é de extrema importância na
reabilitação do paciente operado (MACEDO, OLIVEIRA, 2010).
Neste trabalho está sendo apresentado o tema; “Terapia com ultrassom em paciente de pós-
operatório de lipoaspiração. Onde se destaca que a lipoaspiração consiste em um
procedimento que “objetiva a retirada do excesso de gordura localizada". Ambas, por serem
procedimentos invasivos e que interferem na função dos tecidos e de sistemas como vascular
e principalmente o linfático, necessitam de certos cuidados em seu pós-operatório, evitando
possíveis complicações e restabelecendo os tecidos em um período de tempo menor”
(CAMARGO, et al., p. 02).
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Pós-graduanda em Fisioterapia Dermato-Funcional
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Orientadora Dayana Priscila Maia Meija
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Partindo desse contexto essa pesquisa tem como problema norteador, identificar: Qual a
contribuição do ultrassom como tratamento fisioterapêutico dermato-funcional? De acordo
com Macedo e Oliveira (2010, p. 196) ao se optar por realizar uma cirurgia plástica, é
necessário que a pessoa tenha consciência dos cuidados que devem ser tomados no pós-
operatório e de possíveis complicações que podem ocorrer nesse período. Faz-se necessária
toda uma preparação física, mental e emocional.
Para almejar responder ao problema desse estudo, foi desenvolvido como objetivo geral desse
estudo, a realização de um levantamento bibliográfico acerca da contribuição da ultrassom no
pós-operatório da lipoaspiração. Para tanto este foi divido em 03 (três) específicos, conforme
elencados: (01) Contextualizar a história da lipoaspiração; (02) Identificar quais os cuidados
do pós-operatório da lipoaspiração; e, (03) Qual os procedimentos a serem realizados com o
ultrassom no pós-operatório da lipoaspiração.
Neste trabalho, se utilizou a pesquisa qualitativa, que Vergara (2009, p. 42) descreve como
aquela que: Expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno.
Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem
compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal
explicação.
No que tange à formulação dos objetivos, utilizou-se da pesquisa bibliográfica, que Vergara
(2009, p. 43) define como “o estudo sistematizado desenvolvido com base em material
publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público
em geral”. Também, foi utilizada a tipologia de pesquisa exploratória, que Beuren et al.
(2006, p. 80-81) vinculam ao tipo de pesquisa em que há pouca disponibilidade de
conhecimentos e literatura sobre o tema pesquisado, implicando que:
Utilizou-se o método dedutivo, porque segundo Gil (2007, p. 27), é um método que “parte de
princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis e possibilita chegar a conclusões de
maneira puramente formal, isto é, em virtude unicamente de sua lógica”.
Para almejar os objetivos desse estudo, este foi iniciado com uma breve introdução onde
apresentamos o tema, o objetivo e a metodologia. Este estudo está subdividido em três
tópicos: o primeiro, “Procedimento de lipoaspiração, contexto histórico e cuidados”, o
segundo tópico “Tipologias da lipoaspiração, e os cuidados com o pós-operatório”, por fim o
terceiro: “O uso da ultrassom na fisioterapia demato-funcional”, em seguida é apresentada as
considerações finais e as referências bibliográficas.
Nos últimos cinco anos, o empresariado brasileiro de pequenos negócios, ao perceber que os
serviços na área da beleza ficaram, mais diversificados e sofisticados e que estava em curso
uma mudança social e comportamental na população, passou a investir mais em equipamentos
e tecnologia aproveitando também a rica biodiversidade do País. Com o Direcionamento
Estratégico 2006 a 2010, o Sistema SEBRAE vem definindo suas diretrizes e prioridades de
atuação e o setor de cosméticos vem sendo contemplado com a criação de técnicas de gestão
empresarial, inovação tecnológica, além do conhecimento sobre mercados interno e externo.
