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O grande segredo aqui mencionado é o estabelecimento do reino de Deus sobre a terra, que começará
com o reino milenial de Cristo (20.1-6), o qual, após o julgamento final, passará para o Reino Eterno de
Deus. O reino de Deus e de Cristo é um só. Em Ef 5.5, encontramos menção ao “reino de Cristo e de Deus”.
Nas páginas dos evangelhos encontramos comumente duas expressões similares! “O Reino de Deus” e o
“Reino dos Céus”. O Reino dos Céus pode ser o Reino de Deus. Mas o Reino de Deus não é,
necessariamente, a mesma coisa que o Reino dos Céus. O termo “Reino de Deus” é usado apenas 4 vezes
em Mateus (12.28; 19.24; 21.31, 43).
Por isso creio ser interessante estabelecermos a diferença entre "Reino dos Céus" e "Reino de Deus".
Estritamente falando, “Reino de Deus” não é o mesmo que “Reino dos Céus”.
Resumidamente vejamos as principais diferenças à luz das Escrituras.
REINO DE DEUS
a. O Reino de Deus abrange terra e Céus – o Universo (1Co.15. 24,28; Salmo 103.19).
b. O Reino de Deus é de natureza espiritual (Rm 14.17; Jo 3.5).
c. O Reino de Deus [já] está presente. (Rm 14.17).
d. O Reino de Deus tem manifestação interior. (Lc 17.20,21; Rm 14.17; 1 Co 4.20).
e. A carne e o sangue não podem integrar o Reino de Deus. (1Co.15.20).
Repararam que está escrito que "As nações que estão distantes de Deus se enfurecerão?
Agora resta-nos perguntar: Qual o motivo dessa ira?
Pois, sem dúvida, o Senhor demonstrou bondade e graça para com as nações o tempo todo.
Ele supriu suas necessidades conforme nos diz o livro de atos nos cps. 14:15-17; 17:24-31
Deus até mesmo demarcou seus territórios e, em sua graça, adiou seu julgamento, a fim de dar aos homens
a oportunidade de serem salvos.
Mais do que isso, porém, enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo. Ainda hoje, Deus continua a
oferecer o perdão às nações! O que mais poderia fazer por elas?
Então, eu insisto em perguntar: por que as nações estão enfurecidas?
A resposta não poderia ser outra a não ser que, a humanidade egoísta, hedonista e narcisista, deseja que as
coisas aconteçam a seu modo. C.S. Lewis disse: “Existem dois tipos de pessoas: as que dizem a Deus ‘Seja
feita a sua vontade’ e aqueles a quem Deus diz ‘Então tudo bem, faça do seu jeito’”.
O salmista nos diz: "Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se
levantam, e os príncipes conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus laços
e sacudamos de nós as suas algemas" (SI.2:1-3). Percebem que os homens que querem viver à sua maneira
consideram a vontade de Deus como se fossem algemas? Para aqueles que não temem a Deus, viver em
Sua companhia seria como viver em uma prisão.
Também Paulo ao escrever aos romanos diz que os homens rebeldes “Desejam adorar e servir a criatura em
lugar do Criador” (Rm.1:25).
Como filhos adolescentes, as nações desejam viver sem qualquer limite: e Deus permitirá que o façam. E
sabe qual será o resultado desse estilo pecaminoso de vida? Infelizmente será outra "Babilônia" (Ap.17 e
18), a última tentativa humana de construir sua Utopia, o "céu na Terra".
Convém observar a mudança de atitude demonstrada pelas nações do mundo. Em Apocalipse 11:2, as
nações tomam Jerusalém sem qualquer piedade. Em Apocalipse 11:9, se regozijam com a morte das duas
testemunhas. Mas, agora, estão enfurecidas; sua arrogância e alegria não duraram muito tempo. Por fim,
essa atitude de rebeldia fará as nações se unirem para lutar contra Deus na grande batalha do Armagedom.
Mas Deus porá um ponto final nesta forma louca do homem viver, pois, é dito ainda no v18 que "Chegou,
porém, a tua ira." O termo traduzido por "enfureceram", em Apocalipse 11:18, é a forma verbal da palavra
traduzida por "ira" nessa expressão. Mas a ira do homem jamais poderá se equiparar à ira do
Cordeiro (Ap 6:16, 17). Até mesmo a ira de Satanás, por mais cruel que seja, não chega perto da ira de Deus
(Ap 12:1 7).
