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SEGURANÇA DE BARRAGENS/ASPECTOS

AMBIENTAIS

DEZEMBRO 2021
MARCO REGULATÓRIO:

Lei 12.334 de 20 de setembro de 2010;

Resolução 91 de 02 de abril de 2012, Revogada pela Resolução


CNRH nº 236 de 30 de janeiro de 2017

Resolução 143 de 10 de julho de 2012;

Resolução 144 de 10 de julho de 2012, Alterada pela


Resolução n° 178/2016

Resolução nº 132, de 22 de fevereiro de 2016 veio com o objetivo de estabelecer


critérios complementares de classificação de barragens reguladas pela ANA quanto ao
Dano Potencial Associado;

Lei 14.066 /2020, derivada do PL 550/2019


MARCO REGULATÓRIO
Todas as entidades
Barragens fiscalizadas
fiscalizadoras (ANA, ANEEL,
pela ANA
DNPM, IBAMA, etc)
Lei Nº 12.334, de 20 de
setembro de 2010
X
Resolução CNRH nº 143,
de 10 de julho de 2012
X
Resolução CNRH nº 144,
de 10 de julho de 2012
X
Resolução Nº 132, de 22
de fevereiro de 2016
X
Resolução CNRH nº
178, de 29 de junho de X
2016
Resolução Nº 236, de 30
de janeiro de 2017
X
Compete à ANA, no âmbito de suas atribuições, fiscalizar as barragens abrangidas pela Lei n°
12.334 de 20 de setembro de 2010, para as quais outorgou o direito de uso dos recursos
hídricos, exceto para fins de aproveitamento hidrelétrico.
Lei 12.334/2010
PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA DE BARRAGENS (PNSB)

CHECK LIST
ÓRGÃO FICHA DE INSPEÇÃO
FISCALIZADOR FORMAL DA
BARRAGEM

RELATÓRIO
CLASSIFICAÇÃO
DIAGNÓSTICO E
QUANTO AO RISCO E
PROGRAMA DE
DANO POTENCIAL
RECUPERAÇÃO

Fonte: Adaptado de Carneiro (2013).


Lei 12.334/2010

FISCALIZADORES

Art. 7º As barragens serão classificadas pelos agentes fiscalizadores, por categoria


de risco, por dano potencial associado e pelo seu volume com base em critérios
gerais estabelecidos pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos.

Art. 8º O Plano de Segurança da Barragem deve compreender, no mínimo, as


seguintes informações: (...)

§ 1º A periodicidade de atualização, a qualificação do responsável técnico, o


conteúdo mínimo e o nível de detalhamento dos planos de segurança deverão ser
estabelecidos pelo órgão fiscalizador.
PLANO DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

SEGURANÇA PROJETO E MINIMIZAÇÃO


CONSTRUÇÃO DE RISCOS
ESTRUTURAL ADEQUADOS

MONITORAMENTO • PLANO DE INSPEÇÃO


E AUSCULTAÇÃO CONTROLE DO
RISCO
REMANESCENTE
EMERGÊNCIA • PLANOS DE EMERGÊNCIA

Biedermann (1997) - adaptado


Plano de Segurança de Barragens

PROJETO E CONSTRUÇÃO
Risco

OPERAÇÃO E
MANUTENÇÃO

Risco remanescente

Investimentos

Biedermann (1997) - adaptado


CLASSIFICAÇÃO DE BARRAGENS
DADOS NECESSÁRIOS PARA DETERMINAÇÃO DO CRI
Características Técnicas (CT): altura, comprimento, tipo de barragem quanto
ao material de construção, tipo de fundação , idade da barragem, vazão de
projeto.

Estado de Conservação (EC): confiabilidade das estruturas extravasoras,


confiabilidade das estruturas de adução, percolação, deformações e recalques ,
deterioração dos taludes / paramentos, eclusa.

