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bancos centrais
Em seu Manifesto do Partido Comunista (1848), publicado juntamente com
Frederick Engels, Karl Marx clama por “medidas” – o que significa “invasões
despóticas nos direitos de propriedade” –, que seriam “inevitáveis como
meio de revolucionar inteiramente o modo de produção”, isto é, alcançar o
socialismo-comunismo. A medida número cinco de Marx diz: “Centralização
do crédito nas mãos do Estado, por meio de um banco nacional com capital
do Estado e um monopólio exclusivo”. Esta é uma postulação bastante
perspicaz, especialmente porque na época em que Marx a formulou, metais
preciosos – ouro e prata em particular – serviam como dinheiro.
Como é bem sabido, a quantidade de ouro e prata não pode ser aumentada
à vontade. Como resultado, a quantidade de crédito (em termos de créditos
e empréstimos de saldos monetários) não pode ser facilmente expandida de
acordo com a conveniência política. No entanto, Marx pode já ter fantasiado
o que seria possível uma vez que o estado fosse colocado em uma posição
em que pudesse criar dinheiro por meio da expansão do crédito; onde ele
usurpou e monopolizou a produção de dinheiro. Muito antes de Marx, o
religioso e historiador inglês Thomas Fuller expressou elaboradamente o
poder do dinheiro: “O dinheiro é o tendão do amor, assim como da guerra”.
A ideia de banco central tem uma longa história. Por exemplo, o banco
central sueco, o Sveriges Riksbank, foi fundado em 1668, e o banco central
inglês, o Banco da Inglaterra, foi formado em 1694. As operações
fraudulentas de tais instituições vieram logo à tona, o mais tardar com os
escritos do economista britânico David Ricardo. Em seu ensaio de 1809 “The
High Price of Bullion” ele apontou que foi o aumento na quantidade de
dinheiro – na forma de notas não lastreadas em ouro – que causou um
aumento geral nos preços, um efeito que conhecemos como inflação (de
preços).
Notas
[1] Para uma explicação detalhada, ver Mises, L. v. (1957), Teoria e História,
Ludwig von Mises Institute, Auburn, US Alabama, Parte Dois, esp. Capítulo 7,
pp. 102 – 158.