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Roteamento Aqui
Conceitos Essenciais de Redes e Roteamento
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos
Conceitos Essenciais de Redes e Roteamento
Objetivos
• Identificar características dos principais protocolos de roteamento e sua aplicação na
interligação entre diversos modelos de redes;
• Conhecer modelos típicos de conexão entre sites remotos por modelos comuns de ser-
viços e VPNs.
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
Conceitos Essenciais de Redes e Roteamento
Contextualização
O avanço do comércio eletrônico, bem como dos sistemas bancários, corporativos,
médicos, entre outros, além da avassaladora utilização da internet, vem promovendo a
ampliação geográfica em larga escala da presença das empresas. Pessoas em constante
movimentação completam um cenário onde a comunicação digital e a interligação das
redes se tornam o combustível de todo esse crescimento. A produção deste combustível
aponta para profissões nas quais se faz necessário e indispensável o alto conhecimento
técnico dos processos de roteamento, que serão a base do funcionamento das comuni-
cações entre redes e sites remotos. O domínio deste saber promoverá o profissional a
um elevado patamar de carreira e valor em termos de empregabilidade e negócios.
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Protocolos de Roteamento Dinâmicos
Protocolos de roteamento dinâmicos são algoritmos especiais que unem conceitos
matemáticos e lógicos em torno de uma necessidade comum ao ambiente de conec-
tividade. Sempre que roteadores ou outros dispositivos atuantes em camada 3 tomam
decisões de encaminhamento de pacotes com base em endereços de destino, estes
componentes são de vital importância para a dinâmica dos processos que se executam.
Estas decisões normalmente são baseadas em análises feitas sob o ponto de vista
de todos os roteadores que compõem um segmento de rede. Estes roteadores trocarão
entre si diversas informações pertinentes ao ambiente de roteamento onde estão posi-
cionados. E estas informações subsidiarão o início e a manutenção de tabelas, bancos de
dados e controles, cujo objetivo é a convergência de uma comunicação eficiente na troca
de pacotes. Bem semelhante, por exemplo, a um sistema de GPS, em que diante de um
mapa geográfico (topologia da rede) decisões de escolhas de caminhos são tomadas com
base em algum fator variável (métricas).
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Conceitos Essenciais de Redes e Roteamento
Figura 1
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
Um ponto importante a ser considerado é que uma rede ampla, que justifique a uti-
lização de protocolos de roteamento em larga escala, estará necessariamente estendida
e/ou distribuída ao longo de diversos edifícios, seja dentro de um único local geográfico
ou englobando diversas regiões (bairros, cidades, países).
Na figura acima, observe que existem camadas de redes definidas de acordo com
o porte da corporação. É razoável imaginarmos que o mecanismo orientador de tudo
isso, a força que impulsiona o tamanho dessa rede como um todo, está na camada mais
abaixo, conhecida como Camada de acesso. O objetivo final de uma rede nada mais é
do que oferecer serviços a tudo o que se encontra nessa camada. Receber seus pacotes
e conseguir conduzi-los com eficiência e performance para dentro e fora desta estrutura
corporativa. Desta forma, toda a estrutura de distribuição, backbone, core, gateways
de internet, terá exatamente o tamanho necessário para suportar a camada de acesso.
Vamos destacar isto, pois se trata de um conceito de extrema importância num ambiente
de conectividade complexo.
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O porte estrutural de uma rede está diretamente relacionado ao tama-
nho de sua camada de acesso. De tal forma que o crescimento expo-
nencial do acesso apontará sempre para necessidades de ampliação
das estruturas de backbone. (Cisco Networking Academy, 2017)
Em outras palavras, uma camada de core que suporte um ambiente de acesso de 300
usuários jamais poderá ser igual à mesma situação para um ambiente com 3000 usuários.
