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O T É C

I N
M I

C
E

A
S

P A
E C
D I R I
Á T

OSCE
Maria Eduarda Andrade
SUMÁRIO
Anamnese em pediatria 1 Triagem neonatal 24
Exame físico em pediatria 3 Teste do Pezinho 24
1. Geral 3 Teste do Olhinho 26
1.1 Peso 3 Teste da Orelhinha 27
1.2 Estatura 3 Teste do Coraçãozinho 27
1.3 Envergadura 5 Teste da Linguinha 28
1.4 Segmentos 5 Distúrbios do Crescimento 28
1.5 Perímetro Cefálico (PC) 5 Diarreia Aguda e Hidratação 29
1.6 Perímetro Torácico (PT) 6 Emergências Pediátricas 31
1.7 Perímetro Abdominal (PA) 6 Espelhos do OSCE 31
1.8 Perímetro Braquial 7
1.9 Circunferência da cintura 7
1.10 Circunferência do quadril 7
1.11 Circunferência da coxa 7
1.12 Relações antropométricas 8
1.13 Pregas cutâneas 8
1.14 Icterícia 8
1.15 Índice de APGAR 9
1.16 Escore de Capurro 9
1.17 Desenvolvimento Neuropsicomotor 10
1.18 Reflexos primitivos 10
2. Específico 13
2.1 Crânio 13
2.1.1 Fontanelas 13
2.1.2 Bossa serossanguinolenta 14
2.1.3 Cefalohematoma 14
2.2 Osteoarticular 14
2.2.1 Manobra de Ortolani 14
2.2.2 Manobra de Barlow 14
2.2.3 Sinal de Galeazzi 15
2.3 Genital 15
2.3.1 Fimose 15
2.3.2 Hipospádia 15
2.3.3 Epispádia 15
2.3.4 Volume testicular 16
2.3.5 Criptorquidia 16
2.3.6 Hidrocele 17
2.3.7 Varicocele 17
2.3.8 Torção de Testículo 18
Calendário Vacinal 19
Estadiamento de Tanner 20
Curvas de Crescimento 22

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ANAMNESE
em pediatria
Aparelho Geniturinário
IDENTIFICAÇÃO
Disúria, hematúria, piúria, polaciúria, enurese ou
Nome completo; eliminação de cálculos.
Naturalidade; Sistema Nervoso
Data de nascimento; Tremores, desmaios ou convulsões.
Idade; Aparelho Locomotor
Sexo; Verificar se há alteração no comprimento ou na
Cor/etnia; forma dos membros, se há diferença na
Procedência; movimentação dos membros.
Residência;
Endereço; ANTECEDENTES PESSOAIS
Encaminhado por (se necessário).
Gestação
QUEIXA PRINCIPAL (QP) Uso de medicamentos, número de consultas
realizadas durante o pré-natal, doenças.
Assinalar a queixa principal utilizando as palavras do
Nascimento
informante.
Tipo de parto, motivo do parto, peso e comprimento
ao nascer.
INTERROGATÓRIO SOBRE
Período Neonatal (0 a 28 dias)
OS DIVERSOS APARELHOS
Tempo de permanência na unidade de cuidados
Geral neonatais, doenças.
Febre, cefaleia, choro, irritabilidade, emagrecimento Mórbidos
ou ganho de peso e edema. Idade de aparecimento das doenças, duração e
Pele e anexos tratamento recebidos, acidentes, cirurgias e
Existência de lesões, descrevendo o tipo e a internações.
localização; alterações observadas nos cabelos ou Alimentares
unhas. Período de amamentação exclusiva ao seio
Cabeça materno, início do processo de desmame, motivo
Olhos: secreção, hiperemia ou lacrimejamento, do início do desmame, época de introdução de
alteração da acuidade visual; alimentos complementares ao seio materno (água,
Nariz: coriza, obstrução nasal ou epistaxe; chá, suco e polpa de frutas, papa salgada), como foi
Ouvidos: otalgia, otorreia ou alteração da acuidade a aceitação dos alimentos pela criança e se houve
auditiva; intolerância alimentar.
Boca: presença de lesões, descrevendo o tipo e a
ANTECEDENTES FAMILIARES
localização.
Doenças que atinjam ou tenham atingido pais,
Pescoço
irmãos, tios, primos e avós da criança.
Aparecimento de massas palpáveis, gânglios ou dor.
Doenças mais prevalentes na população brasileira,
Tórax
particularmente as de caráter hereditário: diabetes,
Perguntar se há dor ou deformidades.
hipertensão, epilepsia, tuberculose, rinite alérgica,
Aparelho Cardiovascular
asma, dermatite atópica, câncer e coronariopatias.
Taquicardia, bradicardia ou arritmia, dispneia em Investigar doenças regionais.
repouso ou aos esforços, cianose ou edemas. DESENVOLVIMENTO
Aparelho Respiratório NEUROPSICOMOTOR
Tosse, dor de garganta, expectoração.
Descrição, em ordem cronológica, da época de
Aparelho Digestório aparecimento de habilidades motoras, tanto a
Vômito, dor abdominal, diarreia, obstipação ou motricidade grosseira quanto a fina, bem como a
eliminação de vermes. aquisição de linguagem gestual e falada, o desenvolvi-