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O fisioterapeuta dermato-funcional ganhou seu espaço no mercado sendo cada dia que passa
mais reconhecido pelo cirurgião plástico, pela sociedade e pelo paciente por mostrar
tratamentos eficazes nos pós- operatórios estéticos. O tratamento com o fisioterapeuta tornou
se indispensável e necessário fazendo com que esta seja reconhecido (MARTINS, 2007).
Em um trecho dos estudos de Gomes (2003) desde que Illouz introduziu a Lipoaspiração para
o mundo em 1979, houve uma verdadeira revolução na Cirurgia Plástica, que possibilitou
uma grande evolução da técnica e difusão entre os profissionais médicos, a ponto de ser
atualmente a cirurgia plástica mais realizada no mundo há vários anos.
Segundo Morais (2012). A lipoaspiração consiste na remoção cirúrgica do excesso de tecido adiposo
através de cânulas inseridas em pequenas incisões na pele que provocam uma pressão negativa
(vácuo). Este procedimento cirúrgico acarreta sequelas no período pós-operatório como quadros de
dor, edema, hematoma, fibrose, alteração da mobilidade tecidual ou dos contornos corporais e
alteração ou ausência da sensibilidade tátil e dolorosa. A eficácia de uma cirurgia plástica passa não
só pela cirurgia em si, mas também pelos cuidados prestados no pré e pós-operatório. Assim, os
tratamentos de fisioterapia têm sido cada vez mais recomendados pelos cirurgiões plásticas.
Corroborando ainda dentro desse contexto, Pacheco (2014) descreve que lipoaspiração é o
nome dado a uma técnica que consiste em retirar o excesso de gordura através de um aparelho
de sucção ou seringas Por sua vez, a lipoescultura consiste em utilizar a própria gordura
retirada para modelar partes do corpo ou preencher depressões. Ambos são procedimentos que
podem ser realizados isoladamente ou associados com intervenções outras, tais como as
plásticas totais ou parciais de abdome ou de face.
Entre as principais técnicas cirúrgicas de lipoaspiração Duval Neto (2012, p. 108) elenca:
1 - Lipoplastia por aspiração assistida – tecido adiposo retirado do espaço subcutâneo, por
aspiração, através de uma cânula de ponta cega conectada a um aspirador de elevada potência
de sucção (1 atmosfera de pressão negativa);
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em sua grande maioria, têm sido obtidos de forma empírica. Tem-se nos estudos de Gomes
(2003, p. 36-43) as seguintes observações:
- CUIDADOS GERAIS. Como em qualquer procedimento cirúrgico, são necessários
cuidados antes, durante e depois da cirurgia. Assim, é importante definirmos as áreas a serem
operadas, volume provável a ser aspirado, tipo de anestesia a ser utilizada e se há necessidade
de tratamento antes da cirurgia para eventual anemia, processos infecciosos ou outras
situações necessárias.
- LOCAL DA CIRURGIA. No Brasil, é necessário que o local escolhido esteja de acordo
com normatização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ou seja, em
Hospitais Gerais ou especializados.
- IDADE. Não é fator isolado para contra-indicação de Lipoaspiração, devendo ser
consideradas outras variáveis, como patologias prévias, medicamentos, peso, condição física,
antecedentes familiares e extensão da cirurgia para avaliar o verdadeiro risco cirúrgico.
4. PATOLOGIAS PRÉVIAS. Investigar história de hemorragias, diabetes, tireóide, infecções,
tumores, tromboflebites, acidentes tromboembólicos e antecedentes familiares de trombose.
Patologias severas, como insuficiência cardíaca severa, isquemia coronariana, processos
infecciosos em curso, distúrbios severos de coagulação, diabetes descompensado, entre
outras, contra-indicam o procedimento.
- MEDICAMENTOS EM USO. Medicamentos que alteram a coagulação, como ácido acetil-
salicílico, heparina, anti-inflamatórios, vitamina E, hormônios e ginkgo biloba, devem ser
suspensos pelo menos 1 semana antes da cirurgia.