Além deste conceito de relação entre as camadas, a figura 1 também nos apresenta
outros aspectos sobre as estruturas de redes onde atuarão nossos protocolos dinâmicos:
Figura 2
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
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Conceitos Essenciais de Redes e Roteamento
Uma boa prática para um ambiente de rede seria a utilização de um único protocolo
de roteamento dinâmico. Porém, diante da ampliação das estruturas isto se torna bas-
tante difícil e irreal. Tanto que os dispositivos de roteamento em sua maioria são de
multiprotocolos e também saem de fábrica preparados para atuar com protocolos não
proprietários. Isto evita contratempos aos clientes destes produtos, abrindo espaço para
ambientes multivendor.
Se a corporação se encaixa no contexto de Multihomed, o protocolo BGP estará
presente nos roteadores de borda que se conectam à internet. Uma alternativa a isto
será ainda a presença de roteamento estático ou combinações com BGP.
Perceba que no Campus enterprise, o roteamento aponta para o OSPF e também o
EIGRP. Para este segundo protocolo, os roteadores serão exclusivamente Cisco.
No cenário de agregação de WAN, podemos imaginar a operadora interligando os
pontos da empresa cliente com serviços como MPLS. Neste caso, o roteamento entre os
pontos poderia ser também realizado com o OSPF, por exemplo, numa estrutura multiá-
rea que abrangesse também a parte do campus. Maiores explicações sobre este formato
estarão presentes mais à frente. O EIGRP, numa estrutura totalmente Cisco, também
seria viável e aqui, também, porque não lembrarmos do antigo, mas ainda funcional,
RIPv2? Afinal ele sobreviveu ao tempo e se adaptou ao mundo novo do IPV6... Neste
cenário, podemos imaginar o RIPv2 numa estrutura mais modesta, com menos pontos
sendo interligados e também roteadores de menor capacidade de processamento.
Em termos gerais, podemos elencar alguns itens a serem considerados para uma
escolha do protocolo adequado nos ambientes, veja:
Informações relevantes para uma escolha de protocolo:
• Tamanho da rede: esta informação irá possibilitar a criação do filtro adequado
para a escolha de um protocolo que tenha a abrangência adequada ao volume de
roteamento a ser executado.
• Necessidade de suporte a multivendor: determinar se o ambiente de roteamen-
to possui equipamentos de diferentes fabricantes e portes de roteador. A integração
é sempre mais trabalhosa, mas pode trazer economia financeira à corporação.
• Nível de conhecimento do protocolo específico.
Mais especificamente sobre o protocolo a ser escolhido, importante ainda considerar
o seguinte:
• tipo de algoritmo de roteamento;
• velocidade de convergência;
• escalabilidade.
Os itens acima se tornam relevantes na escolha, na medida em que algoritmos
mais pesados podem não ser compatíveis com hardware dos roteadores da empresa.
Ou ainda, em situações em que a instabilidade dos links pode provocar determinadas
“flutuações” dos protocolos e a velocidade na convergência minimizaria o impacto sobre
o funcionamento da rede. E, por fim, a escalabilidade, como o item mais importante, faz o
protocolo escolhido ter uma sobrevida mais longa na estrutura, suportando seu crescimento.
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Classificação dos Protocolos de Roteamento
De acordo com seu posicionamento e funcionalidade na estrutura da rede, os proto-
colos de roteamento se dividem da seguinte forma:
E redes mais distantes têm seu alcance mensurado pelo número de saltos que con-
tabiliza a mudança de um equipamento ao outro, mas sempre dando continuidade
à informação recebida do vizinho direto.
Desta forma, os vetores de distância são associados a algoritmos mais simples, geran-
do menos carga de processamento aos roteadores que lhes suportam e também po-
dendo funcionar bem em ambientes com roteadores de menor porte. Por outro lado,
as trocas periódicas de tabelas de roteamento requerem mais uso de link para esse
tráfego. O ponto de equilíbrio disto está justamente no fato de que existem limites
nas métricas de saltos, que restringem o alcance deste modelo de protocolo e conse-
quentemente não acontecerão trocas de tabelas muito grandes entre os roteadores.
