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Escatológicos
Numa perspectiva Bíblica, Teológica e
Cronológica
Vol. 1
N Costa
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SUMÁRIO
Introdução.................................................5
Dedicatória...............................................4
O Arrebatamento da Igreja.................................7
O Tribunal de Cristo.........................................13
As Bodas do Cordeiro.......................................19
A Manifestação de Jesus em Glória..................28
Neldson Costa
Olinda Nova – MA, Inverno de 2020
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CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
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nosso). Por isso é dito em Ap 20.6: “Bem aventurado
e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição;
sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão
sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele mil
anos”.
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CAPÍTULO 2
INTRODUÇÃO
Após o Arrebatamento da igreja, todos os crentes
salvos hão de comparecer no Tribunal de Cristo. Não
devemos, de maneira alguma, confundir o Tribunal de
Cristo (2Co 5.10) (ocasião em que Ele irá galardoar os
seus servos pelo serviço prestado em sua Obra) com o
Tribunal do Grande Trono Branco (Ap 20.11-14)
(ocasião em que Ele irá julgar os ímpios – Juízo
Final).
No Tribunal de Cristo ninguém será condenado:
“Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que
estão em Cristo Jesus” [...] (Rm 8.1). Nesse
julgamento o que será levado a juízo não é a nossa
salvação, e sim a nossa condição como servos do
Senhor.
I. O QUE É O TRIBUNAL DE CRISTO?
Bibliografias
RENOVATO, Elinaldo. O Final de Todas as Coisas – CPAD
LAHAYE, Tim, HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de
Profecia Bíblica – CPAD
BATISTA, Rayfran. O Nosso Cremos - DWE Editora
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CAPÍTULO 3
INTRODUÇÃO
Após a igreja passar pelo Tribunal de Cristo (2Co
5.10), ela será conduzida ao Céu para participar das
bodas do Cordeiro, o casamento entre Cristo e a igreja
(Ef 5.25-27; 2Co 11.2). O noivado entre a igreja e
Cristo deu-se na terra, mas o casamento será celebrado
no Céu (Ap 19.9). A Bíblia registra alguns casamentos
célebres, dentre os quais podemos destacar: o de
Isaque com Rebeca (Gn 24. 58-67), o de Jacó com
Raquel (Gn 29.28-30), o de Boaz com Rute (Rt 4), etc.
No entanto, o mais belo e maravilhoso dos casamentos
ainda está por vir.
I. O NOIVADO NO CONTEXTO BÍBLICO
Nos tempos bíblicos, o noivado durava 12 meses
(1 ano). Durante esse interregno o noivo preparava a
casa (Jo 14.1-3) e a noiva preparava o enxoval. Para
que o noivado fosse consolidado, era necessário o
pagamento de um dote conforme os registros bíblicos
abaixo:
a) Abraão pagou o dote para a família de Rebeca, que
seria a esposa de seu filho Isaque (Gn 24.53);
b) Davi pagou, a pedido do rei Saul, o dote de 100
prepúcios de filisteus (1Sm 18.25);
c) Jacó pagou o dote a Labão trabalhando 14 anos por
suas duas filhas, Leia e Raquel (Gn 31.41), etc.
Jesus Cristo também pagou o dote pela sua amada
noiva (cf. 1Co 6.20; 1Pe 1.18,19). Após a realização
do contrato pré-nupcial, o noivo voltava para a casa do
seu pai no afã de preparar uma casa para sua futura
esposa. Daí, entendemos as palavras de Jesus em Jo
14.1-3. O noivo só voltava para buscar a sua noiva
quando tudo já estava preparado (Jo 14.3; Mt 22.4).
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CAPÍTULO 4
INTRODUÇÃO
Após o período da Grande Tribulação, Jesus Cristo
voltará para implantar o seu Reino Milenial sobre a
terra. Na primeira fase da Segunda Vinda, Cristo virá
“para os seus” (1Ts 4.17); já na segunda fase de sua
vinda, Cristo virá “com os seus” (1Ts 3.13; Cl 3.4). Na
primeira fase, Jesus Cristo virá “como o ladrão” (Mt
24.42,43), sendo visto apenas pela Igreja. Na segunda
fase, Ele virá de forma deslumbrante à vista de todos
os habitantes da terra (Ap 1.7; Mt 24.30).
I. A MANIFESTAÇÃO GLORIOSA DE CRISTO
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CAPÍTULO 5
A DESTRUIÇÃO DO IMPÉRIO DO
ANTICRISTO
INTRODUÇÃO
Jesus Cristo, de acordo com Mt 24.30, virá do céu
com poder e grande glória. Nessa ocasião, Ele será
visto por todas as nações. Na primeira vinda, Ele veio
humilde; na segunda vinda, Ele virá cheio de glória.
Na primeira vinda, Cristo foi humilhado; na segunda,
Ele virá exaltado. Na primeira vinda, Ele veio como o
servo sofredor; na segunda, Cristo virá como o Rei
dos reis e Senhor dos senhores. Na primeira vinda,
Cristo montou num simples jumentinho; na segunda,
Ele virá glorioso e montado em um cavalo branco. Na
primeira vinda, Jesus foi exposto ao vitupério; na
segunda vinda, Ele virá para prestar contas com todos
os homens impenitentes, e consequentemente dar fim
ao império do Anticristo.
I. O ANTICRISTO
O império do Anticristo terá a duração de sete
anos. Ao emergir, a Besta fará com que a nação
hebraica acredite ser ela o Messias prometido.
Como já sabemos, muitos hebreus não acreditaram no
messiado de Cristo (cf. Jo 1.11). Ou seja, a nação
israelita ainda aguarda a vinda do Messias (Jo 5.43).
