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JEASIEL DE SOUZA

ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTO DA APLICAÇÃO DO


PVC EM CANTEIRO DE OBRAS COM RELAÇÃO AOS
SISTEMAS CONSTRUTIVOS CONVENCIONAIS.

SANTA BÁRBARA D’OESTE

Santa Bárbara do Oeste


2018
JEASIEL DE SOUZA

ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTO DA APLICAÇÃO DO PVC


EM CANTEIRO DE OBRAS COM RELAÇÃO AOS SISTEMAS
CONSTRUTIVOS CONVENCIONAIS.

Projeto apresentado ao Curso de Engenharia Civil da


Instituição Faculdade Anhanguera.

Orientador: (Nome do Tutor)

Santa Bárbara do Oeste


2018
JEASIEL DE SOUZA

ESTUDO COMPARATIVO DE CUSTO DA APLICAÇÃO DO PVC EM


CANTEIRO DE OBRAS COM RELAÇÃO AOS SISTEMAS
CONSTRUTIVOS CONVENCIONAIS.

Trabalho de conclusão de curso para


obtenção do título de graduação em
Engenharia Civil apresentado à
Instituição Faculdade Anhanguera.

Orientadora: (Nome do Tutor)

Aprovado em / /

BANCA EXAMINADORA

Prof.

Prof.

Prof.
Dedico este trabalho а Deus, por ser
essencial em minha vida, autor do meu
destino, meu guia, socorro presente na
hora da angústia.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por nos capacitar e tornar este sonho real.


À nossas famílias, pelo incentivo, compreensão e apoio (esposas, marido,
mães, pais, irmãos, filhos, tios, tias, sobrinhos, avós e avôs).
Aos amigos que sempre estavam ao nosso lado incentivando a
realização do nosso objetivo.
Aos professores e funcionários da Instituição Faculdade Anhanguera –
( Bacharelado em Engenharia Civil) em especial ao orientador (nome do tutor), pela
disposição e orientação no desenvolvimento da pesquisa.
As construtoras, empresas e profissionais que de alguma forma cooperou na
coleta de dados, pela disponibilidade e atenção dispensada.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a realização deste
trabalho, agradecemos o apoio, estímulo e atenção.
“O remédio para nossas preocupações
consiste em estar inteiramente ocupado,
realizando alguma coisa construtiva”.

(Maria Zownseand)
RESUMO

A Referente pesquisa busca encontrar uma solução para a redução do


volume de RCC (Resíduos de Construção Civil), gerados a partir da demolição de
canteiros de obra após o termino de suas atividades. Através do embasamento
teórico, foi possível levantar todas as informações técnicas necessárias para o
desenvolvimento de um comparativo entre os sistemas construtivos mais usuais na
construção de canteiro de obras. Por intermédio da orçamentação, foi possível
comparar os custos de um canteiro construído em alvenaria, com o investimento
necessário para construí-lo em madeira, locação de containers e de um novo
sistema proposto. O novo método apresentado foi a combinação de um sistema
chamado de PVC - concreto com o uso de estruturas metálicas. A proposta visa
economia e menos produção de RCC, em um sistema que possa ser desmontado e
remontado em outro empreendimento; atendendo as normas brasileiras e
proporcionando o mínimo do conforto necessário aos trabalhadores.

Palavra chave: Canteiros de Obras, Resíduos de Construção Civil, PVC,


Comparativos de Custos.
ABSTRACT

This Search It aims to find a solution to reduce CW (Constructions Waste).


They are generated from demolition after the end of activities. Through theoretical
knowledge, It was possible get all technical information necessary for the
development to compare construction system most common and efficient in building
construction sites. The complete of budgets was possible to compare costs of
construction built whit masonry and other construction with wood, leasing Containers
and a new system. The new method it was presented such a system called PVC –
Concrete using metal structures. This proposal has based in economy and lower
production for CR, this system that can be disassembled and reassembled in others
built sites; According to the Brazilian Safety standards and providing the minimum
necessary comfort to the workers.

Keyword: Beds of Works, Construction Waste, PVC, Comparative Costs.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01 – Canteiro em alvenaria de bloco estrutural....................................................................22


Figura 02 – Canteiro de obras em madeira..........................................................................................23
Figura 03 – Canteiro de obras em container....................................................................................25
Figura 04 – Molécula cloreto de vinila.............................................................................................27
Figura 05 – Principais aplicações do PVC no Brasil..........................................................................28
Figura 06 – Estocagem dos perfis de PVC.........................................................................................29
Figura 07 – Concretagem da fundação.............................................................................................30
Figura 08 – Radier gabaritado com barras de ancoragem................................................................30
Figura 09 – Sistemas de encaixe dos módulos.................................................................................31
Figura 10 – Montagem das paredes com pontos de escoramentos.................................................31
Figura 11 – Colocação de reforços estruturais.................................................................................32
Figura 12 – Concretagem das paredes.................................................................................................33
Figura 13 – Módulos de PVC.................................................................................................................34
Figura 14 – Módulos instalados e encaixados já com as barras de aço passado em seu
interior.................................................................................................................................................35
Figura 15 – Montagem das paredes com as placas de PVC..................................................................35
Figura 16 – Cobertura de estrutura metálica.......................................................................................36
Figura 17 – Cobertura finalizada...........................................................................................................36
Figura 18 – Fluxograma das etapas da orçamentação..........................................................................44
Figura 19 – Terreno.........................................................................................................................50
Figura 20 – Marcação da obra.........................................................................................................51
Figura 21 – Ferragem armada..........................................................................................................51
Figura 22 – Radier concretado.........................................................................................................52
Figura 23 – Base para as paredes de PVC.........................................................................................52
Figura 24 – Postes metálicos...........................................................................................................53
Figura 25 – Travamento da estrutura..............................................................................................53
Figura 26 – Barras de metalão.........................................................................................................54
Figura 27 – Montagem dos perfis de PVC........................................................................................54
Figura 28 – Esquadrias.....................................................................................................................55
Figura 29 – Finalização montagem dos perfis..................................................................................55
Figura 30 – Estrutura metálica na cobertura........................................................................................56
Figura 31 – Terças metálicas............................................................................................................56
Figura 32 – Telhas metálicas............................................................................................................57
Figura 33 –Radier armado...............................................................................................................59
Figura 34 – Radier concretado.........................................................................................................60
Figura 35 – Paredes em alvenaria....................................................................................................60
Figura 36 – Cobrimento..................................................................................................................... 61
Figura 37 – Cobertura sendo finalizada............................................................................................61
Figura 38 – Piso colocado................................................................................................................62
Figura 39 – Finalizando....................................................................................................................62
Figura 40 – Vestiário finalizado........................................................................................................63
Figura 41 – Planta Sistema construtivo em Alvenaria......................................................................64
Figura 42 – Planta Sistema construtivo em Madeira............................................................................67
Figura 43 – Planta Sistema construtivo em Container......................................................................70
Figura 44 – Planta Sistema construtivo em PVC...............................................................................72
Figura 45 – Gráfico do comparativo de custo dos orçamentos divididos no período de
24 meses entre os sistemas construtivos........................................................................................75
Figura 46– Gráfico do comparativo de custo dos orçamentos para uma segunda obra
no período de 4 meses entre os sistemas construtivos...................................................................76
LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Orçamento da composição primária e secundária........................................................47


Tabela 02 – Composição Aberta do BDI...........................................................................................58
Tabela 03 – Orçamento do sistema construtivo de alvenaria..........................................................65
Tabela 04 – Orçamento do sistema construtivo de madeira................................................................68
Tabela 05 – Orçamento do sistema construtivo de container..........................................................71
Tabela 06 – Orçamento do sistema construtivo de container..........................................................73
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

EPI Equipamento de Proteção Individual


NR Normas Regulamentadoras
CTPP Comissão Tripartite Paritária Permanente
EPI Equipamento de Proteção Individual
OSB Oriented Strand Board
PVC Policloreto de Vinila

PET Polietileno tereftalato

VC Cloreto de vinilia
LEED Leadership in Energy and Environmetal
Design CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
ATT Áreas de Transbordo e Triagem
RCC Resíduos de Construção Civil
ISSO Organização Internacional de Padronização,
LEED Leadership in Energy and Environmental Design
BEAM BRE Environmental Assessment Method
HQE Haute Qualité Environnementale
CASBEE Comprehensive Assessment System for Built Environment
Efficiency
GBTOOL Green Building Tool
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas;
ACQUA Alta Qualidade Ambiental
SINAP Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da
Construção Civil
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
TCPO Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos
BDI Benefícios e Despesas Indiretas
AC Administração Central
CF Custo financeiro
CC Custo de comercialização ou imprevistos
IM Impostos
LU Lucro
CD Custo Direto
PIS Programa de Integração Social
COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social
IRPJ Imposto de Renda - Pessoa Jurídica
CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
CPMF Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira
INSS Instituto Nacional do Seguro Social
RS Rio Grande do Sul
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................................................16
2. ASPECTOS TÉCNICOS....................................................................................................................17
2.1. Canteiro de Obras.................................................................................................................17
2.1.1 Áreas operacionais do canteiro de obras......................................................................18
2.1.2 Áreas de vivência..........................................................................................................18
2.2. Sistemas Construtivos mais Usuais em Canteiro de Obras...................................................20
2.2.1. Canteiro em alvenaria de bloco estrutural...................................................................22
2.2.2. Canteiro de obras em madeira.....................................................................................23
2.2.3. Canteiro de obras com a utilização de containers locados..........................................24
2.3. PVC na Construção Civil........................................................................................................25
2.3.1. Policloreto de Vinila – (PVC).........................................................................................26
2.3.2. Processo construtivo do PVC-Concreto........................................................................29
2.4. Destinação Correta dos Resíduos Sólidos Gerados na Desocupação dos
Canteiros de Obras...........................................................................................................................37
2.4.1. Entidades certificadoras de mais importância atuantes no mercado visando a
sustentabilidade e preservação do meio ambiente......................................................................40
2.4.2..............................................................................................................................Destina
ção dos RCC..................................................................................................................41
2.4.2.1. Alvenaria, concreto, argamassas e cerâmicos...........................................................41
2.4.2.2. Madeira....................................................................................................................42
2.4.2.3. Aço............................................................................................................................42
2.4.2.4. PVC...........................................................................................................................42
2.5. Orçamentação......................................................................................................................43
2.5.1. Etapas da Orçamentação..............................................................................................43
2.5.2. Composição de Custo Indireto......................................................................................46
2.5.3. Composição do custo indireto através do cálculo do BDI.............................................48
3. METODOLOGIA.............................................................................................................................50
3.1 Sistema Proposto..................................................................................................................50
3.2 Coleta de Dados....................................................................................................................57
3.2.1. Alvenaria Estrutural......................................................................................................59
3.2.2. Madeira........................................................................................................................66
3.2.3. Container......................................................................................................................69
3.2.4. PVC...............................................................................................................................71
4. CONCLUSÃO.................................................................................................................................74
5. REFERÊNCIAS................................................................................................................................78
1. INTRODUÇÃO

A presente pesquisa propõe-se, através de estudos sobre as técnicas


construtivas mais usuais, exibir comparativos de custo na construção de
canteiros de obras, propondo o uso do PVC como alternativa para
substituição dos materiais frequentemente encontrados na construção civil,
como: alvenaria, madeira e o uso da locação de containers.
Como embasamento teórico para o estudo das técnicas construtivas, além da
bibliografia apresentada, o trabalho conta com a experiência de engenheiros e
mestres de obras consultados ao longo da coleta de dados. Já na abordagem do
estudo da orçamentação, destaca-se o autor Mattos (2006), pela estruturação de
sua obra e sua fácil compreensão, tornando se referência para este e muitos outros
trabalhos.
A metodologia aplicada nesta pesquisa se dá através do comparativo
orçamentário de um estudo de caso. Mediante o levantamento de quantidades e
custos de um canteiro de obras construído em alvenaria em um empreendimento na
cidade de Americana, SP; com os comparativos, caso este tivesse sido edificado em
madeira, através da locação de containers ou mesmo com o sistema proposto em
PVC.
Após a conclusão dos orçamentos, o trabalho de conclusão de curso
aqui apresentado, obteve dados suficientes para julgar, comparar os custos e
apresentar uma conclusão, que demonstre a viabilidade condicional do
emprego do PVC na construção de canteiro de obras, de tal maneira, assim
que finalizado a obra, o canteiro seja desmontado e transportado para outra
construção ao invés de ser demolido e descartado.

16
2. ASPECTOS TÉCNICOS

Os aspectos técnicos abordados relata o estudo realizado como parte da


fundamentação teórica mediante a necessidade exigida pelo tema abordado,
este embasamento abrange os detalhes das técnicas de orçamentação e
técnicas construtivas, de modo que conhecendo bem as particularidades
destes processos torna se possível a confecção dos orçamentos que chegue o
mais próximo da realidade executiva nos tornando aptos para realizar um
comparativo eficiente e com elevado nível de coerência.

2.1. Canteiro de Obras

O canteiro de obras é uma das primeiras tarefas a ser executada dentro


de uma obra, pois ela transparece como será a obra em termos de execução,
devida sua organização, para isso cria-se uma planta com o Layout 1 do
canteiro onde se terá uma prévia das atividades a serem executadas no
decorrer da obra, para que no futuro não haja transtornos com deslocamentos
de: carpintaria; baias de aço; almoxarifado entre outros setores existentes
dentro de um canteiro, considerando também a qualidade dos serviços a
serem executados; produção e na segurança dos trabalhadores envolvidos no
empreendimento a ser construído.
A construção do canteiro de obras deve seguir as Normas Regulamentadoras
(NR) que estabelece parâmetros com o objetivo de padronizar medidas de controle e
prevenção de segurança na construção civil.
As NR’s foram formuladas e são modificadas por uma Comissão Tripartite
Paritária Permanente (CTPP), a partir da lei N°6.514 de 1977 (Art. 157 onde relata
que é de obrigação das empresas cumprir e fazer cumprir as normas de segurança
e medicina do trabalho). Essa Comissão é formada por membros do governo,
empregadores e dos empregados.
O canteiro de obras por ser considerado como uma área fixa e temporária
onde são desenvolvidas as atividades a serem executadas na obra, podemos dividi-
la em duas partes: áreas de vivencias e áreas operacionais.
1
Layout palavra inglesa que significa projeto.
Consequentemente com as mudanças de tarefas os canteiros precisam ser
deslocados da posição inicial. Para que essas modificações cause o menor
transtorno possível, é imprescindível que esta etapa da obra seja levada muito
a sério.

