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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Resenha Crítica de Caso


Leonardo Ramos Oliveira

Trabalho da disciplina Higiene do Trabalho


Tutor: Prof. Lucio Villarinho Rosa

Belo Horizonte
2020
O incêndio no túnel de Baltimore em 2001 (A)

Referência:
SCOTT, ESTHER ​O incêndio no túnel de Baltimore em 2001 (A). Harvard Business
School, Março/2015. Disponível em: ​http://pos.estacio.webaula.com.br/ead/supportMaterialDetails​.
Acesso em: 10/08/2020

O caso para estudo n° C16-04-1767.0 da Kennedy School of Government


Programa de Cases "Quase o pior cenário: O incêndio no túnel de Baltimore em
2001" descreve em detalhes uma impressionante cadeia de acontecimentos que
resultou no mega incêndio no túnel de Baltimore em 2001. Começando com um
histórico sobre o túnel, o texto apresenta o contexto do trânsito local e da
importância dele para a cidade. O caso A responsabilização das causas do ocorrido
é narrada em suas falhas de segurança, assim como nas respostas das autoridades
no município. A Crise no túnel aparece como uma eventualidade rara e dependente
de uma série de condições para acontecer. O caso aprofunda a exposição das
circunstâncias que contribuíram para o ocorrido.

O caso
Em julho de 2001, aconteceu um incêndio no túnel de trem da Rua Howard.
No início , houve uma confusão entre fumaça de óleo diesel e comboios de
mercadoria, foi constatado que um trem de carga pertencente à CSX Corporation
descarrilou e pegou fogo no túnel. Havia preocupação pela existência de vários
produtos químicos que podiam explodir e afetar a saúde pública, a situação foi
agravada com o rompimento do duto de água que inundou edifícios próximos
comprometendo a estrutura da estrada. As autoridades teriam que trabalhar e
solucionar a situação da cidade.
O túnel da Rua Howard, concluído em 1896 pertencia a CSX Corporation que
definia ser o canal subterrâneo mais longo da costa atlântica. Localizava-se no
centro da cidade entre estação, escola de arte, salas de shows, museu, campo de
beisebol, edifícios e hospitais. A rua Howard era uma importante rota que cruzava
com estradas ligadas a entrada para a Baltimore e a conexão para o Aeroporto
Internacional Baltimore-Washington. Os trens deslocavam-se sobre o túnel da Rua
Howard e o metrô passava por baixo dele. Em 1961, tinha terminado o serviço de
passageiros, mas permaneceu como frete da população, inclusive como única rota
de ligação entre o norte e o sul pelo corredor nordeste. A grande movimentação de
mercadorias em 2001, faziam os trens circularem através do túnel diariamente.
Muitos baltimoreanos sequer nem conheciam o túnel, inclusive o prefeito da cidade,
Martin OMalley. Em 1985, foi alertado por um anônimo da segurança federal que se
tivesse uma explosão no túnel poderia até atingir suas extremidas para fora, porém
pouco se fez. Foi feito um plano de emergênia em 1987, prevenindo acidente de
trem de passageiros, não incluindo trem de carga transportando produtos químicos.
Crise no túnel - ​Um trem de carga da CSX, em 18 de julho de 2001, na
extremidade sul do túnel da Rua Howard transportava carros, produtos de papel,
madeira, óleo de soja e produtos químicos, poucos minutos após sair houve uma
parada por causa de fumaça, que foi aumentando percebendo que houve um
incêndio e não fumaça de óleo diesel, ocasionado por um descarrilamento. Com a
percepção da existência de materiais químicos que poderiam explodir, foi acionado o
corpo de bombeiros que responderam à extremidade norte do túnel, local que os
tripulantes estavam. Havia preocupação dos bombeiros que não sabia como os
produtos químicos poderiam reagir ao máximo e acontecer uma explosão de vapor
com líquido fervente ou BLEVE que podia gerar grande devastação. Para agravar a
situação, as estradas estavam movimentadas por moradores e torcedores em
direção a cidade de Baltimore.
Assumindo o comando - O plano de resposta de emergência não determinava
quem assumiria o comando. O corpo de bombeiros que se sentiam preparados,
assumiram a liderança do incêndio e vazamento de produto químico, funcionários do
orgão ambiental já se deslocavam para o local do incêndio. O combate inicial foi
dificultado e apesar do treinamento não foi um incêndio comum, bombeiros com
equipamentos de proteção relataram o calor intenso e a incapacidade de se
aproximar do fogo. Segundo o chefe de bombeiros William Goodwin, a solução seria
aproximar do incidente e avaliá-lo, poderiam rapidamente serem recolhidas
informações com ajuda de dois especialistas químicos convocados por funcionários
do MDE. Eles detectaram que a explosão catastrófica era improvável, funcionários
do departamento de materiais perigosos e o MDE avaliaram o ar próximo do túnel e
na cidade vizinha para a presença de substâncias tóxicas. Teria que acontecer uma
tomada de decisão antes dos resultados definitivos do monitoramento do ar que
poderiam demorar, haviam moradores, trabalhadores e visitantes nas imediações do
incêndio, estradas e trânsito que cruzavam um túnel em chamas. O comandante,
chefe Heinbuch necessitaria de ajuda das agências da cidade e funcionários.
A cidade responde - ​A primeira grande emergência da administração do
prefeito Martin OMalley foi o incêndio no túnel. Durante sua viagem de volta para
Baltimore, o líder político da cidade foi avisado pelo seu chefe de gabinete Michael
Enright sobre o acidente de trem na cidade, funcionários da agência da cidade
auxiliaram o chefe Heinbuch, os chefes de departamento relevantes tinham poder de
tomada de decisão na ausência do prefeito. A gestão de emergência é responsável
pela elaboração de planos emergenciais e coordenação de recursos em uma crise,
no entanto pela falta de recursos tornou-se móvel e com isso o restante da liderança
da cidade não possuiam um exato lugar para se reunir. A sala COMSTAT sede da
polícia, tornou-se a mais desenvolvida de telecomunicações da época, estavam
presentes o diretor do departamento de obras públicas George Winfield, o chefe do
departamento de transportes Michael Rice, comissário da polícia Edward Norris,
comissário da saúde pública Peter Beilenson e o diretor de treinamentos dos
bombeiros William Goodwin. O foco de Heinbuch e as autoridades na sala de
COMSTAT era remover os moradores e turistas da área em torno do túnel, além de
gerenciar a movimentação do tráfego, duas tarefas difíceis por causa da cortina de
fumaça.

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