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Gênesis

Título:
O título português do livro é derivado do título adotado pela versão grega do Antigo
Testamento, a chamada Septuaginta − Γένεζιρ (genesis), palavra encontrada em Gênesis 2.3, βίβλορ
ηῆρ γενέζεωρ (biblos tēs geneseōs, “livro da geração”). Os israelitas, por sua vez, usam como título a
primeira palavra do livro, ‫( ּב ְֵראׁשִ ית‬berēʾsîṯ, “no princípio”).
Data: 1450-1410 a.C. 40 anos no deserto
Autoria: Moisés
Genêsis é o primeiro livro de uma obra mais ampla constituída pelos cinco primeiros livros do
Antigo Testamento, o Pentateuco, cuja sua autoria é atribuida tradicionalmente a Moisés. Tal
atribuição é corroborada pelas seguintes considerações:
1 - O próprio pentateuco afirma a autoria mosaica (Êx 17:14; 24:4,7; 34:27; Nm 33:1-2; Dt 31:9)
2 - Outros livros dos Antigo Testamento testificam a autoria mosaica (Js 1:7-8; 8:32,34; 22:5; 1Rs 2:3;
2Rs 14:6; Ed 6:18; Dn 9:11-13)
3 – O NT também afirma a autoria mosaica (Mt 19:8; Mc 12:26; Jo 5:46-47; 7:19; Rm 10:5)
4 – Detalhes que somente uma testemunha ocular dos fatos saberia ou poderia incluir indicam que o
autor participou dos acontecimentos, não sendo, portanto, um editor que viveu séculos depois (Êx
15:27; Nm 2:1-31; 11:7-8)
5 – As informações de que o autor dispunha sobre nomes, palavras, costumes e geografia egípcios
seriam extremamente difíceis de obter para um autor ou editor que tivesse vivido em Canaã séculos
depois da época de Moisés (Gn 13:10; 16:1-3; 33:18; 41:43; cf. At 7:22)
Sem dúvida, Moisés conhecia tanto os registros escritos (Gn 5:1; Nm 21:14) quanto a tradição
oral sobre a história dos primórdios e, sob a orientação do Espírito Santo, valeu-se desses recursos
para escrever acerca de acontecimentos anteriores à sua vida. É eviente que alguma outra pessoa
acrescentou o registro de sua morte (Dt 34).
Mas a é provável que algumas partes do pentateuco não foram escritas por Moisés:
- A morte de Moisés em Deuteronômio 34
- A menção a “Ur dos Caudeus” (os Caudeus são posteriores a Moisés)
- A referencia a Dã (que recebeu esse nome em Juízes)
Essas questões podem ser acréscimos feitos em tempos depois da escrita original
A autoria mosaica de Gênesis (na verdade, de todo o Pentateuco) foi indisputável até a segunda
metade do século 18, quando Jean Astruc detectou o que considerou ser duas fontes literárias
distintas, rotuladas de J (que representava o Jahvista) e E (que indicava o Elohista) devido à incidência
de diferentes palavras hebraicas para referir-se a Deus.
Uma estratificação crescente produziu um grande número de teorias com respeito à origem do
Pentateuco, com o acréscimo de outras duas fontes “claramente definidas” nos 100 anos que se
seguiram à proposta de Astruc. Essas outras duas fontes receberem os rótulos de D (que representava
o Deuteronomista) e P (que indicava a fonte Sacerdotal [do alemão priesterlich]).
A ordem particular em que esta hipótese das fontes ou Hipótese Documentária estabeleceria seu
domínio sobre a moderna erudição foi iniciada por K. H. Graf em 1866 (Ph, E, J, D, Pl), depois
modificada de modo a dar a P sua forma unitária e a J sua prioridade cronológica por A. Kuenen (1869),
e depois popularizada por Julius Wellhausen, em 1876, em uma obra que combinava a teoria
documentária com uma visão evolucionista da religião de Israel.
O livro de Gênesis:

É o primeiro livro do Pentateuco, também conhecido como Torá. É essencial compreender o conteúdo e
a mensagem deste livro para estudar o restante da Bíblia. Ele não é um livro de ciências, emboras os cientistas
estejam corretos em investigar suas afirmações. Não é uma obrade biografias, apesar de aprendermos muito
com a vida dos homens e mulheres descritos em suas páginas. Não é um compêndio de história, embora siga o
caminho da História. É um livro de teologia, apesar de não ser organizado sistematicamente.

