→ A é uma experiência sensitiva e emocional desagradável → Associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial. - Dor → Componente Fisiológico → Sensorial → Nociceptivo (mecanismo de transmissão da dor). → Componente Afetivo (relacionado à subjetividade) → Emocional → Relacionado a Ansiedade, Estresse. * A dor não pode ser determinada exclusivamente pela atividade dos neurônios nociceptivos → A Nocicepção, por sua vez, é medida por essa atividade. → A dor pode ser dividida em Aguda e em Crônica. - A Aguda é resultante de quadro inflamatórios, queimaduras → Geralmente tratada com Analgésicos não Opioides (Paracetamol) → Atuam na geração dos mediadores envolvidos na dor. - A Crônica (Pós-Cirúrgica, de Câncer) geralmente é tratada com Analgésicos Opioides → Atuam na transmissão do estímulo doloroso (ações centrais). * Por vezes, as dores agudas podem ser tratadas com Opioides → Assim como as crônicas podem ser tratadas com não Opioides. * Novas abordagens consistem na utilização de Anticonvulsivantes e Antidepressivos. 1.1 – Transmissão da Dor → A partir de uma lesão tecidual, mediadores são liberados localmente (Pgs, Bradicinina, Citocinas, K+, H+, Histamina, ATP) → Produzem ativação e sensibilização de fibras periféricas (Ad e C) → Ativação de Vias Ascendentes da Dor (Aferentes Primárias) → Após Despolarização, essas fibras conduzem o estímulo doloroso até a Região Medular (local onde realizam sinapse com fibras de 2ª Ordem) → Estímulo é transmitido para centros superiores do SNC → É interpretado no Tálamo e no Córtex, assim como no Sistema límbico (importante para o componente emocional da dor). - Como resposta à ativação das Vias Ascendentes, outras regiões são ativadas no SNC → Ocorre ativação da Substância Cinzenta Periaquedutal → Se projeta para os Núcleos Magnos da Rafe e, posteriormente, para as regiões medulares → Essas vias são chamadas de Descendentes da Dor → Inibitórias que promovem a liberação de Neurotransmissores (Encefalina, Serotonian, Noradrenalina) na região de sinapse da M.E. - A ativação exagerada em resposta ao estímulo doloroso resulta em dor contínua/persistente → Produz Hiperalgesia. * AINEs são utilizados no tratamento da dor → Inibem a síntese de Pgs e aumenta o limiar da dor. * Os Analgésicos Opioides impedem a transmissão do estímulo doloroso → Atuam na periferia, na M.E. e em Centros Encefálicos. → Em condições normais, a dor se associa à atividade de impulsos em Fibras Aferentes Primárias de pequeno diâmetro (Ad e C) dos Nervos Periféricos → Produzem percepção da dor. - As Fibras Ad são Mielínicas → Possuem velocidade de condução (6-30 m/s) e diâmetros (1- 5 micrômetros) maiores → Respondem principalmente a estímulos Térmicos e Mecânicos. - As Fibras C são Amielínicas → Apresentam velocidade de condução (0,5-2 m/s) e diâmetro (0,5-2 micrômetros) menores → São denominadas Polimodais → Respondem a estímulos Térmicos, Mecânicos e Químicos. * As Fibras Ad respondem inicialmente ao estímulo doloroso e as Fibras C são resposáveis pela manutenção do estímulo. * Essas fibras fazem sinapse com Neurônios de 2ª Ordem na região do Corno Dorsal da M.E. 2 – Opioides → São compostos derivados do Ópio → Naturais ou Sintéticos. - O Ópio contém muitos alcaloides → Morfina, Codeína e Papaverina. → Atualmente a Morfina e a Codeína ainda são utilizadas como Analgésicos. → Opioides Semissintéticos e Sintéticos → Heroína, Metadona, Fentanila, Meperidina → Não são desprovidos dos Efeitos Adversos semelhantes aos da Morfina (principalmente a dependência). → Antagonista Opioide → Nalorfina → É utilizado na intoxicação. → Opioides Endógenos → Encefalinas, Endorfina e Dinorfinas. 