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Trabalho Educativo em
Ambiente Não Escolar
Profª Mônica Conzatti
2014
Copyright © UNIASSELVI 2014
Elaboração:
Prof. Profª Mônica Conzatti
370.733
C882o Conzatti, Mônica
Organização do Trabalho Educativo em Ambiente
não Escolar / Mônica Constate. Indaial: Uniasselvi, 2014.
259 p.
ISBN 978-85-7830-852-0
Impresso por:
Apresentação
Caro(a) acadêmico(a)!
Acreditando que educar é amar, faço votos que seu amor pela
educação rompa as mais resistentes barreiras, em busca da promoção da
qualidade de vida e cidadania, a todos que a ela têm direito.
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES
NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS ................................ 1
VII
UNIDADE 2 – ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL ........................ 79
VIII
RESUMO DO TÓPICO 1 .................................................................................................................... 171
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 172
IX
X
UNIDADE 1
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO
ESCOLARES: TRABALHANDO OS
CONCEITOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No final de cada um deles,
você encontrará atividades que o(a) ajudarão a internalizar os conhecimentos
estudados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
A PEDAGOGIA DIFERENCIADA E A
EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
1 INTRODUÇÃO
Para iniciarmos o estudo relacionado à educação não formal, faz-se necessário
termos clareza de alguns conceitos básicos, que darão suporte a esta modalidade
educativa. Para tanto, discutiremos, neste primeiro tópico, alguns aspectos que
marcam a importância da educação não formal na atuação do pedagogo, bem como
a contribuição na fortificação das relações entre a escola e a comunidade.
3
UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
4
TÓPICO 1 | A PEDAGOGIA DIFERENCIADA E A EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
NOTA
3 A PEDAGOGIA DIFERENCIADA
Antes de abordarmos a pedagogia aplicada aos ambientes não formais,
vamos concentrar nossos estudos na pedagogia diferenciada como uma maneira
de transpormos nossa visão além dos métodos clássicos.
Para Perrenoud (2000) diferenciar (no aspecto social) significa lutar pelas
desigualdades diante do espaço escolar, objetivando elevar o nível do ensino.
Diante deste pressuposto, nós pedagogos, devemos ir muito além dos conteúdos,
valorizando as experiências vivenciadas pelos alunos, objetivando acrescentar
também estes conhecimentos, inserindo-os no currículo.
5
UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
DICAS
Dewey Finn (Jack Black) é um músico que acaba de ser demitido de sua banda. Cheio de
dívidas para pagar e sem ter o que fazer, ele aceita dar aulas como professor substituto
em uma escola particular de disciplina rígida. Logo Dewey se torna um exemplo para seus
alunos, sendo que alguns deles se juntam ao professor para montar uma banda local, sem o
conhecimento de seus pais. Assista!
6
TÓPICO 1 | A PEDAGOGIA DIFERENCIADA E A EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
O melhor a ser dito é que não se deve esperar dominar um saber para
perguntar-se o que se poderia fazer com ele! Se uma parte dos jovens
adultos oriundos da escolaridade obrigatória lê com muita dificuldade,
se alguns correm o risco de tornarem-se analfabetos funcionais, não é
apenas por não transferir um savoir-faire adquirido, é simplesmente
por não tê-lo realmente construído durante sua escolaridade.
NOTA
7
UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
Nesta época, a visão mais otimista lançada à educação não formal, estava
relacionada à educação de jovens e adultos, que além de ter um projeto voltado à
alfabetização, objetivava integrá-los ao contexto urbano-industrial.
Gohn (2011) coloca que a instauração desta nova visão foi muito além
de configurar um novo campo para esta modalidade educacional. Houve
organizações importantes posicionando-se em defesa de investimentos nesta
área, sendo estas: agências internacionais como a ONU (Organização das Nações
Unidas) e a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência
e Cultura).
9
UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
FIGURA 3 – UNESCO
Gohn (2011) destaca que as ONGs são agências que possuem know-how
em metodologias, estratégias e programas de ação, tendo se firmado ao longo
das últimas décadas como incentivadoras do trabalho voluntário, bem como
destacam-se no resgate do conhecimento, crenças e costumes das culturas locais,
adotando uma postura de valorização e não de desprezo.
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TÓPICO 1 | A PEDAGOGIA DIFERENCIADA E A EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
NOTA
Gohn (2011) coloca que ainda na década de 90, o Brasil sofreu com um
balanço na economia, provocando uma onda de desemprego motivada por
políticas globalizantes, com características excludentes que desestabilizaram o
mercado de trabalho, criando uma situação de precariedade do trabalhador em
relação a um sistema de direitos. Os trabalhadores perderam seu status, segurança
e, às vezes, a própria identidade, com o findar do sistema salarial.
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
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TÓPICO 1 | A PEDAGOGIA DIFERENCIADA E A EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
NOTA
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
Tipos de Aprendizagem
Associações democráticas para o
Escolas tradicionais
desenvolvimento
Apresentam um caráter compulsório Apresentam um caráter voluntário
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TÓPICO 1 | A PEDAGOGIA DIFERENCIADA E A EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
NOTA
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
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RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Perrenoud (2000) nos coloca ainda que a pedagogia diferenciada está relacionada
com: a didática, o questionamento sobre o sentido do trabalho escolar, a relação
com os outros saberes e a utilização dos conteúdos ministrados.
17
AUTOATIVIDADE
18
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Durante seus estudos nesta disciplina, vamos juntos caminhar pelos
espaços não escolares, seus significados e forma como o pedagogo se destaca
neles em seus formatos de atuação.
A pedagogia ensaia novos passos que vão além dos muros das escolas
direcionando o ato educativo a uma prática concreta realizada para a sociedade
como um todo, respondendo aos novos movimentos que estão sendo estabelecidos
19
UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
20
TÓPICO 2 | CONHECENDO OS ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
Gadotti (2005) aponta que a educação não formal é mais difusa, menos
hierárquica e menos burocrática, pois os programas desenvolvidos nesta
modalidade educacional não necessitam seguir um sistema sequencial e
hierárquico de progressão. Sua duração pode ser de acordo com a necessidade da
instituição que o desenvolve, podendo fornecer certificados ou não.
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TÓPICO 2 | CONHECENDO OS ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
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TÓPICO 2 | CONHECENDO OS ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
FIGURA 14 – TREINAMENTO
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
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TÓPICO 2 | CONHECENDO OS ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
Deve estar claro ao pedagogo, que há uma distinção entre ambas e que
a totalidade da educação se dá a partir da junção destas duas modalidades,
principalmente no que tange às relações (vínculos) estabelecidos durante o
processo de formação do indivíduo.
_______________________________________________________________________
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29
UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
Formal refere-se a tudo que implica uma forma, isto é, algo inteligível,
estruturado, o modo como algo se configura. Educação formal seria,
pois, aquela estruturada, organizada, planejada intencionalmente,
sistemática. Neste sentido, a educação escolar convencional é tipicamente
formal. Mas isso não significa dizer que não ocorra educação formal em
outros tipos de educação intencional. Entende-se assim, que onde haja
ensino (escolar ou não) há educação formal. Neste caso são atividades
educativas formais também a educação de adultos, a educação sindical,
a educação profissional, desde que estejam presentes a intencionalidade,
a sistematicidade e condições previamente preparadas, atributos que
caracterizam um trabalho pedagógico-didático, ainda que realizadas
fora do marco escolar propriamente dito.
30
TÓPICO 2 | CONHECENDO OS ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
Libâneo (2010) reforça esta questão quando coloca que a educação não pode
ser dissolvida nos movimentos sociais, ou seja, uma sociologização da educação,
pois tal visão provocaria um empobrecimento da Pedagogia. Em contrapartida, a
educação também não deve ser referenciada somente pela escolarização, negando
a visão contextualizada da prática educativa escolar unida a outras modalidades.