2.1.1 Áreas operacionais do canteiro de obras

As áreas operacionais são distinguidas como locais de armazenamento de


materiais, portaria, escritório e almoxarifado.
A portaria deve estar localizada em um lugar amplo onde haja espaço
para o armazenamento de Equipamento de Proteção Individual (EPI), localizada
em uma área onde o responsável (no caso um porteiro) tenha controle de
quem entra e quem sai da obra, anotando os nomes dos visitantes e
distribuindo os EPI exigidos pela empresa para que circulem dentro da área de
construção.
Em relação ao escritório, é a área normalmente destinada aos: Engenheiros;
estagiários; técnicos em segurança do trabalho; mestre de obra e administrativos de
obra, geralmente em uma localização com visão aberta para a obra.
O almoxarifado deve ser separado do escritório, porém próximo a sua
localidade, situado geralmente na entrada da obra para uma fácil distribuição de
materiais. Os materiais mais brutos como aço e madeira são depositados em um
local da obra onde não atrapalhe as atividades que serão exercidas inicialmente.

2.1.2 Áreas de vivência

As áreas de vivência são destinadas aos trabalhadores, tendo como essas áreas
um refeitório, vestiário, cozinha (se houver preparo de refeições), alojamento, área
de lazer, instalações sanitárias, lavanderia e ambulatório (quando houver 50 ou mais
trabalhadores na obra), sendo impecável a higienização e limpeza dos ambientes
(NR 18. 4.).
As instalações sanitárias são reservadas para higiene corporal e
necessidades fisiológicas. Estas devem ser higienizadas constantemente, conter
portas para o resguardo dos usuários, constituídos de paredes impermeáveis
para que possa ser feito uma melhor higienização, piso antiderrapante,
afastado de locais
onde são realizadas as refeições, ser bem arejado, ter pé direito de no mínimo
2,50 metros ou de acordo com as normas exigidas do município onde se
encontra a obra e não estar acima de 150 metros dos locais de trabalho
dispondo de seguro e fácil acesso ao seu uso (NR 18.4.2.3).
Em relação ao alojamento, podem ser construídos de alvenaria, madeira ou
outro tipo de construção similar aos citados, com piso de concreto ou madeira,
proteção nos tetos contra intempéries, ventilação natural de pelo menos à 1/10 (um
décimo) de área do piso e iluminação artificial ou natural. É determinado no
alojamento o abastecimento de água potável para os trabalhadores (NR
18.4.2.10.1).
O refeitório é obrigatório em canteiros de obras, devendo ser isolado por
paredes, pisos onde possa ser lavado, cobertura com proteção as condições
climáticas, capacidade de conter todos os trabalhadores nos horários das refeições,
uma boa ventilação natural referente à 1/10 (um décimo) de área do piso, iluminação
natural ou artificial, ter mesas e assentos o suficiente para todos e ter pé direito de
no mínimo 2,80 metros ou de acordo com as exigências do município onde se situa
a obra (NR 18. 4.2.11.2.).
Se houver cozinha no canteiro de obras, as exigências são as seguintes:
ventilação natural referente à 1/10 (um décimo) de área do piso, iluminação natural
ou artificial, paredes de alvenaria, madeira ou outro material similar, piso que possa
ser lavável, teto contra incêndios, lixeiras com tampas para o deposito de lixos,
equipamentos de refrigeração para preservar os alimentos, pé direito de no mínimo
2,80 metros ou de acordo com as exigências do município local (NR 18.4.2.12.1).
No caso de haver uma lavanderia no canteiro de obras, deve estar situada em
um local aberto onde haja ventilação e uma boa iluminação, para que o trabalhador
possa lavar suas roupas (possuindo tanques coletivo ou individual), podendo
também a empresa responsável contratar serviços de terceiros para a execução
deste serviço (NR 18.4.2.13.).
A área de lazer é um ambiente destinado ao entretenimento, como: jogos de
mesas; televisão; etc, podendo esta área ser substituída também pelo refeitório (NR
18.4.2.14.1.).
Em relação ao vestiário, é obrigatória sua implantação nos canteiros de obras
para o uso dos funcionários que não residam em alojamentos dentro da obra,

19
devendo ser construídos de alvenaria, madeira ou material similar, com
proteção no teto contra as intempéries, uma boa ventilação natural referente à
1/10 (um décimo) de área do piso, iluminação natural ou artificial, armários
com travas ou cadeados de segurança, bancos com larguras mínimas de 0,30
cm (trinta centímetros) e uma boa higienização e limpeza (NR 18.4.2.9.3.).
As obras com mais 50 (cinquenta) trabalhadores passam a ser obrigatório ter
um ambulatório dentro da mesma, contendo materiais de primeiro socorro de acordo
com as atividades efetuadas na obra (NR 18.4.1.).
Existem vários tipos de material para se construir um canteiro de obras, como:
o tradicional com alvenaria; o de madeira; os containers, dentre outros. A alvenaria
ainda é o método mais utilizado atualmente, independente da característica do
material empregado seja ele bloco de concreto ou cerâmico. No entanto, apresenta
desvantagens por conta da impossibilidade de deslocamento de um lugar a outro
dentro da obra, gerando resíduos; perda de dinheiro e tempo. A madeira ainda é
muito usada, porém possui as mesmas dificuldades da alvenaria se tratando das
mudanças de área. Por outro lado, os módulos de containers por serem feitos de um
material resistente, com um tamanho ideal para seus devidos fins e de fácil remoção
de um lugar a outro, se tornou uma alternativa eficiente e muito utilizada.
Os países mais desenvolvidos já vêm usando o container em canteiros de
obras há muitos anos. Porém traz uma grande desvantagem quanto ao seu uso
devido à alta temperatura no ambiente interno, em alguns casos corrigidos com
construções de telhados e pinturas de tons claros, ou mesmo com a utilização de
aparelhos de ar condicionado. Contudo pensando na sustentabilidade é um dos
métodos menos degradante ao meio ambiente, por não gerar entulho dentro da
obra.

2.2. Sistemas Construtivos mais Usuais em Canteiro de Obras

O surgimento de várias novas tecnologias no segmento da construção


civil, tem facilitado e agilizado as construções em larga escala, tornando a
demanda cada vez maior; por consequência deste aumento, é exigido que se
construa cada vez mais e mais rápido. O mercado se mostra avido por soluções
inovadoras, que
20
diminuam consideravelmente o custo e acelerem o desenvolvimento da
infraestrutura do empreendimento, ganhando assim uma redução de tempo
considerável no prazo de execução da obra.
Para obtenção de resultados em diminuição de custo e prazo, agredindo cada
vez menos o ambiente é imprescindível o prévio estudo do sistema construtivo a ser
empregado nas edificações, que tem seu início na implantação do canteiro de obras.
Segundo dados obtidos pela construtora SEGA LTDA 2, no decorrer da construção
de seus empreendimentos, o valor gasto com implantação de um canteiro de obra
que atenda as normas nacionais vigentes, varia de 5 a 8% do custo total do
empreendimento, a depender do “pico” do efetivo de funcionários presentes durante
a execução da obra. Por apresentar um custo significativo a obra, é estreitamente
recomendável à execução de projeto para construção do canteiro de obra. O projeto
deve ser elaborado respectivamente pelos engenheiros responsáveis pela
construção do empreendimento, e se possível com a participação do
encarregado e do mestre de obra, para agregar em experiência prática e
operacional
melhorando a logística do canteiro.
Dentre os sistemas construtivos encontrados na construção de canteiros,
destaca-se a madeira, alvenaria e container metálico. É ônus da equipe técnica,
associado ao orçamentista, avaliar a relação custo-benefício do sistema
construtivo, optando pela compra, construção ou locação dos canteiros,
contabilizando o prazo de execução, as facilidades de deslocamentos, os
custos de manutenção, e a sustentabilidade.
Com o entendimento das diferentes opções de sistemas construtivos para
canteiros de obra, é possível escolher o modelo que mais se adequa ao
empreendimento, tornando-o mais funcional e com menos desperdícios e custo.

2 A Construtora Sega é uma empresa que atua com largo know-how no ramo da construção
civil dentro dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul desde 2005. Disponível em: <
http://www.construtorasega.com.br/empresa/> Acesso em mai. 2015.
2.2.1. Canteiro em alvenaria de bloco estrutural

Os canteiros de obra construídos com alvenaria de blocos estruturais


(Figura
01) são em sua grande maioria embasados por radier 3, ou seja, uma laje de
concreto armado onde às tensões existentes é distribuída de forma uniforme no
solo, sendo dispensável a construção de alicerce convencional, dando agilidade e
redução de custo a obra.
No radier são pré-estabelecidos à locação de tubulações elétricas e
hidráulicas, bem como a prévia distância do beiral, que também pode ser utilizada
como calçada ou passarela.

Figura 01 – Canteiro em alvenaria de bloco estrutural.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Neste sistema construtivo é utilizados blocos de concreto como vedação e


como elemento estrutural, sendo aplicado groutes em alturas pré-determinadas, que
são denominadas: verga (na altura do pé direito das portas e janela), e contra verga
(está localizada no peitoril das janelas).
Os pilares nem sempre são utilizados neste sistema construtivo. Quando
existe a necessidade, este pode ser concretado sem a utilização de madeira para
forma, aproveitando assim o interior oco do bloco como forma para o pilar.
3
Radier: um tipo de fundação rasa e trabalha como uma laje de concreto armado apoiada sobre o
solo. Disponível em <http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/50/radier-protendido-ou-
22
simplesmente-armado-esse-tipo-de-fundacao-262979-1.aspx>. Acesso em mai. 2015

22
Para a cobertura é utilizados estrutura metálica ou de madeira, com telhas
galvanizadas, ou de fibrocimento.

2.2.2. Canteiro de obras em madeira

O canteiro de obras construído em madeira (Figura 02) tem sua estrutura


montada sobre radier, da mesma forma como ocorre no canteiro em alvenaria. A
diferença no processo construtivo inicial é que na construção com alvenaria de
blocos estruturais, as paredes de vedação e os elementos estruturais são
dispostos após o radier pronto. No caso da madeira, sua estrutura de sustentação
das paredes (geralmente são utilizados caibros, ou vigotas), é instalada antes da
concretagem do radier, se isso não ocorrer deve-se fazer uso de chumbadores
presos ao radier por parabolts.
No mercado nacional são encontrados vários tipos de placas em madeira,
para a vedação e fabricação de paredes em canteiros de obras. Dentre elas as mais
utilizadas são: placa OSB (Oriented Strand Board4), Madeirit fenólico e Madeirit
naval.

Figura 02 – Canteiro de obras em madeira.

Fonte: Elaborado pelo autor.

4
Oriented Strand Board (OSB) em português Painel de Tiras de Madeira Orientadas.
23
As placas OSB constituem-se de um painel fabricado com tiras de madeira
de reflorestamento dispostas perpendicularmente, adicionando-se várias camadas,
o que aumenta sua resistência mecânica e rigidez. Essas tiras são unidas com
resinas aplicadas sob alta temperatura e pressão. É encontrado no mercado com
medida padrão de 2,20 x 1,10, com espessuras: de 6 mm, 10 mm, 12 mm, 14
mm, 17mm e 20 mm.
Muito comum nas construções o popular "Madeirit", segue as medidas
padrões de mercado. É totalmente produzido com madeira oriunda de
reflorestamento (Pinus5). Se fabricado com cola fenólica torna-se resistente à
umidade, aumentando sua durabilidade.
No processo de fabricação do Madeirit naval, é adicionada uma camada de
filme de “plástico” sobre as lâminas de madeira, que permitem um acabamento
sem irregularidades e, além disto, é um material resistente à água ainda melhor
que o fenólico devido à lâmina de filme aplicado sobre a capa, que também é
fabricada de madeira de reflorestamento. É encontrado em medida padrão.
Geralmente nestes sistemas é utilizado o mesmo tipo de cobertura do
canteiro de obras em alvenaria de blocos estruturais.

2.2.3. Canteiro de obras com a utilização de containers locados

O container ou construção modular (Figura 03), é um sistema


construtivo reconhecido internacionalmente, que permite criar um ambiente
planejado conforme as necessidades e demanda da obra, podendo ampliar
suas estruturas quando necessário de forma rápida e econômica.
Os módulos disponíveis no mercado são usados para inúmeras aplicações,
tais como, escritórios, escolas, cabines técnicas, comércio e canteiros de obras. Os
módulos podem ser utilizados para construções permanentes ou temporárias.
Por serem pré-fabricados, podem ser entregues e montados no local de
destino, reduzindo necessidade de mão de obra, e diminuindo distúrbio no local do
empreendimento. Além disso, constituem uma forma sustentável de se construir, em
função da possibilidade de movimentação e reutilização.

5
Pinus tem origem do latim "Pinu", é conhecido como pinheiro em português e que reúne mais de 100
espécies.
Em sua grande maioria, são feitos de aço carbono e são utilizados como
almoxarifado, porém não podem ser utilizados como espaço de vivencia ou
escritórios se não dispor de um tratamento térmico.
É mais usual empresas que façam a locação destes módulos, encontrados
nas medidas de 4 x 2,40m, 6 x 2,40m e 12 x 2,40m. Adaptados de acordo com a
necessidade do cliente e pagos mensalmente.

Figura 03 – Canteiro de obras em container.

Fonte: Elaborada pelo autor.

2.3. PVC na Construção Civil

Mais conhecido como PVC o Policloreto de Vinila é o material apropriado para


ser empregado quando se procura um composto que seja de baixa inflamabilidade,
resistente a umidade, baixo peso e que alcance longa vida. Seu uso cresce
anualmente, e a construção civil tem grande parcela neste aumento. Pela sua
elevada resistência e baixo custo, pode ser encontradas em tubos e conexões,
janelas e portas, fios e cabos, revestimentos internos, externos, pisos, forros e
muitos outros.
Atualmente um novo conceito de construir está sendo muito utilizado em
moradias econômicas e de baixo custo. Este sistema construtivo é composto de
painéis estruturais, montados com diferentes perfis modulares e vasados de
PVC,
preenchidos com concreto. A montagem deste sistema é muito rápida, eficiente e
atende as exigências do sistema de produção aplicado à construção civil, que divide
a obra em etapas através de uma linha de produção assim como nas indústrias.
Além de atender as condições de conforto térmico e acústico, dispensa o uso
de maquinários pesados, e reduz o tempo de pessoal permanente na obra,
minimizando os custos da mesma.

