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Ao contrário do que alguns julgam a poluição do ar já existe desde a antiguidade. Pois quando
as pessoas queimavam madeira provocavam poluição. Porém, a Revolução Industrial ampliou
os efeitos sobre a qualidade do ar, já que a intensidade da combustão de carvão aumentou de
forma absurda no século XIX, principalmente na Grã-Bretanha.
A queima de carvão mineral despejava toneladas de poluição atmosférica, causando
danos à população, que sofria de doenças respiratórias, responsáveis por milhares de mortes
na época. Todos os países que desenvolveram a sua indústria nessa época tiveram os
mesmos problemas.
Mais recentemente, em 1952, devido à poluição particulada e aos compostos de
enxofre liberados pelas indústrias em Londres, conjugadas com as péssimas condições
climáticas que contribuíram para a não dispersão dessa poluição, cerca de quatro mil pessoas
morreram por problemas respiratórios no período de uma semana. Nos meses seguintes ao
que ficou conhecido como Big Smoke, mais de oito mil pessoas morreram e cerca de outros
100 mil ficaram doentes.
Causas naturais
Atividade de vulcões
Libertação de metano por animais durante o processo de digestão
Tempestades de areia
Decomposição
Causas humanas
Industrialização
Queimadas
Veículos e queima de combustíveis fósseis
Mineração
Uso de aerossóis
Produção de energia
Atividade vulcânica
A atividade vulcânica, fonte natural de poluição, é uma das principais fontes de
emissão de poluentes atmosféricos, de que se destacam a matéria particulada, gases tóxicos e
metais pesados. As populações cronicamente expostas a ambientes com atividade vulcânica
apresentam um risco superior de genotoxicidade e citotoxicidade, bem como de desenvolver
patologias do foro respiratório e vários tipos de cancro
No entanto, para além do vapor de água e de CO 2, durante e após as erupções, os
vulcões libertam outros gases e aerossóis, tão ou mais nocivos para a saúde, tais como dióxido
de enxofre (SO2), ácido sulfúrico (H2SO4), sulfureto de hidrogénio (H2S), mercúrio (Hg), chumbo
(Pb), entre outros.
Tempestades de areia
Estas surgem em solos cobertos de areia e pequenas rochas podendo causar problemas
respiratórios às pessoas, e em casos extremos, danos a casas e redes elétricas.
Produção de energia
Combustíveis Fósseis
Para a avaliação dos impactos ambientais gerados pela produção de energia de origem
térmica, onde se inclui a cogeração fóssil, através da queima de combustíveis fósseis,
nomeadamente carvão, diesel, fuelóleo e gás natural, devem também ser analisadas as fases
de operação, extração, transporte e refinação dos combustíveis fósseis, em que ocorrem
impactos significativos.
Para esta categoria, os impactos são, entre outros, a elevada libertação de gases
poluentes, como o dióxido de carbono (CO2), óxidos de azoto (NOx) e óxidos de enxofre
(SOx), juntamente com partículas em suspensão e os metais pesados, que densificam o efeito
de estufa com impacto no aquecimento global, aparecimento de chuvas ácidas, degradação do
solo, zonas costeiras e ecossistemas marinhos, extinção das reservas existentes, intrusão
visual e ruído.
Industrialização
À medida que a população e o consumo aumentam, cresce também a produção
industrial. Esta, na maior parte das vezes, vem acompanhada de impactos ao meio ambiente.
Algumas atividades produtivas têm efeitos severos sobre a qualidade do ar, como aquelas em
que há queima de combustíveis fósseis e outros materiais, como madeira ou minérios.
Automóveis
Antes da utilização do automóvel é extraído petróleo e usados produtos químicos para
criar plásticos, borrachas e tintas para este.
Um litro de gasolina pesa cerca de 0,8 kg, porém quando é queimado, o carbono que
contém combina-se com o oxigênio atmosférico e produz cerca de 8.5 kg de CO 2.
Incêndios florestais
Os incêndios florestais, naturais ou provocados, libertam nuvens de poluição nociva
para o meio ambiente. Devido a estes incêndios a sua área vegetal consequentemente diminuí,
sendo menor a capacidade de renovação do ar.
Big Smoke
O Nevoeiro de 1952 foi um período de severa poluição atmosférica, entre os dias 5 e 9
de dezembro de 1952 que encobriu a cidade de Londres. O fenômeno foi considerado como
um dos piores impactos ambientais até então.