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mento do controle esfincteriano e o desenvolvimento
Fatores de risco para doença diarreica e parasitoses
socioafetivo da criança (seu relacionamento com os
intestinais
membros da família, com outros familiares, amigos e Ausência de água tratada;
no ambiente escolar). Ausência de filtro ou geladeira;
ANTECEDENTES VACINAIS Esgoto não canalizado.
Fatores de risco para doenças dermatológicas
Quais vacinas já foram aplicadas, o número de doses Presença de insetos;
de cada uma e a idade em que foram aplicadas. Para Animais domésticos.
cada vacina, deve-se pedir que a mãe descreva
possíveis eventos adversos, locais ou sistêmicos. HÁBITOS ATUAIS
Alimentares
RELACIONAMENTOS
Quem ajuda a criança a comer;
FAMILIARES Quais utensílios (pratos) e talheres (colheres, garfos)
É importante perguntar há quanto tempo os pais são utilizados;
são casados, se moram juntos ou se a criança mora Descrição do dia alimentar (horários, tipo e
somente com algum deles, verificar se a gestação quantidade de alimentos consumidos);
foi planejada, informar sobre como foi a aceitação Frequência semanal do consumo de alimentos: de
da criança, que significados o filho tem em suas origem animal (carnes, ovos, leite e derivados) e de
vidas e quais são as suas expectativas no cuidado de origem vegetal (leguminosas: feijão, ervilha, lentilha
seus filhos. Para aprofundar o entendimento do e grão de bico, cereais: arroz, pão, macarrão, milho,
vínculo mãe-filho e pai-filho, perguntar à mãe e ao aveia e cevada; hortaliças: vegetais folhosos, frutas e
pai como descreveriam o seu filho. legumes).
Se os pais forem separados, deve-se perguntar de Intestinais
quem é a guarda, com que frequência o pai (ou a Frequência e características das fezes.
mãe) visita o filho, como é a participação deste na Urinários
vida e na educação da criança ou adolescente. Em Frequência e características da urina.
qualquer composição familiar, é necessário Sono
perguntar de que forma os pais participam da vida Períodos de sono: noturno, matutino e vespertino.
de seus filhos, dos cuidados, do banho, quem os Despertares noturnos.
colora para dormir, quem ajuda na alimentação e Em que quarto e em que cama a criança dorme.
nas tarefas escolares, verificando, assim, como eles Quem coloca a criança para dormir.
amparam os seus filhos nas diferentes atividades Se há problemas relacionados ao sono ou à hora de
diárias. É útil, também, verificar em quais lugares a dormir.
família residiu. É importante conhecer os outros Banho Corporal
familiares que participam mais frequentemente da
Número de vezes, horário, produtos utilizados no
vida da criança.
banho, duração.