2.3.1. Policloreto de Vinila – (PVC)

Os produtos em PVC têm grande importância na qualidade de vida da


sociedade moderna, empregando-se em soluções com excelente relação
custo/benefício destinadas à infraestrutura e à construção civil, além de serem
utilizado em calçados, embalagens, brinquedos, laminados técnicos e outros
bens duráveis.
Segundo RODOLFO JÚNIOR (2006):

O estudo e a descoberta das resinas de PVC se iniciou em 1835, através de


Justus von Liebig que desenvolveu o monômero cloreto de vinila (VC).
Porém os primeiros registros da polimerização do cloreto de vinila e da
produção do PVC ocorreram em 1872. Onde Baumann descreveu a
transformação do monômero induzida pela luz para uma substancia sólida
branca. As propriedades desse produto, descritas por ele, coincidem com as
propriedades detalhadas para o PVC. No Brasil, em 1954 teve início à
produção comercial do PVC em uma planta construída em parceria com a
associação da B. F. Goodrich (EUA) e das Indústrias Químicas Matarazzo.
RODOLFO JÚNIOR, Antonio 2006. 448p

PVC é a sigla utilizada para designar o polímero de adição policloreto de vinila.


Este é produzido a partir da reação de polimerização de cloretos de vinila
(cloroeteno). Do mesmo modo que ocorre com outros polímeros de adição, a ligação
dupla entre os carbonos é rompida, ocasionando então a formação de ligações
simples entre as moléculas do cloreto de vinila.
Figura 04 – Molécula cloreto de vinila

Fonte: Mundo Educação.

Os polímeros mais utilizados no mundo são o PVC, o polietileno e o polietileno


tereftalato (PET) 6. A principal aplicação do PVC é em tubos para encanamento de
água e esgoto. Esse é denominado PVC rígido.
Outro tipo de PVC é o PVC flexível ou plastificado, são adicionados na
composição do PVC plastificadores, por suas folhas serem quebradiças.
Plastificadores são líquidos saturantes, que agem na matriz tridimensional da resina
plástica do PVC. Os aditivos plastificadores mais utilizados na atualidade são
Ftalatos7. Porém, com o passar do tempo, os plastificadores evaporam e o
plástico torna-se facilmente quebradiço novamente.

2.3.1.1. Uso do PVC na construção civil

Em sua generalidade as aplicações diretamente ligadas à construção civil que


enquadram: tubos, conexões, perfis, fios e cabos resultam em aproximadamente
64%8 da demanda total de PVC no Brasil. Com essas aplicações (Figura 05),
tem- se ótima elação custo-benefício do PVC, confrontando-se diretamente
com materiais concorrentes como a madeira, metais e cerâmicas, tendo
algumas vantagens em relação a esses materiais, como comportamento
antichama,

6
O PET é um tipo de resina termoplástica da família dos poliésteres, que é utilizado como fibra
sintética, como matéria-prima de embalagens, e como resina para engenharia, em combinação com a
fibra de vidro.
7 Os Ftalatos têm essa denominação por causa do ácido de onde são retirados: ácido
ftálico,
que correspondem a uma classe de compostos onde são empregados como plastificantes
na confecção de utensílios. A função do plastificante é conferir flexibilidade,
transparência e durabilidade ao material.
8
RODOLFO JÚNIOR, Antonio et. al. Tecnologia do PVC. 2. ed. São Paulo: Pro editores/Braskem.
2006. 448p
resistência ao intemperismo, isolamento térmico e acústico, facilidade de
instalação, baixa necessidade de manutenção e excelente acabamento e estética.
Por possuir átomos de cloro em sua estrutura molecular, o PVC torna-se um
polímero resistente, de baixa flamabilidade, podendo ser utilizado em diversos
seguimentos, tais como fios e cabos elétricos, eletro dutos, forros e revestimentos
residenciais.

Figura 05 – Principais aplicações do PVC no Brasil.

Fonte: Sociedade Brasileira de Química.

2.3.1.2. Residências em PVC

Sendo um sistema versátil, possibilita aplicações tanto em construções


mais simples, de baixo padrão, a exemplo de casas populares e Módulo
Sanitário unifamiliar, como em edificações mais complexas, a exemplo de
estações de tratamento de esgoto compacta galpões para uso industrial e
comercial, prédios de até cinco pavimentos e imóveis de alto padrão.
FARIA (2008), descreve que:

Este sistema foi desenvolvido no Canadá a fim de projetar e construir, de


forma industrializada, vários tipos de edificações de até cinco pavimentos.
Foram construídas em 2001, 130 unidades residenciais com a tecnologia
PVC+Concreto em um condomínio em Canoas no Rio Grande do Sul (RS)
se tratando de serem os primeiros registros dessa tecnologia construtiva no
Brasil. Entre as obras industriais, comerciais e residenciais, já foram
construídos por aqui mais de setenta mil metros quadrados com a
tecnologia (FARIA, 2008).
Este sistema construtivo é composto de painéis estruturais, montados com
diferentes perfis modulares e vasados de PVC, preenchidos com concreto. A
montagem deste sistema é muito rápida.

2.3.2. Processo construtivo do PVC-Concreto

O transporte dos painéis é feito até o local de armazenagem da obra, onde


pode ser acomodado tanto em local coberto como exposto a intempéries, portanto é
fundamental que se observe a posição em que os perfis serão organizados, para
que não venha a sofrer deformações nos mesmos. Com este propósito em mente, é
recomendado que fosse empilhada em até oito fileiras e em posições cruzadas
como mostra a Figura 06, porém sem o uso de apoios.

Figura 06 – Estocagem dos perfis de PVC.

Fonte: “Concreto – PVC” A Utilização do Sistema Royal para construção de casas.

A fundação mais utilizada neste sistema é o radier, construído da mesma


forma que no sistema de alvenaria descrito na Figura 07, através de formas para
contenção do concreto.
Antes da concretagem, todas as esperas para esgoto, entrada de água fria e
de energia são instalados.
Figura 07 – Concretagem da fundação.

Fonte: “Concreto – PVC” A Utilização do Sistema Royal para construção de casas.

Com o radier finalizado é feito a locação das paredes para colocação das
barras de aço para ancoragem, que são fixadas com epóxi em furos executados na
base, demonstrado na Figura 08.

Figura 08 – Radier gabaritado com barras de ancoragem.

Fonte: “Concreto – PVC” A Utilização do Sistema Royal para construção de casas.


Antes de iniciar a montagem das paredes, os painéis são ordenados mediante
o projeto de montagem, de forma que fique organizado na sequência em que serão
montados.
Após a distribuição dos perfis na obra, inicia se a montagem das paredes. Os
painéis começam a ser encaixado perfeitamente “macho na fêmea” como mostra a
Figura 09.

Figura 09 – Sistemas de encaixe dos módulos.

Fonte: “Concreto – PVC” A Utilização do Sistema Royal para construção de casas.

Durante a montagem das paredes (Figura 10), faz-se necessário o


escoramento de alguns pontos a fim de garantir a estabilidade e segurança, até a
sua completa conclusão.

Figura 10 – Montagem das paredes com pontos de escoramentos.

Fonte: Ecoplax – Fabrica de produtos em PVC e Polietileno.


É possível observar na Figura 11 as aberturas dos vãos, onde são colocados
reforços estruturais por meio de barras de aço, bem como nos encontros de paredes
e cantos da casa.

Figura 11 – Colocação de reforços estruturais.

Fonte: “Concreto – PVC” A Utilização do Sistema Royal para construção de casas.

A próxima etapa consiste em concluir as instalações elétricas, hidráulicas ou


de gás. As conexões são inseridas na parede, pela parte superior dos módulos de
PVC até o ponto de saída. Em nenhum tipo de instalação pode haver caminhos
horizontais dentro das paredes, apenhas verticais.
Com as instalações concluídas, se inicia a concretagem (Figura 12),
podendo ele ser feita convencionalmente, com concreto produzido em obra
ou usinado e
depois bombeado. Em ambos os métodos, a concretagem tem que ser distribuída
uniformemente e distribuída uniformemente sobre a extensão das paredes, de
maneira que cubra todos os espaços vazios dentro dos módulos. Não se deve
vibrar, porém de posse de um bastão comprido, um operador pode forçar a
dissipação das bolhas de ar.

Figura 12 – Concretagem das paredes.

Fonte: “Concreto – PVC” A Utilização do Sistema Royal para construção de casas.

A colocação de esquadrias e telhados são idênticas e também utilizadas em


alvenaria.
A estrutura da cobertura pode ser metálica ou em madeira e as telhas a
gosto. Quando muitas unidades são construídas simultaneamente ou em sequência,
são montados quites para facilitar a instalação do telhado.
O sistema de PVC concreto possui inúmeras vantagens, e todas elas
convergem em benefício no custo final da obra. Segundo o Fórum da
Construção9, se comparado com o sistema convencional teremos: uma
redução de custo com mão de obra de 70%, redução no desperdício de
material em aproximadamente 90%, economia de energia elétrica de até 73%

e no consumo de água em 75%.


9
Disponível em < http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=43&Cod=1274>. Acesso
em maio 2015.
Além disto, suas formas são leves e de fácil manuseio e o ambiente de construção é
limpo.
Para o consumidor final, o benefício também vem em forma de conforto
térmico e acústico, pois é de fácil limpeza e ampliação, resistente a fungos,
bactérias e roedores e é resistente mecanicamente para fixações.
Para um melhor entendimento do sistema, montagem, módulos
comercializados e uma avaliação no resultados de uma construção em PVC, foi
realizada uma visita técnica a uma obra localizado na Estância Água da Vida na
cidade de Nova Odessa.
O sistema pôde ser observado de perto, como: os módulos (Figura 13), os
módulos instalados e encaixados já com as barras de aço passado em seu interior
(Figura 14), montagem das paredes (figura15), cobertura de estrutura metálica
(Figura 16), cobertura finalizada (Figura 17), tornando todas as dúvidas esclarecidas.

Figura 13 – Módulos de PVC.

Fonte: Elaborado pelo autor.


34
Figura 14 – Módulos instalados e encaixados já com as barras de aço passado em seu interior.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 15 – Montagem das paredes com as placas de PVC.


Figura 16 – Estrutura de madeira para cobertura.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 17 – Cobertura finalizada.


2.4. Destinação Correta dos Resíduos Sólidos Gerados na Desocupação dos
Canteiros de Obras

Ligada a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e a


mais citada hoje em dia, os aspectos ambientais da sociedade humana, a
sustentabilidade na prática significa explorar recursos naturais ou não, para
que o meio ambiente seja preservado. A princípio, pode parecer um conceito
não muito compensatório para as grandes empresas principalmente para
aquelas que exercem as atividades mais impactantes para o meio ambiente,
como a mineração e a agricultura, mesmo assim, estas empresas já provaram
do retorno positivo que a integração da sustentabilidade proporciona.
Com isso, os projetos empresariais de acatar aos critérios de
sustentabilidade, começaram a se propagar por diferentes lugares antes degradados
do mundo. Muitas comunidades que antigamente viviam sofrendo com doenças de
todos os gêneros, causadas por indústrias poluidoras acomodadas em seus
arredores viram sua qualidade de vida ser progressivamente regenerada e ampliada
ao longo do andamento desses programas sustentáveis. Do mesmo modo, áreas
que anteriormente eram apontadas simplesmente extrativistas e que estava
condenada a destruição por atividades predatórias, hoje conta com uma grande
possibilidade de se retomarem depois da adoção de projetos de investigação com
fundamentos sólidos na sustentabilidade e na viabilidade de um estudo não
predatória dos recursos disponíveis. Assim, cuidando para que a ligação das
comunidades existentes nessas regiões seja global e que elas ganhem algo com
isso.
O estudo e a obtenção de recursos com mais virtude e com a garantia de
chances de restauração das áreas deterioradas é a tecla para que a
sustentabilidade seja uma atividade bem sucedida e aposto com muito mais
periodicidade aos grandes empreendimentos.
A construção civil tem crescido gradativamente, com a valorização de seus
profissionais. Há um aumento nos ganhos e a sua expansão no mercado, isso tudo
já era de se esperar, pois com o crescimento da populacional, passa se a construir
mais casas, prédios, comercio entre outras atividades envolvendo a construção civil.

