Você está na página 1de 14

A grande deusa cósmica

Rodas dentre de rodas

Giras dentro de Giras

Círculos dentro de círculos

Espirais

Uma roda é uma direção de energia e também um dispositivo de


direção

Espiralando entre o pessoal - politico -cósmico

Con-criando redes vivas entres mulheres

As filhas da terra, todo esse passado giratório esta em nós, vindo de


nós.

Ela é a beleza da verde terra

As águas criadoras geradoras de vida

O fogo consumidor

A lua radiante

O sol feroz. Ela é o sol.

Ela é a Deusa Estrela

A mulher aranha

Ela tece a teia elemental que cria o universo

Como terra, o grande ser espírito ventre

Ela germina vida em seu útero escuro

Não há outro caminho a não ser voltar para a Mãe que nos da a vida.

Se quisermos sobreviver precisamos afinar de novo com os espíritos


da natureza.

E precisamos ouvir a voz de nossa irmãescenstrais que falam conosco


do reino do outro mundo,que é aqui agora.

A terra como mãe viva. Ela também é lidadora da morte e a


destruidora.

Mas isso são as forcas naturais, potencias elementais.

Nem bom, nem mal, na dança impessoal do universo.

O patriarcado, uma sado-sociedade necrofílica, é uma destruição


trazida por patriarcas que odeiam a vida orgânica em si e desejam se
tornar desencarnados, e assim retornando a um “pai” abstrato e
impossível que deseja morte estéril sem renascimento para todos.

O PRIMEIRO SEXO: no começo, todas fomos criadas fêmeas.

No começo ... era uma mar bem fêmea. Por dois e meio bilhões
de anos, todas as formas de vida flutuavam em um ambiente
semelhante a um útero do oceano planetário - nutrido e protegidos por
seus fluidos químicos, embalados pelo ritmos das marés-lunares.
Charles Darwin acreditava que o ciclo menstrual se originou aqui,
ecoando organicamente o pulso lunar do mar. E, porque esse maior
período do tempo da vida na terra era dominado por formas marinhas
se reproduzindo partenogeneticamente, ele concluiu que o principio
fêmea é primordial. No começo, a vida não se gerava dentro do corpo
de nenhuma criatura, mas dentro do ventre/útero oceânico contendo
toda vida orgânica. Não existem órgãos sexuais especializados, melhor,
uma existência fêmea generalizada reproduzia a si mesma dentro da
corpa fêmea do mar.

Antes que a vidas mais complexas pudessem se desenvolver e se


mover para a terra, foi necessário tornar miniatura o ambiente
oceânico, para se reproduzir em uma escala menor e móvel. Ovos
macios e úmidos depositados no chão seco e expostos ao ao ar
morriam, a vida não podia mover alem do estágio anfíbio, abraçante de
água. No curso da evolução, o oceano - o espaço protetivo e nutridor,
fluidos amnióticos, até mesmo o ritmo maré-lunar - foi transferido para
o corpo individual da fêmea. E o pênis, um dispositivo mecânico para a
reprodução da terra, evoluiu.

O pênis apareceu primeiro na era dos era dos repteis, por volta de
200 milhões de anos atrás. Nossa associação arquetípica da da cobra
com o falo contém, sem duvida, essa memória genética.

Esse é um padrão fundamental e recorrente na natureza: a vida é


um ambiente fêmea na qual o macho, aparece, geralmente
periodicamente, e criado pelas fêmeas, para performar tarefas
altamentente especializados relacionados a reprodução das especies e
a uma evolução mais complexa. Daphnia, uma crustacea de água
fresca, reproduz varias gerações de fêmeas por partenogênese, o ovo e
seu próprio corpo polar parceiro para formar um conjunto completo de
genes para uma descendência fêmea. Uma vez por ano, no final do
ciclo do ano, um grupo de macho de vida curta é produzido, os
machos se especializam em manufaturar capas grossas/endurecidas/
coriáceas de ovos para sobreviver o inverno. Entre abelhas o grupo dos
zangão é produzido e regulado pelas filhas trabalhadoras estéreis e a
rainha fértil. Zangões existem para cruzar com a rainha. Uma media de
sete zangões por colmeia realizam este ato cada estação, e assim, o
grupo macho inteiro é destruído por suas trabalhadoras. Entre lagartas
Teiidae no Sudoeste Norte Americano, quatro espécies são
partenogênicas ; machos são desconhecidos entre as pradarias do
deserto, planalto e teiidae chihuahuas, e foram achados somente
alguns entre teiidaes quadriculados.

