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Poluição Atmosférica

Ao contrário do que alguns julgam a poluição do ar já existe desde a antiguidade. Pois quando
as pessoas queimavam madeira provocavam poluição. Porém, a Revolução Industrial ampliou
os efeitos sobre a qualidade do ar, já que a intensidade da combustão de carvão aumentou de
forma absurda no século XIX, principalmente na Grã-Bretanha.

 
 
A queima de carvão mineral despejava toneladas de poluição atmosférica, causando
danos à população, que sofria de doenças respiratórias, responsáveis por milhares de mortes
na época. Todos os países que desenvolveram a sua indústria nessa época tiveram os
mesmos problemas. 
Mais recentemente, em 1952, devido à poluição particulada e aos compostos de
enxofre liberados pelas indústrias em Londres, conjugadas com as péssimas condições
climáticas que contribuíram para a não dispersão dessa poluição, cerca de quatro mil pessoas
morreram por problemas respiratórios no período de uma semana. Nos meses seguintes ao
que ficou conhecido como Big Smoke, mais de oito mil pessoas morreram e cerca de outros
100 mil ficaram doentes. 
Causas naturais 
 Atividade de vulcões 
 Libertação de metano por animais durante o processo de digestão 
 Tempestades de areia 
 Decomposição 
Causas humanas 
 Industrialização 
 Queimadas 
 Veículos e queima de combustíveis fósseis 
 Mineração 
 Uso de aerossóis 
 Produção de energia  
 
Atividade vulcânica  
A atividade vulcânica, fonte natural de poluição, é uma das principais fontes de
emissão de poluentes atmosféricos, de que se destacam a matéria particulada, gases tóxicos e
metais pesados. As populações cronicamente expostas a ambientes com atividade vulcânica
apresentam um risco superior de genotoxicidade e citotoxicidade, bem como de desenvolver
patologias do foro respiratório e vários tipos de cancro 
No entanto, para além do vapor de água e de CO 2, durante e após as erupções, os
vulcões libertam outros gases e aerossóis, tão ou mais nocivos para a saúde, tais como dióxido
de enxofre (SO2), ácido sulfúrico (H2SO4), sulfureto de hidrogénio (H2S), mercúrio (Hg), chumbo
(Pb), entre outros.  
 
Tempestades de areia  
Estas surgem em solos cobertos de areia e pequenas rochas podendo causar problemas
respiratórios às pessoas, e em casos extremos, danos a casas e redes elétricas. 
 
Produção de energia  
Combustíveis Fósseis 
Para a avaliação dos impactos ambientais gerados pela produção de energia de origem
térmica, onde se inclui a cogeração fóssil, através da queima de combustíveis fósseis,
nomeadamente carvão, diesel, fuelóleo e gás natural, devem também ser analisadas as fases
de operação, extração, transporte e refinação dos combustíveis fósseis, em que ocorrem
impactos significativos. 
 
Para esta categoria, os impactos são, entre outros, a elevada libertação de gases
poluentes, como o dióxido de carbono (CO2), óxidos de azoto (NOx) e óxidos de enxofre
(SOx), juntamente com partículas em suspensão e os metais pesados, que densificam o efeito
de estufa com impacto no aquecimento global, aparecimento de chuvas ácidas, degradação do
solo, zonas costeiras e ecossistemas marinhos, extinção das reservas existentes, intrusão
visual e ruído. 
Industrialização 
À medida que a população e o consumo aumentam, cresce também a produção
industrial. Esta, na maior parte das vezes, vem acompanhada de impactos ao meio ambiente.
Algumas atividades produtivas têm efeitos severos sobre a qualidade do ar, como aquelas em
que há queima de combustíveis fósseis e outros materiais, como madeira ou minérios. 
 
Automóveis 
Antes da utilização do automóvel é extraído petróleo e usados produtos químicos para
criar plásticos, borrachas e tintas para este. 
Um litro de gasolina pesa cerca de 0,8 kg, porém quando é queimado, o carbono que
contém combina-se com o oxigênio atmosférico e produz cerca de 8.5 kg de CO 2. 
Incêndios florestais 
Os incêndios florestais, naturais ou provocados, libertam nuvens de poluição nociva
para o meio ambiente. Devido a estes incêndios a sua área vegetal consequentemente diminuí,
sendo menor a capacidade de renovação do ar. 