2.1 – Opioides Endógenos → São moléculas biológicas presentes no cérebro → Atuam por meio de um Receptor Opioide. → São sintetizados a partir de precursores. - Pré-Proencefalinas → Estão presentes em áreas do SNC relacionadas aos Estímulos Dolorosos → Precursoras das Encefalinas. - Pré-Pró-Opiomelanocortina (POMC) → Principal produto é a b-Endorfina. - Pré-Prodinorfina → Produz Dinorfinas A e B, e Neodinorfinas a e b. 2.2 – Receptores Opioides → São divididos em mi, delta, kappa e ORL1 → São Acoplados à Proteína G (Gi/Go). → Quando ativados, os Receptores podem inibir a enzima Adenilato Ciclase → Diminui os níveis de AMPc. - Também podem ativar Canais para K+ → Aumenta as correntes de K+ e a Hiperpolarização. - Também podem inibir as Correntes de Ca2+ → Inibe a Despolarização e, consequentemente, a liberação de transmissores. 2.3 – Mecanismos de Ação → Os Receptores Opioides estão presentes em vários locais nas Vias Nociceptivas. - Na Periferia e no corno Dorsal, modula negativamente as Vias Ascendentes da dor. - Em regiões superiores do SNC (Substância Cinzenta Periaquedutal (PAG) e no Núcleo para- Gigantocelular Reticular (NRPG)) modula positivamente as Vias Descendentes Inibitórias da Dor. → Os Receptores Opioides Periféricos, quando ativados, impedem a condução do estímulo nervoso para o Corno Dorsal → Na região Medular, esses Receptores situados pré-sinapticamente diminuem a condutância para Ca2+ → No Corpo Celular do Neurônio de 2ª Ordem também existem Receptores Opioides (Pós-Sinápticos) → Aumentam a Condutância para K+ (produzem Hiperpolarização). → As Vias da Região Superior (PAG e NRPG), quando ativadas, aumentam a liberação de Serotonina e Encefalina no Núcleo Magno da Rafe, e de Noradrenalina no Locus Cerulius → Agem inibindo a condução dolorosa no Corno Dorsal. - O envolvimento desses Neurotransmissores nas Vias Descendentes Inibitórias justifica o uso de alguns Antidepressivos no tratamento da dor. * Na PAG e no NRPG há interneurônios GABAérgicos → Integram a informação de Centros Superiores com regiões medulares. - A ativação de Receptores Opioides inibe a liberação de GABA → Provocam a desinibição das Vias Descendentes Inibitórias → Produz aumento de PAs. → Os Receptores Opioides estão envolvidos na analgesia por estarem localizados em regiões importantes de Transdução da Dor. - Na Periferia, receptores mi e kappa. - Na Região do Corno Dorsal, receptores mi, delta, kappa e ORL1. - Nas áreas superiores do SNC, principalmente receptores mi. * Os Receptores ORL1, presentes na Região Supraespinal, parece estar envolvida com a reversão dos efeitos analgésicos. 2.4 – Efeitos dos Opioides → Os Receptores Opioides estão espalhados em diversos locais do organismo → Isso produz efeitos adicionais aos da Analgesia. - Receptores presentes no Nervo Oculomotor produzem alteração do diâmetro da pupila. - Receptores na musculatura lisa do estômago e do intestino → Diminuem a secreção gástrica e à constipação intestinal. * Alguns opioides podem ser utilizados como antidiarreicos, para estimular a reabsorção de Na+ pelos rins, para produzir a sensação de bem-estar físico (age no sistema límbico), para inibir mecanismos respiratórios (Tronco Encefálico), para suprimir a tosse (no Bulbo). a) Efeitos da Morfina a.1) Centrais → Analgesia → Diminuição de aspectos sensoriais e emocionais da dor. - A administração de Morfina em pacientes sem dor ocasiona efeitos desagradáveis. → Euforia → Sensação de bem-estar físico, alegria, despreocupação, otimismo → Ação sobre o tegumento ventral do Sistema Límbico → Esses efeitos são observados em menor grau em pacientes acostumados com a dor crônica. - Também podem ocasionar disforia → Sensação desagradável com inquietação, ansiedade, depressão e mal-estar → Ação em Receptores kappa. → Sedação → Caracterizada por Sonolência principalmente em idosos. - Alteração dos sonos REM e não REM → Fácil despertar. → Depressão Respiratória → Inibição de mecanismos respiratórios do Tronco