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I

Edward acordou com o som dos pássaros cantando vindo da sua janela onde
vinha também os feixes da luz do sol que entravam suave pelas cortinas, sua vontade
era de voltar a dormi, mas quando viu a mais bela das belas dormindo suavemente
do seu lado sobre seu braço Edward escolheu observa o amor de sua vida.
A mulher tinha cabelos longos negros e uma pele branca como a neve.
Enquanto seu marido a observava suavemente, ela tentava ficar mais próximo
possível para se aquecer.
No meio de seus movimentos a noiva de Edward deixou uma das mechas de
cabelo cair na frente do seu rosto fazendo o rapaz dá uma pequena risada abafada.
Logo ele arrumou o cabelo da mulher fazendo-a abrir seus olhos castanhos que o
olhava profundamente.
— Bom dia. — A mulher falou sorridente.
— Bom dia, princesa. — Após terminar sua frase Edward a beijou. — Ta na
hora de levantar Anna.
— Não quero! — A moça gritou cobrindo sua cabeça com o lençol.
Edward logo se levantou pegando sua calça para vestir.
— Vai me deixar aqui sozinha? — Annabethe perguntou se levantando, mas
ainda cobrindo seus seios com o lençol.
— Eu gostaria muito de ficar deitado, mas ainda preciso cuidar da cidade e do
meu exército. — Falou Edward amarrando a calça preta e procurando sua camisa.
— Ali. — Annabethe falou apontando para a camisa que ele estava procurando.
— Além do mais, o festival da estrela lunar é amanhã e nós precisamos estar
prontos pra caso alguém ou algum reino nos queira atacar no meio do evento. —
Edward falou terminando de por sua roupa e indo atrás do seu uniforme.
— Como se alguém quisesse reabrir o portal entre o mundo espiritual e o nosso
mundo. — Annabethe falou se deitando e olhando para Edward que finalmente tinha
finalizado de se arrumar.
Edward era um jovem de 19 anos, seus olhos eram castanhos, seu cabelo era
de tamanho mediano, cacheado e castanho. No momento ele estava vestido com
casaco de pele de lobo negro, camisa branca, calça preta e bota.
— Eu sei que to sendo muito cuidadoso, mas como herdei a posição de chefe
de guerra do meu pai, eu tenho que honra-lo. — Edward se aproximou de Anna e deu
um beijo em sua testa. — To indo na frente.
— Te encontro depois. — A moça falou vendo seu amado sair de seu quarto.
Edward foi para porta pegar sua espada que estava ao lado, ele sacou a
lâmina. A espada era feita de prata e ferro tendo runas em seu centro, em seu punho
tinha alguns ornamentos de ouro e na ponta tinha um círculo com o símbolo da sua
família, um lobo uivando em cima de um monte e outros lobos na base uivando
também.
Ed ao olhar a espada se lembrou de uma das saídas de seu pai sempre
mantendo aquela espada em sua cintura e prometendo voltar para ele um dia entregar
pessoalmente a espada a seu filho, uma promessa que ele tinha quebrado.
Após colocar a espada em sua cintura e deixando suas lembranças para trás
ele saiu de sua casa. A vila estava bastante animada e movimentada mesmo estando
tão cedo, os vendedores ambulantes já estavam gritando ofertando seus produtos
outros montavam suas barracas.
Aquela movimentação para Edward já era normal nessa época do ano, mas
logo tão cedo era surpreendente para ele já que a cidade que normalmente sempre
nevava por se encontra no alto de uma montanha não convidava as pessoas saírem
das suas camas quentinhas tão cedo.
Mas ele não podia manter parado em sua porta, seus soldados esperavam por
ele. Andando em direção ao quartel muitos dos moradores reconheciam Edward e até
alguns visitantes recorrentes da cidade.
— Ed! Vem cá meu rapaz. — Um velho que estava numa tenda vendendo
joias chamou Edward no meio do povo enquanto ainda estava atendendo outro rapaz.
— Você me daria um segundo. — O velho deixou o outro cliente olhando as joias.
— Velho Benjamin, que bom revelo. — Edward comentou sorrindo e se
aproximando.
— Jovem Edward, lembra da sua encomenda? — O velho de pele enrugada
questionou o garoto.
— Mas é claro, os dois colares já estão prontos? — Edward falava curioso.
O velho tirou de baixo do balcão uma caixa e a abriu, dentro tinha dois colares,
um com o cordão feito de ouro e tendo como pingente em formato de sol com o centro
tendo uma pedra de topázio imperial e o outro tinha o cordão feito de prata e o
pingente era um formato de lua feito com um cristal prateado.
Mesmo ambos os colares estando incrivelmente lindos e impecáveis ainda
dava para notar que faltava pequenos detalhes em ambos.
— Benjamin. — Edward começou sem pensar no que ia falar, todos os elogios
que ele pensava parecia tão pequenos perto da incrível obra de arte do artesão. —
Eu...Eu nem sei o que dizer, estão incríveis.
— Não estão!? — Benjamin questionou ironicamente super animado. — Posso
dizer que essa é a minha obra-prima, mas ainda falta pequenos detalhes.
— Como eu já esperava. — Ed sorriu feliz com a animação do ancião. —
Quando algo está incrivelmente bonito e quase impossível que possa ficar melhor,
você consegue fazer o impossível se parecer possível.
— Fico lisonjeado com suas palavras, acho que se não houver atrasos amanhã
logo cedo estarão prontas. — O velho comentou fechando a caixa e colocando de
volta para baixo do balcão.
— Não irar cobrar mais caro, fico até envergonhado de paga tão pouco em
uma obra de arte como essa. — Edward falou notando que aquilo merecia bem mais
do que os dois tinham acordado anteriormente.
— Fique despreocupado, pense que isso é um presente e você só pagou o
material para mim faze-lo. — O doce velho comentou sorrindo.
— Tudo bem, mas para compensar vamos beber juntos e é claro eu pago a
conta. — Edward tentava achar outro método de conseguir pagar adequadamente o
artesão.
O ancião riu genuinamente com o comentário do jovem.
— Mas é claro, isso com certeza irei cobrar. — Benjamin falou em meio a sua
risada.
— Então amanhã eu venho buscar. Agora vou indo. — Edward acenou com a
cabeça e virando para a direção que seguiria.
— Okay, volte sempre. — O velho falou e rapidamente volto para o outro
cliente.

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