HABITAÇÃO Higiene Bucal


Limpeza da boca (para crianças que ainda não
Características da casa apresentaram erupção dentária).
Fatores de risco para as doenças infectoparasitárias Escovação dentária: frequência, técnica e uso de
Relação pessoa-cômodo igual ou maior que 3. creme dental.
Lazer
Fatores de risco para doenças respiratórias
Quais brinquedos a criança mais utiliza.
Ventilação inadequada;
De quais brincadeiras a criança mais gosta.
Baixa temperatura da casa, influenciada pela
Se assiste à televisão e quantas horas por dia.
insolação e pelo tipo de teto;
Com quem a criança brinca.
Umidade;
Com que frequência a criança passeia.
Poeira doméstica, mais presente se houver tapetes,
Quais são os seus passeios preferidos.
cortinas ou carpetes;
Plantas;
Animais domésticos;
Bichos de pelúcia.

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EXAME FÍSICO
em pediatria
1. Em caso de balança mecânica, verificar se está
GERAL calibrada.
2. Coloque a criança, com o mínimo de roupa possível,
Peso
no centro da balança.
Do nascimento até 2 anos de idade ou se a criança
3. Criança em posição ereta, com os braços estendidos
pesar menos de 16 kg
Balança eletrônica ou mecânica. ao longo do corpo, pés juntos.
As crianças deverão ser pesadas sem roupa (é 4. Anotar o valor encontrado.
importante retirar inclusive a fralda). Em caso de balança mecânica: mova o cursores sob
a escala numérica. Primeiro o maior, para os quilos
(segundo uma estimativa do peso da criança). Em
seguida, o menor, para os gramas, até que a balança
seja equilibrada (agulha do braço e o fiel da balança
nivelados). Trave a balança e faça a leitura.

0 1 2

Demonstração
Demonstração

Maiores de 2 anos de idade ou com peso acima de 16


kg
Estatura
Do nascimento até 2 anos de idade
Balança tipo plataforma mecânica ou eletrônica.
Utiliza-se uma régua apropriada para esse tipo de
Tanto as crianças maiores quanto as menores
medição: a régua antropométrica, ou antropômetro.
deverão ser pesadas sem roupa.

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1. Deitar a criança no centro do antropômetro,
descalça e com a cabeça livre de adereços.
2. Manter, com a ajuda da mãe/outra pessoa: a cabeça
apoiada firmemente contra a parte fixa do
equipamento, com o pescoço reto e o queixo
afastado do peito; os ombros totalmente em
contato com a superfície de apoio do antropômetro;
os braços estendidos ao longo do corpo;
3. Manter as nádegas e os calcanhares da criança em
pleno contato com a superfície que apoia o
antropômetro.
4. Pressionar, cuidadosamente os joelhos da criança
para baixo, com uma das mãos, de modo que eles
fiquem estendidos; juntar os pés, fazendo um
ângulo reto com as pernas. Levar a parte móvel do
equipamento até a planta dos pés, com cuidado
para que não se mexam.
5. Fazer a leitura do comprimento quando estiver
seguro de que a criança não se moveu da posição
indicada.
6. Anotar o valor obtido.

Demonstração

Crianças com mais de 2 anos e adultos


Antropômetro vertical.
Criança posicionada descalça no centro do
equipamento, com a cabeça livre de adereços.
1. Manter a criança de pé, ereta, com os braços
estendidos ao longo do corpo, a cabeça erguida,
olhando para um ponto fixo na altura dos olhos.
2. Manter os calcanhares, ombros e nádegas da
criança em contato com o antropômetro/parede.
3. Os ossos internos dos calcanhares devem se tocar,
bem como a parte interna de ambos os joelhos; os
pés unidos mostram um ângulo reto com as pernas.
4. Abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a
contra a cabeça, com pressão suficiente para
comprimir o cabelo. Retirar a criança quando tiver
certeza de que o mesmo não se moveu.
5. Realizar a leitura da estatura, sem soltar a parte
móvel do equipamento.
6. Anotar o resultado.