Plano de Segurança (PS): existência de documentação de projeto, estrutura


organizacional e qualificação técnica dos profissionais da equipe de Segurança da
Barragem, procedimentos de roteiros de inspeções de segurança e de
monitoramento, regra operacional dos dispositivos de descarga da barragem
relatórios de inspeção de segurança com análise e interpretação.
CLASSIFICAÇÃO DE BARRAGENS
DADOS NECESSÁRIOS PARA DETERMINAÇÃO DO DPA

Volume Total do Reservatório para barragens de uso múltiplo ou


aproveitamento energético;

Potencial de perdas de vidas humanas;

Impacto ambiental;

Impacto sócio-econômico.
Lei 12.334/2010
INSPEÇÕES:
INFRAESTRUTURA (TÉCNICA)

GEOMETRIA EXTERNA (CONSERVAÇÃO)


REGIÃO A JUSANTE (CONSERVAÇÃO)
VERTEDOURO (CONSERVAÇÃO)
TOMADA D’ÁGUA (CONSERVAÇÃO)

DANOS POTENCIAIS (SÓCIO –AMBIENTAIS)


Lei 12.334/2010

INSPEÇÕES: INFRAESTRUTURA (TÉCNICA)


01 INFRAESTRUTURA OPERACIONAL ST MG NP

1 Falta de documentação sobre a barragem NE - -

2 Falta de material para manutenção NI - -

3 Falta de treinamento do pessoal NI - -

4 Precariedade de acesso de veículos NE - -

5 Falta de energia elétrica NE - -

6 Falta de sistema de comunicação eficiente NI - -

7 Falta ou deficiência de cercas de proteção PV I 0

8 Falta ou deficiência nas placas de aviso PV I 0

9 Falta de acompanhamento da administração Regional PV P 0

10 Falta de instrução dos equipamentos hidromecânicos NI - -


Lei 12.334/2010

INSPEÇÕES: ESTADO DE CONSERVAÇÃO


Lei 12.334/2010

INSPEÇÕES: ESTADO DE CONSERVAÇÃO

Afundamento
Lei 12.334/2010

INSPEÇÕES: ESTADO DE CONSERVAÇÃO


Lei 12.334/2010
INSPEÇÕES:
INFRAESTRUTURA (TÉCNICA)

GEOMETRIA EXTERNA (CONSERVAÇÃO)


REGIÃO A JUSANTE (CONSERVAÇÃO)
VERTEDOURO (CONSERVAÇÃO)
TOMADA D’ÁGUA (CONSERVAÇÃO)

DANOS POTENCIAIS (SÓCIO –AMBIENTAIS)


CLASSIFICAÇÃO DE BARRAGENS
RESOLUÇÃO 143/2012 >> R 178/2016
CATEGORIA DE RISCO - CRI
Características Técnicas (CT) – pontuação entre 8 e 28
Estado de Conservação (EC) – pontuação entre 0 e 43
Plano de Segurança de Barragens (PS) – pontuação entre 0 e 33
PONTUAÇÃO TOTAL (CRI) = CT + EC + OS – pontuação entre 8 e 104

CATEGORIA DE RISCO CRI


ALTO > = 60 ou EC*=8 (*)
MÉDIO 35 a 60
BAIXO < = 35
CLASSIFICAÇÃO DE BARRAGENS
RESOLUÇÃO 143/2012 >> R 178/2016
CATEGORIA DE RISCO - CRI
Características Técnicas (CT) – pontuação entre 8 e 28
Estado de Conservação (EC) – pontuação entre 0 e 43
Plano de Segurança de Barragens (PS) – pontuação entre 0 e 33
PONTUAÇÃO TOTAL (CRI) = CT + EC + OS – pontuação entre 8 e 104

CATEGORIA DE RISCO CRI


ALTO > = 60 ou EC*=8 (*)
MÉDIO 35 a 60
BAIXO < = 35
CLASSIFICAÇÃO DE BARRAGENS
RESOLUÇÃO 143/2012 >> R 178/2016
DANO POTENCIAL ASSOCIADO DPA
ALTO > = 16
MÉDIO 10 < DP < 16
BAIXO < = 10
DIAGNÓSTICO FINAL – DIAGNÓSTICO FINAL –
RESOLUÇÃO 91/2012 > RESOLUÇÃO 236/2017

DPA DPA
CRI CRI
ALTO MÉDIO BAIXO ALTO MÉDIO BAIXO
ALTO A B C ALTO A B C

MÉDIO A C D MÉDIO A C D

BAIXO A C E BAIXO A D D
PERIODICIDADE DAS INSPEÇÕES - RESOLUÇÃO 91/2012

CLASSE DA BARRAGEM
TIPO DE INSPEÇÃO
A B C D E
REGULAR semestral anual anual anual anual
ESPECIAL quando necessário
REVISÃO PERIÓDICA DE
SEGURANÇA 5 anos 10 anos 12 anos 15 anos 20 anos
PERIODICIDADE DAS INSPEÇÕES - RESOLUÇÃO 236/2017

O PLANO DA AÇÕES EMERGENCIAIS É EXIGIDO PARA AS CLASSES A e B

CLASSE DA BARRAGEM
TIPO DE INSPEÇÃO
A B C D
REGULAR semestral anual anual anual
ESPECIAL quando necessário
REVISÃO PERIÓDICA DE
SEGURANÇA 5 anos 7 anos 10 anos 12 anos
PLANO DE AÇÕES EMERGENCIAIS (PAE)

O (PAE) é uma medida não-


estrutural, mitigadora, cujas
ações são divididas em cinco
etapas essenciais.