• A pedagogia passa a ter nova roupagem e sai das salas de aula auxiliando
profissionais de várias áreas, exigindo dos pedagogos maior formação e
comprometimento.
32
Educação-processo: opera com três elementos considerados essenciais: um
agente que origina a ação educativa; um modo de atuação que se constitui
de conteúdo ou método e um destinatário que corresponde a um indivíduo,
grupo ou geração.
33
AUTOATIVIDADE
34
UNIDADE 1
TÓPICO 3
A IDENTIDADE PROFISSIONAL DO
PEDAGOGO
1 INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a)! Nesta nova fase de estudos, apresentaremos
alguns conceitos pertinentes à formação de sua identidade, além da influência
que os diversos grupos que fazem parte da sua vida, contribuindo também com
a formação de sua identidade enquanto pedagogo. Além disso, abordaremos
o papel do professor na pós-modernidade e os avanços da pedagogia neste
movimento, enfocando principalmente a postura do educador.
Que tal iniciarmos os estudos de uma maneira diferente? Para isto o(a)
convidamos para um desafio: em posse de um papel e lápis, pare por um minuto e
liste todos os grupos dos quais fez ou faz parte. Dos grupos que você listou, pense
agora: qual é a principal razão de fazer parte deles? Certamente você terá mais
claro os motivos que o(a) impulsionaram a participar de alguns grupos e talvez
ficará em dúvida quanto à sua participação em outros, mas não se preocupe,
pois no decorrer desta exposição vamos procurar juntos, as respostas para estas
perguntas.
Bock (1995) salienta que essas relações sociais ocorrem num primeiro
momento na família, que é responsável por orientar a criança a fim de prepará-la
para a ampliação do círculo de relações. Ao longo da vida do indivíduo, acontecerá
a internalização da realidade e sua formação psíquica, que são construídos a
partir de suas experiências de vida em um processo contínuo.
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
FIGURA 18 – FAMÍLIA
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TÓPICO 3 | A IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PEDAGOGO
Cada grupo tem sua própria história, bem como um sistema de controle
próprio para lidar com seus membros, ou seja, quando alguns deles fogem às
regras instituídas, cabe aos demais estabelecer quais medidas serão aplicadas
a fim de controlar o comportamento dos mesmos. Para que um grupo trabalhe
em harmonia, a cooperação é um fator muito importante pois traz vitalidade à
equipe, e por isso favorece a resolução de conflitos em relação a valores e regras,
entre outros aspectos da vida grupal.
Outro movimento que integra a relação nos grupos são os conflitos, pois os
mesmos consistem em situações que perturbam a ação ou a tomada de decisões,
devido à diversidade de opiniões e crenças dos membros do grupo, porém faz-
se necessário pensar que os conflitos nos momentos de hostilidade, podem ser
caracterizados como crescimento para um grupo que saiba tirar proveito disso.
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
Bock (1995) nos chama a atenção para dois processos distintos no que
tange à socialização, são eles:
FIGURA 20 – VALORES
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TÓPICO 3 | A IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PEDAGOGO
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
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TÓPICO 3 | A IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PEDAGOGO
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
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TÓPICO 3 | A IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PEDAGOGO
Diante do exposto, este profissional deve ter clareza do seu papel, pois
sua função faz com que ele experimente constantemente novas possibilidades de
pensar, agir e compreender seu atuar na sociedade, por fazer parte da construção
da história, juntamente com vários outros atores sociais que buscam a mudança
e consequentemente a transformação do meio que os cerca em um espaço mais
humano, mediante ações competentes e participativas. Para que o pedagogo
tenha êxito nesta jornada, faz-se necessário a aquisição de alguns saberes que
fundamentem o seu fazer pedagógico. Tardif (2001) os compreende como:
FIGURA 23 – PEDAGOGO
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
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TÓPICO 3 | A IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PEDAGOGO
Assim, Rêgo (2009) nos mostra quais são as ações que devem ser adotadas
pelo professor moderno no ato do seu desenvolvimento profissional:
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
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TÓPICO 3 | A IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PEDAGOGO
FIGURA 24 – ÉTICA
Mas, afinal o que é a ética? Qual seu objeto de estudo? É possível ter um
comportamento ético? Essas questões são pertinentes de reflexão, pois referem-
se ao nosso atuar, não só em sala de aula, mas diante de várias situações. Assim,
Júnior (2009, p. 150) nos coloca que:
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
Júnior (2009) nos leva a refletir sobre uma importante questão; o profissional
que trabalha somente pelo salário é imprudente não tem consciência que sua
atuação profissional faz parte de um sistema social, pois ele é um participante
ativo na construção do bem comum, sendo de extrema importância lembrar que o
trabalho dignifica o homem não somente pelo fator econômico, e sim pelo social,
ou seja, por ser instrumento de realização da construção de uma sociedade.
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TÓPICO 3 | A IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PEDAGOGO
FIGURA 25 – SIGILO
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
5 O PROFESSOR NA PÓS-MODERNIDADE
Antes de iniciarmos este assunto, vamos resgatar a história da pós-
modernidade, para que possamos entender seus reflexos na atuação do professor.
Gonçalves (2008) nos coloca que:
Modernismo e Pós-Modernismo
Modernismo Pós-Modernismo
Cultura elevada Cotidiano banalizado
Arte Antiarte
Estetização Desestetização
Interpretação Apresentação
Obra/originalidade Processo/ pastiche
Forma/abstração Conteúdo/figuração
Hermetismo Fácil compreensão
Conhecimento superior Jogo com a arte
Oposição ao público Participação do público
Crítica cultural Comentário cômico, social
Afirmação da arte Desvalorização obra/autor
FONTE: Santos (1986, p. 41-42)
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TÓPICO 3 | A IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PEDAGOGO
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
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TÓPICO 3 | A IDENTIDADE PROFISSIONAL DO PEDAGOGO
específica. Neste caso, a visão de mundo que está por trás dessa prática pedagógica
é a mesma que apoia a prática disciplinar, ou seja, compreender o todo pela
justaposição de suas partes. Desta maneira, um tema relevante é cuidadosamente
estudado por todas as disciplinas, dentro de suas perspectivas específicas, sem
que ocorra uma articulação explícita entre elas. A articulação é deixada para ser
feita posteriormente, pelos alunos. O trabalho é conduzido sem que sejam criados
modelos mais complexos de situações específicas ligadas ao tema.
Ainda nesta linha de pensamento, Bastos apud Fourez (2001) nos apresenta
que:
[...] uma abordagem transdisciplinar ocorre quando utilizamos
noções, métodos, competências e abordagens próprios de uma
disciplina dentro da estrutura de uma outra e num contexto novo.
Nesse caso, essas abordagens ou esses conceitos são chamados de
transversais e podem ser considerados segundo duas perspectivas:
numa visão platônica, esses conceitos e essas abordagens existem
independentemente de contextos, devendo ser ensinados de forma
geral ou abstrata; numa visão construtivista, ocorre a transferência de
uma disciplina para outra, através da modelização de um núcleo, que
será transposto, e de uma adaptação posterior ao plano do contexto.
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
FIGURA 28 – MENSAGEM
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RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
55
AUTOATIVIDADE
4 Conceitue ética e exemplifique com uma ação ética que necessita fazer-se
presente na atuação do professor.
56
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Diariamente praticamos a arte do convívio. Neste momento, você deve
se perguntar, por que é utilizada a palavra arte? Pois bem, conviver com o outro
sempre foi um desafio para a humanidade, ou seja, desde o mais primórdio dos
tempos, o homem precisou relacionar-se com o outro de várias formas.
Que tal fazermos uma viagem no túnel do tempo? O destino é a sua antiga
escola. Certamente, você deve lembrar-se de alguns professores com mais carinho,
essas recordações remetem-se à maneira como eles marcaram significativamente
a sua vida, principalmente em relação ao seu aprendizado.