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Envergadura
Com os braços estendidos, perpendiculares ao
corpo, é realizada medição desde a extremidade do
terceiro pododátilo de uma das mãos até o mesmo
ponto da outra mão, passando-se uma fita métrica
por trás dos ombros.
Segmentos
Segmentos: o segmento superior (SS) é obtido
subtraindo-se a medida do segmento inferior (SI) da
estatura total.

Demonstração
Perímetro Cefálico (PC)
Deve ser medido regularmente durante os dois
primeiros anos.
A fita deve ser posicionada sobre os pontos de
referência (occipício e glabela), passar por toda a
cabeça e não deve passar sobre o pavilhão auricular.

Técnica:
1. Passar a fita métrica por debaixo da cabeça.
2. Posicionar a fita na proeminência occipital.
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3. Posicionar a fita na região da glabela.

Ao nascer:
Por volta de 35 cm.

Expectativa:
1º trimestre: 2 cm/mês;
2º trimestre: 1 cm/mês;
2º semestre: 0,5 cm/mês.
1º ano: ganho de aproximadamente 10-12 cm do
valor inicial.

Perímetro Abdominal (PA)


Técnica:
1. Colocar a fita métrica por debaixo do paciente,
certificando-se de que ele está sem blusa a fim de
que a medida seja precisa.
2. Passar a fita a nível da cicatriz umbilical.

Ao nascer:
O abdome é semigloboso, tendo o PA 2 a 3 cm a
menos que o PC.

Demonstração
(Perímetro Cefálico, Torácico e Abdominal)

Perímetro Torácico (PT)


Técnica:
1. Colocar a fita métrica por debaixo do paciente,
certificando-se de que ele está sem blusa a fim de
que a medida seja precisa.
2. Passar a fita por cima da linha intermamilar.

Relação PC/PT (expectativa)


Ao nascer PC é cerca de 2 cm maior que PT (PC >
PT)
Aos 6 meses PC = PT (tendência)
Adulto PT = 2 x PC

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Perímetro Braquial
Técnica: Demonstração
1. Medir o ponto médio entre o extremo do ombro
(acrômio ou processo acrômico) e o extremo do
cotovelo (olécrano ou processo olecrânio).

Ao nascer
De modo geral, a criança a termo nasce com um
perímetro braquial de aproximadamente 10 cm, e
no primeiro ano de vida há um acréscimo de 4 a 6
cm.
Posteriormente, os incrementos são menores, cerca
Circunferência do Quadril
de 0,5 a 1 cm por ano.
No final da adolescência, alcança em torno de 25 e Técnica:
23 cm, respectivamente. 1. A criança deve estar de pé, ereta, coxas unidas e
braços ao longo do corpo.

Demonstração 2. A circunferência do quadril é obtida passando uma


fita métrica na altura da maior circunferência das
nádegas.

Demonstração

Circunferência da Cintura
Técnica:
1. A criança deve estar de pé, ereta, abdome relaxado,
braços estendidos ao longo do corpo e as pernas
paralelas, ligeiramente separadas. Circunferência da Coxa
2. A roupa deve ser afastada, de forma que a região da Técnica:
cintura fique despida. A medida não deve ser feita 1. A criança deve estar de pé, ereta, coxas afastadas e
sobre a roupa ou cinto. braços ao longo do corpo.
3. Deve-se realizar uma marcação pequena a caneta 2. Deve-se realizar uma marcação pequena a caneta
no ponto médio entre a borda inferior da última no ponto médio entre o ligamento inguinal e a
costela e o osso do quadril (crista ilíaca), visualizado patela.
na frente da pessoa, do lado direito ou esquerdo. 3. Neste local, a fita métrica é colocada ao redor da
4. Deve-se segurar o ponto zero da fita métrica com coxa.
uma mão e com a outra passar a fita ao redor da 4. Anota-se a medida.
cintura sobre a marcação realizada.
5. Deve-se verificar se a fita está no mesmo nível em
todas as partes da cintura; não deve ficar larga, nem
Demonstração
apertada.
6. Pedir à pessoa que inspire e, em seguida, que expire
totalmente. Realizar a leitura imediata antes que a
pessoa inspire novamente.
7. Anotar a medida.

