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O capítulo 2 (“O encarceramento”), do livro “A nova segregação”, de Michelle

Alexander, traz como foco inicial o sistema de encarceramento em massa nos Estados
Unidos, especificamente na chamada “Guerra às Drogas”, vez que as condenações
por crimes de drogas são a causa isolada mais importante da explosão das taxas de
encarceramento nesse país. É importante destacar que a autora começa a retratar o
tema, fazendo uma comparação acerca dos números de encarcerados, antes e durante
essa guerra, e é demonstrado que esse número depois de adotada essa política cresceu
de maneira exorbitante.
Depois da análise preliminar, é desmentido mitos acerca dessa guerra, vez que a
grande maioria das pessoas detidas não são acusadas de crimes graves e portam drogas
de menor potencial ofensivo, como a maconha. Apesar disso, essa era é marcada pelo
punitivismo sem precedentes. Um exemplo significativo que levou a isso é aquele
referente à Quarta Emenda da Suprema Corte americana, a qual foi facilitada para que
pudesse ser realizada buscas e apreensões desarrazoadas por parte da polícia. Esse fato,
levou a diversos desrespeitos às liberdades civis protegidas constitucionalmente, como
as varreduras policiais de ônibus sem fundamento e sem nenhuma suspeita. Isso levou
os tribunais a achar que as abordagens policiais eram consensuais em situações
verdadeiramente absurdas.
Essas abordagens sem consentimento, levaram a outra discussão, a sobre
desigualdade racial e ética, vez que jovens homens negros seriam alvos mais prioritários
do que mulheres brancas mais velhas, sendo que muitas dessas pessoas paradas eram
inocentes.
Entretanto, esse problema só se agravou, vez que surgiu a Agência de Combate às
Drogas, a qual treina os policiais a conduzir abordagens e revistas completamente
desarrazoadas e discriminatórias nos Estados Unidos.

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