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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

CAMPUS MATA NORTE

NATALÍ RODRIGUES DA SILVA

TIPOS DE DESCONTINUIDADE E MONOTONICIDADE DE FUNÇÕES:

DEFINIÇÕES E EXEMPLOS

Nazaré da Mata
2021
NATALÍ RODRIGUES DA SILVA

TIPOS DE DESCONTINUIDADE E MONOTONICIDADE DE FUNÇÕES:

DEFINIÇÕES E EXEMPLOS

Trabalho de pesquisa do curso de Licenciatura

em Matemática da Universidade de Pernambuco-

Campus Mata Norte, apresentado ao professor

José de Brito, com requisito parcial para apro-

vação na disciplina de Análise Real II

Orientador: José de Brito

Nazaré da Mata
2021
Introdução

O presente trabalho aborda os tipos de descontinuidade de uma função, mas antes disso, apresentaremos a
definição do conceito de continuidade, para fins de organização.

1.1 Definição de Continuidade


Definição 1.1.1 (Definição Formal)

Sejam um conjunto e uma função. Dizemos que é contínua no ponto , quando, para
todo real dado de forma arbitrária, conseguimos achar um real tal que, um elemento e
impliquem em . Dessa forma, para a função ser contínua no ponto
. Temos ainda simbolicamente:

Exemplo 1.1.1 Provemos formalmente que a função é contínua em .

Solução:

Inicialmente, obtém-se que . Pela definição formal de continuidade, tome , pois:

Dessa forma, dado um ε > 0, existe δ = tal que se então .

1.2 Definição de Descontinuidade


Definição 1.2.1 (Definição usual) Uma função é dita descontínua no ponto quando não é
contínua nesse ponto.

Definição 1.2.1 (Definição formal) Uma função ser descontínua no ponto , significa dizer
que, existe um real com a seguinte propriedade: para todo pode-se encontar tal que
e| | . Ou, em termos simbólicos, temos:

Exemplo 1.2.1

Observe as imagens abaixo:


As funções e não são contínuas em pois não existe e não pertecente ao
domínio da função .

Existem alguns casos especiais de descontinuidade e falaremos a respeito no tópico a seguir.

1.3 Tipos de Descontinuidade


1.3.1 Descontinuidade evitável ou removível (1° espécie)

Definição 1.3.1 (Descontinuidade Evitável) Uma função apresenta descontinuidade evitável em , se


existe o limite finito de quando tende a e este é diferente de , ou seja,

Esse tipo de descontinuidade é dita evitável ou removível, pois, uma vez redefinindo o valor da função no
ponto , de tal forma que , pode-se evitar e/ou remover a descontinuidade nesse ponto.

Exemplo 1.3.1 Seja verifique se é uma descontinuidade

evitável de .

Solução:

Inicialmente, tem-se que e . Além disso, temos que

Dessa forma, . Logo, tem uma descontinuidade evitável em .

Obsereve a imagem abaixo:


1.3.2 Descontinuidade Essencial (2° espécie)

Definição 1.3.2 (Descontinuidade essencial) Uma função apresenta descontinuidade essencial no ponto
se não existe o limite finito de quando . Em símbolos,

Exemplo 1.3.2 Considere a função Determine se é contínua em .

Caso contrário, classifique a descontinuidade.

Solução :

A função é definida por partes, por isso para calcular é necessário calcular os limites laterais.

O limite lateral à direita de é

O limite lateral à esquerda é


Como podemos ver, , não é contínua em . A descontinuidade é do tipo é do tipo
essencial, pois não existe.

Veja a imagem da função :

Definição 1.3.3 (Definição Usual) Podemos ainda falar em descontinuidade dada por salto, onde acontece
quando o gráfico da função sofre uma grande variação (ruptura) quando .

Exemplo 1.3.3 Considere a função . Vejamos o seu gráfico:


2.1 Monotonicidade de funções
Definição 2.1.1 ( Definição de Monotonicidade de uma função) Sejam um conjunto e
uma função. Dizemos que é monótona em , quando é estritamente crescente, decrescente ou ainda
monótona não-decrescente ou monótona não-crescente nesse conjunto.

Definição 2.2.1 (Função crescente) Dizemos que uma função é crescente em se

Exemplo 2.1.1 Observe o exemplo ilustrado na imagem abaixo

Definição 2.3.1 ( Função Descrescente) Diz-se que uma função é descrescente em , se

Exemplo 2.2.1 Observe o exemplo ilustrado na imagem abaixo


Definição 2.4.1(Função Monótona Não-descrecente) Diz-se que uma função é monótona não-
decrescente em se

Exemplo 2.3.1 Observe o exemplo ilustrado na imagem abaixo

Definição 2.5.1 ( Função Monótona Não-crescente) Dizemos que uma função é monótona
não-crescente em se

Exemplo 2.4.1 Observe o exemplo ilustrado na imagem abaixo


Referências

BORTOLOSSI, Humberto José. Pré-cálculo. Departamento de matemática aplicada Universidade Federal


Fluminense. Parte3.

RODRIGUEZ, Bárbara Denicol do Amaral;MENEGHETTI, Cinthya Maria Schneider; POFFAL, Cristiana


Andrade. Continuidade de funções reais em uma variável. Universidade Federal do Rio Grande -FURG.
2016.

LIMA, Elon Lages. Análise Real, vol.1, 8a. edição, Coleção Matemática Universitária, IMPA, 2004.

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