Entre mamíferos, mesmo entre humanos, partenogêneses não é


tecnicamente impossível. Todos óvulo fêmea contem um corpo polar
com um conjunto completo de cromossômica, o corpo polar e o ovulo,
se unidos, poderiam formar um embrião filha. De fato cistos ovário
anos são óvulos infertilizados que se uniram aos seus corpos polares,
se implantaram na parede do ovário, e começaram a se desenvolver lá.

Isso não é para dizer que o macho é um sexo desnecessário.


Partenogênese é um processo de clonagem. A reprodução sexual, que
aumenta/reforça a variedade e saude do patrimônio genético, é
necessária para o tipo de evolução complexa que produziu a especie
humana. O que esta sendo apresentado aqui é simplesmente que no
que concerne os dois sexos, um de nós já está aqui há muito mais
tempo que o outro.

Em A Natureza e a Evolução da Sexualidade Feminina , Mary Jane


Sherfey, M.D., descreveu sua descoberta em 1961 de algo chamado a
teoria indutora. A teoria indutora declara que “todos os embriões
mamíferos, machos e fêmeas, são anatomicamente fêmeas durante os
primeiros estágios da vida fetal”. Sherfey se perguntava porque essa
teoria foi enterrada na literatura medica desde 1951, completamente
ignorada pela profissão. Os homens que fizeram essa descoberta
histórica(herstory-historia dela)* simplesmente não queriam que fosse
verdade.

Sherfey foi pioneira na discussão da teoria indutora; e agora, com


modificações baseadas em dados adicionais, seus achado são aceitos
como fatos do desenvolvimento mamífero- incluindo humano. Como
Stephen Jay Gould descreve, o embrião nas suas primeiras oito
semanas é uma criatura indiferente, com potencial bissexual. Na oitava
semana, se um esperma carregador do cromossomo y fusionar com o
ovo, as gonadas irão se desenvolver em testes, que secretam
androgênio, o que por sua vez induzem a genitália macho a se
desenvolver. Na ausência do androgênio, o embrião se desenvolve em
uma fêmea. Porém existe uma diferença no desenvolvimento da
genitália interna e externa. Para a genitália interna - os tubos falo
pianos e ovários, ou os duetos carregadores de esperma - “ o embrião
inicial contem precursores de ambos os sexos”. Na presença ou
ausência de androgênio, enquanto um conjunto desenvolve o outro
degenera. Com a genitalia externa, “os diferentes órgãos de macho e
fêmea se desenvolvem ao longo de linhas divergentes do mesmo
precursor”. Isso significa, com efeito, que o clitoris e o pênis são o
mesmo órgão, formados do mesmo tecido. A lábia maior e o escroto
são um, indistinguíveis no estagio inicial do embrião; na presença do
androgênio, “os dois lábios simplesmente crescem mais, se dobram e
se fundem ao longo da linha do meio, formando o saco escrotal”.

Gould conclui: “o curso do desenvolvimento da fêmea é, em certo


sentindo, biologicamente intrínseco a todos mamíferos. Esse é o
padrão que se desdobra na ausência de qualquer influencia hormonal.
A rota macho é uma modificação induzida por uma secreção de
androgênio do testes em desenvolvimentos.

A vulnerabilidade do macho novato dentro do ambiente fêmea é


bem conhecido. Secreções vaginais são mais destrutivas para o
esperma carregador de y. A taxa de mortalidade é maior entre
neonatais e crianças machos. Dentro do útero o feto macho, nos dois
primeiros meses, é protegido sendo virtualmente indistinguível de uma
fêmea. Depois disso, deve produzir grandes quantidades de hormônio
masculinizante a fim de se definir como macho, para alcançar e manter
sua identidade sexual. Pelo tanto quanto sabemos os mitos do oriente
medio nos quais nossa mitologia ocidental foi construída, aqueles que
retratam o deus jovem ou herói batalhando contra uma dragão fêmea,
tem alguma analogia aqui, onde o feto macho trava um tipo de guerra
química contra retornar a ser fêmea.

Por agora, é suficiente dizer que a “macheza” entre mamíferos


não é um estagio/estado primordial, mas se diferencia da bioquímica e
anatomia original fêmea. A libido original de animais de sangue quente
é fêmea, e o macho(ou a macheza)- é um derivação desse padrão
fêmea primário. Porque, então os homens, médicos, cientistas,
demoram mais para compreender esse fato biológico do que para
dividir o átomo? E porque, uma vez que esse fato foi notado, eles
voltaram para trás e enterraram em silêncio profissional por dez anos
até uma mulher? Porque?