Gêneros de Gênesis:

O Narrador de Gênesis tem por objetivo produzir uma obra que é histórica, ideológica e estética.

- Prosa Narrativa

 Cômico
 Heróico
 Épico
 Trágico

- Poesia Antiga

Propósito:

O propósito do livro de Gênesis é contar a maneira e o motivo de Javé escolher a família de Abraão
efazer aliança com ela.

Ensinar a nova nação de Israel a respeitodo propósito deDeus para sua jornada a Canaã, ultilizando uma
recapitulação do propósito divino para a história da humanidade.

Mensagens do livro:

 Soberania de Deus como Criador e Sustentador de Tudo


 O seres humanos como Imagem de Deus
 A queda da humanidade
 O projeto de Deus para reconciliação do mundo

Resumo:
Gênesis é o livro que relata o princípio de todas as coisas. Moisés fez uma retrospectiva
conduzindo-nos á origem de tudo e concentrando-se numa verdade absoluta: “Deus criou”.
É o registro da origem do universo, do homem, da mulher, da entrada do pecado na
humanidade, da primeira promessa de redenção de Deus e, também , dos primeiros julgamentos
sobrenaturais de Deus.
Em seus primeiros 11 capítulos , Gênesis trata de temas universais tendo como pano de fundo o
Oriente Médio (Antiga Mesopotâmia). A partir do capítulo 12, o foco central da história volta-se para
Israel, tendo como pano de fundo a Palestina. Israel começa com um homem, Abraão, cresce em uma
família, isaque e recebe seu nome, Israel, nome dado por Deus a Jacó.
A terceira parte do livro mostra como a providência de Deus intervém na história para fazer
cumprir Seus propósitos.
A história da maldade dos irmãos de José, vendendo-o no Egito, foi usada por preservação do
povo de Deus em meio à grave fome enão reinante na terra

Esboço de Gênesis
1- O começo da humanidade 1.1—11.32
A. A Criação da humanidade 1.1—2.3
B. O lugar do homem no mundo 2.4-25
C. A entrada do pecado e a queda resultante 3.1—4.26
D. As raças antediluvianas e os patriarcas (Adão e Noé) 5.1-32
E. A pecaminosidade do mundo expurgada pelo dilúvio 6.1—9.29
F. A posteridade de Noé e as raças primitivas do Oriente próximo 10.1—11.32
2- A vida de Abraão 12.1—25.18
A. A chamada de Abraão e sua aceitação da aliança pela fé 12.1—14.24
B. A renovação e a confirmação da aliança 15.1—17.27
C. O livramento de Ló 18.1—19.38
D. O patriarca Abraão e Abimeleque 20.1-18
E. O nascimento e o casamento de Isaque, o filho da promessa 21.1—24.67
F. A posteridade de Abraão 25.1-18
3- A vida de Isaque e sua família 25.19—26.35
A. O nascimento de Esaú e Jacó 25.19-28
B. Esaú vende a primogenitura a Jacó 25.29-34
C. Isaque e Abimeleque II 26.1-16
D. A disputa em Berseba 26.17-33
E. Os casamentos de Esaú 26.34-35
4- A vida de Jacó 27.1—37.1
A. Jacó no lar paterno 27.1-46
B. Exílio e viagem de Jacó 28.1-22
C. Jacó com Labão na Síria 29.1—33.15
D. Jacó volta à terra prometida 33.16—35.20
E. A posteridade de Jacó e Esaú 35.21—37.1
5- A vida de José
A. A infância de José 37.2-36
B. Judá e Tamar 38.1-30
C. José promovido no Egito 39.1—41.57
D. José e seus irmãos 42.1—45.15
E. José recebe Jacó no Egito 45.16—47.26
F. Últimos dias de Jacó e suas profecias finais 47.27—50.14
G. José garante a seus irmãos seu perdão completo 50.15-26
7 Interpretações sobre a Criação