Encefálico. - Causa mais comum de morte por superdosagem. → Supressão da Tosse → Pode aumentar o acúmulo de secreções → Provoca obstrução das vias aéreas. - Efeito mediado no centro da tosse no bulbo. → Miose → Ação nos Receptores mi e kappa no /nervo Oculomotor → Acarreta em Pupila Puntiforme. → Náuseas/Vômitos → Ativação da zona de gatilho quimiorreceptora. → Rigidez do Tronco → Altas doses aumentam o tônus dos grandes músculos do tronco. - A prevenção é realizada através da administração concomitante com Bloqueadores Neuromusculares. → Alteração da Temperatura → Atuação no Hipotálamo. - Em receptores mi → Hipertermia; em receptores kappa → Hipotermia. → Altera a arquitetura do sono → Diminui os estágios 3 e 4 do sono. a.2) Periféricos → Sistema Cardiovascular → Sem efeitos significativos além de Bradicardia. - Exceção → Petidina → Ação Antimuscarínica → Promove Taquicardia. → TGI → Constipação. - Diminui a secreção gástrica de HCL. - Diminui a motilidade e aumenta o tônus. → Renal → Efeito Antidiurético por meio do aumento da reabsorção de Na+. → Útero → Pode prolongar o trabalho de parto. → Endócrino → Atua no Hipotálamo → Aumenta a liberação de ADH, Prolactina e Somatotrofina. → Diminui a liberação do LH. → Prurido → Atuação central nos circuitos neurais pruridoceptivos. → Imune → Aumenta os Linfócitos, a produção de Anticorpos. → Diminui a Quimiotaxia. 2.5 – Fármacos Opioides → Podem ser divididos em Naturais, Semissintéticos e Sintéticos. - Naturais → Morfina, Codeína. - Semissintéticos → Hidromofona, Hidrocodona, Oxicodona, Oximorfona. - Sintéticos → Fentanila, Meperidina, Metadona, Tapentadol, Tramadol. → Pertencem a classes químicas estruturalmente diferentes → Possuem ações semelhantes às da Morfina. - Fenantrenos, Fenileptilaminas, Fenilpiperidinas, Morfinanos, Benzomorfanos. * A maioria dos Agonistas utilizados clinicamente é relativamente seletiva para Receptores mi → Produzem Analgesia, alteram o humor e o comportamento de busca por recompensa → Também afetam as funções Respiratórias, Cardiovasculares, GTI, Neuroendócrinas. - Os Agonistas dos Receptores kappa não são utilizados no tratamento de longa duração → Produzem efeitos disfóricos e psicotomiméticos. - Agonistas dos Receptores delta produzem analgesia → Não se mostraram clinicamente úteis. - Agonistas de Receptores ORL1 não produzem efeitos analgésicos. a) Fenantrenos a.1) Agonistas Fortes → Morfina → Possui maior afinidade por Receptores mi → É utilizada no tratamento de dor intensa → Traz alívio da dor sem perda da consciência. → Hidromorfona e Oximorfona → São Opioides mais potentes que a Morfina → São utilizados no tratamento de dor intensa. → Heroína (Diamorfina, Diacetilmorfina) → Possui > Lipossolobulidade que a Morfina → Após metabolizada, é transformada em Morfina → Não é utilizada como Analgésico, mas como droga de abuso por IV ou Intranasal. - Causa dependência física e adição. - Apresenta Pupila Puntiforme como característica de uso → Diferente de outras drogas de abuse, que causam Midríase. a.2) Agonistas Leves e Moderados → Codeína → Atua principalmente em Receptores mi → É menos potente que a Morfina → Após metabolizada, e biotransformada em Morfina → Apresenta efeitos analgésicos → Comumente utilizada como Anti-Tussígeno e associada a AINEs. → Di-Hidrocodeína → Não apresenta vantagens/desvantagens em relação à Codeína. → Hidrocodona → É utilizada na dor Modera/Intensa. → Oxicodona → É mais potente e utilizada na dor Aguda ou Crônica → Tornou-se droga de abuso. a.3) Ação Mista → Buprenorfina → É um Agonista parcial em Receptores mi e Antagonista em delta e kappa → Devido a sua lenta dissociação em mi, apresenta efeitos resistentes à Naloxona (Antagonista). * Também se liga ao Receptor OLR1. → É utilizada na dependência de Opioides, na compulsão por álcool e na