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EMPILHADEIRA
MANUTENÇÃO DE EMPILHADEIRAS
2006
© 2006. SENAI-SP
Manutenção de Empilhadeiras
Publicação organizada e editorada pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”
Edição provisória
E-mail senaiautomobilistica@sp.senai.br
SUMÁRIO
A EMPILHADEIRA 5
O EQUILÍBRIO DA EMPILHADEIRA 6
CABEÇOTE DO MOTOR 18
DISTRIBUIÇÃO MECÂNICA 19
BLOCO DO MOTOR 20
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO 22
SISTEMA DE ARREFECIMENTO 23
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO 27
SISTEMA DE IGNIÇÃO 56
ALTERNADORES 64
HIDRÁULICA 67
TRANSMISSÃO 124
A EMPILHADEIRA
É um veículo de grande utilidade, que substitui, com vantagens, talhas, pontes rolantes,
monovias e também o próprio homem, pois realiza tarefas que ocupariam várias pessoas.
O EQUILÍBRIO DA EMPILHADEIRA
Assim sendo, a carga colocada nos garfos deverá ser equilibrada por um contrapeso igual
ao peso da carga colocada no outro extremo, desde que o ponto de equilíbrio ou centro de
apoio esteja bem no meio da gangorra.
Entretanto, podemos, com um mesmo contrapeso, empilhar uma carga mais pesada,
bastando para isso deslocar o ponto de equilíbrio ou centro de apoio para mais próximo da
carga.
Assim sendo, é muito importante saber qual a distância do centro das rodas até onde a
carga é colocada.
O centro de carga (D) é a medida tomada a partir da face anterior dos garfos até o centro da
carga. Tem-se como norma especificar as empilhadeiras até 999kg a 40cm do centro de
carga, de 1.000 até 4.999, 50cm, e, de 5.000 até 7.000kg, 60cm.
Os fatores que influem no equilíbrio de uma gangorra são os pesos utilizados em seus
extremos e as distâncias desses pesos em relação ao centro de apoio ou ponto de equilíbrio.
Como não se pode variar o peso próprio de uma empilhadeira, nem a posição do seu centro
de gravidade em relação ao centro das rodas dianteiras, ficamos limitados a procurar o
equilíbrio somente escolhendo adequadamente as dimensões e peso da carga e sua posição
sobre os garfos.
Se o operador tentar pegar a mercadoria, com centro de carga maior que o especificado,
sem obedecer à diminuição de peso relativa, pode comprometer a estabilidade frontal da
empilhadeira.
Para se manter as cargas bem firmes em cima dos garfos, o comprimento dos mesmos
deve atingir pelo menos 3/4 da profundidade da carga, ou seja, 75%.
ESTABILIDADE LATERAL
Todo operador deve conhecer o que é estabilidade lateral, ou seja, como operar a máquina
sem ocorrer o risco de que ela tombe para os lados.
Para que haja estabilidade, qualquer equipamento precisa ter uma base de apoio. Por exemplo:
Na empilhadeira, a base é feita em três pontos: dois deles estão na parte frontal da máquina,
são as rodas de tração. O terceiro ponto é o de união entre o chassi e o eixo de direção, que
é formado por um pino montado no meio do eixo de direção e fixado ao chassi.
CENTRO DE GRAVIDADE
Além da base, há um outro dado importante para a estabilidade lateral, que é o centro de
gravidade.
Vamos tomar como exemplo a famosa Torre de Pisa. Imaginemos que possamos amarrar
um fio de prumo de pedreiro no centro de gravidade da torre. Enquanto a ponta do prumo
estiver dentro da base da torre ela não tombará, porém se a inclinação for suficiente para
que a ponta do prumo se desloque para fora da base, a torre tombará.
Por esse processo, o motor de combustão interna tem um rendimento térmico maior que o
possibilitado pela combustão externa. É que o combustível é queimado em quantidades
controladas, resultando um melhor aproveitamento da energia produzida na queima.
Nos veículos terrestres (a gasolina ou a álcool), predomina o motor de quatro tempos que
obedece ao ciclo de Otto.
Esse ciclo completo se repete mais de 1000 vezes por minuto quando um automóvel comum
desenvolve a velocidade de 80km/h.
Normalmente, os motores podem ser construídos com um ou com vários cilindros. Motores
monocilíndricos são empregados em implementos agrícolas, motonetas e pequenas lanchas.
Os policilíndricos, com 4,6,8,12 ou mais cilindros, destinam-se a automóveis, locomotivas,
navios, aviões.
CABEÇOTE DO MOTOR
corpo
DISTRIBUIÇÃO MECÂNICA
Esses movimentos das válvulas são feitos por meio da árvore de comando de válvulas
que é acionada pela árvore de manivelas. Essas árvores têm, cada uma, uma engrenagem.
A posição da engrenagem da árvore de comando de válvulas, em relação à engrenagem da
árvore de manivelas, recebe o nome de ponto de referência da distribuição mecânica. A
relação de rotação dessas árvores é 2:1, ou seja, para cada volta da árvore de comando de
válvulas ocorrem duas voltas da árvore de manivelas.
Esses tipos estão ilustrados nas figuras a seguir, com os pontos de sincronização.
engrenagens engrenagens de
de distribuição sincronização
correia dentada
pontos de
sincronização tensor
engrenagens
de distribuição
pontos de
sincronização
engrenagens engrenagens de
de distribuição sincronização
engrenagens
de distribuição
pontos de
sincronização
pontos de
corrente sincronização
BLOCO DE MOTOR
Os cilindros podem ser usinados diretamente no bloco de ferro fundido melhorado com a
adição de outros metais. Quando, entretanto, os cilindros são feitos separadamente, em
forma de camisas, o bloco funciona apenas como um suporte para essas camisas e pode
ser confeccionado de ferro fundido comum.
É comum o alumínio e suas ligas serem utilizadas para a fabricação do bloco de cilindros,
ficando o ferro fundido restrito à fabricação das camisas. Isto ocorre porque o alumínio
apresenta fácil usinagem, pouco peso, boa condução de calor, enquanto o ferro fundido
tem excelentes qualidades de auto-lubrificação, devido ao grafite existente em sua
composição.
Camisa seca
Camisa úmida
água
água água
água
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
galerias superiores
canais de lubrificação
filtro de óleo
galerias inferiores
cárter
tampa do cárter
SISTEMA DE ARREFECIMENTO
Motor aquecido
Um interruptor térmico, instalado na parte inferior do radiador, faz conexão com a massa
(negativo) ligando o motor do eletroventilador.
Acione a haste do instrumento até que a válvula da tampa apresente uma descarga de
pressão; observe no instrumento a indicação da pressão de descarga da tampa e compare
o resultado com as especificações do veículo.
OBSERVAÇÃO
Para esta análise apresentar resultados satisfatórios, o sistema deverá estar completamente
abastecido de água e de preferência, quente.
Nota importante:
O superaquecimento do motor nem sempre é motivado por falhas do sistema de
arrefecimento. O avanço inicial incorreto, a curva de avanço do distribuidor fora das
especificações ou a mistura pobre são causas prováveis de superaqueciemnto.
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
Para o correto funcionamento dos motores de ciclo Otto, é fundamental que a dosagem de
ar e combustível seja adequada. Ao se acionar a borboleta de aceleração, o ar estará sendo
admitido, sendo necessária a dosagem do combustível através de um carburador ou de um
sistema de injeção.
• Limite pobre: a chama excessivamente lenta durará quase todo o tempo de expansão
provocando superaquecimento da câmara de combustão, tornando o funcionamento
do motor bastante instável.
• Mistura econômica: mistura levemente pobre, fazendo com que a queima do combustível
seja completa, produzindo mínimo consumo específico.
• Mistura de máxima potência: mistura levemente rica, fazendo com que o ar admitido
seja totalmente aproveitado, produzindo máxima potência.
SISTEMAS DO CARBURADOR
• PARTIDA A FRIO
Basicamente constituído de uma borboleta na entrada principal de ar, que deve estar fechada
quando o motor está frio. Com isso, a borboleta inferior do acelerador se abre ligeiramente
pois, entre ambas existe uma ligação mecânica.