37
Para que identifique de fato que a construtora ou mesmo a obra esteja
fazendo todos os procedimentos corretos e transparentes quanto a sustentabilidade,
existe um certificado Leadership in Energy and Environmetal design (LEED)10,
diferenciando a construtora que possui o certifica, das outras que só se dizem ser
praticantes da “atividade” dentro de suas obras e que não cumprem com os
procedimentos corretos exigidos pelo selo de qualidade a que se estejam se
certificando.
Por mais que seja necessária a diminuição de resíduos gerados em obras, a
sua atividade é limitada, pois com os resíduos contaminados com impurezas do
solo, precisam de desenvolvimentos tecnológicos de custo auto, impedindo a grande
maioria das construtoras de praticar a reciclagem em suas obras. A construção civil
vem trabalhando para que não agrida mais a fundo o meio ambiente. Nas últimas
duas décadas foram criadas instituições que fiscalizam as práticas de
reutilização e reciclagem de entulhos gerado em obras, dentre essas criadas
temos o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que define um
padrão e métodos ao gerenciamento dos resíduos da construção civil,
aconselhando de forma correta as pessoas envolvidas nestas atividades e o
modo de classificação dos resíduos gerados nos canteiros, obtendo assim a
diminuição de entulhos jogados no meio ambiente de maneira irregular.
A resolução nº 307, de 05 de julho de 2002, O CONAMA, determina as
ordens, parâmetros e procedimentos para a logística dos resíduos da
construção civil, disciplinando as ações necessárias de forma a reduzir os
impactos ambientais. Mas Para que essa resolução tenha algum efeito são
adotadas algumas definições especificadas a seguir: são considerados
resíduos de construção civil toda a sobra de quando se executa uma reforma,
demolição, construção, escavação de terrenos, sendo esses materiais pedaços
de tijolos, latas de tintas, papelão de embalagens, sobras de gesso, madeira,
etc.
Os geradores destes resíduos não são apenas as construtoras, mas também
não partem somente dos setores privados, mais também dos setores públicos
responsáveis por empreendimentos ou atividades relacionadas à construção civil.
10
O LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é um sistema de certificação e
orientação ambiental de edificações.
Para que haja redução no volume de resíduos dentro das construções, os
coletores responsáveis destinam os produtos de suas recolhas para o local
adequado, emitindo relatórios e certificados da despeja dos resíduos lá depositados.
É considerado agregado reciclável todo o resíduo que obtenha forma granular
capaz de serem utilizados em outra atividade dentro da construção civil, resíduos
esses mais utilizados em obras de aterro sanitários, e infraestrutura, entre outras
áreas na construção civil.
Para que tudo ocorra de forma correta, se faz necessária a existência de um
setor de gerenciamento destes resíduos de modo a fazer que sejam cumpridas as
etapas necessárias para que haja real redução no volume de resíduos, que
reutilizem os que são gerados ou reciclem os mesmos, tarefas essas que exigem
muito planejamento, responsabilidade e recursos para serem executadas.
Algumas pessoas não sabem a diferença entre reutilização e
reciclagem, muitas são as que ao desenvolverem alguma atividade no canteiro de
obra acha que usar um bloco de concreto quebrado ao meio já é um processo de
reciclagem, mas não, reutilização é usar o material sem mudar suas características
físicas. Reciclagem é o inverso quando você recicla algum material você esta
mudando as suas características físicas e também químicas.
Os chamados aterros de resíduos “classe A”, são áreas destinadas ao
confinamento dos resíduos de construção civil, locais estes regulamentados para
exercer tal atividade, visando à utilização futura destas matérias e também do solo a
qual esta sendo depositados para que estes resíduos não o contaminem e nem
cause mal algum a saúde publica da população e ao meio ambiente.
As áreas de transbordo e triagem (ATT) são áreas destinadas a grandes
volumes de resíduos de construção civil (RCC). Para o armazenamento temporário
destes resíduos de forma que futuramente haja uma transformação no material,
sendo armazenado de maneira a não prejudicar o meio ambiente e a saúde publica.
Para que a resolução 307 do CONAMA funcione é necessário que se
classifique os tipos de RCC gerados em obras, sendo separados em classes:
 Resíduos da “classe A” – são os resíduos considerados reutilizáveis e
recicláveis, sendo estes RCC gerados de demolições, reformas, reparos de
pavimentação, de solos originários de terraplanagem, componentes
cerâmicos,
(telhas, blocos, tijolos, peças de piso, etc.) e também de peças pré-fabricadas em
canteiros de obras.
 Resíduos da “classe B” – os resíduos da classe B são todos aqueles
reciclados para outras finalidades fora da construção civil, tais eles sendo o
papel, papelão, plástico, gesso, vidros, metais, etc.
 Resíduos da “classe C” – os resíduos da classe C são todos os resíduos
que não possuem uma linha de reciclagem, ou seja, não tem nenhuma
tecnologia para se reciclar e aplica-los novamente em qualquer tarefa que seja.
 Resíduos de “classe D” – são todos os resíduos de origem perigosa sendo
eles; tintas, solventes, ou outro tipo de material que possa contaminar o solo
materiais estes que vem de reformas de clinicas radiológicas, dentre outras setores
espalhados pelo mundo.
Os pontos finais dos RCC ainda são nos aterros ou nas ATT, após
chegarem a esses locais existe mais uma seleção do material, para que por
fim, possam ser levados a um local de mais controle e competência, ou seja,
vão a um lugar onde a gestão destes resíduos são mais eficientes.

2.4.1. Entidades certificadoras de mais importância atuantes no mercado


visando a sustentabilidade e preservação do meio ambiente

Existem espalhadas pelo mundo entidades certificadoras que cuidam da parte


ambiental dentro da construção civil, essas certificações são supervisionadas por
grupos independentes de modo a garantir que as construtoras que estejam
incorporadas a essas certificações estejam de fato cumprindo com os regulamentos
e com as normas estabelecidas por tal entidade a que esteja se certificando. Uma
das certificações ambientais mais implantadas hoje nas empresas é a ISO-
14000 (Organização Internacional de Padronização), em ingles, (International
Organization for Standardization), sendo estabelecidos as diretrizes a serem
seguidas e, para cada pais cria-se um modelo de selo, sendo o mesmo
empregados de forma pontual, ou seja, segue-se uma tabela de tarefas a serem
cumpridas e, para cada tarefa realizada corretamente ganha-se uma pontuação
que, entao define-se a cor do selo que a empresa ira receber, sendo a cor
destes selos a determinação do grau
de satisfação atingido pelas construtoras com os programas implantados além da
avaliação que não possui escalada pontuação..
Os programas com mais credenciais, e de mais respeito hoje existentes
espalhados pelo mundo são:
- LEED - Leadership in Energy and Environmental Design – Estados
Unidos;
- BEEAM – BRE Environmental Assessment Method – Inglaterra;
- HQE – Haute Qualité Environnementale – França;
- CASBEE – Comprehensive Assessment System for Built Environment Efficiency
Japão;
- GBTOOL - Green Building Tool – Instrumentos para Edifícios Verdes;
- Método IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas;
- ACQUA – Alta Qualidade Ambiental – Brasil / França;

2.4.2. Destinação dos RCC

Para cada variedade de resíduo há uma finalidade correta, seja material de


reutilização ou de reciclagem. Aterros que suportam os RCC de classe A abrangem
a regeneração de áreas degradadas pela movimentação de mineração e atividades
de regularização topográfica de terrenos, pelo meio de obras de engenharia com
tendência de receber resíduos definida por projeto exclusivo.
Para estes, faz se necessário uma identificação do licenciamento ambiental
específico que libere os empreendimentos para o armazenamento e o recebimento
final de solos. Para empreendimentos que demandam terra para mera regularização
topográfica, estudar as normas específicas da área local.
Existe uma sanção da Política Nacional de Resíduos Sólidos, para dar uma
destinação final adequada aos resíduos que deve obedecer à ordem de prioridade
no gerenciamento de resíduos estabelecida pela Lei 1.305/2010 Art 9º.

2.4.2.1. Alvenaria, concreto, argamassas e cerâmicos.

Os resíduos mais pesados podem ser utilizados novamente em obra de


reaterros, de modo simplificado, sendo reconhecidas as condições que se
necessita quanto à compactação e segurança do terreno. É possível a
reutilização de pedaços
de bloco para completar vãos na hora da realização da alvenaria de vedação. Ou
triturar os resíduos para homogeneização dos mesmos, para serem reutilizados em
enchimentos, estabilização de terrenos, sub-base e base de pavimentos, contra
pisos, drenagens, entre outros usos.
As precauções, neste caso, estão no reconhecimento do perfil de formação
dos resíduos para determinar os sistemas de reutilização ou de reciclagem. É
interessante examinar a tecnologia mais correta para satisfazer o mercado
demandante e as regras definidas por normas.

2.4.2.2. Madeira

O sistema ideal é reutilizar as peças que não se tem mais utilidade para a
obra e redimensioná-las para uso diferenciado, trabalhando sempre em local
próximo da carpintaria para a organização dos estoques. Sem mais possibilidades
de reutilização no canteiro, designar para lugares que trituram esses resíduos de
madeira, modificando-os em cavacos para serem utilizados como combustível em
fornos e caldeiras ao invés de usar madeira virgem. Há também as chances de
agrupamento dos resíduos triturados, gerando um conglomerado para a
melhoria energética da biomassa para uma melhor queima em fornos e
caldeiras.

2.4.2.3. Aço

São destinados a cooperativas apropriadas ou a empreendimentos que


comercializam sucatas metálicas e aço, com o seu destino final nas indústrias
siderúrgicas.
O sistema em canteiro de obras envolve o despejo de embalagens metálicas,
sejam elas de tintas, solventes, e até mesmo de material como containers que já
estão em estados críticos, dentre outras, para o aproveitamento máximo do material.

2.4.2.4. PVC

O resíduo em PVC tem tido um aumento significativo em aterros


sanitários. Outro aspecto importante é o tempo de decomposição desse
material, segundo o
42
site do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) os plásticos podem levar de 200 a 600 anos para se decompuser na
natureza completamente.
Uma das formas de não destinar este tipo de resíduo para os aterros é a
incineração, um processo de queima do PVC ate restar apenas cinzas, que leva a
formação de novos clorados, como as dioxinas que são altamente toxicas,
conclusão: a incineração não resolve o problema do descarte.
A melhor opção para evitar que o resíduo chegue ao aterro é a reciclagem do
PVC, ótima maneira de reduzir a utilização dos recursos naturais.

2.5. Orçamentação

Uma nova realidade vem ganhando cada vez mais espaço dentro da
construção civil. Isto é bastante notório quando nos deparamos com
cronogramas cada vez mais apertados que requer maiores preocupações e
exigências com a qualidade, e não menos importante, o planejamento e
controle do custo.
A preocupação com o custo de um empreendimento inicia-se bem cedo,
antes do prefácio da obra, e só começa a tomar forma à medida que se tem
certeza do que vai ser construído, através de documentos como projetos e
memoriais descritivos; até que se tenham condições de desenvolver um
orçamento.
Com isso o orçamento é basicamente a ferramenta que irá estimar os
custos de uma obra, porém ele é apenas o produto de uma fase onde ocorre a
identificação, descrição, quantificação e análise de uma série de itens
previstos durante a construção. O processo que dá vida ao orçamento ganha o
nome de orçamentação.

2.5.1. Etapas da Orçamentação

Quanto maior o grau de detalhamento que o orçamentista buscar usar em


suas composições, maior será a precisão com que chegará com seu orçamento do
custo real da obra. Portanto, é de extrema relevância que a orçamentação seja bem
estruturada, para tanto, é dividida em etapas, observadas na Figura 18.
43
Figura 18 – Fluxograma das etapas da orçamentação.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Em primeiro lugar é definido, junto ao proprietário, o que exatamente será


construído; com os documentos em mãos, como: projetos, memoriais descritivos
entre outros, realiza-se uma visita ao local onde será executada a obra, a fim de que
todas as dúvidas sejam sanadas. A partir de então, inicia-se o levantamento
44
quantitativo dos serviços, empreitas e materiais, que serão posteriormente somados
aos custos indiretos, impostos e lucro do empreendimento, tem se então, o preço
final de venda.
Segundo Mattos (2006, p. 26) “a orçamentação esquematicamente, engloba
três grandes etapas de trabalho: estudo das condicionantes (condições de
contorno), composição de custos e determinação de preço”.
A fase de estudo e compreensão das condições de contorno, baseia-se em
um ou mais projetos, seja ele básico ou executivo.
Além dos projetos, as condicionantes englobam um edital, visitas técnicas e
um memorial descritivo. A partir daí, o orçamentista tem uma base sólida, que o
permitirá iniciar a identificação dos serviços que serão executados, na fase da
composição dos custos da orçamentação.
De volta aos projetos, Mattos descreve que:

As obras geralmente contêm uma série de plantas preparadas pelos


diversos projetistas. São projetos arquitetônicos, de cálculo estrutural,
de instalações (elétrica, hidros sanitárias, gás, incêndio), de
paisagismo, de impermeabilização, etc.[...] A depender da
complexidade da obra, as plantas baixas, cortes, vistas, perspectivas,
notas, detalhes, diagramas, tabelas e quadros, que em essência
definem o produto final a ser construído, demandam maior ou menor
análise. O entendimento do projeto depende muito da experiência do
orçamentista e de sua familiaridade com o tipo de obra. (MATTOS,
2006, p. 27)

Em paralelo com os projetos, há o desenvolvimento de um memorial


descritivo, que contém as informações qualitativas do empreendimento, tanto
relata dados da parte estrutural, quanto detalha os padrões de acabamentos
que serão empregados.
A finalidade deste documento diz respeito a uma predeterminação do produto
que o cliente vai comprar mesmo antes que ele esteja fisicamente executado,
garantindo muita das vezes o padrão de qualidade e a marca dos produtos a serem
empregados na obra, como pisos e revestimento, esquadrias, tintas, textura, metais,
louças sanitárias, etc. É de extrema importância que, se a obra possuir um memorial
descritivo, que este esteja finalizado e em posse do orçamentista na hora da
realização do orçamento.
O memorial descritivo menciona o detalhamento da execução do
empreendimento, conforme Mattos (2006, p. 28) “O edital é o documento que
rege a
licitação, no caso de a obra ser objetivo de uma concorrência. Ele traz as “regras” do
projeto. É o principal documento da fase de licitação".
Mattos (2006, p. 28) relata que conta com informações como prazo da obra,
datas-marco contratuais, penalidade por atraso no cumprimento do prazo ou bônus
por antecipação, critérios de medição, regime de preços, documentação requerida,
seguros exigidos, entre muitas outras.
Para a orçamentação, é necessário que se tenha conhecimento das
condições do local da obra.
A visita técnica, como traz menção MATTOS (2006):

[,,,] serve para tirar dúvidas, levantar dados importantes para o orçamento,
tirar fotos, avaliar o estado das vias de acesso e verificar a disponibilidade
de materiais, equipamento e mão-de-obra na região (muito importante
quando a obra não é feita em grandes centros urbanos).[...]
Alguns órgãos contratantes instituem a obrigatoriedade da visita de campo.
O construtor deve colher o visto de algum preposto do órgão, atestando que
visitou o local da obra. O levantamento de dados da visita pode ser
facilitado com a utilização de formulários. Isso evita que os profissionais
tenham preocupações diferentes na hora de registrar o que viram no local.
As empresas podem ter formulários para obras urbanas, rurais, de
edificação, de terraplenagem, etc. (MATTOS, 2006, p.28).

2.5.2. Composição de Custo Direto

Composição de custo é o nome que se atribui ao processo que identifica


e lista todos os insumos, custo unitário de cada um deles e o custo total para
se realizar determinada tarefa.
Um orçamento é composto por inúmeras tarefas chamadas de composição,
por exemplo, “Execução do Radier”. Estas tarefas, por sua vez, são compostas por
insumos, ou ainda, por composições secundárias.
No exemplo abaixo nota-se:
 Composição Primária: Execução do Radier.
 Composições Secundárias: Formas Radier, Armação Radier,
Comcretagem Radier.
 Insumos: Mão de Obra, Sarrafo de Pinus 1x4, Prego de aço 17x21, etc.
Formando as Composições Secundárias, são registrados os insumos. A
composição de custos unitários se dá por correspondência a unidade de
medida do
insumo, como no exemplo, o custo unitário da composição “Armação Radier”
(Tabela 01) é mensurada em M² e seu custo unitário por M² é R$55,32.

