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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDONÓPOLIS - UFR

Instituto de Ciências Agrárias e Tecnológicas - ICAT


Bacharelado em Engenharia Mecânica

EMERSON ALVES PEREIRA

DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE TRANSMISSÃO PARA


ACIONAR UMA MÁQUINA

RONDONÓPOLIS – MT
2021
EMERSON ALVES PEREIRA

DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE TRANSMISSÃO PARA


ACIONAR UMA MÁQUINA

Trabalho realizado como requisito


avaliativo para obtenção parcial de nota na
disciplina de Projeto de Máquinas,
Universidade Federal de Rondonópolis.

Prof. Dr.: Aguinaldo Soares de Oliveira.

RONDONÓPOLIS – MT

2021
Sumário
1. DEFINIÇÃO.........................................................................................................6

1.1 Objetivo do projeto...............................................................................................6

2. ETAPA CONCEITUAL.......................................................................................6

3. ETAPA PRELIMINAR........................................................................................6

3.1 Acionamento por correias e polias trapezoidais...................................................6

3.1.1 Economia;..........................................................................................................6

3.1.2 Versatilidade;....................................................................................................6

3.1.3 Operação............................................................................................................6

3.2 Acionamento por correntes de rolo.......................................................................6

3.2.1 Vantagens da transmissão por corrente.............................................................7

3.3 Acionamento por engrenagens..............................................................................7

3.3.1 Características...................................................................................................7

3.4 Escolha do sistema de transmissão.......................................................................7

4. DETALHAMENTO.............................................................................................7

4.1 Seleção do motor...................................................................................................7

4.1.1 Dados do motor.................................................................................................8

4.2 Potência de projeto................................................................................................8

4.3 Perfil da correia.....................................................................................................9

4.4 Relação de transmissão e diâmetro das polias....................................................10

4.5 Comprimento da correia.....................................................................................11

4.6 Ajuste da distância entre centros.........................................................................12

4.7 Capacidade de transmissão por correia...............................................................13

4.8 Número de correias necessária para a transmissão.............................................15

4.9 Velocidade periférica..........................................................................................15

4.10 Esforços na transmissão..................................................................................16

4.11 Esforços F 1 e F 2.............................................................................................16


4.12 Força resultante...............................................................................................17

5. REFERÊNCIAS..................................................................................................17
Ilustrações
Figura 1 - Motor W22 IR3 Premium. Fonte: WEG........................................................8
Figura 2 - Dados do motor. Fonte: WEG........................................................................9
Figura 3 - Fator de serviço. Fonte: Melconian..............................................................10
Figura 4 - Gráfico seleção do perfil da correia. Fonte: Melconian...............................11
Figura 5 - Diâmetro mínimo da polia. Fonte: Melconian.............................................11
Figura 6 - Correias padronizadas. Fonte: Melconian....................................................13
Figura 7 - Fator de correção. Fonte: Melconian............................................................14
Figura 8 - Classificação por correia. Fonte: Melconian................................................15
Figura 9 - Fator de correção de comprimento. Fonte: Melconian.................................15
Figura 10 - Fator de correção do arco de contato. Fonte: Melconian...........................16
1. DEFINIÇÃO
1.1 Objetivo do projeto
O projeto solicita que seja feito o acionamento de uma máquina que tem rotação
nominal de 570 RPM com uma potência de 3,0 cv, carga de trabalho leve ou moderado, à
temperatura ambiente, o projeto também solicita que se apresente três soluções para o
problema, que será tratado na próxima seção.

2. ETAPA CONCEITUAL
Para solucionar o problema da melhor forma, foram estudados três sistemas de
transmissão de potência, sendo, por polias e correias, por correntes e por engrenagens.

3. ETAPA PRELIMINAR
3.1 Acionamento por correias e polias trapezoidais
Correias são elemento de máquinas que tem a finalidade de transmitir movimento de
um eixo para outro, através de polias. As polias são peças cilíndricas, movimentadas pela
rotação do eixo do motor e pelas correias. O grande sucesso na utilização das correias é
devido, principalmente, às seguintes razões:

3.1.1 Economia;
Padronização; Facilidade de montagem; baixo custo de manutenção; ausência de
lubrificação; durabilidade, quando adequadamente projetadas e instaladas.

3.1.2 Versatilidade;
Permitem grandes variações de velocidade; possibilitam rotações no mesmo sentido ou
em sentidos opostos; facilidade em modificar a relação de transmissão, pela substituição da
polia e se necessário da correia.

3.1.3 Operação.
A correia compensa, dentro de certos valores, o desalinhamento entre polias; reduzem
significativamente choques e vibrações, devido à sua flexibilidade e ao seu material que
proporciona uma melhor absorção de choques; limitam sobre cargas pela ação do
deslizamento e possuem um funcionamento silencioso.