Durante a partida, a depressão gerada pelo motor, atua arrastando combustível dos diversos
circuitos existentes. Forma-se assim, uma mistura rica que assegura perfeita partida, mesmo
sob severas condições de temperatura. Após partir, o motor precisa de mais ar, do que a
borboleta do afogador fechada permite passar. Esta então, se abre ligeiramente acionada
pela depressão, o que provoca um empobrecimento da mistura e a continuidade de
funcionamento do motor.
• NORMAL
Constituído basicamente de três elementos: gicleur de marcha lenta, gicleur de ar de marcha
lenta e parafuso de regulagem da mistura de marcha lenta.
calibrador de ar
de marcha lenta borboleta do afogador
AR
gicleur da
marcha lenta
AR
parafuso da mistura
borboleta do acelerador
O combustível para esse sistema flui da cuba de nível constante para o sistema de marcha
lenta, passando antes pelo gicleur principal ou diretamente da cuba de nível constante.
No gicleur de marcha lenta é dosado e imediatamente misturado com ar, que entra pelo
gicleur de ar de marcha lenta. Então, no canal descendente do sistema, forma-se o que
chamamos de mistura primária ou pré-mistura, que percorre o canal em direção ao parafuso
dosador. Nesse trajeto, a mistura é empobrecida pelas entradas adicionais de ar, que
acontecem ao longo do canal.
A mistura atinge finalmente o coletor de admissão, passando antes pelo seu parafuso de
regulagem. No coletor ocorre a formação da mistura final, com o ar que a fresta da borboleta
aceleradora deixa passar.
• PROGRESSÃO
O sistema de marcha lenta abastece também o circuito de progressão, constituído pelos
furos de progressão ou fenda. Estes estão situados no canal descendente do sistema,
ligeiramente acima da borboleta aceleradora, quando esta estiver fechada.
Abrindo-a ocorre a depressão do coletor e por ele passa a fluir um volume de mistura,
compensando a entrada adicional de ar, provocada pelo aumento da abertura da borboleta.
É isto que vai alimentar o motor, até que o sistema principal comece a atuar.
borboleta do afogador
calibrador de
marcha lenta borboleta do gicleur da
AR
afogador marcha lenta
gicleur da
marcha lenta
parafuso
parafuso da mistura AR da mistura
Esta então, através do difusor se transmite ao poço do sistema principal, de onde arrasta
combustível fazendo baixar seu nível no poço. Com isso, os furos existentes no tubo
misturador, começam ficar a descoberto, permitindo a entrada de ar pelo gicleur de correção
de ar, o que garante a composição correta da mistura ar/combustível, para cada regime de
operação do motor.
venturi
Essa medição, sempre efetuada com o carburador fora do veículo (na bancada), se faz
abastecendo a cuba e observando durante esse processo, a pressão de alimentação que
não deverá exceder os 147mm Hg ou 0,2kgf/cm2 especificados pela fábrica.
SISTEMAS AUXILIARES
• BOMBA DE ACELERAÇÃO
Constituída basicamente, de uma membrana que se movimenta dentro de uma câmara,
quando pressionada por uma alavanca ligada ao eixo da borboleta aceleradora. Uma válvula
situada na entrada da câmara, permite a entrada de combustível e impede seu retorno para
a cuba. Outra válvula, existente na saída, não permite a entrada de ar para a câmara, quando
esta estiver se abastecendo através da válvula de entrada.
Uma mola interna à câmara, mantém a membrana em sua posição inicial. Então, ao acelerar
de forma brusca o motor, o combustível existente na câmara da bomba é lançado no fluxo
de ar e aspirado através do carburador, evitando assim, o súbito empobrecimento da mistura,
decorrente de maior volume de ar admitido.
tubo injetor
válvula de retenção
membrana
válvula de
borboleta do acelera- retenção
dor alavanca
retorno da bomba
aeração do
econostat
calibrador da válvula
válvula de máxima
tubo pescador
do econostat membrana
calibrador do
econostat tampa da válvula
• ECONOSTAT
O econostat ou sistema suplementar de mistura constitui-se basicamente de um tubo de
saída, voltado para o interior da câmara de mistura do carburador, ligado à um outro captador
ou pescador de combustível, que fica mergulhado no interior da cuba de nível constante.
calibrador de ar
tubo de saída do econostat
do econostat
calibrador do econostat
DASH-POT
O amortecedor pneumático (Dash-Pot) tem a função de retardar o fechamento da borboleta
aceleradora, em alguns segundos, proporcionando assim, redução de HC (hidrocarbonetos).
carburador
alavanca de comando
amortecedor pneumático
porta-trava
VÁLVULA DELAY
Esta válvula pode estar instalada na linha de avanço à vácuo do distribuidor, sua função é
proporcionar um avanço lento com retorno normal, e com isso reduzir a emissão de NOX
(óxido de nitrogênio), pelo escapamento.
calibrador
válvula guarda-chuva
sentido do retardo
passagem livre
filtro
SISTEMAS DE IGNIÇÃO
IGNIÇÃO CONVENCIONAL
O princípio de construção de um equipamento de ignição por bateria é muito simples:
bateria, cujo pólo negativo comumente está ligado à massa, à bobina de ignição como
armazenador de energia e ao platinado como elemento de comando para o ponto de ignição.
Motores de mais de um cilindro têm ainda um dispositivo que permite, com um único
armazenador de energia, alimentar, com energia de ignição numa seqüência preestabelecida,
várias velas de ignição. Trata-se do distribuidor, que é comandado no mesmo ritmo do
platinado.
O comando de ignição sem contato mecânico apresenta vantagens que tornam o sistema
atrativo e de aplicação quase que universal:
• Não há desgaste, não necessitando portanto de manutenção.
• O ponto de ignição é mais fácil de ser ajustado, qualquer que seja a condição de
funcionamento do motor. Ele permanece constante durante quase toda a vida útil do
distribuidor de ignição.
• Maior segurança de ignição em regime de rotação elevada e absorção ideal de potência
em rotação reduzida, através do comando do ângulo de permanência e em virtude da
ausência de vibração dos contatos.
Eletrônico pré-resistência
(transistorizado) unidade
de
comando
velas de
chave de ignição
ignição
distribuidor
de ignição
bateria
bobina de ignição
MULTÍMETRO
Denominado também como Multiteste ou Meter. Em eletrônica é muito comum a medição
de grandezas elétricas diferentes em diversos pontos dentro de um circuito. Assim, há a
necessidade de um instrumento versátil capaz de realizar tais medições.
Os multímetros podem ser classificados quanto à complexidade do seu circuito interno em:
• Multímetro VOM (simples)
• Multímetro eletrônico
• MULTÍMETRO VOM
O multímetro VOM é constituído de pouca complexidade, basicamente um galvanômetro e
divisores de tensão e corrente.
• MULTÍMETRO ELETRÔNICO
O multímetro eletrônico é constituído de circuito mais complexo, proporcionando maior
precisão de medida, com indicação analógica ou digital.
• MEDIÇÃO DE TENSÃO
1. Ajustar o multímetro para medir tensão em CC ou CA ( V V ).
2. Selecionar a faixa de tensão adequada, através do seletor de alcances, de forma que a
tensão a ser medida nunca seja maior que a tensão de fundo de escala ou final de
escala. Se o valor da tensão a ser medida for totalmente desconhecido, ajustar o seletor
de alcance para medição de máxima tensão.
3. Conectar as pontas de prova com o circuito ou componente, no qual será medida a
tensão, respeitando as polaridades (+ e -) no caso de CC.
• MEDIÇÃO DE CORRENTE
1. Ajustar o multímetro para medir CC ou CA ( A A ).
2. Selecionar a faixa de corrente adequada, através do seletor de alcances, de forma que
a corrente a ser medida nunca seja maior que a corrente de fundo de escala. Se a
intensidade da corrente a ser medida for totalmente desconhecida, ajustar o seletor de
alcance para medição de máxima corrente, utilizando uma ligação SCHUNT.
3. Conectar as pontas de prova em série com o circuito ou componente, no qual será
medida a corrente, respeitando as polaridades (+ e -) no caso de CC.
• MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA
1. Desenergizar o circuito ou componente em teste.
2. Ajustar o multímetro para medição de resistência.
3. Selecionar a faixa de resistência adequada, através do seletor de alcances.
4. Curto-circuitar as pontas de prova e verificar no mostrador se a leitura é de 00.
Caso contrário, fazer o ajuste de OQ se houver um controle para este fim.