Quando o Anticristo se manifestar sob “a eficácia
de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios de
mentira, e com todo engano da injustiça (2Ts 2.9,10),
persuadirá Israel, e este o seguirá. Jesus já havia
previsto isso: “Eu vim em nome do meu Pai, e não me
aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse
aceitareis” (Jo 5.43).
De acordo com Mal Couch, “o Anticristo deverá
ser o mais poderoso e repulsivo ser humano sobre a
terra. Ele agirá como ferramenta do Diabo para a
destruição física e espiritual da humanidade”1.
Champlin diz que “O nome anticristo, sem dúvida
alguma, tem a idéia moderna normal emprestada ao
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termo anti, ou seja, contra, e não em lugar de, que é
um sentido que o grego pode ter, mas que não é
tencionado neste caso. Naturalmente, em certo
sentido, também se pode aceitar a idéia de
substituição, pois a lealdade que a nação de Israel e
outros deveriam prestar a Cristo, será recebida
temporariamente pelo anticristo” 2.
O Anticristo é chamado de “a Besta” 32 vezes no
livro do Apocalipse. A palavra “besta”, do grego
therion , significa “fera selvagem”. Definindo também
a personalidade do Anticristo, Antonio Gilberto diz
que ele “será uma personagem de uma habilidade e
capacidade desconhecidas até hoje. Será o maior líder
de toda a história; acima mesmo de qualquer famoso
general ou governante mundial conhecido.
Sua sabedoria e capacidade serão sobrenaturais,
quando considerados à luz do relato bíblico. Além da
ação diabólica direta, outros fatores contribuirão
decisivamente para a implantação do governo do
Anticristo, como poderio bélico, alta tecnologia e
poder econômico”3.
O Anticristo é conhecido também como “o homem
do pecado”, “o filho da perdição”, “o iníquo” (2Ts
2.3,8), “o príncipe que há de vir” (Dn 9.26), e o
“chifre pequeno” (Dn 7.8).
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II. OBJETIVOS DA VINDA DE JESUS EM
GLÓRIA
Ele virá para castigar os ímpios
De acordo com Judas, o meio irmão do Senhor,
Cristo virá “para fazer juízo contra todos os ímpios,
por todas as suas obras de impiedade que impiamente
cometeram e por todas as duras palavras que ímpios
pecadores disserem contra Ele” (Jd 15).
Ele virá para livrar Israel do extermínio
Quando Jesus voltar em glória, os judeus estarão
no auge de sua maior agonia. Os exércitos belicosos
do Anticristo se reunirão, e cercarão o povo de Deus
no vale do Armagedom (Ap 16.16 – este vale é
chamado de vale de Megido (Zc 12.11), vale de Josafá
(Jl 3.2) e também vale da Decisão (Jl 3.14)) na
tentativa de destruí-los definitivamente. Jesus virá em
socorro do seu povo (cf. Zc 14.3-5).
Ele virá para julgar as “nações vivas”
Jesus irá julgar todas as nações que se levantarão
contra Israel no dia da batalha do Armagedom (Jl
3.2,12,14; Zc 12.3; Mt 25.41-46).
Esse julgamento está bem detalhado em Mateus
25.31-46. As nações que lutarão a favor de Israel são
comparadas com “ovelhas” (v.33); estas receberão de
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Cristo o privilégio de participarem do Milênio (v.34);
já as nações que pelejarão contra Israel são
comparadas com “bodes” (v.33); estas irão para o
“tormento eterno” (v.46). Os “pequeninos irmãos”
(v.40) são o povo de Israel.
Ele virá para destruir o poder da tríade satânica – o
Anticristo, o Falso Profeta e o Diabo
Cristo virá montado em um cavalo branco
acompanhado pelo seu belicoso exército celestial para
vencer a tríade satânica. João contemplou, de
antemão, esse glorioso dia. Vejamos:
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Poderoso. E na veste e na coxa tem escrito este nome:
REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES. E vi um
anjo que estava no sol, e clamou com grande voz,
dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu:
Vinde e ajuntai-vos à ceia do grande Deus, para que
comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a
carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que
sobre eles se assentam, e a carne de todos os homens,
livres, pequenos e grandes. E vi a besta, e os reis da
terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem
guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo e
ao seu exército. E a besta foi presa e, com ela, o falso
profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que
enganou os que receberam o sinal da besta e
adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados
vivos no ardente lago de fogo e enxofre. E os demais
foram mortos com a espada que saía da boca do que
estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se
fartaram das suas carnes” (Ap 19.11-21).
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totalmente limpa para receber o Reino Milenial de
Cristo.
Quero aqui, à título de informação, dizer que no
inferno Geena ou lago de fogo e enxofre, que ainda se
encontra vazio, serão lançados o Anticristo e o falso
profeta (Ap 19.20), o Diabo (Ap 20.10), a morte e o
inferno (hades) (Ap 20.14), e todos que não tiverem
seus nomes escritos no livro da vida (Ap 20.15).
Como bem disse o autor anônimo da carta aos
Hebreus: “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deu
vivo” (Hb 10.31).
NOTAS
1
Enciclopédia Popular de profecia Bíblica, p.104
2
CHAMPLIN, R. Norman. Enciclopédia de Bíblia,
Teologia e Filosofia, p. 181
3
GILBERTO, Antonio. O Calendário da Profecia, p.48.
4
BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática, p.350
5
Ibidem, p.350
43
Dentro do cenário escatológico, há vários
acontecimentos previstos no programa divino que
envolverá diretamente os três povos considerados pela
Bíblia Sagrada, a saber: Judeus, Gentios e Igreja
(cf.1Co11.32). É consentâneo dizermos aqui que de
dois povos (Judeus e Gentios), Cristo fez um novo
povo: a Igreja (cf. Ef 2.14).