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
A educação tem como missão formar cidadãos. Para tornar isso possível,
é preciso cativar, envolver e motivar o aluno para que ele desenvolva o interesse
no aprender e estar em sala. Devido à aceleração com que as informações são
propagadas e as exigências curriculares, o professor preocupa-se em cumprir com
a agenda formal, muitas vezes deixando de lado ou delegando aos companheiros
esta formação.
58
TÓPICO 4 | A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES PROFESSOR E ALUNO NA CONSTRUÇÃO DOS SABERES
Porém, ser empático não cabe somente ao professor, é preciso que os dois
estejam abertos para que esta relação se construa. De acordo com Jesus (2006),
existem dois principais estilos de relação entre professores e alunos:
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
FIGURA 30 – AUTONOMIA
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TÓPICO 4 | A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES PROFESSOR E ALUNO NA CONSTRUÇÃO DOS SABERES
• Fato de passarem a impressão aos demais alunos que dispensam uma atenção
maior aos que mais simpatizam, em relação aos demais.
• Fato de oferecerem aos escolhidos afetivamente, melhores oportunidades de
aprendizado, como maior tempo para desenvolverem respostas às perguntas.
Por mais sutis que estas atitudes sejam aos olhos do professor, para os
demais alunos cuja atenção é dosada, fica evidente que existe uma diferenciação.
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
FIGURA 32 – EXPECTATIVAS
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TÓPICO 4 | A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES PROFESSOR E ALUNO NA CONSTRUÇÃO DOS SABERES
DICAS
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
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TÓPICO 4 | A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES PROFESSOR E ALUNO NA CONSTRUÇÃO DOS SABERES
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
Outro fator que deve ater nossa atenção é o ambiente educativo. Este,
necessita promover o fascínio e a inovação, oferecendo ao aluno todos os
elementos importantes para a aprendizagem, pois ao proporcionar um ambiente
harmônico, ao professor e aluno, o ensinar e o aprender evoluem mutuamente.
66
TÓPICO 4 | A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES PROFESSOR E ALUNO NA CONSTRUÇÃO DOS SABERES
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
Jesus (2006) nos coloca a importância do professor saber fazer uso das redes
eletrônicas buscando equilibrar os currículos e procedimentos metodológicos,
com os estilos de aprendizagem dos alunos, estabelecendo assim, um elo entre
o processo cognitivo e emocional, nos diferentes modos de vida dos estudantes.
68
TÓPICO 4 | A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES PROFESSOR E ALUNO NA CONSTRUÇÃO DOS SABERES
Libâneo (2001) traz a didática como uma disciplina responsável pelo estudo
do processo de ensino no seu conjunto. Ela inclui objetivos, conteúdos, métodos
e formas organizativas que se relacionam entre si de modo a criar condições que
garantam aos alunos uma aprendizagem significativa; direcionando e orientando
o professor na tarefa do ensino e da aprendizagem, fornecendo-lhe segurança
profissional.
Porém, sabemos que existem vários tipos de professores. Entre eles estão
os tradicionais, ou seja, aqueles que geralmente se satisfazem em transmitir os
conteúdos que estão nos livros didáticos, utilizando-se sempre dos mesmos
métodos, pouco se importando com as características sociais e individuais do
alunado à sua frente. As aulas, desta categoria, obedecem normalmente ao mesmo
ritmo: expor a matéria, realizar exercícios e avaliação.
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UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
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TÓPICO 4 | A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES PROFESSOR E ALUNO NA CONSTRUÇÃO DOS SABERES
Para enfatizar esse conceito, Portella (2010) nos coloca que assertividade
é a capacidade de expor de maneira objetiva, clara e direta pensamentos e
sentimentos de maneira comedida, ou seja, sem fazer uso de comportamentos
passivos, tampouco agressivos.
71
UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
• Fazer pedidos: ao solicitar alguma ajuda ou favor, o mesmo deve ser feito
de uma forma clara, direta e objetiva, sendo que justificativas e pretextos são
desnecessários.
• Solicitar mudança de comportamento: ao sugerir que uma forma de agir seja
modificada, o solicitante deve descrever o comportamento que necessita ser
suprimido e especificar a mudança desejada.
• Recusar pedidos ou dizer não: é dispensável o uso de justificativas e pretextos
para a negativa, sendo necessário que o indivíduo seja firme na resposta e que
o sentimento de culpa não o acompanhe.
• Expressar amor, agrado e afeto: demonstrar estes sentimentos de uma forma
adequada fortalece e aprofunda as relações.
• Expressar incômodo, desagrado e desgosto de modo justificado: especificar
o incômodo para o outro, procurando destacar as consequências do
comportamento de uma forma positiva, motiva a busca pela mudança.
• Fazer críticas: neste momento é importante lembrar que a crítica deve ser
dirigida ao comportamento e não à pessoa. Deve ser destacado o desagrado ao
comportamento, tendo cuidado para não expressar o que pensamos da pessoa
que o manifestou.
• Receber críticas: o desejável neste caso seria permitir à pessoa que elabora a
crítica concluir seu pensamento, deixando-a expressar o que deseja, para que
posteriormente solicitar justificativa ou mais informações sobre suas colocações.
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TÓPICO 4 | A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES PROFESSOR E ALUNO NA CONSTRUÇÃO DOS SABERES
LEITURA COMPLEMENTAR
ASSERTIVIDADE
Parece banal, mas mudar a si mesmo e melhorar sua relação com as outras
pessoas é um desafio que poucos enfrentam com sucesso. Como se tornar mais
confiante e assertivo ensina como você pode se expressar com mais eficiência e
lidar com os obstáculos de maneira direta e honesta.
73
UNIDADE 1 | A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES: TRABALHANDO OS CONCEITOS
Fácil de ler e cheio de exemplos educativos, este livro é feito sob medida
para quem está buscando reduzir a ansiedade nos relacionamentos e se tornar
uma pessoa mais confiante.
Para saber quando você NÃO é assertivo, olhe para suas atitudes e ações
e saiba que você não é assertivo quando:
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TÓPICO 4 | A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES PROFESSOR E ALUNO NA CONSTRUÇÃO DOS SABERES
Para Alberti e Emmons (2008) o treino assertivo tem como principal objetivo
mudar a forma como o indivíduo se vê a si próprio, aumentar a sua capacidade
de afirmação, permitir que este expresse de forma adequada os seus sentimentos
e pensamentos e, posteriormente, estabelecer a autoconfiança. Mais detalhados,
Hargie e Dickson (2004) elencaram várias funções do treino, entre as quais destaca-
se: (1) ajudar o indivíduo a assegurar que os seus direitos não serão violados; (2)
reconhecer os direitos dos outros; (3) comunicar a sua opinião de forma confiante;
(4) recusar pedidos irrazoáveis (5) fazer pedidos razoáveis; (6) lidar eficazmente
com recusas irrazoáveis; (7) evitar conflitos agressivos desnecessários e (8)
desenvolver e manter um sentido pessoal de eficácia.
REFERÊNCIAS:
75
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você estudou que:
• A relação que o professor estabelece com o aluno, seja adulto ou criança, influi
diretamente no sucesso ou fracasso do processo de ensino e aprendizagem.
• Para que se estabeleça uma relação sadia com toda a turma, o professor deve
manter uma postura de igualdade com todos.
76
AUTOATIVIDADE
77
78
UNIDADE 2
ASPECTOS RELEVANTES DA
EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos e em cada um deles você encon-
trará atividades que o(a) ajudarão a internalizar os conhecimentos estudados.
79
80
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico(a)! Para uma atuação eficiente em ambientes não formais, torna-
se fundamental ao pedagogo saber que se trata de movimentos diversificados e
flexíveis, ao contrário de toda rigidez metodológica encontrada nos ambientes
formais. Para tanto faz-se necessária a compreensão de um fator que move esta
modalidade: a cultura.