5. Conectar as pontas de prova em paralelo com o circuito ou componente.
Os diagramas elétricos têm por finalidade representar claramente os circuitos elétricos sob
vários aspectos, de acordo com os objetivos:
1. funcionamento seqüencial dos elementos, suas funções e as interligações conforme as
normas estabelecidas;
2. representação dos elementos, suas funções e as interligações conforme as normas
estabelecidas;
3. permitir uma visão analítica das partes ou do conjunto;
4. permitir a rápida localização física dos elementos.
Para a interpretação dos circuitos elétricos, três aspectos básicos são importantes:
• os caminhos da corrente ou os circuitos que se estabelecem desde o início até o fim do
processo de funcionamento;
• a função de cada elemento no conjunto, sua dependência e independência em relação
a outro elemento;
• a localização física dos elementos.
Apresentamos à seguir a simbologia usada em nossos esquemas, para facilitar seu trabalho,
quando da consulta do Manual de Reparações.
ALTERNADORES
O alternador é acionado pelo motor por meio de correias e polias. Sua finalidade é alimentar
de energia elétrica todos os consumidores e carregar a bateria. Para isso, o alternador
transforma energia mecânica do motor do veículo em energia elétrica.
Os veículos mais antigos utilizavam para transformar energia mecânica em elétrica o dínamo,
porém esse dispositivo não possui eficiência em marcha lenta, o que não ocorre no alternador
que gera em rotações mais baixas (marcha lenta).
K 1 ( ) 14V 35A 20
Diâmetro externo
G = 100 ... 109mm
K = 120 ... 139mm
T = 170 ... 199mm
U = mais de 200mm
* A tensão de carga (7 volts, 14 volts, 28 volts etc) não deve ser confundida com a tensão nominal. É a tensão
mediante a qual o alternador funciona e consta da sua chapinha de indicação. É um valor aproximado da
tensão de carga necessária para os diversos tipos de bateria e condição de funcionamento. A tensão
nominal, por sua vez, é a tensão de bateria padronizada, isto é, a tensão da rede com o alternador parado (6,
12, 24 volts etc ... ). Essa tensão nominal também é gravada nos motores de partida e motores elétricos em
geral.
** No alternador com mancais próprios, visto do seu lado de acionamento. Rotação à direita = no sentido do
movimento dos ponteiros do relógio
Tipo
φ da Sistema Nº de pólos Anéis Retificador Regulador Fixação Aplicação
carcaça de rotor coletores
carros,
pólos incorporado anexo em braço
G1 100 ... 109 12 com caminhões,
tipo garra separado
tratores
carros,
pólos incorporado anexo em braço
K1 130 12 com caminhões,
tipo garra separado
tratores
Alternador G1 (de rotor com Alternador K1 (de rotor com Alternador T1 (de rotor com
pólos tipo garra e anéis coletores), pólos tipo garra e anéis coletores), pólos tipo garra e anéis coletores),
fixação mediante braço móvel, fixação mediante braço móvel, fixação mediante braço móvel,
ventilação externa. ventilação externa. ventilação externa com tubuladura
de aspiração de ar.
HIDRÁULICA
PRINCÍPIO DE PASCAL
A palavra hidráulica provém do grego (“hydra”, que significa água, e “aulos”, que significa
cano). A hidráulica consiste no estudo das características e usos dos fluidos confinados.
Desde o início de sua existência, o homem serviu-se dos fluidos para facilitar seu trabalho
e, enfim, sua vida. A história antiga registra que dispositivos engenhosos, como bombas e
rodas d’água, já eram conhecidos desde épocas remotas.
Entretanto, só no século XVII, o ramo da hidráulica que nos interessa foi utilizado. Baseava-
se no princípio descoberto pelo cientista francês Pascal e consistia no uso de fluido confinado
para transmitir e multiplica movimentos.
Talvez pela simplicidade da Lei de Pascal, o homem não percebeu seu enorme potencial
por dois séculos. Somente no princípio da Revolução Industrial, um mecânico, Joseph
Bramah, veio a utilizar a descoberta de Pascal para desenvolver uma prensa hidráulica.
A figura abaixo demonstra como Bramah aplicou o princípio de Pascal à prensa hidráulica.
DEFINIÇÃO DE PRESSÃO
Pressão é a força exercida por unidade de superfície. Em hidráulica a pressão é expressa
em kg/cm². Atmosfera abrevia-se atm (ou bar). Conhecendo a pressão e a área em que ela
se aplica, podemos determinar a força total.
CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
Uma lei fundamental da física afirma que a energia não pode ser criada e nem destruída. A
multiplicação de forças não significa obter alguma coisa do nada. O pistão maior, movido
pelo fluido deslocado pelo pistão menor, faz com que a distância de cada pistão seja
inversamente proporcional às suas áreas, como se vê na figura abaixo. O que se ganha
com relação à força tem que ser sacrificado em distância ou velocidade.
O óleo é mais empregado, também, porque serve de lubrificante às peças móveis dos
componentes.
ACIONAMENTO HIDRÁULICO
VELOCIDADE VARIÁVEL
O atuador (linear ou rotativo) de um sistema hidráulico, pode ser acionado a velocidades
variáveis e infinitas, desde que se varie o deslocamento da bomba ou se utilize uma válvula
controladora de fluxo.
REVERSIBILIDADE
O atuador hidráulico pode ser invertido, instantaneamente, sem quaisquer danos, mesmo
em pleno movimento. Uma válvula direcional de 4 vias, como mostra a figura seguinte, ou
uma bomba reversível atuam esse controle enquanto a válvula de segurança protege os
componentes do sistema de pressões excessivas.
PARADA INSTANTÂNEA
Um atuador hidráulico pode ser parado instantaneamente sem danos quando
sobrecarregado e recomeçar a funcionar, imediatamente, assim que a carga for reduzida.
Durante a parada, a válvula de segurança desvia, simplesmente, o deslocamento do fluxo
da bomba ao tanque.
DIMENSÕES REDUZIDAS
Mesmo em condições de altas velocidades e pressão, os componentes hidráulicos
possibilitam transmitir um máximo de força em mínimos peso e espaço.
Por exemplo, um peso de 1000 kg oferece resistência ao fluxo sob o pistão e cria pressão
no óleo. Se o peso aumenta, o mesmo acontece com a pressão.
Uma bomba com deslocamento de 10 l/min tem uma válvula de segurança regulada para
70 kgf/cm², e na saída uma simples torneira. Se esta torneira estiver totalmente aberta, o
deslocamento do fluxo da bomba se processa sem restrição e não se registra pressão no
manômetro.
Mas, se o registro for gradativamente fechado, isto oferecerá resistência ao fluxo, causando
aumento de pressão. Quanto maior for a restrição, maior será a pressão para empurrar os
10 l/min através da torneira. Quando a pressão atingir um valor de 70 kgf/cm² a válvula de
segurança se abre permitindo que o fluxo retorne para o tanque mantendo assim a pressão
em 70 kgf/cm².
CAVITAÇÃO
É a situação em que o líquido não preenche inteiramente o espaço existente. Geralmente,
a cavitação está associada à entrada da bomba. A maioria dos fabricantes de bombas
recomenda um vácuo máximo de 0,85 kg/cm² absoluto na entrada da bomba. Assim, com
uma pressão de 1 kg/cm², resta uma diferença de 0,15 kg/cm² a empurrar o óleo para
dentro da bomba. Evitando-se uma altura excessiva, as linhas de entrada permitem a
suavidade do fluxo com o mínimo de atrito.
AERAÇÃO
É o ar existente no fluido hidráulico. A aeração excessiva faz com que o fluido tenha aparência
leitosa e com que os componentes operem irregularmente devido à compressibilidade do
ar retido no fluido.
FLUXO EM PARALELO
Uma característica peculiar a todos os líquidos é o fato de que eles sempre procuram os
caminhos que oferecem menor resistência. Assim, quando houver duas vias de fluxo em
paralelo, cada qual com resistência diferente, a pressão só aumenta o necessário e o fluxo
procura sempre a via mais fácil.