Principais Poluentes
Dentre os principais poluentes que causam o desequilíbrio no ar atmosférico temos:
Monóxido de carbono: Produto resultante da queima incompleta dos
combustíveis.
Dióxido de enxofre e óxidos de azoto: produtos da combustão do enxofre
presente nos combustíveis fósseis.
Dióxido de carbono: Produto resultante da queima de qualquer matéria
orgânica. É encontrado naturalmente na atmosfera, mas quando lançado em
grande quantidade, provoca desequilíbrios, entre eles, o efeito estufa.
Chumbo: Produto usado na gasolina para aumentar sua octanagem. No Brasil,
o chumbo foi substituído pelo álcool etílico anidro, como aditivo à gasolina com
essa mesma finalidade.
Clorofluorcarbonetos: Esses gases são responsáveis por destruir a camada
de ozono.
Material particulados: Resultado da queima de combustíveis fósseis, como a
fuligem. Esses materiais são extremamente poluentes.
Cerca de 90% das emissões de amoníaco e 80% das emissões de metano resultam
das atividades agrícolas.
Os resíduos, depositados em aterros, assim como a extração mineira são grandes
fontes de metano.
Cerca de 60% dos óxidos de enxofre resultam da produção e distribuição de energia.
CONSEQUÊNCIAS
i. Destruição da Camada de Ozono
Analisando as figuras 1 e 2, percebemos que poderá haver uma correlação entre o aumento da
produção de CFC (clorofluorcarbonetos) e o aumento do “buraco” da camada de ozono
(diminuição da concentração do ozono).
Segundo os químicos Sherwood Rowland e Mário Molina, os CFC seriam capazes de persistir
tempo suficiente na atmosfera de forma a difundirem-se até à estratosfera, onde, juntamente
com intensas radiações UV, seriam capazes de “quebrar” as suas moléculas, libertando radicais
de cloro muito ativos e passíveis de destruir o ozono.
Para absorver qualquer tipo de radiação, ela precisa de ter algumas partículas
eletricamente carregadas, para que as ondas eletromagnéticas trabalhem. A maior parte da
nossa atmosfera, é composta por gases que não apresentam carga elétrica (O, N e H2O),
porém alguns deles, mantêm a maioria dos seus eletrões de um lado da molécula, o que cria
um desequilíbrio que lhes permitem a movimentação, absorvendo assim a energia de raios
infravermelhos que encontrem.
De qualquer das formas, maior parte da nossa atmosfera não é capaz de realizar este
processo, pelo simples facto de que maior parte é Oxigénio e Nitrogénio (que não possuem
desequilíbrio nas suas cargas).
Ainda assim, aquele 1% de gases perigosos, consegue intersetar cerca de 90% do calor
que sai da terra.
Chuvas ácidas
Acidez da água da chuva
Durante a precipitação, a água da chuva dissolve gases da atmosfera. Um dos gases, o
dióxido de carbono, CO2, é responsável pela ligeira acidez da água da chuva em ambientes
não poluídos. A dissolução deste gás origina ácido carbónico, H 2CO3, um ácido fraco que, por
sua vez, se ioniza:
Em locais afastados da civilização, e onde não haja atividade vulcânica, a água da chuva tem
um pH de cerca de 5,6. É uma água ligeiramente ácida devido à dissolução de CO2.
Fig.1- Gráfico dos maiores emissores de CO2
Poluentes atmosféricos e chuva ácida
Foi em 1872, em plena Revolução Industrial, que Robert A. Smith, químico escocês e pioneiro
na investigação de questões ambientais, introduziu a expressão “chuva ácida”.
A água da chuva, a que chamamos “normal” para melhor diferenciarmos da “chuva ácida”, é
ligeiramente ácida, com pH de aproximadamente 5,6.
Sabe-se que a chuva, em zonas onde a atividade vulcânica seja intensa, tem um pH inferior a
5,6, o mesmo se verifica em zonas de grande atividade industrial e tráfego rodoviário. É a esta
chuva, com pH inferior a 5,6, à temperatura de 250C, que se chama chuva ácida.
O processamento de combustíveis fósseis e as erupções vulcânicas são responsáveis pela
formação de óxidos de nitrogénio, e de enxofre.
