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A Revolução Americana:
Motivos que conduziram os povos dos primeiros Estados independentes na América à revolta
contra a Inglaterra:
Os conflitos entre as colónias americanas e a Inglaterra intensificaram-se após a guerra dos 7 anos,
uma vez que o governo inglês na tentativa de recuperar as suas finanças tomou um conjunto de
medidas que provocaram um sentimento de revolta entre as colónias. Entre essas medidas está o
aumento dos impostos sobre o selo (que levou a que em alguns jornais estivesse presente uma
caveira, que substituía a símbolo de imposto de selo. Como geralmente a caveira está associada à
morte os editores dos jornais pretendiam criticar o lançamento de mais um imposto por parte da
Inglaterra sobre as colónias americanas), o chá, o açúcar, vidro, chumbo, papel e outros produtos
coloniais. As colónias inglesas foram ainda obrigadas a suportar despesas militares da Inglaterra na
América e viram recusado o pedido de representantes no parlamento britânico. Estes motivos de
descontentamento aliados à difusão das ideias iluministas e liberalistas, iram contribuir para o
crescimento do sentimento de revolta entre os colonos americanos.
De que forma o regime político adotado pelo Estado Americano, após a revolução é coerente
com os princípios defendidos na Declaração da Independência:
É coerente, no sentido em que a aplicação dos princípios iluministas deu origem à criação de uma
republica federal, associado de forma livre todos os Estados americanos. Deste modo, através da
constituição definiram-se os direitos e os deveres essenciais de todos os cidadãos. No entanto o
princípio da igualdade e da soberania popular nem sempre foi respeitado, porque a escravatura era
legal e o direito de voto não era extensível a todos os cidadãos.
A Revolução Francesa:
- Os maus anos agrícolas: Originaram uma profunda crise cerealífera, uma crise na produção de
vinhos e na criação de gado.
- A crise comercial e industrial: Deve-se às guerras com Inglaterra, que fizeram com que a França
perde-se muitos das suas colónias na América e até no Oriente (Ásia). Este facto irá originar uma
diminuição do comércio externo e consequente contribuir para tornar a balança comercial francesa
deficitária. Por outro lado industria francesa foi afetada por esta crise comercial e registava um
grande atraso nos processos de organização do trabalho e de mecanização levando à falência muitas
fábricas e aumento do desemprego.
- A crise financeira: Devido aos elevados gastos da corte francesa e às despesas de guerra, o
orçamento de estado era deficitário, originando o aumento da dívida pública e a insolvência
financeira. – Défice orçamental: as receitas do estado francês estavam um pouco acima dos 400
milhões de libras enquanto as despesas era muito superiores, 600 milhões, o que foi agravar ainda
mais o défice orçamental e a divida de estado.
A burguesia queixava-se de que, apesar do grande contributo económico, político e cultural que
proporcionava ao estado francês, não possuía um estatuto jurídico semelhante à nobreza e ao clero e
também dos entraves aos seus negócios por parte do rei e da nobreza.
A crise económica e financeira vivida no reinado de Luís XVI (instabilidade dos preços,
diminuição dos salários, aumento do desemprego, aumento da mendicidade e da
marginalidade…) conduziu a um agravamento das tensões sociais deste modo o rei e o seu
governo entenderam que era necessário o lançamento de um novo imposto, aplicado em
condições de igualdade a todos os grupos sociais e que recaísse sobre os rendimentos
fundiários. O rei sabia que a aplicação deste imposto originaria descontentamento por parte das
ordens privilegiadas como tal entendeu que seria necessário ouvir as sugestões dos diversos
grupos sociais e convocou os Estados Gerais.
A nobreza, tal como o clero, manifestava uma forte oposição às medidas que o governo do rei
Luís XVI pretendia aprovar (lançamento do imposto de subvenção territorial, perda de
privilégios) e desta forma opunham-se a qualquer medida que implicasse perda de privilégios.
Esta posição da nobreza irá causar uma grave crise política e conduzirá ao início da revolução
francesa.
O decreto contribuir de forma decisiva para a desagregação do antigo regime em França. Essas
medidas determinaram igualdade fiscal entre as ordens sociais, a anulação de todos os direitos
feudais e privilégios senhoriais, a extinção da dízima eclesiástica. Está assim presente a ideia de
igualdade social, que é uma ideia revolucionária e com consequências extraordinárias para a
sociedade francesa.