81
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
UNI
82
TÓPICO 1 | DIVERSIDADE CULTURAL: BASE DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
UNI
83
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
84
TÓPICO 1 | DIVERSIDADE CULTURAL: BASE DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
FIGURA 42 – GREVE
85
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
UNI
86
TÓPICO 1 | DIVERSIDADE CULTURAL: BASE DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
87
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
DICAS
88
TÓPICO 1 | DIVERSIDADE CULTURAL: BASE DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
A educação sempre foi vista como uma instituição que promove a unidade
nacional por meio da propagação de conteúdos, valores culturais e morais. O
poder público vê e deposita na educação a responsabilidade de civilizar, visando
à construção do Estado, colocando a educação como um direito.
DICAS
89
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
90
TÓPICO 1 | DIVERSIDADE CULTURAL: BASE DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
91
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
FIGURA 45 – POBREZA
92
TÓPICO 1 | DIVERSIDADE CULTURAL: BASE DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
As bases que sustentam as razões que visam ao sentido social destes eventos,
são então denominados multiculturalismo crítico ou perspectiva intercultural
crítica, que, conforme Paula (2013), buscam articular as visões folclóricas e
as discussões sobre as relações desiguais de poder entre as culturas diversas,
questionando a construção histórica dos preconceitos, das discriminações e da
hierarquização cultural.
93
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
DICAS
94
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você estudou que:
• Para Paula (2011), a pobreza humana pode ser classificada em: pobreza
intelectual e social.
95
AUTOATIVIDADE
96
UNIDADE 2 TÓPICO 2
INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS
APLICADOS À EDUCAÇÃO NÃO
FORMAL
1 INTRODUÇÃO
A educação não formal é considerada uma modalidade educacional
diferenciada, pois enfatiza aspectos importantes como a comunidade e as crenças
na qual se encontra inserida. Porém, isso não quer dizer que alguns instrumentos
pedagógicos deixem de fazer parte deste movimento educacional, muito pelo
contrário, eles contribuem consideravelmente ao processo. E sobre isto que
trataremos no presente tópico.
Antunes (2009, p. 32) enfatiza que o professor terá certeza sobre a aquisição
da aprendizagem quando:
97
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
Estas observações destacadas pelo autor não se limitam apenas aos espaços
formais, o pedagogo deve questionar-se sobre trabalhar conteúdos também
relacionados a modalidade não formal. Ao analisar que objetivos queremos
alcançar, precisamos nos remeter a responsabilidade que teremos mediante os
educandos e a sociedade, pois neste momento assumimos a postura de educador,
nos quais Almeida (2009, p. 47) nos faz refletir mediante o seguinte acróstico:
98
TÓPICO 2 | INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS APLICADOS À EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
FIGURA 47 – EDUCADOR
99
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
100
TÓPICO 2 | INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS APLICADOS À EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
Para que, de fato, isso aconteça é preciso antes de tudo, que o educando
domine os conhecimentos exigidos e compreenda os objetivos determinados pelo
professor, cabendo a ele acompanhar de perto o desenvolvimento das atividades
propostas, utilizando os erros cometidos pelos alunos para aprimorar os
conhecimentos, indicando exercícios adicionais que respeitem a realidade vivida
pelos alunos para uma melhor assimilação e sustentação da resposta correta.
101
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
102
TÓPICO 2 | INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS APLICADOS À EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
103
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
104
TÓPICO 2 | INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS APLICADOS À EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
DICAS
105
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
106
TÓPICO 2 | INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS APLICADOS À EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
DICAS
107
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
108
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você estudou:
• O quão a busca por constante atualização deve fazer parte da rotina do educador,
visando a sua qualidade profissional e como este reflete positivamente na sua
autorrealização.
109
AUTOATIVIDADE
110
UNIDADE 2
TÓPICO 3
ANDRAGOGIA E HEUTAGOGIA
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) Acadêmico(a)! Você já deve ter estudado anteriormente o
desenvolvimento infantil e seus estágios, a partir da visão de alguns importantes
estudiosos desta área. Neste tópico, você conhecerá as particularidades do
desenvolvimento adulto, como o pensamento pós-formal e o modelo Schaie, que
observa o desenvolvimento dos adultos a partir do uso do intelecto, inserido em
um contexto social.
A partir de agora, prezado(a) acadêmico(a), você inicia sua leitura por este
tópico já colocando em prática um desses conceitos. Qual deles será? Andragogia
ou heutagogia? Descubra conosco! Bons estudos!
112
TÓPICO 3 | ANDRAGOGIA E HEUTAGOGIA
Papalia (2006) coloca que o pesquisador Jan Sinnott (1984, 1998) propôs
alguns critérios para o pensamento pós-formal:
113
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
2. Estágio realizador (final da segunda década de vida ou início dos 20 até o início
dos 30 anos): os jovens adultos não adquirem mais o conhecimento por seu
próprio valor; utilizam o que sabem para perseguir objetivos, como a carreira
profissional e a família.
FIGURA 56 – JOVENS
FIGURA 57 – FAMÍLIA
114
TÓPICO 3 | ANDRAGOGIA E HEUTAGOGIA
115
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
3 PEDAGOGIA OU ANDRAGOGIA
Durante muito tempo, o ensino e a aprendizagem eram pensados como
ações inseparáveis, ou seja, para que a aprendizagem acontecesse fazia-se
necessário que houvesse ensino ou vice-versa. Essa interpretação originou-se
em função da aprendizagem ser centrada na figura do professor, que assumia
toda responsabilidade e controle por esse processo. Para muitas pessoas, esse
significado, caracterizava a pedagogia.
116
TÓPICO 3 | ANDRAGOGIA E HEUTAGOGIA
Diante deste conceito, Aquino (2007) expôs que o modelo andragógico estaria
se sustentado sob quatro proposições básicas para os aprendizes. Tais proposições
estariam ligadas ao que competem às capacidades, desejos e necessidades dos
próprios aprendizes em assumirem o rumo pela sua aprendizagem:
Pedagogia Andragogia
(aprendizagem centrada no (aprendizagem centrada no
professor) aprendiz)
Os aprendizes são independentes
Os aprendizes são dependentes.
e autodirecionados.
Os aprendizes são motivados de forma Os aprendizes são motivados de
extrínseca (recompensa, competição forma intrínseca (satisfação gerada
etc.). pelo aprendizado).
A aprendizagem é caracterizada por A aprendizagem é caracterizada por
técnicas de transmissão de conhecimento projetos inquisitivos, experimentação,
(aulas, leituras designadas). estudos independentes.
O ambiente de aprendizagem
O ambiente de aprendizagem é formal
é mais informal e caracterizado
e caracterizado pela competitividade
pela equidade, respeito mútuo e
e por julgamentos de valor.
cooperação.
O planejamento e a avaliação são A aprendizagem deve ser baseada
conduzidos pelo professor. em experiências.
A avaliação é realizada basicamente As pessoas são centradas no
por meio de métodos externos (notas, desempenho em seus processos de
testes e provas). aprendizagem.
FONTE: Adaptado de JARVIS, P. The sociology of adult and continuing education. Beckenham:
Croom Helm, 1985.
118
TÓPICO 3 | ANDRAGOGIA E HEUTAGOGIA
FIGURA 61 – ANDRAGOGIA
119
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
UNI
120
TÓPICO 3 | ANDRAGOGIA E HEUTAGOGIA
FIGURA 62 – HEUTAGOGIA
121
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
LEITURA COMPLEMENTAR
De qualquer forma, deve-se ter em mente que por mais radical que seja a
mudança, ela sempre parte de princípios conhecidos e que podem ser utilizados
como ponto inicial de aproximação.