 
 
Big Smoke 
O Nevoeiro de 1952 foi um período de severa poluição atmosférica, entre os dias 5 e 9
de dezembro de 1952 que encobriu a cidade de Londres. O fenômeno foi considerado como
um dos piores impactos ambientais até então. 
 

Fontes de poluentes atmosféricos na EU 

 
 
Principais Poluentes 
Dentre os principais poluentes que causam o desequilíbrio no ar atmosférico temos: 
 Monóxido de carbono: Produto resultante da queima incompleta dos
combustíveis. 
 Dióxido de enxofre e óxidos de azoto: produtos da combustão do enxofre
presente nos combustíveis fósseis. 
 Dióxido de carbono: Produto resultante da queima de qualquer matéria
orgânica. É encontrado naturalmente na atmosfera, mas quando lançado em
grande quantidade, provoca desequilíbrios, entre eles, o efeito estufa. 
 Chumbo: Produto usado na gasolina para aumentar sua octanagem. No Brasil,
o chumbo foi substituído pelo álcool etílico anidro, como aditivo à gasolina com
essa mesma finalidade. 
 Clorofluorcarbonetos: Esses gases são responsáveis por destruir a camada
de ozono. 
 Material particulados: Resultado da queima de combustíveis fósseis, como a
fuligem. Esses materiais são extremamente poluentes. 
 
Cerca de 90% das emissões de amoníaco e 80% das emissões de metano resultam
das atividades agrícolas.  
Os resíduos, depositados em aterros, assim como a extração mineira são grandes
fontes de metano.  
Cerca de 60% dos óxidos de enxofre resultam da produção e distribuição de energia. 

 
 
 

CONSEQUÊNCIAS
i. Destruição da Camada de Ozono

Destruição da camada de ozono 


O ozono (O3) é muito raro na atmosfera terrestre, existindo uma média de três moléculas de
ozono para 10 milhões de outras moléculas que existem no ar. No entanto, apesar desta
pequena percentagem, o ozono tem um papel vital nesta mesma atmosfera quando situado na
sua zona natural que é a estratosfera. 
Devido à sua elevada reatividade, a concentração de ozono resulta de um equilíbrio entre a
sua produção e destruição, gerando camadas de alta e baixa concentrações que atingem níveis
máximos numa faixa de 15 Km de altura, designada por camada de ozono. 
-Produção natural de ozono na estratosfera 
A radiação UVC interage com uma molécula de dioxigénio e separa-a em dois átomos de
oxigénio (radicais livres).  
O2  O.+ O. 
Cada um dos radicais livres reage com uma molécula de dioxigénio para formar uma molécula
de ozono (O3).  
O.+O2  O3 
-Destruição natural de ozono na estratosfera 
A molécula de ozono absorve radiação UVB na gama de 290-320 nm. Esta radiação separa a
molécula de ozono numa molécula de dioxigénio e um átomo de dioxigénio (radical livre).  
O3  O.+ O2 
O radical livre O. Pode reagir com uma molécula de ozono e formar duas moléculas de
dioxigénio. 
O. + O3  2O2 
A maioria dos átomos de oxigénio formados na decomposição de O3 ou de O2 reagem com
moléculas de O2 regenerando O3; os outros átomos de oxigénio reagem com o
ozono, destruindo-o. Deste modo, a presença de ozono na estratosfera constitui um filtro para
as radiações UVB, protegendo os seres da sua nefasta influência e tornando possível a vida no
planeta Terra tal como a conhecemos. 
-A formação do “buraco” na camada de ozono 
 
Fig.6- Aumento da produção de CFC. Fig.5- Imagens do acentuado aumento da destruição do ozono; 

Analisando as figuras 1 e 2, percebemos que poderá haver uma correlação entre o aumento da
produção de CFC (clorofluorcarbonetos) e o aumento do “buraco” da camada de ozono
(diminuição da concentração do ozono). 
Segundo os químicos Sherwood Rowland e Mário Molina, os CFC seriam capazes de persistir
tempo suficiente na atmosfera de forma a difundirem-se até à estratosfera, onde, juntamente
com intensas radiações UV, seriam capazes de “quebrar” as suas moléculas, libertando radicais
de cloro muito ativos e passíveis de destruir o ozono. 

ii. Efeito de Estufa


O efeito de estufa é um processo físico que ocorre quando uma parte da radiação
infravermelha (percebida como calor) é emitida pela superfície terrestre e absorvida por
determinados gases presentes na atmosfera, os chamados gases de efeito de estufa. Como
consequência disso, parte do calor é irradiado de volta para a superfície, não sendo libertado
para o espaço. Este efeito é vital para a existência da vida como a conhecemos pois
é responsável por manter o planeta aquecido garantindo assim a sobrevivência dos seres
vivos. No entanto as ações do homem aumentaram a presença destes gases na
atmosfera fazendo com que eles retenham mais calor e aumentem a temperatura do planeta. 

