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COMPREENDER

OS DIREITOS HUMANOS
MANUAL DE EDUCAÇÃO PARA OS DIREITOS HUMANOS

Coordenação: VITAL MOREIRA e CARLA DE MARCELINO GOMES


Com a colaboração de ANA FILIPA NEVES, CATARINA DE MARCELINO GOMES,
HELENA BASTOS, PEDRO BRUM E RITA PÁSCOA DOS SANTOS
e de IRACEMA AZEVEDO (Angola), MÁRCIA MORIKAWa (Brasil), ALCINDO SOARES
e HELENA SILVES FERREIRA (Cabo Verde), AUA BALDÉ (Guiné-Bissau),
EUGÉNIA MARLENE REIS DE SOUSA (Moçambique),
RUI MANUEL TRINDADE SÉCA (São Tomé e Príncipe) e DÉLIA BELO (Timor-Leste)

Versão original editada por WOLFGANG BENEDEK


European Training and Research Centre for Human Rights and Democracy (ETC)
(Centro Europeu de Formação e Investigação em Direitos Humanos e Democracia)
Graz, Áustria
© Ius Gentium Conimbrigae/Centro de Direitos Humanos
Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC)
Portugal

Com o apoio de:

Uma contribuição para a Rede de Segurança Humana


por iniciativa do Ministério Federal para os Assuntos Europeus e Internacionais, Áustria,
com financiamento da Agência Austríaca para o Desenvolvimento.

Todos os direitos reservados.

© 3ª edição em Língua Inglesa: European Training and Research Centre for Human Rights
and Democracy (ETC) Graz, 2012

Grafismo:
JANTSCHER Werberaum
www.werberaum.at
3

PREFÁCIO DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE


LÍNGUA PORTUGUESA - CPLP
É com enorme prazer que a CPLP se as- reforço da paz, da segurança e do desen-
socia à primeira edição em Língua Portu- volvimento humano dos países que com-
guesa do Manual Compreender os Direitos põem a CPLP. Seguindo uma recomen-
Humanos. dação do Conselho de Ministros da CPLP
Para a CPLP, o apadrinhamento desta obra foi assinado, em 2006, um Memorando de
representa um marco especial e um passo Entendimento com o Alto Comissariado
em frente num tema que a CPLP há muito de Direitos Humanos da ONU, refletindo o
promove e que agora vê aqui consagrado: desafio comum na promoção e defesa dos
a defesa e a promoção dos direitos huma- direitos humanos e liberdades fundamen-
nos. tais, o fortalecimento da relação institucio-
À luz dos seus Estatutos, a CPLP rege-se nal e o desenvolvimento da cooperação
por princípios como o primado da Paz, técnica no campo dos direitos humanos.
da Democracia, do Estado de Direito, Também sob recomendação dos Chefes de
dos Direitos Humanos e da Justiça Social Estado e de Governo da CPLP, realizou-
e dentro da sua missão deve estimular a se, em outubro de 2012, em Cabo Verde,
cooperação entre os seus membros com o um seminário sobre a criação e o reforço
objetivo de promover as práticas democrá- de Instituições Nacionais de Direitos Hu-
ticas, a boa governação, a justiça social e o manos (INDH), em conformidade com os
respeito pelos direitos humanos. “Princípios de Paris”, nos Estados mem-
Nesse âmbito, a CPLP aprovou em 2003, bros da CPLP, que encorajou as INDH dos
uma Resolução sobre Direitos Humanos e países de língua portuguesa a estabelece-
Abolição da Pena de Morte, pela qual rei- rem uma rede para partilhar entre si, e nos
terou o seu compromisso para com a pro- fora internacionais, experiências, melho-
moção e proteção dos direitos humanos res práticas e desafios das INDH.
e incentivou os Estados membros a irem Apraz-nos poder comunicar que a oficiali-
mais além neste âmbito, encorajando-os zação desta Rede coincidirá com o lança-
a integrarem normas internacionais de mento do presente Manual. A CPLP dá
direitos humanos nos seus ordenamentos assim um passo em frente na contribuição
nacionais, a incluírem uma abordagem de para o diálogo em matéria de direitos hu-
direitos humanos em programas e políti- manos nos países de língua portuguesa,
cas de desenvolvimento, a adotarem me- envolvendo membros ou representantes
didas de luta contra a violência sobre as do Governo, parlamentares, a sociedade
mulheres e as crianças e a reforçarem a civil e as INDH existentes, na criação ou
cooperação a nível internacional nos fora reforço de mecanismos conformes com os
das Nações Unidas. “Princípios de Paris”.
Em reuniões subsequentes, os Estados A CPLP tem também procurado nortear
membros da CPLP têm vindo a renovar a sua atividade de cooperação de acordo
o seu compromisso com estes princípios com os princípios de direitos humanos,
fundamentais dos direitos humanos para o apoiando projetos de cidadania para o
4 PREFÁCIO DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA - CPLP

desenvolvimento, como o projeto “meni- defender e promover os direitos humanos.


nos de rua” ou o projeto “ODM desafio Envidaremos todos os esforços para com-
universitário”, projetos de capacitação em bater violações de direitos humanos, pois
diversas áreas, como a saúde, o ambiente, estas não só ameaçam a existência de um
a segurança alimentar e, ainda, promo- grande número de pessoas nos nossos Es-
vendo o reforço da capacitação técnica, tados membros, como contribuem para a
de que é exemplo a formação em combate sua vulnerabilidade à violência, aos maus
ao tráfico de seres humanos, bem como a tratos e ao seu silêncio a nível social, polí-
promoção de um dialogo global inclusivo tico e económico.
no quadro da sua participação na platafor- Apenas através do respeito integral e ho-
ma das Nações Unidas “Aliança das Civi- lístico dos direitos humanos podemos su-
lizações”. perar esses desafios e contribuir para o
Estamos, por isso, convictos de que no desenvolvimento sustentável das nossas
quadro desta agenda a CPLP irá continuar sociedades.
a promover a necessária e desejável uni- Da nossa parte daremos o nosso total
versalização dos direitos humanos – numa apoio para que assim o seja.
perspetiva de cidadania global de direitos
– e também desenvolver medidas que fo- Murade Murargy
mentem a promoção desses direitos por
todos os cidadãos da Comunidade. Embaixador
Por tudo isto, e de acordo com os princí- Secretário Executivo da CPLP
pios orientadores da CPLP, reafirmamos a
nossa convicção e assumimos a missão de Lisboa, 16 de Maio de 2013.
5

PREFÁCIO DO IUS GENTIUM CONIMBRIGAE


- CENTRO DE DIREITOS HUMANOS DA FA-
CULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE
COIMBRA

O Ius Gentium Conimbrigae/Centro de os países de língua oficial portuguesa. Daí


Direitos Humanos (IGC/CDH) da Fa- que tenhamos convidado para a equipa os
culdade de Direito da Universidade de seguintes colaboradores desses países, que
Coimbra (FDUC) – o mais antigo centro contribuíram para essa recolha: Alcindo
universitário de direitos humanos em Soares (Cabo Verde), Aua Baldé (Guiné-
Portugal – orgulha-se de se associar ao Bissau), Délia Belo (Timor-Leste), Eugénia
projeto Understanding Human Rights Marlene Reis de Sousa (Moçambique), He-
– Manual on Human Rights Education, lena Silves Ferreira (Cabo Verde), Iracema
organizado pelo European Training and Azevedo (Angola), Márcia Morikawa (Bra-
Research Centre for Human Rights and sil) e Rui Manuel Trindade Séca (São Tomé
Democracy (ETC), em Graz (Áustria), di- e Príncipe).
rigido pelo Professor Wolfgang Benedek,
ficando assim o IGC/CDH responsável A presente edição em língua portuguesa
pela versão e adaptação em língua por- tem por base a versão inglesa da 3ª edi-
tuguesa do livro Compreender os Direitos ção original do Manual publicada em
Humanos - Manual de Educação para os 2012. Considerando o nosso objetivo de
Direitos Humanos. disseminação do livro e, acima de tudo,
do que ele representa, ou seja a educa-
Para que este projeto fosse possível, foi ção para os direitos humanos, foi também
constituída no âmbito do IGC uma equipa nossa opção criar uma página na net para
de trabalho coordenada por Vital Moreira este projeto, alojada no website do IGC/
e Carla de Marcelino Gomes e composta CDH (www.fd.uc.pt/igc/), onde se pode-
por Ana Filipa Neves, Catarina de Marce- rá encontrar a versão eletrónica em lín-
lino Gomes, Helena Bastos, Pedro Brum e gua portuguesa deste livro, bem como os
Rita Páscoa dos Santos, que reúnem vá- respetivos materiais adicionais de apren-
rias formações académicas e com com- dizagem, também traduzidos para portu-
petências no domínio da língua inglesa guês e existentes, em inglês, no site origi-
e, em especial, no inglês técnico jurídico nal do projeto, no ETC.
e das ciências de educação. A equipa de
trabalho desde cedo se apercebeu que o É também nosso objetivo proceder à divul-
livro Compreender os Direitos Humanos gação do livro e do projeto em cada um
sairia enriquecido se nele pudessem ser dos países de língua oficial portuguesa,
incorporadas referências bibliográficas e aproveitando a oportunidade do lança-
informações adicionais oriundas de todos mento local da iniciativa para organizar
6 PREFÁCIO DO IUS GENTIUM CONIMBRIGAE

sessões de trabalho, com o intuito de di- Para um centro de direitos humanos como
fundir o método de trabalho do manual. o IGC, dedicado ao ensino e à formação
Pareceu-nos, portanto, um enlace natural em direitos humanos, a educação em di-
a associação da organização da Comuni- reitos humanos é em si mesma um direito
dade dos Países de Língua Portuguesa a fundamental de todos e de cada um. Daí a
este projeto, cujo apoio institucional e fi- importância deste livro.
nanceiro muito nos honra.
Coimbra, 25 de Abril de 2013.
Por fim e acima de tudo, pretende-se com
este projeto contribuir para uma difusão
de informação teórica, prática e de aces-
so fácil relativa aos direitos humanos, na
senda do artº 1º, nº 1, da Declaração das
Nações Unidas sobre Educação e Forma-
ção em Direitos Humanos, de 2011, segun- Vital Moreira
do a qual “Todas as pessoas têm direito a
saber, procurar e receber informações sobre
todos os direitos humanos e liberdades
fundamentais e devem ter acesso à edu-
cação e formação em matéria de direitos
humanos”1.
Carla de Marcelino Gomes

1
Tradução livre da equipa técnica.
7

AGRADECIMENTOS DA VERSÃO EM LÍNGUA


PORTUGUESA

Agradecemos à Comunidade dos Países de Ribeiro Sales, ao Dr. Caíque Thomaz Leite
Língua Portuguesa, que não só viabilizou da Silva, à Drª Cátia Duarte, à Drª Isabel
financeiramente esta 1ª edição em língua Gomes, à Drª Rita Perdigão e ao Engº Pa-
portuguesa do Manual, como nos auxiliou trício Figueiredo pelo seu precioso contri-
na revisão final e, neste particular, o agra- buto, em sede de revisão final das provas
decimento recai nas pessoas do Dr. Ma- e pela sua pronta disponibilidade, mesmo
nuel Clarote Lapão, Dr. Philip Baverstock com um prazo tão limitado. Agradecemos,
e Dr. Mário Mendão. ainda, às nossas famílias pela infindável
Este Manual não teria sido possível sem a paciência e apoio, ao longo destes anos.
colaboração de inúmeras pessoas que nos Alguns dos colaboradores responsáveis
auxiliaram em várias fases do processo. pelo capítulo das Referências Bibliográ-
Desde logo, gostaríamos de demonstrar a ficas e Informação Adicional em Língua
nossa gratidão ao Professor Doutor Wolf- Portuguesa gostariam, igualmente, de for-
gang Benedek, que nos honrou com o con- mular agradecimentos pelo auxílio que
vite para nos associarmos a este projeto e obtiveram na recolha da informação ne-
pela sua sempre pronta disponibilidade ao cessária. Infra, encontraremos os agradeci-
longo destes anos de trabalho. Agradece- mentos pela colaboração externa relativos
mos igualmente à Drª Barbara Schmiedl a Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau
e à Drª Sarah Kumar, pelo apoio na trans- e Moçambique.
missão de documentos e informações in- Angola: Secretaria de Estado para os Di-
dispensáveis. reitos Humanos, representada pela Dr.ª
Devemos um agradecimento muito sentido Ana Januário, e Centro Cultural Mosaiko,
ao Senhor Professor Doutor Jónatas Macha- representado pelo Frei Mário Rui Marçal,
do pelo seu aconselhamento sempre lúci- aos quais se endereça, desde já, os devidos
do e pelo acompanhamento constante ao agradecimentos.
longo das várias fases deste projeto. Agra- Brasil: Agradecimentos especiais ao Dr.
decemos à Drª Maria Natália Neves, pelo Francisco Prado de Paula Avelino, Auditor
auxílio no que respeita à língua inglesa e à Federal de Controle Externo do Tribunal
revisão final das provas. À Drª Ana Paula de Contas da União, Brasília-DF, pela sua
Silva agradecemos o inestimável auxílio na importante e imprescindível colaboração
criação da página web dedicada ao livro, nas pesquisas elaboradas desde Brasília.
bem como a elaboração da capa e contra- Agradecimentos ao Centro de Pesquisas e
capa para esta edição. À Drª Bárbara Alves Estudos Jurídicos de Mato Grosso do Sul
agradecemos o seu sempre pronto apoio, pela disponibilização de sua biblioteca, à
nomeadamente, em matérias de formata- Dra. Vanívia Zanuzzo pelo seu zeloso au-
ção e revisão gráfica. Um agradecimento xílio com pesquisas realizadas no Mara-
especial é ainda dirigido à Drª Ana Amélia nhão, e ao Professor Doutor Fábio d’Ávila
8 AGRADECIMENTOS DA VERSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