122
TÓPICO 3 | ANDRAGOGIA E HEUTAGOGIA
123
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
124
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você estudou:
125
AUTOATIVIDADE
126
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
No que se refere ao desenvolvimento do trabalho pedagógico,
apresentaremos a você, acadêmico (a), visões educacionais que poderão levá-lo à
reflexão e à discussão. Tais correntes pedagógicas têm em comum a totalidade e a
busca da autonomia do ser humano, levando em consideração a comunidade, as
crenças e valores em que se encontra inserido.
127
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
128
TÓPICO 4 | O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO, ANDRAGÓGICO E HEUTAGÓGICO
129
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
130
TÓPICO 4 | O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO, ANDRAGÓGICO E HEUTAGÓGICO
3OTRABALHOPEDAGÓGICOAPARTIRDAVISÃOHOLÍSTICA
A visão holística de educação, em nada se remete ao que estamos
acostumados a interpretar quando nos deparamos com o termo no sentido
esotérico. Este olhar sobre o método educacional busca chamar a atenção dos
educadores para a denotação de holismo, originado do grego holos, que tem por
significado o que é inteiro, integral, totalidade, realidade, que faz referência a um
universo feito de conjuntos integrados que não pode ser reduzido a simples soma
de suas partes.
131
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
d) Vida cultural: neste âmbito, a fragmentação é percebida por uma falta de sentido
compartilhado de significado ou de mitologia. Essa falta de consenso chega a
ser latente quando procuramos abordar temas de interesse social e humano. A
visão materialista é a única que é aceita e compartilhada, dando a entender a
existência de uma realidade somente física e controlada pelo método científico.
J. Miller (1996 apud YUS, 2002) coloca que a educação holística está
centralizada nas relações:
132
TÓPICO 4 | O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO, ANDRAGÓGICO E HEUTAGÓGICO
133
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
134
TÓPICO 4 | O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO, ANDRAGÓGICO E HEUTAGÓGICO
135
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
Paz (2010) afirma que nos últimos tempos não houve destaque a uma
corrente pedagógica humanista propriamente dita, mas o humanismo através
da valorização do homem, na busca de métodos práticos e desenvolvimento do
raciocínio fez-se presente na maioria das concepções pedagógicas do século XX.
136
TÓPICO 4 | O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO, ANDRAGÓGICO E HEUTAGÓGICO
No que tange ao conteúdo a ser ensinado, Paz (2010) aponta que Rogers
propunha uma aprendizagem significativa, ou seja, que aquilo que for ensinado
torne-se relevante ao aluno, causando interesse e estando de acordo com seus
ideais e propósitos, favorecendo o crescimento da pessoa e motivando-a a
aprender.
137
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
O professor que busca fazer uma leitura da turma baseada nestes aspectos,
acaba influenciando no processo de aprendizagem do grupo. O profissional
que apresenta familiaridade com essa abordagem, ou seja, a que é centrada
no aprendiz, consegue aproximar-se do extremo andragógico do contínuo de
aprendizagem.
138
TÓPICO 4 | O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO, ANDRAGÓGICO E HEUTAGÓGICO
o professor explica o aluno faz anotações. Partindo desta suposição, David Kolb
desenvolveu o que foi chamado de ‘ciclo de aprendizagem vivencial’, sendo que
este ciclo conta com quatro estágios de aprendizagem: a) experiência concreta:
o tema é apresentado ao aluno de forma que possa ser vivenciado, ou seja, a
partir do envolvimento direto com o material ao invés de simplesmente somar
conhecimento. b) observação reflexiva: estimular o pensamento crítico sobre a
experiência vivenciada. c) conceitualização abstrata: neste momento a experiência
é conectada a teoria e aos conceitos que a fundamentam. d) Experimentação
ativa: nesta fase, o aluno deverá ser capaz de aplicar o que foi aprendido a novos
desafios e situações enfrentados na vida real.
d) Pensamento complexo e a transdisciplinaridade: esta linha defende a posição
de que, no mundo contemporâneo, é imprescindível saber quando usar o
raciocínio cartesiano e o pensamento sistêmico. Aplicado à aprendizagem, este
processo é transdisciplinar, ou seja, é preciso conhecer o todo e criá-lo por meio
de uma estreita inter-relação das partes (vertente sistêmica), porém buscando
respeitar a ordem mais favorável de ocorrência delas (vertente cartesiana) de
acordo com as características pessoais.
FIGURA 68 – ANDRAGOGIA
139
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
140
TÓPICO 4 | O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO, ANDRAGÓGICO E HEUTAGÓGICO
UNI
141
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Teresa Küffer
INTRODUÇÃO
Contextos de Aprendizagem
142
TÓPICO 4 | O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO, ANDRAGÓGICO E HEUTAGÓGICO
uma importância crescente nos últimos anos. Cada vez mais, os ambientes
pessoais de aprendizagem e os portfólios individuais ganham reconhecimento
acadêmico e institucional. A aprendizagem ao longo da vida ganha novo espaço
e reconhecimento.
143
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
Os hiperespaços atuais
144
TÓPICO 4 | O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO, ANDRAGÓGICO E HEUTAGÓGICO
Potencialidades e desafios
145
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
que são instrumentos fundamentais para pensar, criar, comunicar e intervir sobre
numerosas situações fomentando aprendizagem formal, informal e não formal.
São ferramentas de grande proveito para o trabalho colaborativo e representam
um suporte do desenvolvimento humano nas dimensões pessoal, social, cultural,
lúdica, cívica e profissional. Neste sentido, o professor deve proporcionar uma
nova forma de ensinar, mais motivadora e desafiante (SILVA & MARTINS, 2000).
O professor passará a desempenhar o seu papel de forma facetada, desenvolvendo
competências 2.0. Segundo Auilo (2009, apud WITHAM, s/d.), a relação professor/
aluno deve ser cultivada a cada dia, pois um depende do outro e assim os dois
crescem e caminham juntos. É nessa relação madura que o professor deve ensinar
que a aprendizagem não ocorre somente em sala de aula, mas a todo momento.
Educação formal
146
TÓPICO 4 | O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO, ANDRAGÓGICO E HEUTAGÓGICO
Considerações finais
147
UNIDADE 2 | ASPECTOS RELEVANTES DA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL
Referências
148
TÓPICO 4 | O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO, ANDRAGÓGICO E HEUTAGÓGICO
watch?v=I4mmMeMDMic&feature=youtu.be>.
Moodle da Universidade de Évora [Site]. Acesso em: 6 dez. 2011.
The 21st Century Learner (12 de 2010) [Vídeo]. Em Youtube. Acesso em: 8 dez.
2011. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?feature=player_
embedded&v=c0xa98cy-Rw>.
149
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você estudou:
150
AUTOATIVIDADE
151
152
UNIDADE 3
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM
AMBIENTES NÃO ESCOLARES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos e, em cada um deles, você en-
contrará atividades que o(a) ajudarão a internalizar os conhecimentos estu-
dados.
153
154
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Você também verá que o papel do pedagogo nas equipes de trabalho como
programas sociais de instituições públicas ou privadas, vem se tornando cada vez
mais requisitado, principalmente pelo olhar diferenciado que este profissional
abarca. Como pode ver, prezado(a) pedagogo(a), é grande a nossa missão.
155
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
Perceba como este movimento tomou força com o passar dos anos
e manteve-se com encontros periódicos, objetivando discutir as demandas
pertinentes de cada momento. Atualmente, a Alemanha é reconhecida como
a pátria-mãe da Pedagogia Social, sendo que países como a Áustria, Espanha,
Finlândia, França, Luxemburgo, Grécia, Portugal, Noruega, Rússia, Suécia, Suíça
e Ucrânia, possuem modelos particulares de atuação.