A atmosfera é uma proteção importante para a vida na Terra.

Para absorver qualquer tipo de radiação, ela precisa de ter algumas partículas
eletricamente carregadas, para que as ondas eletromagnéticas trabalhem. A maior parte da
nossa atmosfera, é composta por gases que não apresentam carga elétrica (O, N e H2O),
porém alguns deles, mantêm a maioria dos seus eletrões de um lado da molécula, o que cria
um desequilíbrio que lhes permitem a movimentação, absorvendo assim a energia de raios
infravermelhos que encontrem.

Depois existem os gases poluentes, como o metano e dióxido de carbono, que


teoricamente, não são desequilibrados, pelo que pela lógica, não seriam capazes de realizar o
mesmo processo referido anteriormente. Porém, estas moléculas, apresentam um estado de
agitação elevado, pelo que lhes dá acesso à absorção dessa radiação, isolando assim, a terra.

De qualquer das formas, maior parte da nossa atmosfera não é capaz de realizar este
processo, pelo simples facto de que maior parte é Oxigénio e Nitrogénio (que não possuem
desequilíbrio nas suas cargas).
Ainda assim, aquele 1% de gases perigosos, consegue intersetar cerca de 90% do calor
que sai da terra.

iii. Chuvas Ácidas

Chuvas ácidas 
Acidez da água da chuva 
Durante a precipitação, a água da chuva dissolve gases da atmosfera. Um dos gases, o
dióxido de carbono, CO2, é responsável pela ligeira acidez da água da chuva em ambientes
não poluídos. A dissolução deste gás origina ácido carbónico, H 2CO3, um ácido fraco que, por
sua vez, se ioniza: 

CO2 (g) + H2O (l)     H2CO3 (aq) 


H2CO3 (aq) + H2O (l)    HCO3- (aq) + H3O+ (aq) 

Em locais afastados da civilização, e onde não haja atividade vulcânica, a água da chuva tem
um pH de cerca de 5,6. É uma água ligeiramente ácida devido à dissolução de CO2. 
 
Fig.1- Gráfico dos maiores emissores de CO2 
Poluentes atmosféricos e chuva ácida 
Foi em 1872, em plena Revolução Industrial, que Robert A. Smith, químico escocês e pioneiro
na investigação de questões ambientais, introduziu a expressão “chuva ácida”. 
A água da chuva, a que chamamos “normal” para melhor diferenciarmos da “chuva ácida”, é
ligeiramente ácida, com pH de aproximadamente 5,6. 
Sabe-se que a chuva, em zonas onde a atividade vulcânica seja intensa, tem um pH inferior a
5,6, o mesmo se verifica em zonas de grande atividade industrial e tráfego rodoviário. É a esta
chuva, com pH inferior a 5,6, à temperatura de 250C, que se chama chuva ácida.  
O processamento de combustíveis fósseis e as erupções vulcânicas são responsáveis pela
formação de óxidos de nitrogénio, e de enxofre. 
As altas temperaturas atingidas nos sistemas de combustão, em certas indústrias e nos meios
de transporte que usam combustíveis fósseis, favorecem a formação de monóxido de
nitrogénio, NO: 

N2 (g) + O2 (g)     2NO (g)


 
Numa atmosfera rica em oxigénio, O2, o NO rapidamente se transforma num gás castanho-
avermelhado, de dióxido de nitrogénio, NO2: 

2NO (g) + O2 (g)     2NO2 (g) 

 
 
Fig.2-Indústria metalúrgica: libertação de NOx. 