- TABAGISMO. Assim como em qualquer cirurgia, o tabagista tem maior probabilidade de
complicações, com recuperação mais lenta pelas alterações vasculares que causa. Não deve
ser fator isolado para contra-indicação de cirurgia, mas deve ser considerado dentro de uma
avaliação pré-operatória completa.
- DIETAS. Grandes perdas ponderais recentes podem causar desnutrição, com baixos níveis
de albumina, que estando abaixo de 2,4mg/dl pode liberar ácidos graxos que agridem o
endotélio vascular, podendo precipitar a ocorrência de trombose venosa profunda.
- ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC). A relação entre o peso e a altura ao quadrado
(P/A²) é definida como IMC, e tem sido cada vez mais utilizada para indicação cirúrgica.
Assim, Lipoaspiração em pacientes com IMC>30, ou seja, pacientes obesos classe I, tem
contra-indicação relativa, e acima de 35 a contra-indicação é absoluta, pois têm maior
incidência de risco respiratório pela sedação, risco maior de complicações circulatórias,
infecciosas e maior tempo de recuperação.
- AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA. É importante identificar exigências excessivas com a auto-
imagem, grau de expectativa em relação ao resultado, falta de compreensão do procedimento
e do pós-operatório, ou então, várias cirurgias estéticas realizadas em curto espaço de tempo
com troca frequente de médico.
- TÉCNICA OPERATÓRIA. Pode ser realizada com seringa a vácuo, com lipoaspirador,
vibrolipoaspiração e aparelho ultra-sônico. A escolha é feita pelo cirurgião, já que esses
métodos possuem vários estudos comprovando suas qualidades, vantagens e desvantagens.
- INFILTRAÇÃO. Tem-se dividido em método seco, onde nenhuma infiltração é utilizada e o
sangramento varia de 20 até 50% do líquido aspirado; infiltração úmida, quando a área
cirúrgica é infiltrada com solução de soro fisiológico e adrenalina, obedecendo à relação
volume infiltrado.
- ANESTÉSICOS LOCAIS. Obrigatoriamente, quando se optar pela anestesia local assistida
e recomendavelmente na anestesia geral, utiliza-se a lidocaína associada à epinefrina que, de
acordo com a American Society of Anesthesiologists, a dose máxima permitida para todo tipo
de infiltração é de 7mg/kg.
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- EPINEFRINA. Sugere-se que deva ser usada na concentração máxima de 1:500.000, com
um máximo de 6 ampolas16, sendo que aproximadamente 15 minutos de intervalo para início
da Lipoaspiração diminuam a perda sanguínea em 21,9%.
- TÉCNICA ANESTÉSICA. Anestesia local- em pequenas áreas, com ou sem sedação
associada, ou áreas maiores com a solução de Klein.
- REPOSIÇÃO E SOBRECARGA HÍDRICA. A reposição hídrica deve ser feita para evitar a
sobrecarga hídrica e suas complicações (insuficiência cardíaca congestiva, edema pulmonar,
hemodiluição, alterações do nível de consciência).
- LIMITES DA LIPOASPIRAÇÃO. Segundo a SBCP16 e o CFM17, existem 3 variáveis
maiores a serem analisadas para definir os limites da Lipoaspiração: O volume aspirado, a
composição do aspirado e a superfície corporal aspirada.
- COMPLICAÇÕES MENORES. Irregularidades, seromas, hipercromias, fibroses e
queimaduras de pele são citados em quase todos os trabalhos que avaliaram estas variáveis,
porém com incidência baixa, sendo as mais graves citadas como relato de caso e curiosamente
mais relacionados com infiltração tumescente e Lipoaspiração Ultrassônica.
- TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) E EMBOLIA. As complicações vasculares,
como trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar, podem ocorrer em qualquer
tipo de cirurgia, e apesar de infrequentes são a principal causa de óbito em Lipoaspiração.
- EMBOLIA GORDUROSA (EG) E SUA SÍNDROME. A síndrome da embolia gordurosa
(SEG) foi descrita pela primeira vez em 1861, mas sua fisiopatologia, diagnóstico e
tratamento permanecem incompletos.