FLUXO EM SÉRIE
Em um fluxo em série as pressões são somadas.
SÍMBOLOS GRÁFICOS
Os circuitos hidráulicos e seus componentes são representados de diferentes maneiras.
Dependendo do que a figura deve comunicar, pode ser um desenho representando o próprio
componente, um corte mostrando a construção interna, um desenho gráfico que demonstra
a função ou a combinação de quaisquer dos três.
Os símbolos gráficos são simples figuras geométricas, sem intenção de mostrar a forma
de construção interna do componente, mas somente sua função no circuito.
DIAGRAMAS HIDRÁULICOS
• Diagrama Representativo - é usado principalmente para mostrara a disposição do
encanamento de um circuito. Estes têm pouco valor para instrução ou para solução de
problemas.
• Diagrama Gráfico
VÁLVULAS
ÁGUA
É empregada principalmente em velhos e pesados sistemas, como pontes levadiças,
comportas, etc. A água é encontrada em abundância na natureza e é o mais barato dos
fluidos conhecidos. Praticamente n]ao apresenta variações de viscosidade com a
temperatura, é quimicamente compatível com todos os materiais de retentores e tem a
vantagem de quase não sofrer aumento de temperatura em operação, graças ao seu poder
refrigerante.
Entretanto, seu emprego como meio hidráulico é restrito, devido às desvantagens que
apresenta, isto é, tais como: provocar a corrosão, possuir propriedades lubrificantes
insignificantes e só poder ser empregada em uma faixa de temperatura relativamente
pequena.
ÓLEO MINERAL
É o fluido hidráulico mais usado e, afora a água, o mais barato, sendo compatível com a
maioria dos materiais encontrados nos sistemas. Suas propriedades lubrificantes são
bastante conhecidas e a faixa de temperatura para sua utilização é ampla. Apresenta,
também, compressibilidade superior à da água.
FLUIDOS SINTÉTICOS
São compostos químicos que podem trabalhar acima dos limites dos óleos minerais. São
eles: ésteres complexos, silicatos, silicones e aromáticos de alto peso molecular (Polifenilas
e ésteres de fenila).
São fluidos de custo elevado, devido aos problemas de fabricação, e, dentro de certos
limites, satisfazem plenamente a todas necessidades dos sistemas hidráulicos. Ao contrário
dos óleos minerais, os fluidos sintéticos podem não ser compatíveis com alguns
componentes dos sistemas. Por essa razão, é preciso cuidado na escolha do fluido sintético
a ser usado.
Contemplando essas funções, podem ser exigidas outras qualidades de um fluido hidráulico,
tais como:
• Prevenir a formação de ferrugem;
• Prevenir a formação de lodo, goma e verniz;
• Diminuir a formação de espuma;
• Manter a sua estabilidade e reduzir o custo de substituição;
• Manter um índice de viscosidade relativamente estável, numa faixa larga de variações de
temperatura;
• Prevenir contra a corrosão e erosão;
• Separar-se da água;
• Ser compatível com vedadores e gaxetas.
USO DE ADITIVOS
Os aditivos comerciais adicionados aos fluidos hidráulicos dão a esses fluidos propriedades
desejáveis como: índice de viscosidade, fluidez, resistência à oxidação, etc. Entretanto, os
fabricantes chamam a atenção alertando que os aditivos a serem incorporados ao óleo,
para torna-lo adequado a um sistema hidráulico, devem ser compatíveis entre si bem com
o óleo utilizado.
A compatibilidade deve ser determinada pelo fabricante do fluido, que indicará os aditivos
adequados a serem utilizados, salvo se houver condições de se determinar essa
compatibilidade através de análises de laboratório.
VISCOSIDADE
Viscosidade é a medida da resistência do fluido ao se escoar, ou seja, é uma medida
inversa à de fluidez. Se um fluido escoa facilmente, sua viscosidade é baixa e pode-se
dizer que o fluido [é fino ou lhe falta corpo. Um fluido que escoa com dificuldade tem alta
viscosidade. Neste caso, diz-se que é grosso ou tem bastante corpo.
TUBULAÇÕES
CONDUTORES
Condutor é o termo geral que engloba os vários tipos de tubos e conexões que transportam
o fluido hidráulico entre os componentes. Nos sistemas hidráulicos existentes três tipos de
condutores:
• Tubos de aço roscados (canos);
• Tubos de aço flangeados ou com anel;
• Mangueiras.
A seleção dos tubos para as redes condutoras, assim como a sua instalação, é de
importância primordial em circuitos hidráulicos. Por isso deve-se levar em conta o seguinte:
• Tubulação estreita provocará cavitação da bomba, perda de eficiência e superaquecimento
do circuito inteiro;
• Paredes demasiadamente finas estão sujeitas a quebras constantes. Paredes grossas
demais provocarão um acréscimo inútil no peso e no preço da instalação;
• Tubos rígidos em instalações com, máquinas que vibram estão sujeitos a trincas;
• As mangueiras absorvem vibrações e oferecem facilidade de acompanhar movimentos,
mas devem ser devidamente protegidas.
• As linhas entre os atuadores e válvulas de controle de fluxo devem ser curtas e rígidas
para um controle de fluxo preciso.
TUBOS E CONEXÕES
Ao se instalarem os diversos tipos de tubos e conexões em um sistema hidráulico, é
absolutamente necessário que estes estejam limpos, livres de escamas e outros materiais
estranhos. Para alcançar este objetivo, algumas regras básicas devem ser obedecidas,
pois um sistema contaminado é fonte certa de inúmeros problemas.
MANGUEIRAS
As linhas de comunicação por mangueira são usadas quando a instalação da tubulação
apresenta dificuldades quanto ao espaço de montagem. Linhas de mangueiras são usadas
também como meio auxiliar no amortecimento de oscilações de pressão e ruídos num
sistema.
A mangueira deve ser instalada de modo que não se torça durante a operação da máquina.
Deve-se permitir uma folga para o movimento livre e para a absorção dos picos de pressão.
Mangueiras muitos longas e com possibilidades de sofrer torções devem ser evitadas.
Pode tornar-se necessário usar braçadeiras para evitar que a mangueira se enrosque ou
se embarace com peças móveis. Mangueira sujeita a atritos com qualquer outra peça deve
ser protegida.
VAZAMENTOS
VAZAMENTO INTERNO
A maioria dos componentes é construída com uma tolerância que permite certa quantidade
de vazamento interno. As peças móveis naturalmente têm que ser lubrificadas e as
passagens são construídas para esse fim. Outrossim, certos controles têm passagens de
vazamento interno para evitar o desequilíbrio de carretéis de válvulas e pistões.
O vazamento interno não significa perda do fluido. Este volta ao reservatório através de um
dreno externo ou pela passagem interna do componente. O aumento de vazamento ocorre
quando há desgaste do componente e a folga entre as peças aumenta. Este aumento de
vazamento reduz a eficiência do sistema, diminuindo a velocidade de trabalho e gerando
calor.
VAZAMENTO EXTERNO
O vazamento externo é desagradável e pode tornar-se perigoso. É antieconômico porque
raramente se reaproveita esse óleo. A causa principal do vazamento pelas juntas deve-se à
má instalação ou a vibrações e choques que ocasionam a soltura das linhas. Linhas de
dreno impróprias, pressão de operação excessiva e contaminação do fluido são fatores
que danificam os retentores.
INSTALAÇÃO APROPRIADA
Uma instalação cuidadosa, não “mordendo” ou torcendo um retentor, assegura uma conexão
à prova de vazamento. Os fabricantes freqüentemente recomendam uma ferramenta
especial para a colocação correta de retentores de eixo do tipo labial. A vibração e a tensão
nas juntas também são fatores comuns que causam vazamentos externos e devem ser
evitados em uma instalação adequada.
CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO
O controle sobre as condições de operação pode tornar-se muito importante para a vida do
retentor. Os seguintes fatores de operação podem ajudar a evitar vazamentos:
MATERIAIS DE VEDAÇÃO
O silicone é um material elástico (elastômero). É, portanto, um material popular para vedar
eixos rotativos e para ser usado como retentor elástico em sistemas onde há altas variações
de frio a calor. Mantém sua forma e a capacidade de vedar de –50°C a 260°C. A altas
temperaturas, o silicone tende a absorver o óleo e se incha. Isto, entretanto, não é
desvantagem em aplicações estáticas. Não é usado para retentores recíprocos, porque se
rasga com muita facilidade. Retentores de silicone são compatíveis com a maioria dos
fluidos, sendo mais usados aqueles compatíveis com fluidos resistentes ao fogo do que
com fluidos à base de petróleo.