da Faculdade de Direito PUCRS pela sua (“Democracia pelo Direito”) do Conselho


colaboração sobre a proibição da tortura. da Europa. Diversos trabalhos publicados
Cabo Verde: Nossos agradecimentos a to- na área dos direitos fundamentais ao nível
das as Instituições que de pronto e gen- nacional e ao nível da União Europeia; co-
tilmente aceitaram colaborar connosco e, autor, junto com J. J. Gomes Canotilho, da
muito em particular, a toda a equipa da Constituição da República Portuguesa Ano-
Comissão Nacional para os Direitos Hu- tada, dois vols., 4ª edição, Coimbra Edito-
manos e Cidadania, presidida pela Dra. ra, Volume I: 2007; Volume II: 2010.
Zelinda Cohen, Associação Cabo-verdiana
de Mulheres Juristas, através da sua Presi- Carla de Marcelino Gomes
dente e a Biblioteca Nacional. Coordenadora de Projetos e investigadora
Guiné-Bissau: A investigação foi feita com no Ius Gentium Conimbrigae/Centro de
a colaboração de Ercilio Evora, a quem Direitos Humanos (IGC/CDH), da Faculda-
muito agradecemos. de de Direito da Universidade de Coimbra,
Moçambique: Agradecimentos ao Dr. Dá- onde trabalha desde setembro de 2001.
rio Caetano de Sousa, docente de Direitos Doutoranda em “Política Internacional e
Fundamentais na Universidade São Tomás Resolução de Conflitos”, na Faculdade de
de Aquino em Maputo, que fez a pesqui- Economia, Universidade de Coimbra, es-
sa de algumas referências na Biblioteca pecialização nas áreas da justiça de tran-
da Universidade Eduardo Mondlane e que sição e das crianças-soldado. Detém o Eu-
forneceu algumas referências que têm sido ropean Master’s Degree in Human Rights
utilizadas nas suas aulas. Ao Diogo Ma- and Democratisation (2001), especializa-
nuel Coelho da Rocha que manifestou o ção em Direitos da Criança. Licenciada
interesse nos temas e fez a pesquisa nas em Direito (1996) pela Universidade de
bases de dados da Biblioteca do Instituto Coimbra. Codirectora executiva do Curso
Superior de Ciências Sociais e Políticas da em Operações de Paz e Ação Humanitária.
Universidade Técnica de Lisboa. Integra o corpo docente da Pós-graduação
em Direitos Humanos, no IGC/CDH, desde
2002. Tem várias publicações nas áreas da
NOTAS BIOGRÁFICAS DOS sua especialização. Participa em missões
COORDENADORES: de reconstrução pós-conflito e de desen-
volvimento, particularmente, em matérias
Vital Moreira de construção institucional, redação legis-
Professor da Faculdade de Direito da Uni- lativa e didática, bem como formação, em
versidade de Coimbra; vice-presidente do colaboração com entidades governamen-
Ius Gentium Genimbrigae/Centro de Direi- tais, ONU e ONG.
tos Humanos; cocoordenador e professor
da Pós-Graduação em Direitos Humanos do
Ius Gentium Conimbrigae da Faculdade de
NOTAS BIOGRÁFICAS DOS IN-
Direito da Universidade de Coimbra; diretor VESTIGADORES DO IGC:
nacional do European Master’s Programme
in Human Rights and Democratisation (Ve- Ana Filipa Neves
neza); antigo juiz do Tribunal Constitucio- Doutoranda do Programa de Doutora-
nal; antigo membro da Comissão de Veneza mento “Política Internacional e Reso-
NOTAS BIOGRÁFICAS DOS INVESTIGADORES DO IGC 9

lução de Conflitos”, na Faculdade de Helena Patrícia Bastos


Economia, Universidade de Coimbra. Pós-graduada em Relações Internacionais,
Em 2008, concluiu o European Master’s Especialização em Estudos para a Paz e
Degree in Human Rights and Democrati- Segurança pela Faculdade de Economia da
sation com tese desenvolvida no Danish Universidade de Coimbra; Pós-graduada
Institute for Human Rights, em Copenha- em Direitos Humanos pelo Ius Gentium
ga, na área do Islão, direitos humanos Conimbrigae/Centro de Direitos Humanos
das mulheres e migrações. Licenciada da Universidade de Coimbra. Licenciatura
em Direito pela Faculdade de Direito da em Relações Internacionais pela Faculdade
Universidade de Coimbra. Investigadora de Economia da Universidade de Coimbra.
e assessora no Ius Gentium Conimbri-
gae/Centro de Direitos Humanos da Fa- Pedro Brum
culdade de Direito da Universidade de Licenciado em Direito pela Universidade
Coimbra desde outubro de 2008. Integra, de Coimbra (1997) e Pós-graduado em
desde 2009, o corpo docente da Pós-Gra- Direito Penal Económico Europeu (1998),
duação em Direitos Humanos promovida também por esta Universidade. Em 2012,
pelo IGC/CDH. concluiu o Mestrado em Estudos de Se-
gurança Internacional, pela Universidade
Catarina de Marcelino Gomes de Leicester. Exerceu advocacia até 2005.
Licenciada e Mestre em Ciências da Edu- A sua experiência na área de direitos hu-
cação pela Faculdade de Psicologia e de manos resultou do exercício de assesso-
Ciências da Educação da Universidade de rias jurídicas em diversas instituições da
Coimbra e Mestre em Gestão de Recur- República Democrática de Timor-Leste,
sos Humanos pela Escola Superior de Al- nomeadamente no Ministério da Justiça,
tos Estudos do Instituto Superior Miguel Provedoria dos Direitos Humanos e Jus-
Torga. Desenvolveu estudos, na área da tiça e Ministério dos Negócios Estrangei-
Educação de Adultos e Psicologia Social ros. Trabalhou para instituições como o
na Facoltá delle Scienze della Formazione, Programa das Nações Unidas para o De-
Universidade de Florença, Itália. Enquanto senvolvimento, o Instituto Português de
Técnica Superior em Educação, tem exer- Apoio ao Desenvolvimento e a Fundação
cido funções na área de Educação e For- das Universidades Portuguesas.
mação de Adultos e Gestão da Formação,
nomeadamente, como coordenadora peda- Rita Páscoa dos Santos
gógica, mediadora e formadora no âmbito Licenciada em Direito pela Universida-
de Cidadania e Empregabilidade, Apren- de de Coimbra, frequentou igualmente a
der com Autonomia e em Processos de Re- parte escolar do curso de Pós-Graduação
conhecimento, Validação e Certificação de em Justiça Europeia sobre Direitos do Ho-
Competências. Certificada em Formação mem, coorganizado pelo Ius Gentium
de Formadores em Igualdade de Oportu- Conimbrigae/Centro de Direitos Huma-
nidades. Frequência da XV Pós-graduação nos e o CEDIPRE, da Faculdade de Direi-
em Direitos Humanos (2013), (IGC/CDH) to da Universidade de Coimbra. Em 2009,
da Faculdade de Direito da Universidade concluiu o Mestrado Europeu em Direitos
de Coimbra. Investigadora associada do Humanos e Democratização, pelo Euro-
IGC/CDH. pean Inter-University Centre for Human
10 AGRADECIMENTOS DA VERSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

Rights and Democratisation. Foi bolseira man Rights Fellowship por Harvard Hu-
deste Centro Inter-Universitário na Dele- man Rights Program. Trabalhou como
gação da União Europeia junto da ONU advogada em Lisboa e em Bissau. Na
e de outras organizações internacionais Guiné-Bissau, foi Assessora Jurídica no
em Genebra. Colabora com o Ius Gentium Ministério da Educação e Assessora para
Conimbrigae/Centro de Direitos Humanos Assuntos Políticos no Gabinete Integrado
como investigadora associada e foi consul- das Nações Unidas para a Consolidação
tora internacional na Provedoria dos Direi- da Paz na Guiné-Bissau.
tos Humanos e Justiça de Timor-Leste.
Délia Imaculada Costa Ximenes Belo
(Timor-Leste)
NOTAS BIOGRÁFICAS DOS CO- Estudante da Faculdade Direito Universi-
LABORADORES DE ANGOLA, dade de Coimbra (frequência do 4º ano do
curso de Direito). Integrou a equipa técni-
BRASIL, CABO VERDE, GUINÉ- ca do Ius Gentium Conimbrigae/Centro de
-BISSAU, MOÇAMBIQUE, SÃO Direitos Humanos da Faculdade de Direito
da Universidade de Coimbra, no âmbito
TOMÉ E PRÍNCIPE E TIMOR- de uma parceria estabelecida entre o IGC/
-LESTE: /CDH, o Ministério da Justiça de Timor-
Leste e a UNICEF-Timor Leste.
Alcindo Júlio Soares (Cabo Verde)
Licenciado em Direito pela Faculdade Eugénia Marlene Reis de Sousa (Moçam-
de Direito da Universidade de Coimbra. bique)
Pós-graduado em Direito da Comunicação, Frequência do 2º ano do Mestrado em Po-
pelo Instituto Jurídico da Comunicação, da líticas de Desenvolvimento de Recursos
Faculdade de Direito da Universidade de Humanos no Instituto Superior de Ciên-
Coimbra. XV Curso Norma de Formação cias Sociais e Políticas da Universidade
de Magistrados do CEJ (Centro de Estudos Técnica de Lisboa (2012/2013). Frequên-
Judiciários) de Lisboa. Magistrado do Mi- cia da XV Pós-Graduação em Direitos Hu-
nistério Público de Cabo Verde, exercendo manos (2013), Ius Gentium Conimbrigae/
funções de Procurador-Geral Adjunto. /Centro de Direitos Humanos da Faculda-
de de Direito da Universidade de Coim-
Aua Baldé (Guiné-Bissau) bra. Licenciada em Relações Internacio-
Advogada; atualmente a trabalhar na nais pelo Instituto Superior de Ciências
missão de manutenção da paz da ONU Sociais e Políticas da Universidade Técni-
na Costa do Marfim. Pós-graduada em ca de Lisboa.
Direitos Humanos, Ius Gentium Conim-
brigae/Centro de Direitos Humanos da Helena Silves Ferreira (Cabo Verde)
Faculdade de Direito da Universidade Licenciada em Direito e Tradutor/Intérpre-
de Coimbra. Mestre em Direito, com te (Inglês) pelo Centro Universitário Ad-
especializaçao em Direito Internacional ventista de São Paulo – UNASP, campus
dos Direitos Humanos, pela Faculdade Engenheiro Coelho. Tradutora e intérprete.
de Direito da Universidade de Harvard. Advogada e Consultora Jurídica. Respon-
Distinguida com o prémio Henigson Hu- sável pela coordenação e elaboração dos
NOTAS BIOGRÁFICAS DOS COLABORADORES DE ANGOLA, BRASIL, CABO VERDE, GUINÉ-BISSAU, MOÇAMBIQUE 11

Relatórios de Direitos Humanos a serem senvolvido sua atividade profissional e de


apresentados pelo Governo aos Comités investigação nas áreas dos Direitos Huma-
específicos das Nações Unidas na Comis- nos, Direito Internacional Público e Direito
são Nacional para os Direitos Humanos e a Internacional Humanitário.
Cidadania (CNDHC) de Cabo Verde.
Rui Manuel Trindade Séca (São Tomé e
Márcia Morikawa (Brasil) Príncipe)
Doutora em Ciências Jurídico-Políticas Licenciado em Direito pela Faculdade de
pela Faculdade de Direito da Universidade Direito da Universidade de Coimbra; For-
de Coimbra, tendo concluído o Mestrado mado em Magistratura Judicial pelo CEJ
e a Pós-Graduação em Direitos Humanos – Portugal, Inscrito na OAP e OASTP, Ex-
nesta mesma Instituição. Docente da dis- Professor de Direito Administrativo no
ciplina de Direitos Humanos no Mestrado IUCAI; Coordenador do Gabinete Jurídico
em Serviço Social do ISCTE-Lisboa e da da Entidade Reguladora de Comunicações
Universidade Nacional Timor Lorosa’e eletrónicas, Postal, Água e Eletricidade
(UNTL). Docente das disciplinas de Filo- e Ponto Focal para Harmonização dos
sofia do Direito, Direitos Humanos e Me- quatro setores acima referidos, na África
todologia da Investigação na Faculdade de Central e Subsaariana; Assessor Jurídico
Direito da UNTL e de Introdução ao Direi- do Ministro da Educação e Cultura; Presi-
to, Direito Eleitoral e Ilícitos Eleitorais no dente da ONG Sítio do Equador; Secretário
Curso em Gestão e Administração Eleitoral Executivo do IDD; Vice-Presidente da Pla-
da UNTL. Assessora jurídica na Secretaria taforma de Direitos Humanos e Equidade
de Estado da Defesa (Ministério da Defe- de Género; Presidente da Rede STPWASH,
sa e Segurança) de Timor-Leste. Tem de- Consultor Jurídico do Governo de STP.
12

NOTAS DE TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO DA VER-


SÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

A equipa técnica deparou-se com alguns Um outro importante princípio que ado-
desafios de tradução de algumas palavras, támos foi o de envidarmos esforços para
umas vezes porque elas ainda não estão que todos os vocábulos fossem traduzidos
oficialmente reconhecidas no vocabulário para a língua portuguesa, mesmo aqueles
em língua portuguesa, outras porque nos que já adquiriram o estatuto de uso cor-
preocupámos em fazer uma correspondên- rente na nossa língua (ex. accountability,
cia exata de conceitos que nem sempre são advocay, bullying, etc.) pelo que nos so-
coincidentes, nos vários ordenamentos ju- corremos de traduções possíveis junto de
rídicos, nacionais e internacional. Assim, documentos e páginas oficiais de todos
houve opções genéricas que fizemos, ex- os países de língua oficial portuguesa, de
plicadas abaixo, e, noutros casos, procede- organizações internacionais intergoverna-
mos ao estudo caso a caso da palavra ou mentais que tenham documentos traduzi-
conceito em questão. dos para língua portuguesa, bem como das
ferramentas oficiais de tradução da União
A primeira opção de tradução que fizemos Europeia. Por vezes acrescentámos entre
foi dar preferência, sempre que possível, parêntesis o termo inglês originário, como
a linguagem utilizada nos documentos já referência auxiliar. Sobretudo no que res-
traduzidos para português e reconhecidos peita à descrição de algumas metodologias
oficialmente. Daí que tenhamos sempre aplicadas e nas secções relativas às ativi-
recorrido às páginas oficiais dos vários dades selecionadas, utilizámos o léxico
países de língua oficial portuguesa, no próprio das Ciências da Educação. Foram
sentido de encontrar as traduções ofi- poucas as exceções ao princípio acima
ciais. No que respeita a informação rela- enunciado: é o caso da palavra internet e o
tiva às Convenções, Declarações e outros de algumas abreviaturas (ex. UEFA, CIA),
documentos internacionais, utilizámos que mantivemos na língua inglesa, dado o
essencialmente as versões em português seu uso corrente e generalizado e o facto
contidas na página oficial do Gabinete de de as suas correspondentes em língua por-
Documentação e Direito Comparado da tuguesa não serem, de todo, comummente
Procuradoria-Geral da República, Portu- reconhecidas.
gal. No caso da Declaração das Nações Em casos excecionais, deparámo-nos com a
Unidas sobre Educação e Formação em utilização de palavras diferentes em países
Direitos Humanos, de 2011, não encon- diferentes para descrever a mesma realida-
trámos qualquer versão oficial traduzida de. É o caso da palavra “Tribunal” que, no
para língua portuguesa, pelo que fizemos Brasil, em alguns contextos, é também de-
uma tradução livre da mesma que, não signada por “Corte” e é também o caso das
sendo oficial, é da nossa inteira responsa- palavras “investigação”/”investigador” em
bilidade e não faz fé pública. âmbito académico que, no Brasil, correspon-
NOTAS DE TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO DA VERSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 13

dem aos termos “pesquisa”/”pesquisador”. as entidades públicas e privadas adotem a


O mesmo acontece, por exemplo, com a pa- expressão universalista para referenciar os
lavra “violação” no âmbito dos crimes se- direitos humanos”.
xuais que, no Brasil, recebe a designação de
“estupro”. Já a palavra “registo” escreve-se Optámos pela expressão “Comunidade
“registro”, no Brasil. Por outro lado, a ex- Roma” no que diz respeito à tradução
pressão “toda a pessoa” encontrada em mui- da expressão “Roma Community”, ter-
tos dos instrumentos jurídicos internacio- minologia utilizada nas várias organiza-
nais de Direitos Humanos também aparece ções internacionais, sobretudo na União
traduzida por “toda pessoa”, como é o caso Europeia e na ONU. Fizemos esta opção,
no Brasil. Por sua vez, a palavra Caraíbas no âmbito deste Manual, pelo facto de
refere-se à palavra “Caribe” utilizada em al- ser já comummente aceite e genera-
guns dos países de língua oficial portuguesa. lizado que a expressão “Comunidade
Roma” se refere a vários grupos diferen-
Por razões de ordem doutrinária, demos tes que se autoidentificam, por exemplo,
preferência à expressão “direitos huma- como comunidades Roma, Manouche,
nos” em detrimento da expressão “direi- Ashkali, Sinti e Cigana. Cremos que o
tos do Homem”, mesmo quando ela ain- sentido com que a expressão é utilizada
da assim aparece em documentos oficiais no Manual, na versão inglesa pretende
(exs. Declaração Universal dos Direitos incluir todos esses grupos e não apenas
Humanos e Tribunal Europeu dos Direitos a comunidade cigana, pelo que não tra-
Humanos). Esta opção, no caso de Por- duzimos a referida expressão por “co-
tugal, vai ao encontro da Deliberação da munidade cigana”, pois essa seria uma
Assembleia da República de Portugal, de tradução redutora face ao que a versão
8 de março de 2013, que “recomenda que inglesa transmite.
14

PREFÁCIO DA TERCEIRA EDIÇÃO (VERSÃO


ORIGINAL)

A promoção e a proteção dos direitos (European Training and Research Centre


humanos foi sempre uma prioridade na for Human Rights and Democracy - ETC),
política externa da Áustria. A educação em Graz, na Áustria, o Manual é conce-
para os Direitos Humanos é uma parte bido para formar multiplicadores na edu-
central do nosso compromisso. De forma cação para os direitos humanos, em todas
a viver uma vida em segurança e com as regiões do mundo. Oferece módulos de
dignidade, as pessoas têm de conhecer formação que podem ser adaptados pelos
os seus direitos e liberdades fundamen- seus utilizadores, de acordo com os seus
tais e de estar confiantes de que os seus diferentes contextos, situações e regiões.
governos reconhecem e asseguram estes Já foi traduzido, até hoje, para 15 idio-
direitos. Por consequência, um dos ob- mas diferentes, bem como introduzido e
jetivos basilares da Áustria, também en- utilizado em sessões de trabalho multipli-
quanto membro do Conselho Executivo cadoras facilitadas pelo ETC, em diversos
da UNESCO, é promover e apoiar inicia- países e regiões.
tivas que encorajem as pessoas a melho- Para mim, é um privilégio especial poder-
rarem o conhecimento e o entendimento mos apresentar a terceira edição em inglês
de todos os seus direitos e os dos outros. do Manual de Educação para os Direitos
A Educação para os Direitos Humanos é Humanos, num momento em que a Áus-
mais do que o mero conhecimento de um tria integra o Conselho de Direitos Hu-
conjunto de regras e de princípios. Tam- manos das Nações Unidas e o Conselho
bém se refere à atitude, ao comportamen- Executivo da UNESCO. Esta edição, finan-
to e à mudança de atitude e do comporta- ciada pelo Ministério Federal dos Assuntos
mento. As pessoas devem ter não apenas Europeus e Internacionais e pela Agência
um conhecimento genérico do que são os Austríaca para o Desenvolvimento, surge
direitos humanos, mas também lhes deve num momento muito oportuno. Desde o
ser mostrado como estes direitos são im- início de 2011 que toda a atenção se encon-
portantes para elas e como podem aplicá- tra focada no Mundo Árabe, onde as pes-
los e defendê-los nas suas vidas diárias e soas, desde a Tunísia até ao Egito e desde a
no seu trabalho. Síria ao Iémen, estão a clamar por mudan-
O Manual de Educação para os Direitos ça. Os eventos a que pudemos assistir du-
Humanos “Understanding Human Rights” rante esta primavera Árabe transmitiram,
foi primeiramente apresentado ao público de uma forma impressionante, as aspira-
em 2003, na Reunião Ministerial da Rede ções de todas as pessoas pela liberdade e
de Segurança Humana. Elaborado por uma pelo reconhecimento dos seus direitos fun-
dedicada equipa de peritos austríacos e in- damentais e inalienáveis.
ternacionais de renome, sob os auspícios Neste ambiente de convulsão social e de
do Centro Europeu de Formação e Investi- reorganização, a educação e formação
gação em Direitos Humanos e Democracia para os direitos humanos podem incre-
PREFÁCIO DA TERCEIRA EDIÇÃO (VERSÃO ORIGINAL) 15

mentar a participação democrática efetiva instrumento prático, contribuírem para a


nas esferas política, económica, social e prossecução do respeito pelos direitos hu-
cultural. Podem ser utilizadas como for- manos e dignidade em todas as regiões do
mas de promover o progresso económico mundo.
e social, assim como o desenvolvimento Gostaria de agradecer ao Centro Europeu
sustentável centrado nas pessoas. Podem, de Formação e Investigação em Direitos
assim, contribuir para fortalecer o prima- Humanos e Democracia pelo seu compro-
do do Direito e a capacitação para a gover- misso e esforços empreendidos para esta
nação democrática, o que é reconhecido importante publicação.
como uma estratégia importante para a
democratização, responsabilização e esta-
bilidade governativa.
Os desafios à nossa frente são diversos e
complexos, porém, as pessoas afetadas ne-
cessitam de todo o apoio e encorajamento
possível para obterem a liberdade, justiça
e democracia, para promoverem o desen- Dr. Michael Spindelegger
volvimento e lutarem contra a opressão. Vice-Chanceler e Ministro Federal para
Quero encorajar todos os educadores, for- os Assuntos Europeus e Internacionais
madores e multiplicadores de direitos hu- da República da Áustria
manos para enfrentarem todos estes desa- Viena, janeiro de 2012
fios e, ao utilizarem este manual como um
16

PREFÁCIO DA SEGUNDA EDIÇÃO (VERSÃO ORI-


GINAL)
Em maio de 2003, o Manual de Educação A Declaração de Graz sobre os Princípios
para os Direitos Humanos “Compreender de Educação para os Direitos Humanos e
os Direitos Humanos” foi, pela primeira para a Segurança Humana, adotada pela
vez, apresentado ao público, na sua ver- 5ª Reunião Ministerial da Rede de Segu-
são original inglesa, na Reunião Ministe- rança Humana, a 10 de maio de 2003, em
rial da Rede de Segurança Humana, na Graz, contém o compromisso de traduzir
Cidade de Direitos Humanos de Graz, na o Manual para outras línguas, de modo a
Áustria. O Manual é o resultado de uma introduzi-lo em diferentes contextos re-
iniciativa da minha predecessora, Benita gionais e culturais. Hoje, apenas três anos
Ferrero-Waldner, na qualidade de Presi- após o seu lançamento, o Manual está dis-
dente da “Rede”, em 2002/2003. Foi ela- ponível em Inglês, Francês, Espanhol, Chi-
borado por uma dedicada equipa de re- nês, Árabe, Russo, Alemão, Albanês, Cro-
conhecidos peritos austríacos e de outras ata, Sérvio e Tailandês. Isto foi possível,
nacionalidades, sob a égide do Centro em colaboração e com o generoso apoio
Europeu de Formação e Investigação em de vários membros da Rede de Segurança
Direitos Humanos e Democracia (ETC), Humana, bem como de entidades intergo-
em Graz. vernamentais e não governamentais.
A Rede de Segurança Humana é compos- O Manual, que foi apresentado em vários
ta por um grupo de Estados de todas as países e regiões, através de sessões de for-
regiões do Mundo, determinados a resol- mação de formadores, conduzidas pelo
ver problemas pungentes relativos à se- ETC, tem recebido críticas muito positivas
gurança humana, numa perspetiva orien- de utilizadores de todo o mundo. Porém,
tada para a prática. Em muitas ocasiões, os céleres desenvolvimentos no âmbito
tal como a sua Reunião Ministerial, em dos Direitos Humanos impuseram uma
Santiago do Chile, em 2002, a Rede en- atualização do Manual. Portanto, com o
fatizou que “os direitos humanos forne- financiamento da Cooperação Austríaca
cem uma base sobre a qual o desenvol- para o Desenvolvimento e do Ministério
vimento humano e a segurança humana Federal da Educação, Ciência e Cultura da
podem ser realizados”. Portanto, a Educa- Áustria, foi elaborada uma segunda edição
ção para os Direitos Humanos tornou-se pelo Centro Europeu de Formação e Inves-
uma das suas prioridades. Imbuído deste tigação em Direitos Humanos e Democra-
espírito, o Manual “Compreender os Di- cia (ETC), em colaboração com uma vasta
reitos Humanos” dirige-se a audiências equipa de peritos austríacos e estrangeiros.
de todo o mundo e pretende funcionar O Manual pretende chegar a pessoas de
como um “instrumento de formação” ge- todas as regiões, culturas e grupos sociais
nuíno e prático. Consiste em módulos de do Mundo. Quanto mais diversos forem os
formação que podem ser diversificados e seus utilizadores, mais o Manual atingirá
adaptados, pelos seus utilizadores, con- o seu objetivo de promover os direitos hu-
soante os diferentes contextos e situações manos e a segurança humana. Em 2006,
de formação. com a criação do Conselho de Direitos
PREFÁCIO DA SEGUNDA EDIÇÃO (VERSÃO ORIGINAL) 17

Humanos, a arquitetura internacional dos


direitos humanos sofreu mudanças consi-
deráveis. Creio que esta segunda edição
do Manual de Educação para os Direitos Drª Ursula Plassnik
Humanos estará em condições de servir Ministra Federal dos Negócios Estrangeiros
como guia, face aos desafios de direitos da República da Áustria
humanos que se avizinham. Viena, maio de 2006.
18

PREFÁCIO DA PRIMEIRA EDIÇÃO (VERSÃO


ORIGINAL)
A segurança humana é “centrada nas pes- às diferenças culturais, baseada na univer-
soas” – tem nos indivíduos e nas suas salidade dos direitos humanos.
comunidades o seu principal ponto de re- O Manual inspira-se na Declaração de
ferência. Estabelecer uma cultura política Graz sobre os Princípios da Educação para
global baseada nos direitos humanos para os Direitos Humanos e para a Seguran-
todos é um requerimento indispensável ça Humana, adotada pelos Ministros da
para desenvolver a segurança humana. Rede, na reunião de 10 de maio de 2003,
A segurança humana requer uma compre- em Graz, a primeira Cidade de Direitos
ensão genuína dos direitos humanos. É Humanos da Europa. Pretende-se que seja
por isso que, na minha qualidade de Presi- uma contribuição duradoura da Rede de
dente da Rede de Segurança Humana, in- Segurança Humana, sob a presidência da
diquei a Educação para os Direitos Huma- Áustria, de modo a beneficiar a segurança
nos, bem como as Crianças Afetadas pelos humana das pessoas, hoje e no futuro.
Conflitos Armados, como temas prioritá- Creio que este Manual contribuirá para os
rios para a Rede de Segurança Humana, esforços, no âmbito da Educação para os
em 2002/2003. Direitos Humanos, de todos os associa-
A Educação para os Direitos Humanos, dos da Rede e em todo o mundo, ajudará
através das suas dimensões relativas à o Alto Comissariado das Nações Unidas
transferência de conhecimentos, ao desen- para os Direitos Humanos, na execução do
volvimento de competências e à transfor- seu mandato, bem como contribuirá e ins-
mação de mentalidades, consciencializa pirará ações subsequentes, no âmbito da
para a nossa base comum de proteção Década das Nações Unidas para a Educa-
da dignidade e da segurança humanas. ção em Matéria de Direitos Humanos.
Com esta finalidade, deleguei no Centro
Europeu de Formação e Investigação em
Direitos Humanos e Democracia (ETC),
em Graz, a criação de um Manual para
Compreender os Direitos Humanos, com
o apoio de mais de trinta peritos interna-
cionais, incluindo instituições associadas Drª Benita Ferrero-Waldner
à Rede de Segurança Humana, espalhadas Ministra Austríaca dos Negócios Estrangeiros
pelos cinco continentes. Destina-se ao uso Graz, 5ª Reunião Ministerial da Rede de
global, através de uma perspetiva sensível Segurança Humana, 9 de maio de 2003.
19

AGRADECIMENTOS (VERSÃO ORIGINAL)

Incumbida pelo Ministério dos Negó- e Cidadania Democrática na Universidade


cios Estrangeiros austríaco, uma equipa de Zagreb e a tradução vietnamita reali-
dedicada do ETC Graz, sob a direção de zada pelo Vietnam. A tradução sérvia e
Wolfgang Benedek e de Minna Nikolova, a respetiva publicação foram apoiadas
elaborou a primeira edição do Manual pelo Ministério para as Minorias da Sér-
“Compreender os Direitos Humanos”, em via e do Montenegro em cooperação com
2002/2003. Dois encontros de peritos, pro- o Ministério para a Educação, Ciência e
movidos pelo Ministério dos Negócios Es- Cultura austríaco, e elaboradas em co-
trangeiros austríaco, reuniram um amplo operação com o Centro para os Direitos
número de especialistas e profissionais em Humanos de Belgrado. A recente versão
educação para os direitos humanos dos albanesa do Manual foi traduzida e pu-
Estados-membros da Rede de Segurança blicada pelos Ministérios da Ciência e da
Humana, e outros, que contribuíram para Tecnologia e da Justiça do Kosovo, com a
este desafio pioneiro e inovador, verdadei- participação do Centro de Direitos Huma-
ramente intercultural e intergeracional, no nos da Universidade de Pristina. A edi-
âmbito da educação para os direitos hu- ção macedónia foi efetuada com o apoio
manos. A primeira edição foi apresenta- do Ministério dos Negócios Estrangeiros
da por ocasião da Reunião Ministerial da da Macedónia e do Instituto dos Direitos
Rede para a Segurança Humana em Graz, Humanos da Universidade do Sudeste Eu-
de 8 a 10 de maio de 2003. ropeu, em Tetovo. A edição chinesa foi
produzida com fundos do Instituto Raoul
O Manual tem recebido uma resposta en- Wallenberg de Direitos Humanos e Direi-
tusiástica que resultou na tradução em 15 to Humanitário, Suécia, pelo Instituto de
línguas, até ao momento. As traduções Direito da Academia Chinesa de Ciências
devem-se, principalmente, aos esforços Sociais. Finalmente, uma tradução em
dos membros da Rede de Segurança Hu- árabe foi proporcionada pela UNESCO,
mana, em particular do Ministério dos em Paris, que presentemente está a ser
Negócios Estrangeiros do Mali, com a aju- atualizada baseada na terceira edição.
da do PNUD Mali, e PDHRE Mali, para a Quase todas as versões podem ser en-
tradução francesa e respetiva publicação, contradas no website do Centro Europeu
do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Formação e Investigação em Direitos
do Chile para a tradução espanhola, e do Humanos e Democracia, em Graz: http://
Ministério dos Negócios Estrangeiros da www.manual.etc-graz.at. O ETC Graz
Tailândia para a tradução e publicação agradece toda a colaboração e ajuda para
em tailandês. O Ministério dos Assun- a atualização das versões das várias lín-
tos Europeus e Internacionais da Áustria guas tendo em conta a terceira edição em
apoiou a publicação russa que foi traduzi- língua inglesa.
da pelo ODIHR/OSCE, a publicação croa-
ta que foi realizada pelo Centro de Inves- Novos desenvolvimentos bem como as rea-
tigação e Formação em Direitos Humanos ções encorajadoras à primeira e segunda
20 AGRADECIMENTOS (VERSÃO ORIGINAL)

edições tornaram necessária uma tercei- Liberdade de Expressão e Liberdade dos


ra edição revista e atualizada, para a qual Meios de Informação: Wolfgang Benedek
contribuiu um número adicional de peritos. (ETC e Universidade de Graz)
Agradecimentos especiais são devidos, Direito à Democracia: Christian Pippan
pelo seu extraordinário e dedicado traba- (Universidade de Graz)
lho, aos seguintes autores e colaboradores: Direitos das Minorias: Simone Philipp,
Introdução ao Sistema de Direitos Huma- Klaus Starl e Deva Zwitter (ETC Graz)
nos: Wolfgang Benedek (ETC e Universi- Direito ao Asilo: Veronika Apostolovski e
dade de Graz) Sarah Kumar (ETC Graz)
Proibição da Tortura: Renate Kicker (ETC Recursos Adicionais: Sarah Kumar (ETC
e Universidade de Graz) e Sarah Kumar Graz)
(ETC Graz) Metodologia da Educação para os Direitos
Direito a Não Viver na Pobreza: Veronika Humanos: Barbara Schmiedl (ETC Graz)
Apostolovski (ETC Graz); primeira e se- Atividades Selecionadas: Barbara Schmie-
gunda edição: Alpa Vora e Minar Pimple dl (ETC Graz)
(YUVA Mumbai) Assistentes de investigação: Kiri Flutter e
Não Discriminação: Sarah Kumar e Klaus Eva Radlgruber (Voluntários no ETC Graz)
Starl (ETC Graz) e Reinmar Nindler (Universidade de Graz)
Direito à Saúde: Gerd Oberleitner (Univer- Revisão de provas: Matthias C. Kettemann
sidade de Graz) (Universidade de Graz) e Sarah Kumar
Direitos Humanos das Mulheres: Barbara (ETC Graz)
Schmiedl (ETC Graz); primeira e segunda Conceção gráfica: Markus Garger, Robert
edição: Susana Chiarotti (PDHRE/CLA- Schrotthofer e Wolfgang Gosch, Kontra-
DEM) e Anke Sembacher (ETC Graz) part Graz e Gerhard Kress (capa)
Primado do Direito e Julgamento Justo: Ve- Editores e coordenação do projeto para a
ronika Apostolovski e Sarah Kumar (ETC primeira edição: Wolfgang Benedek e Min-
Graz); primeira e segunda edição: Leo na Nikolova (ETC Graz)
Zwaak (SIM Utrecht) Editor da segunda edição: Wolfgang Bene-
Liberdades Religiosas: Yvonne Schmidt dek (ETC e Universidade de Graz)
(Universidade de Graz) Assistente editorial para a segunda edição:
Direito à Educação: Wolfgang Benedek Matthias C. Kettemann (Universidade de
(ETC e Universidade de Graz) Graz)
Direitos Humanos da Criança: Sarah Ku- Editor da terceira edição: Wolfgang Bene-
mar (ETC Graz); primeira e segunda edi- dek (ETC e Universidade de Graz)
ção: Helmut Sax (BIM Viena) Coordenador do projeto e assistente edito-
Direitos Humanos em Conflito Armado: rial para a terceira edição: Sarah Kumar
Gerd Oberleitner (Universidade de Graz); (ETC Graz)
primeira e segunda edição: Alexandra Gostaríamos de agradecer, especialmente,
Boivin e Antoine A. Bouvier (CICV Ge- à rede PDHRE (People’s Movement for Hu-
nebra) man Rights Education) pela sua substan-
Direito ao Trabalho: Alexandra Stocker cial contribuição na elaboração da primeira
(ETC Graz) edição do Manual. Em particular, estende-
Direito à Privacidade: Veronika Apostolo- mos a nossa sincera gratidão aos seguintes
vski e Sarah Kumar (ETC Graz) peritos, conselheiros, amigos e instituições
AGRADECIMENTOS (VERSÃO ORIGINAL) 21

pelo seu contínuo apoio, valiosos comen- Manfred Nowak – Instituto Ludwig Boltz-
tários assim como sugestões conducentes mann de Direitos Humanos (BIM) – Viena,
e indispensáveis à finalização do manual: Monique Prindezis – CIFEDHOP – Gene-
Shulamith Koenig – PDHRE – Nova Ior- bra, a Liga Anti-Difamação – Nova Iorque,
que, Adama Samassekou e a equipa do o Comité Internacional da Cruz Vermelha
PDHRE – Mali, Manuela Rusz e a equipa – Genebra.
do Instituto de Direito Internacional e Re- Finalmente, gostaríamos de agradecer ao
lações Internacionais da Universidade de Departamento de Direitos Humanos do
Graz, Anton Kok – Centro de Direitos Hu- Ministério Federal dos Negócios Estrangei-
manos da Universidade de Pretória, Yan- ros austríaco, agora denominado de Minis-
nis Ktistakis – Fundação Marangopoulos tério Federal para os Assuntos Europeus e
para os Direitos Humanos – Atenas, Debra Internacionais, e à Agência Austríaca para
Long e Barbara Bernath – Associação para o Desenvolvimento, pela cooperação e
a Prevenção da Tortura (APT) – Genebra, apoio prestados.
22

COMO USAR ESTE MANUAL

A ideia de um manual de educação para os a compreender o funcionamento dos direitos


direitos humanos para todos, como uma humanos na vida diária, e uma terceira, de-
contribuição concreta do trabalho da Rede nominada de “parte dos recursos adicionais”,
de Segurança Humana, sob a presidência que contém dicas metodológicas, informação
austríaca, surgiu do ETC Graz. Uma equi- útil, referências bibliográficas suplementares
pa do ETC desenvolveu o enquadramento e fontes online. Por fim, a quarta parte inclui
concetual do livro e foi-lhe confiada a sua referências bibliográficas e informação adi-
elaboração, pelo Ministério dos Negócios cional em língua portuguesa.
Estrangeiros. Para facilitar a navegação através do texto,
O Manual “Compreender os Direitos Hu- os seguintes minis ajudá-lo-ão:
manos” foi concebido como uma ferra-
menta de apoio, para educandos e edu-
cadores, dos países associados da Rede - a saber
de Segurança Humana e outros, nos seus
esforços para a educação e aprendizagem
de direitos humanos, em vários contex- - boas práticas
tos culturais, enquanto estratégia para
melhorar a segurança humana. Tal como
está desenhado, o Manual poderá ser um - questões para debate
ponto de partida útil para compreender os
direitos humanos e as suas violações, para
formar futuros formadores e para abrir um - atividades sele-
fórum de debate, no âmbito do intercâm- cionadas
bio e consciencialização interculturais.
O Manual apresenta uma compilação sele- - perspetivas interculturais
cionada de teorias orientadas para a prática e questões controversas
e, adicionalmente, proporciona componen-
tes para o desenvolvimento de competên- - para mais informações, con-
cias e para a transformação de atitudes. sultar
A diversidade de temas abordados tem
como objetivo principal estimular a procu-
ra de uma plataforma comum e a partilha Este Manual pode ser usado por diferentes
de uma mesma perspetiva humana, bem utilizadores, de modos diversos. Através da
como apresentar assuntos controversos de sua estrutura de módulos, flexível e acessí-
uma ótica culturalmente sensível. vel para o utilizador, é nossa intenção en-
O Manual consiste em quatro partes princi- corajar uma leitura crítica e uma compreen-
pais, a saber, uma introdução geral aos fun- são ativa, tanto por educandos, como por
damentos dos direitos humanos, uma parte educadores.
especial com temas essenciais selecionados, Se procurar uma introdução geral aos
distribuídos por módulos, que deverão ajudar conceitos e princípios básicos de direitos
COMO USAR ESTE MANUAL 23

humanos, poderá começar pela primeira ber comentários e sugestões e onde estão
parte do Manual que contém a introdução. disponíveis as versões nas várias línguas.
Para os que procuram exemplos de ques- Também elaborámos apresentações em po-
tões específicas de direitos humanos, po- werpoint, para todos os módulos, que po-
derão começar a sua pesquisa pela parte dem ser descarregadas da nossa página de
dos módulos “convém saber”. Se procura internet. Além disso, podem ser encontra-
uma exploração mais sistemática e de aná- dos recursos adicionais, em todos os módu-
lise mais aprofundada de direitos humanos los, com materiais didáticos e atualizações
específicos, poderá começar com a parte em http://www.manual.etc-graz.at, em lín-
“a saber” dos diferentes módulos. E os in- gua inglesa. Os mesmos materiais podem
teressados em investigar e ensinar direitos ser encontrados traduzidos para língua
humanos, através de metodologias educa- portuguesa em www.fd.uc.pt/igc/manual/
tivas inovadoras, tanto a jovens, como a index.html.
adultos, poderão consultar diretamente a Agradecemos o envio de sugestões e co-
parte “atividades selecionadas” dos mó- mentários, pois estes ajudar-nos-ão a me-
dulos e, adicionalmente, ter em conside- lhorar o Manual de acordo com o objetivo
ração as notas gerais sobre a metodologia de ser útil aos educandos, educadores e
da educação para os direitos humanos. formadores, oriundos de contextos cultu-
Pretende-se que este Manual seja uma rais diversos e com níveis diferentes de co-
narrativa aberta e, deliberadamente, op- nhecimentos em direitos humanos.
tou-se por contemplar apenas um número Esperamos que lhe agrade a leitura e não
selecionado de temas essenciais. Gosta- hesite em contribuir para este projeto em
ríamos de o encorajar a, continuamente, curso, com as suas boas e melhores prá-
complementar o Manual com exemplos e ticas, com as preocupações da sua comu-
histórias, questões e experiências do seu nidade e encorajando mais pessoas a ler
próprio contexto local e agradecemos os e a compreender a atualidade vibrante
seus comentários. e o incessante fascínio dos direitos hu-
Com este propósito, o ETC criou, na sua manos.
página de internet, uma secção para rece-
24

LISTA DE ABREVIATURAS

ACMN – Alto Comissário para as Minorias CDESC – Comité de Direitos Económicos,


Nacionais (OSCE) Sociais e Culturais
ACNUDH – Alto Comissariado das Nações CDH – Conselho de Direitos Humanos
Unidas para os Direitos Humanos CdE – Conselho da Europa
ACNUR – Alto Comissariado das Nações CDPD - Convenção sobre os Direitos das
Unidas para os Refugiados Pessoas com Deficiência
ACP – Estados de África, das Caraíbas e CEDH – Convenção Europeia para a Prote-
do Pacífico ção dos Direitos Humanos e das Liberda-
ADF – Agência dos Direitos Fundamentais des Fundamentais
da União Europeia CEDM – Convenção sobre a Eliminação de
AGNU – Assembleia-Geral das Nações Unidas Todas as Formas de Discriminação contra
AI – Amnistia Internacional as Mulheres
AMM – Associação Médica Mundial CEDR – Comité para a Eliminação da Dis-
APJRF – Asia Pacific Judicial Reform Forum criminação Racial
(Fórum da Ásia-Pacífico para a Reforma CELRM - Carta Europeia das Línguas Re-
Judicial) gionais e Minoritárias
APT – Associação para a Prevenção da CEM – Comissão para o Estatuto da Mu-
Tortura lher
ASEAN – Association of Southeast Asian CERI - Comissão Europeia contra o Racis-
Nations (Associação das Nações do Sudes- mo e a Intolerância
te Asiático) C.I.A. – US Central Intelligence Agency
ASEF – Asia-Europe Foundation (Fundação (Agência Central de Informação dos EUA)
Ásia-Europa) CICV – Comité Internacional da Cruz Ver-
ASEM – Asia and Europe Meeting (Reu- melha
nião/Encontro Asiática/o-Europeia/eu) CIEDR – Convenção Internacional sobre a
Eliminação de Todas as Formas de Discri-
BIM – Ludwig Boltzmann Institute of Hu- minação Racial
man Rights (Instituto Ludwig Boltzmann CIM - Comissão Interamericana sobre as
de Direitos Humanos, Viena, Áustria) Mulheres
CINAT – Coalition of International Non-
CADHP – Comissão Africana dos Direitos Governmental Organizations Against Tor-
Humanos e dos Povos ture (Coligação de ONG Internacionais
CC – Comissões de Cidadãos contra Tortura)
CCC – Clean Clothes Campaign (Campa- CIPD - Conferência Internacional sobre Po-
nha Roupas Limpas) pulação e Desenvolvimento
CCT – Convenção das Nações Unidas con- CIPTM – Convenção Internacional sobre
tra a Tortura e Outras Penas ou Tratamen- a Proteção dos Direitos de Todos os Tra-
tos Cruéis, Desumanos ou Degradantes balhadores Migrantes e dos Membros das
CDC – Convenção da Organização das Na- Suas Famílias
ções Unidas sobre os Direitos da Criança CLADEM – Comité Latino-Americano e do
LISTA DE ABREVIATURAS 25

Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher FARE – Football Against Racism in Europe
CMSI – Cimeira Mundial sobre Sociedade Network (Rede de Futebol contra o Racis-
da Informação mo na Europa)
CNU – Carta das Nações Unidas FDC – Freedom from Debt Coalition (Coli-
CNUMAD – Conferência das Nações Unidas gação Contra o Endividamento)
sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento FLO – Fairtrade Labelling Organizations
CPDF – Convenção Internacional para a International (Organizações para a Etique-
Proteção de Todas as Pessoas Contra os tagem do Comércio Justo)
Desaparecimentos Forçados FMI – Fundo Monetário Internacional
CPLP – Comunidade dos Países de Língua FUEN – Federalist Union of European Na-
Portuguesa tional Minorities (União Federalista das
CPT - Comité Europeu para a Prevenção Minorias Nacionais Europeias)
da Tortura e Penas ou Tratamentos Desu-
manos ou Degradantes GATS – Acordo Geral sobre o Comércio de
CQMN - Convenção Quadro para a Prote- Serviços
ção das Minorias Nacionais GC – Global Compact
CSCE – Conferência sobre a Segurança e a GDM – Grupo Internacional de Direitos
Cooperação na Europa
das Minorias (Minority Rights Group Inter-
national)
DDPA – Declaração de Durban e Programa
GELMD – Gabinete Europeu para Línguas
de Ação
Menos Divulgadas (European Bureau for
DH – Direitos Humanos
Lesser Used Languages)
DIH – Direito Internacional Humanitário
DUDH – Declaração Universal dos Direitos
Humanos HREA – Human Rights Education Associ-
DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis ates (Associados para a Educação para os
Direitos Humanos)
EAPN – European Anti Poverty Network
(Rede Europeia Anti-Pobreza) ICG – International Crisis Group (Grupo
ECOSOC – Conselho Económico e Social para a Prevenção e Resolução de Conflitos)
EDH – Educação para os Direitos Huma- ICSW – International Council on Social
nos (Human Rights Education) Welfare (Conselho Internacional de Bem-
EFA – Education for All (Programa “Educa- -Estar Social)
ção para Todos”) IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
EPIC – Electronic Privacy Information Cen- IGC/CDH – Ius Gentium Conimbrigae/
tre (Centro de Informação sobre Privacida- Centro de Direitos Humanos da Faculdade
de Eletrónica) de Direito da Universidade de Coimbra
ERRC – European Roma Rights Centre (Cen- IHF – International Helsinki Federation
tro Europeu para os Direitos dos Roma) (Federação Internacional Helsinki para os
ET – Empresas Transnacionais Direitos Humanos)
ETC – European Training and Research Cen-
tre for Human Rights and Democracy (Cen- LAD – Liga Anti-Difamação
tro de Formação e Investigação em Direitos
Humanos e Democracia, Graz, Áustria) MT – Medicina Tradicional
EUA – Estados Unidas da América MGF – Mutilação Genital Feminina
26 LISTA DE ABREVIATURAS

OCDE – Organização para a Cooperação e RPU – Revisão Periódica Universal


Desenvolvimento Económico RSH – Rede de Segurança Humana
OCI – Organização da Conferência/Coo-
peração Islâmica SAARC – South Asian Association for Re-
ODIHR – Escritório para as Instituições De- gional Cooperation (Associação Sul-Asiáti-
mocráticas e Direitos Humanos ca para a Cooperação Regional)
ODM – Objetivos de Desenvolvimento do SARS – Severe Acute Respiratory Syndrom
Milénio (Sindrome Respiratória Aguda Grave)
OEA – Organização dos Estados Americanos SEAE – Serviço Europeu para a Ação Ex-
OERX – Observatório Europeu do Racismo terna
e da Xenofobia SPT – Sub-Comité para a Prevenção da
OIG – Organização Intergovernamental Tortura
OIT – Organização Internacional do Tra- SEEMO – South East Europe Media Organi-
balho sation (Organização dos Meios de Comu-
OMC – Organização Mundial do Comércio nicação do Sudeste Europeu)
OMS – Organização Mundial da Saúde
ONG – Organização Não Governamental TASO – The AIDS Support Organisation
ONU – Organização das Nações Unidas (Organização de Apoio contra a SIDA)
OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde
TEDH – Tribunal Europeu dos Direitos Hu-
OSCE – Organização para a Segurança e
manos
Cooperação na Europa
TIDH – Tribunal Interamericano de Direi-
OUA – Organização da Unidade Africana
tos Humanos
TJUE – Tribunal de Justiça da União Eu-
PAE – Programas de Ajustamento Estrutu-
ropeia
ral do Banco Mundial
TPI – Tribunal Penal Internacional
PDHRE – People’s Decade/Movement for Hu-
man Rights Education (Década/Movimento TPIAJ – Tribunal Penal Internacional para
pela Educação para os Direitos Humanos) a Antiga Jugoslávia
PI – Privacy International (Privacidade In- TPIR – Tribunal Penal Internacional para
ternacional) o Ruanda
PIB – Produto Interno Bruto TRIPS – Trade-Related Aspects of Intellectu-
PIDCP – Pacto Internacional sobre os Di- al Property Rights (Acordo sobre os Aspe-
reitos Civis e Políticos tos dos Direitos da Propriedade Intelectual
PIDESC – Pacto Internacional sobre os Di- Relacionados com o Comércio)
reitos Económicos, Sociais e Culturais
PIETI – Programa Internacional para a Eli- UA – União Africana
minação do Trabalho Infantil UE – União Europeia
PNUD – Programa das Nações Unidas para UEFA – Union of European Football Asso-
o Desenvolvimento ciations (União das Associações Europeias
de Futebol)
Res. – Resolução UIP – União Interparlamentar
RDH-PNUD – Relatório do Desenvolvi- UNAIDS – Joint United Nations Program
mento Humano do Programa das Nações on HIV/AIDS (Programa das Nações Uni-
Unidas para o Desenvolvimento das para o Combate ao VIH/SIDA)
LISTA DE ABREVIATURAS 27

UNESCO – Organização das Nações Uni- VIH/SIDA – Vírus de Imunodeficiência


das para a Educação, Ciência e Cultura Humana/Síndrome de Imunodeficiência
UN-HABITAT – United Nations Human Set- Adquirida
tlements Programme (Programa das Nações VoIP – Voice over Internet Protocol (Voz so-
Unidas para os Assentamentos Humanos) bre o Protocolo de Internet)
UNICEF – Fundo das Nações Unidas para
a Infância ZFE – Zonas Francas Industriais de Expor-
UNIFEM – Fundo de Desenvolvimento das tação
Nações Unidas para a Mulher
28

ÍNDICE GERAL

PREFÁCIOS DA VERSÃO EM LÍN- H. Direito à Educação 275


GUA PORTUGUESA 3 I. Direitos Humanos da Criança 303
J. Direitos Humanos em Conflito Ar-
AGRADECIMENTOS DA VERSÃO EM mado 329
LÍNGUA PORTUGUESA 7 K. Direito ao Trabalho 353
L. Direito à Privacidade 385
NOTAS BIOGRÁFICAS 8 M. Liberdade de Expressão e Liberda-
de dos Meios de Informação 413
NOTAS DE TRADUÇÃO E ADAPTA- N. Direito à Democracia 439
ÇÃO DA VERSÃO EM LÍNGUA POR- O. Direitos das Minorias 467
TUGUESA 12 P. Direito ao Asilo 501

PREFÁCIOS (VERSÃO ORIGINAL) 14 III. RECURSOS ADICIONAIS 521


A. Metodologia da Educação para os
AGRADECIMENTOS (VERSÃO ORI- Direitos Humanos 522
GINAL) 19 B. A Luta Global e Contínua pelos
Direitos Humanos – Cronologia 535
COMO USAR ESTE MANUAL 22 C. Bibliografia Sugerida sobre Direi-
tos Humanos 543
LISTA DE ABREVIATURAS 24 D. Recursos sobre a Educação para
os Direitos Humanos 550
I. INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE E. Declaração Universal dos Direitos
DIREITOS HUMANOS 43 Humanos 566
F. Declaração Universal dos Direitos
II. MÓDULOS SOBRE QUESTÕES Humanos (Sumário) 570
SELECIONADAS DE DIREITOS G. Declaração das Nações Unidas so-
HUMANOS 85 bre Educação e Formação em Di-
A. Proibição da Tortura 87 reitos Humanos 572
B. Direito a Não Viver na Pobreza 111 H. Glossário 578
C. Antirracismo e Não Discriminação 135
D. Direito à Saúde 165 IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFI-
E. Direitos Humanos das Mulheres 191 CAS E INFORMAÇÃO ADICIO-
F. Primado do Direito e Julgamento NAL EM LÍNGUA PORTUGUESA 587
Justo 223
G. Liberdades Religiosas 251 ÍNDICE REMISSIVO 643
29

ÍNDICE DESENVOLVIDO

Prefácios da Versão em Língua Portu- Conselho da Europa – a. Visão


guesa 3 geral - Instituições e Órgãos Euro-
Agradecimentos da Versão em Língua peus de Direitos Humanos – b. O
Portuguesa 7 Tribunal Europeu dos Direitos Hu-
Notas Biográficas 8 manos – 2. O Sistema de Direitos
Notas de Tradução e Adaptação da Humanos da Organização para a
Versão em Língua Portuguesa 12 Segurança e Cooperação na Euro-
Prefácio da Terceira Edição (Versão pa (OSCE) – 3. A Política de Direi-
Original) 14 tos Humanos da União Europeia
Prefácio da Segunda Edição (Versão – II. Américas – O Sistema Inte-
Original) 16 ramericano de Direitos Humanos
Prefácio da Primeira Edição (Versão – III. África – O Sistema Africano
Original) 18 de Direitos Humanos – IV. Outras
Agradecimentos (Versão Original) 19 Regiões
Como usar este Manual 22 I. Jurisdição Universal e o Proble-
Lista de Abreviaturas 24 ma da Impunidade 73
Índice Geral 28 J. Jurisdição Penal Internacional 74
Índice Desenvolvido 29 K. Iniciativas de Direitos Humanos
Prefácio de Shulamith Koenig 39 nas Cidades 75
L. Desafios e Oportunidades Glo-
I. INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE bais para os Direitos Humanos 78
DIREITOS HUMANOS 43 M. Referências Bibliográficas e In-
formação Adicional 80
A. Compreender os Direitos Hu-
manos 44 II. MÓDULOS SOBRE QUESTÕES
B. Direitos Humanos e Segurança SELECIONADAS DE DIREITOS
Humana 47 HUMANOS 85
C. História e Filosofia dos Direitos
Humanos 51 A. PROIBIÇÃO DA TORTURA 87
D. Conceito e Natureza dos Direitos Histórias Ilustrativas: 88
Humanos 53 “O Interrogatório do Sr. Selmouni”
E. Padrões de Direitos Humanos a – “O Testemunho do Sr. al-Qadasi”
Nível Universal 56 A Saber: 89
F. Implementação dos Instrumentos 1. Um Mundo Sem Tortura – Proi-
Universais de Direitos Humanos 59 bição da Tortura e Segurança
G. Direitos Humanos e a Sociedade Humana - 2. Definição e Desen-
Civil 62 volvimento da Questão – O que
H. Sistemas Regionais de Proteção e é a tortura? - Métodos de Tortu-
Promoção de Direitos Humanos 64 ra - Como é Cometida a Tortura?
I. Europa – Instrumentos Euro- - Motivos para a Tortura – Por que
peus de Direitos Humanos – 1. O razão é a tortura praticada? - Ví-
Sistema de Direitos Humanos do timas e Perpetradores de Tortura
30 ÍNDICE DESENVOLVIDO

e Tratamentos Desumanos ou De- rais e Questões Controversas - Po-


gradantes - 3. Perspetivas Inter- breza Relativa e Pobreza Absoluta
culturais e Questões Controversas - Exclusão Social - 4. Implementa-
– 4. Implementação e Monitoriza- ção e Monitorização – Os Objeti-
ção – Comité das Nações Unidas vos de Desenvolvimento do Milé-
contra a Tortura - Protocolo Facul- nio das Nações Unidas – Órgãos
tativo à Convenção das Nações dos Tratados Encarregados de
Unidas contra a Tortura Monitorizar a Pobreza – Relatores
Convém Saber: 98 Especiais e Peritos Independentes
1. Boas Práticas – Atividades a Ní- – Desenvolvimento e Erradicação
vel Nacional - O Conselho Con- da Pobreza
sultivo Austríaco para os Direitos Convém Saber: 123
Humanos – Atividades a Nível 1. Boas Práticas - Os Pobres são
Internacional - O Relator Especial Financiáveis – Direito a Viver
sobre a Tortura: Objetivos, Man- Sem Fome – Justiça Económica
dato e Atividades - O Comité Eu- – Acordo de Cotonu - Rede Eu-
ropeu para a Prevenção da Tortura ropeia Anti-Pobreza – Conselho
e Penas ou Tratamentos Desuma- Internacional de Bem-Estar Social
nos ou Degradantes (CPT) - Ati- – O Programa Alimentar Mundial
vidades das Organizações Não das Nações Unidas – 2. Tendên-
Governamentais (ONG) – A Am- cias – Progresso relativamente aos
nistia Internacional (AI) - Progra- Objetivos de Desenvolvimento do
ma de 12 Pontos para a Prevenção Milénio – Estarão os países no tri-
da Tortura – A Associação para a lho? - Iniciativa Europa 2020 - 3.
Prevenção da Tortura (APT) - Có- Cronologia
digo de Ética – 2. Tendências - Atividades Selecionadas: 129
3. Cronologia Atividade I: O Mundo numa Aldeia
Atividades Selecionadas: 105 - Atividade II: Campanha de Ação
Atividade I: Torturar Terroristas? - Referências Bibliográficas e In-
Atividade II: Uma Campanha con- formação Adicional 132
tra a Tortura C. ANTIRRACISMO E NÃO DISCRI-
Referências Bibliográficas e In- MINAÇÃO 135
formação Adicional 108 História Ilustrativa: 136
B. DIREITO A NÃO VIVER NA PO- “Recomendação do Comité para a
BREZA 111 Eliminação da Discriminação Racial”
História Ilustrativa: 112 A Saber: 137
“Morrer de fome em terra de abun- 1. Não Discriminação – a Luta In-
dância” terminável e Contínua pela Igual-
A Saber: 113 dade – Discriminação e Segurança
1. Introdução – Pobreza e Seguran- Humana - 2. Definição e Desenvol-
ça Humana - 2. Definição e Desen- vimento da Questão – Atitude ou
volvimento da Questão - Definir o Ação – Perpetradores de Discri-
Conceito de Pobreza - Dimensões minação – Estados ou Indivíduos
da Pobreza - Grupos Vulneráveis – A Discriminação Racial – Racis-
à Pobreza – Por que Persiste a Po- mo – Violência Racial - Antisse-
breza - 3. Perspetivas Intercultu- mitismo - Xenofobia – Fenómenos
ÍNDICE DESENVOLVIDO 31

Relacionados: A Intolerância e o lidade, Acessibilidade, Aceitabilida-


Preconceito - 3. Perspetivas Inter- de e Qualidade – Não Discriminação
culturais e Questões Controversas – O Direito de Beneficiar do Pro-
- 4. Implementação e Monitoriza- gresso Científico – Globalização e o
ção - Comité para a Eliminação Direito Humano à Saúde – Saúde e
da Discriminação Racial (CEDR) Ambiente – 3. Perspetivas Intercultu-
- Relator Especial sobre Formas rais e Questões Controversas – Medi-
Contemporâneas de Racismo, cina Tradicional - Mutilação Genital
Discriminação Racial, Xenofobia Feminina (MGF) - 4. Implementação
e Intolerância Relacionada – De- e Monitorização - Respeitar, Proteger
claração de Durban e o Programa e Implementar o Direito Humano à
de Ação (DDPA) – Instrumentos Saúde – Limitações ao Direito Hu-
Regionais de Direitos Humanos – mano à Saúde – Mecanismos de
Discriminação entre Atores Não Monitorização
Estatais – Programas de Educação Convém Saber: 177
e Formação – O Papel Fundamen- 1. Boas Práticas – Prevenção do
tal dos Meios de Informação - O VIH/SIDA - Comissões de Cidadãos
Que é que NÓS Podemos Fazer? e Políticas de Saúde Pública – O Ju-
Convém Saber: 153 ramento de Malicounda – Livros de
1. Boas Práticas – Códigos de Con- Memórias - Atenção aos membros
duta Voluntários no Setor Privado mais vulneráveis da sociedade - A
– Cláusulas Autodiscriminação em Declaração de Montreal sobre a
Contratos Públicos de Aquisição – Deficiência Intelectual – Síndrome
Coligação Internacional de Cidades Respiratória Aguda Grave (SARS)
Contra o Racismo – Combater o – 2. Tendências – Estratégias para
Racismo na Liga Europeia de Fute- Integrar Direitos Humanos e De-
bol – 2. Tendências – A Relação en- senvolvimento da Saúde – 3. Esta-
tre Pobreza e Racismo/Xenofobia – tísticas - 4. Cronologia
Racismo na Internet – Islamofobia: Atividades Selecionadas: 184
Repercussões do 11 de setembro de Atividade I: Visualização de um
2001 - 3. Cronologia Estado de Completo Bem-Estar
Atividades Selecionadas: 157 Físico, Mental e Social - Ativida-
Atividade I: Todos os Seres Huma- de II: Acesso a Medicamentos
nos Nascem Iguais - Atividade II: Referências Bibliográficas e In-
Óculos Culturais formação Adicional 187
Referências Bibliográficas e In- E. DIREITOS HUMANOS DAS MU-
formação Adicional 160 LHERES 191
D. DIREITO À SAÚDE 165 História Ilustrativa 192
História Ilustrativa: 166 “Um Caso da Vida Real: A Histó-
“A história de Maryam” ria de Selvi T.”
A Saber: 168 A Saber: 193
1. O Direito Humano à Saúde num 1. Direitos Humanos das Mulheres
Contexto Mais Alargado – Saúde e – Género e o Equívoco Generali-
Segurança Humana - 2. Definição e zado dos Direitos Humanos das
Desenvolvimento da Questão – Saú- Mulheres – Segurança Humana e
de e Direitos Humanos – Disponibi- Mulheres – 2. Definição e Desenvol-
32 ÍNDICE DESENVOLVIDO

vimento da Questão – Uma Retros- dos Acusados – Igualdade peran-


petiva Histórica - Convenção sobre te a Lei e perante os Tribunais –
a Eliminação de Todas as Formas Independência e Imparcialidade
de Discriminação Contra as Mulhe- – Audiência Pública – Direito à
res (CEDM) - Protocolo Opcional à Presunção da Inocência – Direito
Convenção sobre a Eliminação de a Ser Julgado sem Demora Exces-
Todas as Formas de Discriminação siva – Direito a uma Defesa Ade-
Contra as Mulheres - A Plataforma quada e Direito a Estar Presente
de Ação de Pequim – Mulheres no Julgamento – Direito a Obter
e Pobreza – Mulheres e Saúde – a Comparência e a Interrogar ou
Mulheres e Violência – Mulheres Fazer Interrogar as Testemunhas
e Conflitos Armados – Mulheres – Direito à Assistência Gratuita de
e Recursos Naturais – A Menina – um Intérprete – Acesso a Mecanis-
3. Perspetivas Interculturais e Ques- mos de Proteção Judiciais Justos e
tões Controversas – 4. Implementa- Eficazes - O Princípio “Nulla Poena
ção e Monitorização Sine Lege” - A Fórmula de Rad-
Convém Saber: 211 bruch - Direito à Caução – Disposi-
1. Boas Práticas - Os Direitos Hu- ções Especiais para Crianças e Jo-
manos numa Perspetiva de Gé- vens – Execuções de Jovens desde
nero – Formação para os Direitos 1990 - 3. Perspetivas Interculturais
das Mulheres – O Apoio dos Meios e Questões Controversas - 4. Imple-
de Informação Digitais aos Direi- mentação e Monitorização
tos das Mulheres e das Meninas Convém Saber: 239
- 2. Tendências - Objetivos de De- 1. Boas Práticas – Escritório para
senvolvimento do Milénio (ODM) as Instituições Democráticas e
– Unidos para a Eliminação da Vio- de Direitos Humanos (ODIHR)
lência contra as Mulheres (UNiTE) – OSCE - Fortalecimento da In-
– ONU Mulheres – 3. Cronologia dependência do Poder Judicial e
Atividades Selecionadas: 216 Respeito pelo Direito a um Julga-
Atividade I: Parafraseando a CEDM - mento Justo - Fórum da Ásia-Pa-
Atividade II: O Caminho para a Igualia cífico para a Reforma Judicial
Referências Bibliográficas e In- 2. Tendências: Tribunais Interna-
formação Adicional 219 cionais - Mediação e Arbitragem
F. PRIMADO DO DIREITO E JUL- - (R)Estabelecer o Primado do Di-
GAMENTO JUSTO 223 reito em Sociedades Pós-Conflito
História Ilustrativa: 224 e Pós-Crise - 3. Cronologia
“Turquia: Farsa de Justiça no Jul- Atividades Selecionadas: 243
gamento de uma Ativista” Atividade I: “Ser Ouvido ou Não
A Saber: 225 Ser Ouvido?” - Atividade II: “Como
1. Introdução - O Primado do Di- Pode Defender Essas Pessoas?”
reito – Desenvolvimento Histórico Referências Bibliográficas e In-
do Primado do Direito – Primado formação Adicional 247
do Direito, Julgamento Justo e Se- G. LIBERDADES RELIGIOSAS 251
gurança Humana – 2. Definição História Ilustrativa: 252
e Desenvolvimento da Questão “Egito: Ativistas Livres Detidos em
- Padrões Mínimos dos Direitos Visita de Solidariedade”
ÍNDICE DESENVOLVIDO 33

A Saber: 252 vimento Histórico – 2. Definição e


1. Liberdades Religiosas: Ainda um Desenvolvimento da Questão – Con-
Longo Caminho a Percorrer – Li- teúdo do Direito à Educação e Obri-
berdades Religiosas e Segurança gações do Estado – Padrões a Atingir
Humana – 2. Definição e Desen- – Disponibilidade – Acessibilidade
volvimento da Questão – O Que é – Aceitabilidade – Adaptabilidade –
a Religião? – O Que É a Fé? – O que 3. Perspetivas Interculturais e Ques-
São as Liberdades Religiosas? – Pa- tões Controversas – O Exemplo do
drões Internacionais – O Princípio Uganda – A Década das Nações Uni-
da Não Discriminação – Educação das para a Alfabetização (2003-2012)
– Manifestar a Fé – Limitações às Li- – Conferência Mundial sobre o Direi-
berdades Religiosas – 3. Perspetivas to à Educação e os Direitos na Educa-
Interculturais e Questões Controver- ção - Convenção Quadro para a Pro-
sas – Estado e Fé – Apostasia – A teção das Minorias Nacionais - Carta
Liberdade de Escolha e Mudança Europeia das Línguas Regionais ou
de Religião – Proselitismo – O Direi- Minoritárias - Grupos Desfavorecidos
to de Divulgação da Fé – Incitação e o Acesso ao Direito à Educação –
ao Ódio por Motivos Religiosos e Os Direitos Humanos nas Escolas –
Liberdade de Expressão – Objeção 4. Implementação e Monitorização
de Consciência ao Serviço Militar – – Comité dos Direitos Económicos,
4. Implementação e Monitorização – Sociais e Culturais - Problemas de
Medidas de Prevenção e Estratégias Implementação
Futuras – O Que Podemos Fazer? Convém Saber: 291
Convém Saber: 262 1. Boas Práticas; 2. Tendências – O
1. Boas Práticas – Diálogo Inter- Quadro de Ação de Dakar - Edu-
religioso para o Pluralismo Re- cação para Todos - Comercializa-
ligioso – “Religiões para a Paz” ção da Educação – O Progresso na
através da Educação – 2. Tendên- Educação para Todos: Resultados
cias – Cultos, Seitas e Novos Mo- Ambíguos - 3. Cronologia
vimentos Religiosos – Mulheres Atividades Selecionadas: 296
e Fé – Extremismo Religioso e os Atividade I: Disponível? Acessí-
seus Impactos – Difamação da Re- vel? Aceitável? Adaptável? - Ativi-
ligião - 3. Cronologia dade II: Educação para Todos?
Atividades Selecionadas: 267 Referências Bibliográficas e In-
Atividade I: Palavras que Ferem - formação Adicional 298
Atividade II: A Fé do Meu Vizinho I. DIREITOS HUMANOS DA
e a Minha CRIANÇA 303
Referências Bibliográficas e In- Histórias Ilustrativas: 304
formação Adicional 270 “Castigos Corporais sobre Crian-
H. DIREITO À EDUCAÇÃO 275 ças” – “Crianças Afetadas por Con-
História Ilustrativa: 276 flitos Armados”- “Trabalho Infantil”
“A história de Maya” A Saber: 306
A Saber: 277 1. A Luta para Proteger os Direitos
1. Introdução - Porquê um Direito da Criança – Direitos da Criança e
Humano à Educação? – Educação Segurança Humana/da Criança –
e Segurança Humana – Desenvol- 2. Definição e Desenvolvimento da
34 ÍNDICE DESENVOLVIDO

Questão – A Natureza e o Conteúdo A Saber: 330


dos Direitos Humanos das Crian- 1. Até as Guerras têm Limites –
ças – Conceitos Principais Presentes Direito Internacional Humanitário
na Convenção sobre os Direitos da (DIH) – DIH e Segurança Huma-
Criança: Empoderamento e Emanci- na – As Origens do DIH - DIH en-
pação, Aspetos Geracionais e de Gé- quanto Direito Internacional – DIH
nero – Uma Perspetiva Holística da e Direitos Humanos – Quando é
Criança – A Relação Criança/Pais/Es- que o DIH é aplicável? - 2. Defini-
tado – Não Discriminação da Crian- ção e Desenvolvimento dos Direitos
ça – O Interesse Superior da Criança Protegidos – Quais são as Regras
– A Definição de “Criança” segundo Básicas do DIH nos Conflitos Ar-
a CDC – Os Direitos da Convenção: mados? – O Que é Que o DIH Pro-
Participação – Proteção – Sustento tege e Como o Faz? – Quem Tem de
- Resumindo: Porquê Utilizar uma Respeitar o Direito Internacional
Abordagem Assente nos Direitos da Humanitário? 3. Perspetivas Inter-
Criança? - 3. Perspetivas Interculturais culturais e Questões Controversas
e Questões Controversas – 4. Imple- – A Importância da Sensibilização
mentação e Monitorização – Comité Cultural – Perspetivas Conflituan-
dos Direitos da Criança – Protocolo tes Quanto à Aplicação do DIH -
Facultativo à Convenção sobre os Di- 4. Implementação e Monitorização
reitos da Criança relativo a um Proce- – Medidas Preventivas – Medidas
dimento de Comunicação de Monitorização do Cumprimen-
Convém Saber: 316 to – Medidas Repressivas
1. Boas Práticas – “Juntando Pes- Convém Saber: 338
soas” – “Relatórios Sombra” Não Movimento Internacional da Cruz
Governamentais e “Coligações Vermelha e do Crescente Verme-
Nacionais” para a Implementação lho - 1. Boas Práticas – Proteção
Nacional da CDC - Grupo de ONG de Civis – Proteger os Prisionei-
para a Convenção sobre os Direi- ros – Restabelecimento dos Laços
tos da Criança – Acabar com a Vio- Familiares – Uma Palavra acerca
lência nas Escolas - 2. Tendências do Emblema – Princípios de Fun-
– Factos e Números – Informação cionamento da Ação Humanitária
Estatística sobre os Direitos da – Os Princípios Fundamentais do
Criança - 3. Cronologia Movimento da Cruz Vermelha e
Atividades Selecionadas: 323 do Crescente Vermelho - 2. Ten-
Atividade I: Direitos e Necessida- dências – Tendências relativas a
des das Crianças - Atividade II: Conflitos Armados com base nos
Mesa Redonda de Ação para Re- Estados por Tipo: 1946-2008 -
duzir o Trabalho Infantil Tendências em Conflitos Armados
Referências Bibliográficas e In- Não Estatais por Região: 2002-
formação Adicional 325 2008 – Terrorismo - A Abolição
J. DIREITOS HUMANOS EM CON- de Minas Terrestres Antipessoais
FLITO ARMADO 329 e de Munições de Fragmentação –
História Ilustrativa: 330 Assistência do CICV (dados mun-
“Outrora um Rei Guerreiro: Memó- diais relativos a 2010) - 3. Crono-
rias de um Militar no Vietname” logia – Principais Instrumentos de
ÍNDICE DESENVOLVIDO 35

DIH e Outros Instrumentos Rela- clínio dos Sindicatos – Crescente


cionados Mobilidade Internacional: Traba-
Atividades Selecionadas: 346 lhadores Migrantes – Desemprego
Atividade I: Porquê Respeitar o dos Jovens – VIH/SIDA e o Mun-
DIH? - Atividade II: Ética da Ação do do Trabalho - 3. Cronologia
Humanitária Atividades Selecionadas: 377
Referências Bibliográficas e In- Atividade I: O seu Bebé ou o seu
formação Adicional 351 Trabalho! - Atividade II: “Vestido
K. DIREITO AO TRABALHO 353 Justamente”?
História Ilustrativa: 354 Referências Bibliográficas e In-
“Horríveis Condições de Trabalho em formação Adicional 381
‘Zonas Francas’” L. DIREITO À PRIVACIDADE 385
A Saber: 355 História Ilustrativa: 386
1. O Mundo do Trabalho no Sé- “Revelação de Dados Pessoais de-
culo XXI – Trabalho e Segurança vido a Medidas de Segurança Ina-
Humana – Uma Retrospetiva His- dequadas”
tórica – 2. Definição e Desenvolvi- A Saber: 386
mento da Questão – A Organização 1. Introdução – Desenvolvimento
Internacional do Trabalho (OIT) – histórico do Direito à Privacidade
As Mais Importantes Convenções – Privacidade e Segurança Huma-
da OIT - A Declaração Universal na – 2. Definição e Desenvolvi-
dos Direitos Humanos (DUDH) – mento da Questão – Conteúdo do
O Pacto Internacional sobre os Di- Direito à Privacidade – Grupos Es-
reitos Civis e Políticos (PIDCP) – O pecialmente Vulneráveis – 3. Pers-
Pacto Internacional sobre os Direi- petivas Interculturais e Questões
tos Económicos, Sociais e Cultu- Controversas – A Erosão do Direito
rais (PIDESC) – Direitos relativos à Privacidade Devido a Políticas de
à Igualdade de Tratamento e à Não Combate ao Terrorismo – Poderes
Discriminação – Níveis de Obriga- Ampliados para Parar, Interrogar e
ção - 3. Perspetivas Interculturais e Inspecionar – O Uso da Biometria
Questões Controversas – Uma Pará- e os Perigos dos Sistemas de Iden-
bola: O Pescador – 4. Implementa- tificação Centralizados - Circula-
ção e Monitorização ção de Listas de Vigilância – Reco-
Convém Saber: 368 lha de Dados em Bases de Dados
1. Boas Práticas - Programa In- Centralizadas – Privacidade na In-
ternacional para a Eliminação do ternet – as Redes Sociais – Porno-
Trabalho Infantil (PIETI) – Códi- grafia Infantil – 4. Implementação
gos de Conduta nas Empresas re- e Monitorização – A Organização
lativos ao Trabalho e aos Direitos das Nações Unidas – O Comité
Humanos – Iniciativas com Vários dos Direitos Humanos – O Rela-
Intervenientes – Etiquetagem de tor Especial das Nações Unidas
Artigos - Fairtrade Labelling Orga- para a Promoção e Proteção dos
nizations International (FLO) – O Direitos Humanos e Liberdades
Global Compact da ONU – 2. Ten- Fundamentais no Combate ao Ter-
dências – Zonas Francas Indus- rorismo – Convenções Regionais e
triais de Exportação (ZFE) - De- Órgãos de Monitorização
36 ÍNDICE DESENVOLVIDO

Convém Saber: 401 das Associações Profissionais e de


1. Boas Práticas – Privacy.Org Outras ONG – 4. Perspetivas Inter-
– Centro de Informações sobre culturais – 5. Cronologia
Privacidade Eletrónica (Electro- Convém Saber: 426
nic Privacy Information Centre 1. O Papel dos Meios de Informa-
– EPIC) – Privacy International ção Livres para uma Sociedade
– 2. Tendências – Listas de Vi- Democrática – 2. Meios de Infor-
gilância, Listas de “Não Voa” – mação e as Minorias – 3. Liber-
Vista da Rua do Google – Redes dade dos Meios de Informação e
Sociais – Base Nacional de Dados Desenvolvimento Económico – 4.
de ADN do Reino Unido – Decla- Propaganda de Guerra e Apologia
ração Conjunta sobre a Liberdade do Ódio – 5. Boas Práticas – 6. A
de Expressão e a Internet – 3. Cro- Liberdade dos Meios de Informa-
nologia ção e a Educação para os Direitos
Atividades Selecionadas: 406 Humanos - 7. Tendências – A In-
Atividade I: Dados Privados e Da- ternet – e a Liberdade de Expres-
dos Públicos – Atividade II: A His- são/Informação
tória de Marianne K. Atividades Selecionadas: 432
Referências Bibliográficas e In- Atividade I: Que chapéu usa? -
formação Adicional 409 Atividade II: O Impacto da Internet
M. LIBERDADE DE EXPRESSÃO E Referências Bibliográficas e In-
DOS MEIOS DE INFORMAÇÃO 413 formação Adicional 434
Histórias Ilustrativas: 414 N. DIREITO À DEMOCRACIA 439
“Só o Silêncio vos Protegerá, Mu- História Ilustrativa: 440
lheres” – “A Comunidade Interna- “Transição Democrática: O Legado
cional Apelou à Reação, pelo facto de Uma Revolução é Forjado de-
de a Situação da Liberdade de Ex- pois de a Luta ter Terminado”
pressão ter Piorado no Egito” – “A A Saber: 441
SEEMO Condena as Novas Amea- 1. Democracia em Alta? – Demo-
ças de Morte contra o Jornalista cracia e Segurança Humana - 2.
Croata Drago Hedl” Definição e Desenvolvimento da
A Saber: 415 Questão – O que é a Democracia
1. Relevância no Passado e no Pre- e como se Desenvolveu? – Ele-
sente – Segurança Humana, Liber- mentos Principais da Democracia
dade de Expressão e dos Meios de Moderna – Teorias de Democracia
Informação – Antigos e Novos De- – Formas de Democracia – For-
safios – 2. Conteúdo e Ameaças – mas de Democracia na Realida-
Principais Elementos da Liberdade de - 3. Perspetivas Interculturais e
de Expressão – Violações deste Di- Questões Controversas – O Debate
reito, Ameaças e Riscos – Restrições acerca dos “Valores Asiáticos” – O
Legítimas a este Direito – 3. Imple- Desafio da Democracia no Mundo
mentação e Monitorização – Siste- Muçulmano - Mais alguns pontos
mas Regionais de Monitorização - para reflexão – 4. Implementação e
Relator Especial sobre a Promoção Monitorização - Escritório para as
e Proteção do Direito à Liberdade Instituições Democráticas e Direi-
de Opinião e de Expressão - O Papel tos Humanos (ODIHR, em inglês)
ÍNDICE DESENVOLVIDO 37

- União Interparlamentar (UIP) - – Documentos Regionais de Direi-


Programa das Nações Unidas para tos Humanos para a Proteção das
o Desenvolvimento (PNUD) Minorias – A Década da Inclusão
Convém Saber: 454 da Comunidade Roma – 3. Perspe-
1. Boas Práticas – No Caminho da tivas Interculturais e Questões Con-
Democracia - 2. Tendências – Au- troversas – As Minorias “Antigas”
mento de Democracias – Partici- e “Novas” e o Critério de Cidada-
pação Política das Mulheres – Mu- nia – 4. Implementação e Monito-
lheres no Parlamento – Democr@ rização – Organização das Nações
cia online – Globalização e Demo- Unidas – Organização para a Se-
cracia – Défices Democráticos em gurança e Cooperação na Europa
Organizações Internacionais, em (OSCE) – Conselho da Europa
Empresas Multinacionais e em (CdE) – União Africana (UA) – Or-
Organizações Não Governamentais ganização dos Estados America-
Atividades Selecionadas: 460 nos (OEA) – Povo de Saramaka: O
Atividade I: Sim, Não ou algures Reconhecimento da Personalidade
no meio? - Atividade II: Um Mina- Jurídica, com o Direito ao Uso da
rete na Nossa Comunidade? sua Terra – Pressão Internacional:
Referências Bibliográficas e In- o papel das OIG, das ONG e dos
formação Adicional 464 Meios de Informação – O Que Po-
O. DIREITOS DAS MINORIAS 467 demos NÓS Fazer?
História Ilustrativa: 468 Convém Saber: 488
“O caso de D.H. e outros c. Repú- 1. Boas Práticas – Grupo Interna-
blica Checa” cional de Direitos das Minorias
A Saber: 469 - GDM (Minority Rights Group
1. A Luta pela Proteção dos Di- International) – Centro Europeu
reitos das Minorias: Desenvolvi- para os Direitos dos Roma (Euro-
mento Histórico – 2. Definição e pean Roma Rights Centre - ERRC)
Desenvolvimento da Questão – O – Gabinete Europeu para Línguas
Conceito de “Minoria” e a Noção Menos Divulgadas - GELMD (Eu-
de “Direitos das Minorias” – Os ropean Bureau for Lesser Used
Povos Indígenas e os Direitos dos Languages) – A Representação
Povos Indígenas - Desafios Conce- das Minorias no Parlamento da
tuais: Direitos Individuais e Cole- África do Sul – 2. Tendências – As
tivos – Os Direitos das Minorias e Minorias “Antigas” e as “Novas”
a Segurança Humana – Autono- e a Aplicabilidade do Sistema de
mia e Autodeterminação – Deve- Proteção das Minorias para as
res do Governo: Os Princípios da “Novas” Minorias – Diversidade e
Não Discriminação, Integração e Coesão – 3. Cronologia
Medidas Positivas – Instrumentos Atividades Selecionadas: 492
Internacionais de Direitos Huma- Atividade I: Confrontação entre
nos para a Proteção das Minorias Preconceitos e Discriminação – Ati-
– A Declaração das Nações Unidas vidade II: Cinco Formas de Proce-
Sobre os Direitos das Pessoas Per- der com as Minorias
tencentes a Minorias Nacionais ou Referências Bibliográficas e In-
Étnicas, Religiosas e Linguísticas formação Adicional 496
38 ÍNDICE DESENVOLVIDO

P. DIREITO AO ASILO 501 de Refugiados do Mundo – O


Histórias Ilustrativas: 502 Racismo e a Xenofobia em rela-
“Através do Olhar dos Refugiados” ção aos Migrantes, Refugiados e
A Saber: 503 Requerentes de Asilo – Distribui-
1. Introdução – Desenvolvimento ção Justa das Responsabilidades
histórico – O Asilo e os Direitos – 3. Cronologia
Humanos - O Asilo e a Segurança Atividades Selecionadas: 516
Humana – 2. Definição e Desen- Atividade I: Requerimento de Asi-
volvimento da Questão – O Refu- lo – Atividade II: Prepare a Mala e
giado, tal como Definido pelo Di- Fuja
reito Internacional – Requerentes Referências Bibliográficas e In-
de Asilo – Refugiados Prima-facie formação Adicional 518
– Alternativa da Fuga Interna –
Pessoas Apátridas – Migrantes III. RECURSOS ADICIONAIS 521
– Expulsão e Unidade Familiar –
Repatriação Voluntária e Depor- A. METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO
tação Forçada – O Princípio da PARA OS DIREITOS HUMANOS 522
Não Repulsão (Non-Refoulement) B. A LUTA GLOBAL E CONTÍNUA
e Acordos de Proteção Subsidiá- PELOS DIREITOS HUMANOS –
ria – Exclusão do Estatuto de Re- CRONOLOGIA 535
fugiado – Grupos Especialmente C. BIBLIOGRAFIA SUGERIDA SO-
Vulneráveis – Alto Comissariado BRE DIREITOS HUMANOS 543
das Nações Unidas para os Refu- D. RECURSOS SOBRE A EDUCA-
giados (ACNUR) – 3. Perspetivas ÇÃO PARA OS DIREITOS HU-
Interculturais e Questões Con- MANOS 550
troversas – Refugiados Vítimas E. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
de Pobreza – Processos de Asilo DIREITOS HUMANOS 566
– Sistema Europeu Comum de F. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
Asilo – 4. Implementação e Mo- DIREITOS HUMANOS (SUMÁ-
nitorização – Alto Comissariado RIO) 570
das Nações Unidas para os Refu- G. DECLARAÇÃO DAS NAÇÕES
giados (ACNUR) – Instrumentos UNIDAS SOBRE EDUCAÇÃO E
Regionais – O Papel do Tribunal FORMAÇÃO EM DIREITOS HU-
Europeu dos Direitos Humanos MANOS 572
Convém Saber: 512 H. GLOSSÁRIO 578
1. Boas Práticas – Esquema de
Reunificação Familiar – RefWorld IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
– Emancipação dos Refugiados – E INFORMAÇÃO ADICIONAL EM
2. Tendências – Deslocados In- LÍNGUA PORTUGUESA 587
ternos – Migração Irregular pelo
Mar – Dadaab, o Maior Campo ÍNDICE REMISSIVO 643
39

PREFÁCIO DE SHULAMITH KOENIG


APRENDER E INTEGRAR OS DIREITOS HUMA-
NOS COMO UMA FORMA DE VIDA - UM PER-
CURSO QUE TODOS TEMOS DE PERCORRER
Nesta segunda década do século XXI, em derá chamar de “primavera dos direitos
que 50% da população mundial – qua- humanos” – o movimento da caridade à
tro biliões de pessoas - tem menos de dignidade.
25 anos, muitas comunidades em todo Muitos partilham, nestas páginas, as suas
o mundo, tanto mulheres como homens, experiências e os seus conhecimentos.
são impelidas para re-imaginar, redese- Estão a desafiá-lo para que aprenda sobre
nhar e reconstruir as suas vidas motiva- as implicações morais e políticas dos di-
das pela aspiração, esperança e expec- reitos humanos e para que saiba que são
tativa de uma vida livre do medo e de protegidos de forma sólida pela lei, acei-
privações. À medida que este processo te pela maioria das nações - no entanto,
promissor ganha autenticidade nacional e muitos poucos de nós conhecem a rele-
internacional, temos todos de nos juntar vância dos direitos humanos nas nossas
num compromisso para com a responsa- vidas diárias. À medida que integramos o
bilidade social, orientado pela visão ho- pensamento e as experiências partilhadas
lística e missão prática dos direitos huma- neste livro, esperamos que vá emergin-
nos como uma forma de vida, em relação do um sentido vital de responsabilidade,
à qual todas as democracias se devem para que cada um de nós se torne num
comprometer e em relação à qual não te- mentor e monitor de direitos humanos,
mos quaisquer outras opções. como forma de vida. A prossecução des-
O excelente documento educativo e abran- te escopo tem de realizar-se nas nossas
gente, agora nas suas mãos, pretende pro- casas, nas nossas vizinhanças, com as or-
vocar o diálogo e debates que conduzam ganizações da comunidade e como parte
ao pensamento crítico e à análise sisté- da nossa existência económica, religiosa
mica do futuro da humanidade que todos e cultural.
pretendemos gerar. Nas páginas deste li- À medida que examinamos as articula-
vro, poderá descobrir um quadro único e ções dos direitos humanos através das
poderoso que define o caminho a ser tri- suas normas e padrões, todos relevantes
lhado, para que as mulheres e os homens para a promoção e sustento da dignidade
alcancem a justiça económica e social. humana, irá juntar-se àqueles que estão
A indivisibilidade, interconexão e interre- a aprender a viver em dignidade com os
lação dos direitos humanos, refletidas nes- outros, em respeito e confiança de poder
tas páginas, são fundamentais para uma vir a tornar-se num agente de mudança,
nova compreensão dos direitos humanos, criativo e positivo.
de forma a conseguir-se uma mudança Diz-se que quando perguntavam a Voltaire
com significado e duradoura que se po- “O que podemos nós fazer em relação aos
40 APRENDER E INTEGRAR OS DIREITOS HUMANOS COMO UMA FORMA DE VIDA

direitos humanos?” ele respondia: “Dei- vidos, guiados pelos direitos humanos no
xem que as pessoas os conheçam”. Rosa sentido da sua realização plena.
Parks, cujo protesto silencioso acendeu o O quadro abrangente dos direitos huma-
movimento dos direitos civis nos EUA, dis- nos, se conhecido e reivindicado, é o mais
se que os seus atos colocaram poder nas importante guia para se traçar o futuro
mãos das pessoas para insistirem por par- por que todos ansiamos. É um sistema de
ticipação aquando da tomada das decisões apoio fundamental e uma ferramenta po-
que determinam as suas vidas. A isto, nós derosa para a atuação contra a atual desin-
acrescentamos: sermos guiados pelos di- tegração social, pobreza e intolerância que
reitos humanos como uma forma de vida. prevalece no mundo. É muito simples: os
A aprendizagem e a integração dos direi- direitos humanos estão todos relacionados
tos humanos referem-se ao conhecimento, com a igualdade sem discriminação. Com
apropriação, planeamento e ação. O edu- o conhecimento dos direitos humanos po-
cando assume a responsabilidade única de demos todos juntarmo-nos na mudança
se juntar ao esforço nobre para que todas do mundo, onde o sistema patriarcal pre-
as pessoas no mundo, mulheres, homens, valece, onde a justiça é injusta e onde as
jovens e crianças, possam conhecer os mulheres, assim como os homens, trocam
direitos humanos como inalienáveis, per- a igualdade pela sobrevivência. Não temos
tencentes a todos e como uma excelente outras opções!
ferramenta de organização, uma estratégia Tem nas suas mãos a história do milagre
única para o desenvolvimento económico, dos direitos humanos, criado pelas Nações
humano e societário. Unidas. É uma dádiva à humanidade de
Gota a gota, passo a passo, através de si e muitas nações que também se comprome-
das suas organizações, temos de nos en- teram em implementá-los. Infelizmente,
volver num trabalho de amor pela mudan- milhões de pessoas nascerão e morrerão
ça do mundo integrada em todos os níveis sem nunca saberem que são titulares de
da sociedade, uma aprendizagem signifi- direitos humanos e, por esse facto, inca-
cativa dos direitos humanos que conduza pazes de apelarem aos seus governos para
ao planeamento e a ações positivas. Na que cumpram com as suas obrigações e
realidade, o conhecimento dos direitos hu- compromissos (www.pdhre.org/justice.
manos é inerente a cada um de nós. Todos html). Nós dizemos, corretamente, que a
sabemos quando a injustiça está presente ignorância imposta é uma violação dos di-
e que a justiça é a expressão última dos di- reitos humanos e constitui uma falha que
reitos humanos. Todos nós nos afastamos mina a sua realização.
da humilhação de forma espontânea, po- É esta “violação de direitos humanos” e
rém, frequentemente devido ao medo da muitas outras, a ignorância sobre os direi-
humilhação, nós humilhamos os outros. tos humanos que este livro pretende elimi-
Este círculo vicioso pode ser quebrado se nar. Gota a gota, passo a passo - para que
as pessoas aprenderem a confiar e a res- as pessoas saibam, interiorizem e viven-
peitarem-se mutuamente, interiorizando ciem o desenvolvimento dos direitos hu-
e vivenciando os direitos humanos como manos e assegurem a sua realização para
uma forma de vida. Aprender que os di- todos.
reitos humanos apelam ao respeito mútuo À medida que prossegue nesta viagem,
e que todos os conflitos têm de ser resol- tente imaginar os direitos humanos como
PREFÁCIO DE SHULAMITH KOENIG 41

as margens do rio onde a vida pode fluir (Shulamith Koenig é a Presidente-Fun-


livremente. Quando vêm as cheias, as pes- dadora do PDHRE – People’s Movement
soas que aprenderam e integraram os di- for Human Rights Learning (www.pdhre.
reitos humanos irão elevar e fortificar as org), recebeu o prémio das Nações Uni-
margens, para protegerem as suas comuni- das para os Direitos Humanos, em 2003,
dades e onde a liberdade poderá fluir sem e a Medalha de Ouro de 2011 do Centro
obstruções. Não temos quaisquer outras Pio Munzo, pela sua “Contribuição para
opções. a Humanidade”.)

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