Por volta de dois mil anos da história eurocentrica*(ocidental), a


sexualidade fêmea foi negada; quando não podia ser negada era
condenada como mau. A fêmea era vista como destinada/projetada
divinamente para ser um recipiente passivo, servindo somente
propósitos reprodutivos. Em um dicionário não tão antigo, “clitoris” era
definido como um “órgão rudimentar” enquanto “masculinidade” se
igualava a “força cósmica geradora”...! Com Freud, a sexualidade
fêmea/feminina* não foi tanto “redescoberta” como foi patologizada.
Freud dispensou o clitoris como um órgão masculino subdesenvolvido
e definiu a libido original como masculina/macho. Erotismo clitoridiano
foi reduzido a um neurose perversa. Mesmo depois que os estudos de
laboratório de Master’s e Jonhson’s ter sido publicado na Resposta
Sexual Humana em 1966, suas descobertas não foram integradas a
teoria psicanalítica.

Na pesquise de Mary Jane Sherfey durante esse período, ela não


achou nenhum trabalho de anatomia comparativa que descrevia - ou
pelo menos mencionasse- as camada profundas da estrutura
clitoridiana; contudo toda estrutura do corpo humano foi descrita em
detalhes vivos. Até hoje(1987) com a relativa sofisticação de 1987, nos
somos frequentemente assobiadas por manchetes de revistas que
prometem artigos ofegantes anunciando a descoberta do “novo” -
ponto g, um ponto x- localizado dentro da vagina. Dentro de todos
esses “existe” o velho desejo suados/melancólico de negar a
existência do clitoris como órgão desencadeador do orgasmo da
fêmea.

Porque? Está o medo generalizado e tradicional da sexualidade


fêmea. Além disso, tem um desconforto com a similaridade, com a
origem comum, do clitoris da fêmea e o pênis macho. Mulheres estão
acostumadas a ouvir o clitoris sendo descrevi do como um “pênis
subdesenvolvido”, homens não estão acostumados a pensar que o
pênis é um clitoris super desenvolvido. Finalmente e mais seriamente,
existe uma relutância psicológica(e espiritual), e institucional em
encarara as repercussões sido fato de que o clítoris da fêmea é o único
órgão no corpo humano no qual o propósito é exclusivamente de
estimulação erótica e libertação. O que isso significa? Significa que
para a humana fêmea, unicamente entre todas as formas de vida
terrestre, sexualidade e reprodução não são inseparáveis. É o penis do
macho, portador tanto do sêmen quanto da reação sexual, que é
simultaneamente procriador e erótico. Se nos quiséssemos reduzir um
dos sexos. Para um função puramente reprodutiva, com base na sua
anatomia (nós não queremos) serio o sexo macho que se qualifica para
tal redução, não a fêmea. Não a fêmea humana.

Mas esses são somente fatos biológicos. São somente realidades


biológicas. Como sabemos, fatos e realidades podem ser, e são,
sistematicamente ignoradas em serviço de ideologias estabelecidas.
Através do mundo hoje virtualmente todas instituições religiosas,
culturais, econômicas e politicas se encontram/enraizam, onde foram
construídas séculos atrás, na fundação sólida de um conceito errôneo.
Um conceito que assume a passividade psiquica/espiritual, a
inferioridade criativa e sexualidade secundaria da mulher. Esse
conceito consagrado afirma que homens existem para criar o mundo,
enquanto mulheres existem para reproduzir humanos. Ponto. Se nos
argumentarmos que dados existem- não somente biológicos, mas
dados arqueológicos, mitológicos, antropológicos e históricos - que
regula a universalidade desse conceito errôneo, somos todas caladas,
porque algo chamado “deus” apoia todo esse conceito errôneo e é
tudo isso que importa. Essa é a palavra final.