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Relações Antropométricas
Relação Cintura-Estatura (RCEst)

RCEst = Circunferência da Cintura (cm)


_______________________________
Estatura (cm)
Razão ≥ 0,5/0,55 = maior risco cardiometabólico.

Relação Cintura-Quadril (RCQ)

RCQ = Circunferência da Cintura (cm)


Circunferência do Quadril (cm)
Pregas Cutâneas
Técnica:
1. Deve-se procurar o ponto anatômico adequado.
2. Utilizando o polegar e o dedo indicador da mão
esquerda, afastados o suficiente, eleva-se a dobra
aproximadamente 1 cm.
3. Deve-se apreender a dobra perpendicularmente
com o compasso 1 cm abaixo do ponto de reparo,
por cerca de quatro segundos.

Pontos adequados para medida de algumas das


dobras cutâneas:
Bicipital: em sentido longitudinal, medir a dobra
cutânea na projeção do ponto mesoumeral na face
anterior do braço.
Tricipital: sobre o tríceps, no ponto médio de uma
linha imaginária entre o ponto distal e o proximal do
tríceps (parte posterior do braço).
Subescapular: prega oblíqua medida
imediatamente abaixo da extremidade do ângulo
inferior da escápula.
Peitoral: no adolescente, a metade da distância
entre a linha axilar anterior e o mamilo é utilizada
como referencial. Na adolescente o ponto referente Exames para investigação
ao terço da distância da linha axilar anterior é a BTF
mama. Hemoglobina
Abdominal: prega vertical ou horizontal tomada a Hematócrito
2,5 cm à direita da cicatriz umbilical. Reticulócitos
Coxa: prega vertical medida na linha média da coxa, Coombs direto
a dois terços da distância entre a patela e o quadril. Tipagem sanguínea RN e mãe
Perna: a medição deverá ser feita na parte medial
da perna, no ponto de maior circunferência. Indicação de fototerapia
Icterícia RN com mais de 35 semanas de vida: BT de acordo
É a coloração amarelada da pele. com horas de vida - gráfico de Bhutani.
O aparecimento é bastante comum entre os recém- RN com doença hemolítica ABO ou Rh: gráfico de
nascidos, se ocorrer entre 48 a 120 horas de vida. Bhutani para indicação, considerando fatores de
Deve-se considerar um achado preocupante se risco.
surgir durante as primeiras 24 horas de vida. RN prematuro:
- <1000g: BT maior ou igual à 6
- 1000g a 1500g: BT entre 7 e 9
- 1500g a 2000g: BT entre 10 e 12
- 2000g a 2500g: BT entre 12-14
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9
Fototerapia
Luzes azuis
preferenciais - 425 a 475 nM.
são Textura da pele 0 0 5 110 15 20

Luzes brancas frias com


Forma da orelha 0 8 16 24
espectro entre 550-660 nM.

Índice de APGAR
Glândula mamária 0 5 10 15

0 1 2 Formação do mamilo 0 5 10 15
Frequência cardíaca Ausente < 100 > 100
Pregas plantares 0 5 10 15 20
Frequência Eficaz
Ausente Irregular
respiratória (choro) K = 204

