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TRABALHO DE DIREITOS HUMANOS

TEMA: INCLUSÃO DO IDOSO

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos


Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos:

III - a dignidade da pessoa humana;

Isto posto, vale frisar que a constituição cidadã, de 1978, destina-se


principalmente a tutela de interesses individuais, individuais homogêneos,
coletivos e sobretudo os difusos que é o caso dos interesses dos idosos, nos
termos do artigo 5° da CF, e o art. 81 da lei 8.078/90.

Assim posto, é atribuição constitucional a fomentação e a proteção, também


e preferencialmente aos idosos os direitos sociais que se seguem:

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a


moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.

Desta forma, como se ver a constituição, como expiradora do ordenamento


jurídico, vale citar a constituição federal, o direito supralegal e a legislação
infraconstitucional nos termos em que se ver no art. 59 da CF, permeados pelo
princípio da dignidade humana.

Posto isso, em relação ao idoso, conforme definição expressa no artigo 1° da


lei 10.741/03, abarca, este entendimento, quando prever o que se ver o art. 229
da CF, senão vejamos:
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e
os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência
ou enfermidade.

O maior em referência, em princípio, refere-se aos quais tem acessado a


menor idade nos termos do art. 5° da lei 10.406/02.

Bem como:

Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as


pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua
dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.

Vale dizer, que a referência “direito a vida” aponta para a obrigação do estado
em relação aos idosos que é a obrigação da garantia a inviolabilidade ao direito
a vida, em sentido amplo, bem como o é, na inviolabilidade aos direitos, a
igualdade, a liberdade, a segurança e a propriedade, como determina a norma
constitucional do art. 5°, caput, da CF, com base no que prescreve o mesmo art.
5° no seu inciso II, quando prever “ ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei;”.

À luz do que supra exposto:

Vale esclarecer a definição do conceito de idoso conforme previsão do art. 1° da


lei 10.741/03, como se ver:

Art. 1o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos


assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

Vale frisar que, a referida idade anotada neste art. 1°, combinada com, o que
prever o art. 8°, ambas da lei 10.741/03, acarretou um novo limite máximo de até
80 (oitenta anos), assim se deu; em virtude de alteração pela lei 13.466/17, que
criou um novo limite etário quanto a prioridades para os idosos acima de 80 anos
(oitenta anos) de idade, restando assim duas faixas etárias de idosos, em
análises quanto as prioridades, melhor dizendo, uma de 60 (sessenta) a 80
(oitenta) e outra acima de 80 (oitenta) anos de idade.
Neste passo, com base no acima exposto, vale a análise sobre os direitos a
serem garantidos em relação aos idosos, vejamos:

Título II – Os direitos fundamentais do idoso.

Quais são os direitos do idoso?

Na previsão do art. 8°, da lei 10.741/03, recentemente alterada pela lei N°


13.466/17

Art. 8° O envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito


social, nos termos desta Lei e da legislação vigente.

Art. 9° É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à


saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um
envelhecimento saudável e em condições de dignidade.

Vale lembrar o que acima exposto em relação a obrigação do Estado, a ser


dispensadas aos idosos, conforme preconiza o art. 5°, caput, como garantidor
da inviolabilidade aos direitos à vida (Cap. I – vale frisar que este direito refere-
se de forma genérica, uma vez que é constituído por vários outros direitos, por
exemplo, o direito a saúde, conforme preveem os art. 6° e 196° da CF, bem como
também, por exemplo, a lei 8.080/90, lei do SUS, também lei 11.445/07, lei do
saneamento básico, bem como, a lei 9.433/97, entre outras, bem como, no art.
15° da lei 10.741/03) à igualdade, à liberdade (Cap. II – vale dizer que a lei refere-
se, da mesma forma, sobre o respeito e a dignidade, conforme determinação
constitucional do art. 1°, inciso III, da CF) a segurança e à propriedade.

