Você está na página 1de 44

AP 2014 CH VI CAPA V4.

indd 1 22/07/2014 16:58:51


Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, seja eletrônico,
mecânico ou qualquer outro, sem a autorização prévia, por escrito, da editora.

Direção Editorial: Clayton Lima


Gerência Editorial: Lourdes Amaral
Autoria: Maria Cristina Sousa de Albuquerque e
Francisco José dos Santos Oliveira
Revisão Pedagógica: Franzé Oliveira
Coordenação de Produção: Irapuan Moreira
Coordenação de Revisão: Adriana Josino e Tatyanne Pereira
Projeto Gráfico e Capas: Rodrido Enéas e Edwaldo Junior
Imagem da Capa: Wikipedia
Pesquisa Iconográfica: Solange Gomes
Ilustração: Raphael Sampaio
Editoração Eletrônica: Rachel Luzia
Revisão Editorial: Camilla Nara
Impressão: Gráfica e Editora Tiprogresso

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Bibliotecária: Camila Stela Pereira Nunes CRB 3ª Região 861

O48 Albuquerque, Maria Cristina Sousa de.


Ciências Humanas VI / – Maria Cristina Sousa de Albuquerque e
Francisco José dos Santos Oliveira. – Fortaleza: Smile Editorial, 2014.
4 v. ; 40 p. – (Coleção Pré-Universitário em Fascículos, 171)

Obra em fascículos.
ISBN 978-85-8002-881-2

1. Ciências Humanas VI. Título.

CDD 500

Índice para catálogo sistemático:


1. Ciências Humanas 500

Ano 2014

Neste Volume

CAPÍTULO 08
Os Domínios Naturais e a Relação do Ser Humano com o Ambiente
Bacias Hidrográficas e seus Aproveitamentos .......................................................................................... 01

CAPÍTULO 09
Os Domínios Naturais e a Relação do Ser Humano com o Ambiente
A Nova Ordem Ambiental Internacional; Políticas Territoriais Ambientais; Uso e Conservação dos Recursos
Naturais; Unidades de Conservação; Corredores Ecológicos; Zoneamento Ecológico e Econômico ............... 09

CAPÍTULO 10
Os Domínios Naturais e a Relação do Ser Humano com o Ambiente
As Questões Ambientais Contemporâneas; Mudança Climática, Ilhas de Calor, Efeito Estufa, Chuva ˘cida,
Destruição da Camada de Ozônio ........................................................................................................ 21

Smile Editorial
Rua Pereira Filgueiras, 15 ă Salas de 101 a 108 e 201
CEP: 60.160-150 ă Fortaleza ă Ceará ă Brasil
smile@smileeditorial.com.br

AP 2014 CH VI CAPA V4.indd 61 22/07/2014 16:59:03


Os Domínios Naturais e a Relação do
Capítulo Ser H
Humano
no com
moA Ambiente
mbiente
08 Bacias Hidrográficas e seus Aproveitamentos

01

Hidrografia Brasileira

O Brasil é dono de um dos patrimônios hídricos mais importantes do Planeta. A grande extensão territorial e a predominância
de um clima úmido são fatores que corroboram para a formação de uma das mais extensas e caudalosas redes fluviais do mundo.
São importantes características da hidrografia brasileira:
• O Brasil é rico em rios e pobre em lagos.
• Predominam, no país, rios planálticos, o que permite bom aproveitamento hidrelétrico.
• Grande parte dos rios é perene, apenas no Sertão Nordestino predominam rios intermitentes.
• Os rios brasileiros tem drenagem exorreica, deságuam no Oceano Atlântico, devido às elevadas altitudes da porção oeste da
América do Sul.
• O regime de alimentação dos rios brasileiros é pluvial, apenas o Rio Amazonas tem regime misto, em função do degelo da
neve na cabeceira.
• Os rios apresentam, predominantemente, foz em estuário.

Os rios brasileiros estão agrupados em doze bacias hidrográficas, delimitadas por elevações de terreno chamadas de divi-
sores de bacia – de cada lado do divisor, a água que se precipita escoa para um rio diferente. As bacias reúnem-se em regiões
hidrográficas definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
O objetivo dessa divisão é facilitar o planejamento ambiental e monitorar o uso racional dos recursos.

1.1 AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL


Entre as doze bacias hidrográficas brasileiras, sete
são bacias principais, formadas por um rio principal que
denomina a bacia e uma rede de afluentes e subafluentes
ligados a este. São elas: Bacia do Amazonas, do Tocantins,
do São Francisco, do Parnaíba, do Paraguai, do Paraná
e do Uruguai; as outras são agrupamentos de vários
rios, não tendo um rio principal como eixo, por isso
são chamadas de bacias secundárias ou agrupadas.

A) Bacia Amazônica
A Bacia Amazônica é a maior bacia hidrográfica do
mundo, drena 42% do território brasileiro, estende-se ainda pelas
terras de vários países da América do Sul: Peru, Colômbia,Equador, Vene-
zuela, Guiana e Bolívia. Seu principal rio, o Amazonas nasce nos Andes, mas
em território brasileiro apresenta suave desnível, de cerca de 80 metros, o
que proporciona excelentes condições de navegação, com mais de 20 mil
quilômetros de vias fluviais navegáveis. Entretanto, alguns afluentes do Rio
Amazonas são planálticos, apresentando desníveis maiores. Essa característica,
associada ao elevado volume de águas, propicia grande potencial hidrelétrico,
a bacia apresenta o maior potencial hidrelétrico do Brasil.
A rede hidrográfica do Amazonas é muito importante para a vida econô-
mica e social dos nortistas. Atualmente os rios ainda são os principais meios
de deslocamento e comunicação, as principais cidades da Região estão situadas
às margens dos rios, suas águas constituem fonte de alimento para boa parte da
população, por meio da pesca.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
01

AP 2014 CH VI V4.indd 01 22/07/2014 17:06:27


B) Bacia do Tocantins-Araguaia
É a maior bacia hidrográfica totalmente brasileira, envolvendo os Estados de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Pará
e o Distrito Federal, paisagem dominada pelos biomas da Floresta Amazônica e do Cerrado.
O Rio Araguaia é considerado um dos rios mais piscosos do mundo. No entanto, a pesca predatória, além da construção
da Hidrelétrica de Tucuruí, que dificultou a subida dos peixes pelo rio para desova, tem diminuído o volume de peixes em toda
a bacia. A construção da hidrelétrica, da rodovia Belém-Brasília, a expansão agropecuária e a mineração, a partir da década de
70, intensificaram o desmatamento, provocando assoreamento e poluição por agrotóxicos.
A Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia, apelidada de lixão na década de 70, embora ainda ameaçada, especialmente
pela exploração madeireira nos estados do Pará e Maranhão, atinge índices animadores de recuperação, graças aos programas
de preservação e a crescente conscientização da população ribeirinha e dos turistas.

C) Bacia do Parnaíba
A Região Hidrográfica do Parnaíba estende-se pelos estados do Piauí, Maranhão e trechos do estado do Ceará, seu bioma
varia da Caatinga, passando pela Floresta Tropical e terminando na área de Vegetação Litorânea.
Na sua foz o Rio Parnaíba forma um grande delta. Ao se aproximar do litoral, o Rio Parnaíba abre-se em cinco braços distintos,
formando o único delta em mar aberto das Américas. Nos cinco braços agrupam-se mais de 80 ilhas e ilhotas, um verdadeiro
santuário ecológico com dunas de areia branca e os mangues, responsáveis pela maior produção de caranguejos do país.

Melancieira,
MAPA DO DELTA DO RIO PARNAÍBA
quarto
braço do
Parnaíba Caju,
Litoral do Piauí Canárias,
terceiro segundo
braço do braço do
Tutoia, Parnaíba
quinto Parnaíba
braço do
Parnaíba Canárias Iragaçu,
primeiro
braço do

s
tu
e
s o
Parnaíba

Ta
do ort ia nd
ro
P
a i ra
al ue pá G
Ilha At q a ra iro
Grande Co ac r ue
de Santa Luís
Cor
M Ba Ca
j
Isabel reia
Porti
nho
Praias do
Parnaíba litoral do Piauí

Disponível em: <http://www.piaui.com.br/internas.asp?ID=229>

D) Bacia do São Francisco

A Bacia do São Francisco abrange territórios de seis estados do Brasil (Minas Gerais,
PE Goiás, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas), o Distrito Federal e 503 municípios, por
isso o Rio São Francisco é também denominado Rio da Integração Nacional.
AL
No seu alto e baixo curso, o Rio São Francisco, recebe bom índice pluviométrico, na
sua maior extensão predomina o clima semiárido com índices de evaporação superior
SE a precipitação. Daí a sua importância para a população sertaneja que vive perto da sua
margem. Além de fornecer água para o consumo humano, é fundamental para projetos
BA de irrigação, indispensáveis às atividades agropecuárias. O projeto de transposição de
suas águas, iniciado em 2007, pretende ampliar essa capacidade de irrigação e de abas-
tecimento de populações, com a construção de 720 quilômetros de canais. É o único
rio perene que atravessa o Polígono das Secas, dada sua extrema importância, para a
população sertaneja, é chamado de Velho Chico ou Nilo brasileiro.
MG As quedas d’água no alto e baixo curso e a menor declividade em médio curso favo-
receram o aproveitamento para produção de energia e transporte. Seu maior trecho
navegável se encontra entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA), com extensão de quase 1,4
mil quilômetros.

E) Bacia do Paraná
A Região Hidrográfica do Paraná abrange porções territoriais dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa
Catarina, Paraná, São Paulo, além do Distrito Federal. Nessa região vivem mais de 30% da população brasileira e corresponde a
uma das áreas de maior desenvolvimento econômico do país. É a bacia hidrográfica de maior aproveitamento hidrelétrico do
país, é também a região responsável por 75% da demanda.
Além do elevado aproveitamento hidrelétrico, na Bacia do Paraná, há uma importante hidrovia em operação, a Hidrovia Tietê-
-Paraná. No total, desde o ponto inicial, o porto localizado às margens do Rio Paranaíba, em São Simão – GO, até o terminal de
Anhembi, em São Paulo, a hidrovia tem uma extensão de 760 quilômetros, liga as regiões sul, sudeste e centro-oeste do país.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


02 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 02 22/07/2014 17:06:28


Essa hidrovia é de extrema importância para o escoamento de grãos dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás
e parte de Rondônia, Tocantins e Minas Gerais.
A Hidrovia do Tietê-Paraná pode ser considerada uma hidrovia artificial, uma vez que grande parte dos trechos navegados
dos rios Paraná e Tietê são trechos de rios barrados, rios canalizados, correspondendo a uma sucessão de reservatórios artificiais,
construídos para a produção de energia hidrelétrica. Para garantir a navegação, foram construídas eclusas. Entretanto, no rio
Paraná, ainda permanece um trecho em “corrente livre” com cerca de 240 km de extensão.

F) Bacia do Paraguai
A Região Hidrográfica do Paraguai abrange uma área de 1.095.000 km², sendo 33% no Brasil – Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul – e o restante na Argentina, Bolívia e Paraguai. O Rio Paraguai nasce na Chapada dos Parecis, parte planáltica da bacia,
e corre no sentido de nordeste para sudoeste, atravessando uma extensa região plana do Pantanal Mato-Grossense, que retém
a água proveniente do planalto. O Pantanal, considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Planeta, funciona
como um grande reservatório, com baixa capacidade de drenagem e sujeito a grandes inundações.
A atividade agropecuária, com mau uso do solo, especialmente na parte planáltica da bacia tem provocado assoreamento e
prejuízo à qualidade da água. No Rio Paraguai, além da agropecuária, as dragagens e a mineração causam problemas ambien-
tais, inclusive a redução das áreas inundadas.

G) Bacia do Uruguai
A Região Hidrográfica do Uruguai abrange, no Brasil, os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que correspondem
a 45% da área total da bacia. Considerando-se os lados brasileiro e argentino a bacia apresenta uma das maiores relações de
energia/Km² do mundo. São importantes fontes de contaminação das águas superficiais e subterrâneas na região os efluentes
da suinocultura e avicultura no oeste catarinense e os agrotóxicos, utilizados principalmente na rizicultura.
A bacia é formada pelo rio Uruguai e por seus afluentes, desaguando no estuário do rio da Prata já fora do território brasi-
leiro. Junto com as regiões hidrográficas do Paraná e Paraguai, ela forma a grande bacia do Prata.

1.2 HIDRELÉTRICAS
A energia hidrelétrica é a obtenção de energia elétrica através do aproveitamento do potencial hidráulico de um rio. Para que
esse processo seja realizado é necessária a construção de usinas em rios que possuam elevado volume de água e que apresentem
desníveis em seu curso. O Brasil possui uma natureza única que garante um potencial hidroelétrico privilegiado se comparado
ao de outros países. A hidroeletricidade pode ser considerada uma vocação natural do nosso país.
O potencial hidrelétrico do Brasil é estimado em cerca de 260 GW, está entre os cinco maiores do mundo, 40,5% na Bacia
Amazônica, 23% na Bacia do Paraná, 10,6% na Bacia do Tocantins e cerca de 10% na Bacia do Rio são Francisco. No entanto,
apenas 63% do potencial brasileiro foi inventariado, ainda há muito a se explorar, especialmente na Região Norte.
Atualmente, o país conta com 972 usinas, que somam 82,5GW, o maior aproveitamento ocorre na Região Hidrográfica do
Paraná.
MAIORES USINAS HIDRELÉTRICAS BRASILEIRAS*
USINA LOCALIZAÇÃO CAPACIDADE SUFICIENTE PARA ABASTECER CIDADE DE:
Tucuruí Rio Tocantins 8.370MW 16,7 milhões de pessoas

Itaipu Binacional / Parte brasileira Rio Paraná 7.000 MW 14 milhões de pessoas

Ilha Solteira Rio Paraná 3.440 MW 6,88 milhões de pessoas

Xingó Rio São Francisco 3.162 MW 6,32 milhões de pessoas

Paulo Afonso Rio São Francisco 3.984 MW 7,96 milhões de pessoas

A essas cinco vão se somar usinas em construção, licitadas ou para licitação. Entre elas estão:
USINA LOCALIZAÇÃO CAPACIDADE SUFICIENTE PARA ABASTECER CIDADE DE:
Belo Monte Rio Xingu 11.233MW 22,5 milhões de pessoas

São Luiz do Tapajós Rio Tapajós 7.880 MW 15,76 milhões de pessoas

Jirau Rio Madeira 3.750 MW 7,50 milhões de pessoas

Santo Antônio Rio Madeira 3.150 MW 6,3 milhões de pessoas

Jatobá Rio Tapajós 2.338 MW 4,67 milhões de pessoas

* Cada megawatt produzido e energia suficiente para atender o consumo de duas mil pessoas.
Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/energia/imagens/maiores-usinas-hidreletricas-do-pais/image_view_fullscreen>

Embora tenha a seu favor a condição de renovável e limpa, a energia gerada pelas hidrelétricas trazem algumas questões
ambientais. Na área que recebe o grande lago que serve de reservatório da hidrelétrica, a natureza se transforma: o clima muda,
espécies de peixes desaparecem, animais fogem para refúgios secos, árvores viram madeira podre debaixo da inundação. Além
disso, há de se considerar o impacto social sobre as comunidades tradicionais ribeirinhas.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
03

AP 2014 CH VI V4.indd 03 22/07/2014 17:06:28


01

01 (UFG 2013) Analise os mapas a seguir.


CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO

Planaltos
5 1 - Planalto da Amazônia Oriental
5 2 - Planaltos e chapadas da bacia de Parnaíba
5 3 - Planaltos a chapadas da bacia do Paraná
13
4 - Planalto e chapada dos Parecis
5 - Planaltos residuais norte-amazônicos
1 28
12 6 - Planaltos residuais sul-amazônicos
23 1
7 - Planaltos e serras do Atlântico leste-sudeste
8 - Planaltos e serras de Goiás-Minas
12 9 - Serras residuais do Alto Paraguai
2 10 - Planalto da Borborema
6 6 11 - Planalto Sul-Rio-Grandense
14 10
12
6 2 Depressões
19 12 - Depressão da Amazônia Ocidental
25 24 13 - Depressão marginal norte-amazônica
20
4 14 - Depressão marginal sul-amazônica
28
15 - Depressão do Araguaia
17 9 16 15 16 - DepressãoCuiabana
17 - Depressão do Alto Paraguai-Guaporé
BACIAS HIDROGRÁFICAS 8 18 - Depressão do Miranda
26 7 19 - Depressão sertaneja e do São Francisco
20 - Depressão do Tocatins
BACIAS 3 21 - Depressão periférica da borda leste da
DO 918 bacia do Paraná
BACIA AMAZÔNICA NORDESTE
22 - Depressão periférica Sul-Rio-Grandense
BACIA 21 Planícies
DO SÃO OCEANO 23 - Planície do rio Amazonas
BACIA FRANCISCO ATLÂNTICO 24 - Planície do rio Araguaia
PLATINA
25 - Planície e pantanal do rio Guaporé
26 - Planície e pantanal mato-grossense
BACIAS DO 22 27 - Planície das lagoas dos Patos e Mirim
SUDESTE
11 0 350 km
E SUL 28 - Planícies e tabuleiros litorâneos
27

Os mapas apresentados destacam as unidades de relevo e as bacias hidrográficas do território brasileiro.

A comparação entre a localização geográfica dessas unidades e a rede hidrográfica revela que a bacia hidrográfica do
Paraguai, no Brasil, possui a maior parte de sua área associada ao relevo de:
A) planície, com rios navegáveis de lento escoamento e pequeno potencial hidrelétrico, com ocorrência de enchentes
frequentes no verão.
B) depressão, com rios intermitentes e perenes, em parte navegáveis, com nível muito baixo na estação seca.
C) planície, com rios perenes, navegáveis em grande parte, com elevado potencial hidrelétrico e desembocadura em
região litorânea.
D) planalto, com rios em parte navegáveis, com grandes desníveis de altitude e elevado aproveitamento hidrelétrico.
E) depressão, com rios parcialmente navegáveis e de elevado potencial hidrelétrico, com desembocadura em região litorânea.
02 (ESPM 2012) Na bacia hidrográfica, indicada no mapa ao lado, está sendo construída aquela
que será a segunda maior usina hidrelétrica do país e uma das maiores do mundo, tendo
gerado forte debate nacional.

A usina será construída:


A) no alto curso do rio principal da bacia.
B) junto à foz do principal rio da bacia.
C) em um afluente da margem direita do principal rio da bacia.
D) à montante do mais extenso rio da margem esquerda da bacia.
E) à jusante do mais importante rio da margem esquerda da bacia.

Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/


geografia/bacia-amazonica.jhtm.> Acesso em: 13 out 11.

03 (UNIMONTES 2012) No estado de Minas Gerais, a maior bacia hidrográfica é a do rio São Francisco, que nasce na região
Centro-Oeste do estado, no município de São Roque de Minas, na área da Serra da Canastra. Sobre o rio São Francisco no
território mineiro, podemos afirmar que:
A) o aproveitamento econômico das águas do rio São Francisco, no território mineiro, é pequeno, haja vista que a quan-
tidade de água é baixa.
B) o escoamento do rio ocorre de sul para norte, desde sua nascente até a divisa de Minas Gerais com a Bahia.
C) a parte mais preservada do rio São Francisco, em Minas Gerais, é o trecho que passa pelo norte do estado.
D) o principal problema ambiental do São Francisco é a contaminação por minerais pesados provenientes do garimpo de ouro.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


04 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 04 22/07/2014 17:06:28


Forçou a entrada de empresas e fundos de pensão no
leilão e, para aplacar sua má-vontade em relação ao negócio,
meteu sem nenhum dó a mão no bolso do contribuinte.
COMPETÊNCIA 06 Segundo a edição do último sábado da Folha de S. Paulo
(só para assinantes), ela receberá o aporte financeiro,
Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no a juros camaradas, é óbvio, do bom e velho BNDES. A
espaço em diferentes contextos históricos e geográficos.
repórter Janaína Lage revela que o banco se comprometeu
a emprestar o dinheiro para até 80% da obra com prazo de
30 anos para pagar. De quebra, está alavancando o caixa dos
empresários privados com o cofre das estatais de energia.
A repórter Gerusa Marques, em O Estado de S. Paulo,
BELO MONTE: TRISTE HISTÓRIA informa que para um dos consórcios, o Norte Energia, o
governo aportou os músculos da Chesf. Para o outro, o Belo
Pensada no regime militar, ressuscitada durante o apagão Monte Energia, empurrou Furnas e Eletrosul. Na retaguarda
do governo tucano e levada adiante no petista, a usina tem financeira, colocou de prontidão os fundos dos empregados
tudo para deixar para o país uma herança de amargar de estatais e a Eletronorte, que poderá assumir até 35% de
Belo Monte, no rio Xingu onde o governo Lula pretende participação no empreendimento de quem for vencedor.
plantar a terceira maior usina hidrelétrica do mundo, tem Também anda acenando com incentivos fiscais. A mesma
uma história recente muito feia. Ela começou em 1979, diligência com que responde aos apelos do empresariado
quando técnicos do governo federal terminaram estudos nos quesitos preço e lucro, o governo demonstrou com as
concluindo sobre a viabilidade da construção de cinco barra- questões ambiental e social. Não para reduzir os impactos,
gens no Xingu e uma no rio Iriri. O desastre social e ambiental mas para garantir que elas não serão empecilho ao leilão.
provocado pela construção de Itaipu, no rio Paraná, que Miriam Leitão contou no seu blog em O Globo que a
deslocou milhares de pessoas e afogou um de nossos mais pressão da Casa Civil sobre o Ibama para que desse a licença
relevantes Parques Nacionais, o de Sete Quedas, aliado à de instalação, fundamental para permitir o leilão, foi bruta.
crise financeira pela qual o Brasil então passava, deixou os Os funcionários do órgão deixaram claro que o tempo
planos de Belo Monte esquecidos no armário. exíguo e a falta de informações do Ministério de Minas e
O governo de José Sarney ensaiou desengavetá-los, mas Energia impedia a conclusão a contento da avaliação sobre
diante dos impactos que o plano original provocaria no meio o empreendimento. Seus chefes à época, o Ministro do Meio
ambiente e das dúvidas sobre o custo da obra preferiu que Ambiente, Carlos Minc, e o presidente do Ibama, Roberto
eles continuassem trancados. Pesou muito na decisão de Messias, fizeram ouvidos moucos. Tudo indica que mesmo
Sarney a consolidação da resistência dos povos indígenas do diminuído, o projeto de Belo Monte tem tudo para se trans-
Xingu à obra. Eles sempre foram contrários à usina. Mas em formar num desastre ambiental numa região considerada
1989, eles se reuniram no 1º Encontro dos Povos Indígenas de alta biodiversidade.
do Xingu e conseguiram repercussão internacional de sua
luta, fazendo o governo recuar para uma revisão dos planos. Chantagem
A porta para a hidrelétrica abriu-se novamente durante o A obra exige a escavação de canais de 30 quilômetros
apagão no governo Fernando Henrique. de extensão. O volume da escavação será de cerca de 230
A envergadura original do projeto foi reduzida. Da milhões de m3 de terra, maior do que o Canal do Panamá. Ela
proposta inicial de cinco barragens, ficou-se com uma. E para também exigirá a abertura de 260 quilômetros de estradas
usina, ao invés das convencionais, decidiu-se usar turbinas para vários pontos do canteiro. Concluída, Belo Monte vai
bulbo, que operam a fio d’água e exigem menor área de deslocar 20 mil pessoas para lugares que ninguém clara-
alagamento. Isso diminuiu, mas não tornou o impacto da mente diz quais são. Esse é apenas o impacto social direto.
obra mais aceitável. Ela vai causar um desmatamento de Ninguém sabe, certamente não no governo, qual a enver-
quase 12 mil hectares. Seus efeitos sobre a fauna, a biodi- gadura dos efeitos da obra em populações que vivem mais
versidade e sobre os indígenas que dependem do Xingu para distantes da futura usina e que dependem de um Xingu cuja
sua sobrevivência , segundo técnicos do Ibama, ainda estão vazão, isso já se sabe, será severamente afetada.
longe de terem sido adequadamente avaliados. Por que o governo decidiu mexer num projeto tão polê-
Do ponto de vista econômico e financeiro, as incertezas mico, e que justamente por isso dormiu por tanto tempo
não são menores. O governo começou dizendo que Belo nos escaninhos oficiais de Brasília justamente agora, a seis
Monte custaria 7 bilhões de reais. Ultimamente, andou meses de uma eleição presidencial? Não se sabe. Lula vem
revendo esse montante para 16 bilhões. As empresas que defendendo a obra com argumentação nacionalista anti-
se candidataram ao leilão da concessão, marcado para quada, dizendo que “eles já destruíram a floresta deles”, e
acontecer amanhã, terça-feira, dia 20 de abril, na sede da insistindo que vai fazê-la não importa a oposição. Mauricio
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em Brasília, Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energé-
falam em 30 bilhões. tica, subsidiária do Ministério de Minas e Energia, prefere
defender a obra fazendo ameaças.
Dinheiro e devastação Fala em apagão, possibilidade inexistente neste momento,
Em relação à energia que Belo Monte vai gerar, parece e que a energia de Belo Monte vai garantir o conforto da
não haver muito mais dúvida. Ela será incapaz de produzir população no Sul e Sudeste do país, o que é uma falsidade.
os 11 mil megawatts de energia que o governo promete. Transmitir a energia gerada na região Norte para outras do
Por conta do que o empresariado envolvido chama de país não só é ineficiente, como exigiria investimentos em
“concessões” ao meio ambiente – aliás insuficientes para linhas de transmissão que nesse momento não serão feitos.
dirimir os danos que ela vai causar – a previsão é que sua O grosso do que Belo Monte gerar vai alimentar indústrias
geração fique em torno dos 4 mil megawatts/ ano. Apesar de eletro intensivas como mineradoras e siderúrgicas, que
tantos questionamentos, vindos de tudo quanto é lado, Lula produzem matéria-prima para exportação. Na verdade,
disse dias atrás que faria Belo Monte na “lei ou na marra”. estaremos pagando para o benefício de empresários e outros
Pelo que andou saindo na imprensa ultimamente, o países que precisam de nossos minérios e aço para sustentar
presidente optou pela segunda opção. seu crescimento, como a China.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
05