Através do mundo, através do que conhecemos como historia,


algo chamado “deus” tem sido usado para apoiar essa negação, a
condenação, e a mutilação da (sexualidade) fêmea. Do sexo fêmea, de
nós. Hoje, em partes da Africa- predominantemente entre africanos
muçulmanos, mas também entre cristãos e judeus africanos e algumas
crenças tribais- garotas jovens sao ainda sujeitas a cliterodectomia.
Essa cirugia, geralmente per formada por mulheres mais velhas com
vidros quebrados ou facas, extirpam o clitoris, cortando os nervos do
orgasmo; a operação é destinada para forçar a menina a se concentrar
em sua vagina como um recipiente reprodutivo. Infibulação, uma
operação mais minuciosa, remove os pequenos lábios e muito dos
grande lábios; a menina é então fechada com espinhos ou exigida a
deitar com sua pernas amarradas até todo seu orifício vaginal inteiro se
fundir para fechar, com um canudo inserido para permitir a passagem
da urina e do sangue menstrual. Na noite do casamento a jovem
mulher é cortada/aberta por uma parteira ou seu marido; cortes
adicionais e re-fechamento sao realizados antes e depois de um parto.
Complicações dessas cirurgias são inúmeras, incluindo morte por
infecção, hemorragia, inabilidade de urinar, cicatriz no tecido
impedindo dilatação durante o parto, coito dolorido, e infertilidade
devido a infecção pélvica crônica. Em 1976 uma estimativa de dez
milhões de mulheres foram envolvidas nessa operação. E algo
chamado “deus” justifica, um “deus” que supostamente criou meninas
jovens como maníacas sexuais sujas que devem então ser múltipla das
para tornar-las em reprodutoras dóceis.

A palavra “infibulação” vem do latim, fibula, significando fecho/


colchete. Esses romanos civilizados, grande construtores de rodovias,
também inventaram a tecnologia de amarrar fechos/ganchos de metal
através do prepúcio de jovens meninas para forcar-las a castidade.
Essa pratica foi copiado por soldados das cruzadas cristãs durante o
começo da idade media na Europa; eles trancavam suas esposas e
filhas em cintos de castidade de metal e depois levavam a chave
consigo enquanto estavam fora- muitas vezes por anos- lutando por
“deus” no Oriente Médio.

E, por hipocrisia e racismo descartamos essa praticas como


meramente “bárbaras” e “antigas”, nós devemos lembrar que
clitoridectomia foram realizadas no ultimo século em jovens meninas e
mulheres tanto na Europa quanto na América. Essa cirurgia, muito
popular no vitoriano século XIX, foi infligido em qualquer mulher
considerada a ser “super sexual” ou como uma punição para
masturbação, ou como cura para “loucura”. Essas determinações
foram todas feitas por parentes, médicos e clero masculinos e as
mulheres envolvidas não tinham nenhuma fala legal no assunto.

Esses sao exemplos extremos da repressão e mutilação da


sexualidade fêmea, sempre sancionadas, no entanto remotamente e
desonestamente, por algo chamado “deus”. Todas as outras
repressões e mutilações- a do corpo, da mente, da alma, e do nosso
ser fêmea experienciado- são tão conhecidas e documentadas que nao
precisam de numeração nesse ponto: nos todas podemos fazer nossa
própria lista. O ponto é: Onde quer que a repressão da sexualidade
fêmea, e do sexo fêmea, existe- e, no presente dessa escrita(e dessa
tradução) isso é em todo lugar na terra- nos achamos as mesmas
suposições subjacentes. Essas suposições ontológicas- suposições
feitas na própria raiz das coisas, sobre a natureza da vida em si. Elas
são (1) de que o mundo foi criado por uma deidade macho, ou deus; (2)
que as ordens mundiais, ou culturas, foram feitas por e para homens,
com a sanção de deus; (3) que as fêmeas são um sexo auxiliar, que
existe para servir e popular essa ordem mundial macho;(4) de que a
sexualidade autônoma fêmea representa uma ameaça selvagem e letal
para essas ordens mundiais, e portanto deve ser controladas e
reprimida e finalmente (5) de que a existência de deus como macho
sanciona essa repressão. Essas circularidade perfeita, ou tatu teologia,
dessas suposições só ajuda para vincula-las/amarra-las mais
seguramente na psique humana, que elas são tão errôneas quanto
universais parece não representar nenhum problema para seus
partidários. Afinal, onde que quer você vá na terra, toda instituição
intacta- religiosa, legal, governamental, econômica, militar, comunicado
e alfandega- é construída nas fundações/lajes solidas dessas
suposições. E isso é um erro bastante arraigado.