156
TÓPICO 1 | A PEDAGOGIA SOCIAL E O PAPEL DO PEDAGOGO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
E
IMPORTANT
157
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
Para Machado (2008) apud Quintana, (1997) a primeira obra que menciona
literalmente a pedagogia social é publicada em 1898, escrita pelo filósofo
Paul Natorp, intitulada a “Pedagogia Social: teoria da educação e da vontade
sobre a base da comunidade”. Nesta obra, Paul Natorp defende como um dos
conceitos básicos, a comunidade, mostrando-se contra o individualismo, sendo
assim considerado origem e causa dos conflitos sociopolíticos da Alemanha, por
acreditar, que a educação vincula-se à comunidade e não aos indivíduos. O autor
procura elaborar uma teoria sobre educação social, concebendo a pedagogia
social como saber prático além de um saber teórico. Machado (2008) enfatiza
que “Natorp é o criador de uma tendência, a da Pedagogia Sociológica, parte da
Pedagogia Social, uma ciência com múltiplas concepções”.
Este aspecto também é comentado por Fichtner (2011, p. 34) ao destacar que:
Numa perspectiva histórica, encontramos na Idade Média e início
da modernidade uma preocupação social mais relacionada com
atividades beneficentes, filantrópicas e altruístas, orientadas
fundamentalmente para as camadas mais pobres da sociedade. Com
o processo de industrialização da sociedade, se produz um corte
abrupto na Alemanha do século XIX, originando para a pedagogia
e o Trabalho Social diferentes raízes históricas, enunciando, dentre
outros: a) Sistema de proteção de caráter assistencial; b) Educação
Infantil com a implantação de creches e jardins de infância baseadas
158
TÓPICO 1 | A PEDAGOGIA SOCIAL E O PAPEL DO PEDAGOGO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
159
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
160
TÓPICO 1 | A PEDAGOGIA SOCIAL E O PAPEL DO PEDAGOGO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
161
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
162
TÓPICO 1 | A PEDAGOGIA SOCIAL E O PAPEL DO PEDAGOGO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
É preciso salientar o que Ryynanen (2011, p. 51) tem a nos colocar sobre
esta ação do indivíduo no ambiente, no qual este “é ator ativo, sujeito que
cria e recria a realidade social na convivência com ela”, influenciando e sendo
influenciado pelo meio.
FIGURA 73 – CIDADANIA
163
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
UNI
Como você pode perceber, diante do ano da publicação sobre esse tema,
podemos dizer que a pedagogia social é uma adolescente, com um campo vasto
de possibilidades a ser explorado.
Silva (2011) expõe que nos cursos de graduação, a maioria das disciplinas
oferecidas na grade curricular valoriza a integração dos pedagogos no ambiente
164
TÓPICO 1 | A PEDAGOGIA SOCIAL E O PAPEL DO PEDAGOGO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
escolar, sendo este um requisito para a formação docente, porém a atuação dos
pedagogos em outras práticas educativas necessita de conhecimentos científicos
que embasem esta prática.
UNI
Silva (2011) reforça esta questão quando aponta que o pedagogo se torna
um profissional, cujos trabalhos são ilimitados, principalmente na formação de
indivíduos que, de alguma forma, tiveram seus direitos violados ou se encontram
em situações que caracterizam vulnerabilidade social.
Acadêmico(a)! Reflita sobre o que Silva (2011) tem a nos colocar sobre isso:
165
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
Neto (2011) faz um breve resgate sobre a construção das práticas sociais
que permeavam até poucos anos atrás, salientando que na realidade brasileira
do século passado, em específico na década de oitenta e início dos anos noventa,
a sociedade conquistou um reordenamento jurídico que contribuiu para a
construção de uma cultura de direitos.
166
TÓPICO 1 | A PEDAGOGIA SOCIAL E O PAPEL DO PEDAGOGO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
167
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
FIGURA 74 – OPORTUNIDADES
168
TÓPICO 1 | A PEDAGOGIA SOCIAL E O PAPEL DO PEDAGOGO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
169
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
171
AUTOATIVIDADE
( ) F – F – V – V.
( ) F – V – V – F.
( ) V – V – F – F.
( ) V – V – V – F.
172
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico(a)! Neste momento de seus estudos, você conhecerá mais
sobre a pedagogia hospitalar. Uma modalidade pouco colocada em prática,
porém um direito das crianças e adolescentes que estão impossibilitadas de
frequentar a escola regular, necessitando de uma atenção especial. Você também
compreenderá a importância da conscientização dos pais sobre esta garantia (a
de aprender mesmo que seu filho esteja hospitalizado ou impossibilitado de ir
à escola) e os instrumentos necessários (como a brinquedoteca hospitalar), para
que a criança possa aprender mediante condições tão frágeis.
2 A CRIANÇA HOSPITALIZADA
Para os adultos o processo de hospitalização gera ansiedade e medo em
relação ao desconhecido, principalmente por originar-se de um momento de
fragilidade, mesmo estando na maioria das vezes, conscientes e aptos de tomarem
a decisões referentes à internação.
173
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
Dos quatro meses aos dois anos de vida a separação da mãe estimula
protesto, aflição e desespero. São essenciais as visitas frequentes ou
rooming-in. Deve-se respeitar o vínculo mãe-filho.
Dos dois aos cinco anos as preocupações acerca da separação ainda
são muito importantes, mas aumenta o medo ao dano corporal,
havendo uma sensibilidade aumentada e especial à dor, feridas,
sangue e aos procedimentos médicos e de enfermagem. A presença do
pensamento mágico, de uma vida de fantasia florida e de pesadelos
tornam essenciais a informação e a preparação.
Dos cinco aos sete anos são evidentes as preocupações acerca da morte,
desaparecimento, pessoas que não voltam, ou temor de se perder para
sempre desenvolve-se uma vigilância especial por seu destino, de seus
entes queridos e de outros pacientes.
Dos sete aos nove anos preocupa-se em perder seu lugar na enfermaria,
em ficar inválido para sempre, longe de casa, amigos e medo de ser
abandonado.
Dos nove aos dez anos mostra preocupação própria da idade escolar
acerca da capacidade intelectual, social e física (ficar para trás na
competição com os colegas.
Dos onze aos treze anos apresenta preocupação pré-puberal acerca
das funções corporais, dos produtos orgânicos, da exposição do corpo
frente ao pessoal da equipe hospitalar e aos demais pacientes e acerca
174
TÓPICO 2 | PEDAGOGIA HOSPITALAR: O ENSINAR EM UM AMBIENTE DE FRAGILIDADE
UNI
Encoprese: é definida como repetidas evacuações, voluntárias ou não, de fezes nas roupas,
resultantes de fatores emocionais ou fisiológicos.
Disponível em: <http://www.infoescola.com/doencas/encoprese/>. Acesso em: 21 nov. 2013.
UNI
Disponívelem:<http://www.abc.med.br/p/psicologia..47.psiquiatria/355369/alucinacoes
+o+que+sao+quais+os+tipos.htm>. Acesso em: 21 nov. 2013.
175
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
FIGURA 77 – ALUCINAÇÃO
176
TÓPICO 2 | PEDAGOGIA HOSPITALAR: O ENSINAR EM UM AMBIENTE DE FRAGILIDADE
3 A PEDAGOGIA HOSPITALAR
O hospital configura-se um ambiente importante para a aprendizagem
de todo, porém percebemos que os pais e professorem procuram poupar as
crianças da dor, das experiências de sofrimento e do contato com colegas doentes
da mesma idade. É importante dizer que o hospital, em parceria com a escola,
177
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
Este movimento não é um fato recente, conforme Paula (1999, p. 28), esta
modalidade educacional, no Brasil, originou-se em meados dos anos de 1950,
com a primeira Classe Hospitalar no Hospital Jesus, no Rio de Janeiro, porém só
foi reconhecida em 1994, pelo Ministério da Educação e Desporto (MEC), através
da Política da Educação Especial.