Ainda, sobre os direitos do idoso, a lei 10.741/03, no art. 11°, prever:

Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da lei civil.

Ademais, vale dizer que também deve ser o Estado e a sociedade os


garantidores dos direitos: à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer, conforme
se ver nos art. 205, 215, 217 e 217 § 3°, todos da CF, conforme prever a lei
10.471/03:
Art. 20. O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões,
espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade.

Em prosseguimento também a lei 10.471/03, conforme determina a CF, no art.


5° inciso XIII, como fator de incentivo a dignidade humana, a profissionalização,
como se ver: Art. 26. O idoso tem direito ao exercício de atividade profissional,
respeitadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas.

Ao mesmo tempo, a lei 10.741/03, prever, conforme norma constitucional e


infralegal, constante nos arts. 6° e 201°, da CF, também, nas leis 8.212/91, lei
de custeio da seguridade social, e 8.213/91, leis de benefícios da previdência
social, como garantidor da inviolabilidade dos direitos, que se seguem:

Art. 29. Os benefícios de aposentadoria e pensão do Regime Geral da


Previdência Social observarão, na sua concessão, critérios de cálculo que
preservem o valor real dos salários sobre os quais incidiram contribuição, nos
termos da legislação vigente.

Título III – As medidas de proteção ao idoso.

Quais são as medidas?

Art. 43. As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis sempre que os


direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:

I – Por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;

II – Por falta, omissão ou abuso da família, curador ou entidade de


atendimento;

III – em razão de sua condição pessoal.

Conforme o que prever o Cap. I a respeito das medidas específicas de proteção


ao Idoso, analisamos os arts. 44 e 45, incisos I, II, III, IV, V e VI, da lei 10.471/03.

Art. 44. As medidas de proteção ao idoso previstas nesta Lei poderão ser
aplicadas, isolada ou cumulativamente, e levarão em conta os fins sociais a
que se destinam e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
Art. 45. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 43, o Ministério
Público ou o Poder Judiciário, a requerimento daquele, poderá determinar,
dentre outras, as seguintes medidas:

I – Encaminhamento à família ou curador, mediante termo de


responsabilidade;

II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;

III – requisição para tratamento de sua saúde, em regime ambulatorial,


hospitalar ou domiciliar;

IV – Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e


tratamento a usuários dependentes de drogas lícitas ou ilícitas, ao próprio
idoso ou à pessoa de sua convivência que lhe cause perturbação;

V – Abrigo em entidade;

VI – Abrigo temporário.

Título IV - As Políticas de Atendimento ao Idoso.

Nos arts. 46 e 47, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII, da lei 10.471/03, que fala sobre
as disposições gerais da política de atendimento ao idoso, podemos conferir a
seguir o que prever os respectivos artigos.

Art. 46. A política de atendimento ao idoso far-se-á por meio do conjunto


articulado de ações governamentais e não-governamentais da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Art. 47. São linhas de ação da política de atendimento:

I – Políticas sociais básicas, previstas na Lei no 8.842, de 4 de janeiro de


1994;

II – políticas e programas de assistência social, em caráter supletivo, para


aqueles que necessitarem;

III – serviços especiais de prevenção e atendimento às vítimas de


negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão;

IV – Serviço de identificação e localização de parentes ou responsáveis


por idosos abandonados em hospitais e instituições de longa permanência;
V – Proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos dos
idosos;

VI – Mobilização da opinião pública no sentido da participação dos


diversos segmentos da sociedade no atendimento do idoso.

Ainda sobre as políticas de atendimento ao idoso, o cap. II, relata sobre as


entidades de atendimento ao idoso, nos arts. 48, 49, 50, e 51 e seus incisos,
vejamos a seguir o que prever o art. 48 da lei 10.471/03 e o seu parágrafo único:

Art. 48. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das


próprias unidades, observadas as normas de planejamento e execução
emanadas do órgão competente da Política Nacional do Idoso, conforme a Lei
no 8.842, de 1994.