RETENTORES
O anel de borracha é instalado num encaixe circular usinado numa das peças acasaladoras.
Na instalação, este anel é comprimido em ambos os diâmetros, tanto interno quanto externo.
Entretanto, é um retentor atuado tanto por pressão quanto por compressão.
A pressão força o anel contra um lado do encaixe e para fora em ambos os diâmetros.
Assim, a vedação é positiva conta duas superfícies circulares e uma superfície plana. O
acréscimo de pressão significa maior força contra as superfícies de vedação, permitindo
reter pressões extremamente altas. Os anéis tipo “O” são usados principalmente em
aplicações estáticas.
Numa aplicação estática, isto não seria tão grave. Porém, a extrusão pode causar danos
acelerados numa aplicação dinâmica. Insto pode ser superado instalando-se um anel de
encosto rígido no encaixe do anel de borracha tipo “O”, no lado oposto da pressão.
Utilizam-se anéis de encosto em ambos os lados do anel tipo “O” quando a pressão atua,
alternadamente, nos dois lados do retentor.
GAXETAS DE COMPRESSÃO
As gaxetas de compressão foram um dos primeiros dispositivos de vedação utilizados em
sistemas hidráulicos e são usadas em aplicações tanto estáticas quanto dinâmicas. Em
aplicações estáticas, as gaxetas estão sendo substituídas pelos anéis de borracha tipo “O”
ou então retentores torneados. A maioria das gaxetas em uso, presentemente, são moldadas
em forma de “U” ou “V”, e gaxetas múltiplas são usadas para tornar a vedação mais efetiva.
As gaxetas são comprimidas apertando-se um anel flangeado. Um ajuste muito preciso é
crítico, porque o aperto excessivo acelerará o desgaste. Em certas aplicações a gaxeta é
suportada por uma mola para manter a força correta e diminuir o desgaste.
ANÉIS DE SEGMENTO
Os anéis de segmento são fabricados de ferro fundido ou aço, são altamente polidos e às
vezes cromados. Oferecem menor atrito ao movimento que o couro ou os retentores
sintéticos. São freqüentemente utilizados nos pistões de cilindros.
Um anel único não forma necessariamente uma vedação positiva. A vedação torna-se mais
positiva quando vários anéis são colocados lado a lado. São capazes de suportar altas
pressões.
RETENTOR LABIAL
Este retentor é dinâmico de baixa pressão, usado principalmente para vedar eixos rotativos.
Um retentor típico de lábio consta de um receptáculo metálico estampado para suporte e
alinhamento de borracha sintética ou couro, formando um lábio que é encaixado no eixo.
Os retentores labiais são do tipo positivo. A vedação, até um certo ponto, é ajudada pela
pressão. A pressão, agindo no lábio (ou vácuo atrás dele), produz maior aderência deste
contra o eixo, produzindo a vedação adequada. A alta pressão não pode ser retida porque o
lábio não tem apoio. Em certas aplicações, a câmara que está sendo vedada altera sua
condição de pressão com a de vácuo. Retentores com dois lábios opostos são disponíveis
para essas aplicações, para impedir a entrada de ar ou sujeira, bem como para reter o óleo.
BOMBAS HIDRÁULICAS
As bombas são utilizadas, nos circuitos hidráulicos, para converter energia mecânica em
energia hidráulica.
A ação mecânica cria um vácuo parcial na entrada da bomba, o que permite que a pressão
atmosférica force o fluido do tanque, através da linha de sucção, a penetrar na bomba. A
bomba passará o fluido para a abertura de descarga, forçando-o através do sistema
hidráulico.
BOMBAS HIDRODINÂMICAS
São bombas de deslocamento não-positivo, usadas para transferir fluidos cuja única
resistência é a criada pelo peso do fluido e pelo atrito.
Essas bombas raramente são usadas em sistemas hidráulicos, porque seu poder de
deslocamento de fluido se reduz quando aumenta a resistência e também porque é possível
bloquear-se completamente seu pórtico de saída em pleno regime de funcionamento da
bomba.
BOMBAS HIDROSTÁTICAS
São bombas de deslocamento positivo, que fornecem determinada quantidade de fluido a
cada rotação ou ciclo.
Como nas bombas hidrostáticas a saída do fluido independe da pressão, com exceção de
perdas e vazamentos. Praticamente todas as bombas necessárias para transmitir força
ESPECIFICAÇÕES DE BOMBAS
As bombas são, geralmente, especificadas pela capacidade de pressão máxima de operação
e pelo seu deslocamento, em litros por minuto, em uma determinada rotação por minuto.
• Capacidade de fluxo - pode ser expressa pelo deslocamento ou pela saída, em litros
por minuto.
Se, por exemplo, uma bomba a 70 kg/cm² de pressão deve deslocar, teoricamente, 40
litros de fluido por minuto e desloca apenas 36 litros por minuto, sua eficiência volumétrica,
nessa pressão, é de 90%, como se observa aplicando os valores na fórmula:
As bombas hidráulicas atualmente em uso são, em sua maioria, do tipo rotativo, ou seja,
um conjunto rotativo transporta o fluido da abertura de entrada para a saída. De acordo com
o tipo de elemento que produz a transferência do fluido, as bombas podem ser de
engrenagens, de palhetas ou de pistões, sendo que abordaremos somente as de
engrenagens e de palhetas.
BOMBAS DE ENGRENAGENS
As bombas de engrenagens contêm rodas dentadas, sendo uma motriz, acionada pelo
eixo, a qual impulsiona a outra, existindo um jogo axial e radial tão reduzido que, praticamente,
é alcançada uma vedação à prova de óleo. No decorrer do movimento rotativo, os vãos
entre os dentes são liberados à medida que os dentes se desenganem. O fluido provindo
do reservatório chega a esses vãos e é conduzido do lado da sucção para o lado da pressão.
No lado da pressão, os dentes tornam a se engrenar e o fluido é expulso dos vãos dos
dentes. A engrenagem impede o refluxo do óleo para a câmara de sucção.
A bomba tipo rotor opera da mesma maneira que a bomba de engrenagem do tipo interno.
O rotor é girado por uma fonte externa (motor elétrico, motor diesel, etc.) e movimente um
rotor externo. Forma-se, então, câmaras de bombeamento entre os lóbulos do rotor. A
vedação em forma de mei-lua crescente não é usada neste caso, pois as pontas do rotor
interno fazem contato com o rotor externo para vedar as câmaras.
BOMBAS DE PALHETAS
Nas bombas de palhetas, um rotor cilíndrico, com palhetas que se deslocam em rasgos
radiais, gira dentro de um corpo circular. Pela ação da força centrífuga, as palhetas tendem
a sair do rotor, fazendo então contato permanente com a face interna do corpo. A pressão
sob as palhetas as mantém contra o corpo. Esse sistema tem a vantagem de proporcionar
longa vida à bomba, pois as palhetas sempre mantêm contato com o corpo, mesmo se
houver desgastes nas extremidades das palhetas.
As palhetas dividem o espaço existente entre o corpo e o rotor em uma série de câmaras
que variam de tamanho de acordo com sua posição ao redor do corpo. A entrada da bomba
fica localizada em um ponto onde ocorre a expansão do tamanho da câmara em função do
sentido de rotação do rotor. O fluido penetra na bomba pelo vácuo gerado por essa expansão
e é, em seguida, transportado para a saída da bomba, onde as câmaras reduzem seu
tamanho, forçando o fluido para fora da bomba.
CILINDROS
TIPOS DE CILINDRO
Os cilindros são classificados em simples ação e dupla ação. Os cilindros de simples ação
podem ser de haste sólida ou haste telescópica. Os cilindros de dupla ação podem ser
diferenciais ou de haste dupla não diferencial ou de haste dupla não-diferencial. Os cilindros
de haste telescópica também são encontrados em unidades de dupla ação.