dor moderada. b) Fenilepitilaminas b.1) Agonistas Fortes → Metadona → Atua como Agonista de Receptores mi e como Antagonista de Receptores NMDA de Glutamato, além de Bloqueador da Recaptação de Monoaminas → Possui ação analgésica mais prolongada → Pode ser administrada por VO, IV, SC, Espinal e Retal. - É utilizada na desintoxicação por Opioides → Retirada controlada dos dependentes de Morfina e Heroína → Causa Síndrome de Abstinência mais suave e mais longa. b.2) Agonistas Leves a Moderados → Propoxifeno → Apresenta pequena atividade analgésica. c) Fenilpiperidinas c.1) Agonistas Fortes → Fentanila → Possui ação principalmente em Receptores mi → É 100x mais potente que a Morfina devido a sua alta lipossolubilidade → É utilizado como coadjuvante em Anestesia e muitas vezes associadas aos AINEs. → Sufentanila → É 5 a 7x mais potente que a Fentanila, mas possui ação mais curta. → Alfentanila → É menos potente e possui ação mais curta que a Fentanila. → REmifentanila → Apresenta ação mais curta que a Fentanila. → Petidina (Mepiridina) → Apresenta ação antimuscarínica (causa taquicardia, boca seca) → Não causa pupila puntiforme → Gera metabólitos responsáveis por crises convulsivas e efeitos alucinógenos → É utilizada como analgésico na dor Aguda Moderada a Intensa → É preferível à Morfina para trabalho de parto (não reduz a força de contração uterina) → Possui menores efeitos antitussígeno e de constipação GI. c.2) Agonistas Leves a Moderados → Difenoxilato e Difenoxina → Não são utilizados como analgésicos, mas como Antidiarreicos → Muitas vezes utilizados em associação com Atropina. → Loperamida → É desprovida de ação central → Também não é utilizada como analgésico, mas como antidiarreico. d) Morfinanos d.1) Agonistas Fortes → Levorfanol → É agonista de Receptores mi, delta e kappa → Inibe a Recaptação de NA e Serotonina → Também possui Antagonismos em Receptores NMDA de Glutamato. d.2) Ação Mista → Butorfanol → É Agonista kappa e Agonista parcial ou Antagonista mi → Produz efeitos disfóricos e psicomiméticos. e) Benzomorfanos e.1) Ação Mista → Pentazocina → É Agonista kappa e Agonista Parcial ou Antagonista mi Fraco → Causa Disforia com Alucinações e Pesadelos. f) Outros → Tramadol → Bloqueia a Recaptação de Serotonina e de NA (de forma mais fraca) → É um Agonista Parcial mi, cuja ação analgésica é independente da ativação desses receptores → É usado → Dor Neuropática Crônica com Agonista Opioide puro. → Dor Moderada → Pós-Operatório, Processos Reumáticos, Traumatismos e Fraturas. - Pode causar Convulsões, Síndrome Serotoninérgica, Náuseas, Tontura. → Tapentadol → Bloqueia a Recaptação de NA e Serotonina → Apresenta ação Agonista Moderada em Receptores mi → É utilizada no tratamento da Dor Moderada → Pode causar convulsões e Síndrome Serotoninérgica. g) Antagonistas → Naloxona → Antagonista mi, delta e kappa. - É utilizada → Superdosagem de Opioies → Reversão do Coma e Depressão Respiratória da dpse excessiva de opioides. → Ação rápida (30s após injeção IV). - Possui efeito relativamente curto. → Naltrexona → Possui maior afinidade por Receptores mi → Apresenta duração de ação mais longa que Naloxona. - Aumeta a liberação basal de b-Endorfinas. - Associada à Clonidina ou Buprenorfina para Desintoxicação Rápida de Opioides. - Utilizada para auxiliar o tratamento de Dependência ao álcool. - Apresenta Hepatotoxicidade. → Nalmefeno → Possui maior afinidade aos Receptores mi → Apresenta duração mais longa que a Naloxona. * Esses Antagonistas revertem os efeitos dos Opioides como a Heroína e a Morfina e levam a sintomas de Abstinência. 