Tabela 01 – Orçamento da composição primária e secundária.

DESCRIÇ TIP UNIDA PREÇ COEFICIEN TOTAL S/


ÃO O DE O TE BDI
1 EXECUÇÃO DO RADIER
.
2
1.2.1 FORMAS RADIER M2 R 0, 105,84 R 85,30
$ 8 $
1
1.2.1.1 Sarrafo de Pinus 1x4" Mate M R 1, 0,5 R 0,74
rial $ 4 $
8
1.2.1.2 Prego de aço 17x21 Mate KG R 6, 0,01 R 0,07
rial $ 5 $
9
1.2.2 ARMAÇÃO RADIER M2 R 55, 105,84 R 5.855,1
$ 32 $ 2
1.2.2.1 Aço CA50 3/8 Mate BAR R 24, 0,03 R 0,72
rial RA $ 15 $
1.2.2.2 Aço CA50 3/16 Mate BAR R 16, 3,33 R 53,95
rial RA $ 20 $
1.2.2.3 Arame recozido Torcido 18 Mate KG R 6, 0,1 R 0,65
rial $ 5 $
0
1.2.3 CONCRETAGEM RADIER M3 R 46, 21,17 R 975,94
$ 10 $
1.2.3.1 Concreto Usinado 25MPA
Traço Mate M3 R$ 0,1 R 21,10
Bomeável rial 211,00 $
1.2.3.2 Bombeamento de
Concreto - Servi M3 R 25, 1 R 25,00
Bomba Estacionária ço $ 00 $
1.2.4 Mão de Obra Servi M2 R 16, 105,84 R 1.693,4
ço $ 00 $ 4
R 8.609,8
$ 0

Fonte: Elaborado pelo autor.

O custo total por sua vez, é determinado pela multiplicação do custo


unitário com a quantidade identificada deste item, por exemplo, foi mensurado
que para a realização da tarefa de Armação Radier, serão executados 105,84M²
deste item; com o custo unitário de R$55,32, o custo total correspondente é de
R$5.855,12.
Os orçamentistas podem tanto criar suas próprias composições, como pode
se utilizar de composições criadas e disponíveis no famoso SINAP (Sistema
Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), ou até mesmo outra
fonte.
O SINAP é o programa da Caixa Econômica Federal responsável pela base
técnica de engenharia (especificação de insumos, composições de serviços e
projetos referenciais) e pelo processamento de dados. Os valores unitários
fornecidos pelo SINAP são coletados pelo IBGE 11 (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), classificados por estado e mensalmente atualizados.
Qualquer pessoa pode ter acesso ao banco de dados do SINAP através
do site da Caixa Econômica, ou por intermédio de softwares de orçamento que

11
IBGE é a sigla para Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que é uma organização pública
responsável pelos dados e estatísticos brasileiros.
possuem tais informações armazenadas em um banco de dados, atualizadas
através do acesso a internet, facilitando a busca.
Outra boa referencia para obtenção de composições de custos é a tradicional
publicação “TCPO – Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos”,
publicada pela Editora PINI, que pode ser comprada de forma física ou digital.
Além de ter a liberdade de criar ou se beneficiar das composições e preços
prontos, o orçamentista tem a possibilidade de modificar os dados coletados de
acordo com sua necessidade.
É imprescindível que o profissional tenha conhecimento técnico suficiente
para criar ou modificar uma composição, e que possua conhecimento e acesso a
informações atualizadas a fim de inserir ou substituir o valor unitário de um insumo.

2.5.3. Composição do custo indireto através do cálculo do BDI

Na orçamentação, após o levantamento das quantidades e determinação dos


custos diretos, faz-se necessário acrescentar a estes custos a porcentagem
referente a custos indiretos, são eles: administração central, custo financeiro,
imprevistos e contingencias lucro e impostos. BDI, que significa em portugueses
Benefícios e Despesas Indiretas, é a taxa adicionada ao custo total ou as etapas da
obra que irá representar estas despesas.
A composição desta taxa é muito particular de cada empresa, algumas
simplesmente adotam um percentual qualquer, mas, se bem calculada, pode ser
muito útil e prevenir prejuízos ao orçamento.
Além de poder assumir um valor positivo qualquer, para o BDI não há limites,
podendo passar de 100%. O artigo 9º da lei DECRETO Nº 7.983, DE 8 DE ABRIL
DE 2013 é responsável por reger os itens a serem considerados em sua
composição.
A taxa da administração central incorporada na composição do BDI, se
refere ao rateio, ou seja, parcela, dos gastos inerentes da administração da
obra, como salários de funcionários que ocupam cargos administrativos,
custos com transportes, custos fixos da cede da administração, e muitos
outros. Este rateio é feito através da quantidade de obras que a mesma cede
administra, portanto, quanto maior o
numero de obras com o menor custo administrativo entre elas, menor será a taxa de
administração central.
O custo financeiro é pago para os encargos provenientes das compras
realizadas com pagamentos a prazo e compreende, uma parte pelo prejuízo
monetário decorrente de juros apropriado ao financiamento da obra paga pelo
construtor.
Custos de imprevistos e incontingências, ou ainda, custo de
comercialização; são títulos utilizados para descrever as despesas
decorrentes de fatos impossíveis de se prever e mensurar, como roubos,
assaltos, contrapartidas com órgãos públicos, inundações, ventos fortes ou
qualquer tipo de situação que danifique ou cause um retrabalho ou avaria a
construção tanto ao serviço executado quanto ao material empregado.
Lucro é uma parcela do benefício que a administradora recebe, como em
qualquer outra transação comercial, destinada a gratificar o custo de
oportunidade do capital aplicado, adquirido ao longo do tempo em forma de
experiência no ramo e também pela responsabilidade pela administração.
E por fim, os impostos, compreendendo os tributos federais como PIS
(Programa de Integração Socia), COFINS (Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social), IRPJ (Imposto de Renda - Pessoa Jurídica), CSLL (Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido) e CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira); e os tributos municipais como ISS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O cálculo do BDI, em porcentagem, pode ser obtido de uma forma bem
simples através da seguinte fórmula:

Onde,
AC - Adm. Central
CF – Custo
financeiro
CC – Custo de comercialização ou
imprevistos IM – Impostos
LU – Lucro
CD – Custo Direto
3. METODOLOGIA

A presente pesquisa, com o intuito de trazer uma alternativa como


método de construção de canteiro de obras, apresenta uma adaptação do
sistema concreto- PVC com estrutura metálica, de maneira que o canteiro seja
montado e desmontado, ao invés de ser construído e demolido ao fim da obra.
A metodologia utilizada para avaliar o custo e a viabilidade do sistema
proposto, consiste em primeiramente descrever o processo detalhando-o. Em
seguida, comparar os três sistemas determinados como mais utilizados na
construção de canteiro de obras, através do orçamento completo de cada um
deles, desenvolvido com base em um projeto para cada sistema que atenda a
necessidade da obra em questão.
Por ultimo, uma analise dos dados coletado por meio destes
orçamentos, analisando o investimento a curto e longo prazo.

3.1 Sistema Proposto

A montagem, assim como no canteiro construído em alvenaria, se inicia sobre


um radier. A limpeza do terreno antecede o processo (Figura 19).

Figura 19 – Terreno.

Fonte: Elaborado pelo autor.


Com o terreno limpo, é feita a marcação a obra (Figura 20), em seguida a
fundação por meio de pequenas estacas e as formas podem ser montadas.

Figura 20 – Marcação da obra.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Após as formas, a ferragem é armada e colocada entre as formas (Figura 21).

Figura 21 – Ferragem armada.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Com a ferragem no lugar, o radier é concretado (Figura 22).


Figura 22 – Radier concretado.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Sobre o piso, são chumbados perfis metálicos em forma de “U” (Figura 23),
que servirão de gabarito e base para as paredes em PVC.

Figura 23 – Base para as paredes de PVC.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Paralelo às cantoneiras, os postes metálicos são chumbados (Figura 24) por


meio de furos, buchas e parafusos sobre o piso, de acordo com o projeto.
Figura 24 – Postes metálicos.

Fonte: Elaborado pelo autor.

O travamento da estrutura é instalado sobre os postes por meio de


perfis também no formato de “U”, presos de “boca” para baixo, tornando se de
base para a instalação da estrutura da cobertura (Figura 25).

Figura 25 – Travamento da estrutura.

Fonte: Elaborado pelo autor.


Finalizando a parte estrutural, são fixados barras em metalão nas paredes em
que houver a necessidade de ser instalados encanamentos (Figura 26) como os
banheiros e refeitórios para que sejam fixados no metal e não nos perfis em PVC.

Figura 26 – Barras de metalão.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Com a estrutura toda pronta, os perfis em PVC podem ser montados por
intermédio de encaixe (Figura 27).

Figura 27 – Montagem dos perfis de PVC.

Fonte: Elaborado pelo autor.


As esquadrias são encaixadas e vedadas com auxílio de silicone (Figura 28).

Figura 28 – Esquadrias.

Fonte: Elaborado pelo autor.


.
Finalizando a montagem do PVC após a colocação das portas e janelas
(Figura 29).

Figura 29 – Finalização montagem dos perfis.

Fonte: Elaborado pelo autor.


A próxima etapa consiste na estrutura da cobertura, iniciando por meio de
tesouras metálicas que sustentaram o restante da armação (Figura 30).

Figura 30 – Estrutura metálica na cobertura.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Em seguida, terças metálicas, feitas com perfis em “U” são montadas e


servirão de sustentação para as telhas (Figura 31).

Figura 31 – Terças metálicas.

Fonte: Elaborado pelo autor.


E por fim, as telhas metálicas (Figura 32), de preferência termo acústicas e
pintadas de branco, a fim de minimizar o efeito térmico no ambiente.

Figura 32 – Telhas metálicas.

Fonte: Elaborado pelo autor.

O sistema proposto foi desenvolvido para ser desmontado após o termino da


obra, levado a outra e montado novamente. Todas as etapas da montagem foram
projetadas para ser de fácil montagem e desmontagem, evitando que as peças
sejam danificadas e tenham que ser descartadas.

3.2 Coleta de Dados

Como o objetivo é comparar o custo do sistema proposto, com os sistemas


construtivos mais usuais para canteiro de obras, foram determinados três diferentes
métodos construtivos utilizados em canteiros, são eles: alvenaria estrutural, madeira
e locação de containers.
A ferramenta empregada para o comparativo é o orçamento, que é o
método mais utilizado para o cálculo aproximado do custo de uma obra,
serviço ou investimento.
Todas as composições utilizadas nos orçamentos foram criadas pelos
integrantes do grupo.
Todos os valores praticados estão atualizados e foram coletados no mesmo
período.
A porcentagem do BDI é a mesma praticada pela Construtora SEGA,
num total de 20 %. Na Tabela 02 segue a composição praticada em detalhes.

Tabela 02 – Composição Aberta do BDI.

Administração Central 10%


Despesas financeiras 1,52%
Garantia ou Risco 1,18%
Impostos e Taxas: COFINS 3,00%;
ISS 3,62%; PIS 0,65% (excluídos 7,27
IRPJ e CSLL) %
TOTAL ACUMULADO 20%
Fonte: Elaborado pelo autor.

Com o propósito de tornar o estudo o mais próximo da realidade, foi


selecionado um canteiro de obras construído em alvenaria estrutural em um
empreendimento ainda em construção.
O Vila Branca Empreendimentos Imobiliários SPE Ltda., situado na Rua
Sumaré, 92, no Parque Universitário em Americana, SP; administrado pela
Construtora Sega Ltda., situada na Avenida de Cillo, 3944, no Parque Universitário
em Americana, SP; é o referido residencial que será mencionado no estudo de caso.
Há uma Declaração conforme é possível verificar no ANEXO A, assinada pelo diretor
da construtora e responsável legal pelo empreendimento, Marcel Orlandini Sega,
que permite o uso dos dados do empreendimento na descrição e divulgação da
pesquisa.
O comparativo consiste no confronto do custo empregado na construção do
canteiro do estudo de caso (em alvenaria estrutural), com a estimativa de custo para
construir o mesmo canteiro, atendendo da mesma maneira a necessidade da obra,
em madeira, na locação de containers e na montagem do método proposto. Não
visando apenas à edificação, mas também a estimativa destes custos em longo
prazo, considerando as manutenções que certamente ocorrerão.
3.2.1. Alvenaria Estrutural

O canteiro de obras foi construído no empreendimento no início do ano de


2014, atende as normas (NR 18) para comportar um efetivo máximo de 60
colaboradores, e não possui acabamentos sofisticados, apenas o necessário para
um conforto mínimo no ambiente de trabalho mostrado nas Figuras 33, 34, 35, 36,
37, 38, 39 e 40.
Figura 33 –Radier armado e pronto para concretagem.

Fonte: Elaborado pelo autor.


Figura 34 – Radier sendo concretado.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 35 – Paredes em alvenaria.

Fonte: Elaborado pelo autor.


Figura 36 – Cobrimento.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 37 – Cobertura sendo finalizada.

Fonte: Elaborado pelo autor.


Figura 38 – Instalação elétrica.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Figura 39 – Finalizando.

Fonte: Elaborado pelo autor.


Figura 40 – Vestiário finalizado.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Edificado em alvenaria estrutural, sobre uma radier, a construção possui


105,84m² conforme Figura 41.
Os valores praticados no orçamento (Tabela 03) não são os que foram pagos
na construção do canteiro. Os preços unitários dos insumos estão atualizados da
mesma maneira que todos os outros orçamentos.
Figura 41 – Planta Sistema construtivo em Alvenaria.

Fonte: Elaborado pelo autor.


Tabela 03 – Orçamento do sistema construtivo de alvenaria.