AP 2014 CH VI V4.indd 05 22/07/2014 17:06:29


“Belo Monte representa o Brasil atrasado, apegado
a velhos modelos energéticos, que beneficiam poucos, 01
mas possuem uma enorme capacidade de destruição
socioambiental”, diz Beatriz Carvalho, diretora-adjunta de
Campanhas do Greenpeace. “No cerne da discussão sobre
Belo Monte está a questão fundamental: qual modelo de
desenvolvimento queremos assegurar ao Brasil, hoje e nas
próximas décadas. Defender Belo Monte significa olhar o
desenvolvimento do país pelo espelho retrovisor”. 01 Para a produção da hidreletricidade, o local depende primei-
ramente da energia solar, pois as águas vão das localidades
Argumentos pobres mais baixas para as localidades mais altas pela evaporação
Tolmasquim e Dilma Roussef, candidata à presidência e posterior precipitação.
pelo PT, insistem que a alternativa a hidrelétricas tipo Belo
Monte no Brasil seria o investimento em térmicas a óleo ou Baseado nesta introdução, assinale a única opção que
carvão, o que é no mínimo uma visão míope do problema. indica o melhor local para produção de hidreletricidade.
Eles insistem que fontes de geração eólica e solar, de grande A) Rios localizados em terrenos planos.
potencial no Brasil, não se prestam à geração em larga B) Rios localizados em regiões de clima tropical.
escala. Europeus e americanos discordariam. “A Alemanha
C) Rios localizados em regiões de clima quente e com
no final de 2009 tinha 25.800 MW de energia eólica; a
Espanha, 19.150 MW. Em toda União Europeia, 75 mil MW. desnível de terreno.
Na Dinamarca, representa 20% da energia; em Portugal, D) Rios formados em localidade onde as nascentes são
15%. Os Estados Unidos têm 35 mil MW”, escreveu Miriam intermitentes.
Leitão em seu blog. E) Rios de planícies.
“Hoje, as energias eólica e de biomassa já representam
opções economicamente viáveis para o Brasil e seus custos 02 A expressão “Bacia Hidrográfica” pode ser entendida
são significativamente inferiores aos da geração nuclear ou como:
por termelétricas a óleo combustível. O custo de geração A) o conjunto das terras drenadas ou percorridas por um
eólica é de R$150/MWh e de usinas de cogeração a biomassa rio principal e seus afluentes.
R$160/MWh”, diz Ricardo Baitelo, da Campanha de Energia do B) a área ocupada pelas águas de um rio principal e seus
Greenpeace. “A diferença tarifária para os R$83/MWh da usina
afluentes no período normal de chuvas.
de Belo Monte obviamente não compensa os graves impactos
sociais e ambientais causados pelo empreendimento. Usinas C) o conjunto de lagoas isoladas que se formam no leito
nucleares e térmicas a óleo combustível custam, em outro dos rios quando o nível de água da água baixa.
extremo, R$240/MWh e R$550/MWh, respectivamente”. D) o aumento exagerado do volume de água de um rio
Disponível em:<http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/A-feia- principal e seus afluentes quando chove acima do normal.
historia-de-Belo-Monte/>Acesso em: 13 mai. 2013. E) o lago formado pelo represamento das águas de um
rio principal e seus afluentes.

01

01 (UFBA 2012 – H29) O Brasil, por sua grandeza territorial,


possui uma diversidade geográfica e climática significativa.
A latitude, o relevo, as bacias hidrográficas, as caracte- 03 (ENEM 2013 – H29) Nos últimos decênios, o território
rísticas do solo, entre outros fatores, criam uma série de conhece grandes mudanças em função de acréscimos
possibilidades, entre outras coisas, para o planejamento técnicos que renovam a sua materialidade, como resultado
energético da matriz brasileira. Sendo bem exploradas, e condição, ao mesmo tempo, dos processos econômicos
essas características singulares podem fazer do Brasil um e sociais em curso.
país independente das energias fósseis a longo prazo. SANTOS, M.; SILVEIRA;M.L. O Brasil: território e
Através do investimento tecnológico e em infraestrutura, sociedade no inicio do século XXI. Rio de Janeiro:
é possível utilizarmos fontes renováveis como a biomassa Record, 2004 (Adaptado).
(etanol e biodiesel), eólica, solar e hidrelétrica. [...] Final-
mente, a natureza oferece as condições ou cria as dificul- A partir da ultima década, verifica-se a ocorrência no Brasil
dades que, na verdade, podem ser oportunidades para o de alterações significativas no território, ocasionando
crescimento e desenvolvimento do país. impactos sociais, culturais e econômicos sobre comuni-
WALTZ, 2010, p. 31. dades locais, e com maior intensidade, na Amazônia Legal,
com a:
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a matriz
energética brasileira, uma das mais equilibradas entre as A) reforma e ampliação de aeroportos nas capitais dos
grandes nações: estados
B) ampliação de estádios de futebol para a realização de
A) Justifique a recente expansão hidrelétrica da Região
eventos esportivos
Norte e cite dois exemplos do atual aproveitamento
da Bacia Amazônica. C) construção de usinas hidrelétricas sobre os rios Tocantis,
B) Destaque duas características naturais do Nordeste Xingu e Madeira
brasileiro, que podem ser aproveitadas para geração D) instalação de cabos para a formação de uma rede
de energia alternativa e limpa. informatizada de comunicação
C) Indique duas características ambientais da Bacia Hidro- E) formação de uma infraestrutura de torres que permitem
gráfica do Paraná. a comunicação móvel na região.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


06 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 06 22/07/2014 17:06:29


04 (UNESP 2014 – MOD. ENEM – H26) Considere o mapa Essas precipitações, nem sempre acima da média, causam
das bacias hidrográficas brasileiras e analise o gráfico das transtornos à população, com prejuízos materiais e imateriais.
condições hídricas de uma dessas bacias.
PORQUE
Bacias hidrográficas brasileiras A impermeabilização do solo, a supressão de áreas verdes
e a retificação dos canais dos rios resultam em diminuição
da infiltração da água do solo e redução do tempo de
permanência da água na bacia hidrográfica, o que acelera
os processos de escoamento superficial.
Atlântico A respeito dessas afirmações, assinale a opção correta:
Nordeste Atlântico
Amazônica Ocidental Nordeste A) Tanto a primeira, quanto a segunda afirmações são
Parnaíba
Oriental proposições falsas.
Tocantins-
B) A primeira afirmação é uma proposição falsa, e a
Araguaia São segunda, uma proposição verdadeira.
Francisco C) A primeira afirmação é uma proposição verdadeira, e
Atlântico
Leste a segunda, uma proposição falsa.
D) As duas afirmações são proposições verdadeiras, e a
Paraguai
segunda é uma justificativa correta da primeira.
Atlântico
Paraná Sudeste E) As duas afirmações são proposições verdadeiras, mas
a segunda não é uma justificativa correta da primeira.

Uruguai 06 (OLIVEIRA, F. J. S. 2010 – MOD. ENEM – H26)


Atlântico
Sul ONDE FICA AMAPÁ

Bacia hidrográfica X*
crítica
44% muito crítica
30%
AS Belém
ZON
excelente IO AMA
R

IS
Atlântico 5%

NT
Atlântico preocupante confortável
DO

Nordeste

RIO TOCA
Nordeste 17% 4%
Ocidental
TAPA

Oriental * Situação atual da bacia hidrográfica X, avaliada a partir Altamira


Parnaíba
das condições hídricas (demanda/disponibilidade)
RIO

Tocantins- apresentadas por cada trecho da malha fluvial.


Araguaia São
GU
Francisco Iriri
Rio
XIN

Belo Monte
Atlântico
Leste
Considerando conhecimentos sobre a situação atual de
RIO

uso, ocupação demográfica, disponibilidade hídrica e


guai
degradação das bacias hidrográficas brasileiras, é correto
Paraná
Atlântico
Sudeste
afirmar que a bacia X se refere à: PARÁ
A) bacia do Paraguai.
B) bacia Amazônica.
Uruguai C) bacia Tocantins-Araguaia. Disponível em: <http://www.socioambiental.org/
Atlântico
Sul D) bacia Atlântico Nordeste Oriental. esp/bm/loc.asp>. Acesso em: 23 abr. 2010.
E) bacia do Uruguai.
Com base na interpretação do mapa é possível inferir corre-
05 (ENADE 2011 – MOD. ENEM – H27) O município de São tamente que a usina de Belo Monte está localizada no(a):
Paulo voltou a ser atingido pelas chuvas na tarde desta
A) rio Tocantins e será responsável pelo fornecimento de
quinta-feira (24 de fevereiro de 2011), e o Centro de
energia elétrica para Belém do Pará.
Gerenciamento de Emergência (CGE) colocou em estado
B) rio Amazonas, o qual possui o maior potencial hidráu-
de atenção as zonas leste e norte e a região da Marginal
lico instalado do Brasil.
Tietê das 14h53 até as 15h55. O mau tempo causou
C) rio Tabajós, pertencente à bacia amazônica da região
pontos de alagamentos pela cidade. Às 17h55, o centro
Norte a bacia hidrográfica maior do país.
registrava um ponto de alagamento intransitável na Praça
D) rio Xingu, um afluente do rio Amazonas, bacia com o
Ciro Pontes, próxima à rua Taquari. Segundo o CGE, o calor
maior potencial hidráulico disponível do país.
desta quinta gerou áreas de instabilidade que provocaram
pancadas de chuva em bairros das regiões em atenção. E) rio Xingu, pertencente à bacia do Rio Paraná, onde está
No aeroporto de Cumbica, foi registrada uma rajada de o maior potencial hidráulico instalado do país.
vento de 90 km/h às 15h29, de acordo com o CPTEC/INPE. 07 (ENEM 2010 – H29) A usina hidrelétrica de Belo Monte
Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/> será construída no rio Xingu, no município de Vitória de
Acesso em: 24 ago. 2011 (Adaptado). Xingu, no Pará. A usina será a terceira maior do mundo
e a maior totalmente brasileira, com capacidade de 11,2
A partir da notícia acima, avalie as seguintes afirmações. mil megawatts. Os índios do Xingu tomam a paisagem
As áreas urbanas, em especial as cidades de médio e com seus cocares, arcos e flechas. Em Altamira, no Pará,
grande porte, apresentam, com relativa frequência, agricultores fecharam estradas de uma região que será
problemas de alagamentos. Nas cidades localizadas na inundada pelas águas da usina.
faixa tropical, esse problema é mais recorrente nos meses BACOCCINA, D.; QUEIROZ, G.; BORGES, R. Fim do leilão, começo da
de primavera e verão, e nos finais de tarde e início da noite. confusão. Istoé Dinheiro. Ano 13, n.° 655, 28 abr. 2010 (Adaptado).

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
07

AP 2014 CH VI V4.indd 07 22/07/2014 17:06:30


Os impasses, resistências e desafios associados à construção As bacias hidrográficas identificadas nos perfis são, respec-
da Usina Hidrelétrica de Belo Monte estão relacionados: tivamente:
A) à necessidade de equilibrar e compatibilizar o investi- A) Amazônica, Tocantins-Araguaia, Uruguai e Atlântico
mento no crescimento do país com os esforços para a Nordeste Oriental.
conservação ambiental. B) Tocantins-Araguaia, Paraguai, Parnaíba e Atlântico Leste.
B) ao potencial hidrelétrico dos rios no norte e nordeste C) Atlântico Sudeste, Uruguai, Paraguai e Amazônica.
quando comparados às bacias hidrográficas das regiões D) Amazônica, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Paraná.
Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. E) Atlântico Nordeste Oriental, Parnaíba, São Francisco e
C) à grande quantidade de recursos disponível para as Paraná.
obras e à escassez dos recursos direcionados para o 10 Nos infográficos estão representados dois modelos hidrelé-
pagamento pela desapropriação das terras. tricos do Brasil, o modelo tradicional e o modelo utilizado
D) ao direito histórico dos indígenas à posse dessas terras nas hidrelétricas mais recentes do país: a hidrelétrica a fio
e à ausência de reconhecimento desse direito por parte d’água. Uma argumentação correta para as vantagens
das empreiteiras. comparativas dos dois modelos é:
E) ao aproveitamento da mão de obra especializada dispo-
nível na região Norte e o interesse das construtoras na Usinas com Reservatório
Até a década de 90, quase todas as hidrelétricas
vinda de profissionais do Sudeste do país.
brasileiras eram construidas com reservatórios
08 (SIMULADO C7S 2010 – MOD. ENEM – H26) O ministro que alagavam grandes áreas
dos Transportes afirmou que o governo desistiu do projeto
original da Hidrovia Paraguai-Paraná. Conhecida como
Hidrovia do Mercosul, tem 3.442 quilômetros e vai de
Cáceres, no Pantanal de Mato Grosso, a Nueva Palmira,
no Uruguai.
O Estado de S. Paulo, 10 de janeiro de 2001.

Entre as causas das resistências à criação de algumas


hidrovias hoje no Brasil está(ão):
A) o elevado custo de implantação e a baixa eficiência
desse sistema de transporte. Em 2001, a capacidade de armazenamento
dos reservatórios era suficiente para abastecer
B) a comprovada eficiência do transporte de cargas e
seis meses de energia de todo o sistema.
pessoas pelas rodovias. Em 2009, esse número caiu para 5 meses.
C) a pobreza de recursos hídricos no território brasileiro.
D) a preocupação com eventuais impactos ambientais.
E) o transporte hidroviário de carga é muito lento e Usinas a fio d’água
consume mais combustível fóssil. Com o maior rigor dos órgãos ambientais e
pressão de ambientalistas do mundo inteiro,
as hidrelétricas passaram a ser construídas sem
reservatórios e grandes alagamentos

09 (UNESP) Observe os perfis longitudinais de importantes


rios de algumas das bacias hidrográficas brasileiras.
R.

Rio Amazonas
Ab

BOLÍVIA RO AM
un

R. Madeira
ã

R. Beni
Cordilheira dos
Andes (Bolívia)
é


amo
or

R. M RO AM
ap
Gu
R.

A exigência se tornou uma regra em todas


as novas usinas, specialmente a maioria
MT R. Araguaia PA
R. Tocatins
está localizada na Região Norte do País,
Rio Pará

Serra do
GO R. Toca
ntina em área de Floresta amazônica
Caiapó (GO)
MA PA
TO
Serra dos Pirineus A) Hidrelétricas com reservatórios promovem maiores
danos ambientais, porém a oferta de energia é menos
suscetível às variações climáticas.
B) Usinas a fio d’água não têm capacidade de poupança
R.
Ca

Oceano Atlântico

nos reservatórios para suportar períodos com hidrologia


nin

MG BA PE AL
han

Serra da
R. São Francisco desfavorável, por isso promovem maior alteração nos
ha

Canastra (MG) R. São Francisco

cursos dos rios.


as
an
sV

MG BA SE
C) Hidrelétricas tradicionais promovem alagamentos desne-
da

cessários para poupança de água e apresentam a mesma


R.

capacidade hidrelétrica que as modernas, a fio d’água.


D) Hidrelétricas tradicionais oferecem vantagens econô-
Paranapa

URUGUAI
R.

SP
R.

micas, porém não geram energia limpa. A fio d’água,


Oceano Atlântico
Rio

Igu

ARGENTINA
Tia

PR
nema

geram energia limpa e oferecem vantagens ambientais.


b

çu

R. Grande
á

Serra da
Mantiqueira
E) Usinas tradicionais e a fio d’água oferecem a mesma
o
ba

R. Paraná
rd
í
na

Pa

(MG)
ra

MG
vantagem econômica de geração de energia, porém as
R.
Pa

PARAGUAI ARGENTINA
R.

GO MS
tradicionais apresentam maior custo de manutenção.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


08 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 08 22/07/2014 17:06:30


Os Domínios Naturais e a Relação do
Capítulo Ser H
Humano
no com
moA Ambiente
mbiente
09 A Nova Ordem Ambiental Internacional; Políticas Territoriais
Ambientais; Uso e Conservação dos Recursos Naturais;
Unidades de Conservação; Corredores Ecológicos;
Zoneamento Ecológico e Econômico

1.1 CONSERVACIONISMO E PRESERVACIONISMO


Os avanços econômicos resultantes da Revolução Industrial
trouxeram grande ônus ambiental e levantaram a temática da
relação do homem com a natureza. No final do século XIX os
01 precursores do pensamento ambiental lançaram as raízes de duas
correntes ideológicas: o preservacionismo e o conservacionismo.
John Muir, naturalista e escritor, hoje, seria considerado
Uso e Conservação dos Recursos Naturais
um preservacionista, pois ficou conhecido pelo seu deslumbra-
mento pela natureza sem a interferência humana e sem pensar
O conforto, o desenvolvimento econômico e social e a no uso que determinados elementos poderiam representar.
própria sobrevivência humana sempre contaram com a oferta Muir se destaca por seu amor pelo mundo natural. Com o
dos recursos naturais do Planeta. A água, o sol, o solo, as correr do tempo, o preservacionismo tornou-se sinônimo de
árvores, o petróleo e os demais recursos a nós disponibilizados salvar espécies, áreas naturais, ecossistemas e biomas. Tende
pela natureza encontram-se distribuídos pelo globo de acordo a compreender a proteção da natureza, independentemente
com uma complexa combinação de processos que independem do interesse utilitário e do valor econômico que possa conter.
da escolha do homem. Já a visão conservacionista, contempla o amor pela natu-
Uma vez que a distribuição e a ocorrência dos recursos reza, mas permite o uso sustentável e assume um significado
de salvar a natureza integrando o ser humano. Na conservação
naturais é exclusivamente definida por processos naturais que
a participação humana deveria seguir um manejo que visasse
fogem ao nosso controle, é na apropriação desses recursos,
maior proteção do que a “intocabilidade”.
de total competência humana, que devem se concentrar as
Os dois termos acabam sendo confundidos ou empre-
nossas preocupações. gados sem muitos critérios, pois são tão novos quanto a
Você já parou para pensar que a forma como vivemos deixa necessidade de se conservar ou preservar, que só apareceu há
marcas no meio ambiente? É isso mesmo, nossa caminhada poucas décadas. Até mesmo na legislação brasileira, os termos
pela Terra deixa “rastros”, “pegadas”, que podem ser maiores são usados de maneira variada, apesar de se reconhecer os
ou menores, dependendo de como caminhamos. diferentes significados. Para as leis brasileiras, conservação
significa proteção dos recursos naturais, com a utilização
racional, garantindo sua sustentabilidade e existência para as
futuras gerações. Já preservação se refere à proteção integral,
a “intocabilidade”.
A preservação se faz necessária quando há risco de perda
de biodiversidade, seja de uma espécie, um ecossistema ou
de um bioma como um todo. Por outro lado não é justo nem
possível ignorar as necessidades sociais em favor da conser-
Disponível em: <http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/ vação de espécies e ecossistemas ameaçados. Na tentativa de
especiais/pegada_ecologica/historico/>
atender a tal carência surge a proposta “socioambiental”, na
qual o social e o ambiental são verdadeiramente tratados de
Foi pensando nisso que no início da década de 90, os maneira integrada.
especialistas William Rees e Mathis Wackernagel criaram uma
metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão 1.2 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
do consumo das populações humanas sobre os recursos natu-
rais – A Pegada Ecológica. As unidades de conservação (UC) são áreas e seus recursos
ambientais, com características naturais relevantes, que têm a
A Pegada Ecológica foi criada para nos ajudar a perceber o
função de garantir amostras das diferentes populações, hábitats
quanto de recursos da natureza utilizamos para sustentar nosso
e ecossistemas do território nacional, preservando o patrimônio
estilo de vida, o que inclui a cidade e a casa onde moramos,
biológico existente. Estas áreas estão sujeitas a normas e regras
os móveis que temos, as roupas que usamos, o transporte que especiais. São legalmente criadas pelos governos federal, esta-
utilizamos, aquilo que comemos, o que fazemos nas horas de duais e municipais, após a realização de estudos técnicos dos
lazer, os produtos que compramos e assim por diante. espaços propostos e, quando necessário, consulta à população.
O grande desafio da humanidade é encontrar uma forma de As UC podem ser Unidades de Proteção Integral ou Unidades
satisfazer as necessidades de uma população crescente e cada de Uso Sustentável.
vez mais próspera e, ao mesmo tempo, nos manter dentro dos Nas Unidades de Proteção Integral as regras e normas
limites dos recursos deste planeta, que é um só. são mais restritivas.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
09

AP 2014 CH VI V4.indd 09 22/07/2014 17:06:30


Nesse grupo é permitido apenas o uso indireto dos recursos 1.4 ZONEAMENTO ECONÔMICO E ECOLÓGICO
naturais; ou seja, aquele que não envolve consumo, coleta ou
Instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, o
dano aos recursos naturais. Exemplos de atividades de uso
ZEE visa identificar a vocação de cada área do país, conhecer
indireto dos recursos naturais são: recreação em contato com
as potencialidades e carências da região, selecionando áreas
a natureza, turismo ecológico, pesquisa científica, educação
a serem ocupadas com a atividade ideal e áreas que mereçam
e interpretação ambiental, entre outras. As categorias de
proteção total. Em linhas gerais, o objetivo é viabilizar o desen-
proteção integral são: estação ecológica, reserva biológica,
volvimento sustentável a partir da compatibilização do desen-
parque, monumento natural e refúgio de vida silvestre.
volvimento socioeconômico com a conservação ambiental.
Nas Unidades de Uso Sustentável as atividades que
Em função das particularidades naturais, sociais, econô-
envolvem coleta e uso dos recursos naturais são permitidas,
micas e culturais existentes, o padrão de desenvolvimento
mas desde que praticadas de uma forma que a perenidade
não pode ser uniforme. A vulnerabilidade e as potencialidades
dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos
diversas precisam ser mapeadas no território nacional como
esteja assegurada. As categorias de uso sustentável são: área
instrumento para direcionar o desenvolvimento sustentável.
de relevante interesse ecológico, floresta nacional, reserva de
A proposta é que as informações sejam agrupadas em
fauna, reserva de desenvolvimento sustentável, reserva extra-
um banco de dados disponível ao público. Essas informações
tivista, área de proteção ambiental (APA) e reserva particular
reunidas servirão como diretrizes para os investimentos. Depois
do patrimônio natural (RPPN).
de diagnosticar os recursos naturais, econômicos e os marcos
jurídico-institucionais poderá se propor a divisão em zonas com
1.3 CORREDORES ECOLÓGICOS
diferentes objetivos: áreas de preservação total, de pesquisa
Corredores Ecológicos são faixas vegetais que ligam áreas científica e educação ambiental, de agroindústria, exploração
florestais ou Unidades de Conservação. O objetivo da instituição madeireira, assentamentos urbanos, áreas de pesca, de extra-
dos “corredores” é reduzir o impacto do isolamento dos ecossis- tivismo, histórico-culturais, entre outros.
temas cercados por estradas, agricultura, atividade madeireira,
entre outras atividades humanas. Isso porque, quando espécies
se isolam, sua preservação em longo prazo fica prejudicada. Um
corredor ecológico permite o trânsito de animais, a dispersão
de sementes e o consequente aumento da cobertura vegetal.
No Brasil, os corredores ecológicos são planejados e execu- AS CATEGORIAS DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
tados pela iniciativa governamental e pelas ONGs ambientais.
São instituídos com base em estudos sobre o deslocamento das UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL
espécies e o espaço do qual necessitam para sobrevivência e 1. Estação Ecológica: área destinada à preservação da
reprodução. A partir desses estudos são estabelecidas as regras natureza e à realização de pesquisas científicas, podendo ser
de utilização dessas áreas com vistas a ordenar a ocupação visitadas apenas com o objetivo educacional.
humana, garantindo a conservação dos recursos naturais e da 2. Reserva Biológica: área destinada à preservação
biodiversidade. da diversidade biológica, na qual são realizadas medidas
As regras de utilização e ocupação dos corredores ecológicos de recuperação dos ecossitemas alterados para recuperar
e seu planejamento são determinadas no plano de manejo da o equilíbrio natural e preservar a diversidade biológica,
Unidade de Conservação à qual estiver integrado. podendo ser visitadas apenas com o objetivo educacional.
3. Parque Nacional: área destinada à preservação dos
ecossistemas naturais e sítios de beleza cênica. O parque é
a categoria que possibilita uma maior interação entre o visi-
tante e a natureza, pois permite o desenvolvimento de ativi-
dades recreativas, educativas e de interpretação ambiental,
além de permitir a realização de pesquisas científicas.
4. Monumento Natural: área destinada à preservação
de lugares singulares, raros e de grande beleza cênica,
permitindo diversas atividades de visitação. Essa categoria
de UC pode ser constituída de áreas particulares, desde que
as atividades realizadas nessas áreas sejam compatíveis com
os objetivos da UC.
5. Refúgio da Vida Silvestre: área destinada à proteção
de ambientes naturais, no qual se objetiva assegurar condi-
ções para a existência ou reprodução de espécies ou comu-
nidades da flora local e da fauna. Permite diversas atividades
de visitação e a existência de áreas particulares, assim como
no monumento natural.

UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL


1. Área de Proteção Ambiental: área dotada de atributos
naturais, estéticos e culturais importantes para a qualidade
de vida e o bem-estar das populações humanas. Geralmente,
é uma área extensa, com o objetivo de proteger a diversi-
dade biológica, ordenar o processo de ocupação humana e
assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
É constituída por terras públicas e privadas.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


10 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 10 22/07/2014 17:06:31


02 (UERJ 2011) Vermelho, azul e branco deveriam ter a compa-
2. Área de Relevante Interesse Ecológico: área com o
nhia do cinza na bandeira francesa. Se os desmandos da
objetivo de preservar os ecossistemas naturais de impor- aristocracia francesa, sem dúvida, alimentaram o rancor
tância regional ou local. Geralmente, é uma área de pequena popular que resultou na revolução de 1789, o vulcão Laki,
extensão, com pouca ou nehuma ocupação humana e com localizado na Islândia, também contribuiu para a causa.
características naturais singulares. É constituída por terras A erupção iniciada em agosto de 1783 durou oito meses
públicas e privadas. e teve efeitos catastróficos na Islândia e na Europa. Entre
3. Floresta Nacional: área com cobertura florestal onde eles, uma alteração nos padrões climáticos que arrasou a
predominam espécies nativas, visando o uso sustentável e agricultura francesa.
diversificado dos recursos florestais e a pesquisa científica.
É admitida a permanência de populações tradicionais que A escala da erupção de 1783 foi grandiosa. Formou-se uma
a habitam desde sua criação. imensa nuvem de fumaça cinza que esfriou o planeta por
4. Reserva Extrativista: área natural utilizada por popula- pelo menos quatro anos.
ções extrativistas tradicionais onde exercem suas atividades
baseadas no extrativismo, na agricultura de subsistência e A Islândia está atolada numa dívida externa de mais de
na criação de animais de pequeno porte, assegurando o uso US$ 600 milhões desde a eclosão da crise global de 2008.
sustentável dos recursos naturais existentes. Permite visitação Apesar da reprovação do resto da Europa pelos caos – o
pública e pesquisa científica. econômico e o aéreo –, para muitos dos 320 mil habitantes
5. Reserva de Fauna: área natural com populações da ilha, a força subterrânea da natureza veio para retirar o
animais de espécies nativas, terretres ou aquáticas; país de uma catarse coletiva. A erupção do Eyjafjallajoekull
adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo ajudou a restaurar um senso de solidariedade após uma
econômico sustentável de recursos faunísticos. infinita busca de responsáveis desde a crise.
6. Reserva de Desenvolvimento Sustentável: área O Globo, 24/04/2010 (Adaptado).
natural onde vivem populações tradicionais que se baseiam Os impactos de fenômenos geológicos e climáticos podem
em sistemas sustentáveis de exploração de recursos naturais. variar na história, como ilustram as reportagens sobre as
Permite visitação pública e pesquisa científica. erupções vulcânicas na Islândia, em 1783 e 2010.
7. Reserva Particular do Patrimônio Natural: área
privada com o objetivo de conservar a diversidade biológica, Nos dois casos apresentados, o fator natural contribuiu
permitida a pesquisa científica e a visitação turística, recre- para reforçar a relação de interdependência entre:
ativa e educacional. É criada por iniciativa do proprietário, A) contextos políticos – atendimento das demandas sociais
que pode ser apoiado por órgãos integrantes do SNUC na B) decisões econômicas – resolução dos problemas
gestão da UC. ambientais
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/areas-protegidas/
unidades-de-conservacao/categorias>
C) avanços tecnológicos – diminuição das insatisfações
populares
D) progressos científicos – redimensionamento das
catástrofes naturais
02

01 (FUVEST 2013) A partir do início dos anos 2000, o governo


brasileiro começa a lançar mão de uma nova estratégia de
proteção ambiental no território nacional da qual resultou
a delimitação das áreas a serem conservadas, representadas COMPETÊNCIA 06
no mapa abaixo. Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no
espaço em diferentes contextos históricos e geográficos.

MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO: A


DESORDEM NA NATUREZA
Por Lucia Czer

A ideia universalizada de desenvolvimento está na ideia de


dominação sobre a natureza, significando que ser desenvol-
vido é ser urbano e industrializado. Só somos considerados
urbanos se estivermos longe da natureza, próximos do que
o homem constrói. Devido a essa ideia, incivilizados são
todos os povos que convivem de maneira quase primitiva
no seu hábitat.
Por essa visão, os ambientalistas são comumente acusados
de querer o retorno ao estado primitivo, ao estado de natu-
A) Indique dois objetivos da criação de corredores ecoló- reza, enfim, de serem contrários ao desenvolvimento, ao
gicos. Explique. progresso e à tecnologia.
B) Identifique duas ameaças à proteção ambiental no
corredor Leste da Amazônia. Explique.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
11

AP 2014 CH VI V4.indd 11 22/07/2014 17:06:31


Segundo a sociedade, dita moderna, todos devem ter É preciso que se respeite a diversidade biológica e
o direito, não a opção, ao desenvolvimento. Traduz-se aí o cultural, na igualdade e na diferença. E é nesse âmbito que
conceito de igualdade. Essa ideia parece ser contemplada os ambientalistas devem convergir para uma justiça social
apenas através do desenvolvimento, não se refere aos dife- e sustentabilidade ecológica.
rentes modos de sermos iguais, diferentes culturas e povos. GONÇALVES, Carlos Walter Porto. Os porquês da desordem
Temos aqui o padrão cultural europeu e norte-americano. mundial – O Desafio Ambiental. 1949.
Disponível em: <http://artigos.netsaber.com.br/
Nesse sentido, igualdade é estabelecer protótipos de desen- resumo_artigo_15005/artigo_sobre_meio_ambiente_e_
volvimento, seguindo os padrões das oligarquias financeiras desenvolvimento:_a_desordem_na_natureza>
e industriais do Primeiro Mundo atrelada aos setores das Acesso em: 09 abr. 2013.
burguesias nacionais desenvolvimentistas do Terceiro
Mundo. Como decorrência das lutas contra a miséria e a
injustiça social, os ambientalistas abrandaram as críticas
02
01
contra o desenvolvimento e passaram a dialogar sobre
ecodesenvolvimento e, mais tarde, com a ideia de desenvol-
vimento sustentável. O desafio posto é: buscar alternativas 01 (UFC 2007 – ADAPTADA – H30) O elevado crescimento
ao desenvolvimento e não de desenvolvimento.À medida que da população mundial lança ao homem um grande
os recursos naturais dão sinais de esgotamento, começa o desafio: assegurar a sobrevivência do Planeta como astro
ambientalismo a ser reconhecido e a inter-relacionarcionar- habitado e habitável para uma humanidade cada vez
-se com as perspectivas técnico-científicas e as questões mais consumista. Tratando do desafio ambiental, Carlos
Walter Porto-Gonçalves afirma “[...] o período atual, de
político-culturais. Passa-se à convicção de que é necessário
globalização neoliberal, difere dos outros períodos que
impor limites ao crescimento. A natureza demonstra a
o antecederam pela especificidade do desafio ambiental
lógica da ação-reação e já não é necessário lutar contra a que o acompanha e que, também, o constitui. Afinal,
natureza, mas sim contra os efeitos da intervenção humana até os anos 1960, a dominação da natureza não era
na natureza. Há limites para o crescimento exacerbado uma questão e, sim, uma solução – o desenvolvimento.
ou todo o planeta e toda a humanidade colocam-se em É a partir desse período que intervém explicitamente a
situação de risco: menos para os ricos, mais para os mais questão ambiental.”
pobres. Concretamente, a igualdade é desigual. Não há como GONÇALVES, Carlos Walter Porto. O desafio ambiental.
universalizar o estilo de vida como o american way of life. Rio de Janeiro: Record, 2004, p.23.
A homogeneização é contrária à vida tanto no sentido As questões abaixo dizem respeito à questão ambiental e
ecológico quanto cultural. A globalização de uma mesma aos problemas, ou soluções, relativos a ela, encontrados
matriz de racionalidade, imposta pela lógica econômica em na atualidade.
sentido restrito, conduz a uma nova ordem: da escassez de A) Nomeie os dois grupos de Unidades de Conservação
recursos naturais. Menos água, ar, minerais, energia e solo. que hoje são propostos para superação do desafio
Estabelece-se a desordem natural. A humanidade está em ambiental.
risco sob o comando de ações determinadas por alguns e B) Cite dois objetivos das Unidades de Conservação.
em benefício de poucos. O homem destrói com um simples C) Cite dois elementos essenciais do conceito de Desen-
aperto de botão, em segundos, toda a energia acumulada volvimento Sustentável.
num tempo geológico de milhões de ano, sob o efeito de
um motor à explosão.
Todavia, não é possível julgar “culpada” a técnica, atrás 02
da técnica existe sempre a mente humana. O desafio é usar
a técnica a favor do homem e da natureza. A técnica sem
uso é um absurdo lógico. Um exemplo do uso racional da
técnica é a captação de água em grandes profundidades
que tornou possível a agricultura em regiões antes ocupadas
pelos cerrados. Ainda que seja necessário estimular-se o
debate sobre o modo de produção e o estímulo ao acúmulo 01 Até outubro de 2012, o Brasil soma 886 unidades federais
de riqueza virtual que põe em risco a riqueza da terra, da de conservação, das quais 574 privadas, em 755 mil km² de
água, do solo, da vida em sua concretude. área, além de 707 estaduais (765 mil km2) e 132 municipais
(6,5 mil km2). São 12 tipos de área de preservação previstos
Não podemos deixar de reconhecer o paradoxo de nunca
na legislação. Cinco são de preservação integral, sete são
termos visto tanto debate sobre o problema do meio-
de uso sustentável. Juntando as terras indígenas, o Brasil
-ambiente e assistirmos a imensa devastação do planeta. tem 2.623 milhões de km² de reservas, mais de 30% do
Não é possível deixar de perceber que a criação de políticas território brasileiro, dos quais 1,4 milhão de km² no bioma
ambientais, criadas a partir de uma ótica mercantilista, uma Amazônia.
globalização econômica que leva à desnaturalização da
natureza e seus recursos, como à transmutação tecnológica Quanto às Unidades de Proteção Integral:
da vida. A racionalidade e os princípios ecológicos ficam à A) Comportam exploração econômica, desde que plane-
mercê dos interesses econômicos. jada e que preservem os recursos naturais.
Se política é a arte de definir os limites, é essencialmente polí- B) São destinadas exclusivamente à exploração econômica
tico o desafio ambientalista. É preciso buscar um outro modelo da comunidade local.
de sociedade que não julgue “diferente” o modo de vida do C) Não podem sofrer exploração econômica direta.
camponês, do indígena, das tribos espalhadas pelo planeta. D) Destinam-se a visitas, pesquisas e atividades extrativas.
E) Têm o seu propósito mais direcionado pelo conserva-
cionismo do que pelo preservacionismo.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


12 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 12 22/07/2014 17:06:32


02 C) o elevado padrão de consumo dos Estados Unidos é o
responsável pelo equilíbrio entre pegada ecológica e
COMO CADA UM EXPLORA A NATUREZA?
biocapacidade.
ESTADOS UNIDOS D) A menor diferença entre pegada ecológica e biocapa-
10 cidade em Serra Leoa aproxima o país do ideal desen-
volvimento sustentável.
HECTARES GLOBAIS PER CAPITA

2 Pegada Ecológica
03 (OLIVEIRA, F. J. S. 2013 – MOD. ENEM – H30)
Biocapacidade
0
RESERVATÓRIO DE ILHA SOLTEIRA
1960 1970 1980 1990 2000 2007
1
SERRA LEOA
2,5
HECTARES GLOBAIS PER CAPITA

2,0

1,5

1,0

0,5 1. A necessidade de ligar esses dois fragmentos florestais, através de uma


faixa com a introdução de espécies arbóreas nativas, para a conecção da
0,0 fauna e o desenvolvimento de projetos de educação ambiental.
1960 1970 1980 1990 2000 2007

Disponível em: <http://ilhasolteiraambiental.blogspot.com.br/


CHINA
2010_04_01_archive.html> Acesso em: 31 Jul. 2013.
2,5
(Adaptada por OLIVEIRA, F. J. S)
HECTARES GLOBAIS PER CAPITA

2,0 A imagem mostra o reservatório de água da usina hidrelé-


trica de Ilha Solteira no Estado de São Paulo e a noção de
1,5 uma medida de conservação ambiental denominada de:
A) pegada ecológica.
1,0
B) corredor ecológico.
0,5 C) unidade de conservação.
D) unidades de proteção ambiental.
0,0 E) zoneamento econômico e ecológico.
1960 1970 1980 1990 2000 2007
04 (ENEM 2001 – 2a APLICAÇÃO – H30) A aceleração da taxa
de extinção de espécies é um grave e irreversível problema
BRASIL global causado pelos danos às reservas florestais. As previ-
25
sões das taxas de extinção variam enormemente e, segundo
HECTARES GLOBAIS PER CAPITA

Pegada Ecológica
Biocapacidade
alguns autores, poderão variar entre 20% e 50% de todas
20
as espécies existentes até o final do século, essencialmente,
pela destruição do hábitat nos trópicos.
15
As Reservas Florestais pedem Socorro. Revista Geografia.
Ed. 30, abr. 2010 (Adaptado).
10
As taxas atuais de extinção nos países desenvolvidos são
5 baixas em comparação com as das florestas tropicais e
isso se deve à:
0 A) exploração sustentável da enorme diversidade natural
1960 1970 1980 1990 2000 2007
existente nesses países.
B) introdução de modernas tecnologias capazes de conter
A análise dos gráficos permite concluir que:
o avanço do desmatamento.
A) o padrão de consumo em Serra Leoa e Brasil é o ideal C) degradação já causada anteriormente por pressões
quando se pensa em sustentabilidade, uma vez que a advindas do processo de industrialização.
pegada ecológica supera a biocapacidade. D) conservação de superfícies significativas de ecossis-
B) o aumento da pegada ecológica na China, associada temas pouco alterados pela ação antrópica.
à redução da biocapacidade, refletem-se em sérios E) incorporação dos recursos florestais à riqueza nacional
problemas ambientais. desses países, favorecendo o extrativismo.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
13

AP 2014 CH VI V4.indd 13 22/07/2014 17:06:32


05 (ENEM 2011 – 2ª APLICAÇÃO – H27) A Mata Atlântica D) sugerem o crescimento do consumo de recursos
perdeu 31 195 hectares de sua cobertura vegetal. Segundo não renováveis no países periféricos emergentes e
o levantamento, os dados apontam uma redução de 55% o uso racional nos países hegemônicos do sistema
na taxa média anual de desmatamento, comparando com capitalista.
o período anterior analisado, o triênio 2005 a 2008. Essa E) confirmam que o uso de tecnologias mais modernas
diminuição pode ser explicada pelo avanço da legislação e menos poluentes, comuns aos dois países (China e
Índia), possibilitará um menor consumo de recursos
e também pelo trabalho dos órgãos de fiscalização.
naturais.
VIALLI, A. O Estado de São Paulo, 27 maio 2011.
07 (OLIVEIRA, F. J. S. 2013 – MOD. ENEM – H27)
Dada a sua grande extensão, é difícil e caro fiscalizar o
bioma em questão, no entanto, uma forma de vigilância XOTE ECOLÓGICO
eficiente e que vem sendo utilizada no Brasil para esse Não posso respirar, não posso mais nadar
fim é: A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
A) o aperfeiçoamento profissional dos fiscais, já que a E se plantar não nasce, se nascer não dá
modernização da sua atuação diminui o desmatamento. Até pinga da boa é difícil de encontrar
B) a implantação de Reservas de Preservação, que tornam Cadê a flor que estava aqui?
as áreas intocáveis e, assim, isentas de degradação. Poluição comeu.
C) a formação de Reservas de Conservação, cujos proprie- E o peixe que é do mar?
tários, extrativistas, impedem o desmatamento. Poluição comeu
D) a constituição de reservas indígenas, já que as terras E o verde onde é que está?
passam a ser propriedade dos índios. Poluição comeu
E) o uso de equipamentos de sensoriamento remoto, por Nem o Chico Mendes sobreviveu
Compositor: Luiz Gonzaga e
meio de imagens de satélites.
Aguinaldo Batista – 1989.
06 (OLIVEIRA, F. J. S. 2013 – MOD. ENEM – H30)
De acordo com seus conhecimentos sobre as questões
ambientais e as lutas sociais no campo, podemos afirmar
NÃO VAI DAR PARA TODOS que a música Xote Ecológico de Luiz Gonzaga e Aguinaldo
Batista, composta em 1989, um ano após o assassinato de
Chico Mendes, traz uma visão:
A) descritiva dos elementos da paisagem ambiental.
B) naturalista desvinculando o meio natural e social.
C) neutra dos conflitos fundiário no Brasil, em especial na
Região Nordeste.
D) crítica e bem pessimista sobre os efeitos da ação do
homem sobre a natureza.
E) crítica sobre a degradação ambiental e desvinculada
das questões sociais do campo.
08 (UFV 2005 – ADAPTADA – MOD. ENEM – H30) Considera-
-se, em economia, o desenvolvimento sustentável como
a capacidade de as sociedades sustentarem-se de forma
autônoma, gerando riquezas e bem-estar a partir de seus
próprios recursos e potencialidades. [...] Já o desenvol-
vimento ecologicamente sustentável é definido como a
garantia de progresso material e bem-estar social, resguar-
Fonte: SCHELOP, Diogo. A cegueira das civilizações. dando os recursos e o patrimônio natural dos diferentes
Veja, 7 set. 2005, p. 106 (Adaptado). povos e países.
Sobre o consumo de recursos naturais e com base na ideia GIANSANTI, Roberto. O desafio do desenvolvimento sustentável.
São Paulo: Atual, 1998. p. 13.
da sustentabilidade do planeta, é possível inferir correta-
mente que os dados do quadro: A perspectiva do desenvolvimento sustentável leva a socie-
A) incentivam a adoção, pelos países periféricos e semipe- dade a questionar uma série de práticas. Assinale a alter-
riféricos, de padrões de consumo atualmente vigentes nativa que não constitui prática adequada aos princípios
nas economias mais desenvolvidas. do desenvolvimento sustentável:
B) confirmam a necessidade de se tomarem procedi- A) Utilizar tecnologias com eficiência energética.
mentos racionais e sustentáveis na apropriação dos B) Adotar o padrão de consumo dos norte-americanos.
recursos naturais renováveis e não renováveis. C) Reciclar sempre que possível matéria-prima e energia.
C) propõem que, com a difusão espacial e o crescimento D) Modificar os hábitos de consumo, evitando desperdício.
numérico da frota de veículos em escala planetária, o E) Buscar o desenvolvimento econômico com inclusão
aquecimento global pode ser atenuado. social.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


14 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 14 22/07/2014 17:06:32


09 (CEFET MG 2014) A categoria da Unidade de Conservação de Uso Sustentável, que tem por paradigma a Reserva de Desen-
volvimento Sustentável de Mamirauá, pretende se tornar um verdadeiro modelo alternativo à presença do Estado. Afinal, ela
buscaria conciliar produção e proteção ambiental, pretenderia se tornar autossustentável, seria administrada por entidade
não governamental, com recursos financeiros principalmente privados ou governamentais, estrangeiros, prescindiria ao
máximo possível da participação do Poder Público e tentaria fazer com eficiência tudo o que este deveria fazer.
RODRIGUES, José E. R. Sistema Nacional de Unidades de Conservação. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2005 (Adaptado).
A questão ambiental no Brasil e no mundo está diretamente relacionada à influência da política e economia na reconfigu-
ração da relação entre homem e natureza. Nesse contexto, a crítica apresentada no fragmento expressa a(o):
A) convicção pela abordagem dos ecologistas radicais, devido os limites reais da relação entre economia e sustentabilidade.
B) preocupação com a influência neoliberal na organização de Unidades de Conservação devido à minimização do poder público.
C) indignação com a criação de Unidades de Conservação de uso sustentável pelo enfraquecimento do seu caráter preservacionista.
D) temor aos princípios marxistas de reorganização social da terra por causa do limite à participação estrangeira no desen-
volvimento regional.
E) receio da apropriação de recursos públicos por gestores privados, em função da autonomia legislativa inerente a esse
modelo de Unidade de Conservação.
10 (UNESP 2014) A população de Londres, com 12% da população total do Reino Unido, exige uma pegada ecológica de 21
milhões de hectares ou, simplesmente, toda a terra produtiva do Reino Unido. Em Vancouver, no Canadá, constatou-se
que a área exigida para manter o nível de vida da população corresponde a 174 vezes a área de sua própria jurisdição.
Um habitante de uma cidade típica da América do Norte tem uma pegada ecológica de 461 hectares, enquanto na Índia a
pegada ecológica per capita é de 45 hectares. Assim, o planeta sofre um impacto dez vezes maior quando nasce um bebê
no primeiro mundo do que quando nasce um bebê na Índia, na China ou no Paquistão. Um malthusianismo cego, ainda
hegemônico nas lides ambientalistas, está infelizmente muito mais preocupado com o controle da população na Índia do
que com a injustiça ambiental que sustenta a injusta ordem de poder mundial.
Rogério Haesbaert da Costa e Carlos Walter Porto-Gonçalves. A nova des-ordem mundial, 2005 (Adaptado).
No texto, os autores fazem uma crítica à abordagem malthusiana, que tende a considerar o tamanho da população como
o fator principal do impacto sobre os recursos naturais existentes no planeta. Dessa forma, para se entender a atual “crise
ambiental”, outros fatores, também importantes, devem ser levados em consideração, a saber:
A) o tamanho dos territórios de cada país e a falta de conhecimento sobre a quantidade de recursos naturais que cada
população dispõe.
B) o baixo nível de renda das populações dos países desenvolvidos e seu reduzido grau de desenvolvimento tecnológico.
C) o modelo de desenvolvimento econômico adotado pelos países e os padrões de consumo difundidos em escala mundial.
D) o tamanho das populações dos países subdesenvolvidos e seu baixo nível de escolaridade.
E) o baixo desenvolvimento técnico-científico dos países e a ausência de conhecimentos sobre a finitude dos recursos
naturais existentes no planeta.

02

Conferências Mundiais sobre o Meio Ambiente

PRINCIPAIS PONTOS DOCUMENTO FINAL DA RIO+20: “O FUTURO QUE QUEREMOS”


O documento classifica a economia verde como “um importante instrumento” para o desen-
Economia verde
volvimento sustentável, mas que não deve ser “um conjunto rígido de regras”.
O texto reconhece a “necessidade de uma significativa mobilização de recursos” para que os
Financiamento países em desenvolvimento possam crescer de forma sustentável. Mas não se diz de onde vem
o dinheiro, nem quanto, nem quando.
Será criado um fórum ministerial para o desenvolvimento sustentável, integrado no já existen-
Instituições te Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, com competências reforçadas, participa-
ção de todos os países e financiamento estável.
Objetivos do Serão discutidos através de um processo intergovernamental a ser agora lançado. Todas as
desenvolvimento sustentável referências a prazos, temas e metas concretas foram eliminadas do documento final.
Há algumas novidades nas pescas e na poluição, como a necessidade de controlo da captura
Oceanos acidental de peixes e do lixo no mar. Ficou estabelecido que até 2015, será elaborado um novo
instrumento internacional para o uso sustentável dos recursos no alto mar.
O direito humano à água e ao saneamento, que já tinha sido reconhecido, mas apenas por
Água
maioria dos membros da ONU, foi agora sancionado por todos os países.
Foi adaptado um programa a dez anos destinado a promover padrões de produção e consumo
Padrão de consumo
sustentáveis, que a ONU já tentara aprovar, sem sucesso, noutro fórum.
Disponível em: <http://p3.publico.pt/actualidade/ambiente/3489/rio20-os-principais-pontos-de-o-futuro-que-queremos> Acesso em: 10 mai. 2014 (Adaptado).