2.6 – Usos Terapêuticos → Os Analgésicos Opioides são utilizados: - Analgesia → Na dor Constante e Intensa → São menos eficazes na dor Aguda e Intermitente. → Também são eficazes → Dor Associada ao Câncer e de outras Doenças Terminais. → Dor Pós-Operatória. → Dor Crônica → Associação com Anfetaminas. → Analgesia Obstétrica → Pode causar depressão respiratória no feto → Petidina causa menos Depressão Respiratória. → Dor Aguda e Intensa de Cólicas Renal e Biliar. - Edema Pulmonar Agudo → Diminuem a Andiedade. → Diminuem a Pré-Carga e a Pós-Carga. * Se houver indícios de Depressão Respiratória, utiliza-se Furosemida. - Tosse → Doses menores que a necessária à Analgesia. → Dextrometorfano, Levopropoxifeno, Codeína, Noscapina → Normalmente são utilizados me associação com Expectorantes. - Diarreia → Difenoxalato, Loperamida. - Calafrios → Diminui por meio da ação em Receptores a2-Adrenérgicos → Petidina. - Anestesia → Pré-Medicação anestésica e Cirúrgica → Propriedades Sedativas, Ansiolíticas e Analgésicas. - Síndrome de Abstinência a Narcóticos e ao Álcool → Utilização de Agonistas Opioides. - Depressão Respiratória → Decorrente de superdosagens → Utilização de Antagonistas Opioides. 2.7 – Efeitos Adversos → A ativação de Receptores mi, principal responsável pelo efeito Analgésico → É relacionada à Depressão Respiratória, à Constrição da Pupila, à Redução da Motilidade GI, Euforia, Sedação, Dependência Física, Náuseas e Vômitos. → A ativação de Receptores delta está envolvida com Depressão Respiratória e Diminuição da Motilidade GI. → A ativação de Receptores kappa causa a Constrição da Pupila e Reduz a Motilidade GI, além de Disforia, Alucinações e Sedação. → A ativação de Receptores ORL1 dificulta o aprendizado e produz Catatonia. * Muitos desses Efeitos Adversos são observados com o uso agudo → Principalmente Depressão Respiratória, Náuseas, Vômitos e Constipação Intestinal. - O uso crônico pode causar Síndrome de Abstinência, Tolerância, Dependência, Abuso, Adição e Hiperalgesia → Ocorre acentuação dos estados dolorosos. * No desenvolvimento de Tolerância, Antagonistas de Receptor de NMDA (Cetamina) são utilizados para reacoplar a função dos Receptores. a) Adição → É uma doença crônica primária de recompensa, motivação, memória e circuitos relacionados ao cérebro. → Leva o indivíduo ao uso compulsivo e recorrente da droga, apesar da consequência negativas. → É observada com drogas que possuem capacidade de induzir fortes sensações de Euforia e Recompensa → Produzem aumento de Dopamina no Sistema Dopaminérgico Mesolímbico. b) Hiperalgesia Induzida por Opioides → A administração persistente pode aumentar a sensação de dor → Estado de Hiperalgesia. → Pode estar envolvida com: - Ativação de Receptores de Bradicinina. - Ativação de Receptores de Glutamato – NMDA. - Aumento da expressão de Receptores de ATP. - Aumento na via de sinalização TrK → Receptor associado às Quinases. → Algumas estratégias podem ser utilizadas para diminuir a Hiperalgesia. - Mudança do Opioide → Metadona (também é Antagonista de Receptores NMDA). - Uso de Propofol → Potencializa a Ação de GABA. - Uso de Antagonista de Receptores NMDA → Cetamina → Anestésico IV Dissociativo. - Uso de Inibidores da COX2 → Diminui a produção de Prostaglandinas. - Uso de Agonistas a2 → Neurônios Sensitivos lesados podem expressar receptores a- adrenérgicos e desenvolver sensibilidade à NA. 3 – Outros Fármacos Usados na Analgesia → Dor Neuropática → ADTs → Amitriptilina, Nortriptilina, Desipramina. → IRSNA → Duloxetina. → ISRS → Venlafaxina. → Antiepiléticos → Gabapentina, Pregabalina, Carbamazepina. → Antiarrítmicos → Mexiletina, Tocainida. → Anestésico Local → Lidocaína. → Fibromialgia → Antidepressivos → Amitriptilina (IRSNA), Milnacipram (IRSNA), Venlafaxina (ISRS), Citalopram (ISRS). → Antiepiléticos → Gabapentina, Pregabalina. → BZDs → Clonazepam, Zopiclona. → Cetamina → Antagonista NMDA. → Sativex → Extrato Cannabis. → Agonistas DOPAminérgicos → Ropinirol, Rotigotina, Pramipexal → Na Síndrome das Pernas Inquietas.