Estas etapas garantem que


após detectada uma
emergência, as decisões
sejam tomadas de forma
racional, adotando medidas
estabelecidas para cada tipo
de anomalia, de acordo com
os estudos prévios de
gerenciamento do risco.
PAE
Pode ser solicitado pelo órgão fiscalizador em função do
risco e dano potencial associado à barragem;

Deve ser preparado em uma fase anterior a emergência


sendo realizado em conjunto, pelos proprietários da
barragem, os responsáveis pela estrutura e os responsáveis
pelo vale a jusante, no Brasil, a Defesa Civil.

Deve estar disponível no empreendimento e nas prefeituras


envolvidas, bem como ser encaminhado às autoridades
competentes e aos organismos de defesa civil.
PAE

O PAE estabelecerá as ações a serem executadas pelo


empreendedor:

identificação e análise das possíveis situações de emergência;


procedimentos para identificação e notificação de mau
funcionamento ou de condições potenciais de ruptura da
barragem;
procedimentos preventivos e corretivos a serem adotados em
situações de emergência, com indicação do responsável pela
ação;
estratégia e meio de divulgação e alerta para as comunidades
potencialmente afetadas em situação de emergência.
PAE
Fluxograma de Notificação
Dono da
barragem

PAE
Responsabilidades
Barragem

Coordenador Agências
do PAE Fiscalizadoras
PAE: Responsabilidades – Vale a Jusante

Defesa Civil

Sistema Nacional de Proteção de Defesa Civil


(SINPDEC)
Resolução 236/2016

A Resolução nº 236/2017, dentre as suas principais diretrizes, estatui a


periodicidade de execução ou atualização, o conteúdo
mínimo e o nível de detalhamento do PAE.

Conforme a resolução, o PAE torna-se obrigatório para as barragens


das Classes A e B, classificadas de acordo com a Resolução nº
143/2012, quanto à categoria de risco, dano potencial associado e pelo
volume armazenado.
PL 550/2019
Modifica os objetivos, fundamentos, instrumentos e regime de fiscalização da
Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB).
Amplia os deveres do empreendedor e as informações mínimas que devem
constar do Plano de Segurança de Barragem.
Proíbe barragem de mineração pelo método a montante.
Define que o dano potencial associado à barragem independe da sua
probabilidade de ocorrência e será graduado de acordo com as perdas de vidas
humanas e os impactos sociais, econômicos e ambientais.
Define zona de autossalvamento, onde permanecerão apenas os
trabalhadores estritamente necessários.
Disciplina o contrato de concessão para o direito de lavra e a responsabilidade
do minerador.
PL 550/2019
Simulação de Ruptura de Barragens

A delimitação das zonas que serão inundadas pela cheia é realizada


através da determinação da planície de inundação, resultado de
modelagem da propagação da onda de cheia no vale, através de
modelos hidrodinâmicos, que simulam a ruptura da barragem por
meio da formação da uma brecha e obtém-se como resultado as áreas
afetadas e os valores característicos da inundação.
Cenários de Ruptura

Nas barragens de terra após o início


da anomalia por ação de algum dos
métodos de falha, ocorre a formação
de uma brecha no aterro, por onde
forma-se um canal de evacuação do
reservatório, progredindo em função
do tempo. A brecha possui uma série
de parâmetros que determinam sua
geometria, como largura da brecha, o
tempo transcorrido para sua formação
e a vazão através do orifício.
Modelagem da Brecha: Modelo Empírico da Brecha.
Modelos Digitais do Terreno
Modelagem Hidrodinâmica
Mapas de Inundação

Mapas de Inundação Áreas atingidas


• Áreas
• Velocidades Características da inundação em cada seção
• Vazões
• Elevação da Superfície d’Água Tempo necessário para
potencial evacuação população

Segurança do
vale
Mapas de Inundação - Áreas
Mapas de Inundação - velocidades

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