É utilizado um cilindro telescópico quando o comprimento da camisa tem que ser menor
do que se pode conseguir com um cilindro-padrão. Pode-se usar de 4 a 5 estágios,
sendo a maioria de simples efeito, porém são também disponíveis unidades de dupla ação.
Os cilindros de haste dupla são usados onde é vantajoso se acoplar uma carga em cada
extremidade, ou então onde são necessárias velocidades iguais em ambos os sentidos.
São também considerados cilindros de dupla ação, porém são classificados como não-
diferenciais. Com as áreas iguais em cada lado do pistão, esses cilindros fornecem
velocidades e forças iguais em ambas as direções. Qualquer cilindro de dupla ação pode
se tornar em um de simples efeito, drenando-se o lado inativo para o tanque.
COMPONENTES DE UM CILINDRO
As peças essenciais de um cilindro são: um tubo, um pistão, uma haste, tampas e retentores
adequados. Os tubos, geralmente, são de aço sem costura, retificado na parte interna. O
pistão, de ferro fundido ou de aço, incorpora retentores para reduzir vazamentos entre o
pistão e a parede do tubo.
A = π . d² = d² . 0,7854
4
Onde:
A = área
d = diâmetro
π = 3,1416
No movimento de retorno, a área da haste tem que ser levada em conta. Para se determinar
o volume em litros, multiplica-se a área em dm² pelo curso da haste em dm. A tabela abaixo
demonstra a variação dos efeitos de um cilindro quando se mudam o deslocamento, o
diâmetro ou a pressão. Os efeitos são válidos para uma carga constante.
Onde: P = F
A
VÁLVULAS DIRECIONAIS
RESERVATÓRIO
O reservatório ou tanque tem por finalidade básica armazenar e facilitar a manutenção do
fluido utilizado nos sistemas hidráulicos.
O reservatório pode ser projetado para cumprir várias funções, desde que não haja problemas
quanto à sua localização ou ao seu tamanho. Porém, é fundamental que o reservatório
apresente, no mínimo, as seguintes características:
• Ter espaço para separar o ar do fluido;
• Permitir que os contaminadores se assentem;
• Ajudar a dissipar o calor gerado pelo sistema;
• Facilitar a manutenção.
Na abertura para abastecimento do fluido, deve ser colocado uma tela filtrante para evitar a
contaminação do fluido.
O tampão para respiro deve ter um filtro de ar para manter a pressão atmosférica no interior
do reservatório, esteja ele cheio ou vazio. Em geral, quanto maior for a vazão, tanto maior
deve ser o respiro.
FILTROS E PENEIRAS
Filtro é um dispositivo que tem a função de reter, por meio de material poroso (elemento
filtrante), os contaminadores insolúveis de um fluido.
Peneira é um dispositivo feito de arame (malha) que tem funções semelhantes às do filtro
Os plugues magnéticos são placas imantadas utilizadas para reter partículas de ferro e aço.
SOLUÇÕES
a) Alguma ou todas as soluções seguintes:
• Substituir filtros sujos;
• Eliminar restrição do encanamento na entrada da bomba;
• Limpar o filtro do respiro do reservatório;
• Trocar o óleo;
• Verificar a rotação do motor;
• Revisar ou trocar a bomba de alimentação.
e) Revisar ou substituir.
SOLUÇÕES
a) Alguma ou todas as soluções seguintes:
• Substituir filtros sujos;
• Eliminar restrição do encanamento na entrada da bomba;
• Limpar o filtro do respiro do reservatório;
• Trocar o óleo;
• Verificar a rotação do motor;
• Revisar ou trocar a bomba de alimentação.
e) Revisar ou substituir.
f) Substituir os filtros e o óleo se a sua viscosidade não for adequada; encher o reservatório
ao nível correto.
SOLUÇÕES
a) Alguma ou todas as soluções seguintes:
• Substituir filtros sujos;
• Eliminar restrição do encanamento na entrada da bomba;
• Limpar o filtro do respiro do reservatório;
• Trocar o óleo;
• Verificar a rotação do motor;
• Revisar ou trocar a bomba de alimentação.
d) Ajustar.
e) Revisar.
SOLUÇÕES
a) Substituir filtros sujos e o fluido.
d) Ajustar.
e) Revisar ou substituir.
SOLUÇÕES
a) O fluido pode estar muito frio ou, então, deve ser substituído por óleo com viscosidade
correta.
c) Revisar ou substituir.
d) Lubrificar.
SISTEMA HIDRÁULICO
A válvula de controle principal pé de centro aberto com circuito paralelo. Quando os carre-
téis estão em neutro, o óleo flui através da válvula com mínima restrição.
Seção de Levantamento
Seção de Inclinação
Quando movimentamos o carretel para inclinar para trás, o0 carretel bloqueia a passagem
central e começa a alimentar através da válvula de retenção o lado da haste dos cilindros.
A válvula de retenção evita a movimentação da carga até que a bomba reúna os requisitos
de fluxo e pressão suficientes para levantar a carga. Quando movimentamos o carretel
para inclinar para frente, o carretel bloqueia a passagem central e começa a alimentar
através da válvula de retenção o lado da cabeça dos cilindros. Caso o peso da carga force
a torre para frente, a bomba não seria suficiente para reunir instantaneamente o fluxo para
o deslocamento dos cilindros de inclinação. Isto produziria o efeito de cavitação no siste-
ma. Para que isto não ocorra, existe uma válvula de controle de inclinação interna ao carre-
tel de inclinação. Esta válvula assegura que o óleo do lado da haste só retorne quando
houver uma pressão de 80 psi no circuito de alimentação (bomba).
VÁLVULA DE ALÍVIO
Existem duas válvulas de alívio (levantamento e inclinação) no sistema hidráulico. A válvula
de alívio de inclinação também controla a pressão máxima do circuito auxiliar de implementos.
1 – tomada de pressão
2 – válvula de alívio primária
3 – válvula de alívio secundária
AJUSTE DA TORRE
Os roletes controlam o alinhamento das torres. Asa mesmas devem estar paralelas. Use
calços para ajustar os roletes de forma que não haja folga entre o rolete e o canal no ponto
do encaixe justo. Ajuste da seguinte forma:
1 - Use uma alavanca para medir o movimento lateral entre as torres. Repita esta etapa
pelo menos em três lugares diferentes (topo, meio e fundo);
2 - Separe as torres e faça o arranjo de calços conforme necessário. Monte as torres. Deslize
a torre em todo o seu curso, e encontre o ponto de encaixe justo;
3 - Repita as etapas 1 e 2 até que haja zero de folga no ponto de encaixe justo;
4 - Meça a distância entre os canais das torres no topo e no fundo. Mude a posição dos
calços para manter a distância igual entre o topo e o fundo das torres. Certifique-se que
as torres apresentam variação no paralelismo no máximo 1,5 mm;
5 - Ajuste a placa de encosto. Insira calços entre a placa de encostos e o canal. A folga
máxima no ponto mais justo é de 0,8 mm.
CILINDROS DE INCLINAÇÃO
Remoção
Cuidado! Antes de remover os cilindros de inclinação, incline a torre para frente. Use uma
corrente para manter a torre fixada ao chassi.
Após a instalação, verifique o curso dos cilindros inclinando a torre várias vezes para frente
e para trás. Ambos os cilindros devem parar ao mesmo tempo. Ajuste as extremidades das
hastes conforme a dimensão “A” da figura seguinte. Certifique-se de que a torre não está
torcendo quando acionada.
VERIFICAÇÃO DE VAZAMENTOS
CILINDROS DE LEVANTAMENTO
1. Opere o sistema hidráulico várias vezes para fazer com que o óleo aqueça. Verifique a
presença de vazamentos. Durante este procedimento não se coloque sob os e não tente
detectar vazamentos colocando as mãos nos componentes sob pressão.
2. Levante o carro transportador (com carga) a um metro acima do solo. Caso ocorra uma
queda quando a válvula de controle estiver em neutro, existem vazamentos nos sistema
hidráulico. Se o óleo estiver a uma temperatura de 30°C, a queda máxima é de 50 mm
em 10 minutos. Se o óleo estiver a uma temperatura de 70°C, a queda máxima é de 150mm
em 10 minutos.
3. O vazamento pode ser nos cilindros ou na válvula de controle. Para podermos detectar o
local, instalamos um registro na linha de suprimento entre a válvula de controle e a torre.