ORÇAMENTO CANTEIRO DE OBRA DE 105,84M² EM ALVENARIA


DESCRIÇÃO TIPO UNID PREÇO COEFICIE TOTAL TOTAL
ADE NTE S/ BDI C/ BDI

1 OBRA
1.1 ACERTO DO TERRENO - ESCAVAÇÃO E/OU ATERRO R 7.800,8 R 9.361,0
$ 3 $ 0
1.1.1 ACERTO DE TERRENO M2 R 73, 105,84 R 7.800,8 R 9.361,0
$ 70 00 $ 3 $ 0
1.1.1.1 Serviço de Retroescavadeira Servi H R 90, 0,3530 R 31,77 R 38,12
ço $ 00 $ $
1.1.1.2 Serviço de Rolo Compactador Servi H R 90, 0,3676 R 33,08 R 39,70
ço $ 00 $ $
1.1.1.3 Transporte de terra Servi VG R 150, 0,0590 R 8,85 R 10,62
ço $ 00 $ $
1.2 EXECUÇÃO DO RADIER R 8.609,8 R 10.331,
$ 0 $ 75
1.2.1 FORMAS RADIER M2 R 0, 105,84 R 85,30 R 102,36
$ 8 00 $ $
1
1.2.1.1 Sarrafo de Pinus 1x4" Mate M R 1, 0,5000 R 0,74 R 0,89
rial $ 4 $ $
8
1.2.1.2 Prego de aço 17x21 Mate KG R 6, 0,0100 R 0,07 R 0,08
rial $ 5 $ $
9
1.2.2 ARMAÇÃO RADIER M2 R 55, 105,84 R 5.855,1 R 7.026,1
$ 32 00 $ 2 $ 5
1.2.2.1 Aço CA50 3/8 Mate BARRA R 24, 0,0300 R 0,72 R 0,87
rial $ 15 $ $
1.2.2.2 Aço CA50 3/16 Mate BARRA R 16, 3,3300 R 53,95 R 64,74
rial $ 20 $ $
1.2.2.3 Arame recozido Torcido 18 Mate KG R 6, 0,1000 R 0,65 R 0,78
rial $ 5 $ $
0
1.2.3 CONCRETAGEM RADIER M3 R 46, 21,170 R 975,94 R 1.171,1
$ 10 0 $ $ 2
1.2.3.1 Concreto Usinado 25MPA Traço Bomeável Mate M3 R 211, 0,1000 R 21,10 R 25,32
rial $ 00 $ $
1.2.3.2 Bombeamento de Concreto - Bomba
Estacionária Servi M3 R 25, 1,0000 R 25,00 R 30,00
ço $ 00 $ $
1.2.4 Mão de Obra Servi M2 R 16, 105,84 R 1.693,4 R 2.032,1
ço $ 00 00 $ 4 $ 3
1.3 EXECUÇÃO DA ALVENARIA R 13.061, R 15.673,
$ 22 $ 46
1.3.1 ASSENTAMENTO DE BLOCO M2 R 26, 216,72 R 5.722,8 R 6.867,4
$ 41 00 $ 5 $ 2
1.3.1.1 Bloco de Concreto Estrutural 4,5MPA -
14x19x29 Mate M2 R 1, 13,790 R 17,93 R 21,51
rial $ 3 0 $ $
0
1.3.1.2 Canaleta de Concreto Estrutural
4,5MPA - Mate M2 R 1, 2,8500 R 3,85 R 4,62
14x19x29 rial $ 3 $ $
5
1.3.1.3 Meio Bloco de Concreto Estrutural
4,5MPA - Mate M2 R 0, 1,4200 R 1,08 R 1,30
14x19x14 rial $ 7 $ $
6
1.3.1.4 Argamassa de Assentamento Mate M2 R 306, 0,0116 R 3,55 R 4,26
rial $ 29 $ $
1.3.2 GRAUTEAMENTO DE PILARETES E CANALETAS M3 R 452, 4,2400 R 1.920,3 R 2.304,4
$ 92 $ 6 $ 4
1.3.2.1 Aço CA50 3/16 Mate BARRA R 16, 6,1300 R 99,31 R 119,17
rial $ 20 $ $
1.3.2.2 Aço CA50 3/8 Mate BARRA R 24, 2,6000 R 62,79 R 75,35
rial $ 15 $ $
1.3.2.3 Grout Mate M3 R 290, 1,0000 R 290,82 R 348,98
rial $ 82 $ $
1.3.3 Mão de Obra Servi M2 R 25, 216,72 R 5.418,0 R 6.501,6
ço $ 00 00 $ 0 $ 0
1.4 COBERTURA R 4.561,9 R 5.474,2
$ 0 $ 8
1.4.1 ESTRUTURA+TELHAS M2 R 40, 113,40 R 4.561,9 R 5.474,2
$ 23 00 $ 0 $ 8
1.4.1.1 Viga Tauarí 6x12 Mate M R 9, 0,3700 R 3,47 R 4,16
rial $ 3 $ $
8
1.4.1.2 Telha ondulada Fibrocimento
366x110x0,6CM Mate M2 R 18, 0,6790 R 12,24 R 14,69
rial $ 03 $ $
1.4.1.3 Telha ondulada Fibrocimento
244x110x0,6CM Mate M2 R 18, 0,4586 R 8,27 R 9,92
rial $ 03 $ $
1.4.1.4 Conjunto para fixação de telhas Mate UN R 0, 0,4938 R 0,25 R 0,30
rial $ 5 $ $
0
1.4.1.5 Mão de Obra Servi M2 R 16, 1,0000 R 16,00 R 19,20
ço $ 00 $ $
1.5 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRAULICAS R 6.000,0 R 7.200,0
$ 0 $ 0
1.5.1 INSTALAÇÕE ELÉTRICA EXTERNA -
M.O + MATERIAL VERBA R$ 1,0000 R 2.800,0 R 3.360,0
2.800,00 $ 0 $ 0
1.5.2 INSTALAÇÕE HIDRAULICAS EXTERNA -
M.O + MATERIAL VERBA R$ 1,0000 R 3.200,0 R 3.840,0
3.200,00 $ 0 $ 0
1.6 ESQUADRIAS R 4.701,0 R 5.641,2
$ 0 $ 0
1.6.1 ALMOXARIFADO UN R$ 1,0000 R 1.042,0 R 1.250,4
1.042,00 $ 0 $ 0
1.6.1.1 Janela de correr duas folhas em
alumínio Mate UN R 250, 2,0000 R 500,00 R 600,00
150x100cm rial $ 00 $ $
1.6.1.2 Janela de correr duas folhas em
alumínio Mate UN R 192, 1,0000 R 192,00 R 230,40
100x100cm rial $ 00 $ $
1.6.1.3 Kit porta pronta de madeira 80x210cm Mate UN R 350, 1,0000 R 350,00 R 420,00
rial $ 00 $ $
1.6.2 REFEITÓRIO UN R 350, 1,0000 R 350,00 R 420,00
$ 00 $ $
1.6.2.1 Kit porta pronta de madeira 80x210cm Mate UN R 350, 1,0000 R 350,00 R 420,00
rial $ 00 $ $
1.6.3 SANITÁRIOS UN R$ 1,0000 R 1.645,0 R 1.974,0
1.645,00 $ 0 $ 0
1.6.3.1 Janela basculante em alumínio 200x80cm Mate UN R 390, 1,0000 R 390,00 R 468,00
rial $ 00 $ $
1.1.3.2 Janela basculante em alumínio 100x80cm Mate UN R 205, 1,0000 R 205,00 R 246,00
rial $ 00 $ $
1.1.3.3 Kit porta pronta de madeira 80x210cm Mate UN R 350, 3,0000 R 1.050,0 R 1.260,0
rial $ 00 $ 0 $ 0
1.6.4 ENGENHERIA UN R 734, 1,0000 R 734,00 R 880,80
$ 00 $ $
1.6.4.1 Janela de correr duas folhas em
alumínio Mate UN R 192, 2,0000 R 384,00 R 460,80
100x100 rial $ 00 $ $
cm
1.6.4.2 Kit porta pronta de madeira 80x210cm Mate UN R 350, 1,0000 R 350,00 R 420,00
rial $ 00 $ $
1.6.5 W.C. UN R 930, 1,0000 R 930,00 R 1.116,
$ 00 $ $ 00
1.6.5.1 Janela basculante em alumínio Mate UN R 115, 2,0000 R 230,00 R 276,00
60x60cm rial $ 00 $ $
1.6.5.2 Kit porta pronta de madeira 80x210cm Mate UN R 350, 2,0000 R 700,00 R 840,00
rial $ 00 $ $
1 LOUÇAS E METAIS R 1.784, R 2.141,
. $ 73 $ 68
7
1.7.1 REFEITÓRIO UN R 142, 1,0000 R 142,00 R 170,40
$ 00 $ $
1.7.1.1 Pia em aço inóx Mate UN R 79, 1,0000 R 79,00 R 94,80
rial $ 00 $ $
1.7.1.2 Torneira de parede para pia de Mate UN R 53, 1,0000 R 53,00 R 63,60
cozinha rial $ 00 $ $
1.7.1.3 Acabamento para registro Mate UN R 10, 1,0000 R 10,00 R 12,00
rial $ 00 $ $
1.7.2 SANITÁRIOS UN R$ 1,0000 R 1.001, R 1.201,
1.001,23 $ 23 $ 48
1.7.2.1 Lavatório com coluna Mate UN R 37, 1,0000 R 37,27 R 44,72
rial $ 27 $ $
1.7.2.2 Vaso sanitário com caixa acoplada Mate UN R 247, 2,0000 R 494,96 R 593,95
rial $ 48 $ $
1.7.2.3 Mictório em aço inóx 120cm Mate UN R 430, 1,0000 R 430,00 R 516,00
rial $ 00 $ $
1.7.2.4 Torneira de mesa para lavatório
bica Mate UN R 29, 1,0000 R 29,00 R 34,80
baixa rial $ 00 $ $
1.7.2.5 Acabamento para registro Mate UN R 10, 1,0000 R 10,00 R 12,00
rial $ 00 $ $
1.7.3 W.C. UN R 641, 1,0000 R 641,50 R 769,80
$ 50 $ $
1.7.3.1 Lavatório com coluna Mate UN R 39, 2,0000 R 78,54 R 94,25
rial $ 27 $ $
1.7.3.2 Vaso sanitário com caixa acoplada Mate UN R 247, 2,0000 R 494,96 R 593,95
rial $ 48 $ $
1.7.3.3 Torneira de mesa para lavatório
bica Mate UN R 29, 2,0000 R 58,00 R 69,60
baixa rial $ 00 $ $
1.7.3.4 Acabamento para registro Mate UN R 10, 1,0000 R 10,00 R 12,00
rial $ 00 $ $
R$ R$
46.519,48 55.823,37

Fonte: Elaborado pelo autor.

3.2.2. Madeira

No orçamento do sistema construtivo utilizando a madeira (Tabela 04), pode


se observar uma semelhança com o de alvenaria em relação à área dos ambientes
e área total. Porém faz se necessário considerar um custo estimado para
substituição das peças de fechamento ao longo do tempo em que a estrutura estiver
montada e sendo utilizada. No orçamento considera-se a manutenção do canteiro
para 24 meses, tempo este estimado para a finalização das atividades do canteiro
de obras do estudo de caso.
Orçado para uma edificação de 105,84m² (Figura 42). Os preços unitários dos
insumos estão atualizados.
Figura 42 – Planta Sistema construtivo em Madeira.

Fonte: Elaborado pelo autor.


Tabela 04 – Orçamento do sistema construtivo de madeira.