• Link State: neste modelo de funcionamento, os protocolos também se vinculam
aos seus vizinhos diretos, porém baseiam esta relação em algo chamado tabela
de adjacências. Com os adjacentes trocam avisos de estado de links (LSA). Esses
LSA´s compõem uma espécie de banco de dados relacionado ao estado dos links.
Cada roteador da topologia mantém um banco de dados como este e sua manu-
tenção está ligada a esta relação entre os vizinhos. Mas, diferentemente do modelo
Vetor de distância, os links states possuem visão ampla da topologia, pois além da
tabela de adjacências, também se utilizam de uma tabela de topologia. Esta tabela de to-
pologia se forma a partir das trocas de informações de adjacências entre os roteadores.
Uma tabela de topologia é uma espécie de mapa que cada roteador possui das re-
des existentes e suas respectivas distâncias. Aqui também, um destaque importante
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Conceitos Essenciais de Redes e Roteamento
é que a distância de uma rede não é medida por saltos e sim por custos de caminho,
que por sua vez se relacionam bastante com a largura de banda dos links.
Convergência
Como já comentado anteriormente, protocolos de roteamento são algoritmos cuja
função é estabelecer os melhores caminhos em uma rede para as trocas de pacotes.
Para que executem este trabalho, precisam ser municiados de determinadas informa-
ções sobre o ambiente onde atuam. Informações que por vezes sofrem variações em
relação a diversos aspectos de seu status. Como exemplos, podemos lembrar que um
serviço de conexão fornecido por uma operadora passa por instabilidades, que interfa-
ces de equipamentos podem oscilar em seu funcionamento e, ainda, que as conexões
físicas de uma rede interna podem se alterar por diversos motivos.
Desta forma, os algoritmos dos protocolos precisam lidar com variáveis. E esta parte
do seu funcionamento estará bastante atrelada aos registros que conseguir manter de
todo o movimento da rede. Seus bancos de dados, seus pacotes de trocas de informa-
ções entre os roteadores e até a rapidez na percepção das alterações.
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O conceito de convergência até pode ser comparado de forma simples com algo
corriqueiro ao nosso dia a dia. Pense, por exemplo, num grupo de amigos que, reunido
na tradicional mesa de bar, discute um assunto qualquer. A princípio, vale ressaltar que
quanto maior for o número de amigos e mais amplo for o assunto, mais complicado será
imaginar o grupo chegando a uma convergência de ideias... Algo como todos estando
de acordo com os termos colocados e as “verdades” apresentadas. Se imaginarmos, por
exemplo, 15 pessoas discutindo sobre aspectos políticos do Brasil, ficará bem complica-
do pensarmos em uma convergência de ideias. Se o assunto for religioso, ou esportivo,
talvez a convergência seja algo inatingível...
Por outro lado, ao falarmos de uma ciência exata e de máquinas, como é o caso dos
roteadores, a convergência é algo mais tangível, justamente porque devemos considerar
que todos estão programados com o mesmo protocolo e suas características buscarão
as informações necessárias a um ponto comum de funcionamento. A este ponto co-
mum de conhecimentos sobre a topologia, sobre as redes existentes e seus status de
funcionamento, atribuímos o nome de convergência. A importância deste objetivo ser
atingido é tão grande, que sem ele os algoritmos se tornam inúteis, pois o produto de
seus cálculos não chegará a uma condição eficiente de roteamento. Os pacotes poderão
não atingir seus objetivos ou até mesmo experimentarmos o chamado overhead, quan-
do um destino custa bem mais a ser atingido do que precisaria, gerando processamento
desnecessário, duplicidade de encaminhamento, loopings e outras coisas “nefastas” do
submundo IP.