Nos Estados Unidos pós-segunda-guerra - também como na


Europa e grande parte do mundo em geral - nos passamos por um
período secularizaste no qual algumas dessas suposições foram
afrouxa das e ate destinadas a desmoronar, por questionamentos. Mas
agora a reação está sobre nós. Hoje, porta-vozes de várias crenças
religiosas usam a media moderna para difundir uma grande e velha
ideia: de que a sexualidade fêmea ou seja, feministas e demandas
feministas por aborto, contracepção, autonomia reprodutiva, cuidado
com as crianças, pagamento igual, integridade psicológica constitui a
ameaça a “nossa civilização” e isso equivale a uma “blasfêmia” contra
deus. Putas da babilônia, teoria de Darwin, e a “ameaça do comunismo
mundial”, todos de alguma forma se misturam subliminarmente com a
ameaça feminista- por algumas muitas boas razões históricas e
psicológicas as quais iremos explorar. Por agora, é suficiente dizer que
deus e civilização são conceitos carregados(carregados como
dinamites) que podem sempre ser tragos para finaliza um argumento
que não pode ser refutado de nenhuma outra forma. E, para aqueles
que não se apoiam tão fortemente em deus, ou que consideram a
“civilização”, você pode sempre citar antropólogos.

Já que tanto quanto religiões estabelecidas/instituídas assume a


masculinidade/macheza de deus, quanto Freud e psicoanalistas
assume a masculinidade/macheza da libido, também as ciências
sociais assumiram a masculinidade genérica da evolução. Ambos
escritores populares e acadêmicos tem nos apresentado com cenários
da evolução humana que protagoniza/apresenta, quase
exclusivamente, as aventuras e invenções do homem, o
caçador,homem o criador de ferramentas, homem o marcador de
território, e assim em diante. Mulher não é compreendida como uma
criatura evolucionário ou evoluinte. ELa é tratada como uma auxiliar a
um processo evolucionário dominado por machos, ela é mãe dele, ela
acasala com ele, ela faz janta pra ele, ela segue atrás dele pegando
suas pedras perdidas. Ele evolui, ela acompanha; ele evolucionário, ela
se ajusta. Se a capa dos livros nãos nos da outra imagem de Homo
sapiens fêmeas serem puxadas pelo cabelo por dois ou três milhões de
anos da evolução do homem e, só nos resta assumir que essa é a
situação.

Isso, apesar do fato conhecido de que entre povos caçadores e


coletores contemporâneos e históricos, como entre repostos ancestrais
coletores e caçadores de 75% a 80% da subexistencia do grupo vem
da atividade de coleta de comida das mulheres.Isso, apesar do fato de
que as ferramentas/utensílios mais antigos usadas por coletores e
caçadores contemporâneos, e as mais velhas, mais primais
ferramentas achadas em locais ancestrais, são paus de cavar de
mulheres.Isso, apesar de lendas em todo mundo citarem mulheres
como as primeiras usuárias e domesticadoras do fogo Isso apesar do
fato conhecido de que as mulheres foram as primeira ceramistas, as
primeiras tecê-las, as primeiras tingidoras de tecido e curtidores de
couro, e a primeiras a colher e estudar plantas medicinais - isso é as
primeiras médicas- e assim vai. Observando a interação linguística
entre mães e crias, mães e crianças, e entre grupos de trabalhos entre
mulheres é fácil especular a contribuição para a origem e elaboração
da linguagem.De que a primeira vez que medições de tempo foram
feitas, os primeiros calendários formais, eram marcas-lunares de
mulheres em seixos pintados e em paus cavados também é um fato
conhecido. E é bem conhecido de que a única “imagem-de-deus” já
pintada em pedra, cara da em pedra ou esculpida em argila, do
paleolítico superior para o neolítico médio- e isso é aproximadamente
30.000 anos- foi a imagem de uma humana fêmea.

Em 1948 o Portão d Chifre foi publicado na Britânia ; em 1963 foi


publicado na América, retitulado Concepções Religiosas da Era da
Pedra. Em um trabalho pioneiro, G. Rachel Levy, arqueológicas e
acadêmica mostrou a continuidade ininterrupta de imagens e ideias
religiosas descendendo dos povos Cro-Mágnon do Paleolítico Superior
na Era do Gelo da Europa, através do desenvolvimento no Mesolítico e
Neolítico no Oriente Médio, e seguindo até o nosso próprio tempo
histórico. Como Levy notou, esse povos primevos estão perdidos nas
brumas do tempo, mas sua visões, imagens e gestalts primarias da
experiencia humana nesse planeta ainda ressoam nossa psique, assim
como nos nosso símbolos históricos religiosos-ontológicos. Esses
povos do começo da Idade da Pedra “deixaram como legado para
toda humanidade uma fundação de ideias nas quais a mente poderia
levantar estruturas.” E qual eram essas imagens e ideias humanas
primarias? A caverna como um ventre/útero fêmea; a mãe com a terra
grávida; a fêmea fértil mágica como mãe de todos animais; a Venus de
Laussel de pé com o chifre da lua levantado em sua mão; a caverna
como a tumba fêmea onde a vida é enterrada, pintada de vermelho
sangue, e esperando renascimento. Levy mostra a continuidade dessas
imagens e símbolos nos ritos e mitologia do Neolítico Final no Oriente
Médio, e sua resistência/durabilidade 30.000 anos depois em religiões
“modernas”. No cristianismo por exemplo, com sua imagem central no
nascimento da criança sagrada, em um abrigo parecido com uma
caverna. Cercado de animais mágicos; e especialmente no catolicismo,
o ícone da grande mãe que fica em pé da lua como chifre e espera o
renascimento do mundo.