Na primeira metade da Tribulação, houve sofrimento intenso, mas somente a última metade revelará a ira
de Deus (Ap 11:18; 14:10; 16:19; 19:15). Devemos observar que existem dois termos gregos para ira:
thumos, que significa "fúria, ódio passional", e orge, usado aqui, e significa "indignação, porém, se refere a
uma atitude estável de ira". Isto é, a ira de Deus não é uma explosão temperamental; é indignação santa
contra o pecado.
A ira de Deus não é impassível, pois ele detesta o pecado e ama a retidão e a justiça; mas também não é
temperamental nem imprevisível.
As palavras "e o tempo determinado para serem julgados os mortos" nos levam até o final do plano
profético de Deus. Em certo sentido, todo dia é o "Dia do Senhor", pois Deus está sempre julgando com
justiça. Acontece que Deus é longânimo para com os pecadores perdidos e, com frequência, adia o
julgamento, mas haverá um julgamento final dos pecadores, e nenhum deles escapará. Esse julgamento é
descrito em Apc.20:11-15.
E terceiro motivo de gratidão a Deus é porque ele recompensa graciosamente aos seus servos – diz a
parte “B” do verso 18: “...Chegou o momento de recompensares os teus servos, os profetas, e todo o teu povo,
e todos os que te temem, tanto os importantes como os humildes. Chegou o momento de destruíres os que
matam pessoas na terra!” v18
Você que é um estudante atento da Bíblia, sabe que também haverá um julgamento dos servos de Deus,
esse julgamento é conhecido como o "tribunal de Cristo" (Rm.14:10-13; 1Co.3:9-15; 2Co.5:9-11).
Ali Deus recompensará seus servos fiéis (Mt.25:21), e os sofrimentos pelos quais passaram aqui na Terra
serão esquecidos na glória da presença do Senhor. Os filhos de Deus não serão julgados por seus pecados
(esse julgamento foi realizado na cruz), mas serão julgados por suas obras e recompensados
generosamente por seu Senhor.
O "tribunal de Cristo" ocorrerá no céu depois que ele trouxer seu povo para o lar celestial. Quando Cristo
voltar à Terra para estabelecer seu reino, os servos de Cristo estarão prontos para reinar com ele, e toda
imperfeição da Igreja será removida (Ef.5:25-27; Ap.19:7,8).
No presente, gememos enquanto servimos a Deus, pois conhecemos bem nossas limitações e imperfeições;
mas, um dia, o serviremos perfeitamente!
Neste verso a expressão "os que destroem a terra" refere-se aos habitantes rebeldes da Terra que se
recusam a sujeitar-se a Deus. Olha só que ironia! Essas pessoas viveram em função da Terra e de seus
prazeres e, ao mesmo tempo, destruírem essa Terra que adoram! Quando o homem esquece que Deus é o
Criador e ele é a criatura, começa a explorar indevidamente os recursos que lhe foram dados por Deus e a
causar destruição. O ser humano é mordomo da criação, não seu proprietário.
Como mencionamos anteriormente, Apocalipse 11:18 é um resumo de acontecimentos por vir. É o cântico
de louvor do céu pela fidelidade do Senhor em realizar seus propósitos no mundo. Mais uma vez, parece
estranho os seres celestiais poderem cantar sobre julgamento. Talvez, se tivéssemos mais da perspectiva do
trono, seríamos capazes de nos juntar a eles em seus louvores.
Chegamos agora ao verso 19 onde encontramos Uma garantia da fidelidade de Deus “Então se abriu o
templo de Deus, que está no céu, e a arca da aliança foi vista lá dentro. E houve relâmpagos, estrondos,
trovões, um terremoto e uma forte chuva de pedra.” v19
Este capítulo começa com um templo da Terra, mas aqui, vemos o templo no céu. A atenção volta-se para a
arca da Aliança, o símbolo da presença de Deus com seu povo.
No tabernáculo e templo do Antigo Testamento, a arca ficava no Santo dos Santos, atrás do véu.
A glória de Deus repousava sobre a arca e, dentro dela, encontrava-se a Lei de Deus, ilustrando de maneira
muito bela que os dois nunca devem ser separados. Ele é o Deus santo e deve tratar do pecado com justiça.
No entanto, também é o Deus fiel, que cumpre o que promete a seu povo. A arca da aliança foi adiante de
Israel na travessia do Jordão e conduziu o povo à herança (Js 3:11-17). Essa visão da arca deve ter sido um
grande estímulo ao povo aflito para o qual João enviou este livro. O apóstolo está lhes dizendo: "Deus
cumprirá suas promessas! Ele revelará sua glória! Confiem nele!"
Shalom, nos vemos nos próximos estudos!