3.2 Acionamento por correntes de rolo


Correntes são elementos de máquinas flexíveis utilizadas para a transmissão de
potência ou transporte/movimentação de carga. São elementos geralmente metálicos,
constituídos de uma série de anéis ou elos. A transmissão por correntes consiste basicamente
de um par de rodas dentadas e uma corrente, normalmente é utilizada quando não se pode usar
correias por causa da umidade, vapores, óleos, etc. A roda que transmite movimento e força é
chamada roda motora e a roda que recebe o movimento e força é a roda movida.

3.2.1 Vantagens da transmissão por corrente


Adequada para grandes distâncias entre eixos (tornando impraticável a utilização de
engrenagens); Transmissão de maior potência (quando comparada com correias); permite a
variação do comprimento, com a remoção ou adição de elos; menor carga nos mancais, já que
não necessita de uma carga inicial; não há perigo de deslizamento; bons rendimentos e
eficiência (98 a 99%, em condições ideais); longa vida; permite grandes reduções (i<7); são
mais tolerantes em relação ao desalinhamento de centros; transmissão sincronizada; condições
severas de operação (correias são inadequadas sob umidade, alta temperatura ou ambiente
agressivo).

3.3 Acionamento por engrenagens


Engrenagens São rodas dentadas cujos dentes possuem forma e espaçamentos iguais,
são usadas na transmissão de rotação entre eixos.

Durante a transmissão, os dentes da roda motriz empurramos dentes da roda movida


de tal forma que os contatos se fazem sem escorregamento. Entre os meios de transmissão de
potência (correntes e correias, por exemplo), as engrenagens são geralmente as mais duráveis.

3.3.1 Características
Possuem grande resistência; grande vida útil; eficiência na transmissão de potência da
ordem de 98%; podem ser fabricadas com diversos materiais; são em geral mais caras do que
as correias e as correntes.

3.4 Escolha do sistema de transmissão


Tendo em vista o critério economia, as correias são as mais indicadas, pois possuem
baixo custo para instalação e manutenção, ausência de lubrificantes, alta durabilidade e
podem ser feitas de materiais mais baratos.

4. DETALHAMENTO
4.1 Seleção do motor
Considerando os dados fornecidos, a potência do motor usada para acionar a máquina
deve ser de 3 cv, para a seleção do motor foi consultado o catalogo de produtos do fabricante
de motores WEG. De acordo com o fabricante o motor assíncrono de gaiola é o mais
empregado em qualquer aplicação industrial, devido à sua construção robusta e simples, além
de ser a solução mais econômica, tanto em termos de motores como de comando e proteção.

Dessa forma foi selecionado o modelo W22 IR3 Premium 3cv 4p mostrado na figura
1.

Figura 1 - Motor W22 IR3 Premium. Fonte: WEG.

4.1.1 Dados do motor

Figura 2 - Dados do motor. Fonte: WEG.

4.2 Potência de projeto


Para seleção da correia é preciso adotar um fator de serviço para calcular a potência de
projeto.

𝑃𝑝=𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟∙𝐹𝑠

Figura 3 - Fator de serviço. Fonte: Melconian.

Para F sfoi adotado 1,1 que corresponde as caraterísticas de operação, logo a potência
de projeto é:

𝑃𝑝=𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟∙𝐹𝑠=3∙1,1=3,3 𝑐𝑣

4.3 Perfil da correia


Conhecida a potência de projeto (Pp) e a rotação do motor, a Figura 4 fornece o perfil
adequado para a correia a ser utilizada. Neste caso, perfil A.
Figura 4 - Gráfico seleção do perfil da correia. Fonte: Melconian

4.4 Relação de transmissão e diâmetro das polias


A figura 5 recomenda o diâmetro ideal para a menor das polias.

Figura 5 - Diâmetro mínimo da polia. Fonte: Melconian


Para obter o diâmetro em mm substituímos o valor na equação abaixo.

d mm =25,4 ×d

d mm =25,4 ×2,4=60,96 mm

d=60,96 mm

Para padronizar adotaremos um diâmetro d=80 mm.

A relação de transmissão ié a razão da rotação do motor n motor com a rotação da


máquina n máquina.

nmotor 1745
i= = =3,06= 3
nmáquina 570

Com a relação de transmissão podemos adotar o diâmetro da polia maior.

D=i ×d =3 ×80=240 mm

4.5 Comprimento da correia


Para determinar a distância mínima entre centros utiliza-se:

3 d+ D
C=
2

D−¿ Diâmetro maior

d−¿ Diâmetro menor

C−¿Distância mínima entre centros

3× 80+240
C= =240 mm
2

O comprimento da correia é dado pela equação:

( D−d )2
l=2 C+1,57 ( D+ d )+
4C

(240−80 )2
l=2 ×240+1,57 ( 240+ 80 ) + =1009,06 mm
4 ×240
O comprimento exato da correia é definido pela figura 6 de correias padronizadas.