178
TÓPICO 2 | PEDAGOGIA HOSPITALAR: O ENSINAR EM UM AMBIENTE DE FRAGILIDADE
4AATUAÇÃODOPEDAGOGOHOSPITALAR:POSSIBILIDADES
E DESAFIOS
179
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
181
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
A escola pode e deve manter contato com o pequeno paciente, sendo que
este pode se manifestar conforme Silva e Farenzena (2011) por meio de bilhetes,
cartazes, mensagens e objetos, e também pela visita de professores e colegas de
classe, visando fazer com que a criança vivencie momentos de alegria, melhora
da autoestima, aumento da confiança e fortalecimento dos vínculos afetivos.
182
TÓPICO 2 | PEDAGOGIA HOSPITALAR: O ENSINAR EM UM AMBIENTE DE FRAGILIDADE
5 A BRINQUEDOTECA
Certamente, acadêmico(a)! Nesta etapa do curso, você deve estar
familiarizado com a brinquedoteca, pois durante sua caminhada acadêmica na
pedagogia, você utilizou este recurso pedagógico, em sua prática, ao longo dos
módulos. Porém, para entendermos a função deste recurso ludopedagógico
utilizado pelo pedagogo, inserido no ambiente hospitalar, necessitamos rever
alguns conceitos.
183
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
Para Cunha (2007) quando brinca a criança nutre sua vida interior,
descobre sua vocação e busca um sentido para sua vida.
Sabemos que todas as crianças precisam brincar, porém não são todas que
têm a oportunidade de colocar em prática esta atividade devido aos seguintes
fatores: 1) necessitam trabalhar para auxiliar no sustento da família; 2) precisam
estudar e conseguir notas altas; 3) são condicionadas a agirem como adultos em
miniatura; 4) não podem atrapalhar os adultos; 5) não têm com o que brincar,
entre outros.
184
TÓPICO 2 | PEDAGOGIA HOSPITALAR: O ENSINAR EM UM AMBIENTE DE FRAGILIDADE
FIGURA 82 – BRINQUEDOTECA
Cunha (2007) nos traz que na Europa existem milhares de toy libraries –
biblioteca de brinquedos, cujo método de funcionamento consiste no empréstimo
de brinquedos para as crianças levarem às suas casas. Já na Suécia, as Lekoteks
direcionam o atendimento às crianças com necessidades especiais e orientam as
famílias a brincar com elas, objetivando a estimulação. Já na Itália, França, Suíça
e Bélgica as ludotecas, além de emprestarem os brinquedos, recebem a visita das
crianças.
185
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
UNI
186
TÓPICO 2 | PEDAGOGIA HOSPITALAR: O ENSINAR EM UM AMBIENTE DE FRAGILIDADE
FIGURA 83 – BRINQUEDOTECA
187
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
FIGURA 84 – SUCATOTECA
188
TÓPICO 2 | PEDAGOGIA HOSPITALAR: O ENSINAR EM UM AMBIENTE DE FRAGILIDADE
Brincar de faz de conta: a criança traduz o mundo dos adultos neste estilo
de brincadeira, sendo que, às vezes o faz de conta não imita a realidade mas, é um
meio de sair dela assumindo um novo estado. Na existência de uma determinada
situação, a imaginação é desafiada a buscar soluções para os problemas criados
pela vivência dos papéis assumidos.
189
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
190
TÓPICO 2 | PEDAGOGIA HOSPITALAR: O ENSINAR EM UM AMBIENTE DE FRAGILIDADE
191
UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
Brincar inventando: para criar é preciso estar motivado, quer seja por um
desafio, situação-problema ou vontade de expressar uma emoção. Porém, para
que o ato criativo aconteça, é necessário haver confiança na própria capacidade
de criar, mesmo que o resultado não seja o esperado, desde que seja aceito pela
criança.
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TÓPICO 2 | PEDAGOGIA HOSPITALAR: O ENSINAR EM UM AMBIENTE DE FRAGILIDADE
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UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
FIGURA 93 – BRINCAR/TRABALHAR
5.1 OS BRINQUEDOS
Podemos dizer que, na mão de uma criança quase tudo vira brinquedo,
porém muitos objetos são impróprios, às crianças nas diferentes faixas etárias.
Conforme você já deve ter estudado, Jean Piaget é um dos principais estudiosos
do comportamento e aprendizagem infantil. A partir dos períodos, determinado
por Piaget você conhecerá então, como Cunha (2007) classifica os brinquedos
conforme a idade da criança:
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UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
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TÓPICO 2 | PEDAGOGIA HOSPITALAR: O ENSINAR EM UM AMBIENTE DE FRAGILIDADE
UNI
6 A BRINQUEDOTECA HOSPITALAR
Se para os adultos, permanecer em um hospital não é uma das experiências
mais agradáveis, imagine então quando esta situação é vivenciada por uma
criança. Neste sentido, a brinquedoteca objetiva que esta estadia seja alegre e
prazerosa, tornando-a menos traumatizante possível, possibilitando melhores
condições para a recuperação da criança.
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TÓPICO 2 | PEDAGOGIA HOSPITALAR: O ENSINAR EM UM AMBIENTE DE FRAGILIDADE
Para muitos adultos discutir sobre este assunto traz à tona os medos e
inseguranças, que talvez estejam disfarçados ou adormecidos; e que se manifestam
de alguma forma através de comportamentos destrutivos como: a pessoa diabética
que não segue a dieta recomendada, o motorista que guia seu carro de forma
imprudente, o pai que guarda uma arma de fogo ao alcance do filho etc.
Até pouco tempo atrás a maioria das famílias já havia perdido um parente
de pouca idade, porém, com o avançar da tecnologia na área da saúde e a melhora
nas condições de vida, estas mortes tornaram-se menos comuns, embora o ideal
na saúde ainda esteja longe de acontecer.
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No que condiz à criança, por ser nosso foco principal enquanto pedagogos,
percebe-se que, os adultos subestimam a capacidade dos pequenos sem lidar com
o assunto, com a desculpa de protegê-los, impedindo-os assim de olhar para a
realidade e suas perdas. Paiva (2011, p. 37) reforça tal preocupação de forma
simples:
Paiva (2011) reforça que a morte é a única situação da qual não temos
controle, e que um dia acontecerá fatalmente, portanto evitar falar sobre este
assunto poderá dificultar o entendimento da criança sobre o ciclo da vida.
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TÓPICO 2 | PEDAGOGIA HOSPITALAR: O ENSINAR EM UM AMBIENTE DE FRAGILIDADE
Diante disto, Paiva (2011) nos traz um estudo sobre a aquisição do conceito
da morte pelas crianças, de acordo com os estágios estabelecidos por Jean Piaget,
apontando diferenças para cada estágio:
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UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
1. Protesto: a criança não acredita que a pessoa esteja morta e luta para recuperá-
la; chora, agita-se e busca qualquer imagem ou som que personifique a pessoa
ausente.
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TÓPICO 2 | PEDAGOGIA HOSPITALAR: O ENSINAR EM UM AMBIENTE DE FRAGILIDADE
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UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
Bons estudos!
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RESUMO DO TÓPICO 2
207
AUTOATIVIDADE
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UNIDADE 3
TÓPICO 3
PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico(a)! Neste momento, você vai conhecer um campo de trabalho,
em que a contribuição do pedagogo é de grande valia: a pedagogia organizacional.
Um campo relativamente novo para esta categoria profissional junto ao setor
de Recursos Humanos (RH), especialmente no contexto brasileiro. Porém, seus
saberes são fundamentais para o desenvolvimento de atividades que dirigem o
aperfeiçoamento dos trabalhadores que constituem uma organização.
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UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
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TÓPICO 3 | PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
Quanto à organização
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DICAS
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TÓPICO 3 | PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL
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UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
Para que isso seja possível, o pedagogo busca por meio da implantação
de programas de qualificação e requalificação profissional, gerar produção de
conhecimento, estruturando o setor de treinamento através de pesquisas que
informem as necessidades da organização, adaptando metodologias que forneçam
elementos para a melhora da comunicação diante das práticas de treinamento.
