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seria apta a produzir os efeitos que pretenderia alcançar, ou seja, evitar o desrespeito à honra,
dignidade e intimidade das crianças e adolescentes objeto da notícia59.
58
Do ponto de vista acadêmico, parte da doutrina publicista utiliza a terminologia “subprincípio da idoneidade”
para designar essa primeira parte do exame da proporcionalidade. V. sobre o ponto, NOVAIS, Jorge Reis. As
restrições aos direitos fundamentais não autorizadas pela constituição. Coimbra: Coimbra, 2003, pp. 738 e
seguintes.
59
SCHREIBER, Simone. A Publicidade Opressiva de Julgamentos Criminais. Rio de Janeiro: Renovar, 2008, p.
127: “(...) Ilmar Galvão acolheu a argüição de inconstitucionalidade do dispositivo, por entender que a medida
restritiva não se prestava ao propósito de assegurar às crianças e aos adolescentes o direito à dignidade e à não-
exploração, pois seria adotada apenas após o fato, e permitiria a vedação de veiculação de programas não
ofensivos, que não possuíssem nenhuma relação com o propósito alegado (ou seja, o Ministro fez um exame de
adequação – primeira etapa do teste de proporcionalidade – para constatar que a restrição à liberdade de
expressão não era adequada para realizar o direito contraposto) (...)”.
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ADPF 130 – DF (Distrito Federal) – Relator Ministro Carlos Britto, julgamento em 30 de abril de 2009.
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