1- Interpretação Literal (dias em 24 horas)


Pontos importantes:

 Não é mencianado a tarde e a manhã no sétimo dia, como acontece nos outros dias,
talvez não seja 24 horas.
 Deus não cria o Sol até o quarto dia (os dias são contados a partir da rotação do Sol).
 Gn 1.11-12 – “a terra fez brotar” (dá a entender que ela não foi criada de uma hora para
outra).
 Há uma descrição no capítulo 2 da atividade de Adão no sexto dia da criação, antes da
Criação de Eva, dando nome a todos os animais, por exemplo, centenas e milharesde
animais que devem ter sido conhecidos pelos israelitas antigos, com o intuito de
familiarizar-se com seus hábitos para perceber que nenhum deles é compatível a ele
como companheiro, perceber que ele está sozinho e é único na criação, e depois de tê-
lo feito adormecer finalmente Eva ser criada; parece visionar um longo período de
tempo.
 “Esta, afinal, é ossos dos meus ossos e carne da minha carne!” a palavra “afinal” é uma
palavra que conota um período de tempo ou um período de espera.

2- Interpretação da Lacuna
Sugere a criação inicial em Gênesis 1.1, e a recriação à partir de Gênesis 1.2. Também
conhecido como teoria do “gap”, “hiato”, “intervalo” ou da “destruição e recriação”.

 Ensina que Deus criou a terra de forma perfeita e não “sem forma e vazia”.
 Sugere que a queda de Satanás se manifestou de forma física e causou a extinção dos
dinossauros.
 Problemas: como a morte surgiu antes de Adão?

3- Interpretação Dia-Era
Foi sugerida por uma série de pais da Igreja e outros comentadores ao longo da história, sugere
que os dias na verdade são longos períodos de tempo com duração indeterminada.

 Seis eras sucessivas sem ser determinado a quantidade de tempo.

4- Interpretação Dia-Revelação

Não são dias de criação, mas dias em que Deus revelou a Moisés o que Deus fez na Criação.
 Cada dia é um dia literal de revelação.
 Não há nada no texto que indique essa interpretação.
5- Interpretação da estrutura literária (ou temática)
A descrição não é cronológica, mas uma estrutura literária. Desde a Idade Média comentadores
bíblicos perceberam que parece haver um tipo de paralelo entre os primeiros 3 dias e os últimos 3 dias
em Gênesis 1. Os habitats e depois os habitantes.

 Dia 1 – Dia 4
 Dia 2 – Dia 5
 Dia 3 – Dia 6

6- Interpretação da criação funcional


Proposta por John Walton

 Ele diz que o nosso entendimento da criação é sobre como as coisas materiais vieram à
existência, quando de fato no mundo antigo a criação era sobre especificar quais
funções as coisas materiais exerciam.
 Ele alega que Gênesis 1 deve ser interpretado leteralmente, porém é uma criação
funcional e não criação de coisas materiais.

7- Interpretação corrigindo mitos da criação


Proposta pro Johnny V. Miller e John M. Solden

 A chave da correta interpretação é comparar o relato da criação com a mitologia


egípcia.
 Uma vez que o povo Hebreu habitou no Egito por muitos anos, pelo menos 3 gerações.
 Segundo essa visão, o mais importante no relato da criação é deixar claro que Deus é o
criador de todas as coisas. O mar não é um deus, o sol não é um deus, a lua não é um
deus, a natureza não é um deus, a vaca não é um deus e principamente o homem não é
um deus.

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