Tônus muscular Hipotonia Alguma Flexão e


flexão mov. ativos K + soma de pontos = idade gestacional em dias

Desvio padrão +- 8,4 dias


Irritabilidade reflexa Ausente Careta Choro
Textura da pele
Cor Cianose ou Acrocianose Róseo 0 ponto: muito fina
palidez 5 pontos: fina e lisa
10 pontos: mais grossa, discreta descamação
Acrônimo
superficial
A: aparência (cor da pele).
15 pontos: grossa, rugas superficiais, descamação
P: pulso (frequência cardíaca.
nas mãos e pés
G: gesticulação (irritabilidade reflexa).
20 pontos: grossa, apergaminhada, com gretas
A: atividade (tônus muscular).
profundas
R: respiração (frequência respiratória).
Forma da orelha
0 ponto: chata, disforme, pavilhão sem curvatura
O teste é feito em 3 tempos: no 1º minuto, no 5º
8 pontos: pavilhão parcialmente encurvado na
minuto e no 10º minuto de vida, anotando todos os
borda
valores encontrados.
16 pontos: pavilhão parcialmente encurvado em
toda parte superior
Interpretação
15 pontos: pavilhão totalmente encurvado
7 a 10: boa vitalidade.
4 a 6: asfixia moderada. Glândula mamária
0 a 3: asfixia grave. 0 ponto: não palpável
Escore de Capurro 5 pontos: palpável menos que 5 mm
O Escore de Capurro é importante para avaliar o 10 pontos: entre 5 e 10 mm
risco de patologia neonatal. 15 pontos: maior que 10 mm
Seu uso é universal entre obstetras e Formação do mamilo
neonatologistas para identificar a maturidade do 0 ponto: apenas visível
feto. 5 pontos: aréola pigmentada, diâmetro menor que
A idade gestacional pode ser calculada pela data da 7,5 mm
última menstruação (DUM), pela diferença dos dias 10 pontos: aréola pigmentada, pontiaguda,
entre esta data e a data do parto (DP)/7, (ou seja, DP diâmetro menor que 7,5 mm, borda não levantada
- DUM), pela USG ou pelo método de Capurro. 15 pontos: borda levantada, diâmetro maior que 7,5
Método de Capurro Somático mm
Pregas plantares
0 ponto: sem pregas
5 pontos: marcas mal definidas sobre a parte
anterior da planta
15 pontos: marcas bem definidas sobre a metade
anterior e sulcos no terço anterior
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10
20 pontos: sulcos em mais da metade anterior da Desenvolvimento Neuropsicomotor
planta

Forma da
orelha

Glândula
mamária

Formação
do
mamilo

Textura
da pele

Pregas
plantares

Método de Capurro Somático e Neurológico

Forma da orelha 0 0 8 1
16 24

Textura da pele 0 5 10 15 20

Glândula mamária 0 5 10 15

Pregas plantares 0 5 10 15 20

Sinal do xale 0 6 12 18

Posição da cabeça ao
0 4 8 12
levantar o RN

K = 200

K + soma de pontos = idade gestacional em dias

Desvio padrão +- 8,4 dias

Sinal do xale
0 ponto: cotovelo alcança a linha anterior do lado
oposto
6 pontos: cotovelo situado entre a linha axilar
anterior do lado oposto e a linha média
12 pontos: cotovelo situado ao nível da linha média
18 pontos: cotovelo situado entre a linha média e a
linha axilar anterior do mesmo lado
Reflexos Primitivos
Posição da cabeça ao levantar o RN Reflexo de Moro
0 ponto: cabeça total deflexionada, ângulo torácico É desencadeado por queda súbita da cabeça,
270° amparada pela mão do examinador. Observa-se
4 pontos: ângulo cervicotorácico entre 180° e 270° extensão e abdução dos membros superiores
8 pontos: ângulo cervicotorácico 180° seguida por choro.
12 pontos: ângulo cervicotorácico menor de 180°

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Demonstração

Demonstração

Sucção Reflexa
É desencadeado pela estimulação dos lábios.
Observa-se sucção vigorosa. Sua ausência é sinal de
disfunção neurológica grave.

Preensão Palmar
É desencadeado pela pressão da palma da mão.
Observa-se flexão dos dedos.

Reflexo de Busca Preensão Plantar


É desencadeado por estimulação da face ao redor É desencadeado pela pressão da base dos artelhos.
da boca. Observa-se rotação da cabeça na tentativa Observa-se flexão dos dedos.
de “buscar” o objeto, seguido de sucção reflexa do
mesmo.