O NO2 formado reage com a água presente na atmosfera, dando origem ao ácido nitroso,
HNO2, e ao ácido nítrico, HNO3, um ácido forte: 

2NO2 (g) + H2O (l)    HNO2 (aq) + HNO3 (aq) 

Quando queimado, o enxofre, S, contido nos combustíveis fósseis origina dióxido de enxofre,
SO2: 

S ( nos combustíveis) + O2 (g)    SO2 (g) 

Na presença de O2, o SO2 converte-se em trióxido de enxofre, SO3: 

2SO2 (g) + O2 (g)     2SO3 (g) 

Os óxidos SO2 e SO3, na presença de água, originam ácido sulfuroso, H2SO3, e ácido sulfúrico,
H2SO4 (um ácido forte):  

SO2 (g) + H2O (l)    H2SO3 (aq) 


SO3 (g) + H20(l)   H2SO4 (aq) 

Curiosidade: 
As bancadas de mármore, usadas em cozinhas, vão perdendo polimento e ficando rugosas
devido ao contacto com alimentos ácidos, como o vinagre, que as vão degradando. O vinagre e
a chuva ácida têm acidez semelhante. 
Em Portugal abundam o calcário e o mármore, pelo que muitas construções são feitas com
estes recursos naturais. É o caso de grande parte do património português edificado, que inclui
monumentos como os mosteiros da Batalha e dos Jerónimos. O calcário e o mármore são
essencialmente formados por carbonato de cálcio, CaCO3, uma substância iónica constituída
por Ca2+ e CO32-. 
A degradação desses monumentos pode ser explicada pelo efeito da chuva ácida sobre o
CaCO3: 

CaCO3(S) + 2H3O+ (aq)      Ca2+ (aq) + CO2 (g) + 3H20 (l) 

Como vemos, ocorre a dissolução de CaCO3 com libertação de dióxido de carbono. Trata-se


efetivamente de uma reação entre a chuva ácida, aqui representada pelo ião H3O+, e uma
base, o ião carbonato, CO32-.  
De facto, o ião carbonato, CO32- comporta-se como base de Bronsted e Lowry e a reação com
H3O+ pode representar-se, de forma a explicitar esse comportamento, através de equação: 
CO32- (aq) + H3O+ (aq)    HCO3- (aq) + H2O (l) 

iv. Doenças

“A cada hora, 800 pessoas morrem de cancro ou de doenças respiratórias e


cardíacas, causadas diretamente pela inalação de ar poluído”
A maior fonte de poluição que nos afeta, é sem dúvida a produzida pelos
automóveis. As partículas libertadas que referimos anteriormente, muitas das vezes
inserem-se no nosso organismo e deslocam-se até aos pulmões, entrando na nossa
corrente sanguínea. Isto pode ser o ponto de partida para a formação de doenças
cardíacas e pulmonares futuras.
Um dos temas debatidos pelos cientistas hoje em dia, é a possibilidade dessas
partículas levarem à demência.
As partículas maiores ficam presas no nariz, mas as menores podem chegar ao
cérebro por meio de nervos. Acredita-se que nesse momento, haja uma interrupção de
neurónios, levando assim ao aparecimento da doença.
As doenças mais comuns são:
- Bronquite Asmática ( é uma das que mais afeta a população. esta doença é
caracterizada pela inflamação dos brônquios, pulmões e ramificações do aparelho
respiratório. Os principais sintomas
são: dificuldade de respirar, ponta dos dedos e boca arroxeados e tosse com
catarro.)
- Asma (Quem sofre de asma apresenta inchaço e estreitamento das principais
vias que alimentam o pulmão com ar e, por isso, o principal sintoma da asma é a
dificuldade de respirar)
- Cancro do Pulmão (Este tipo de cancro é provocado pela inalação de gases
poluentes ao longo dos anos. A doença desenvolve-se exatamente pelo acúmulo de
partículas poluentes que o ar carrega e que respiramos, provocando o
desenvolvimento das células cancerosas.
- Alzheimer, Parkinson e DPOC (Poucas pessoas associam a má qualidade do ar
com doenças como o Alzheimer e Parkinson, porém estudos modernos asseguram que
esses males podem se desenvolver no organismo humano após anos de inalação de
gases tóxicos e metais poluentes que estão presentes no ar. A DPOC (Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica) desenvolve-se após uma grande exposição aos
poluentes e pode levar à destruição dos alvéolos pulmonares e infeção do sistema
respiratório.

