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Pedro Henrique

Rafael Leal Dutra


Wellington Pontel
 O Candomblé é uma religião com vasta cultura e
rica em preceitos.
 A origem do Candomblé se deu na cidade de Ifé,
na África.
 O candomblé é uma religião trazida para o Brasil
no período em que os negros desembarcaram
para serem escravos. Nesse período, a Igreja
Católica proibia o ritual africano e ainda tinha o
apoio do governo, que julgava o ato como
criminoso, por isso os escravos cultuavam seus
Orixás, Inquices e Vodus omitindo-os em santos
católicos.
 Há quatro tipos de candomblé: o Queto,
da Bahia, o Xangô, de Pernambuco, o
Batuque, do Rio Grande do Sul, e o
Angola, da Bahia e São Paulo.
 Apesar das contradições do candomblé,
especialmente no que se refere ao número
dos Orixás, a teologia não é complicada:
um Deus criador de todas as coisas e
deuses menores regentes da Natureza, da
personalidade e da vida dos homens.
Entretanto, a liturgia, ou seja, as práticas
rituais, de iniciação, cultos e sobretudo o
oráculo, esta liturgia é extremamente
complexa.
A palavra nação é usada no candomblé
para distinguir seus segmentos,
diferenciado pelo dialeto utilizado nos
rituais, o toque dos atabaques, a liturgia. A
nação também indica a procedência
dos escravos que lhe deram origem na
nova terra e das divindades por eles
cultuadas.
É como são geralmente conhecidos
os templos de candomblé. Mas também
são chamados de casas, roças e,
dependendo da nação, podem ser
chamados de barracões ou, ainda, pela
palavra correspondente a casa nos vários
idiomas africanos. Cada terreiro cultua o
orixá do pai-de-santo do terreiro.
O candomblé não possui um livro guia,
como no católico, a bíblia.

 Possui regras e dogmas que pregam uma


vida pura e honesta, como as outras
religiões.
 O jogo de búzios é um sistema oracular e está ligado
a prática do Candomblé, devendo ser apenas jogado
por pessoas iniciadas na religião.
 O aprendizado se dá à medida que o praticante
adquire conhecimento e passa por certos preceitos.
A forma mais comum é o jogo de 16 búzios (jogo por
odús).
 Cada odú tem ligação com um o mais orixás, sendo
que estão todos interligados.
 Os búzios são lançados sobre uma peneira e de
acordo com a sua caída (número de búzios abertos ou
fechados) se faz a interpretação pelos sacerdotes.
 Cada iniciado tem uma função dentro do
terreiro. Nem todos recebem santo.
 Abiã:Noviço, primeiro degrau da hierarquia.
Após iniciado, será filho-de-santo.
 Iaô: Filho-de-santo, segundo degrau na
hierarquia. Podem ou não receber santo.
 Ebômi: Terceiro degrau. Iaô que cumpriu as
obrigações de sete anos. Recebe santo.
 Iabassê:Quarto degrau. Não recebe. É a
responsável pela cozinha do terreiro.

 Agibonã: Mãe criadeira. Também quarto


degrau. Cuida dos iaôs durante o ritual de
iniciação. Não recebe santo.

 Ialaxé: Quinto degrau. Zela pelas


oferendas e objetos de culto aos orixás.
Não recebe santo.
 Baba-quequerê e Iaquequerê: Sexto degrau.
Pai ou mãe-pequena. Recebe. Ajuda o pai ou
mãe-de-santo no comando do terreiro.

 Baba-lorixá e Ialorixá: Pai ou mãe-de-santo,


chefe do terreiro, último degrau da hierarquia.
Recebe santo e joga búzios.
Exu:

Orixá mensageiro entre


os homens e os deuses,
guardião da porta da rua
e das encruzilhadas. Só
através dele é possível
invocar os orixás.
Ogum:

Deus da guerra, do fogo e


da tecnologia. No Brasil é
conhecido como deus
guerreiro. Sabe trabalhar
com metal e, sem sua
proteção, o trabalho não
pode ser proveitoso.
Oxóssi:

Deus da caça. É o grande


patrono do candomblé
brasileiro.
Obaluaiê:

Deus da peste, das


doenças da pele e,
atualmente, da AIDS. É o
médico dos pobres.
Oxum:

Deusa das águas doces


(rios, fontes e lagos). É
também deusa do ouro, da
fecundidade, do jogo de
búzios e do amor.
Iansã:

Deusa dos ventos e das


tempestades. É a
senhora dos raios e dona
da alma dos mortos.
Ossaim:

Deus das folhas e ervas


medicinais. Conhece
seus usos e as palavras
mágicas (ofós) que
despertam seus
poderes.
Nanã:

Deusa da lama e do
fundo dos rios, associada
à fertilidade, à doença e à
morte. É a orixá mais
velha de todos e, por isso,
muito respeitada.
Oxumaré:

Deus da chuva e do
arco-íris. É, ao mesmo
tempo, de natureza
masculina e feminina.
Transporta a água entre
o céu e a terra.
Iemanjá:

Considerada deusa dos


mares e oceanos. É a mãe
de todos os orixás e
representada com seios
volumosos, simbolizando a
maternidade e a
fecundidade.
Xangô:

Deus do fogo e do trovão.