Essa evidencia não deixa duvida de que essas imagens estavam


na origem do que chamamos de expressão psicológica e espiritual do
humano. O livro de Levy é uma obra prima, recebeu grandes elogios
tanto de suas publicações britânicas e americanas e desde então tem
sido virtualmente evitado e ignorado pelos estabelecimentos
acadêmicos antropológicos e arqueológicos. Porque? Porque sua
evidencia é irrefutável. Mostra com clareza - e na solidez da pedra e
osso- de que os primeiros 30.000 anos da existência do Homo Sapiens
pela celebracao dos processos fêmeas: dos mistérios da menstruação,
gravidez e parto; da abundância análoga da terra; do movimento das
estações dos animais e dos ciclos do tempo na Grande Roda da Mãe.
O portal do Chifre é o mais perto que podemos chegar de ler “o livro
sagrado” dos nossos ancestrais mais antigos humanos. E confirma o
que muitas pessoas não querem saber: de que primeiro “Deus era
fêmea”

Desde que Levy escreveu, a tendencia tem sido relegar essas


imagens da Idade da Pedra e Neolítico para o campo psicológico- elas
se tornaram “arquétipos do inconsciente” e adiante, “arquétipos do
inconsciente” e adiante, enquanto escritores antropológicos, tanto
acadêmico como populares, continuam a explicar o desenvolvimento
humano real físico apenas em termos de experiencias do corpo macho
na caca, agressão e feitio de ferramentas. Assim as imagens fêmeas -
que estão lá e não podem ser negadas -são desbotadas, reduzidas aos
“Campos místicos e subjetivos”; e assim os primeiro 30.000 anos da
historia da humanidade é negada a nós, relegada a uma “viagem da
mente” ou a um “software psicológico”. Mesmo entre feministas, em
anos recentes tem crescido a duvida de que essas imagens e símbolos
podem ter sido nas mais que “mitologia”- isso é irrealidades.

Para se aproximar do passado humano - e de Deus Fêmea- nos


precisamos de uma vagão com pelo menos duas rodas: uma é a
mítica- histórica-arqueológica e a outra é a biológica-antropológica.
Um trilha sonora já foi definida para a roda mitica-histórica-
antropológica, grandes marcos ao longo dessa faixa, juntos com o
grande trabalho de G. Rachel Levy estão:

Mito, Religião e Direito da Mãe - J.J. Bachofen

As Mães - Robert Briffault

Mães e Amazonas - Helen Diner

Do Ritual para o Romance - Jessie Weston

A Deusa Branca - Robert Grave

Os Olhos da Deus - O. G. S. Crawford

No Reino da Grande Deusa - Sybille von Cles-Reden

O tesouro de Silbury e Ciclos de Avebury - Michael Dames

As Deusas e Deuses da Velha Europa - Maria Gimbutas

O Primeiro Sexo - Elizabeth G. Davis

Quando Deus Era Mulher e Espelhos Antigos da Mulheridade -


Merlin Stone

Mulher e Loucura e Sobre Homens - Phyllis Chesler

Nascida de Mulher - Adrienne Rich

Além de Deus Pai; Gyn-ecologia; Pura Luxúria - Mary Daly

Mulher e Natureza - Susan Griffin

Filhas das Mulheres de Cobre - Anne Cameron

E muitos mais, incluindo o rico e utilitários Enciclopédia de Mitos e


Segredos da Mulher de Barbara G. Walker

O outro lado do vagão- o lado biológico-antropológico- não tem


quase roda ou trilho; não porque não existe um lugar importante para ir
nessa direção, mas porque os antropólogos físico-culturais estão fora
em outro lugar, mapeando a evolução do Tarzan. Não existe corpo de
trabalho antropológico baseado na evolução da biologia fêmea. Com
rara exceções não houve nenhuma mudança tentativa de estudar a
evolução da fisiologia humana e organização cultural- do pré-
hominídeo ao “homem moderno” - da perspectiva das mudança
definitivas sofridas pelas fêmeas no processo dessa evolução. Livros
populares nesse assunto, de Lionel tiger e outros sao invariavelmente
macho-orientados, tratando da evolução da femea como apenas um
objeto sexual, de macaca no cio para coelhinha da playboy. Uma
exceção agradável é a “Descida da Mulher” de Elaine Morgan, durante
doze milhões de anos do Plioceno seco, Morgan especial, que as pre-
hominídeas fêmeas levaram para os oceanos, sobrevivendo na águas
litorâneas quentes e cheias de comidas - e durante essa experiencia
passaram uma mudança de mar de andar com os dedos e sexo de
costas para um corpo ereto vertical sexual humano, ao qual o macho
primata respondeu se tornando homem. Morgan argumenta
convincentemente de que a especia humana sobreviveu a grande seca
Pliocena através da cooperação e invenção das fêmeas hominídeas
evoluintes em sua adaptação ao mar; experts acadêmicos ignoram
essa teoria, mas não tem outra explicação para a nossa sobrevivência
para a nossa sobrevivência no Plioceno, para nossa evolução bem
sucedida de macaca para humana durante esse período difícil, e pelas
muitas formas que o nosso corpo humano se assemelha mais ao
corpos de mamíferas marinhas do que primatas.

No livro The Time Falling Body’s Take to Light (O tempo dos


corpos caídos tomados a luz?), o historiador Wiliam Irwin Thompson
aponta que o inicio da evolução aconteceu em três estágios críticos: (1)
hominização, no qual nossos corpos primatas se tornaram humano,
não somente andando verticalmente e liberando nossas mãos, mas
especificamente em nossas características e funções sexuais; (2)
simbolização, na qual nos começamos usando fala, marcando tempo,
pintando e esculpindo imagens; e (3) agriculturização, na qual nos
domesticamos sementes e começamos a controlar a produção de
comida. E, como Thompson escreve, todos os três estágios forma
iniciado e desenvolvidos por fêmeas humanas. A criação de símbolos e
estagio agricultura is foram estudados, e o papel originário das
mulheres é conhecido, e a hominização sexual que ainda, mal foi
explorada.

Porque? Porque de fato? Porque a hominização é quase


exclusivamente a história da fêmea humana. Os mecanismos e
anatomia da sexualidade macho, afinal, não mudou muito desde que
os primatas faziam amor. A revolução na sexualidade humana- a
revolução que nos fez humanos- resultaram de mudança que
ocorreram no corpo fêmea. Essas mudanças não eram primeiramente
relacionadas a reprodução mamífera, mas ao relacionamento humano
sexual. Ninguém sabe a ordem que aconteceram mas tomadas em
conjunto, como um grupo de características sexuais elas constituem
uma metamorfose sexual verdadeiramente radical passas pela fêmea
humana.

- Eliminação do ciclo estral, e o desenvolvimento do ciclo


menstrual, significando que mulheres não estavam periodicamente no
cio, mas capaz de atividade sexual a qualquer momento. A Gravidez
poderia acontecer durante uma parte do ciclo, mas na maior parte do
ciclo sexo(heterosexual) poderia acontecer sem necessariamente
resultar em gravidez. Entre outros animais, o ciclo estral determina que
a copulação sempre resulta em gravidez, e nao tem outra razão a não
ser o propósito reprodutivo.

-Desenvolvimento do clitoris e evolução da vagina* significa uma


grande aprimorada na sexualidade e potencial orgástico nas fêmeas
humanas comparada a outros animais.

-A mudança do sexo traseiro pelo sexo frontal, nós podemos


imaginar, criou uma mudança na relação entre os sexos; sexo frontal
significa um período prolongado e aprimorado de fazer amor, e o que
poderíamos chamar de personalização do sexo. O papel de evocação
emocional do coito face-a-face no desenvolvimento da auto-
consciência humana não foi ainda avaliado ( ela olhou ao redor e olhou
no olho dele: e tinha luz).

-Desenvolvimento dos seios adicionados ao potencial da mulher


para excitação sexual; adiante, combinado com sexo frontal, sem
duvida os sentimentos maternais e sociais da femea forma também
despertados pelo amante pessoal, o qual o corpo foi agora análogo ao
corpo do infante em seu peito.

Como Thompson aponta, mudanças tão radicais no corpo


humano fêmea sozinhas foram suficiente para desencadear a
hominização da especie. Seres humanos com essas mudanças se
tornaram a única criatura na terra para os quais a copula acontece-
pode acontecer a qualquer momento- por propósitos não reprodutivos.