No que é relativo à Atividade física, ao escolhermos um local poluído para nos


exercitarmos, estamos a submeter-nos a altos níveis de poluentes.
Isto acontece porque a atividade física demanda mais oxigénio do corpo, com
músculos, coração e pulmões a trabalhar com mais intensidade. Para atender essa
demanda, inalamos mais ar e, com ele, mais poluentes. Quando o exercício se torna
mais intenso respiramos também pela boca, o que possibilita a entrada partículas
poluentes nas nossas vias aéreas.
Para além da saúde, este tipo de exposição também afeta o desempenho do
atleta. Um estudo feito pela pesquisadora brasileira e doutora em Fisiologia e
Imunologia do Exercício para a "Edinburgh Napier University", da Escócia, Elisa Couto
Gomes, confirmou que o ozono quando combinado ao calor e umidade afeta muito a
performance de esportistas.
Dez atletas profissionais de alta performance participaram do experimento,
sendo submetidos a corridas de 8 quilômetros em quatro ambientes diferenciados.
O resultado identificou que quando os atletas eram expostos à grande
concentração de ozônio, calor e umidade eles tinham uma piora de desempenho de,
em média, 33 segundos. Para um atleta de elite isso é uma piora muito grande.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO
A descarbonização do planeta é um dos objetivos estipulados por países de todo o mundo até 2050. O
uso de energia, no mundo, tem enorme dependência da oferta de hidrocarbonetos fósseis, ou seja,
86%! Mudar a matriz energética global é, portanto, a chave para a mitigação dos gases do efeito estufa
na lógica da “descarbonização” do planeta.

i. A NÍVEL GERAL
Impedir a geração do poluente: para impedir a geração do poluente, existem duas opções:
substituir as matérias-primas e reagentes ou, então, mudar os processos e operações.

1. Aplicação de catalisadores em todos os automóveis novos, de modo a diminuir


o máximo de emissão de fumos e gases e a redução da quantidade de chumbo
e enxofre nos combustíveis (gasolina, gasóleo). Pensa-se que estas medidas
reduzirão entre 70% e 90% a poluição do ar provocada pelos veículos
motorizados;

O catalisador, é um dispositivo antipoluição, que tem a função de tratar os gases


libertados pelo motor de combustão interna e transformá-los em gases menos nocivos.
Os conversores catalíticos também são usados com essa finalidade em alguns
processos industriais.

Estes são metais que ficam sobre o óxido de alumínio. Normalmente os metais
usados são o paládio, o ródio, a platina ou o molibdênio. Podem-se misturar também esses metais e
usar-se ligas. Por exemplo, no caso da gasolina, usa-se normalmente uma liga de paládio e tório; já no
caso do etanol, utiliza-se uma liga de paládio e molibdênio. Esses metais realizam uma catálise
heterogénea com os gases poluentes.

A catálise heterogénea é uma reação em que o catalisador retém as moléculas dos reagentes
na sua superfície, enfraquecendo as suas ligações e fazendo com que a reação se processe de forma
mais rápida. Com isso, os metais catalisadores transformam os agentes poluidores, como o CO e NOx
em gases não tóxicos, como CO2, H2O, O2 e N2.
2 CO(g) + 2 NO(g) → 2 CO2(g) + 1 N2(g)

2 CO(g) + 1 O2(g) → 2 CO2(g)

2 C2H6(g) + 7 O2(g) →4 CO2(g) + 6 H2O(v)

2 NO2(g) +4 CO(g) →1 N2(g) + 4 CO2(g)

2 NO2(g) →1 N2(g) + 2 O2(g)

2 NO(g) →1 N2(g) + 1 O2(g)

2. Utilização de tecnologias alternativas, ou seja, de tecnologias diferentes que


reduzam o consumo de energia, tornem a indústria menos poluidora
(tecnologias limpas) e valorizem os resíduos;

De maneira prática, as tecnologias limpas são novos processos industriais ou alterações realizadas
em processos já existentes, sempre com o objetivo de que o consumo de matérias-primas, o consumo
energético, os impactos ambientais e o desperdício sejam minimizados ou mesmo zerados.

Além disso, os modelos de produções que são baseados em tecnologias limpas têm sempre como
intuito a reciclagem total dos resíduos gerados no processo produtivo, assim como o objetivo claro de
não gerar emissões e resíduos.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou este mês uma aliança
“pioneira” entre Bruxelas e a organização Breakthrough Energy, fundada por Bill Gates, para impulsionar
os investimentos em projetos de tecnologia limpa em grande escala.

Os investimentos serão inicialmente focados em quatro setores climáticos de “alto impacto”:


hidrogénio verde, combustíveis sustentáveis para aviação, captura direta de ar e armazenamento de
energia a longo prazo.