- PERFURAÇÃO ABDOMINAL. É uma complicação relativamente incomum em
Lipoaspiração, mas quando ocorre tem mortalidade maior que 50%.
- INFECÇÕES, SEPSIS E NECROSE. Geralmente ocorre por infecções localizadas de
subcutâneo, que são tratadas com antibioticoterapia adequada e drenagem, quando necessário,
para evitar uma evolução para fasciíte necrotizante.
- ÓBITO. O tromboembolismo pulmonar, seguida de perfuração de cavidade e
anestesia/sedação/medicação, são as principais causas de óbito, seguidas de outras menos
frequentes.
Meyer et al. (2011) pontua que devido à escassez literária e a pouca informação a respeito de
protocolos existentes, surgiu a idéia de apresentar um protocolo fisioterapêutico para o pós-
operatório de pacientes submetidos à lipoaspiração. Através da busca em prontuários de
pacientes de uma clinica de Fisioterapia Dermato-funcional submetidos à lipoaspiração e da
verificação na literatura científica de outros protocolos fisioterapêuticos para o pós-operatório
(PO) de lipoaspiração pretende-se organizar os dados encontrados de maneira que se possa
construir um proposta de protocolo de atenção fisioterapêutica ao paciente submetido à
lipoaspiração levando em consideração as fases de cicatrização, complicações mais freqüentes
e novas tecnologias disponíveis no mercado, para que o profissional tenha este material como
um guia de auxilio a sua atuação neste tipo de afecção (Tab. 01).
3 Metodologia
Para alcançar os objetivos proposto da pesquisa foi realizado um revisão bibliográfica sobre o
tema em dados SCIELO (Scientific Eletronic Library online) e em livros. A pesquisa teve
duração de 3 meses onde o artigo mas antigo e de Guirro 2002, e o mas atual Camargo 2012.
4 Resultados e discussão
O mercado brasileiro ocupa hoje uma posição privilegiada para um país ainda em
desenvolvimento que precisa competir com concorrentes economicamente superiores e que
detêm, principalmente, primazia tecnológica. O Brasil passou para o quarto lugar no ranking
de consumo da indústria mundial de cosméticos, higiene pessoal e perfumaria e já faz parte da
lista de gigantes como Estados Unidos, Japão, França e Alemanha.
Os paradigmas da beleza vêm se alterando no decorrer dos anos. O conceito de beleza hoje se
difere muito do que era considerado belo há alguns anos. A preocupação com a aparência faz
parte das culturas, as pessoas sentem necessidade de estar dentro do padrão de beleza ditado
como ideal pela sociedade para se sentirem parte dela (BORGES, 2011).
Dentro desse contexto salienta-se que a Dermatologia é uma das antigas especialidades
médica separada do ambiente hospitalar que se tornou, depois da II Guerra Mundial, uma
especialidade complexa pela velocidade na aquisição de novos e constantes conhecimentos
científicos. A Fisioterapia Dermato-funcional vem acabando com o dogmatismo de muitas
das formas de tratamentos estéticos, uma vez que vêm atuando na comprovação científica dos
métodos e técnicas utilizados para o tratamento de patologias como fibroedemagelóide,
lipodistofria localizada, flacidez tecidual, entre outras (BORGES, 2011).
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O fisioterapeuta poderá avaliar vários fatores que estejam relacionados à disfunção estética,
dentre eles retrações musculares, deformidades articulares, desvios posturais que levam a
alguma alteração estética e funcional. Devem-se avaliar as condições circulatórias dos
pacientes, estabelecendo presença de alteração como edemas/ linfedemas. De uma forma
geral, o pré-operatório fisioterapêutico funciona também como orientação para o paciente. É
nesse momento que é preparado o mesmo para a cirurgia, e onde se conhece suas limitações e
começa-se a tratar o plano de tratamento pós-cirúrgico (MACEDO; OLIVEIRA, 2010).