Com uma carga nos garfos, levante-a um metro do solo. Feche o registro. Se houver
queda fica provado que há um vazamento no reparo dos cilindros. Se não houver queda
(com o registro fechado), o vazamento é pela válvula de controle.
CILINDROS DE INCLINAÇÃO
1. Coloque uma carga nos garfos. Lentamente incline a torre para frente. Se a torre continuar
a inclinar lentamente avante, mesmo quando a válvula estiver em neutro, existe um
vazamento nos cilindros ou na válvula de controle.
2. A queda máxima permitida com o óleo a 30°C é de 13 mm em 10 minutos (medido na
haste do cilindro de inclinação). Se o óleo estiver em 70°C, a queda máxima é de 39 mm
em 10 minutos.
3. Para detectar o local do vazamento instale um registro entre a entrada na dianteira do
cilindro e a linha hidráulica. Com uma carga nos garfos, feche o registro.
4. Se a torre continuar caindo avante, fica provado que há um vazamento no reparo dos
cilindros. Se não houver queda avante (com o registro fechado), o vazamento é pela
válvula de controle.
1. Instale os roletes no carro transportador. Instale os calços nos roletes na mesma seqüência
que na desmontagem. Quando o carro possuir seis roletes, não existirão calços sob os
roletes superiores.
2. Use uma talha para erguer o carro transportador na torre interna. Encontre o ponto mais
justo entre o rolete e a torre interna.
3. Remova o carro transportador da torre. Ajuste o arranjo de calços dos roletes para obter
a folga. Repita as etapas 1 e 2 até que haja zero de folga no posto mais justo.
4. Mantenha o arranjo de calços entre os roletes superior e inferior do mesmo lado,
aproximadamente igual. Também mantenha o arranjo de cada lado igual. O paralelismo
entre o carro e a torre deve ser de ± 1,5 mm.
CORRENTE
Caso uma seção da corrente apresente desgaste além do permitido, substitua toda a corrente
e não apenas a seção gasta. Quando o componente possuir duas correntes, caso uma
tenha que ser substituída, substitua a outra.
As correntes devem ser lavadas com solvente ou vapor, e lubrificadas com o óleo de motor.
Nunca use graxa.
Após fazer os ajustes descritos acima, abaixe a torre completamente e coloque uma carga
sobre os garfos. Incline a torre completamente para trás e verifique a quantidade que o
rolete inferior se estende abaixo do canal interno. Quando o ajuste está correto, não mais
que 1/3 do rolete será visível.
TRANSMISSÃO
SERVOTRANSMISSÃO
A servotransmissão é do tipo engreno constante e possui uma velocidade avante e uma ré.
Isto é conseguido através de duas embreagens que são aplicadas hidraulicamente e liberadas
por força de mola.
CONVERSOR DE TORQUE
EMBREAGEM UNIDIRECIONAL
O estator fica entre a turbina e o impulsor. O estator está montado sobre uma embreagem
unidirecional que permite o mesmo girar livremente na direção da rotação do motor, mas
trava no alojamento quando ocorre a reação do óleo no fluxo turbilhão (conversão de torque).
CONJUNTOS DE EMBREAGEM
1. eixo de entrada
2. embreagem de avante
3. embreagem de ré
4. eixo de saída
O óleo flui através da tela filtrante, bomba da transmissão, válvula de alívio, e através do
filtro. A pressão controlada pela válvula de alívio é de 140 a 170 psi. Caso ocorram obstruções
no filtro de óleo, uma válvula de derivação se abre quando o diferencial atingir 20 psi. Do filtro
o óleo flui através de passagens no alojamento da transmissão para o grupo de controle.
Existem dois solenóides instalados no topo do grupo de controle. Estes solenóides são
atuados pelo pedal monotrol e controlam a posição do carretel de sentido.
Sua função é controlar a pressão do óleo para a aplicação do engate das embreagens da
transmissão. A pressão de controle do regulador é de 105 a 125 psi. O óleo que flui para o
regulador de pressão das embreagens, flui para o circuito do conversor e circuito de
lubrificação. Um orifício no corpo da válvuIa assegura que sempre haja óleo fluindo para o
conversor.
CARRETEL DE APROXIMAÇÃO
Podemos definir aproximação como sendo o movimento lento de uma empilhadeira enquanto
uma rotação alta do motor é usada para operação mais rápida do sistema hidráulico. A
aproximação é conseguida quando o carretel é acionado através do pedal, fazendo a
diminuição da pressão de óleo para uma embreagem, de forma que ela não fique
completamente aplicada.
CARRETEL DE SENTIDO
Controla o fluxo do óleo para as embreagens de sentido. O carretel possui três posições:
avante, neutro e ré. Quando o carretel é movido para controlar um sentido de percurso, o
óleo flui para e das embreagens, e também para o circuito modulador. A posição deste
carretel é controlada por dois solenóiedes no topo do grupo de controle.
CIRCUITO MODELADOR
Este circuito é usado para controlar a taxa de aplicação das embreagens. Quando o carretel
de sentido é movido para selecionar uma direção de percurso, o circuito modulador controla
a aplicação da embreagem em um período de 1,5 a 2,0 segundos. O circuito modulador
controla o aumento de pressão para aplicar as embreagens suavemente. O atraso e a
aplicação suave da pressão reduz o impacto e a fadiga ao trem de força quando ocorrerem
os engates da transmissão.
Quando a rotação do motor está baixa, o óleo flui para o conversor de torque através de um
orifício no regulador de pressão das embreagens. O regulador do conversor permanece
fechado até que a pressão do conversor aumente de 105 a 120 psi. Quando o regulador
abre, o óleo que não vai para o conversor flui diretamente para arrefecer e lubrificar as
peças da transmissão.
Quando a alavanca está na posição aplicada, o sensor está aberto de forma que ambos os
solenóides estão desenergizados mantendo o carretel de sentido centralizado por ação de
mola, ficando a transmissão em neutro.
A função de aproximação não está aplicada e o óleo flui através do carretel de aproximação
para o carretel de sentido. Com o carretel de sentido em neutro. O fluxo de óleo fica bloqueado
no carretel de sentido e todo óleo flui para o regulador de pressão das embreagens. Neste
regulador, o óleo tem dois caminhos para o fluxo. Um caminho é através do orifício no corpo
da válvula para o conversor de torque e os circuitos de lubrificação. O carretel do regulador
das embreagens abre uma Segunda passagem para o conversor de torque. O regulador
do conversor de torque controla a pressão de óleo a pressão e o fluxo para o conversor. Se
a pressão do óleo estiver muito alta, o regulador do conversor é uma derivação para o
conversor e arrefecedor de óleo. O circuito modulador não está em operação na posição
neutro.
OPERAÇÃO DO MODULADOR
O modulador controla o aumento da pressão que aplica as embreagens. Este atraso reduz
impactos e a fadiga do trem de força quando ocorre o engate de marchas ou mudança de
sentido.
O gráfico que segue mostra as mudanças no circuito modulador quando uma embreagem
está aplicada:
1. Quando o carretel de sentido for movido de avante para ré, o carretel abre uma passagem
da embreagem de avante para o dreno. A pressão para a embreagem de avante diminui
rapidamente para zero. A pressão na embreagem de ré já está em zero. Um orifício no
pistão da embreagem assegura que o óleo não fique na embreagem devido a força
centrífuga. A pressão no furo do pistão modulador move o carretel da válvula moduladora
e abre uma passagem para o dreno. Este dreno ocorre rapidamente.
2. O óleo flui através do carretel de sentido e abastece s embreagem da ré, fazendo sua
aplicação. Quando a pressão aumenta para aproximadamente 30psi na embreagem de
ré, o regulador modulador abre uma nova passagem para o dreno. Esta ação evita que a
pressão aumente rapidamente para aplicar a embreagem.
3. Quando a pressão no circuito entre a válvula moduladora e o pistão modulador diminui
para zero, a mola da válvula moduladora desloca a válvula moduladora para fechar a
passagem para o dreno. O óleo deve agora fluir através do orifício no carretel da válvula
moduladora para o pistão modulador. Quando a pressão do circuito modulador é de
aproximadamente 30psi, a pressão de óleo começa a empurrar o pistão modulador no
furo. Conforme a pressão aumenta, o movimento do pistão modulador aumenta a força
da molaentre o pistão modulador e o regulador modulador. O regulador modulador se
move para manter um diferença constante de 15 psi na pressão. Este diferencial faz com
que ocorra uma aplicação controlada da embreagem.