Reflexo Tônico-Cervical Assimétrico (Reflexo de


Magnus e De Kleijn ou Reflexo do Esgrimista)
É desencadeado por rotação da cabeça enquanto a
outra mão do examinador estabiliza o tronco do RN.
Observa-se extensão do membro superior ipsilateral
à rotação e flexão do membro superior
contralateral. A resposta dos membros inferiores
obedece ao mesmo padrão, mas é mais sutil.

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Apoio Plantar
É desencadeado pelo apoio do pé do RN sobre Demonstração
superfície dura, estando este seguro pelas axilas.
Observa-se extensão das pernas.
Marcha Reflexa
É desencadeado por inclinação do tronco do RN
após obtenção do apoio plantar. Observa-se
cruzamento das pernas, uma à frente da outra.

Reflexo de Escada ou de Colocação (Placing)


É desencadeado por estimulo tátil do dorso do pé
estando o bebê seguro pelas axilas. Observa-se
elevação do pé como se estivesse subindo um
degrau de escada. É o único reflexo primitivo com
integração cortical.

Demonstração

Reflexo Cutâneo-Plantar Extensor


A fim de avaliar o reflexo cutâneo-plantar, o
examinador deve estimular a porção lateral do pé
da criança, no sentido proximal-distal.
Após realizar esse movimento, será observada a
extensão do hálux que, apesar de ser um indicativo
de lesão neurológica no adulto, é considerado
Reflexo de Galant (Reflexo de Encurvamento do
normal na criança até os 18 meses de vida.
Tronco)
É desencadeado por estímulo tátil na região dorso
lateral. Observa-se encurvamento do tronco
ipsilateral ao estímulo.

Reflexo de Landau
Posição de teste: criança em suspensão ventral.
Estímulo 1: extensão passiva ou ativa da cabeça
Resposta: desencadeamento do tônus extensor,
havendo extensão de tronco, quadril, membros
superiores e inferiores.
Estímulo 2: flexão passiva ou ativa da cabeça
Resposta: flexão de tronco, quadril, membros
superiores e inferiores.

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ESPECÍFICO
Crânio
Procurar por assimetrias no crânio que, com
frequência, são transitórias e variam de acordo com
a apresentação fetal na hora do parto.
Palpar suturas. Cavalgamentos, que são as
Reflexo do Paraquedista
sobreposições das bordas, são comuns,
É desencadeado colocando-se a criança de ponta
principalmente no parto normal e desaparecem em
cabeça. Observa-se a extensão dos braços para
poucos dias.
frente, como se fosse para amparar a queda. É o
último reflexo postural a aparecer. Está presente a
partir de 8 a 9 meses de idade. Deve estar
obrigatoriamente presente aos 12 meses. Não
desaparece.

Reflexo de Propulsão ou de Reptação


Consiste no deslocamento para frente, quando o
bebê é colocado de bruços e tem apoio no dorso
dos pés. Ou seja, o recém-nascido tem o reflexo de
rastejar quando estimulado. Desaparece em três
meses.

Reflexos

Demonstração
Fontanelas
Ao palpar as fontanelas deve-se avaliar:
Tensão.
Tamanho.
Abaulamento ou depressão.
Pulsações.

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14
A fontanela anterior (bregmática) representa cerca Osteoarticular
de duas polpas digitais ao nascimento, fechando No recém-nascido e nos bebês, o diagnóstico da
por volta do 9º ou 18º mês de vida. Quando Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) é
abaulada, sugere aumento da pressão eminentemente clínico e realizado com as
intracraniana; já quando deprimida, é indicativo de manobras de Ortolani e de Barlow.
desidratação.
A fontanela posterior (lambdoide) mede cerca de Manobra de Ortolani
uma polpa digital ao nascimento e fecha-se por A manobra é realizada com a criança em decúbito
volta do 1º ou 2º mês de vida. dorsal com os quadris e os joelhos em posição de
flexão de 90°.
A coxa do quadril em exame é abduzida (isto é, o
joelho é movido longe da linha média na posição de
perna de rã) e delicadamente puxada
anteriormente.
A instabilidade é indicada pela palpação, às vezes
um clique audível da cabeça do fêmur movendo-se
sobre o arco posterior do acetábulo e recolocação
na cavidade.