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
15

AP 2014 CH VI V4.indd 15 22/07/2014 17:06:32


C) a Rio+20 foi marcada pela intensa polêmica entre o
03 desenvolvimento zero e o desenvolvimento a qualquer
custo.
D) na Conferência conhecida como Eco 92 foi amadurecido
01 (UDESC 2014) Em 1972, foi realizada a Conferência das e difundido o conceito de desenvolvimento sustentável,
Nações Unidas sobre o Homem e o Meio Ambiente, em abandonado, por sua vez na Rio+20.
Estocolmo (Suécia). Nesse encontro os chefes de Estado E) na Conferência Rio+20 ficou confirmada a maior
debateram questões sobre o meio ambiente e o desenvol- responsabilidade financeira dos países desenvolvidos
vimento, reunião que ficou conhecida como a “tomada de na implementação de ações ambientalmente corretas.
consciência”. De lá para cá, muitas foram as preocupações
ambientais que mobilizaram governos e ONG’s (Organi-
zações Não Governamentais). Analise as proposições em
relação aos eventos mais conhecidos em defesa do Meio
Ambiente e da vida no Planeta, nas cinco últimas décadas.
I. A Assembleia Geral da ONU, de 1983, encarregou uma COMPETÊNCIA 06
comissão para estudar o binômio desenvolvimento Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no
meio ambiente. espaço em diferentes contextos históricos e geográficos.
II. O Relatório Brundtland, de 1987, cunhou pela primeira
vez a ideia de desenvolvimento sustentável.
III. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento realizou-se em 1992, no
Rio de Janeiro, mais conhecida como Rio-92. HÁ ABUSO NO USO DE ‘SUSTENTABILIDADE’,
IV. A Agenda XXI, elaborada durante a Rio-92, era um DIZ CRIADORA DO TERMO
ambicioso programa para implantação de um modelo POR Claudio Ângelo (Folha de São Paulo,
de desenvolvimento sustentável no mundo. CADERNO AMBIENTE, 22/03/2012).
V. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvi- O conceito de desenvolvimento sustentável e sua irmã,
mento Sustentável (CNUDS), conhecida também como a sustentabilidade, têm sofrido abusos, especialmente das
Rio+20 (2012), discutiu a renovação do compromisso empresas. Quem diz é a mãe das crianças, a norueguesa Gro
em relação ao desenvolvimento sustentável.
Harlem Brundtland.
Assinale a alternativa correta. Ex-premiê da Noruega, Brundtland, 73, chefiou a
A) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras. comissão que em 1987 produziu o relatório “Nosso Futuro
B) Somente as afirmativas I, II e V são verdadeiras. Comum”, onde o conceito de desenvolvimento sustentável
C) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. foi cunhado. O relatório serviu de base para a Eco-92.
D) Somente a afirmativa V é verdadeira. Desde 2007, ela integra juntamente com Fernando
E) Todas as afirmativas são verdadeiras. Henrique Cardoso, Kofi Annan, Jimmy Carter e outros líderes
02 mundiais o grupo dos Elders, formado por Nelson Mandela
para discutir a paz e os direitos humanos.
Ela diz que o desenvolvimento sustentável, aos 25 anos,
ainda não foi implementado. E que, mesmo com o sequestro
da noção de sustentabilidade por empresas que não têm
práticas nada sustentáveis, o par não deve ser abandonado.
“Mesmo que alguém inventasse outra definição, e eu ainda
não vi isso, eles encontrariam um jeito de fazer mau uso dela.”
Em entrevista à Folha, ela falou de suas expectativas
para a Rio +20.
Folha – A sra. não está de saco cheio dessa palavra
“sustentabilidade”?
Gro Harlem Brundtland – Para mim a expressão é “desen-
volvimento sustentável”. Esse é o conceito. Nos últimos dez
anos, mais ou menos, as pessoas começaram a usar “susten-
tabilidade” como uma forma alternativa de dizer. Eu sempre
A questão ambiental vem sendo discutida em confe- tive muito cuidado em não usar a palavra "sustentabilidade"
rências mundiais há bastante tempo. A primeira grande sozinha enquanto conceito que cobre a visão para o futuro.
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente foi Nós precisamos de sustentabilidade em diversas áreas, mas
realizada em 1972, na cidade de Estocolmo, e contou com a também precisamos de desenvolvimento sustentável. E eu
presença de vários países para decidirem as ações nos vinte não estou de saco cheio disso, porque não aconteceu ainda.
anos seguintes. Em 1992 e 2012 foi a vez do Rio de Janeiro A sra. não acha que houve muito abuso e mau uso do
sediar as conferências conhecidas como Eco 92 e Rio+20. conceito? Ele parece ter sido sequestrado por empresas
para fazer “greenwash” (dar aparência de verde).
Com base no teor das conferências descritas no texto e na Sim. Acho que há mais abuso quando fala de susten-
charge podemos concluir que: tabilidade. Porque essa palavra foi introduzida depois,
A) a Conferência de Estocolmo foi a mais antiga, a mais num contexto diferente, como se entregasse aquilo
importante e a que promoveu mais avanços práticos que o desenvolvimento sustentável significa. Você
na solução dos problemas ambientais do globo. precisa olhar cada empresa para saber se elas estão
B) as conferências mundiais sobre o meio ambiente, embora adotando a sustentabilidade ou a responsabilidade social
tenham contado com a participação de muitas nações, corporativa. Palavras sempre podem ser mal usadas.
em nada colaboraram para as questões ambientais.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


16 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 16 22/07/2014 17:06:33


Mas você não pode simplesmente dizer: “Esse conceito Países emergentes como o Brasil reclamam bastante
foi distorcido, então deixamos o conceito de lado”. Porque de que os ricos já usaram todos os seus recursos naturais
eu não acho que nós possamos encontrar uma maneira nova e agora o ônus da conservação ficou conosco. Eles têm
e melhor de descrever do que trataram a nossa comissão e razão em reclamar?
a Rio-92. Não vale a pena reinventar a roda porque alguém Essa litania está aí desde a comissão. E no relatório da
a roubou ou tentou roubá-la. Ela vai ser roubada de novo. comissão nós reconhecemos que não, não podemos dizer ao
Mesmo que alguém inventasse outra definição, e eu ainda mundo em desenvolvimento “desculpem, nós já enchemos
não vi isso, eles encontrariam um jeito de fazer mau uso dela. a lixeira e agora vocês não podem mais jogar o seu lixo”.
Então nós precisamos transferir tecnologia, ajudar o mundo
Vinte e cinco anos depois do Relatório Brundtland e
em desenvolvimento a superar a pobreza, dando dinheiro. Aí
20 anos depois da conferência do Rio, o desenvolvimento
a pergunta é: o mundo desenvolvido fez isso? E a resposta
sustentável entregou o que prometeu? Por que é tão é não o bastante. Você pode reclamar de que não tenha
difícil achar exemplos dele na prática? havido esforço suficiente para superar essas diferenças, mas
Eu acho que a totalidade do conceito, a visão dos pilares não pode esquecer que este é o mundo em que vivemos,
econômico, ambiental e social numa abordagem integrada nem discutir o que deveria ter acontecido no Reino Unido
de longo prazo, um padrão de desenvolvimento sustentável, quando eles começaram a Revolução Industrial.
não aconteceu em lugar nenhum. Mas muitas mudanças
Quais foram os principais avanços no desenvolvimento
aconteceram, movimentos numa melhor direção. O Proto-
sustentável nestes 20 anos?
colo de Montréal, entre a minha comissão e a Rio-92, é um
Houve uma mudança considerável no uso de energia, nos
exemplo. O mundo se livrou das substâncias que afetam a
padrões de eficiência energética. O que você pode ganhar
camada de ozônio. aumentando a eficiência energética está longe de estar reali-
Mas críticos dizem que isso só aconteceu porque já zado, as coisas estão acontecendo, ainda que lentamente.
era de interesse das empresas. Este pode ser um dos grandes temas para o Rio.
Eu já ouvi isso. Mas acho que a história não é assim tão A agenda da conferência está diluída demais?
simples. Acho que as pessoas mais progressistas na indús- Esta é uma conferência grande, com muitos países dife-
tria entenderam que aquilo não podia continuar. Esse é um rentes, muitos interesses diferentes. Você viu o “Rascunho
exemplo simples, de um único setor, muitos outros casos de Zero”? Ele é muito fraco. Mas rascunhos zero sempre são
sucesso em setores específicos aconteceram. Mas, é claro, fracos. Porque qualquer coisa controversa, que tenha
não houve sucessos globais semelhantes, e os gases de efeito objeção de alguns países, é deletada. Mas eu nunca vi uma
estufa são um exemplo de abordagem ampla e global que conferência internacional que se pareça com o rascunho
envolve todos os setores da economia. Daí a dificuldade de zero. Quando os países se juntarem, e as ONGs pressionarem,
chegar a um resultado. ele será melhorado. E eu prevejo que, na conferência, ele
E, no entanto, o clima não será tratado na Rio +20. será melhorado ainda mais, em áreas cruciais. Porque países
Existem os trilhos da convenção [do clima das Nações levantam objeções no rascunho zero, deletam coisas, mas
Unidas]. Não queremos mais uma conferência do clima no aí as forças começam a se mobilizar e essas coisas voltam
Rio. Depois do colapso de Copenhague, houve no México ao texto.
passos no sentido de os países discutirem cara a cara o que Quais seriam, na sua opinião, os indicadores de que
é preciso fazer no futuro. E em Durban, no ano passado, as a conferência do Rio foi um sucesso?
pessoas se deram conta de que não existe maneira de lidar Espero que haja acordo quanto à criação de um Conselho
com a questão climática se você fizer crer que isso é algo de Desenvolvimento Sustentável [na ONU], quanto à insti-
que os países da OCDE [Organização para a Cooperação e tuição de relatórios nacionais regulares de desenvolvimento
Desenvolvimento Econômico] podem resolver sozinhos. As sustentável com transparência, pelos quais os países prestem
emissões da OCDE eram 50% do total mundial, agora são contas para o resto do mundo.
menos de 30%. E o maior risco de fracasso?
A sra. é europeia, e os europeus sempre negociaram Não sei. Há a questão financeira, da qual falamos mais
acordos internacionais com metas e prazos. Durban cedo. Mas, sabe, existe muito dinheiro hoje que está parado
mudou isso, passou a focar em processos. O Rio aparen- porque as pessoas têm medo. Quem tem dinheiro não sabe
temente está nesse rumo. A sra. não acha que isso pode onde investi-lo. Então, uma clareza maior sobre instituciona-
dar à sociedade a impressão de que só se está entre- lizar sistemas que possam melhorar o uso de fundos públicos
gando promessas? e de investimentos privados muito mais amplos em energia,
por exemplo, é uma questão importantíssima que pode sair
Isso é uma questão de realismo. Os europeus se deram do Rio. O Rio pode obter um acordo sobre a realocação desse
conta de que os líderes mundiais não serão capazes de dinheiro, que é necessária e útil: mais empregos, menos
chegar a esse grau de detalhamento sobre metas e sobre energia, menos uso de recursos naturais.
a divisão de quem faz o quê. Mas eu não acho quer a UE
Existe algum país que possa liderar na economia verde?
vá parar de tentar colocar regras e metas na sua agenda A Coreia do Sul fez muitos esforços nessa direção.
interna. Voltando ao Rio, se nós não chegarmos a acordo
sobre as metas de desenvolvimento sustentável, precisamos Como o Brasil está indo?
pelo menos concordar que elas precisam ser desenvolvidas. O país é tão grande e há tantos aspectos que eu não sei o
Talvez também algum acordo sobre as áreas que elas deverão bastante para responder. Mas muita coisa está acontecendo.
cobrir. Que deve haver um sistema global de regras de desen- Há uma melhora na questão do desmatamento na Amazônia,
que pode ser medida. Mas está muito melhor agora do
volvimento sustentável que se aplique a todos os países.
que quando viemos em 1985. Eu me lembro que estive em
A questão do financiamento ao desenvolvimento Manaus com um governador famoso [Gilberto Mestrinho]
sustentável pode impedir um acordo no Rio? que achava uma estupidez isso de os ambientalistas virem
Pode ser. Mas, se você se lembrar do que aconteceu em dizer o que fazer com a Amazônia. Quando estivemos em
Copenhague, mesmo sob pressão de uma crise econômica Cubatão, aquilo era um dos casos mais graves de poluição
houve um compromisso significativo de finanças. Isso pode industrial. Hoje é um exemplo de como as coisas mudam.
acontecer novamente no Rio. A economia agora parece Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1065497-
-ha-abuso-no-uso-de-sustentabilidade-diz-criadora-do-termo.shtml>
melhor do que há um ano ou dois atrás. Acesso em: 10 abr. 2013 (Adaptado por OLIVEIRA, Franzé)

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
17

AP 2014 CH VI V4.indd 17 22/07/2014 17:06:33


02 (UNESP 2013) As manchetes de jornal de junho de 2012
03
01 enfatizaram a Conferência das Nações Unidas sobre Desen-
volvimento Sustentável. A Rio+20, como ficou conhecida,
01 (OLIVEIRA, F. J. S. 2013 – MOD. ENEM – H30) A vantagem tinha o desafio de dar continuidade à conscientização
de se ver um jogo de futebol em comparação a acompa- global que teve início na Rio 92.
nhar uma Conferência das Nações Unidas é que o jogo
As diretrizes propostas por essas conferências têm por
geralmente é muito mais divertido e seu resultado pode
finalidade o desenvolvimento sustentável, o qual se refere
ser conhecido em apenas 90 minutos. As possibilidades de
desfecho são apenas vitória de um dos dois ou empate. a um modelo de:
Uma conferência da ONU é um pouco diferente. Seu A) consumo que vise atender às necessidades das gera-
resultado mais visível é um documento oficial, que tende ções presentes, sem comprometer o atendimento às
a ser muito cheio de dedos, já que precisa ser fruto de necessidades das gerações futuras.
consenso entre representantes de quase 200 países. Daí B) desenvolvimento social e econômico que objetive a
a dificuldade de produzir acordos ousados, inovadores, à
satisfação financeira e cultural da sociedade.
altura dos desafios do desenvolvimento sustentável. Essa
C) consumo excessivo dos recursos naturais, com vistas à
dificuldade não justifica, contudo, a análise rasa com que
alguns apressados se dispõem a acusar, julgar, condenar e preservação, para as gerações futuras, das espécies de
sepultar a Rio+20 depois de cravar-lhe no peito a estaca animais em extinção.
do “grande fracasso”. D) desenvolvimento global que disponha dos recursos
Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/ naturais para suprir as necessidades da geração atual.
blog/riomais20/2012/07/03/rio20-teve-grandes-resultados> E) desenvolvimento global que incorpore e priorize os
Acesso em: 26 Set. 2013.
aspectos do desenvolvimento econômico.
O texto aponta para a dificuldade de um consenso de
produzir acordo à altura dos desafios do desenvolvimento
sustentável. Dentre esses desafios poderíamos citar o(a):
A) controle rígido da natalidade.
B) crescimento a qualquer custo.
C) congelamento do crescimento econômico.
D) disseminação do modo de vida consumista.
03 (OLIVEIRA, F. J. S. 2013 – MOD. ENEM – H30) No dia 08 de
E) mudança do padrão de produção e consumo.
dezembro de 2012, cerca de 200 países concordaram, na
Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 18),
em Doha, no Qatar, em estender a validade do Protocolo
03
de Kyoto. O acordo, assinado em 1997 e que se expiraria
no final de 2012, é a única ferramenta que compromete os
países industrializados a reduzir os gases de efeito estufa.
O alcance do novo acordo, no entanto, é ainda menor do
que o Protocolo de Kyoto era. Japão, Rússia, Canadá e
Nova Zelândia se recusaram a assiná-lo porque queriam
01 (FGVRJ 2013) A partir da segunda metade do século que países emergentes como a Índia, a China e o Brasil
passado, a mobilização em torno do ambiente foi divulgada
também tivessem metas a cumprir, o que não é previsto
e se consolidou por meio de estudos e das cúpulas, ou das
pelo documento. Os Estados Unidos nunca ratificaram o
conferências internacionais.
Protocolo de Kyoto.
Sobre essas conferências, pode-se afirmar:
Disponível em: <http://g1.globo.com/natureza/noticia/
I. A primeira grande conferência internacional convocada 2012/12/conferencia-do-clima-da-onu-prorroga-protocolo-
especificamente para a discussão da problemática de-kyoto-ate-2020.html Acesso em: 03 Set. 2013.
ambiental ocorreu em Estocolmo, em 1972. (Adaptado por OLIVEIRA, F. J. S.)
II. Na Rio-92, foram divulgadas as convenções sobre
Mudanças Climáticas e sobre Diversidade Biológica, Dentre os motivos alegados pelos Estados Unidos para não
que figuram na agenda ambiental internacional. ratificar o tratado está:
III. Na Rio+20, que ocorreu no Rio de Janeiro, em 2012, A) O tratado implica altos custos e uma possível recessão
todos os países participantes ratificaram o novo econômica.
Protocolo de Kyoto, aderindo à nova ordem ambiental B) Os EUA não pretendem se submeter a qualquer acordo
internacional. internacional.
Está correto o que se afirma em: C) A maioria da população norte-americana não válida a
A) I, apenas. teoria do aquecimento global.
B) II, apenas. D) Os EUA não se interessam pelo intercâmbio tecnológico
C) I e II, apenas. na produção de energia limpa.
D) II e III, apenas. E) A indústria norte-americana de alta tecnologia do Vale
E) I, II e III. do Silício utiliza fontes renováveis.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


18 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 18 22/07/2014 17:06:33


04 (FA7 2012.1 – MOD. ENEM – H30) ONU publica documento Dentre esse documentos estão: a Carta da Terra; três
final da Rio+20 convenções (sobre Biodiversidade, sobre Desertificação e
sobre Mudanças climáticas); uma declaração de princípios
O documento final da Rio+20, intitulado “O Futuro
sobre florestas; a Declaração do Rio sobre Ambiente e
que Nós Queremos”. [...] O resultado, em última análise,
Desenvolvimento; e a Agenda 21.
resume-se a uma longa lista de promessas para avançar para
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org
uma “economia verde”, [...]. Não são apontadas origens
/wiki/ECO-92> Acesso em: 10 abr. 2013.
dos recursos para se realizar essa transformação – os meios
(Adaptado)
de implementação –, o que de certa forma, repete um dos
problemas da histórica antecessora, a Rio 92. Sobre a convenção sobre Mudanças Climática é trata espe-
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/ cificamente de um(a):
noticia/brasil/onu-publica-documento-final-da-rio-20
A) proposta para conservação e o uso sustentável dos
Acesso em: 18 set. 2012 (Adaptado)
recursos genéticos.
Podemos conceber que a "economia verde" tratada no B) programa de ação que viabiliza o novo padrão de
documento final da Rio+20 tem como objetivo desenvolvimento ambientalmente racional.
A) combater a emissão de CFC’s e reduzir o buraco na C) programa de ação que viabiliza e concilia métodos de
camada de ozônio. proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.
B) impedir a proliferação de favelas e de áreas verdes nos D) proposta que busca reduzir a emissão de gases estufa,
centros urbanos históricos. sem estabelecer prazos, nem limites, diferentemente
C) reduzir as emissões de poluentes fósseis provenientes do Protocolo de Quioto.
da queima dos biocombustíveis. E) "Protocolo de Biosegurança", que permite que países
D) frear a degradação do meio ambiente, combater a deixem de importar produtos que contenham orga-
pobreza e reduzir desigualdades sociais. nismos geneticamente modificados.
E) controlar as chuvas ácidas nas áreas rurais e valorizar
o transporte privado mais limpo nas cidades. 07 (OLIVEIRA, F. J. S. 2012 – MOD. ENEM – H30) Antes da
Rio+20, uma das expressões mais recorrentes para elencar
05 (OLIVEIRA, F. J. S. 2013 – MOD. ENEM – H30) Agenda 21 é
pautas da conferência era a "economia verde". O debate
um conjunto de resoluções tomadas na conferência interna-
se foi e a sociedade sabe, agora, quase tão pouco quando
cional Eco-92, realizada na cidade do Rio de Janeiro entre 3
sabia antes. A falta de dinheiro para fazer a guinada dos
e 4 de junho de 1992. Organizada pela ONU (Organização
modelos de produção e negócio para um formato mais
das Nações Unidas) contou com a participação de 179
sustentável acabou deixando a economia no mesmo tom
países e resultou em medidas para conciliar crescimento
marrom. O presidente francês, François Hollande, colocou
econômico e social com a preservação do meio ambiente.
o tema em seu discurso, mas para fazer um alerta, com o
Disponível em: http://www.suapesquisa.com/
conhecimento de causa de quem tem em casa uma crise
ecologiasaude/agenda21.htm
Acesso em: 10 abr. 2013 econômica das grandes para resolver: "Economia verde não
é panaceia", advertiu.
A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento:
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/
A) para preservar o meio ambiente também gera riquezas, noticia/ciencia/o-melhor-e-o-pior-da-rio-20>
os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o Acesso em: 26 jun. 2012.
papel e o plástico.
Neste contexto e nas discussões da Rio+20, podemos
B) para transformar objetos materiais usados em novos
considerar a Economia Verde a economia que:
produtos para o consumo. Esta reciclagem contribui
para a diminuição significativa da poluição do solo, da A) reproduz e defende a dicotomia entre os problemas
água e do ar. ambientais e os socioeconômicos, procurando soluções
C) internacional, ratificado em 15 de março de 1998, que isoladas.
visa reduzir as emissões de gases poluentes. Estes são B) busca combater os efeitos do processo de desertifi-
responsáveis pelo efeito estufa e o aquecimento global. cação, protegendo a vegetação natural das queimadas
D) de planejamento para a construção de sociedades e desmatamentos indiscriminados.
sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que C) prioriza a defesa do meio ambiente, em detrimento
concilia métodos de proteção ambiental, justiça social das questões sociais e econômicas, já que essas
e eficiência econômica. questões já são debatidas no âmbito dos governos e
E) internacional sobre a utilização sustentável, conser- das ONG’s.
vação e repartição equitativa dos benefícios derivados D) resulta em melhoria do bem-estar humano e da
da biodiversidade, que foi assinado durante a ECO92 igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz
no Rio de Janeiro. significativamente os riscos ambientais e a escassez
06 (OLIVEIRA, F. J. S. 2013 – MOD. ENEM – H30) Na Conferência ecológica.
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvol- E) resulta meramente nas restrições as emissões dos
vimento (CNUMAD), conhecida também como ECO-92, poluentes na atmosfera, provenientes da queima de
Rio-92, foram elaborados importantes documentos oficiais combustíveis fósseis, como derivados de petróleo,
com o obejtivo de se atingir o desenvolvimento sustentável. carvão mineral e gás natural.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
19

AP 2014 CH VI V4.indd 19 22/07/2014 17:06:34


08 (FA7 2012.1 – MOD. ENEM – H30)

PRINCIPAIS MUDANÇAS DO TEXTOS PARA A QUESTÃO 09


NOVO CÓDIGO FLORESTAL TEXTO I

Redução de 30 m para 15 m da LIDERANÇAS INDÍGENAS DENUNCIAM CONS-


TRUÇÃO DE REPRESAS NA BACIA AMAZÔNICA
área de vegetação nas
Lideranças indígenas denunciaram, em Londres, os efeitos
margens dos rios com até 5 m
negativos da possível construção de três represas na Bacia
de largura (que representam do Amazonas: as hidrelétricas do Rio Madeira e Belo Monte,
90% da malha hidrográfica). no Brasil, e a hidrelétrica de Paquitzapango, no Peru. As três
represas, segundo as lideranças, irão prejudicar as comunidades
30 m 15 m indígenas na região, além de causar um desequilíbrio ambiental
nos ecossistemas locais. Segundo Yakarepi, representante de
uma tribo do Pará, “não existem garantias que assegurem a
proteção dos direitos humanos das tribos”.
Postado em: 02/03/2011 no Portal EcoDesenvolvimento.org pela Redação
do sítio eletrônico (Adaptado). Disponível em: <http://www.ecodesenvol-
vimento.org.br/posts/2011/fevereiro/lideres-indigenas-denunciam-cons-
trucao-de-represas#ixzz1X8oeFApb>. Acesso em: 05 jul. 2011.