3. Adaptação de medidas ecológicas, por parte de grandes empresas, de forma a


conseguir reduzir a quantidade de poluentes gerados sem diminuir a
capacidade de produção da indústria.
– Redução na geração de resíduos. Fator que ainda poderá ser muito benéfico para a própria indústria,
auxiliando na redução de custo, imagem positiva vinculada à responsabilidade socioambiental,
vantagem em relação aos concorrentes, redução de riscos de acidentes, entre outros;

– Investimento em fontes de energia sustentável como a energia eólica e a solar, as quais ainda
auxiliarão a empresa a reduzir as contas de energia e trarão independência para a geração da própria
energia;

– Redução na produção de gases poluentes através da instalação de uma espécie de filtro, diminuindo a
contribuição para a destruição da camada de ozono;

– A utilização do papel pode ser reduzida através do uso da tecnologia ou então ao menos compensada
com parcerias em projetos de reflorestamento, auxiliando ainda na compensação da emissão de CO2;

– Realização do tratamento correto dos efluentes da indústria antes dele chegar à natureza, evitando a
contaminação de rios e do solo.

– Através do tratamento ideal para a água industrial poderá aproveitar-se a água de reúso para diversos
processos como: limpeza do local e do maquinário, etapas do processo de produção e muito mais. A
água de reúso irá ainda reduzir os custos, gerando economia sem deixar a eficiência de lado.

ii. A NÍVEL PESSOAL

 Separação e reciclagem do lixo doméstico:


Os resíduos sólidos abandonados em lixões a céu aberto deterioram a qualidade do ar que
respiramos por causa da queima e do fumo, além de vetores (insetos, roedores e pequenos animais)
que ocasionam incômodos e podem disseminar doenças. A visibilidade é reduzida e a poeira levantada
pelo vento em períodos de seca podem transportar microrganismos que produzem infeções
respiratórias e irritação nasal e ocular, além de ser inconveniente respirar odores desagradáveis. Além
disso, a degradação da matéria orgânica dos resíduos produz uma mistura de gás conhecida como
biogás, composta principalmente de metano e dióxido de carbono (CO2 e CH4), conhecidos como gases
efeito estufa (GEE), que contribuem para o processo de das alterações climáticas; adicionalmente, o
metano acumulado pode causar explosões.

 Uso da iluminação LED


A luz deste tipo de material leva a uma economia que varia de 50% a 80% na conta quando
comparada com os modelos tradicionais. Isto porque ela é mais forte e intensa que as lâmpadas
convencionais. Este tipo de iluminação ajuda a reduzir o consumo de energia elétrica o que leva a uma
menor emissão de carbono no meio ambiente. As lâmpadas LED também não emitem radiação UV e não
possuem mercúrio na sua composição. Isso significa que podem ser utilizadas em ambientes onde esse
tipo de radiação não é desejada.

 Descartar as pilhas nos pontos de recolha


A maioria dos tipos de baterias contém metais pesados tóxicos, incluindo níquel, cádmio e
mercúrio. Todos estes metais podem ser recuperados e reutilizados. A reciclagem de baterias é positiva
para o ambiente, uma vez que quando juntas com o lixo doméstico, a incineração do mesmo, gera
cinzas que contêm os resíduos tóxicos. Estes podem volatilizar, contaminando a atmosfera.

 Reciclar o Óleo Alimentar


Quando bactérias realizam a decomposição do óleo, um dos produtos dessa reação é o gás metano. O
problema é que o gás metano, juntamente ao gás carbônico, contribui para o aquecimento do planeta.

 Utilização de Sacos Reutilizáveis


A queima de plásticos libera gases tóxicos na atmosfera, como dioxinas, furanos, mercúrio e
bifenilos policlorados (mais conhecidos pela sigla PCB), e representa uma ameaça à vegetação e à saúde
humana e animal. Aumenta o risco de doenças cardíacas, agrava doenças respiratórias, como asma e
enfisema, causa irritações na pele, náusea e dores de cabeça, e prejudica o sistema nervoso”, afirma o
estudo. Liberta ainda o carbono negro, sob a forma de fuligem, que contribui para as mudanças
climáticas. Por isso a reutilização de plástico, será um ponto de partida para o fabrico e uso de plásticos
no geral.

 Preferir locomoção sem motor, ou optar por automóveis elétricos.


A poluição automóvel não é só sentida quando conduzimos, muito pelo contrário. A produção de
automóveis consome muita energia, mesmo antes de chegar à estrada (minerais usados na criação do
metal para o corpo e motor, produtos químicos para desenvolver plásticos, tintas, borrachas e vidros e
emissão de C02).

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