ORÇAMENTO CANTEIRO DE OBRA DE 105,84M² EM MADEIRA


DESCRIÇ TIPO UNID PREÇ COEFICIE TOTAL S/ TOTAL C/
ÃO ADE O NTE BDI BDI
1 OBRA
1 ACERTO DO TERRENO - ESCAVAÇÃO E/OU ATERRO R 7.800, R 9.361,0
. $ 83 $ 0
1
1.1.1 ACERTO DE TERRENO M2 R 73 105,8 R 7.800, R 9.361,0
$ ,7 400 $ 83 $ 0
0
1.1.1.1 Serviço de Retroescavadeira Servi H R 90 0,353 R 31,77 R 38,12
ço $ ,0 0 $ $
0
1.1.1.2 Serviço de Rolo Compactador Servi H R 90 0,367 R 33,08 R 39,70
ço $ ,0 6 $ $
0
1.1.1.3 Transporte de terra Servi VG R 150 0,059 R 8,85 R 10,62
ço $ ,00 0 $ $
1 EXECUÇÃO DO RADIER R 8.609, R 10.331,
. $ 80 $ 75
2
1.2.1 FORMAS RADIER M2 0 105,8 R 85,30 R 102,36
, 400 $ $
8
1
1.2.1.1 Sarrafo de Pinus 1x4" Mate M 1 0,500 R 0,74 R 0,89
rial , 0 $ $
4
8
1.2.1.2 Prego com cabeça 17x21 Mate KG 6 0,010 R 0,07 R 0,08
rial , 0 $ $
5
9
1.2.2 ARMAÇÃO RADIER M2 55,32 105,8 R 5.855, R 7.026,1
400 $ 12 $ 5
1.2.2.1 Aço CA50 3/8 Mate BAR 24,15 0,030 R 0,72 R 0,87
rial RA 0 $ $
1.2.2.2 Aço CA50 3/16 Mate BAR 16,20 3,330 R 53,95 R 64,74
rial RA 0 $ $
1.2.2.3 Arame recozido Torcido 18 Mate KG 6 0,100 R 0,65 R 0,78
rial , 0 $ $
5
0
1.2.3 CONCRETAGEM RADIER M3 46,10 21,17 R 975,94 R 1.171,1
00 $ $ 2
1.2.3.1 Concreto Usinado 25MPA Traço Bomeável Mate M3 211,0 0,100 R 21,10 R 25,32
rial 0 0 $ $
1.2.3.2 Bombeamento de Concreto - Bomba Servi M3 25,00 1,000 R 25,00 R 30,00
Estacionária ço 0 $ $
1.2.4 Mão de Obra Servi M2 16,00 105,8 R 1.693, R 2.032,1
ço 400 $ 44 $ 3
1 EXECUÇÃO DA ESTRUTURA EM MADEIRA R 9.428, R 11.313,
. $ 05 $ 67
3
1.3.1 ESTRUTURA M R$ 1,000 R 1.197, R 1.436,8
1.197,33 0 $ 33 $ 0
1.3.1.1 vigota serrada em Peroba 6x8cm Mate M R 5 105,0 R 612,15 R 734,58
rial $ , 000 $ $
8
3
1.3.1.2 Tábua serrada em Pinus 10x2,5cm Mate M R 1 300,0 R 579,00 R 694,80
rial $ , 000 $ $
9
3
1.3.1.3 Prego com cabeça 17x21 Mate KG R 6 1,000 R 6,18 R 7,42
rial $ , 0 $ $
1
8
1.3.2 FECHAMENTO M2 R 21 216,7 R 4.590, R 5.508,8
$ ,1 200 $ 72 $ 7
8
1.3.2.1 Madeirite Plastificada 220x110x1,4cm Mate M2 R 21 1,000 R 21,07 R 25,28
rial $ ,0 0 $ $
7
1.3.2.2 Prego com cabeça 15X15 Mate M2 R 8 0,013 R 0,11 R 0,14
rial $ , 8 $ $
1
7
1.3.3 Mão de Obra Servi DIA R 364 10,000 R 3.640, R 4.368,0
ço $ ,00 0 $ 00 $ 0
1 COBERTURA R 4.561, R 5.474,2
. $ 90 $ 8
4
1.4.1 ESTRUTURA+TELHAS M2 R 40 113,4 R 4.561, R 5.474,2
$ ,2 000 $ 90 $ 8
3
1.4.1.1 Viga Tauarí 6x12 Mate M R 9 0,370 R 3,47 R 4,16
rial $ , 0 $ $
3
8
1.4.1.2 Telha ondulada Fibrocimento Mate M2 R 18 0,679 R 12,24 R 14,69
366x110x0,6CM rial $ ,0 0 $ $
3
1.4.1.3 Telha ondulada Fibrocimento Mate M2 R 18 0,458 R 8,27 R 9,92
244x110x0,6CM rial $ ,0 6 $ $
3
1.4.1.4 Conjunto para fixação de telhas Mate UN R 0 0,493 R 0,25 R 0,30
rial $ , 8 $ $
5
0
1.4.1.5 Mão de Obra Servi M2 R 16 1,000 R 16,00 R 19,20
ço $ ,0 0 $ $
0
1 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRAULICAS R 6.000, R 7.200,0
. $ 00 $ 0
5
1.5.1 INSTALAÇÕE ELÉTRICA EXTERNA - M.O + MATERIAL VER R$ 1,000 R 2.800, R 3.360,0
BA 2.800,00 0 $ 00 $ 0
1.5.2 INSTALAÇÕE HIDRAULICAS EXTERNA - M.O + VER R$ 1,000 R 3.200, R 3.840,0
MATERIAL BA 3.200,00 0 $ 00 $ 0
1 ESQUADRIAS R 4.701, R 5.641,2
. $ 00 $ 0
6
1.6.1 ALMOXARIFADO UN R$ 1,000 R 1.042, R 1.250,4
1.042,00 0 $ 00 $ 0
1.6.1.1 Janela de correr duas folhas em alumínio Mate UN R 250 2,000 R 500,00 R 600,00
150x100c rial $ ,00 0 $ $
1.6.1.2 Janela de correr duas folhas em alumínio Mate UN R 192 1,000 R 192,00 R 230,40
100x100c rial $ ,00 0 $ $
1.6.1.3 Kit porta pronta de madeira 80x210cm Mate UN R 350 1,000 R 350,00 R 420,00
rial $ ,00 0 $ $
1.6.2 REFEITÓRIO UN R 350 1,000 R 350,00 R 420,00
$ ,00 0 $ $
1.6.2.1 Kit porta pronta de madeira 80x210cm Mate UN R 350 1,000 R 350,00 R 420,00
rial $ ,00 0 $ $
1.6.3 SANITÁRIOS UN R$ 1,000 R 1.645, R 1.974,0
1.645,00 0 $ 00 $ 0
1.6.3.1 Janela basculante em alumínio 200x80cm Mate UN R 390 1,000 R 390,00 R 468,00
rial $ ,00 0 $ $
1.1.3.2 Janela basculante em alumínio 100x80cm Mate UN R 205 1,000 R 205,00 R 246,00
rial $ ,00 0 $ $
1.1.3.3 Kit porta pronta de madeira 80x210cm Mate UN R 350 3,000 R 1.050, R 1.260,0
rial $ ,00 0 $ 00 $ 0
1.6.4 ENGENHERIA UN R 734 1,000 R 734,00 R 880,80
$ ,00 0 $ $
1.6.4.1 Janela de correr duas folhas em alumínio Mate UN R 192 2,000 R 384,00 R 460,80
100x100c rial $ ,00 0 $ $
1.6.4.2 Kit porta pronta de madeira 80x210cm Mate UN R 350 1,000 R 350,00 R 420,00
rial $ ,00 0 $ $
1.6.5 W.C. UN R 930 1,000 R 930,00 R 1.116,0
$ ,00 0 $ $ 0
1.6.5.1 Janela basculante em alumínio 60x60cm Mate UN R 115 2,000 R 230,00 R 276,00
rial $ ,00 0 $ $
1.6.5.2 Kit porta pronta de madeira 80x210cm Mate UN R 350 2,000 R 700,00 R 840,00
rial $ ,00 0 $ $
1 LOUÇAS E METAIS R 1.784, R 2.141,6
. $ 73 $ 8
7
1.7.1 REFEITÓRIO UN R 142 1,000 R 142,00 R 170,40
$ ,00 0 $ $
1.7.1.1 Pia em aço inóx Mate UN R 79 1,000 R 79,00 R 94,80
rial $ ,0 0 $ $
0
1.7.1.2 Torneira de parede para pia de cozinha Mate UN R 53 1,000 R 53,00 R 63,60
rial $ ,0 0 $ $
0
1.7.1.3 Acabamento para registro Mate UN R 10 1,000 R 10,00 R 12,00
rial $ ,0 0 $ $
0
1.7.2 SANITÁRIOS UN R$ 1,000 R 1.001, R 1.201,4
1.001,23 0 $ 23 $ 8
1.7.2.1 Lavatório com coluna Mate UN R 37 1,000 R 37,27 R 44,72
rial $ ,2 0 $ $
7
1.7.2.2 Vaso sanitário com caixa acoplada Mate UN R 247 2,000 R 494,96 R 593,95
rial $ ,48 0 $ $
1.7.2.3 Mictório em aço inóx 120cm Mate UN R 430 1,000 R 430,00 R 516,00
rial $ ,00 0 $ $
1.7.2.4 Torneira de mesa para lavatório bica baixa Mate UN R 29 1,000 R 29,00 R 34,80
rial $ ,0 0 $ $
0
1.7.2.5 Acabamento para registro Mate UN R 10 1,000 R 10,00 R 12,00
rial $ ,0 0 $ $
0
1.7.3 W.C. UN R 641 1,000 R 641,50 R 769,80
$ ,50 0 $ $
1.7.3.1 Lavatório com coluna Mate UN R 39 2,000 R 78,54 R 94,25
rial $ ,2 0 $ $
7
1.7.3.2 Vaso sanitário com caixa acoplada Mate UN R 247 2,000 R 494,96 R 593,95
rial $ ,48 0 $ $
1.7.3.3 Torneira de mesa para lavatório bica baixa Mate UN R 29 2,000 R 58,00 R 69,60
rial $ ,0 0 $ $
0
1.7.3.4 Acabamento para registro Mate UN R 10 1,000 R 10,00 R 12,00
rial $ ,0 0 $ $
0
1 MANUTENÇÃO -TROCA DE TODO O FECHAMENTO PELO MENOS 1X R 6.677,1 R 8.012,5
. $ 5 $ 8
8
1.8.1 FECHAMENTO M R 30 216,7 R 6.677,1 R 8.012,5
2 $ ,8 200 $ 5 $ 8
1
1.8.1.1 Madeirite Plastificada 220x110x1,4cm Mate M R 21 1,000 R 21,07 R 25,28
rial 2 $ ,0 0 $ $
7
1.8.1.2 Prego com cabeça 15X15 Mate M R 5 0,013 R 0,08 R 0,10
rial 2 $ , 8 $ $
8
0
1.8.1.3 Mão de Obra Servi DI R 210 0,046 R 9,66 R 11,59
ço A $ ,00 0 $ $
R 49.563, R 59.476,
$ 47 $ 16
Fonte: Elaborado pelo autor.

3.2.3. Container

O canteiro montado através de containers locados, além de não proporcionar


um ambiente térmico agradável, é bem restrito quanto ao tamanho por meio dos
módulos. O projeto foi dimensionado em cima da necessidade da obra, com a
finalidade de atender a demanda dentro das normas.
Como mostra a Figura 43, a planta foi desenhada e os módulos
dimensionados na presença do engenheiro responsável. O conjunto de estruturas
ocupou o espaço de 120m².
Os valores das locações dos módulos, bem como as benfeitorias acrescidas
aos ambientes foram cotados com uma empresa especializada na locação deste tipo
de estrutura para diversos seguimentos (Tabela 05).
Da mesma forma que o de madeira, 24 meses é o período de permanência
considerado da estrutura na obra.
Figura 43 – Planta Sistema construtivo em Container.

Fonte: Elaborado pelo autor.


Tabela 05 – Orçamento do sistema construtivo de container.

ORÇAMENTO CANTEIRO DE OBRA DE 120M² LOCAÇÃO DE CONTAINER


DESCRIÇÃO TIPO UNIDA PREÇ COEFICIE TOTAL S/ TOTAL C/ BDI
DE O NTE BDI
1 OBRA
1.1 ACERTO DO TERRENO - ESCAVAÇÃO E/OU ATERRO R$ 8.844,48 R$

10.613,38
1.1.1 ACERTO DE TERRENO M2 73,7 120,0000 R$ 8.844,48 R$
0
10.613,38
1.1.1.1 Serviço de Retroescavadeira Servi H 90,0 0,3530 R$ R$
ço 0
31,77 38,12
1.1.1.2 Serviço de Rolo Compactador Servi H 90,0 0,3676 R$ R$
ço 0
33,08 39,70
1.1.1.3 Transporte de terra Servi VG 150, 0,0590 R$ R$
ço 00
8,85 10,62
1.2 LOCAÇÃO DOS MÓDULOS R$ R$
80.640,00
80.640,00
1.2.1 ALMOXARIFADO MÊS 840, 24,0000 R$ NÃO SE
00 20.160,00 APLICA
1.2.1.1 Módulo de Container em aço sem
revestimento - 6,00x2.40m Mate UN 280, 3,0000 R$ NÃO SE
rial 00 APLICA
840,00
1.2.2 REFEITÓRIO MÊS 560, 24,0000 R$ NÃO SE
00 13.440,00 APLICA
1.2.2.1 Módulo de Container em aço sem
revestimento - 6,00x2.40m Mate UN 280, 2,0000 R$ NÃO SE
rial 00 APLICA
560,00
1.2.3 SANITÁRIOS MÊS 650, 24,0000 R$ NÃO SE
00 15.600,00 APLICA
1.2.3.1 Módulo de Container Sanitário Coletivo em
aço - Mate UN 650, 1,0000 R$ NÃO SE
6,00x2.40m rial 00 APLICA
650,00
1.2.4 ENGENHARIA MÊS 630, 24,0000 R$ NÃO SE
00 15.120,00 APLICA
1.2.4.1 Módulo de Container em aço revestido -
6,00x2.40m Mate UN 450, 1,0000 R$ NÃO SE
rial 00 APLICA
450,00
1.2.4.2 Ar Condicionado 8.300 BTU's Mate UN 180, 1,0000 R$ NÃO SE
rial 00 APLICA
180,00
1.2.5 W.C. MÊS 450, 24,0000 R$ NÃO SE
00 10.800,00 APLICA
1.2.5.1 Módulo de Container Sanitário Coletivo em
aço - Mate UN 450, 1,0000 R$ NÃO SE
4,00x2.40m rial 00 APLICA
450,00
1.2.6 VESTIÁRIO MÊS 230, 24,0000 R$ 5.520,00 NÃO SE
00 APLICA
1.2.6.1 Módulo de Container em aço sem
revestimento - 4,00x2.40m Mate UN 230, 1,0000 R$ NÃO SE
rial 00 APLICA
230,00
1.5 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRAULICAS R$ 2.700,00 R$

3.240,00
1.5.1 INSTALAÇÕE ELÉTRICA EXTERNA - M.O + MATERIAL VERBA 1600 1,0000 R$ 1.600,00 R$
,00
1.920,00
1.5.2 INSTALAÇÕE HIDRAULICAS EXTERNA - M.O + MATERIAL VERBA 1100 1,0000 R$ 1.100,00 R$
,00
1.320,00
R$ R$ 94.493,38
92.184,48

Fonte: Elaborado pelo autor.

3.2.4. PVC

Para obter as informações necessárias para a elaboração tanto do projeto


quanto do orçamento (Tabela 06), foi necessário visitar uma empresa especializada
na construção de estruturas residenciais em concreto-PVC, a algumas de suas
obras finalizadas e outras em faze de construção.
Além disto, fez se necessário uma consulta a um técnico em estruturas
metálicas, responsável por estimar os materiais a ser usado, o custo para a estrutura
envolvendo material e mão de obra e a forma com que toda a estrutura se
comportaria.
O valor aplicado ao material de PVC independe dos módulos a ser utilizado, é
mensurado por metro quadrado e em seu custo já contempla o frete.
Todo o sistema poderá ser desmontado e utilizado em demais obras,
podendo ser adquirido até mesmo por uma empresa que faça locação do canteiro.
Conforme Figura 44 a construção considerada conta com uma área de
108,17m² e sua montagem é bastante rápida.

Figura 44 – Planta Sistema construtivo em PVC.