Assim o sexo humano se tornou uma atividade com muitos


propósitos. Pode acontecer por vinculo emocional, por vinculo social,
por prazer, por comunicação, por abrigo e conforto, por liberação, por
fuga - como também para a reprodução da especie. E isso é uma da
mais originais e maiores diferenças determinantes entre humanos e
todos outros animais, pássaros, repteis, insetos,peixes, minhocas...
para os quais a copula existe somente e exclusivamente para a
reprodução da especie.

A raça humana foi definitivamente moldada pela evolução/


revolução do corpo fêmea na capacidade de sexo não-reprodutivo.

Isso não é só uma fato físico. É um fato cultural religioso, e


politico de importância primaria.

Muitas feministas hoje estão inseguras se estudos de biologia


evolucionária, ou de mitologia religiosa, pode ter relevância para
mulheres contemporâneas. Nós acreditamos que nada pode ser mais
politicamente relevante do que saber porque chegamos onde estamos
agora, vendo como chegamos aqui, e onde começou.

No começo, o primeiro ambiente para toda vida nova foi fêmea: o


corpo físico/emocional/espiritual da mãe, e o corpo comum de
mulheres - jovens meninas, mulheres crescidas e mulheres mais
velhas- trabalhando juntos. Quando o povo caçador e coletor se
moviam, o bebe era carregado ligado perto do corpo da mãe; quando
eles se estabelecem/assentam, as mulheres formam um “circulo
interno”no acampamento de mulheres e crianças. O processo de
socialização começa aqui.

A cultura humana é marcada pelo fortalecimento e prolongamento


da relação entre mãe e cria. Em seus primeiros anos da cria humana é
virtualmente um “embrião” fora do útero, extremamente vulnerável e
totalmente dependente.O comportamento de grupo de fêmeas - o
cuidado partilhado cooperativo entre mulheres e crianças, mulheres e
jovens, nas tarefas da vida cotidiana- emerge do fato dessa
dependência prolongada da cria humana com a humana fêmea para
sua sobrevivência. Machos ajudam- mas eles também saem/ vão
embora, o corpo macho vem e vai, mas a presença fêmea é constante.
Fêmeas treinam, disciplinam, e protegem as jovens; além do cuidado
com cria, a manutenção e liderança do grupo de parentesco inteiro é
tarefa das mulheres. A fêmea animal está sempre na alerta, porque nela
esta a responsabilidade de não só alimentar as jovens, mas de impedir
que os jovens sejam alimento dos outros. Ela é a doadora/geradora e
também sustentadora do começo da vida. Entre humanos, machos
ajudam na proteção e aquisição de comida; mas é o grupo comunal de
fêmeas que rodeia a criança, em seres primeiros quatro a seis anos,
com uma presença física, emocional, tradicional e linguística. E essa é
a fundação da vida social e cultura humana.

A imagem popular do inicio da sociedade humana como sendo


dominada- de fato criada- por caçadores machos sexistas e batedores
de cabeça territoriais e ferozes simplesmente não tem validade. Se os
primeiros humanos tivessem dependido exclusivamente de lideres
machos déspotas e agressivos, ou de vários machos em discórdias
crônicas e ritualísticos por poder - a sociedade humana nunca teria se
desenvolvido- A cultura humana nunca teria sido inventada. A presença
humana na terra nunca teria evoluído.

O fato é foi desse primeiro circulo interno de mulheres - o


acampamento, o lugar do fogo, a primeira lareira, o primeiro circulo de
nascimento - que a sociedade humana evoluiu. Como hominídeos
evoluíram para Homo sapiens do paleolítico, e depois para povoados
neolíticos assentados e complexos no tempo-limite da “civilização”,
esses dez mil anos de cultura humana foram modelados e sustentados
por comunidades de mulheres criativas sexualmente e fisicamente
ativas - mulheres que foram inventoras, produtoras, cientistas,
medicas, legisladoras, xamãs visionárias, artistas. Mulheres que
também eram mães - receptoras e transmissoras de energia cósmica e
terrestre.

Nos precisamos entender como e porque esses milênios


ancestrais de cultura de mulher foram enterradas- ignoradas, negadas,
ou abrandadas como “mitologia” ou “origens pré-histórica primitiva”-
por historiadores machos ocidentais eurocentricos que insistem( e
geralmente acreditam) que a “historia real” começou somente a cinco
mil anos atrás- com as instituições relativamente recente do
patriarcado.

Você também pode gostar