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TÓPICO 3 | PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL
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TÓPICO 3 | PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL
Neste sentido, como bem denota Ribeiro (2010), a formação de laços mais
estreitos entre a organização de seus colaboradores, possibilita a adoção de uma
postura acompanhada de uma pedagogizacão das ações de gestão organizacional,
focando na estimulação e desenvolvimento da capacidade de auto-organização e
crescimento da massa colaborativa, com intento de motivar, admitir e coordenar
todos os setores, indo além da velha ideia de confiabilidade no trabalho executado.
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TÓPICO 3 | PEDAGOGIA ORGANIZACIONAL
DICAS
Boa leitura!
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RESUMO DO TÓPICO 3
• O treinamento ainda possui suas vantagens quando bem aplicado nas áreas do
mercado de trabalho; ao pessoal em serviço; e quanto à organização.
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• O grau de comprometimento dos profissionais é de suma importância para sua
efetivação além de novos métodos didáticos centrados no pensar e no atuar do
colaborador, objetivando a o desenvolvimento de capacidades que auxiliem na
solução de tarefas complexas, aprimorado a independência e responsabilidade
do colaborador.
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AUTOATIVIDADE
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UNIDADE 3 TÓPICO 4
PEDAGOGIA CARCERÁRIA
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico(a)! A educação carcerária é outra possibilidade de atuação do
pedagogo em ambientes não formais. Ela pode ser considerada uma ramificação
da pedagogia social, já vista no Tópico 1, desta unidade. O atuar do pedagogo em
penitenciárias implica consideravelmente acreditar no resgate da dignidade do
ser humano.
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UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
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TÓPICO 4 | PEDAGOGIA CARCERÁRIA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL
11/04/2013 13:58
R009 - Página 1 de 5
Item: Analfabeto 26,62 1,193 27,813
Item: Alfabetizado 62,323 1,779 64,102
Item: Ensino Fundamental
219,241 12,188 231,429
Incompleto
Item: Ensino Fundamental
58,541 3,634 62,175
Completo
Item: Ensino Médio Incompleto 53,45 3,32 56,77
Item: Ensino Médio Completo 35,76 3,028 38,788
Item: Ensino Superior Incompleto 3,632 451 4,083
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UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
UNI
Presídio: Estabelecimento para onde são enviados os criminosos que não foram julgados
para cumprir suas penas.
É importante lembrar, acadêmico(a), que neste tópico trataremos apenas das instituições
penitenciárias.
Para Ferreira (2010), a educação aplicada aos reclusos passa a ser considerada
como maneira de proporcionar-lhes a sua reinserção na sociedade, tendo por função
modificar os sujeitos envolvidos, possibilitando melhores condições de tolerância à
rotina na prisão e novos horizontes após o término da sentença.
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TÓPICO 4 | PEDAGOGIA CARCERÁRIA
SEÇÃO V
Da Assistência Educacional
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UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
SEÇÃO IV
Da Remição
Art. 126 O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto
poderá remir, pelo trabalho, parte do tempo de execução da pena.
§ 1º A contagem do tempo para o fim deste artigo será feita à razão de 1 (um)
dia de pena por 3 (três) de trabalho.
§ 2º O preso impossibilitado de prosseguir no trabalho, por acidente,
continuará a beneficiar-se com a remição.
§ 3º A remição será declarada pelo Juiz da execução, ouvido o Ministério Público.
§ 5o O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3
(um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior
durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente
do sistema de educação. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011).
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TÓPICO 4 | PEDAGOGIA CARCERÁRIA
Art. 127 O condenado que for punido por falta grave perderá o direito ao
tempo remido, começando o novo período a partir da data da infração
disciplinar.
Art. 127 Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do
tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a
partir da data da infração disciplinar. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de
2011).
Art. 128. O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos
os efeitos. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011).
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UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
Art. 130. Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal declarar ou atestar
falsamente prestação de serviço para fim de instruir pedido de remição.
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TÓPICO 4 | PEDAGOGIA CARCERÁRIA
A evasão escolar dos detentos pode ter sido motivada por vários fatores,
dentre eles: condições culturais, dificuldades financeiras, difícil acesso por
questões geográficas ou influência de terceiros. Podemos arriscar dizer que
estes fatores podem ter contribuído diretamente em sua inserção no mundo da
criminalidade, considerando que o indivíduo não escolarizado provém de uma
visão crítica de mundo deficiente ou distorcida, dependendo também do meio
em que está incluso.
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UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
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TÓPICO 4 | PEDAGOGIA CARCERÁRIA
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UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
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UNIDADE 3 | PRÁTICAS PEDAGÓGICAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES
Se é utopia, isso eu não sei, mas sei que vale a pena tentar, como já dizia
Martin Luther King: “É melhor tentar e falhar, do que se preocupar e ver a vida
passar; é melhor tentar, ainda que em vão, do que sentar-se fazendo nada até o
final. Eu prefiro na chuva caminhar, do que em dias tristes em casa me esconder.
Prefiro ser feliz, embora louco, do que em conformidade viver...”.
Não é preciso ser um criminoso para estar preso. O que não falta é gente
“confinada” na ignorância, sem saber como escrever corretamente. Ao ler um
livro, pode-se ter uma vista panorâmica que uma prisão não tem.
250
RESUMO DO TÓPICO 4
• As prisões foram criadas no século XVIII, com o intuito de punir, reeducar e curar;
esta visão veio à tona após o movimento iluminista em criticar arduamente a
maneira de como eram aplicadas.
251
AUTOATIVIDADE
2 Se você fosse convidado para trabalhar junto aos detentos, como seu trabalho
seria realizado neste ambiente?
252
REFERÊNCIAS
AFONSO, A. J. Sociologia da educação não escolar: Reactualizar um objecto ou
construir uma nova problemática? In: ESTEVES, A. J. A sociologia na escola
– professores, educação e desenvolvimento. Porto: Biblioteca das Ciências do
Homem, Ed. Afrontamento, 1992.
253
CARVALHO, Antônio Vieira de. Administração de recursos humanos. 2ª Ed.
São Paulo: Cengage Learning, 2012.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 8ªed. São Paulo: Paz e Terra, 1980.
254
GADOTTI, Moacir. Educação como Direito. In: Yamamoto, Aline (Org.) et al.
Cereja discute: educação nas prisões. São Paulo: Alfasol: Cereja, 2010.
GOHN, Maria da Gloria. Educação não formal e cultura política. 5 ed. São
Paulo: Cortez, 2011.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 4ª. ed. São Paulo:
Cortez Editora, 2009.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? 4ª Ed. São Paulo:
Cortez. 2001.
255
MACHADO, Evelcy Monteiro. A pedagogia social: diálogos e fronteiras com
a educação não formal e educação sócio comunitária. Disponível em: <http://
www.am.unisal.br/pos/stricto-educacao/pdf/mesa_8_texto_evelcy.pdf>. Acesso
em: 12 dez.2012.
256
PAULA, Claudia Regina de. Educar para a diversidade: entrelaçando redes,
saberes e diversidades. São Paulo: Editora Ibpex, 2013.
PAZ, Peterson da. O humanismo na educação. Disponível em <http://www.
webartigos.com/artigos/o-humanismo-na-educação/35533/>. Acesso em: 5 jun.
2012.
257
SILVA, Susana Alves da; FARENZENA, Rosana Coronetti. Tecendo a rede da
complexidade entre: o hospital, os saberes pedagógicos e a confirmação de um
espaço educativo. In: MATOS, Elizete Lúcia Moreira; TORRES, Patricia Lupion.
Teoria e Prática na Pedagogia Hospitalar: novos cenários, novos desafios. 2ª Ed.
Curitiba: Champagnat, 2011.
YUS, Rafael. Educação Integral: uma educação holística para o século XXI.
Tradução: Daisy Vaz de Moraes. Porto Alegre: Artmed, 2002.
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ANOTAÇÕES
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