4. Quando o pistão modulador empurra o regulador modulador para a posição fechado,
aproximadamente 70 psi, a passagem para o dreno fica completamente fechada. A pressão
de óleo então aumenta rapidamente para o valor normal (105 a 125 psi). Neste momento
a transmissão está engatada para mover a empilhadeira.
Quando o carretel de sentido é movido de neutro para avante, a pressão é fornecida para o
circuito da embreagem de avante e para o circuito modulador. O circuito modulador controla
o engate de embreagem para fazer uma mudança suave no sentido e reduz a fadiga no
trem de força. A operação hidráulica em ré é similar a avante, exceto pela posição do controle
de sentido e da embreagem que é aplicada.
A aproximação permite um ajuste fino na posição da empilhadeira enquanto uma alta RPM
do motor pode ser usada para aumentar a velocidade de operação do sistema hidráulico. A
função de aproximação ocorre quando o operador comprime o pedal, e o carretel de sentido
está na posição de avante ou ré. Neste momento o pedal puxa o pistão de aproximação da
válvula de controle e diminui a força da mola do carretel de aproximação. Conforme a força
da mola vai diminuindo, o carretel de aproximação se move para diminuir o fluxo de óleo
para o carretel de sentido. O carretel de aproximação também abre uma passagem para o
dreno de forma que a pressão da embreagem diminuirá, ocorrendo a patinagem dos discos.
Quando o pistão de aproximação está extendido completamente, o carretel de aproximação
bloqueia o fluxo de óleo para o carretel de sentido e a embreagem fica liberada
VERIFICAÇÕES E AJUSTES
Sensor de partida em neutro, pedal Monotrol: antes de desempenhar este ajuste, certifique-
se que os ajustes de folga das lonas de freio e do pedal de aproximação foram feitos. Coloque
a empilhadeira sobre blocos de forma que as rodas motrizes não toquem o chão ou qualquer
outro objeto. Aplique o freio de estacionamento. Instale um manômetro que possa medir 300
psi na tomada de pressão da embreagem de avante (1). Funcione o motor e empurre o lado
esquerdo do Monotrol para colocar a transmissão em avante. Solte o freio de estacionamento.
Solte ambos os parafusos (2) que fixam o suporte (3) do sensor de partida em neutro (5).
Não solte os dois parafusos que prendem o sensor ao suporte.
Ajuste o suporte (3) (13 a 15 mm) de forma que o rolete do sensor se mova o suficiente para
atuar o sensor, faça os seguintes testes:
DIAGNÓSTICO DE FALHAS
Problema: Todas as pressões estão baixas demais.
Possível causa:
- Nível de óleo incorreto;
- Bomba gasta;
- Reguladores de pressão estão abertos;
- Vazamentos internos na transmissão.
Etapa 2
Remova a arruela de encosto, a trava, as arruelas de encosto e o rolamento de encosto.
Remova o cubo da embreagem, a trava maior, o anel de reação os discos de fricção e as
placas.
Etapa 3
Remova o rolamento de encosto do eixo. Remova o outro jogo de arruelas e rolamento de
encosto.
Etapa 4
Remova o pistão apenas se houver problemas com a vedação. Use 2 punções para
comprimir a trava. Remova a trava, a mola e o pistão do alojamento da embreagem. Remova
a vedação do pistão e o anel “o” do eixo.
Etapa 2
Coloque uma cinta forte de borracha sobre o retentor do pistão para colocar seu lábio em
compressão por aproximadamente 15 minutos. Remova a cinta de borracha e imediatamente
instale o pistão no alojamento da embreagem.
Etapa 3
Instale a mola e a trava no alojamento da embreagem. Comprima a mola de forma que a
trava possa ser instalada. Instale a trava que prende a retenção no eixo.
Etapa 4
Instale a arruela de encosto no eixo da embreagem. Instale os dois jogos de rolamento no
eixo, conforme figura abaixo.
Etapa 5
Instale o cubo e engrenagem no eixo. Instale a segunda arruela de encosto, o rolamento de
encosto e a trava. Siga a orientação da montagem conforme etapa 4.
Etapa 6
Instale as placas separadoras e os discos de fricção (5 de cada). Comece com uma placa
contra o pistão e termine com um disco contra o anel de reação.
Etapa 7
Instale o anel de reação.
Etapa 8
Instale a trava maior. Após completar a montagem, deve haver uma folga de 0,64 a 2,74 mm
no conjunto de embreagem.
Etapa 9
Instale os retentores. A embreagem de avante possui um anel vedador no eixo de entrada e
dois anéis vedadores na extremidade de saída do eixo da embreagem.
Etapa 10
Instale os rolamentos de esferas na extremidade do eixo que vai dentro da tampa dianteira
da transmissão. Instale os anéis de vedação do eixo.
Etapa 11
Certifique-se que a arruela de encosto especial está instalada após a trava (mostrado na
etapa 4). Instale o rolamento de esferas no alojamento da transmissão.
Etapa 12
Instale os conjuntos das embreagens de avante e de ré no alojamento da transmissão.
Certifique-se que os anéis de vedação não são danificados quando os eixos forem instalados
no alojamento da transmissão.
Etapa 13
Instale a tampa dianteira, a corrente de comando e o alojamento do conversor.
DIFERENCIAL
Montagem do Diferencial
• Caso a coroa e pinhão estiverem gastos ou danificados, eles devem ser substituídos
como um casal. Sempre verifique se as engrenagens são casal. A localização das marcas
é mostrada na figura abaixo:
f. Instale quatro parafusos de forma cruzada e aperte-os com 50 lbs pés. Em seguida instale
os parafusos restantes, sempre apertando-os de forma cruzada.
k. Verifique a folga entre a coroa e pinhão. Esta folga deve ser de 0,008" a 0,011" . Mova a
coroa em direção ao pinhão para diminuir a folga. Faça ao contrário para aumentá-la.
Solte uma porca de ajuste a mesma quantidade que a outra é apertada. Quando a folga
estiver correta, aperte os parafusos dos mancais com 130 lbs pés.
Área de contato correta durante o ajuste. Área de contato correta quando em funcionamento
na empilhadeira.
No caso abaixo o pinhão está muito longe do centro da coroa. Remova calços do pinhão.
Neste caso o pinhão está muito perto do centro da coroa. Adicione calços ao pinhão, mantendo
sempre a folga.
EIXO MOTRIZ
O eixo motriz é preso à empilhadeira pelos suportes de montagem, que são fixados ao
chassi por porcas e parafusos. O alojamento do diferencial e as pontas de eixo possuem
um pequeno movimento nos suportes de montagem. Nas extremidades das pontas de eixo
estão montados os rolamentos das rodas. O rolamento externo é lubrificado pelo óleo do
diferencial. O rolamento interno é lubrificado com graxa.
SISTEMA DE FREIO
O sistema de freio inclui as seguintes peças: cilindro mestre, sapatas, cilindro de roda,
pedal de freio/aproximação e sistema do freio de estacionamento.
O freio é aplicado por ação hidráulica quando o pedal de freio é comprimido. Existe um
conjunto de ajustador automático, responsável por manter a folga correta entre o tambor e
as lonas. Para que isto ocorra, basta trafegar com a máquina em marcha ré e aplicar o freio.
Este ajuste também pode ser feito através de um entalhe na placa traseira do tambor.
CILINDRO MESTRE
O cilindro mestre foi projetado para um sistema duplo, com dois pistões separados. Se uma
falha ocorrer em um dos circuitos, o outro aplicará um dos freios. Isto pode ser percebido
porque o pedal fica com um deslocamento maior e a empilhadeira ao ser freada tende a
girar em torno da roda que está com boa aplicação.
O reservatório está equipado com um indicador de nível baixo de fluído. Isto é conseguido
através de uma bóia com um magneto. Quando o nível está baixo, o magneto ativa um
sensor no fundo do reservatório. Este sensor acende uma lâmpada no painel.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS