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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS
Disciplina de INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS INSTRUMENTAIS DE ANÁLISE

ESTUDO DIRIGIDO DE ANÁLISE INSTRUMENTAL


“Cromatografia”

1) A respeito de cromatografia e suas aplicações, responda as perguntas a seguir:


A) Explique a cromatografia de papel.
R: A cromatografia de papel é uma ferramenta didática muito utilizada para se ensinar
cromatografia para a educação básica, utilizando-se de separação de misturas por meio de duas
fases: fase móvel e fase estacionária. A primeira refere-se ao líquido retido pelos poros do papel, e a
segunda ao meio ao qual este líquido é conduzido, neste caso o papel (aqui apresentado como
capilar). Assim, conforme o líquido é absorvido pelo papel, ele leva consigo a separação das cores
presentes no papel de acordo com suas afinidades.

B) Qual a diferença da cromatografia planar para a de coluna?


R: Um exemplo de cromatografia planar é a cromatografia de papel, baseada na separação de duas
misturas imiscíveis por meio de afinidade com o solvente, outro exemplo deste tipo de cromatografia
é a Cromatografia em Camada Delgada (CCD) que é uma técnica de adsorção líquido-sólido, que
também analisa a afinidade dos componentes de uma mistura em fase estacionária. Já a
cromatografia de coluna, é subdividida em; cromatografia líquida (clássica), cromatografia líquida
de alta eficiência (CLAE) e cromatografia gasosa de alta resolução (CGAR); e possui como principal
aplicação separar componentes em duas fases: sólidas e líquidas, para tanto o meio utilizado para as
análises é uma coluna que permite a passagem do solvente, diferentemente da cromatografia planar
que utiliza-se de adsorção do solvente e armazenados na fase estacionária (apresentada como
capilares, geralmente de celulose pura)(DEGANI, CASS, VIEIRA,1998).

C) Explique qual é a importância do estudo da escolha de solventes em cromatografia.


R: Os solventes empregados para as análises em cromatografia, são aqueles que influenciarão
diretamente na solubilidade, afinidade e separação das amostras, desta forma, a utilização de um
solvente correto para determinada amostra, é quem vai permitir a identificação/separação dos tipos
de componentes presentes em solução. Desta forma, o uso incorreto do solvente afetará na qualidade,
eficiência, veracidade e interpretação do resultado obtido com a análise do analito.

2) Sobre as cromatografias gasosas responda:

a) Por que uma coluna é modificada quimicamente?


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R: Em análises cromatográficas, a escolha do solvente presente na coluna segue a linha de


raciocínio do tipo de analito a ser verificado, sendo necessário que na coluna esteja presente o tipo
de solução que melhor se adequa a análise, para alcance de um resultado mais eficiente e dinâmico,
para tanto, isto depende do estado físico da amostra, bem como sua temperatura, também sua
composição química e tipo de equipamento a ser utilizado.

b) Quais os princípios de separação uma cromatográfica gasosa?


R: Uma alíquota é retirada do analito, e através de uma microseringa, é conduzida a uma coluna
cromatográfica com forno, onde é arrastada por toda a coluna capilar/empacotada com o uso de
um gás puro e inerte, local ao qual ocorre a vaporização, posteriormente é conduzida ao detector,
que envia o sinal analítico para um interpretador, que interpreta o resultado e o imprime para
análise. A fase móvel é gasosa, e a fase líquida ou solida é a estacionária. Fase estacionária líquida
possui separação por ponto de ebulição e a fase estacionária sólida, o gás analisado possui
partículas sólidas.

c) Diferencie cromatografia em fase normal e reversa.


R: A cromatografia em fase normal é empregada quando a polaridade da fase estacionária é maior
do que a polaridade da fase móvel, já quando a situação é invertida, ou seja, a fase móvel possui
maior polaridade a amostra passa a ser considerada reversa.

d) Como se pode fazer análise quantitativa utilizando um cromatograma?


R: A leitura de cromatogramas é feita através das análises dos picos, também chamados de bandas
cromatográficas, em análises de cromatografia de coluna, o resultado é expresso a partir da
equação matemática: A = ½ h·Wb, em que h representa a altura do pico e Wb a base do pico. Já em
análises de cromatográfica plana, a leitura é realizada por densitometria (quantidade de pontos há
na mancha). Para as análises quantitativas, os valores observados encontrados analisados de
acordo com a construção da curva analítica (esta curva é desenvolvida a partir de soluções padrões
em concentrações diferentes de acordo com o tipo de analito a ser observado) (VALENTE,
AUGUSTO, RIEDO, 2003).

e) Comente a importância das condições experimentais para a análise cromatográfica (como


temperatura, vazão, fluxo, tamanho e diâmetro da coluna).
R: As condições experimentais são um dos fatores essenciais para a garantia das análises, dentre
estes fatores estão a temperatura (do forno, responsável pelo aquecimento e consequente
resfriamento) sem ela não é possível por exemplo a vaporização de um líquido, portanto deve ser
controlada de acordo com tipo de analito a ser observado, garantindo que este aquecimento não
afete o resultado da amostra; a vazão depende da concentração do analito e vai determinar a
quantidade de gás a ser injetada no sistema, vazões muito altas ou baixas podem afetar a análise do
analito; fluxo (para onde segue) assim como a vasão e a temperatura o fluxo pode influenciar nos
resultados obtidos com a análise, já que podem interferir diretamente no tempo em que o analito
deve permanecer sobre análise, bem como sua distribuição nos capilares ou empacotados; diâmetro
e tamanho da coluna (capilar ou empacotada) este elemento influencia diretamente na quantidade
de analito serão utilizados na análise, considerando que é na coluna que ocorre a separação
(GRANDE, 20?).

f) O que significa o N que representa o número de pratos teóricos?


R: O “N” trata-se da eficiência dos métodos, assim, o “N” é inversamente proporcional ao grau de
eficiência da análise, isso quer dizer que, quanto menor o valor de N, mais eficiente é, já que possui
maior o intervalo entre um pico e outro, inferindo também que os picos possuem menor Wb (são
mais estreitos). Quanto maior o valor de N, menor será a eficiência do método escolhido para a
análise (SILVA,2015).
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3) Considere as seguintes condições cromatográficas em HPLC: Coluna de sílica, eluente tolueno:


diclorometano (70:30, v/v), fluxo de 1 ml/min, detecção em 240 nm. O cromatograma apresentou 3
picos:
Pico 1 Tr = 1 mim c) Qual seria a ordem de eluição dos compostos se
Pico 2 Tr = 3 mim utilizássemos uma coluna C-18?
Pico 3 Tr = 5 mim d) Se utilizássemos uma mistura de
a) Faça um esboço do cromatograma tolueno:diclorometano (60:40, v/v) como
b) Qual dos três compostos deve apresentar menor sistema eluente o que aconteceria com o TR dos
polaridade ? compostos?

4) O cromatograma mostra a análise de alcanos na coluna Sílica-C18 e fase móvel hexano:


diclorometano (60:40, v/v).
a) Comente a resposta obtida baseada nas características das espécies analisadas.
b) O que acontece com os tempos de retenção caso a fase móvel seja alterada para hexano:
diclorometano (80:20, v/v)?

Referências
DEGANI, Ana Luiza G.; CASS, Quezia B.; VIEIRA , Paulo C. Cromatografia um breve ensaio. Química
Nova na Escola : Atualidades em química, [s. l.], 1998. Disponível em:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc07/atual.pdf. Acesso em: 13 dez. 2021.

VALENTE, Antônio Luiz Pires; AUGUSTO, Fábio; RIEDO, Cássio Ricardo Fares. ANÁLISE
QUANTITATIVA POR CROMATOGRAFIA. ChemKeys: Liberdade para aprender, [s. l.], 2003. DOI
https://doi.org/10.20396/chemkeys.v0i10.9602. Disponível em:
https://zeus.qui.ufmg.br/~valmir/Analise_Quantitativa_Cromatografia_Gasosa.pdf. Acesso em: 12
dez. 2021.
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GRANDE, Marcelo del. Cromatografia Gasosa Princípios Básicos. S.I.: Embrapa, 20?. 75
slides, color. Disponível em:
http://www.cpatc.embrapa.br/eventos/seminariodequimica/1%B0%20Minicurso%20Produ
%E7%E3o%20e%20Qualidade%20de%20Biodiesel/cromatografiagasosa.pdf. Acesso em: 13
dez. 2021.

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