TEXTO II
BELO MONTE E A QUESTÃO DO DESENVOLVIMENTO
HIDRELÉTRICO SUSTENTÁVEL
Pequenas propriedades rurais A Usina Hidrelétrica Belo Monte, com obras no rio Xingu,
Pará, é vista por alguns setores técnicos como um exemplo
não precisarão mais ter área de contundente da possibilidade de se obter energia farta prove-
vegetação obrigatória (reserva niente de hidrelétricas e, ao mesmo tempo, oferecer garantias
legal). aos direitos das populações tradicionais e respeito ao meio
ambiente. Segundo Marcelo Corrêa, diretor-presidente da
Neoenergia S. A., “não se pode desprezar o potencia l hidráulico
do Brasil, com cerca de 260 mil MW, dos quais 40,5% estão
localizados na nova fronteira hidroenergética brasileira, a Bacia
Hidrográfica do Amazonas”.
Homepage da Norte Energia S.A., responsável pela construção de Belo
Monte (Adaptado). Disponível em: <http://pt.norteenergiasa.com.br/
2011/07/15/belo-monte-desenvolvimenIo-hidreletrico-sustentavel/>.
Acesso em: 05 jul. 2011.
09 (UFF 2012) O governo brasileiro planeja construir cerca
de 60 represas na região amazônica, mas o tema provoca
opiniões diferentes em setores da sociedade. Uma expli-
cação fundamental para as diferenças de opinião apon-
tadas encontra-se em:
Topos de morro e áreas com
A) capacidade tecnológica e financeira desigual entre os
declividade acima de 45% atores sociais.
poderão ser desmatados. B) interesses divergentes relativos ao modo de ocupar o
espaço regional.
C) contradição persistente entre populações tradicionais
e ecologistas.
D) pressão crescente de outros países para o uso de
recursos naturais.
E) disparidade cultural intensa entre as sociedades indí-
gena e branca.
10 (UESPI 2012) A Legislação brasileira estabelece áreas
que devem ser protegidas e que fazem parte do sistema
brasileiro de proteção ao meio ambiente, mediante a deli-
mitação de unidades de conservação. Entre os objetivos
principais desse sistema, podem ser mencionados:
1. Valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/
898878-protestos-esquentam-debate-sobre-novo-codigo-
2. Proteger paisagens naturais e pouco alteradas e de
florestal.shtml> Acesso em: 03 jan. 2012. notável beleza cênica.
3. Proteger as espécies animais ameaçadas de extinção.
A polêmica e os debates sobre a legislação do Novo Código 4. Recuperar e proteger recursos hídricos e edáficos.
Florestal deixaram em campos opostos: 5. Contribuir para a manutenção da diversidade biológica
A) ambientalistas e ruralistas. e dos recursos genéticos do território nacional.
B) agricultores e pecuaristas. Estão corretos:
C) madeireiros e agricultores. A) 2 e 5, apenas. D) 1, 3 e 4, apenas.
D) urbanistas e ambientalistas. B) 3 e 5, apenas. E) 1, 2, 3, 4 e 5.
E) ambientalistas e ecologistas. C) 1, 2 e 3, apenas.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


20 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 20 22/07/2014 17:06:34


Os Domínios Naturais e a Relação do
Capítulo Ser H
Humano
no com
moA Ambiente
mbiente
10 As Questões Ambientais Contemporâneas;
p ; Mudança
ç Climática,
Ilhas de Calor, Efeito Estufa, Chuva Ácida, Destruição da
Camada de Ozônio

aquecimento global são inúmeros: mudança no clima, alteração


no regime de chuvas, o derretimento das geleiras, elevação do
nível médio dos oceanos, expansão de “doenças tropicais”,
desequilíbrios ecológicos, perdas materiais, entre outros.
INTRODUÇÃO Imagine se considerarmos que o aquecimento tenha real-
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, impacto mente 100% de causas naturais, o que poderemos fazer para
ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, freá-lo ou minimizar os seus efeitos? Nada. O único caminho
químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer viável para imaginar um planeta habitável, em um futuro
forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas cada vez mais próximo, paira na crença das causas antrópicas.
que, direta ou indiretamente, afetam: E, mesmo que as causas sejam naturais, o agravamento da
I. a saúde, a segurança e o bem-estar da população; poluição atmosférica, que de fato e indiscutivelmente vem
II. as atividades sociais e econômicas; acontecendo, não agravariam o fenômeno?
III. a biota; Assim, seguindo o O ESQUENTA-ESFRIA
IV. as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; consenso dos cientistas
V. a qualidade dos recursos ambientais.
DO PLANETA TERRA
do IPCC e da NASA ,

Stock.xchng
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/ consideremos o aqueci-
conama/res/res86/res0186.html>
mento global de causa
Todos os seres vivos promovem alterações no ambiente em antrópica, resultante
que vivem. Mas os seres humanos são a única espécie capaz de do excesso de gases
pôr em perigo os ecossistemas dos quais dependem para sua poluentes na atmosfera.
sobrevivência, são também os únicos que se espalharam por O CO2 é o principal gás
todos os ecossistemas terrestres. de efeito estufa. Dentre
O homem causa impacto ambiental desde o seu apare- os maiores emissores de
cimento na Terra. Inicialmente, as atividades extrativas CO2 do planeta estão a
provocaram poucas alterações no meio ambiente. A seguir, queima de combustíveis
as atividades pastoris e agrícolas provocaram consideráveis fósseis e atividades relacionadas às indústrias e às queimadas.
alterações nos hábitats naturais dando origem a um primeiro O metano e o óxido nitroso são produzidos, sobretudo, pela
estágio de degradação ambiental. Mas, foi, principalmente, a decomposição do lixo, pelo esgoto, pelos rebanhos de pecuária
partir da Revolução Industrial que a atividade humana começou e pelo uso de fertilizantes.
a afetar o meio ambiente de forma significativa, resultando O aquecimento global é provocado pela intensificação
em impactos de dimensão global. do efeito estufa, um fenômeno natural que absorve parte da
radiação infravermelha do sol que chega à Terra. O efeito estufa,
01 além de natural, é indispensável à vida, sem o qual as variações
térmicas diárias seriam absurdamente altas. Porém, o excesso
de gases estufa na atmosfera aumentam a absorção e retenção
Principais Impactos Ambientais do Globo do calor, resultando no aquecimento global.
Uma vez que os impactos ambientais estão relacionados EFEITO ESTUFA
a atividades humanas, identificar as causas desses impactos
é identificar a ação humana por eles responsável. Avaliar as Efeito Estufa
consequências de algumas dessas ações é indispensável para a
Sol Esses mesmos gases, porém,
prevenção da qualidade e recuperação de determinado ambiente retêm grande parte do calor
e para o desenvolvimento de práticas menos degradantes. Parte da energia
gerado pela luz do Sol. Este
calor é refletido de volta para
solar é refletida a superfície pelas moléculas
1.1 EFEITO ESTUFA pelas nuvens e
pela superfície
dos gases do Efeito Estufa,
gerando mais calor.
terrestre.
Corresponde ao aumento da temperatura média do globo. Os gases do
Efeito Estufa,
Segundo o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças principalmente o
CO2 , permitem
Climáticas), o século XX foi o mais quente dos últimos 500 que a luz do Sol
anos, o aumento de temperatura ficou entre 0,3 ºC e 0,6 ºC. passe por eles.
Gases do Efeito Estufa
Existe uma parcela da comunidade científica que atribui
o aquecimento global a um fenômeno 100% natural, uma
evolução do próprio Planeta, que estaria na transição da Era
Glacial para a Interglacial. Porém, uma parcela significativa dos
cientistas defende que o aquecimento global é oriundo de ação
humana. Mas afinal, o aquecimento global é provocado por Terra
ação antrópica ou é um fenômeno natural?
O aquecimento global é uma das principais preocupações Disponível em:<http://4.bp.blogspot.com/_BEEt0I_-o6s/
ambientais da atualidade devido a sua abrangência, magnitude TNKsQZ_SkwI/AAAAAAAAAAc/n2F53PC5IT4/S760/esquema_do_
e impactos que poderá causar. Os impactos decorrentes do efeito_estufa_reduzido.jpg> Acesso em: 08 mai. 2013.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
21

AP 2014 CH VI V4.indd 21 22/07/2014 17:06:34


1.2 BURACO NA CAMADA DE OZÔNIO
O ozônio, gás encontrado na estratosfera, tem um importante
papel: filtra grande parte dos raios ultravioletas emitidos pelo sol. A
espessura da camada de ozônio tem variação natural. Porém, o CFCs,
grupo de gases utilizados, a partir da década de 30, nos sistemas de
refrigeração, na produção de aerossóis, solventes, refrigerantes, entre Gases Atmosfera
de Efeito
outros, tem o poder de acelerar a destruição das moléculas de ozônio. Raios Solares Estufa

O resultado desse processo é o aumento da incidência da


SOL
radiação ultravioleta, capaz de provocar o envelhecimento precoce,
a catarata, a redução na capacidade de fotossíntese e a maior CO
C O2
preocupação dos cientistas: o câncer de pele, cuja incidência vem
aumentando nos últimos vinte anos. Cada vez mais aconselha-se Camadas de Ozônio
a evitar o sol nas horas em que esteja muito forte e utilizar filtros
solares, únicas maneiras de se prevenir e de se proteger a pele.
A região mais afetada pela destruição da camada de ozônio é a
Antártida. Em 1988, foi constatado que na atmosfera da Antártida,
a concentração de monóxido de cloro é cem vezes maior que em Disponível em: <http://cdnx.sempretops.com/wp-content/
uploads/ozonio.jpg>. Acesso em: 08 mai. 2013.
qualquer outra parte do mundo. Nas demais áreas do planeta, a
diminuição da camada de ozônio também é sensível; de 3 a 7% do
ozônio que a compunha já foi destruído pelo homem.
O Protocolo de Montreal, em vigor desde 1989, levou à queda na emissão das substâncias nocivas à camada de ozônio, o que
poderá resultar em recuperação, mas, como os compostos demoram décadas para sumir, a redução do problema tem sido lenta.

1.3 CHUVA ÁCIDA


Problema ambiental muito comum nas regiões industrializadas e urbanizadas, as precipitações com elevados índices de
acidez são resultantes da poluição atmosférica. Os óxidos de nitrogênio (NOx) e o dióxido de enxofre (SO2) que são liberados na
atmosfera pela queima de combustíveis fósseis, principalmente o carvão mineral, reagem na atmosfera com o vapor de água
resultando na formação do ácido nítrico (HNO3) e ácido sulfúrico (H2SO4). Ao se precipitarem ocorre o fenômeno genericamente
conhecido como chuva ácida. Embora sejam mais comuns em regiões industrializadas e urbanizadas, as correntes de ar podem
carregar as nuvens e levar o impacto para regiões distantes da área de emissão dos poluentes.
Chuvas carregadas de ácidos nítrico e sulfúrico provocam corrosão de monumentos, edifícios e automóveis, acidificação de
lagos e represas, queima de vegetação, alteração das propriedades do solo. A expansão do uso de energia limpa, o investimento
em sistemas de tratamento de gases industriais e a redução da queima dos combustíveis fósseis, em especial o carvão, são ações
necessárias para a redução das chuvas ácidas.

04

01 (ALBUQUERQUE M. C. S. 2013 – MOD. ENEM – H26) O derretimento do solo do Ártico, segundo o texto abaixo:

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2013/07/1316295-derretimento-


do-artico-custa-us-60-trilhoes-ao-planeta.shtml> (Adaptado).

A) contribui para o aumento do nível do oceano e da irradiação ultravioleta, nociva à saúde.


B) é ao mesmo tempo causa e consequência do aumento da temperatura média do globo.
C) promove a liberação do metano, principal gás destruidor da camada de ozônio.
D) é resultado do aquecimento global e tem como consequência única o aumento do nível do mar.
E) não tem relação causadora de aquecimento global, mas resulta em inundação de áreas litorâneas.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


22 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 22 22/07/2014 17:06:35


02
Sua afirmação se justifica diante do quadro de secas, inun-
dações, grandes incêndios e tempestades ao longo de 2012,
que direta ou indiretamente afetaram a vida de milhões de
pessoas em todo o mundo e desestabilizaram ainda mais a
segurança da água e dos alimentos.
Sobre impacto do aquecimento global no nosso semiá-
rido, o economista Antônio Rocha Magalhães, assessor do
Centro de Estudos e Gestão Estratégica (CEGE), afirma: “o
aumento da temperatura implicará em redução na dispo-
nibilidade de recursos hídricos, com impactos variados na
agricultura, na produção de energia, no abastecimento
humano”.
Compromissos
Na verdade, todos parecem concordar que o aquecimento
global é uma questão urgente e perigosa, mas poucos são os
São ações em prol da tentativa de minimizar o Efeito Estufa: países dispostos a pagar a conta. Ficou estabelecida a criação
A) Uso de adubos orgânicos. de um segundo período do Protocolo de Kyoto, que passará
B) Prioridade do transporte coletivo. a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2013, com previsão
C) Planejamento urbano baseado no crescimento de término para 2020. Espera-se pouca efetividade desse
horizontal. novo acordo, com a saída de Japão, Rússia, Nova Zelândia
D) Incineração do lixo. e a não ratificação pelo Canadá e Estados Unidos, já que
E) Redução das taxas de natalidade. os países que o assinaram respondem por apenas 15%
das emissões mundiais. Fazem parte do acordo 36 países:
Austrália, Noruega, Suíça, Ucrânia e todos os integrantes
da União Europeia.
“Desde 1992, a ciência tem se tornado mais certa e as
negociações climáticas, mais incertas”, afirma Morrow
COMPETÊNCIA 06 Gaines Campbell III, especialista sênior em negociações
Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no
climáticas do Vitae Civilis e co-chair do board da Climate
espaço em diferentes contextos históricos e geográficos. Action Network, rede global de mais de 700 ONGs que
trabalha para promover a ação governamental e individual
para limitar as mudanças climáticas induzidas pelo homem a
níveis ecologicamente sustentáveis. O Vitae Civilis – Instituto
para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz acompanha
as questões climáticas desde antes da Rio-92.
O Protocolo de Kyoto de 1997, que prevê metas de
CÚPULA DO CLIMA SEM AVANÇOS
redução de emissão de gases do efeito estufa nos países
Publicado em 12/12/2012 industrializados, é o único instrumento jurídico global
referente ao clima. Um de seus mecanismos cria o mercado
NA ABERTURA DA CONFERÊNCIA, NO DIA 26 dos “créditos de carbono”, títulos concedidos a empresas
DE NOVEMBRO, AINDA HAVIA ALGUMA e países que reduzem suas emissões de dióxido de carbono
ESPERANÇA DE AVANÇO (CO2) e outros gases de efeito estufa. Esses créditos podem
ser negociados e comprá-los significa, na prática, obter
A 19ª sessão da Conferência das Partes da Convenção permissão para elevar a emissão de gases.
Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas Em Doha, um dos grandes impasses deu-se justamente
(COP19), já é anunciada para Varsóvia, na Polônia, no fim quando a Rússia e a Polônia defenderam o direito de usar,
de 2013, sem entusiasmo. Isso porque os governos de na segunda fase do compromisso de Kyoto, a partir de
mais de 190 países que participaram da Conferência sobre janeiro de 2013, os créditos que acumularam durante o
primeiro período do acordo. No entanto, havia o temor de
Mudanças Climáticas COP18, em Doha, no Qatar, encerrada
que o mercado fosse inundado por esses créditos, reduzindo
no último sábado, dia 8 de dezembro, conseguiram muito o valor do carbono e facilitando as emissões, o que é o
pouco sobre o que era esperado para reafirmar um novo exato oposto do objetivo do acordo. Ficou acertado então
período de compromisso do Protocolo de Kyoto. O desafio um limite para a venda dos títulos, o que deixou a Rússia
foi adiado para um acordo global em 2015 que resolva o insatisfeita.
problema a partir de 2020.
“As conversações no contexto da ONU estão caminhando Confrontos
A COP18 foi marcada pelo confronto entre países desen-
muito lentamente e o aquecimento global segue para uma
volvidos e em desenvolvimento. A discussão que define como
corrida”, afirmou Duncan Marsh, diretor de política interna- as nações ricas vão financiar países em desenvolvimento na
cional sobre mudanças climáticas da The Nature Conservancy luta contra as mudanças climáticas ficou sem avanços, já
(TNC), organização não governamental que desenvolve que governos desenvolvidos dizem não ter dinheiro devido
projetos de conservação em mais de 35 países. à crise financeira.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
23

AP 2014 CH VI V4.indd 23 22/07/2014 17:06:36


Houve pedidos para a criação de um pacote de socorro 04
de US$ 60 bilhões até 2015, uma espécie de adiantamento
dos prometidos US$ 100 bilhões anuais até 2020, conforme
acertado na conferência de 2009, em Copenhague. Os
países desenvolvidos confirmaram seu compromisso, mas
deixaram claro que, em razão das restrições orçamentárias
provocadas pela crise na Europa, não é possível, por ora, ir 01 (ALBUQUERQUE M. C. S. 2013 – MOD. ENEM – H30) Come-
além da realização de uma agenda de reuniões, no ano que more! Boa notícia para seus netos e bisnetos: em 2060 a
vem, para ver de que maneira a meta poderá ser cumprida. camada de ozônio, que protege a Terra dos raios ultravio-
leta, vai parar de se deteriorar e deverá estar amplamente
Disponível em: <http://blogs.diariodonordeste.com.br/
restaurada. Foi o que afirmaram cientistas das Nações
gestaoambiental/?s=efeito+estufa&sa=>
Acesso em: 10 abr. 2013.
Unidas em setembro de 2010. De acordo com o relatório
“Avaliação Científica da Degradação da Camada de Ozônio
2010”, o Protocolo de Montreal, tratado internacional
firmado em 1987, que baniu uso de perigosos produtos
químicos – foi bem sucedido”.
04
01 Disponível em: <http://blog.jangadeiroonline.com.br/
tag/meio-ambiente/>. Acesso em: 12 jan. 2010.

01 (FO 2013 – H30) De acordo com o texto, quais as conse- A boa nova é fruto do sucesso da medida do Protocolo de
quências para o semiárido brasileiro com o aumento da Montreal que baniu o uso de:
temperatura decorrente do impacto do aquecimento A) gás metano resultante da poluição dos automóveis e
global? das centrais termelétricas.
B) clorofluorcabonos (CFC), substâncias utilizadas em refrige-
02 (UNICAMP 2013 – H30) As alterações do clima vêm sendo radores, sprays de aerossol e algumas espumas isolantes.
debatidas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças C) álcool como combustível alternativo, no caso o etanol
Climáticas (IPCC), órgão das Nações Unidas. Segundo o e metanol, provenientes respectivamente da cana-de-
IPCC, até 2100 a temperatura da Terra poderá subir entre -açúcar e do milho.
1,8 °C e 5 °C. D) derivados de petróleo, como óleo diesel, gasolina, substân-
Disponível em: <http://hdr.undp.org/en/media/HDR-20072008-PT- cias poluentes, substituídas por combustíveis renováveis.
complete.pdf>. Acesso em: 02/10/2012 (Adaptado). E) insumos químicos nas lavouras, agrotóxicos e até
mesmo alguns tipos de fertilizantes, responsáveis pela
Considerando o texto acima, responda:
contaminação do solo, lençol freático e do ar.
A) Quais seriam as consequências do possível aumento da
temperatura da Terra? 02 (FA7 2009.1 – MOD. ENEM – H30) Considere o infográfico
sobre o comparativo da poluição per capita entre 1990 a 2004.
B) Cite duas metas definidas pelo Protocolo de Kyoto para
reduzir o possível aumento da temperatura no planeta. Quanto você polui?
03 (UFRJ 2009 – ADAPTADA – H30) As emissões de CO2 acontecem em atividades como a indústria e a
agricultura, e também no dia a dia das pessoas, no uso de energia e
transportes, por exemplo. Saiba o quanto aumentou ou caiu a emissão
desse gás em toneladas, por pessoa, nos países abaixo:
1990
Estados Unidos
Canadá 2004
Federação No Brasil, a emissão de
Russa CO2 per capita subiu
Reino Unido 0,4t em 14 anos.
França
China
Brasil
Índia

19.3 20.6 15.6 20 13.4 10.6 10 9.8 6.4 6 2.13.8 1.41.8 0.81.2

Disponível em: <http://www.geografiaparatodos.com.br>


Acesso em: 07 nov. 2009.

Sobre as emissões per capita de CO2 é correto afirmar que:


Disponível em: <http://umticosustentavel.blogspot.com.br
/2009/12/charges-sobre-cop-15-e-aquecimento.html>. A) houve um aumento per capita na emissão de CO2 em
Acesso em: 11 jun. 2012. todos os países industrializados, com exceção da França
e Rússia.
A Conferência de Copenhagen (COP-15), em 2009, foi mais
B) apenas os países ricos e industrializados, como a Rússia,
uma reunião realizada com o objetivo de estabelecer um
Reino Unido e França, conseguiram reduzir a emissão
novo acordo global sobre clima, baseado no conceito do
per capita de CO2, devido ao predomínio de fontes de
desenvolvimento sustentável.
energia limpa nas suas matrizes energéticas.
A) Apresente a meta principal da proposta de desenvolvi- C) todos os países apresentados são países urbanizados-
mento sustentável. -industrializados, com exceção da China e Índia
B) Em seguida, defina os processos planetários denomi- possuem uma população predominantemente rural,
nados “efeito estufa” e “aquecimento global”. apesar de industrializados.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


24 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 24 22/07/2014 17:06:37


D) os países pertencentes ao grupo BRIC (Brasil, Rússia, C) aumento da incidência de chuvas ácidas – rodízio de
Índia e Canadá) têm ampliado as emissões per capita veículos.
de CO2 no mundo. D) concentração de poluentes no ar – valorizar o transporte
E) no Brasil a emissão de CO2 per capita subiu 0,4t em 14 de massa.
anos, devido ao aumento de uso de produtos geneti- E) envelhecimento da população – pedágio e rodízio de
camente modificado na agroindústria para exportação. veículos.
03 (ENEM 2012 – ADAPTADA – H30) A maior parte dos 06 (OLIVEIRA F. J. S. 2013 – MOD. ENEM – H29)
veículos de transporte atualmente é movida por motores
MESMO POLUENTES, FONTES FÓSSEIS AINDA
a combustão que utilizam derivados de petróleo. Por causa
disso, esse setor é o maior consumidor de petróleo do
SÃO NECESSÁRIAS PARA O BRASIL.
mundo, com altas taxas de crescimento ao longo do tempo. País se volta novamente ao carvão para ajudar a suprir
Enquanto outros setores têm obtido bons resultados na o aumento da demanda energética. O governo brasileiro
redução do consumo, os transportes tendem a concentrar levanta a hipótese de incluir o carvão mineral como fonte
ainda mais o uso de derivados do óleo. de energia elétrica em leilão no segundo semestre deste
MURTA, A. Energia: o vício da civilização. ano. Apesar da oposição de ambientalistas, o carvão mineral
Rio de Janeiro: Garamond, 2011 (Adaptado). torna-se um "mal necessário" devido ao crescimento do
Um impacto ambiental da tecnologia mais empregada pelo consumo de eletricidade e à necessidade de diversificação
setor de transporte e uma medida para promover a redução da matriz energética, que não pode se restringir à sazona-
do seu uso, estão indicados, respectivamente, em: lidade de fontes renováveis.
Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/ciencia/
A) Aumento da poluição sonora — construção de barreiras sustentabilidade/meio-ambiente/mesmo-poluentes-
acústicas. fontes-fosseis-ainda-sao-necessarias-para-o-brasil>
B) Incidência da chuva ácida — estatização da indústria Acesso em: 02 Set. 2013
automobilística.
A necessidade de diversificação da matriz energética, que
C) Derretimento das calotas polares — incentivo ao uso
não pode se restringir à sazonalidade de fontes renováveis
de biocombustíveis e do transporte coletivo.
mencionada no texto se refere principalmente às:
D) Propagação de doenças respiratórias — distribuição de
medicamentos gratuitos. A) queimadas das carvoarias para produzir lenha utilizada
E) Elevação das temperaturas médias — criminalização da nas usinas termelétricas.
emissão de gás carbônico. B) oscilações das precipitações que abastecem dos reser-
vatórios das hidrelétricas.
04 (ENEM 2012 – H29) Suponha que você seja um consultor e C) reduções das safras de cana-de-açúcar e soja, para
foi contratado para assessorar a implantação de uma matriz produção de biocombustíveis.
energética em um pequeno país com as seguintes carac- C) regularidades anuais das chuvas nas áreas de maior
terísticas: região plana, chuvosa e com ventos constantes,
concentração de hidrelétricas.
dispondo de poucos recursos hídricos e sem reservatórios
D) irregularidades dos ventos no litoral Sul e Sudeste, onde
de combustíveis fósseis.
se concentram usinas eólicas nacionais.
De acordo com as características desse país, a matriz ener-
gética de menor impacto e risco ambientais é a baseada 07 (FGV RJ 2012 – MOD. ENEM – H30) A próxima conferência
na energia: internacional do clima, em Durban, na África do Sul,
centrará seu foco no destino do Protocolo de Kyoto. [...]
A) dos biocombustíveis, pois tem menos impacto
Se não for renovado, expira em 2012. Durban é a última
ambiental e maior disponibilidade.
oportunidade de salvar Kyoto. Sem ele, desaparece o único
B) solar, pelo seu baixo custo e pelas características do
acordo climático internacional que existe. A decisão tem
país favoráveis à sua implantação.
dia marcado: 9 de dezembro. É quando termina a CoP-17,
C) nuclear, por ter menos risco ambiental a ser adequada
o encontro anual que reúne negociadores do mundo todo
a locais com menor extensão territorial.
para discutir um acordo climático internacional, desta vez,
D) hidráulica, devido ao relevo, à extensão territorial do na África do Sul.
país e aos recursos naturais disponíveis.
Disponível em: <http://clippingmp.planejamento.gov.br/
E) eólica, pelas características do país e por não gerar cadastros/noticias/2011/8/10/futuro-do-protocolo-de-
gases do efeito estufa nem resíduos de operação. kyoto-sera-prioridade-na-cupula-do-clima/?
searchterm=Clima%20Kyoto>.
05 (OLIVEIRA F. J. S. 2013 – MOD. ENEM – H26) Uma camada
de poluição deixou o ar da cidade de Taboão da Serra, Sobre o Protocolo de Kyoto, mencionado na reportagem,
localizado na Região Metropolitana de São Paulo, cinza no assinale a alternativa correta:
início da tarde desta segunda-feira, 1o de abril de 2013,
A) Afirma o princípio da responsabilidade comum, estabe-
e se prolongou pelo resto do dia. O fenômeno conhecido
lecendo metas de redução obrigatória das emissões de
como inversão térmica revela a quantidade de poluentes
gases de efeito estufa para todos os países signatários.
que a cidade tem produzido e serve de alerta para pessoas
B) Não foi ratificado pelos Estados Unidos, um dos maiores
com problemas respiratórios.
emissores de gases de efeito estufa do mundo.
Disponível em: <http://www.jornalnanet.com.br/noticias/6496/
inversao-termica-deixou-ar-de-taboao-cinza-nesta-segunda>
C) Criou um sistema de comércio de créditos de carbono
Acesso em: 03 Set. 2013. (Adaptado por OLIVEIRA, F. J. S.) válido apenas entre os países industrializados: o Meca-
nismo de Desenvolvimento Limpo.
Identifique um impacto socioambiental do fenômeno D) Entrou em vigor em 2008, quando ocorreu a adesão
descrito e uma possível medida a longo prazo para reduzir de dois países que figuram entre os maiores emissores
seus efeitos para população: de poluentes: a Índia e a China.
A) dispersão dos poluentes no ar – rodízio de veículos. E) Considera apenas os níveis atuais de emissão, eximindo
B) estagnação do ar próximo do solo urbano – construção os países industrializados da responsabilidade sobre o
de viadutos e túneis. estoque de gases estufa presente na atmosfera.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
25

