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O que acontece em Belém não fica em Belém.

Um estudo sobre o Natal.

Quarta formação - Salvação - 19/12/2021

Ajuda Angelical

“Apareceu-lhe então um anjo do Senhor, em pé, à direita do altar do


perfume. Vendo-o, Zacarias ficou perturbado, e o temor assaltou-o.”
(Lc 1, 11-12)

Quando o anjo aparece a Zacarias, ele não fica satisfeito e ousa


questionar a veracidade daquela vinda do mensageiro de Deus e, com
isso, acaba questionando a credibilidade também da mensagem. Com
isso, o Anjo Gabriel o deixa surdo e mudo.

Posteriormente, o Anjo Gabriel vai até Maria e ela somente pergunta


como se fará tudo aquilo. Perguntando o que ela precisa fazer para que
aquilo ocorra. Ela acredita no Anjo e aceita a mensagem.

Também na perturbação de São José, o Anjo aparece em seu sonho,


consolando-o e revelando que o bebê era o Salvador e como deveria se
chamar. Em seguida, informam a São José também da perseguição de
Herodes, fazendo a Sagrada Família fugir para o Egito. E também
avisa-o quando não há mais perigo e traz a mensagem de que é
chegado o tempo da volta da Sagrada Família para Nazaré.

Através de Anjos, também os pastores, são informados sobre o


nascimento de Jesus. E além da sua missão de mensageiros, também
adoram e glorificam a Deus, pela vinda do Cristo.

Há então uma urgência que Deus se realiza para comunicar-se com o


homem através dos Anjos. E essa ajuda divina alcança até mesmo o
Cristo em sua vida adulta, após seu período de tentação no deserto.
“Com isso, o diabo o deixou. E os anjos de Deus se aproximaram e
puseram-se a servi-lo.”
(Mt 4, 11).

Isso nos mostra o quanto necessitados nós somos da ajuda angelical.


Pois se São José, Santa Maria e o Nosso Senhor Jesus Cristo; foram
auxiliados por eles. Como seríamos capazes de assumir que não
precisamos dessa ajuda divina, através dos Santos Anjos?

Pastores

Diante dessa realidade dos Anjos que trazem a mensagem de Deus ao


homem, existe a aparição aos pastores de Belém. Por que Deus
escolheu os pastores para serem avisados? Diante de tantas pessoas
“capacitadas” e conhecedoras da sua Lei, por que escolher os pastores?

Os pastores já não eram vistos como os mais próximos de agradarem a


Deus, porque eles passavam o dia todo em seu serviço; então não
tinham tempo para executar todas as leis dos judeus.

Naquela época, a expectativa de quem estaria agindo de maneira mais


agradável a Deus eram os políticos e líderes religiosos. Porque eles
tinham disponibilidade de tempo para viver em conformidade com cada
lei detalhada. Portanto, acreditava-se que somente os ricos seriam
salvos. Isso fica ainda mais na passagem:

“‘E vos digo ainda: é mais fácil o camelo entrar pelo buraco da agulha do
que o rico entrar no Reino de Deus’. Ao ouvirem isso, os discípulos
ficaram muito espantados e disseram: ‘Quem poderá então
salvar-se?’”
(Mt 19, 24-25).
Então o fato de Deus convidar os pastores para vivenciarem a
experiência da manjedoura fala de um amor específico que o Pai tem
com essa analogia dos pastores. Isso pode ser observado durante toda
as Escrituras:

- A Torá já identificava Abel, o pastor, como sendo a parte justa e íntegra


de sua geração.
- Abraão viveu como nômade, vagando com seu rebanho de Ur da
Caldeia às terras que Deus lhe havia prometido.
- Jacó conversava com um grupo de pastores quando viu Raquel, sua
amada (Gn 29, 1).
- Ao nobre José foi designada a atividade pastoral (Gn 37, 2).
- O traço pastoral protegeu os hebreus dos egípcios, que tinham
aversão ao pastoreio (Gn 46, 34).
- Gênesis termina com Jacó abençoando seus filhos e se refere a Deus
como Pastor (Gn 49, 24).
- Moisés cuidava do rebanho quando foi chamado (Ex 3, 1).
- A jornada no êxodo (Num 14, 33).
- Davi continuou cuidando das ovelhas mesmo depois de ascender (1
Sam 17, 15).
- Quando Davi iria tornar-se rei (2 Sam 5, 2).
- Davi exalta a Deus como pastor (Salmo 22, 1-3).
- Davi diz que a salvação vem envolta do bom pastoreio de Deus (Sal
27, 9).
- A promessa de Deus (Jer 3, 15).
- Ezequiel fala do Bom Pastor (Ez 37, 24).
- Jesus se apresenta como pastor e afirma até que é o Bom Pastor (Jo
10, 11-14).

A notícia de sua chegada seria ouvida primeiro nas pastagens dos


companheiros de profissão de Davi; em seguida, se espalharia pelo
mundo como alegria.
Scott Hahn, A alegria do mundo - como a vinda de Cristo mudou tudo (e continua
mudando), Quadrante, São Paulo, 2018, pág. 130.
Cidade de Belém

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