Para que os algoritmos consigam completar seu trabalho, precisam reunir as infor-
mações de maneira convergente. E a convergência, neste caso, não significa dizer que
todos os roteadores possuirão as mesmas tabelas de roteamento, ou a mesma conside-
ração de custos para as redes. Informações precisam refletir as variáveis que lhes são
pertinentes em função da posição em que se encontram, mas sempre apontando para
um mesmo fim. Tecnicamente falando, num ambiente link state, por exemplo, dizemos
que os roteadores estão em convergência quando seus bancos de dados possuem as
mesmas informações sobre o estado das redes que conhecem. Em vetores de distância,
atingimos convergência quando todas as redes da topologia estão presentes nas tabelas
de roteamento dos dispositivos.
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Conceitos Essenciais de Redes e Roteamento
Figura 3
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
Imagine que o Router A pertence a uma empresa onde internamente estejam con-
figuradas centenas de sub-redes, todas enquadradas nos blocos informados na nuvem.
A tabela de roteamento do Router A pode inclusive conter todas estas sub-redes subor-
dinadas a cada um destes blocos /24. A questão a ser considerada aqui é se ao passar
informações de roteamento ao Router B, todas estas sub-redes ou mesmo seus blocos
/24 precisariam ser encaminhados. Na maioria dos casos, encaminhar a tabela de rote-
amento na íntegra ao Router B apenas aumentaria o volume deste transporte de forma
desnecessária. E vale lembrar também que outros roteadores nos caminhos poderiam
agregar a este fluxo todas as suas redes, aumentando ainda mais o tamanho destas tabe-
las ou atualizações, de acordo com o tipo de protocolo utilizado.
Visando otimizar a operação do ambiente, uma sumarização de rota faria com que
apenas o bloco 10.12.0.0 /21 fosse encaminhado ao Router B como sendo um repre-
sentante de todos os blocos menores existentes naquela empresa, representada pelo
Router A.
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Consideremos alguns aspectos desta situação:
Figura 4
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
Em outras palavras, um bloco sumarizador poderia ser comparado a uma caixa usada
para o transporte de objetos. Quando o bloco sumarizador é exato, seria como uma
caixa específica para o objeto a ser transportado. Mas, na figura acima, seria razoável
pensar numa caixa de uma geladeira sendo utilizada para transportar um mouse...
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Conceitos Essenciais de Redes e Roteamento
O melhor a ser feito seria desabilitar qualquer sumarização automática e deixar que
os 4 blocos sejam encaminhados da forma como estão.
Como conclusão deste assunto, considere que uma ampla compreensão sobre suma-
rização de redes é de extrema importância na operação de protocolos tais como o OSPF
e BGP em redes amplas.
Figura 5
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
Figura 6
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
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Tabela 1
IPv4 Multicast Address Description
224.0.0.5 Used by OSPFv2: All OSPF Routers
224.0.0.6 Used by OSPFv2: All Designated Routers
224.0.0.9 Used by RIPv2
224.0.0.10 Used by EIGRP
IPv6 Multicast Address Description
FF02::5 Used by OSPFv3: All OSPF Routers
FF02::6 Used by OSPFv3: All Designated Routers
FF02::9 Used by RIPng
FF02::A Used by EIGRP for IPv6
Figura 7
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
Figura 8
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
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Figura 9
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
Figura 10
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
Roteadores são diretamente conectados, sem que haja entre eles nenhum modelo de
comutação ou reencaminhamento. Longas distâncias podem estar no meio desta cone-
xão, mas ainda assim nenhum equipamento estará presente. Algumas vezes podemos
imaginar mudanças ou conversão de mídias no meio do caminho.
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O comportamento dos protocolos de
roteamento pode se alterar e exigir adap-
tações em face de alguns destes modelos
de conexão; vejamos alguns exemplos:
pois loopings de roteamento poderiam se formar. Isto funciona desta maneira em fun-
ção de um mecanismo denominado Split Horizon, existente nas interfaces do roteador.