Diz a tradição que foi rei de
Oyó, cidade da Nigéria. É
viril, violento e justiceiro.
Castiga os mentirosos e
protege advogados e juízes.
Oxalá:

Deus da criação. É o
orixá que criou os
homens. Obstinado e
independente, é
representado de duas
maneiras: Oxaguiã,
jovem, e Oxalufã,
velho.
 Muitas festas não têm dia certo para
acontecer. As festas normalmente estão
associadas aos dias santos do
catolicismo. Mas as datas podem variar de
terreiro para terreiro, de acordo com a
disponibilidade e as possibilidades da
comunidade. De maneira geral, o que
importa é comemorar o orixá na sua
época.
 Janeiro: Festa de Oxalá (coincide com a festa do
Bonfim, em Salvador), no segundo domingo
depois do dia de Reis, 6 de janeiro.
 Quaresma: O encerramento do ano litúrgico
acontece durante os quarenta dias que antecedem
a Páscoa, com o Lorogun, em homenagem a
Oxalá.
 Abril: Feijoada de Ogum e festa de Oxóssi
(associado a São Sebastião), em qualquer dia.
 Junho: Fogueiras de Xangô (associados a São
João e São Pedro), dias 25 e 29.
 Agosto: Festa para Obaluaiê (associado a
São Lázaro e São Roque) e festa de
Oxumaré (associado a São Bartolomeu), em
qualquer dia.

 Setembro: Começa um ciclo de festas


chamado Águas de Oxalá, que pode seguir
até dezembro. Festa de Erê, em homenagem
aos espíritos infantis (associados a São
Cosme e Damião). Festa das iabás (esposas
de orixás) e festa de Xangô (associado a São
Jerônimo), em qualquer dia.
 Dezembro: Festas das iabás Iansã (Santa
Bárbara), dia 4, Oxum e Iemanjá
(associadas a Nossa Senhora da
Conceição), dia 8. Iemanjá também é
homenageada na passagem de ano.
 Não existem estatísticas que dêem o número exato de
fiéis. Os dados variam. Segundo o Suplemento sobre
Participação Político-Social da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílio, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), em 1988, 0,6% dos
chefes de família (ou cônjuges) seguiam culto afro
brasileiros. Um levantamento do Instituto Gallup de
Opinião Pública, no mesmo ano, indicou que
candomblé ou umbanda era a religião de 1,5% da
população. São índices ridículos se comparados à
multidão que lota as praias na passagem de ano, para
homenagear Iemanjá, a orixá (deusa) dos mares e
oceanos.
O que é preciso para ser do candomblé?
Qualquer pessoa pode freqüentar o
candomblé, assistir às festas e fazer
oferendas aos orixás. Para se iniciar, é
preciso um "pedido" do orixá, identificado
pelo pai ou mãe-de-santo. Existem pessoas
que se classificam em Eleguns (aqueles que
incorporam o orixá) e Ajoyês (os que não
incorporam, como no caso das ekédis e
ogans).
 Durante quanto tempo o filho-de-santo fica
recolhido?
O tempo varia entre cada terreiro e, geralmente,
o filho-de-santo fica recolhido durante 21 dias.
Após o período de recolhimento, o filho-de-
santo passa um tempo de resguardo,
determinado pelo zelador, com uma espécie de
colar no pescoço, chamado kelê, feito de
miçangas e firmas das cores dos seus orixás.
Oque o filho-de-santo faz quando está
recolhido?

Esse é um período de aprendizado. Ele


aprende rezas para os orixás, danças,
linguagem e passa por rituais de iniciação,
entre ebós (oferendas) e banhos de
folhas.
Oque representam os sacrifícios de
animais?

No candomblé, o sacrifício significa vida.


É através do sangue dos animais que se
dá vida ao orixá que está "nascendo", no
momento de feitura.
 Relatos da mãe-de-santo Kelma Maria
Amaro que durante o recolhimento de um
filho-de-santo, vizinhos chamaram a
policia, onde a mesma invadiu o terreiro
com acusações de cárcere privado.
Liderança: Kelma Maria
Amaro

Nação/ Linha: Ketu

Fundação: 1980

Endereço: Rua D, N0 33,


Bernardo Monteiro,
Contagem-MG
Liderança: Sônia Maria da Silva
Marques

Religião: Candomblé

Nação / Linha: Angola

Fundação: 1986

Endereço: Rua Santos Dumont,


128, Nacional Contagem - MG -
CEP 32185-280
Festa de Ogum

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