Ainda de acordo com autores, tem-se que:
O Ultrassom utiliza como meio de condução transdutor- paciente a água, gel, emulsão, óleos
ou medicamentos em forma de gel. A manipulação do cabeçote deve ser de maneira lenta,
com movimentos curtos e uniformes, circulares ou em formato de oito, sempre com cuidado
com as proeminências ósseas, pois o contato com as mesmas pode gerar forças de cavitação
que são a energia armazenada em uma cavidade, promovendo um estado de pressão,
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patologias causadas pela contração dos tendões, ligamentos e juntas capsulares. Onde há
limitações de movimento, o tratamento é muito recomendado.
VI. Ondas Estacionárias - Cuidado! Estas ondas são frutos da interação entre a onda refletida
e a onda incidente, o que cria áreas de alta densidade num ponto específico do tecido. Evita-se
a formação dessas ondas através do movimento contínuo e adequado do transdutor. Se
utilizada à técnica estacionária aplicar somente ultrassom pulsado.
O tratamento pós-operatório na lipoaspiração pode ser iniciado em um período de 72 horas a
15 dias após a cirurgia, pode-se evidenciar uma significativa força tênsil no tecido aspirado.
“Neste momento o trabalho fisioterapêutico apresenta-se importante para prevenção de
possíveis fibroses e/ou retrações” (Macedo; Oliveira, 2010, p. 196). Destaca ainda que de
acordo com Silva (2007, p. 22) para se determinar a intensidade, devemos fazer uma
avaliação do local afetado, levando em consideração que o ultrassom sofre uma perda de
energia no seu trajeto e, portanto a requerida intensidade deve, às vezes, ser maior nas
superfícies dos tecidos, especialmente na pele, conectivos subcutâneos e camadas musculares
superficiais.
O fato é que toda cirurgia de lipoaspiração produz, em maior ou menor grau, o hematoma,
que se não for devidamente tratado pode evoluir para graus variados de fibrose. Diversas são
as técnicas que auxiliam a reabsorção dos hematomas, como o ultrassom. Oliveira (2009)
doutrina que o inicio da terapia ultrassônica após um trauma agudo pode ser iniciada após
24hrs e é importante conhecer o comportamento físico e fisiológico do aparelho em cada uma
das fases de regeneração, conforme destaca a autora:
- Na fase inflamatória ocorre à formação de um coagulo, de um tampão de plaquetas e de
fibrose tecidual. Nesta fase a terapia ultrassônica tem que ser utilizada como aceleradora do
processo inflamatório. O ultrassom pulsado teria maior eficácia nesse efeito;
- Na fase proliferativa, que ocorre cerca de três dias após a lesão, ocorre proliferação de
fibroblastos para a produção de colágeno. Nesta fase o ultrassom proporciona a
potencialização da proliferação dos fibroblastos, além de aumentar a secreção de colágeno e
proteína, estimular a contração da ferida, diminuindo o tamanho da cicatriz; e,
- Na fase de remodelagem, que é a mais longa e podem durar meses e anos, ocorre à formação
da estrutura mais próxima possível do tecido original, nesta fase o ultrassom aumenta a
reorientação das fibras de colágeno. Logo, na cirurgia plástica ele auxilia na aceleração da
cicatrização e previne cicatrizes hipertróficas e queloides. Logo, deve ser utilizado na
frequência 3 MHz na fase inflamatória para reabsorção de hematomas e formação de fibrose
consequência da melhora da circulação sanguínea e linfática (OLIVERA, 2009).
Silva (2007) destaca ainda no seu estudo o seguinte esquema para o tratamento com a
utilização do ultrassom:
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Meyer et al. (2011) destaca ainda que a utilização do ultrassom de 3MHz no pós-operatório
imediato está vinculada diretamente ao processo de cicatrização, visto que sua eficácia já está
comprovada por inúmeros trabalhos, sendo os protocolos mais efetivos os iniciados
imediatamente após a ocorrência da lesão, isto é, durante a fase inflamatória. O objetivo da
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Conclusão
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