A declaração instituiu em França uma nova ordem social e política, baseada nos direitos
individuais e na liberdade de uma das suas ideias chave e de que “todos os homens nascem e
permanecem livres e iguais em direitos”. A constituição tem presente duas ideias fundamentais:
a ideia de liberdade (opinião, associação, propriedade...) e a ideia de igualdade. A declaração
significou o fim da sociedade de ordens e proclamou uma nova ordem política: o liberalismo,
uma vez que defendia que o poder da nação residia no povo e que o rei era apenas o seu
mandatário. Deste modo consagra-se o princípio da separação dos poderes. A constituição de
1791 era um documento mais moderado que procurava estabelecer um compromisso entre os
interesses do rei, das ordens privilegiadas com a nova ordem política e social. Em termos
políticos cria-se a monarquia constitucional, em que a separação dos poderes e o primado da lei
sobre todos os órgãos políticos estão consagrados. No entanto o direito de voto estava limitado
aos que pagassem um determinado imposto (voto censitário), deste modo a soberania nacional
só era exercida por uma minoria da população. Assim a constituição, apesar de acabar com a
sociedade de ordens e defender a igualdade social e política, beneficiou a burguesia que passa a
ter acesso aos cargos políticos e administrativos. A maioria do povo só se conseguiu libertar de
muitas das imposições senhoriais através do pagamento de quantias avultadas em dinheiro. Só
após a morte do rei foram abolidos todos os vestígios do regime feudal.
Os jacobinos criticavam aqueles que continuavam a apoiar o réu Luís XVI, não só a nobreza e
o clero mas também os elementos da burguesia que se aproveitaram do povo para chegar ao
poder, mas que depois oprimiam as classes mais baixas da sociedade. Esta situação aumentou o
descontentamento social que se vivia em França agravou as tensões políticas e ideológicas, a
crise económica e financeira acentuou-se originando revoltas e violência. A França encontrava-
se assim à beira de uma guerra civil e ao mesmo tempo sentia-se a ameaça de uma invasão
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Maria Brasileiro Kiss miguitos fofitos :)
externa por parte das potências absolutistas europeias. Nesta conjuntura perante a inação do rei,
a quem o povo acusava de estar a conspirar contra a revolução que se irá dar um golpe de
estado que irá decretar a prisão da família real, dissolver a assembleia legislativa constituinte
(convenção nacional) encarregada de criar uma nova constituição e um novo regime político: a
república.
Esta lei foi promulgada com objetivo de proteger os mais desfavorecidos, tabelando os preços
dos bens de primeira necessidade. Seguiu numa conjuntura de instabilidade política e social em
que os produtores e os intermediários aproveitavam para aumentar os preços desses bens. Esta
medida juntamente com outras como a uniformização dos preços e medidas, a regularização e
fiscalização económica, a repartição dos impostos e outras medidas de caráter social
transformaram-se num exemplo e numa inspiração para outros governos democráticos.
Nesta data deu-se um golpe de Estado que pôs fim ao governo da Convenção (período do
terror) que tinha posto em prática uma política radical e violenta, que tinha conduzido à morte
de milhares franceses.
Neste período a situação de crise económica e financeira agravou-se ainda mais. A produção
agrícola era insuficiente para a procura que se fazia sentir; o comércio externo decaíra; os
preços subiram após a abolição da “lei do Máximo” e deste modo os bens essenciais não eram
Entre outras medidas pode-se salientar a elaboração de uma nova constituição mais
conservadora e burguesa que irá limitar os direitos de liberdade e igualdade, decretar a
separação entre a igreja e o Estado criando um Estado laico.
O final do Diretório:
Napoleão era um general com grande prestígio devido às inúmeras batalhas que tinha vencido.
Em 1799, quando a França era ameaçada por invasões externas e o governo do Diretório tinha
levado a um impasse negativo, Napoleão irá liderar um golpe de estado que porá fim ao
Diretório e dará origem ao governo do Consulado. Este governo era constituído por 3 cônsules
e Napoleão foi adquirindo um poder cada vez maior, uma vez que devido à sua ação conseguiu
a pacificação interna; a paz com a igreja, através da elaboração de uma concordata; assegurou a
paz externa através da assinatura de acordos com a Áustria e a Inglaterra; criou um novo código
civil; reformou o sistema fiscal e monetário e fundou o primeiro banco de França.
Esta frase pretende salientar que a chegada de Napoleão ao poder pôs fim à instabilidade
política, social e económica que se vivia após a Revolução Francesa. Ao mesmo tempo
Napoleão conseguiu, graças à popularidade que tinha tornar-se imperador pondo fim à
república. A primeira república francesa terminava assim em 1804 e só seria restabelecida,
embora de forma provisória em 1848.
Principais focos revolucionários entre os finais do século XVIII e meados do século XIX:
-As decisões do congresso de Viena tomadas pelas potências absolutistas da Europa que
definiram artificialmente as fronteiras de vários países na Europa, impedindo a afirmação
destes movimentos independentistas.
Movimentos autonomistas:
Movimentos que defendiam uma maior concessão do poder por parte dos governos nacionais a
favor dos governos locais ou regionais. Estas concessões poderiam ser políticas, económicas e
fiscais. (Exemplo: caso americano e espanhol)
Principio que se baseava novo conceito de soberania nacional e defendia a nação como uma
unidade linguística, religiosa e histórico – cultural, que se deveria governar a si própria com
total liberdade: “ A cada povo corresponde uma nação, a cada nação deve corresponder um
novo estado.
Paraguai (1811); Venezuela (1811); Uruguai (1815); Argentina (1816); Chile (1818); Colômbia
(1819); Peru (1821); México (1821); Equador (1822); Brasil (1822); Bolívia (1825).