AP 2014 CH VI V4.indd 25 22/07/2014 17:06:37


08 (UNESP 2013 – MOD. ENEM – H30) As manchetes de jornal De acordo com o contexto econômico e tecnológico
de junho de 2012 enfatizaram a Conferência das Nações mundial e com as informações do gráfico, pode-se afirmar
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. A Rio+20, que a emissão de gases:
como ficou conhecida, tinha o desafio de dar continuidade A) da China está relacionada ao forte uso de combustíveis
à conscientização global que teve início na Rio 92. fósseis, como o carvão mineral.
As diretrizes propostas por essas conferências têm por B) dos Estados Unidos diminuiu desde que a crise econô-
finalidade o desenvolvimento sustentável, o qual se refere mica teve início no país.
a um modelo de: C) da Índia e da Rússia está no mesmo nível, pois ambos
A) consumo que vise atender às necessidades das gera- têm número semelhante de habitantes.
ções presentes, sem comprometer o atendimento às D) do Japão é baixa desde que ocorreu o acidente com a
necessidades das gerações futuras. usina nuclear de Fukushima.
B) desenvolvimento social e econômico que objetive a E) do Brasil está relacionada ao processo de descentrali-
satisfação financeira e cultural da sociedade. zação das indústrias pelas regiões.
C) consumo excessivo dos recursos naturais, com vistas à
preservação, para as gerações futuras, das espécies em
extinção.
D) desenvolvimento global que disponha dos recursos
naturais para suprir as necessidades da geração atual.
E) desenvolvimento global que incorpore e priorize os 1.4 ILHA DE CALOR
aspectos do desenvolvimento econômico.
A ilha de calor é um fenômeno climático típico das grandes
aglomerações urbanas, fenômeno que se caracteriza pelo
aumento da temperatura do ar nas regiões centrais em relação
ao meio rural ou às áreas menos urbanizadas das vizinhanças.
A cidade de São Paulo é um bom exemplo da ocorrência
do fenômeno, as diferenças de temperatura chegam a até 10
09 (UFSJ 2013) “As metrópoles são o ambiente que mais graus, conforme a área da capital paulista.
expressa a intervenção humana no meio natural. Nelas, a
retirada da vegetação, a movimentação de massas de terra,
as edificações, a canalização de rios, a produção de calor
[...] Dia de verão em São Paulo. Na Avenida Paulista,
e o lançamento de poluentes na atmosfera e nos cursos
cartão-postal da cidade, os termômetros indicam 30 graus
d'água geram múltiplos efeitos sobre todos os aspectos do
Celsius às 15 horas. Os edifícios de concreto e vidro refletem
ambiente”
o sol. A brisa é pouca. Os 9.000 veículos que ali passam, por
MAGNOLLI, Demétrio. Geografia: a construção do mundo –
Geografia Geral e do Brasil. Moderna. São Paulo, 2005. p. 484.
hora, são obrigados a parar em pelo menos um dos quinze
semáforos. Os apressados paulistanos são cozinhados dentro
Sobre o meio ambiente urbano nas grandes metrópoles, dos carros. No teto de aço dos automóveis a temperatura
é INCORRETO afirmar que: vai aos 50 graus; na boca dos escapamentos a fumaça sobe
A) no verão ocorre a Inversão Térmica, fenômeno que a 100 graus. O asfalto dá a impressão de derreter-se. Os
concentra a poluição nas camadas mais elevadas da pedestres padecem com a falta de árvores e sombras. Mas a
atmosfera. poucos quilômetros dali, no bairro do Morumbi, a poluição
B) a elevada absorção do calor pelas superfícies revestidas é menor e o índice de arborização atinge 47% do território,
com cimento e asfalto é uma das causas da Ilha de Calor. 34 pontos percentuais a mais que o verificado na Paulista.
C) em lixões expostos à ação das chuvas ocorre a conta- Resultado: os termômetros marcam 25 graus. No mesmo
minação de lençóis freáticos por chorume. dia, na mesma hora, no sul e no norte do município, onde
D) a impermeabilização do solo pelo asfalto e o lixo jogado se encontram as áreas rurais e de proteção dos mananciais,
nas vias públicas contribuem para a ocorrência de a temperatura é de 20 graus, 10 graus a menos que na
enchentes. zona central da cidade. Aumentou o verde, diminuíram as
construções, a densidade demográfica, a poluição, o asfalto.
10 (IFSP 2013) Observe o gráfico a seguir.
A chamada ilha de calor ficou para trás. [...]
Disponível em: <http://super.abril.com.br/ecologia/ilhas-calor-
sao-paulo-pontos-quentes-cidade-440723.shtml>
EMISSÃO DE GASES DE EFEITO
ESTUFA 2012 (MEGATONS CO2)
10000

9000
9441
Mas o problema não é só do paulistano. Segundo José
8000 Roberto Tarifa, professor de Climatologia da USP por 30 anos,
7000 “no Brasil as variações meteorológicas provocadas pela urba-
6000
6539
nização começam a se evidenciar em cidades com mais de
5000 300.000 habitantes”. Pesquisas comprovaram a existência de
4000 ilhas de calor no Rio de Janeiro, em Salvador, Belo Horizonte,
3000 Porto Alegre, Fortaleza, Campinas, São José dos Campos e
2000 2272
Ribeirão Preto.
O asfalto, o concreto, a poluição atmosférica, as edificações
1963
1000 1203 1144
0
absorvem e retém o calor solar por mais tempo, mesmo com o
China EUA India Rússia Japão Brasil anoitecer, esses materiais continuam liberando calor.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


26 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 26 22/07/2014 17:06:37


Além disso, a verticalização imobiliária reduz a circulação do A quantidade de lixo produzida depende dos padrões de
ar e a consequência é a ocorrência de um microclima urbano, consumo socioeconômicos e culturais da população, ela é, na
no qual o centro da cidade é mais quente do que a periferia. certa, maior na classe média dos Estados Unidos do que entre
A carência de áreas verdes e a impermeabilização do solo os camponeses africanos. Mas é na pobreza que o lixo é mais
urbano aceleram o escoamento superficial da água, diminuindo visível, acumulam-se a céu aberto, nos lixões, nas encostas dos
o tempo de evaporação. O resultado é de menor umidade morros, nas rodovias. Muitos, praticamente, vivem sobre o lixo.
relativa do ar. A energia solar que não é gasta pelo processo

Stock.xchng
de evaporação concentra-se no aquecimento do ar. As conse-
quências climáticas do problema são temperaturas elevadas,
temporais e inundações constantes. Nas áreas verdes, por sua
vez, os raios solares provocam a evaporação da umidade das
plantas e do solo, e isso termina resfriando a temperatura
ambiente.
Interromper o processo que leva à formação de ilhas de
calor é possível. Em Stuttgart, na Alemanha, medidas adotadas
no programa de combate à poluição — demolição de alguns
edifícios para permitir a passagem de correntes de ar, criação
de jardins e a construção de espelhos de água em cima dos
prédios, por exemplo — diminuíram o aquecimento da cidade.

1.5 SMOG
Smog – do inglês smoke (fumaça) e fog (nevoeiro), ou seja,
nevoeiro com fumaça. O smog é causado pela associação de O resultado é poluição dos recursos hídricos, proliferação de
poluição atmosférica e inversão térmica. bichos urbanos, contaminação do solo e degradação da saúde
O fenômeno da inversão térmica é natural. Em condições pública. Setor público, empresariado e coletividade podem não
normais, próximo à superfície forma-se uma camada de ar ter uma saída perfeita para o problema do lixo, mas importantes
quente e ascendente. A ascensão do ar quente – menos denso medidas podem, ao menos, diminuir o problema. Felizmente
– possibilita a dispersão dos poluentes gerados pelas atividades existem soluções para dispor o lixo de maneira mais adequada.
industriais, queimadas, veículos automotores, entre outros. Veja alguns destinos e tratamentos possíveis para o lixo:
Na ocorrência da inversão térmica, especialmente no final da
madrugada e no inverno, a perda de calor torna o ar próximo A) Aterros Sanitários
à superfície mais frio, dificultando a circulação do ar e a dissi- O ideal é que aos aterros sanitários seja destinado o lixo
pação dos poluentes gerados pela cidade. A concentração de comum, materiais que já esgotaram a possibilidade de reci-
poluentes pode ser ainda agravada pela ausência de chuvas. O clagem ou reutilização. Para evitar os problemas ambientais e
resultado é uma cidade cinza com precária qualidade do ar e de saúde pública decorrentes do armazenamento do lixo, os
danos à saúde. O fenômeno natural da inversão térmica pode terrenos destinados a aterro sanitário precisam seguir algumas
durar poucas horas ou até alguns dias. regras de preparação e manutenção.
O solo precisa ser previamente impermeabilizado, essa
Fluxo normal Inversão prática evita a poluição do lençol freático pelo chorume. Como
o processo decomposição ocorre em ambiente anaeróbico, sem
a presença de oxigênio, ocasiona a formação do danoso gás
Ar mais Ar frio metano. É importante que os aterros tenham um sistema de
frio captação, queima para simplesmente eliminação do metano e/
ou alguns caso geração de energia (usinas de biogás), mas ao
Ar frio Ar quente longo do tempo ocorre o seu esgotamento de gás, portanto, a
viabilidade financeira só ocorre no seu estágio primário.
O lixo deve ser compactado e enterrado, o que reduz a
Ar quente ocupação do espaço, mau cheiro, evita que a água das chuvas
Ar frio
dissolva o material e que animais se contaminem e proliferem
doenças.
Os aterros construídos de forma inadequada, sem seguir
as regras de proteção ambiental, são denominados aterros
controlados, nada mais do que lixões amenizados.

B) Compostagem
O processo de compostagem possibilita o aproveitamento
do lixo orgânico, reduzindo o volume de detritos nos aterros.
1.6 A QUESTÃO DO LIXO Em uma primeira etapa o lixo deve ser separado, depois de
No ano de 2011, cada brasileiro produziu, em média, excluir metais, plástico, papel, tecidos, vidros, apenas o lixo
382 quilos de RSU (Resíduo Sólido Urbano – lixo doméstico e orgânico é encaminhado para processo de decomposição. No
coletado nas ruas), volume 1,8% maior do que o registrado processo decomposição em compostagem ocorre somente a
em 2010. A crescente geração de lixo não é uma realidade formação de CO2, H2O e biomassa (húmus), por ser um processo
exclusivamente brasileira, é consequência do crescimento de fermentação que ocorre na presença de oxigênio (aeróbico),
demográfico, da produção com obsolescência programada, permite que não ocorra a formação de CH4 (gás metano), que
de uma humanidade consumista. é altamente nocivo ao meio ambiente.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
27

AP 2014 CH VI V4.indd 27 22/07/2014 17:06:38


O resultado final desse processo é o composto orgânico,
que pode ser utilizados em jardins, hortas, na adubação do solo 05
para produção agrícola. Além de devolver ao solo os nutrientes
de que necessita, o uso do adubo orgânico aumenta a capaci-
dade de retenção de água, permitindo o controle da erosão e 01
evitando o uso de fertilizantes químicos. CICLISTAS DE VÁRIOS CANTOS DO PAÍS
VÃO DE BICICLETA PARA A RIO+20
C) Incineração Disponível em: <folhaonline.com.br>. Acesso em: 11/06/2012.
A eliminação de resíduos pelo uso do fogo é uma prática [...] Dezenas de pessoas partiram de vários pontos do
bastante antiga. Queimar o lixo a céu aberto é bastante danoso Brasil em bicicletas e estão a caminho da conferência do
para o meio ambiente, provoca o empobrecimento do solo e a Rio+20, algumas fazendo milhares de quilômetros [...]
poluição atmosférica. O uso do fogo em condições adequadas A “bicicletada nacional” rumo à Rio+20 procura apre-
pode apresentar significativas vantagens. sentar a bicicleta como alternativa à questão da mobilidade.
A incineração controlada, em fornos adequados, nos quais A prática pode colaborar:
a temperatura chega a 900º, pode reduzir o volume do lixo em
até dez vezes. A energia calorífica proveniente do processo de
incineração pode ser transformada em vapor ou em eletrici-
dade. Os resíduos da queima do lixo, em incineradores, pode ser
reutilizado ou encaminhado para aterros sanitários. Além disso,
os incineradores destroem os microrganismos que causam
doenças, contidos principalmente no lixo hospitalar e industrial.
Apesar dessas vantagens, queimar o lixo é mais caro do que
enterrá-lo. Além disso, a queima do lixo produz poluição atmos-
férica. Para minimizar esse problema, é necessário a utilização
de filtros nas chaminés, o que encarece ainda mais o processo.

D) Reutilização e Reciclagem
Tudo o que consumimos passa pela extração de matéria-prima,
produção, distribuição, consumo e, cada vez de forma mais
rápida o descarte. Além de comprometer a oferta de recursos A) para eliminar o efeito estufa, uma vez que os veículos
não renováveis, de gerar poluição dos mais diferentes tipos, no automotores são os grandes responsáveis pelo lança-
processo de produção, esse sistema linear acaba em toneladas mento de poluentes na atmosfera.
de lixo. Estender a vida útil dos produtos que consumimos é B) para amenizar os efeitos da Ilha de calor, uma vez que
um grande benefício ao meio ambiente. colabora para a redução do trânsito.
Reutilizar é uma forma de aproveitar os produtos sem que C) para expansão das áreas verdes, uma vez que a bicicleta
eles tenham passado por qualquer tipo de alteração ou proces- não exerce pressão sobre os recursos naturais.
samento. Garrafas pet podem ser reutilizadas na produção D) para melhoria de vida da população, uma vez que as
pessoas terão mais tempo disponível para o lazer.
de artesanatos, sacolas podem ser utilizadas como forros
E) para reduzir os impactos gerados pela chuva ácida,
impermeáveis para vasos de plantas. Ao invés de descartar um
causada principalmente pelo excesso de gás carbônico
produto que, a princípio, não lhe teria mais utilidade, você pode na atmosfera.
emprestar, doar ou mesmo alugar e estender a sua vida útil.
Encontrar outra serventia para aquilo que aparentemente não 02 O crescimento da população, da urbanização e do consumo
serve mais é, além de um estímulo à criatividade, uma excelente leva ao aumento da quantidade de lixo, com os conse-
quentes problemas de contaminação do solo e da água,
forma de preservar o meio ambiente.
liberação de gases do efeito estufa e proliferação de insetos
Reciclar é aproveitar a matéria-prima de um produto e
transmissores de doenças. Um destino adequado pode
fabricar outro. A reciclagem envolve o reprocessamento de um minimizar o problema. Qual é o destino adequado para o
item, como uma lata, vidro ou jornal. Os produtos da reciclagem lixo representado, respectivamente, pelas charges 1, 2 e 3?
podem ser idênticos ao anterior ou apenas possuir algumas
CHARGE 1
propriedades suas somadas a outras matérias-primas. A reci-
clagem permite uma diminuição da exploração dos recursos
naturais e, muitas vezes, é um processo mais barato do que
a produção de um material a partir da matéria-prima bruta.
No Brasil, o volume de lixo urbano reciclado equivalente
a 13% dos resíduos gerados nas cidades. O setor movimenta
cerca de R$ 12 bilhões por ano. Mesmo assim, o País perde
em torno de R$ 8 bilhões anualmente por deixar de reciclar
os resíduos que são encaminhados aos aterros ou lixões. A
coleta dos resíduos misturados permite que apenas 1% do lixo
possa ser reciclado. Se há separação correta, 70% ou mais do
lixo poderia ser aproveitado. O grande desafio da prática da
reciclagem passa pela importância da coleta seletiva. Noventa
e nove porcento do material reciclável que vai para a indústria
no Brasil passa pelas mãos dos catadores, apenas 8% dos muni-
cípios brasileiros tem o serviço de coleta separada.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


28 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 28 22/07/2014 17:06:38


CHARGE 2
A queima do carbono pode ser representada pela equação:
C + O2  CO2
Tanto o gás carbônico como outros óxidos ácidos, por
exemplo, SO2 e NOx, são encontrados na atmosfera e as
suas quantidades crescentes são um fator de preocupação
para os seres humanos, pois causam, entre outras coisas,
as chuvas ácidas.
O termo chuva ácida foi usado pela primeira vez por
Robert Angus Smith, químico e climatologista inglês. Ele
usou a expressão para descrever a preciptação ácida que
ocorreu sobre a cidade de Manchester no início da Revolução
Industrial. Com o desenvolvimento e avanço industrial, os
problemas inerentes às chuvas ácidas têm se tornado cada
vez mais sérios.
Um dos problemas das chuvas ácidas é o fato destas
CHARGE 3 poderem ser transportadas através de grandes distân-
cias, podendo vir a cair em locais onde não há queima de
combustíveis.
Como se Forma a Chuva Ácida
Inicialmente, é preciso lembrar que a água da chuva já é
naturalmente ácida. Devido à uma pequena quantidade de
dióxido de carbono (CO2) dissolvido na atmosfera, a chuva
torna-se ligeiramente ácida, atingindo um pH próximo a 5,6.
Ela adquire assim um efeito corrosivo para a maioria dos
metais, para o calcário e outras substâncias.
Quando não é natural, a chuva ácida é provocada princi-
palmente por fábricas e carros que queimam combustíveis
A) Aterro sanitário controlado, reciclagem e incineração. fósseis, como o carvão e o petróleo. Desta poluição, um
B) Adubo orgânico, incineração e aterro sanitário. pouco se precipita, depositando-se sobre o solo, árvores,
C) Lixão, aterro sanitário e reciclagem. monumentos etc. Outra parte circula na atmosfera e se
D) Incineração, compostagem e reciclagem. mistura com o vapor de água. Passa então a existir o risco
E) Reciclagem, reciclagem e incineração. da chuva ácida.
Prejuízos e Efeitos
Segundo o Fundo Mundial para a Natureza, cerca de 35%
dos ecossistemas europeus já estão seriamente alterados e
cerca de 50% das florestas da Alemanha e da Holanda estão
COMPETÊNCIA 02 destruídas pela acidez da chuva. Na costa do Atlântico Norte,
a água do mar está entre 10% e 30% mais ácida que nos
Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto
das relações socioeconômicas e culturais de poder. últimos vinte anos.
Nos EUA, onde as usinas termoelétricas são responsáveis
por quase 65% do dióxido de enxofre lançado na atmosfera,
o solo dos Montes Apalaches também está alterado: tem
uma acidez dez vezes maior que a das áreas vizinhas, de
menor altitude, e cem vezes maior que a das regiões onde
CHUVA ÁCIDA não há esse tipo de poluição.
Por: Adriana Cristina Poli Monumentos históricos também estão sendo corroídos:
a Acrópole, em Atenas; o Coliseu, em Roma; o Taj Mahal,
A queima de carvão e de combustíveis fósseis e os na Índia; as catedrais de Notre Dame, em Paris e de Colônia,
poluentes industriais lançam dióxido de enxofre e de nitro- na Alemanha.
gênio na atmosfera. Esses gases combinam-se com o hidro- Em Cubatão, São Paulo, as chuvas ácidas contribuem para
gênio presente na atmosfera sob a forma de vapor de água. a destruição da Mata Atlântica e desabamentos de encostas.
O resultado são as chuvas ácidas. As águas da chuva, A usina termoelétrica de Candiota, em Bagé, no Rio Grande
assim como a geada, neve e neblina, ficam carregadas de do Sul, provoca a formação de chuvas ácidas no Uruguai.
ácido sulfúrico ou ácido nítrico. Ao caírem na superfície, Outro efeito das chuvas ácidas é a formação de cavernas.
alteram a composição química do solo e das águas, atingem PREJUÍZOS PARA O HOMEM
as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam
estruturas metálicas, monumentos e edificações. SAÚDE: A chuva ácida libera metais tóxicos que estavam
O gás carbônico (CO2) expelido pela nossa respiração é no solo. Esses metais podem alcançar rios e serem utilizados
consumido, em parte, pelos vegetais, plâncton e fitoplâncton pelo homem causando sérios problemas de saúde.
e o restante permanece na atmosfera. PRÉDIOS, CASAS, ARQUITETURA: a chuva ácida também
Hoje em dia, a concentração de CO2 no ar atmosférico tem ajuda a corroer os materiais usados nas construções como
se tornado cada vez maior, devido ao grande aumento da casas, edifícios e arquitetura, destruindo represas, turbinas
queima de combustíveis contendo carbono na sua constituição. hidrelétricas etc.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
29

AP 2014 CH VI V4.indd 29 22/07/2014 17:06:38


PREJUÍZOS PARA O MEIO AMBIENTE
05
01
LAGOS: os lagos podem ser os mais prejudicados com o
efeito da chuva ácida, pois podem ficar totalmente acidifi-
cados, perdendo toda a sua vida. 01 (ENEM 2010 2a – APLICAÇÃO – H06)
DESMATAMENTOS: a chuva ácida faz clareiras, matando
Ocorrência de Chuva Ácida
duas ou três árvores. Imagine uma floresta com muitas
árvores se utilizando mutuamente, agora duas árvores são
atingidas pela chuva ácida e morrem, algum tempo após
muitas plantas que se utilizavam da sombra destas árvores
morrem e assim vão indo até formar uma clareira. Essas
reações podem destruir florestas.
AGRICULTURA: a chuva ácida afeta as plantações quase
do mesmo jeito que das florestas, só que é destruída mais 0º
rápido já que as plantas são do mesmo tamanho, tendo
assim mais áreas atingidas.
CHUVAS ÁCIDAS NO BRASIL
A REGIÃO DA SERRA DO MAR extremamente alta
A chuva ácida pode ocorrer nas áreas sob influência da alta
0 2000 Km
poluição produzida pelas indústrias de Cubatão, próximo à indícios
Serra do Mar. Nesta região ocorre um fenômeno muito grave,
Disponível em: <http://img15.imageshack.us> (Adaptado).
a morte na Mata Atlântica que recobre a serra. As árvores
de maior porte morrem devido à poluição. A maior frequência na ocorrência do fenômeno atmosférico
Os poluentes geram as chuvas ácidas, que causam a queda apresentado na figura relaciona-se a:
das folhas em algumas árvores. A) concentrações urbano-industriais.
Abre-se uma clareira, e o Sol, antes bloqueado pela copa
B) episódios de queimadas florestais.
das árvores, agora incide diretamente sobre espécies mais
sensíveis, matando-as. A destruição assume uma gravidade C) atividades de extrativismo vegetal.
significativa por causa do papel que as árvores possuem. D) índices de pobreza elevados.
Elas fixam a camada de solo que reveste a Serra do Mar, E) climas quentes e muito úmidos.
impedindo o deslizamento desse terreno.
A morte das árvores e o apodrecimento das raízes é
prejudicial ao ambiente da serra, pois pode causar em vários
pontos verdadeiras avalanches de lama e pedras. Caso esse 05
processo se torne frequente, poderá causar entupimentos
de rios (assoreamentos) e inundações.
CHUVAS ÁCIDAS NO MUNDO
Pode parecer que não, mas milhares de pessoas preo-
cupam-se com o meio ambiente. Os dois países com maior
interesse em acabar com a chuva ácida são a Grã-Bretanha 01 De acordo com a crítica da charge e seus estudos, é fato
e a Alemanha. A Alemanha mudou sua política repentina- que não podemos atribuir, exclusivamente ao clima, o
mente para garantir pouca poluição; já a Grã-Bretanha, que
problema das enchentes nas cidades brasileiras. A ação
tem menos problemas, ainda quer um pouco mais de provas
antrópica tem forte participação no problema, que poderia
antes de atuar. Outro país, os Estados Unidos, acredita que
sejam necessárias mais pesquisas e debates antes de uma ser minimizado por:
ação prática.
COMO EVITAR A CHUVA ÁCIDA
CONSERVAR ENERGIA
Hoje em dia o carvão, o petróleo e o gás natural são utili-
zados para suprir 75% dos gastos com energia. Nós podemos
cortar esses gastos pela metade e ter um alto nível de vida.
Eis algumas sugestões para economizar energia:
– Transporte coletivo: diminuindo-se o número de carros,
a quantidade de poluentes também diminui;
– Utilização do metrô: por ser elétrico polui menos do
que os carros;
– Utilizar fontes de energia menos poluentes: energia
hidrelétrica, energia geotérmica, energia das marés, energia
eólica (dos moinhos de vento), energia nuclear (embora
cause preocupações para as pessoas, em relação aos possí-
veis acidentes e para onde levar o lixo nuclear). A) redução do uso do CFC, responsável pelo Buraco na
OUTRAS SOLUÇÕES Camada de Ozônio.
– Purificação dos escapamentos dos veículos: utilizar B) expansão das áreas verdes.
gasolina sem chumbo e adaptar um conversor catalítico; C) ocupação das encostas desmatadas.
– Utilizar combustíveis com baixo teor de enxofre. D) calçamento das ruas, reduzindo o escoamento da lama.
Disponível em: <http://www.mundovestibular.com.br/articles/472/1/ E) substituição dos combustíveis fósseis pelos
CHUVA-ACIDA/Paacutegina1.html-> Acesso em: 07 mai. 2014.
biocombustíveis.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