Fonte: Elaborado pelo autor.
Tabela 06 – Orçamento do sistema construtivo de container.
ORÇAMENTO CANTEIRO DE OBRA DE 108,17M² EM PVC
DESCRI TIP UNID PREÇ COEFICIE TOTAL S/ TOTAL C/
ÇÃO O ADE O NTE BDI BDI
1 OBRA
1 ACERTO DO TERRENO - ESCAVAÇÃO E/OU ATERRO R 7.972,56 R 9.567,0
. $ $ 7
1
1.1.1 ACERTO DE TERRENO M2 R 73, 108,170 R 7.972,56 R 9.567,0
$ 70 0 $ $ 7
1.1.1.1 Serviço de Retroescavadeira Servi H R 90, 0,3530 R 31,77 R 38,12
ço $ 00 $ $
1.1.1.2 Serviço de Rolo Compactador Servi H R 90, 0,3676 R 33,08 R 39,70
ço $ 00 $ $
1.1.1.3 Transporte de terra Servi VG R 150 0,0590 R 8,85 R 10,62
ço $ ,00 $ $
1 EXECUÇÃO DO RADIER R 8.799,52 R 10.559,
. $ $ 42
2
1.2.1 FORMAS RADIER M2 R 0,8 108,170 R 87,17 R 104,61
$ 1 0 $ $
1.2.1.1 Sarrafo de Pinus 1x4" Mate M R 1,4 0,5000 R 0,74 R 0,89
rial $ 8 $ $
1.2.1.2 Prego de aço 17x21 Mate KG R 6,5 0,0100 R 0,07 R 0,08
rial $ 9 $ $
1.2.2 ARMAÇÃO RADIER M2 R 55, 108,170 R 5.984,02 R 7.180,8
$ 32 0 $ $ 2
1.2.2.1 Aço CA50 3/8 Mate BA R 24, 0,0300 R 0,72 R 0,87
rial RR $ 15 $ $
A
1.2.2.2 Aço CA50 3/16 Mate BA R 16, 3,3300 R 53,95 R 64,74
rial RR $ 20 $ $
A
1.2.2.3 Arame recozido Torcido 18 Mate KG R 6,5 0,1000 R 0,65 R 0,78
rial $ 0 $ $
1.2.3 CONCRETAGEM RADIER M3 R 46, 21,6400 R 997,60 R 1.197,1
$ 10 $ $ 2
1.2.3.1 Concreto Usinado 25MPA Traço Bomeável Mate M3 R 211 0,1000 R 21,10 R 25,32
rial $ ,00 $ $
1.2.3.2 Bombeamento de Concreto - Bomba Estacionária Servi M3 R 25, 1,0000 R 25,00 R 30,00
ço $ 00 $ $
1.2.4 Mão de Obra Servi M2 R 16, 108,170 R 1.730,72 R 2.076,8
ço $ 00 0 $ $ 6
1 EXECUÇÃO DA ESTRUTURA E FECHAMENTO R 47.571,4 R 57.085,
. $ 0 $ 68
3
1.3.1 FECHAMENTO M2 R 133 222,320 R 29.691,2 R 35.629,
$ ,55 0 $ 8 $ 54
1.3.1.1 KIT PVC GLOBAL HOUSING Mate M2 R 127 1,0000 R 127,00 R 152,40
rial $ ,00 $ $
1.3.1.2 Mão de Obra Servi DIA R 364 0,0180 R 6,55 R 7,86
ço $ ,00 $ $
1.3.2 ESTRUTURA UN R$ 1,0000 R 17.880,1 R 21.456,
17.880,1 $ 2 $ 15
2
1.3.2.1 Postes metálicos 12x12cm Pintado Mate M R 25, 142,800 R 3.641,40 R 4.369,6
rial $ 50 0 $ $ 8
1.3.2.2 Canaletas metálicas 4" parede fina pintado Mate M R 20, 89,4000 R 1.788,00 R 2.145,6
rial $ 00 $ $ 0
1.3.2.3 Viga U metálica 5" Pintado Mate M R 22, 92,3300 R 2.093,12 R 2.511,7
rial $ 67 $ $ 5
1.3.2.4 Metalon Pintado Mate M R 4,0 89,4000 R 357,60 R 429,12
rial $ 0 $ $
1.3.2.5 Mão de Obra + Acessórios Servi UN R$ 1,0000 R 10.000,0 R 12.000,
ço 10.000,0 $ 0 $ 00
0
1 COBERTURA R 24.747,8 R 29.697,
. $ 3 $ 40
4
1.4.1 ESTRUTURA+TELHAS M2 R 182 135,630 R 24.747,8 R 29.697,
$ ,47 0 $ 3 $ 40
1.4.1.1 Tesoura metálica Pintado Mate UN R 200 0,0960 R 19,27 R 23,13
rial $ ,76 $ $
1.4.1.2 Viga U metálica 3" Enrrigecida Pintado (Terças) Mate M R 14, 0,8102 R 11,34 R 13,61
rial $ 00 $ $
1.4.1.3 Telhas metálicas composta com isopor Pintado Mate M2 R 56, 1,0000 R 56,00 R 67,20
rial $ 00 $ $
1.4.1.4 Mão de Obra + Acessórios Servi UN R 95, 1,0000 R 95,85 R 115,02
ço $ 85 $ $
1 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRAULICAS R 6.000,00 R 7.200,0
. $ $ 0
5
1.5.1 INSTALAÇÕE ELÉTRICA EXTERNA - M.O + MATERIAL VERB R$ 1,0000 R 2.800,00 R 3.360,0
A 2.800,00 $ $ 0
1.5.2 INSTALAÇÕE HIDRAULICAS EXTERNA - M.O + MATERIAL VERB R$ 1,0000 R 3.200,00 R 3.840,0
A 3.200,00 $ $ 0
1 ESQUADRIAS R 4.701,00 R 5.641,2
. $ $ 0
6
1.6.1 ALMOXARIFADO UN R$ 1,0000 R 1.042,00 R 1.250,4
1.042,00 $ $ 0
1.6.1.1 Janela de correr duas folhas em alumínio 150x100cm Mate UN R 250 2,0000 R 500,00 R 600,00
rial $ ,00 $ $
1.6.1.2 Janela de correr duas folhas em alumínio 100x100cm Mate UN R 192 1,0000 R 192,00 R 230,40
rial $ ,00 $ $
1.6.1.3 Kit porta pronta de madeira 80x210cm Mate UN R 350 1,0000 R 350,00 R 420,00
rial $ ,00 $ $
1.6.2 REFEITÓRIO UN R 350 1,0000 R 350,00 R 420,00
$ ,00 $ $
1.6.2.1 Kit porta pronta de madeira 80x210cm Mate UN R 350 1,0000 R 350,00 R 420,00
rial $ ,00 $ $
1.6.3 SANITÁRIOS UN R$ 1,0000 R 1.645,00 R 1.974,0
1.645,00 $ $ 0
1.6.3.1 Janela basculante em alumínio 200x80cm Mate UN R 390 1,0000 R 390,00 R 468,00
rial $ ,00 $ $
1.1.3.2 Janela basculante em alumínio 100x80cm Mate UN R 205 1,0000 R 205,00 R 246,00
rial $ ,00 $ $
1.1.3.3 Kit porta pronta de madeira 80x210cm Mate UN R 350 3,0000 R 1.050,00 R 1.260,0
rial $ ,00 $ $ 0
1.6.4 ENGENHERIA UN R 734 1,0000 R 734,00 R 880,80
$ ,00 $ $
1.6.4.1 Janela de correr duas folhas em alumínio 100x100cm Mate UN R 192 2,0000 R 384,00 R 460,80
rial $ ,00 $ $
1.6.4.2 Kit porta pronta de madeira 80x210cm Mate UN R 350 1,0000 R 350,00 R 420,00
rial $ ,00 $ $
1.6.5 W.C. UN R 930 1,0000 R 930,00 R 1.116,0
$ ,00 $ $ 0
1.6.5.1 Janela basculante em alumínio 60x60cm Mate UN R 115 2,0000 R 230,00 R 276,00
rial $ ,00 $ $
1.6.5.2 Kit porta pronta de madeira 80x210cm Mate UN R 350 2,0000 R 700,00 R 840,00
rial $ ,00 $ $
1 LOUÇAS E METAIS R 1.784,73 R 2.141,6
. $ $ 8
7
1.7.1 REFEITÓRIO UN R 142 1,0000 R 142,00 R 170,40
$ ,00 $ $
1.7.1.1 Pia em aço inóx Mate UN R 79, 1,0000 R 79,00 R 94,80
rial $ 00 $ $
1.7.1.2 Torneira de parede para pia de cozinha Mate UN R 53, 1,0000 R 53,00 R 63,60
rial $ 00 $ $
1.7.1.3 Acabamento para registro Mate UN R 10, 1,0000 R 10,00 R 12,00
rial $ 00 $ $
1.7.2 SANITÁRIOS UN R$ 1,0000 R 1.001,23 R 1.201,4
1.001,23 $ $ 8
1.7.2.1 Lavatório com coluna Mate UN R 37, 1,0000 R 37,27 R 44,72
rial $ 27 $ $
1.7.2.2 Vaso sanitário com caixa acoplada Mate UN R 247 2,0000 R 494,96 R 593,95
rial $ ,48 $ $
1.7.2.3 Mictório em aço inóx 120cm Mate UN R 430 1,0000 R 430,00 R 516,00
rial $ ,00 $ $
1.7.2.4 Torneira de mesa para lavatório bica baixa Mate UN R 29, 1,0000 R 29,00 R 34,80
rial $ 00 $ $
1.7.2.5 Acabamento para registro Mate UN R 10, 1,0000 R 10,00 R 12,00
rial $ 00 $ $
1.7.3 W.C. UN R 641 1,0000 R 641,50 R 769,80
$ ,50 $ $
1.7.3.1 Lavatório com coluna Mate UN R 39, 2,0000 R 78,54 R 94,25
rial $ 27 $ $
1.7.3.2 Vaso sanitário com caixa acoplada Mate UN R 247 2,0000 R 494,96 R 593,95
rial $ ,48 $ $
1.7.3.3 Torneira de mesa para lavatório bica baixa Mate UN R 29, 2,0000 R 58,00 R 69,60
rial $ 00 $ $
1.7.3.4 Acabamento para registro Mate UN R 10, 1,0000 R 10,00 R 12,00
rial $ 00 $ $
R 101.577 R$
$ ,04 121.892,45

Fonte: Elaborado pelo autor.


4. CONCLUSÃO
Analisando os orçamentos, pode se perceber uma grande discrepância
monetária entre o sistema proposto e os outros apresentados. Fica evidente que as
tarefas de “Fechamento” e de “Estrutura” são as grandes responsáveis pela
diferença.
O objetivo do trabalho, além de fazer o comparativo de custo, foi de propor um
sistema alternativo que gerasse menos resíduos oriundos da demolição do canteiro
de obras. O projeto apresentado para a estrutura em alvenaria gera 68,51m³ de
resíduos entre radier, paredes e cobertura. O sistema de madeira, julgando sua
planta e as substituições no decorrer do período de 24 meses, é capaz de ocasionar
o montante de aproximadamente 55,17m³ de resíduos sólidos. Já no sistema em
módulos de PVC, praticamente a única fonte de resíduos vem da estrutura do radier,
aproximadamente 21,17m³. Neste quesito, o sistema proposto se torna em mais
de 60% viável em relação ao de madeira e, praticamente 70% se comparado
com o de alvenaria.
A locação de container é uma excelente alternativa, capaz de reduzir a 0% a
geração de resíduos. Seu custo um pouco elevado e sua precária condição térmica
torna o sistema indesejável para vivência, sendo bastante utilizado para
armazenamento de materiais e ferramentas.
O sistema que une a estrutura metálica com o fechamento em PVC proposto
neste trabalho apresentou dado elevado no custo da estrutura, inviabilizando seu
custo a curto e médio prazo. Podemos observar melhor o desempenho dos quatro
sistemas mencionados ao longo de 24 meses, quantidade esta considerada para a
maioria dos empreendimentos da construtora mencionada no estudo de caso.
A Figura 45 representa todo o investimento para a construção e manutenção
dos canteiros de obras nos diversos sistemas construtivos. Pode se observar que no
sistema em alvenaria há um custo mediano que perdura durante os dois primeiros
meses, contemplados para sua execução, enquanto no de madeira, um custo inicial
aparentemente mais elevado, porém presente apenas no primeiro mês; a
manutenção desta estrutura foi representada semestralmente.

Figura 45 – Gráfico do comparativo de custo dos orçamentos divididos no período de 24 meses entre
os sistemas construtivos.
Fonte: Elaborado pelo autor.

Na locação de container, a representação descreve o custo total dividido em


parcelas iguais evidenciando que os pagamentos serão feitos em parcelas iguais
mensalmente.
Apesar do elevado custo apresentado na construção da estrutura, não há
mais despesas com manutenção até o findar da obra e desmontagem do canteiro.
Na Figura 45 apresentado a seguir, decorre uma situação na qual o primeiro
investimento já tenha sido feito, como na Figura 46, e uma segunda obra seja
realizada pela mesma construtora, onde os perfis em PVC serão montados
novamente e totalmente reutilizados.

Figura 46– Gráfico do comparativo de custo dos orçamentos para uma segunda obra no período de 4
meses entre os sistemas construtivos.
Fonte: Elaborado pelo autor.

Nota se que o investimento para o projeto em PVC reduziu em mais de 73%


ficando em R$32.462,62. Deste montante, R$20.126,5 é destinado para acerto do
terreno e execução do novo radier, restando R$12.336,12 para mão de obra de
montagem do sistema, e substituição de alguns módulos que danificarem no
manuseio da desmontagem, transporte ou remontagem.
Enquanto os outros métodos construtivos apresentam o mesmo investimento
para um novo empreendimento. No PVC é possível economizar passando de obra
em obra reduzindo desperdícios e produção de resíduos.
Antes os dados apresentados, conclui-se que o investimento inicial para uma
estrutura deste porte, inviabiliza seu uso ao se tratar de apenas um empreendimento
de curto ou médio prazo de execução. Porém, na situação de uma construtora que
edifica empreendimentos constantemente, ou até para uma empresa que esteja
disposta a investir e utilizar o sistema para locar para as obras, este pode ser um
negócio viável e lucrativo.
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TISAKA, Maçahico - Orçamento na Construção Civil - Consultoria, Projeto e


Execução. Editora PINI, São Paulo, 2006.
TCC 2/2 - Atividade 1

Critérios Valor do critério Nota

Introdução contendo a descrição do tema, objetivos,


metodologia utilizada, justificativas e estrutura do
trabalho. Desenvolvimento geral do trabalho com
(0-4) 0
estrutura lógica e linguagem adequada no texto
apresentado. Respeita as regras ortogramaticais,
citação , formatação correta de acordo com a ABNT.

Capítulo 1 escrito com base na fundamentação


(0-4) 3
teórica pesquisada.

As referências contemplam todas as obras e autores


que foram citados no trabalho, atendendo a (0-2) 2
formatação correta de acordo com ABNT.

Nota Total (0-10) 5


ANEXO
A

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