Por isso, neste ambiente, se faz necessário alterar o funcionamento do Split Horizon
para que a propagação de roteamento possa acontecer entre o HUB (nome dado ao
dispositivo de centro da topologia) e os spokes (dispositivos periféricos na topologia).
Broadcast → Replicação de pacotes feita pelo OSPF neste modelo de redes aumenta
sobremaneira o consumo de Largura de banda e de latência no ambiente. Normalmente
em ambientes assim, soluções como criação de sub-interfaces no roteador podem resolver.
Figura 12
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
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Figura 13
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
Figura 14
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
Este modelo de conexão muitas vezes aponta para as vantagens do uso de rotea-
mento estático, principalmente quando não existe a opção de caminhos alternativos,
tornando oneroso o uso de algoritmos de roteamento.
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Algumas das características que tornam o PPP bem mais adequado:
• autenticação: 2 sub protocolos (PAP, CHAP) que habilitam autenticação na cone-
xão entre 2 roteadores;
• multilink: possibilidade de criar uma interface lógica que soma as capacidades de
diversas interfaces físicas (seriais);
• compressão: mecanismo de compactação de dados, visando reduzir uso de largura
de banda dos links;
• controle de qualidade do link: mecanismo que permite encerrar um link caso a
qualidade do mesmo fique abaixo de um patamar definido.
Exemplo de uma configuração básica do PPP com os dois modelos de autenticação:
Figura 15
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
Uma outra forma bastante comum de conexão é o uso do PPPoE. Uma situação em
que o PPP funciona como uma espécie de túnel para interligação entre redes Ethernet.
Observe abaixo:
Figura 16
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
Para a criação deste túnel PPP, fazemos a utilização de uma interface virtual chamada
de Dialer. Esta interface é criada no roteador e toda a configuração do PPP é colocada
nela. O endereço ip desta interface pode ser estático ou mesmo atribuído por DHCP,
proveniente da operadora que fornece o serviço.
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Conceitos Essenciais de Redes e Roteamento
Este sistema descrito acima está relacionado à maioria dos acessos caseiros e de pe-
quenos escritórios de internet aqui no Brasil atualmente.
Por padrão, uma rede Frame Relay está dentro do contexto de uma NBMA (vista
mais acima). O ambiente Cisco implementa uma espécie de pseudo-broadcast para
emular o ambiente de uma LAN ip tradicional. Isto é realizado por alguns mapeamen-
tos dinâmicos dentro da rede Frame Relay. Estes mapeamentos, chamados de INARP
(inverse arp) num cenário de ipv4 e IND (Inverse Neighbor Discovery) no ipv6, estabe-
lecem associações entre endereços ip e um outro valor, próprio da comutação Frame
Realy, chamado de DLCI (Data link connection identifier). Por padrão, as interfaces
físicas encapsuladas como Frame Relay têm o split horizon desabilitado para evitar as
situações de looping já citadas anteriormente.
Observe alguns modelos de conexão utilizados num cenário de comutação Frame Relay:
• Em full-mesh, todos os roteadores possuem conexão entre si ativada para a troca
de pacotes.
• No modelo partial-mesh, parte dos roteadores possui conexões ativas entre si.
• Em Hub-and-spoke, todas as conexões são fechadas com um roteador central,
normalmente a matriz da corporação.
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Modelos de Conectividade VPN
MPLS L3 VPNs
• O tráfego é encaminhado através de um backbone MPLS, fazendo uso de labels
distribuídas entre os core routers do sistema.
• Com uma VPN MPLS L3, a operadora participa do processo de roteamento do cliente.
• A operadora estabelece pontos de roteamento entre os roteadores conhecidos
como CE e PE dentro do sistema MPLS.
• As rotas do cliente, provenientes do roteador CE (Customer Edge), ao serem rece-
bidas no roteador PE (Provider Edge), são redistribuídas no MP-BGP e transporta-
das pelo backbone até o roteador PE remoto, chegando por fim ao CE de destino.