30 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 30 22/07/2014 17:06:39


02 A leitura da calculadora de carbono permite concluir: C) A escolha do transporte coletivo colabora para a preser-
vação da qualidade do ar.
CALCULE A PEGADA ECOLÓGICA DOS D) O tamanho do carro não tem relação com o consumo
SEUS DESLOCAMENTOS de combustível.
Quase toda atividade do dia a dia contribui para a emissão de E) 11kg de gás carbônico por ano é a pegada ecológica por
gases com efeito estufa na atmosfera. Entre elas os principais vilões pessoa, por ano, caso esta utilize o transporte coletivo.
são o consumo de produtos importados e a produção de lixo.
As emissões de carbono de uma pessoa comum são relacio-
nadas principalmente ao consumo de eletricidade e combus-
tíveis, por isso, o transporte é um dos maiores geradores de
pegada individual.
A pegada de carbono é uma medida da quantidade de 03 (ENEM 2013 – H26)
dióxido de carbono (CO2) e outros gases com efeito estufa
(GEE) que uma pessoa ou atividade produzem. A calculadora
abaixo fornece um valor aproximado da sua emissão de carbono Ácido sulfúrico (H2SO4)
Ácido nítrico (HNO3)

referente ao deslocamento.
O cálculo, no entanto, deixa de fora o carbono gerado por Vapor de água e nuvens

outras atividades, como alimentação e consumo. Queda de partículas


(”precipitação seca”) Neve ácida
Emissão de dióxido de
enxofre e óxido de azoto Chuva ácida

CALCULADORA
DE CARBONO
Neblina ácida
Condensação
Qual o tamanho da água Água do degelo
do seu carro? Precipitação ácida
seca Desaparecimento
Pequeno Médio Grande da vida aquática Lixiviação ácida
Danos
na Toxicidade
Qual combustível vegetação pelo alumínio
você usa?
Álcool Gasolina GNV Diesel

Quantos km você
1.168 kg
anda por dia?
de CO2 por ano No esquema, o problema atmosférico relacionado ao ciclo
5 20 40 60 80 100
da água acentuou-se após as revoluções industriais. Uma
consequência direta desse problema está na:
A) redução da flora.
CALCULADORA
DE CARBONO B) elevação das marés.
C) erosão das encostas.
Qual o tamanho D) laterização dos solos.
do seu carro?
Pequeno Médio Grande
E) fragmentação das rochas.
Qual combustível 04 (ENEM 2011 – H27) Em 1872, Robert Angus Smith criou
você usa? o termo “chuva ácida”, descrevendo precipitações ácidas
Álcool Gasolina GNV Diesel
em Manchester após a Revolução Industrial. Trata-se do
Quantos km você acúmulo demasiado de dióxido de carbono e enxofre
1.102 kg
anda por dia? na atmosfera que, ao reagirem com compostos dessa
de CO2 por ano
5 20 40 60 80 100 camada, formam gotículas de chuva ácida e partículas de
aerossóis. A chuva ácida não necessariamente ocorre no
Qual seria a emissão percorrendo omesmo trajeto de: local poluidor, pois tais poluentes, ao serem lançados na
Ônibus Metrô Trem atmosfera, são levados pelos ventos, podendo provocar
a reação em regiões distantes. A água de forma pura
Magno Castelo Branco em tecnologia pela Universidade
de São Carlos e presidente da ONU Iniciativa Verde
apresenta pH 7, e, ao contatar agentes poluidores, reage
modificando seu pH para 5,6 e até menos que isso, o que
provoca reações, deixando consequências.
CALCULADORA Disponível em: <http://www.brasilescola.com>.
DE CARBONO Acesso em: 18 maio 2010 (Adaptado).

Qual o tamanho O texto aponta para um fenômeno atmosférico causador


do seu carro? de graves problemas ao meio ambiente: a chuva ácida
Pequeno Médio Grande (pluviosidade com pH baixo). Esse fenômeno tem como
Qual combustível consequência:
você usa?
A) a corrosão de metais, pinturas, monumentos históricos,
destruição da cobertura vegetal e acidificação dos lagos.
Álcool Gasolina GNV Diesel

Quantos km você
11 kg B) a diminuição do aquecimento global, já que esse tipo
anda por dia?
de CO2 por ano de chuva retira poluentes da atmosfera.
5 20 40 60 80 100
C) a destruição da fauna e da flora e redução de recursos
hídricos, com o assoreamento dos rios.
Disponível em: <folhaonline.com.br>. Acesso em: 11/04/2012.
D) as enchentes, que atrapalham a vida do cidadão urbano,
A) Os biocombustíveis poluem tanto quanto os combus- corroendo, em curto prazo, automóveis e fios de cobre
tíveis fósseis. da rede elétrica.
B) Sua opção de deslocamento diário não tem relação com E) a degradação da terra nas regiões semiáridas, locali-
a qualidade do ar. zadas, em sua maioria, no Nordeste do nosso país.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
31

AP 2014 CH VI V4.indd 31 22/07/2014 17:06:39


05 (ENEM 2011 – H27) O professor Paulo Saldiva pedala Sobre o clima urbano é correto afirmar que:
6 km em 22 minutos de casa para o trabalho, todos os dias. A) ele resulta da interação da paisagem natural com o
Nunca foi atingido por um carro. Mesmo assim, é vítima espaço construído pela ação humana; a paisagem
diária do trânsito de São Paulo: a cada minuto sobre a bici- natural não é substituída pelo meio ambiente cons-
cleta, seus pulmões são envenenados com 3,3 microgramas truído; nas grandes cidades as temperaturas são mais
de poluição particulada – poeira, fumaça, fuligem, partí- elevadas nas zonas de contato entre os espaços urbano
culas de metal em suspensão, sulfatos, nitratos, carbono, e rural.
compostos orgânicos e outras substâncias nocivas. B) ele resulta da interdependência entre as condições natu-
ESCOBAR, H. Sem Ar. O Estado de São Paulo. Ago. 2008. rais e as ações humanas; a paisagem natural interage
A população de uma metrópole brasileira que vive nas com o meio ambiente construído sem grandes altera-
mesmas condições socioambientais das do professor citado ções; nas grandes cidades as temperaturas declinam
no texto apresentará uma tendência de: da periferia em direção ao centro.
C) ele resulta da permanência da paisagem natural pela
A) ampliação da taxa de fecundidade.
interferência da ação humana; a paisagem natural
B) diminuição da expectativa de vida.
é substituída pelas atividades agrícolas; nas grandes
C) elevação do crescimento vegetativo. cidades as temperaturas são mais elevadas nas áreas
D) aumento na participação relativa de idosos. circundantes que nas áreas centrais.
E) redução na proporção de jovens na sociedade.
D) ele resulta da alteração da paisagem natural pela
06 (UEMG 2013 – ADAPTADA – MOD. ENEM – H26) interferência da ação humana; a paisagem natural é
substituída pelo meio ambiente construído; nas grandes
Sem inversão cidades as temperaturas das áreas centrais são mais
elevadas que nos campos circundantes.
Poluentes
E) ele resulta do domínio do espaço natural sobre o
espaço antrópico; a paisagem natural é substituída pelo
Altitude

espaço agrário agroexportador; nas grandes cidades a


manutenção das áreas verdes promove a elevação das
temperaturas nas áreas centrais urbanas.
Temperatura 08 (MACKENZIE 2013 – MOD. ENEM – H26) “A neblina
Sem inversão
começou a se dissipar, em Porto Alegre, apenas ao meio-
-dia. A cerração prejudicou as atividades do Aeroporto
Poluentes Internacional Salgado Filho com atrasos e cancelamentos
Camada de inversão térmica de voos. [...]”. Veja, na ilustração, a temperatura registrada
hoje às nove da manhã em diferentes níveis da atmosfera
Altitude

sobre a cidade de Porto Alegre.

4.000 metros 4,2 ºC


Temperatura

FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química. 2. ed. São Paulo: 3.000 metros 7 ºC


Moderna. 1996, p. 111 (Adaptado).

As ilustrações a seguir representam um ambiente em dois 2.000 metros 10,2 ºC


momentos diferenciados, associados ao fenômeno mete-
orológico conhecido como Inversão Térmica. Sobre esse
1.000 metros 12,2 ºC
fenômeno é possível inferir corretamente que:
A) Acontece quando uma camada de ar frio se sobrepõe
a uma camada de ar quente, impedindo o movimento 500 metros 11,8 ºC
ascendente do ar.
B) Eleva as concentrações de poluentes em ambientes
urbanos em função da presença das indústrias e da
8,2 ºC
poluição atmosférica.
C) Promove a redução da temperatura do ar, gradati-
vamente com a altitude, dispersando a fumaça das
fábricas e veículos. Em consequência da neblina, a temperatura se manteve
D) Aumenta abruptamente a temperatura do ar na baixa na capital gaúcha durante toda a manhã. “Ao
chamada “camada de Inversão Térmica”, dispersando meio-dia, os termômetros indicavam 11,2 ºC no Jardim
os poluentes urbanos. Botânico.”
E) Trata-se um fenômeno global, ocasionado pelo efeito Boletim coletado do sítio Met Sul Meteorologia,
estufa e consequentemente o aquecimento global. no dia 23/09/2012.
07 (UNICAMP 2014 – MOD. ENEM – H26) O clima urbano De acordo com as informações do texto e da ilustração,
decorre do contraste entre o espaço urbano e o campo está correto afirmar que o fenômeno meteorológico a que
circundante, evidenciando o caráter fundamental da se refere é:
cidade como espaço localizado de contínua, cumulativa e
A) Aquecimento Global.
acentuada derivação antrópica do ambiente.
B) El Niño.
Adaptado de Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro,
C) La Niña.
Por um suporte teórico e prático para estimular estudos
geográficos do clima urbano no Brasil. D) Inversão Térmica.
Geosul, Florianópolis, ano V, n. 9, 1º sem, 1990. E) Ilha de Calor.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


32 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 32 22/07/2014 17:06:39


09 (UNIOESTE 2012) Sabe-se que a ação antrópica desenca- 1.7 A QUESTÃO DA ÁGUA
deia desequilíbrios ambientais diversos. Um dos problemas
ambientais mais sentidos pela população mundial é a
poluição atmosférica, que atinge de forma mais signifi-
cativa a população das grandes cidades. Com relação ao
clima urbano, assinale a alternativa correta:
A) As chuvas ácidas ocorrem em todo o globo de forma
A ONU declarou 2013 como o “Ano Internacional da Coope-
ampla e constituem um grande problema para o desen-
ração pela Água”. A ideia é chamar a atenção da sociedade civil,
volvimento da agricultura da maioria dos países.
empresas e governos para as questões relacionadas à água e
B) Há o desenvolvimento de ilhas de calor na maioria
saneamento básico, combatendo problemas como a falta de
das grandes cidades, devido ao asfaltamento das
vias públicas, concentração de concreto, queima de acesso à água potável para cerca de 11% e de redes de esgoto
combustíveis fósseis, diminuição da velocidade do vento para 37% das pessoas no mundo, e a morte de cerca de cinco
em decorrência de prédios etc. mil crianças diariamente por doenças causadas pela falta de
C) Ocorre a inversão térmica, que piora a qualidade do ar acesso à água de qualidade.
em quase todas as grandes cidades do mundo durante A água é a substância mais comum na Terra. No entanto,
seu período de verão, já que ela não depende de condi- 97% dela está nos mares, sendo assim imprópria para o uso
ções físicas específicas para ocorrer. agrícola e industrial e para o consumo humano. Outros 2%
D) Há uma diminuição da precipitação nas cidades, uma estão nas calotas polares, em forma de gelo ou neve. Resta,
vez que não há grandes áreas com presença de água assim, apenas 1% de água doce, aquela disponível nos rios,
para que ocorra a evaporação. lagos e lençóis freáticos, próprias ao consumo, mas sujeitas a
E) Durante o período em que ocorre a inversão térmica nas dois problemas: má distribuição e má gestão. O primeiro de
cidades há uma intensa troca de ar entre as camadas ordem natural e o segundo fruto das relações do homem entre
inferiores e superiores, liberando os poluentes acumu- si e com o meio.
lados pela queima de combustíveis fósseis. Todas as questões de água estão envolvidas no ciclo hidroló-
10 (CPS 2012) Para a Geografia Física, as cidades são constru- gico global, portanto os problemas da água não estão limitadas
ções humanas inseridas na interface litosfera-hidrosfera- a um espaço local. O conjunto das águas contidas no Planeta
-atmosfera. Para melhor organizar e planejar as cidades, é desenvolve uma interdependência, a água que hoje está arma-
necessário conhecer a dinâmica natural da região. zenada, pela infiltração nos lençóis freáticos, amanhã poderá
escoar pelo leito de um rio, evaporar e voltar a precipitar,
desta vez nos mares ou geleiras.
SOLO
A água que atinge o solo pela precipitação tem diferentes
AR destinos. Parte é devolvida à atmosfera através da evaporação,
CLIMA
parte infiltra-se no solo, alimentando os lençóis freáticos. O
restante, escorre sobre a superfície em direção às áreas de alti-
CIDADE
tudes mais baixas, alimentando diretamente os lagos, riachos,
ÁGUA VEGETAÇÃO rios, mares e oceanos. Quanto maior é a infiltração e menor
o escoamento superficial maior é o armazenamento de água
RELEVO doce para o consumo. É de fundamental importância garantir
a permeabilidade dos solos com a manutenção da cobertura
Levando-se em consideração o meio natural e o espaço vegetal.
geográfico das cidades, é correto afirmar que: A rápida urbanização com a impermeabilização do solo, o
crescimento da população global previsto de 2-3 bilhões de
A) impermeabilização de grandes áreas do solo pode ser
pessoas nos próximos 40 anos, o aumento da demanda por
uma das formas de evitar as enchentes, pois facilita o
alimentos, projetado em 70% até 2050, o aumento da demanda
escoamento das águas superficiais para os rios.
por energia, o desmatamento, entre outros, contribuem para
B) os rios de planícies são retificáveis com a finalidade
diminuir a disponibilidade de água em várias regiões do mundo.
de ceder suas margens para construção de avenidas e
evitar enchentes e transtornos para as cidades. A agricultura é hoje responsável por mais ou menos 70% da
C) os rios de planícies têm a vantagem de que podem ser retirada de água doce global (até 90% em algumas economias
usados para a construção de hidrelétricas, gerando em crescimento acelerado). Associa-se a isso o desperdício e
energia para as cidades ao seu redor. a poluição, 85% da água usada mundialmente não é coletada
D) o relevo é capaz de influenciar a dinâmica climática de ou tratada.
uma cidade, pois quanto maior for a altitude de uma A água não tem fronteiras, 148 países compartilham
região, menor será a sua temperatura. pelo menos uma bacia hídrica transfronteiriça, portanto, não
E) a retirada da vegetação original, para a construção existe solução isolada para questões globais, é indispensável
e ampliação de uma cidade, não altera as condições a cooperação no manejo da água entre nações e organismos
climáticas da região. internacionais.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
33

AP 2014 CH VI V4.indd 33 22/07/2014 17:06:39


Ciclo da Água
Armazenamento
de água no gelo Armazenamento
de água na Condensação
atmosfera

Precipitação Evapotranspiração

Evaporação

Escoamento
Escoamento superficial superficial
proveniente do degelo
Caudal no
rio
Infiltração
N a s c e n t e Armazenamento
de água
doce
De Armazenamento
sca da água nos oceanos
rga
do
aquífer
o
Armazenamento de
água subterrânea
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro: Ciclo_da_%C3%A1gua.jpg>

2013 – A PREFEITURA BRASILEIRA QUE NÃO APRESENTAR SEU PLANO PARA DESTINO DO LIXO, FICARÁ
SEM VERBA FEDERAL PARA ESSE FIM. VEREMOS!
Sancionada em agosto de 2010 e regulamentada em dezembro do mesmo ano, a Lei do Lixo, como é conhecida a Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece a Gestão Integrada de Resíduos, onde o material descartado pela sociedade e
todos os atores envolvidos (como sistemas de coleta seletiva, cooperativas, triagem e tratamento dos resíduos, por exemplo)
são regulamentados com base no sistema de responsabilidade compartilhada. Ou seja, o Poder Público, o setor empresarial
e a coletividade são responsáveis pela efetividade da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Consta que 2012 era o prazo final para que as prefeituras do Brasil finalizassem seu plano para acabar com os lixões e
implementar políticas adequadas de coleta, substituindo lixões por aterro sanitário. Prevê ainda redução da geração de resí-
duos, com a adoção de hábitos de consumo sustentável e a reciclagem de materiais. Esse marco regulatório procura ainda
reconhecer o valor socioeconômico das atividades ligadas à manipulação do lixo.

06

01 (FGV 2012) Analise o gráfico para responder à questão.

26% 47%

17%
2%
8%

No Brasil, o setor que mais consome água é:


A) a pecuária. D) o doméstico.
B) a agricultura irrigada. E) o comercial.
C) a indústria.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


34 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 34 22/07/2014 17:06:40


02 (UERJ 2012) Disponibilidade e distribuição
ACESSO DAS POPULAÇÕES À REDE Embora o Brasil seja o primeiro país em disponibilidade
DE ÁGUA POTÁVEL (2002) hídrica em rios do mundo, a poluição e o uso inadequado
comprometem esse recurso em várias regiões do País.
O Brasil concentra em torno de 12% da água doce do
mundo disponível em rios e abriga o maior rio em extensão
e volume do Planeta, o Amazonas. Além disso, mais de 90%
do território brasileiro recebe chuvas abundantes durante
o ano e as condições climáticas e geológicas propiciam a
formação de uma extensa e densa rede de rios, com exceção
do semi-árido, onde os rios são pobres e temporários. Essa
água, no entanto, é distribuída de forma irregular, apesar
Percentual
de acesso
da abundância em termos gerais. A Amazônia, onde estão
menos de 50 as mais baixas concentrações populacionais, possui 78% da
de 50 a 75
de 76 a 90
água superficial. Enquanto isso, no Sudeste, essa relação
de 91 a 100 se inverte: a maior concentração populacional do País tem
sem dados disponível 6% do total da água.
Disponível em: <http://energiaverdepr.ning.com> (Adaptado). Mesmo na área de incidência do semi-árido (10% do
território brasileiro; quase metade dos estados do Nordeste),
O acesso das populações à água potável é um dos indica- não existe uma região homogênea. Há diversos pontos onde
tivos do nível de desenvolvimento e das condições de vida a água é permanente, indicando que existem opções para
das sociedades no mundo contemporâneo. solucionar problemas socioambientais atribuídos à seca.
A associação adequada entre o espaço geográfico e dois
Qualidade comprometida
fatores que influenciam o percentual de acesso de sua
A água limpa está cada vez mais rara na Zona Costeira e
população à água potável está indicada em:
a água de beber cada vez mais cara. Essa situação resulta
A) Austrália – alta renda per capita / regularidade do da forma como a água disponível vem sendo usada: com
regime de chuvas. desperdício – que chega entre 50% e 70% nas cidades –,
B) África Central – elevada mortalidade / insuficiência da e sem muitos cuidados com a qualidade. Assim, parte da
bacia hidrográfica. água no Brasil já perdeu a característica de recurso natural
C) América do Norte – política de inclusão social / erradi- renovável (principalmente nas áreas densamente povoadas),
cação de agentes poluentes. em razão de processos de urbanização, industrialização e
D) Europa Ocidental – estabilidade demográfica / quali- produção agrícola, que são incentivados, mas pouco estru-
dade dos sistemas de saneamento. turados em termos de preservação ambiental e da água.
Nas cidades, os problemas de abastecimento estão
diretamente relacionados ao crescimento da demanda, ao
desperdício e à urbanização descontrolada – que atinge
regiões de mananciais. Na zona rural, os recursos hídricos
também são explorados de forma irregular, além de parte
COMPETÊNCIA 06 da vegetação protetora da bacia (mata ciliar) ser destruída
Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no para a realização de atividades como agricultura e pecuária.
espaço em diferentes contextos históricos e geográficos. Não raramente, os agrotóxicos e dejetos utilizados nessas
atividades também acabam por poluir a água. A baixa efici-
ência das empresas de abastecimento se associa ao quadro
de poluição: as perdas na rede de distribuição por roubos
e vazamentos atingem entre 40% e 60%, além de 64% das
ÁGUA DOCE E LIMPA: empresas não coletarem o esgoto gerado. O saneamento
básico não é implementado de forma adequada, já que 90%
DE “DÁDIVA” À RARIDADE
dos esgotos domésticos e 70% dos afluentes industriais são
Estudiosos preveem que em breve a água será a causa jogados sem tratamento nos rios, açudes e águas litorâneas,
principal de conflitos entre nações. Há sinais dessa tensão em o que tem gerado um nível de degradação nunca imaginado.
áreas do planeta como Oriente Médio e África. Mas também, Disponível em: <http://www.socioambiental.org>.
os brasileiros, que sempre se consideraram dotados de fontes
inesgotáveis, veem algumas de suas cidades sofrerem falta
de água. A distribuição desigual é causa maior de problemas. 06
01
Entre os países, o Brasil é privilegiado com 12% da água doce
superficial no mundo.
01 (ALBUQUERQUE M. C. S. 2013 – MOD. ENEM – H29) Diante
Outro foco de dificuldades é a distância entre fontes e
do quadro brasileiro, representado no texto acima, a alter-
centros consumidores. É o caso da Califórnia (EUA), que
nativa mais adequada, para solução da questão da água
depende para abastecimento até de neve derretida no
no Brasil é:
distante Colorado. E também é o caso da cidade de São
Paulo, que, embora nascida na confluência de vários rios, A) conscientização por parte da população e, por parte
viu a poluição tornar imprestáveis para consumo as fontes do governo, um maior cuidado com a questão do
saneamento e abastecimento.
próximas e tem de captar água de bacias distantes, alterando
B) ampliação da construção de cisternas nas regiões que
cursos de rios e a distribuição natural da água na região.
apresentam climas desérticos e semiáridos.
Na última década, a quantidade de água distribuída aos
C) políticas de racionamento de uso da água nas regiões
brasileiros cresceu 30%, mas quase dobrou a proporção de que apresentam sérios problemas de escassez hídrica.
água sem tratamento (de 3,9% para 7,2%) e o desperdício D) aproveitamento das águas oceânicas para suprir a
ainda assusta: 45% de toda a água ofertada pelos sistemas escassez de água doce disponível por região.
públicos. E) armazenamento de água nas residências localizadas nas
regiões de maior concentração demográfica do país.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
35

AP 2014 CH VI V4.indd 35 22/07/2014 17:06:40


A leitura da tabela e os conhecimentos sobre as atividades
06 econômicas realizadas no Brasil permitem afirmar que:
A) o consumo doméstico e a indústria correspondem
respectivamente aos setores 1 e 2, demonstrando o
mal gerenciamento dos recursos hídricos.
B) o desequilíbrio dos usos da água torna este recurso
fragilizado e em vias de escassez em quase todo o país.
01 (UEG 2012) Devemos ao sociólogo alemão Karl Wittfogel a C) o fato de o Brasil ser um país predominantemente
primeira reflexão de amplitude sobre a hidropolítica. Para urbano explica porque cerca de 70% da água é consu-
ele, o domínio da água constitui um elemento essencial do mida em atividades urbanas.
poder. [...]. As necessidades globais de água e a demografia D) o país usa a maior parte da água disponível com irri-
planetária não cessaram de crescer desde 1950, e a huma- gação na agropecuária; tal como demonstra, o setor 1
nidade já está confrontada com múltiplas crises nestes da tabela.
setores. Com efeito, este recurso vital está longe de ser E) os setores 1 e 2 da tabela representam o uso das ativi-
repartido de maneira homogênea no espaço e no tempo. dades com maior nível tecnológico demonstrando usos
E ele é, sobretudo, distribuído muito desigualmente em adequados e eficientes.
termos sociais.
04 (UERJ 2014 – MOD. ENEM – H26)
Assim, o consumo diário varia de mais de 600 litros por
pessoa nos Estados Unidos a menos de 10 litros em certos
países africanos.
Índice de Pobreza em Água (IPA)
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo; MENDONÇA,
Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado.
Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 554.