Parágrafo único. As entidades governamentais e não-governamentais de


assistência ao idoso ficam sujeitas à inscrição de seus programas, junto ao
órgão competente da Vigilância Sanitária e Conselho Municipal da Pessoa
Idosa, e em sua falta, junto ao Conselho Estadual ou Nacional da Pessoa
Idosa, especificando os regimes de atendimento, observados os seguintes
requisitos:

Título V – O acesso do idoso a justiça.

Sobre o acesso à justiça, conforme o cap. I, das disposições gerais, vejamos o


que prever os arts. 69,79, 71, parágrafos do 1° ao 5° da lei 10.471/03.

Art. 69. Aplica-se, subsidiariamente, às disposições deste Capítulo, o


procedimento sumário previsto no Código de Processo Civil, naquilo que não
contrarie os prazos previstos nesta Lei.

Art. 70. O Poder Público poderá criar varas especializadas e exclusivas do


idoso.

Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos processos e


procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure
como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos, em qualquer instância.

§ 1o O interessado na obtenção da prioridade a que alude este artigo,


fazendo prova de sua idade, requererá o benefício à autoridade judiciária
competente para decidir o feito, que determinará as providências a serem
cumpridas, anotando-se essa circunstância em local visível nos autos do
processo.

§ 2o A prioridade não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se


em favor do cônjuge supérstite, companheiro ou companheira, com união
estável, maior de 60 (sessenta) anos.

§ 3o A prioridade se estende aos processos e procedimentos na


Administração Pública, empresas prestadoras de serviços públicos e
instituições financeiras, ao atendimento preferencial junto à Defensoria Pública
da União, dos Estados e do Distrito Federal em relação aos Serviços de
Assistência Judiciária.

§ 4o Para o atendimento prioritário será garantido ao idoso o fácil acesso


aos assentos e caixas, identificados com a destinação a idosos em local visível
e caracteres legíveis.

§ 5º Dentre os processos de idosos, dar-se-á prioridade especial aos


maiores de oitenta anos. (Incluído pela Lei nº 13.466, de 2017).

Título VI – Os crimes contra o idoso.

Disposições gerais:

Art. 93. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as disposições da Lei


no 7.347, de 24 de julho de 1985.

Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena máxima privativa de
liberdade não ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto
na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que
couber, as disposições do Código Penal e do Código de Processo
Penal. (Vide ADI 3.096-5 - STF)

Os arts. 93 à 108, nos relata a respeitos dos crimes previstos contra idosos, tais
como: crimes em espécies, como por exemplo: discriminar pessoas idosas,
impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancarias, aos meios de
transportes, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento
necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade, poderá sofrer pena
de reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa, conforme previstos no art.
96 da lei 10.471/03

Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, menosprezar ou


discriminar pessoa idosa, por qualquer motivo. A pena será aumentada de 1/3
(um terço) se a vítima se encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do
agente. De acordo com os parágrafos 1° e 2° do art. 96, da lei 10.471/03

Título VII:

Lei 10.741/03, no seu art. 109, em função da competência prevista no art. 127,
da CF, valendo dizer que o parquet, é o titular, especificamente nas ações ou
omissões, típicas, antijurídicas e culpáveis, que geram dano para a sociedade,
o titular da ação penal, conforme prever o art. 129, inciso I, da CF.

Nesta esteira, a lei 10.741/03, prever o que segue:

Impedir ou embaraçar ato do representante do Ministério Público ou de


qualquer outro agente fiscalizador:

Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.


Trabalho de Direitos Humanos

Tema: Inclusão do Idoso

Faculdade Pitágoras – Direito – 1° período

Professor: Paulo

Integrantes:

James Vieira da Silva

João Oliveira da Silva

Joelson Oliveira da Silva

Roosembergt Maykel dos Santos Barbosa

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