• Em seguida, retornam, através do mesmo processo de redistribuição MP-BGP, ao
PE-CE original.
• Um aspecto importante a se destacar é que os protocolos de roteamento utilizados en-
tre os roteadores CE-PE nas duas pontas da conexão podem ser totalmente diferentes.
• Aspectos do roteamento através de MPLS VPN L3:
MPLS L2 VPNs
• Um roteador CE de uma VPN MPLS L2 se conecta a um roteador PE, utilizando
uma conexão de camada 2, sendo Ethernet o padrão mais comum.
• O tráfego entre os roteadores PE é encaminhado sobre um mecanismo denomina-
do pseudowire, estabelecido entre as pontas tal qual um link virtual ponto a ponto.
O pseudowire emula serviços de comunicação, tal qual um “fio transparente” que
carrega quadros de camada 2 através do backbone MPLS.
• Este serviço se divide em 2 categorias:
» Virtual Private Wire Service (VPWS): uma tecnologia ponto a ponto que per-
mite o transporte de qualquer protocolo de camada 2 no roteador PE.
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Conceitos Essenciais de Redes e Roteamento
VPNs de túnel
• GRE: protocolo desenvolvido pela Cisco que permite o encapsulamento de proto-
colos de camada 3 dentro de uma rede ponto a ponto. O tráfego transportado num
túnel GRE não é criptografado, mas isto pode ser feito através do IPSEC.
» Aspectos do roteamento em ambientes com de túnel GRE:
Figura 22
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
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» 4 importantes serviços associados ao IPSEC no ambiente:
• Confidencialidade (criptografia): ninguém pode ler ou escutar a comunica-
ção, caso seja interceptada.
• Integridade dos dados: impede a alteração das informações transmitidas antes
que cheguem até receptor.
• Autenticação: garante que a comunicação aconteça realmente com quem se
deseja. O IPSEC usa IKE (internet Key Exchange) para autenticar usuários e
dispositivos que podem executar comunicação independente.
• Proteção antireplay: este recurso garante que cada pacote seja único e não
seja duplicado.
• DMVPN: solução desenvolvida pela Cisco com o objetivo de dinamizar o esta-
belecimento de túneis IPSEC, tanto no formato Hub and Spoke como entre os
Spokes. Vantagem principal da solução é a redução de latência e otimização de
comunicação entre os pontos conectados. Protocolos de roteamento dinâmicos são
suportados entre os hubs e os spokes, além de tráfego de Multicast IP.
Figura 23
Fonte: Cisco Systems, EUA, 2017
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DMVPN é uma tecnologia desenvolvida pela Cisco Sytems e como tal estará disponível ape-
nas em seu conjunto de equipamentos.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Estudo de redes em capítulos
Júlio Battisti – Estudo de redes em capítulos, 2018. Parte 5 - Roteamento IP.
https://goo.gl/eN5YiW
Estudo de redes em capítulos
Júlio Battisti – Estudo de redes em capítulos, 2018. Parte 6 – Tabelas de roteamento.
https://goo.gl/vHdasF
Livros
Análise de tráfego em redes TCP/IP
João Eriberto Mota Filho. Análise de tráfego em redes TCP/IP. São Paulo: Editora
Novatec, 2013.
Vídeos
Introdução ao roteamento de pacotes IP
NIC BR, 2018.
https://youtu.be/y9Vx5l-th9Y
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Conceitos Essenciais de Redes e Roteamento
Referências
CORMEN, Thomas H. Algoritmos: teoria e prática. 3 ed. São Paulo: Elsevier, 2012.
FARREL, Adrian. A internet e seus protocolos. 1 ed. São Paulo: Elsevier, 2005. 608 p.
MOTA FILHO, João Eriberto. Análise de tráfego em redes TCP/IP. São Paulo:
Novatec, 2013.
XAVIER, Fabio Correa. Roteadores Cisco. 2ª ed. São Paulo: Novatec, 2010. 264 p.
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