Com base em seus conhecimentos e na análise do texto, é


correto afirmar:
A) a abundância de recursos hídricos em todo o planeta
proporciona uma distribuição homogênea em todos os
continentes.
B) a discrepância entre o consumo diário de água por
pessoa, entre os EUA e a África, está relacionada com
Situação relativa ao IPA
a existência do deserto do Saara. boa
C) o Brasil é o único país a possuir um aquífero – O Guarani satisfatória
mediana
–, cujas reservas hídricas são inesgotáveis. difícil
D) provavelmente a água potável será o recurso mais crítica
ausência de dados
disputado do planeta neste século e sua escassez,
principalmente na África e no Oriente Médio, poderá
ser a principal causa de guerras.
O Índice de Pobreza em Água é um indicador criado com
02 (UNICAMP 2012) Ao considerar a influência da infiltração a finalidade de estabelecer relações entre o acesso à água
da água no solo e o escoamento superficial em topos e potável e as características do meio natural e de cada
encostas, é correto afirmar que: sociedade.
A) a maior infiltração e o menor escoamento superficial Com base no mapa, a maior presença de países em situação
retardam o processo de intemperismo físico e aceleram crítica quanto ao acesso à água potável está no subconti-
a erosão. nente denominado:
B) a menor infiltração e o menor escoamento superficial
inibem a erosão e favorecem o intemperismo químico. A) Oriente Médio.
C) a menor infiltração e o maior escoamento superficial B) Ásia Meridional.
aceleram o intemperismo físico e químico e retardam C) América Andina.
o processo de erosão. D) África Subsaariana.
D) a infiltração e o escoamento superficial aceleram, E) América do Norte.
respectivamente, os processos de intemperismo
químico e de erosão. 05 (ENEM 2012 – H29) O uso da água aumenta de acordo
com as necessidades da população no mundo. Porém,
diferentemente do que se possa imaginar, o aumento do
consumo de água superou em duas vezes o crescimento
populacional durante o século XX.
03 (IFSP 2014 – MOD. ENEM – H26) Considere a tabela sobre TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Cia.
a distribuição do uso da água entre os setores de atividade Editora Nacional, 2009.
no Brasil.
Uma estratégia socioespacial que pode contribuir para
Setores de Atividade % de consumo alterar a lógica de uso da água apresentada no texto é a:
1 70 A) ampliação de sistemas de reutilização hídrica.
2 20 B) expansão da irrigação por aspersão das lavouras.
3 7 C) intensificação do controle do desmatamento de florestas.
Perdas 3 D) adoção de técnicas tradicionais de produção.
Disponível em: <http://sustentabilidade.sescsp.org.br/apps/ E) criação de incentivos fiscais para o cultivo de produtos
agua-da-chuva/tela-4.html. Acesso em: 17 nov. 2013 (Adaptado). orgânicos.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


36 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 36 22/07/2014 17:06:41


06 (IFSP 2013 – MOD. ENEM – H30) Na área metropolitana Quanto a essa crise, é correto afirmar:
de São Paulo, assim como nas pequenas e médias cidades A) Há intensa cooperação das comunidades mundiais
brasileiras, os rios que cruzam a área urbana se caracte- para diminuir o problema de contaminação das bacias
rizam pelas águas poluídas por materiais químicos, físicos hidrográficas transfronteiriças.
e biológicos, o que diminui a qualidade da água e afeta B) O problema restringe-se à urbanização acelerada,
os seres vivos. uma vez que a agricultura, a indústria e a produção de
energia apresentam demanda decrescente pela água.
A poluição das águas dos rios está relacionada, entre outros C) Apesar de ser pequena a quantidade de água contami-
fatores, ao seguinte: nada no mundo hoje, uma significativa parcela da popu-
A) impermeabilização dos solos nas áreas urbanas, fato lação mundial tem acesso apenas a esses mananciais.
que tem como consequência o deslocamento das águas D) Alterações no ciclo hidrológico implicam diminuição
de chuva para os rios. do estoque total dos recursos hídricos.
B) infiltração de substâncias tóxicas industriais que conta- E) A escassez de água potável é motivada pela ampliação
tanto do consumo quanto da poluição dos mananciais
minam os lençóis freáticos, responsáveis pelo abasteci-
disponíveis.
mento de água para os rios.
C) obras de engenharia realizadas no leito dos rios, tais
como a redução dos meandros, o aprofundamento do
leito ou a canalização.
D) lançamento de materiais inorgânicos que alimentam
de algas e micro-organismos causadores de doenças 09 (FUVEST 2013) Observe a imagem e leia o texto.
infecciosas.
E) rápido crescimento das cidades e grande volume de
esgotos que são lançados nos rios devido à deficiente
rede coletora de esgotos.
07 (ENEM 2001 – H26) Boa parte da água utilizada nas mais
diversas atividades humanas não retorna ao ambiente com
qualidade para ser novamente consumida. O gráfico mostra
alguns dados sobre esse fato, em termos dos setores de
consumo.

Consumo e restituição de água no mundo


(em bilhões de m³/ano)
3500
3000 Coletividade Disponível em: <arvoresdesaopaulo.wordpress.com/2009/12/09.>
2500 Insdústria e Acesso em: jun. de 2012.
2000
energia Por muitos anos, as várzeas paulistanas foram uma espécie
1500
Agricultura de quintal geral dos bairros encarapitados nas colinas.
1000
Serviram de pastos para os animais das antigas carroças
500 Total que povoaram as ruas da cidade. Serviram de terreno baldio
0
para o esporte dos humildes, tendo assistido a uma proli-
Consumo Restituição
feração incrível de campos de futebol. Durante as cheias,
sem qualidade
tais campos improvisados ficam com o nível das águas até
o meio das traves de gol.
MARGAT, Jean-François. A água ameaçada
Aziz Ab’Saber, 1956.
pelas atividades humanas. In: WIKOWSKI, N. (Coord).
Ciência e tecnologia hoje. São Paulo: Ensaio, 1994 (Adaptado). Considere a imagem e a citação do geógrafo Aziz Ab’Saber
na análise das afirmações abaixo:
Com base nesses dados, é possível afirmar que:
I. O processo de verticalização e a impermeabilização dos
A) mais da metade da água usada não é devolvida ao ciclo
solos nas proximidades das vias marginais ao rio Tietê
hidrológico. aumentam a sua suscetibilidade a enchentes.
B) as atividades industriais são as maiores poluidoras de II. A retificação de um trecho urbano do rio Tietê e a
água. construção de marginais sobre a várzea do rio poten-
C) mais da metade da água restituída sem qualidade para cializaram o problema das enchentes na região.
o consumo contém algum teor de agrotóxico ou adubo. III. A extinção da Mata Atlântica na região da nascente do
D) cerca de um terço do total da água restituída sem rio Tietê, no passado, contribui, até hoje, para agravar
qualidade é proveniente das atividades energéticas. o problema com enchentes nas vias marginais.
E) o consumo doméstico, dentre as atividades humanas, IV. A várzea do rio Tietê é um ambiente susceptível à
é o que mais consome e repõe água com qualidade. inundação, pois constitui espaço de ocupação natural
do rio durante períodos de cheias.
08 (UFSM 2013 – H30) A água constitui recurso vital para as
pessoas suprirem suas necessidades básicas. A crise das Está correto o que se afirma em:
águas afeta o mundo inteiro, ainda que em proporção e A) I, II e III, apenas.
intensidade diferentes. B) I, II e IV, apenas.
TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. C) I, III e IV, apenas.
Conexões: Estudos de Geografia Geral e do Brasil. 1.ed. D) II, III e IV, apenas.
São Paulo: Moderna, V.2, 2010. p.205 (Adaptado). E) I, II, III e IV.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
37

AP 2014 CH VI V4.indd 37 22/07/2014 17:06:41


10 (CEFET MG 2013) A) a formação das ilhas de calor e a inversão térmica,
decorrentes principalmente de alterações climáticas.
Água Virtual B) a ampliação de áreas produtivas, diminuindo a fome e
miséria nessas regiões.
CERVEJA
1L
ARROZ MANTEIGA
1 KG 1 KG
LEITE
1 KG
QUEIJO
1 KG
BATATA
1 KG
CARNE
DE BOI
BANANA
1 KG
CARNE DE
FRANGO C) a retirada da mata ciliar e o despejo de inúmeros
1 KG 1 KG
dejetos, que contribuem para que esses rios sejam
assoreados, e em alguns casos, eutrofizados.
5,5 D) o desenvolvimento de sistemas de irrigação que ajudam
LITROS 712,5
132,5 a promover uma maior utilização das áreas ribeirinhas
2.500 LITROS
LITROS 5.800
LITROS 499 3.700 de forma sustentável.
LITROS LITROS LITROS E) a ampliação dos serviços de tratamento de esgoto indus-
17.100
18.000 LITROS trial e doméstico, que ocasionam a inexistência futura
LITROS desse tipo de problema, como o enfrentado na região.
02 (ALBUQUERQUE M. C. S 2013 – MOD. ENEM – H30) Existem
inúmeras discussões a respeito da temática abordada pela
reportagem e muito especula-se sobre as possíveis ações
Disponível em: <http://amanari.org.br>. Acesso em 11 abr. 2013. que visem a minimização desses crescentes problemas
ambientais. Sabemos que trata-se de uma problemática
A ilustração apresenta o quantitativo médio de água ambiental que afeta o principal recurso natural, a água, e
utilizado como insumo para obtenção de vários produtos. que precisa de um conjunto de ações mais efetivas.
Relacionando o conceito de “água virtual” com a atual
Divisão Internacional do Trabalho, é incorreto afirmar que Identifique a alternativa que contenha as ações que
há um(a): surtiriam os melhores efeitos para minimizar este tipo de
impacto ambiental.
A) apropriação indireta dos recursos hídricos pelos países
centrais à medida que se demanda dos países perifé- A) Planejamento urbano, controle na emissão de
ricos a exportação de bens estratégicos. dejetos em cursos hídricos, fiscalização pelos órgãos
B) transferência de setores produtivos dispendiosos de competentes e ampliação de programas de educação
água como forma de aliviar o estresse hídrico de áreas ambiental.
de alta densidade informacional. B) Realocação de cidades para regiões distantes dos
C) ascensão do valor das commodities nas principais bolsas maiores cursos hídricos e Fiscalização Ambiental.
de valores devido à relação entre gasto hídrico e preço C) Planejamento urbano e intensificação da industriali-
de custo. zação nas áreas ribeirinhas.
D) ameaça social na configuração econômica contempo- D) Ampliação da educação ambiental, fiscalização de
rânea, caso ocorra a desvinculação da água enquanto órgãos competentes e a prática de atividade agrope-
direito humano. cuária intensiva.
E) ampliação da escassez hídrica na subperiferia mundial E) Planejamento urbano e ampliação da captação de
pela necessidade de revenda de produtos do setor água destinada ao consumo doméstico, agropecuária
primário. e atividade industrial.
03 (OLIVEIRA F. J. S. 2013 – MOD. ENEM – H30) Qual a primeira
coisa quem vem à mente quando você lê a palavra fóssil?
Não só na sua, mas na cabeça de todo mundo se materia-
liza aquele pedaço de osso enterrado há milhares (milhões
TEXTO PARA AS QUESTÕES 01 E 02 até) de anos e, quando descobertos, se tornam grandes
fatos científicos e históricos, tornando possível compre-
ender o mundo de hoje. Mas imagine como seriam os
POLUIÇÃO NA BACIA DO RIO DOCE OBRIGA fósseis deixados por nós para serem descobertos por uma
MUNICÍPIOS RIBEIRINHOS A BUSCAR sociedade mais evoluída daqui a 10 mil anos? O artista
ALTERNATIVAS DE CAPTAÇÃO Christopher Locke criou, a partir de peças usadas, sua visão
de como será a arqueologia no futuro.
Governador Valadares, o maior deles, está refém da proli-
feração de cianobactérias que envenenam a água.
Governador Valadares, João Monlevade, São Gonçalo do Rio
Abaixo e Ferros – São 202 municípios em Minas e 26 no Espírito
Santo, em 83,4 mil quilômetros quadrados banhados por um
emaranhado de córregos, ribeirões e rios. Uma dádiva natural
com quase três vezes o tamanho da Bélgica. Mas nem mesmo
a imensidão foi capaz de impedir que a bacia do Rio Doce se
transformasse numa vastidão de águas amargas e malcheirosas.
Disponível em: <http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/
2012/07/10/interna_gerais,305145/poluicao-na-bacia-do-rio-doce-
obriga-municipios-ribeirinhos-a-buscar-alternativas-de-captacao.shtml>

01 (ALBUQUERQUE M. C. S 2013 – MOD. ENEM – H30) A


situação do Rio Doce é bastante comum no mundo inteiro,
principalmente em rios que cortam grandes concentrações
urbanas. Estes importantes cursos d’água vêm sofrendo
diversos impactos, relacionados principalmente a ocupação
desordenada de áreas ribeirinhas urbanas, dos quais Disponível em: <http://www.putsgrilo.com/curiosidades/
destacam-se: fotos-fosseis-do-nosso-tempo/> Acesso em: 03 Set.2013.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


38 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 38 22/07/2014 17:06:41


Considerando informações do texto e das imagens criadas Com base nas informações fornecidas e em conhecimentos
pelo artista Christopher Locke, por que, possivelmente, sobre a dinâmica do lixo sólido no Brasil, é correto afirmar
deixaremos poucos ‘fósseis’ interessantes no futuro? Tal que a coleta seletiva:
fato é devido ao (a):
A) mais do que dobrou de 2006 a 2008, devido ao surgi-
A) modo de vida capitalista ocidental e a utilização de mento de usinas de compostagem, sendo as regiões
tecnologias limpas. Sul e Norte as mais atendidas em 2010.
B) ritmo acelerado dos avanços tecnológicos e do consumo B) dobrou de 2004 a 2006, devido ao crescimento de
descontrolado. cooperativas de catadores de lixo, sendo as regiões
C) velocidade dos avanços nos meios de transporte e da Sudeste e Centro-Oeste as mais atendidas em 2010.
sociedade sustentável. C) mais do que quintuplicou de 1994 a 2010, devido à
D) consumo desenfreado de bens de base como produtos possibilidade de reciclagem de vários materiais, sendo
da informática e da telecomunicação. as regiões Sul e Sudeste as mais atendidas em 2010.
E) consumo de produtos reciclados, provenientes do modo D) triplicou de 1994 a 1999, devido à rígida Política
de vida sustentável dominante atual.
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sendo as regiões
04 (ENEM 2009 – H30) No presente, observa-se crescente Sul e Sudeste as mais atendidas em 2010.
atenção aos efeitos da atividade humana, em diferentes E) dobrou de 1994 a 2004, devido à instalação de coope-
áreas, sobre o meio ambiente, sendo constante, nos fóruns rativas de reciclagem, sendo as regiões Sul e Nordeste
internacionais e nas instâncias nacionais, a referência à as mais atendidas em 2010.
sustentabilidade como princípio orientador de ações e
propostas que deles emanam. 06 (UFPR 2012 – MOD. ENEM – H30) Em 18 de julho de 2000,
foi publicada a lei 9.985, que instituiu o Sistema Nacional
A sustentabilidade explica-se pela: de Unidades de Conservação da Natureza. De acordo com
A) incapacidade de se manter uma atividade econômica ao essa lei, Unidade de Conservação:
longo do tempo sem causar danos ao meio ambiente. A) é o espaço territorial situado nas margens de rios e
B) incompatibilidade entre crescimento econômico acele- lagos, cuja abrangência de proteção depende da largura
rado e preservação de recursos naturais e de fontes não de cada corpo hídrico e da declividade do terreno loca-
renováveis de energia. lizado às margens desses corpos.
C) interação de todas as dimensões do bem-estar humano B) é o espaço territorial situado em topos de serras, monta-
com o crescimento econômico, sem a preocupação nhas e outras formações cujo relevo exige garantias
com a conservação dos recursos naturais que estivera legais de proteção.
presente desde a Antiguidade. C) são as áreas frágeis situadas em biomas bastante degra-
D) proteção da biodiversidade em face das ameaças de dados, a exemplo da floresta Atlântica, cujo pouco que
destruição que sofrem as florestas tropicais devido ao restou precisa ser conservado.
avanço de atividades como a mineração, a monocultura, D) é o espaço territorial e seus recursos, com caracterís-
o tráfico de madeira e de espécies selvagens. ticas naturais relevantes, instituídos pelo poder público
E) necessidade de se satisfazer as demandas atuais com objetivos e limites definidos, ao qual se aplicam
colocadas pelo desenvolvimento sem comprometer
garantias de proteção.
a capacidade de as gerações futuras atenderem suas
E) são as áreas de propriedade pública, como Parques,
próprias necessidades nos campos econômico, social e
Estações Ecológicas, Áreas de Proteção Ambiental,
ambiental.
Florestas Nacionais e Reservas de Desenvolvimento
05 (UNESP 2013 – MOD. ENEM – H30) Analise os gráficos. Sustentável, entre outras, nas quais a extração de
recursos é proibida.
Municípios com coleta seletiva de lixo sólido no Brasil
07 (OLIVEIRA F. J. S. 2013 – MOD. ENEM – H30) Na formação
443 das Unidades de Conservação (UCs), presentes no território
405
brasileiro, foram definidos dois grupos: as Unidades de
327
Proteção Integral e as Unidades de Conservação de Uso
237 Sustentável.
192
A respeito dos objetivos das UCs e de cada unidade, pode-se
135
81 afirmar corretamente que:
A) as Unidades de Conservação (UCs) foram legalmente
instituídas pelo poder público, com objetivos de conser-
1994 1999 2002 2004 2006 2008 2010
vação e exploração econômica.
B) as Unidades de Proteção Integral têm como objetivo
Percentual do total dos 443 municípios brasileiros, por região,
geral a conservação da biodiversidade e a realização de
que mantêm coleta seletiva de lixo sólido, 2010
pesquisas científicas e lazer.
1% C) as Unidades de Conservação de Uso Sustentável têm
3%
Norte como objetivo geral compatibilizar a conservação da
10% natureza, com o uso sustentável de parcelas de seus
Centro-Oeste
recursos naturais.
Sudeste
36% 50% D) as Unidades de Proteção Integral têm como objetivo
Sul geral a conservação integral dos recursos naturais.
Nordeste E) as Unidades de Conservação de Uso Sustentável têm
como objetivo geral compatibilizar a preservação da
Disponível em: <www.cempre.org.br> (Adaptado). natureza e a não utilização direta dos recursos naturais.

Ciências Humanas e suas Tecnologias


CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04
39

AP 2014 CH VI V4.indd 39 22/07/2014 17:06:42


08 (PUC RJ 2010 – MOD. ENEM – H27) 09 (ALBUQUERQUE M. C. S. 2013 – MOD. ENEM – H26) De
acordo com o texto e o mapa entre agosto de 2012 e junho
de 2013:
A) ocorreu aumento no ritmo do desmatamento em todos
os estados da região.
B) o estado do Amazonas e o do Pará tiveram maior área
desmatada no período retratado.
C) o desmatamento no estado do Mato Grosso foi 93%
maior no ano de 2012 do que no ano de 2013.
D) não houve nenhuma área desmatada nos estados do
Acre e de Roraima.
E) em média, o desmatamento na Amazônia mais que
dobrou, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Disponível em:
<www.politicalcartoons.com> 10 (ALBUQUERQUE M. C. S. 2013 – MOD ENEM – H30) São,
respectivamente, causa e consequência do desmatamento
Um problema ambiental e seu efeito sobre a Terra, dire-
tamente relacionados à charge, estão corretamente apre- retratado pela reportagem:
sentados na opção: A) exploração madeireira e extinção de fauna e flora.
A) A destruição da camada de ozônio pelo despejo de B) exposição do solo à erosão e assoreamento dos rios.
resíduos de CFC nos mares, rios e lagos promove a C) alteração climática e expansão agropecuária.
contaminação das águas, a perda da biodiversidade e D) formação de ilhas de calor e expansão urbana.
alterações na dinâmica das massas de ar. E) Redução dos solos permeáveis e expansão agrícola.
B) O acúmulo de enxofre e metano pela fertilização dos
solos e a expansão das queimadas contaminam os
lençóis freáticos, provocando a alteração do ecossis-
tema de rios, lagos e mares e a destruição de florestas.
C) A intensificação do efeito estufa, decorrente da queima
de combustíveis fósseis pelas indústrias, resulta em
efeitos sobre a dinâmica das chuvas e dos ventos, além BLOCO 01
de alterar os níveis dos oceanos e extinguir espécies. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D) A formação de Ilhas de calor, como decorrência do C A C D E D A D D A
acúmulo de energia nas superfícies impermeabilizadas,
reduz os efeitos da radiação solar sobre a superfície
terrestre e aumenta gradativamente a umidade relativa
do ar. BLOCO 02
E) O aumento no uso de produtos químicos destinados
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
a melhorar a produtividade da agricultura resulta C B B C E B D B B C
na contaminação do solo, poluição dos mananciais
de água e alteração da cadeia alimentar de pragas e
predadores.
TEXTO PARA AS QUESTÕES 09 E 10 BLOCO 03
Desmatamento na Amazônia está em alta, indica ONG. Mais 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
um sistema de monitoramento indica que o desmatamento na C A A D D D D A B E
Amazônia pode ter voltado a subir. A ONG Imazon (Instituto
do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia) viu aumento de
103% no acumulado entre agosto de 2012 e junho de 2013,
em comparação com o mesmo período do ano anterior. BLOCO 04
TENDÊNCIA DE ALTA 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
Variação do desmate entre agosto de 2012 e B C C E D B B A A A
junho de 2013 em relação ao período anterior

BLOCO 05
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
B C A A B B D D B D

BLOCO 06
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D D D D A E C E B C

DE OLHO NA REVISÃO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2013/07/1312686- C A B E C D C C E A
-desmatamento-na-amazonia-esta-em-alta-indica-ong.shtml>

Ciências Humanas e suas Tecnologias


40 CIÊNCIAS HUMANAS VI – Volume 04

AP 2014 CH VI V4.indd 40 22/07/2014 17:06:42


Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, seja eletrônico,
mecânico ou qualquer outro, sem a autorização prévia, por escrito, da editora.

Direção Editorial: Clayton Lima


Gerência Editorial: Lourdes Amaral
Autoria: Maria Cristina Sousa de Albuquerque e
Francisco José dos Santos Oliveira
Revisão Pedagógica: Franzé Oliveira
Coordenação de Produção: Irapuan Moreira
Coordenação de Revisão: Adriana Josino e Tatyanne Pereira
Projeto Gráfico e Capas: Rodrido Enéas e Edwaldo Junior
Imagem da Capa: Wikipedia
Pesquisa Iconográfica: Solange Gomes
Ilustração: Raphael Sampaio
Editoração Eletrônica: Rachel Luzia
Revisão Editorial: Camilla Nara
Impressão: Gráfica e Editora Tiprogresso

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Bibliotecária: Camila Stela Pereira Nunes CRB 3ª Região 861

O48 Albuquerque, Maria Cristina Sousa de.


Ciências Humanas VI / – Maria Cristina Sousa de Albuquerque e
Francisco José dos Santos Oliveira. – Fortaleza: Smile Editorial, 2014.
4 v. ; 40 p. – (Coleção Pré-Universitário em Fascículos, 171)

Obra em fascículos.
ISBN 978-85-8002-881-2

1. Ciências Humanas VI. Título.

CDD 500

Índice para catálogo sistemático:


1. Ciências Humanas 500

Ano 2014

Neste Volume

CAPÍTULO 08
Os Domínios Naturais e a Relação do Ser Humano com o Ambiente
Bacias Hidrográficas e seus Aproveitamentos .......................................................................................... 01

CAPÍTULO 09
Os Domínios Naturais e a Relação do Ser Humano com o Ambiente
A Nova Ordem Ambiental Internacional; Políticas Territoriais Ambientais; Uso e Conservação dos Recursos
Naturais; Unidades de Conservação; Corredores Ecológicos; Zoneamento Ecológico e Econômico ............... 09

CAPÍTULO 10
Os Domínios Naturais e a Relação do Ser Humano com o Ambiente
As Questões Ambientais Contemporâneas; Mudança Climática, Ilhas de Calor, Efeito Estufa, Chuva ˘cida,
Destruição da Camada de Ozônio ........................................................................................................ 21

Smile Editorial
Rua Pereira Filgueiras, 15 ă Salas de 101 a 108 e 201
CEP: 60.160-150 ă Fortaleza ă Ceará ă Brasil
smile@smileeditorial.com.br

AP 2014 CH VI CAPA V4.indd 61 22/07/2014 16:59:03


AP 2014 CH VI CAPA V4.indd 1 22/07/2014 16:58:51

Você também pode gostar