As altas temperaturas atingidas nos sistemas de combustão, em certas indústrias e nos meios
de transporte que usam combustíveis fósseis, favorecem a formação de monóxido de
nitrogénio, NO:
Fig.2-Indústria metalúrgica: libertação de NOx.
O NO2 formado reage com a água presente na atmosfera, dando origem ao ácido nitroso,
HNO2, e ao ácido nítrico, HNO3, um ácido forte:
Quando queimado, o enxofre, S, contido nos combustíveis fósseis origina dióxido de enxofre,
SO2:
Os óxidos SO2 e SO3, na presença de água, originam ácido sulfuroso, H2SO3, e ácido sulfúrico,
H2SO4 (um ácido forte):
Curiosidade:
As bancadas de mármore, usadas em cozinhas, vão perdendo polimento e ficando rugosas
devido ao contacto com alimentos ácidos, como o vinagre, que as vão degradando. O vinagre e
a chuva ácida têm acidez semelhante.
Em Portugal abundam o calcário e o mármore, pelo que muitas construções são feitas com
estes recursos naturais. É o caso de grande parte do património português edificado, que inclui
monumentos como os mosteiros da Batalha e dos Jerónimos. O calcário e o mármore são
essencialmente formados por carbonato de cálcio, CaCO3, uma substância iónica constituída
por Ca2+ e CO32-.
A degradação desses monumentos pode ser explicada pelo efeito da chuva ácida sobre o
CaCO3:
iv. Doenças
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
A descarbonização do planeta é um dos objetivos estipulados por países de todo o mundo até 2050. O
uso de energia, no mundo, tem enorme dependência da oferta de hidrocarbonetos fósseis, ou seja,
86%! Mudar a matriz energética global é, portanto, a chave para a mitigação dos gases do efeito estufa
na lógica da “descarbonização” do planeta.
i. A NÍVEL GERAL
Impedir a geração do poluente: para impedir a geração do poluente, existem duas opções:
substituir as matérias-primas e reagentes ou, então, mudar os processos e operações.
Estes são metais que ficam sobre o óxido de alumínio. Normalmente os metais
usados são o paládio, o ródio, a platina ou o molibdênio. Podem-se misturar também esses metais e
usar-se ligas. Por exemplo, no caso da gasolina, usa-se normalmente uma liga de paládio e tório; já no
caso do etanol, utiliza-se uma liga de paládio e molibdênio. Esses metais realizam uma catálise
heterogénea com os gases poluentes.
A catálise heterogénea é uma reação em que o catalisador retém as moléculas dos reagentes
na sua superfície, enfraquecendo as suas ligações e fazendo com que a reação se processe de forma
mais rápida. Com isso, os metais catalisadores transformam os agentes poluidores, como o CO e NOx
em gases não tóxicos, como CO2, H2O, O2 e N2.
2 CO(g) + 2 NO(g) → 2 CO2(g) + 1 N2(g)
De maneira prática, as tecnologias limpas são novos processos industriais ou alterações realizadas
em processos já existentes, sempre com o objetivo de que o consumo de matérias-primas, o consumo
energético, os impactos ambientais e o desperdício sejam minimizados ou mesmo zerados.
Além disso, os modelos de produções que são baseados em tecnologias limpas têm sempre como
intuito a reciclagem total dos resíduos gerados no processo produtivo, assim como o objetivo claro de
não gerar emissões e resíduos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou este mês uma aliança
“pioneira” entre Bruxelas e a organização Breakthrough Energy, fundada por Bill Gates, para impulsionar
os investimentos em projetos de tecnologia limpa em grande escala.
– Investimento em fontes de energia sustentável como a energia eólica e a solar, as quais ainda
auxiliarão a empresa a reduzir as contas de energia e trarão independência para a geração da própria
energia;
– Redução na produção de gases poluentes através da instalação de uma espécie de filtro, diminuindo a
contribuição para a destruição da camada de ozono;
– A utilização do papel pode ser reduzida através do uso da tecnologia ou então ao menos compensada
com parcerias em projetos de reflorestamento, auxiliando ainda na compensação da emissão de CO2;
– Realização do tratamento correto dos efluentes da indústria antes dele chegar à natureza, evitando a
contaminação de rios e do solo.
– Através do tratamento ideal para a água industrial poderá aproveitar-se a água de reúso para diversos
processos como: limpeza do local e do maquinário, etapas do processo de produção e muito mais. A
água de reúso irá ainda reduzir os custos, gerando economia sem deixar a eficiência de lado.