Figura 6 - Correias padronizadas. Fonte: Melconian

Adota-se uma correia com o comprimento um pouco maior que o calculado, nesse
caso foi a correia A-41.

4.6 Ajuste da distância entre centros


Comprimento de ajuste da correia;

l a=l c −1,57 (D+d )


l a=1075−1,57 ( 240+80 ) =572,6 mm

O fator de correção da distância entre centros h , é obtido na figura 7.

Figura 7 - Fator de correção. Fonte: Melconian

D−d 240−80
= =0,27 → fator h=0,14
la 572,6

Com a correia padronizada é preciso recalcular a distância entre centros ajustada c a.

l A−h( D−d)
C a=
2

572,6−0,14 (240−80)
C a= =275,1mm
2

4.7 Capacidade de transmissão por correia

Capacidade de transmissão de potência por correia P pc .

P pc =( Pb + Pa ) f cc ⋅ f cac

Por meio da figura 8 obtemos:

Pb ≅ 1,68 CV / correia ( n m=1745 rpm e d=80 mm )

Pa ≅ 0,33 CV / correia ( i>1,49 e n m=1745 rpm )


Figura 8 - Classificação por correia. Fonte: Melconian.

Por meio da Figura 9 obtém-se o fator de correção do comprimento.

F cc =0,86 correia A-41

Figura 9 - Fator de correção de comprimento. Fonte: Melconian

Por meio da figura 10 encontramos o fator de correção do arco de contato f cac.

D−d 240−80
= = 0,6
Ca 275,1
Figura 10 - Fator de correção do arco de contato. Fonte: Melconian

Com base nos valores encontrados, determinamos a capacidade de transmissão por


correia.

P p =( 1,68+ 0,33 ) × 0,86 ×0,91


c

P p =1,57 cv
c

4.8 Número de correias necessária para a transmissão


P p 3,3
nc = = =2,10
0
P p 1,57
c

Como o número de correias requerida nos cálculos foi de 2,10, a transmissão utilizará
03 correias A-41 Gates HI-POWER II.

4.9 Velocidade periférica


v p =ω1 ×r 1 =ω2 ×r 2

π ⋅r 1 ⋅ n1 π ⋅r 2 ⋅ n2
vp= =
30 30
π ⋅0,04 ⋅1745 π ⋅ 0,12⋅ 570
vp= = =7,31 m/s
30 30

Segundo MELCONIAN, a velocidade máxima recomendada para correias HI-


POWER II : v<33 m/s, então a velocidade está adequada.

4.10 Esforços na transmissão


A potência do motor é de 3,0 cv = 2,20 kW, portanto o torque será:

30 P 30× 2200
MT = = =12,03 N m
1
π ⋅ nm π × 1745

Força tangencial F t .

2 M T 2 ×12,03
F t= 1
= =300,75 N
d 0,08

4.11 Esforços F 1 e F 2
Para determinar os esforços utiliza-se a seguintes equações:

F1 μ α rad
=e
F2

F 1−F2=F T

MELCONIAN diz, o atrito entre a correia e a polia está admitido em μ=0,25.

O ângulo de abraçamento conforme a figura 10 é α =145 °=2,53 radianos

F 1 (0,25 ×2,53 )
=e =1,88
F2

F 1=1,88 F 2

Fazendo as substituições temos:

F 1−F2=F t → 1,88 F 2−F 2=300,75

F 2= 342 N

Portanto F1 é:

F 1=1,88 F 2=1,88 ×342=643 N

F 1= 643 N
4.12 Força resultante

F=√ F21 + F 22+2 F 1 F 2∨cos ⁡α∨¿ ¿

F=√ 6432 +3422+ 2(342× 643)∨cos 145 °∨¿ ¿

¿ cos 145 °∨¿=0,8191 ¿

F=944 N

5. REFERÊNCIAS

MELCONIAN, Sarkis. Elementos de Máquinas. 10. ed. [S. l.: s. n.], 2013.

NORTON, R.L. Projetos de máquinas: uma abordagem integrada. 4o Edição, Ed.


Bookman. 2013.

SHIGLEY, Joseph E.; BUDYNAS, Richard G.; NISBETT, J. Keith. Elementos de


máquinas de Shigley. AMGH Editora Ltda, 8a ed, São Paulo, Brasil, 2011.

WEG Disponível em: https://www.weg.net/catalog/weg/BR/pt/Motores-El


%C3%A9tricos/Monof%C3%A1sico/Uso-Geral/W22-%28IP55%29/W22-3-cv-4P-112M-1F-
220-254-440-508-V-60-Hz-IC411---TFVE---B3D/p/14176290 > Acessado em 16 dezembro
2021.

WEG Disponível em: https://static.weg.net/medias/downloadcenter/h32/hc5/WEG-


motores-eletricos-guia-de-especificacao-50032749-brochure-portuguese-web.pdf Acessado
em 16 dezembro 2021.

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