Palpando o couro cabeludo também pode-se Manobra de Barlow


identificar: A coxa do paciente é mantida em ângulo reto com
Bossa serossanguinolenta: edema de partes moles o tronco, em posição de adução.
na área de apresentação fetal, não respeita os Com os quadris fletidos em 90º, pressiona-se a
limites ósseos e sua regressão ocorre nos primeiros região medial da coxa com o polegar exercendo
dias pós-parto. uma pressão em direção lateral ao mesmo tempo
em que se pressiona o quadril para região posterior.

Cefalohematoma: rompimento de um vaso


subperiosteal secundário ao traumatismo do parto,
tem consistência líquida e restringe-se aos limites
ósseos. Demora mais a regredir do que a bossa.

Demonstração

Maria Eduarda Andrade


15
Sexo masculino
Sinal de Galeazzi
Pênis
Um outro sinal tardio é o de Galeazzi ou de Allis:
com a criança deitada e com os joelhos fletidos, eles
Tamanho
não estarão na mesma altura, denotando já a
Comprimento aparente e real (CRTmax) do pênis
diferença de comprimento entre os membros
flácido sob tração máxima.
inferiores.
Micropênis (média - 2,5 desvio padrão) de acordo
Evidentemente este sinal será mais claro nos casos
com as diferentes faixas etárias e com os diferentes
unilaterais.
graus de maturação sexual de Tanner.

Fimose
Como examinar?
Decúbito dorsal horizontal.
Polegar e indicador das duas mãos.
Retração do prepúcio em direção à base do pênis.
Genital
Sexo feminino
O tamanho dos grandes lábios depende do
depósito de gordura e da IG; e o sulco entre os
pequenos e grandes lábios é recoberto por vérnix.
Observa-se o hímen ao afastar os pequenos lábios. A
saída de secreção esbranquiçada ou translúcida é
decorrente do estrógeno materno. No 2º ou 3º dia Hipospádia
de vida pode ocorrer sangramento vaginal. A Caracterizam-se por três características morfológicas:
impermeabilidade do hímen leva à hidrocolpos 1. Prepúcio incompleto, redundante na região dorsal
(acúmulo de secreções na vagina) e se manifesta do pênis e ausente/hipotrófico ventralmente
pelo hímen abaulado. Hipertrofia do hímen é (capuchão).
comum e sem significado clínico. 2. Meato urinário morfologicamente anormal,
Também é importante observar o orifício da uretra e localizado proximal à extremidade da glande e na
da vagina. face ventral do pênis.
Hipertrofia do clitóris e fusão posterior dos grandes 3. Encurvamento peniano em repouso e/ou em
lábios devem ser investigadas. ereção.

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Os vários tipos
de hipospádia

Interpretação
1 = 2 mL.
2 = 5 mL.
3 = 10 mL.
Epispádia
4 = 15 mL.
O orifício uretral se localiza na face dorsal do pênis.
5 = 20 mL.
A maioria tem o orifício uretral proximal no pênis e é
6 = 25 mL.
acompanhada de incontinência urinária por
malformação dos esfíncteres urinários, diástase
Adolescentes: volumes testiculares D e E quase
púbica (palpável ao exame físico e comprovada em
iguais. Se a diferença for maior que 20%, deve-se
radiografias simples da bacia) e encurvamento
procurar algum fator interferindo.
dorsal do pênis, que habitualmente é menor do que
Adultos: o volume testicular pode ter entre 12 e 30
a média.
mL.

Demonstração

A partir de
1min30s

Criptorquidia
A criptorquidia ocorre quando um testículo ou os
dois ficam parados em algum ponto a caminho da
bolsa escrotal.
Bolsa Escrotal e Testículos
Técnica
Tamanho Deve ser feito em ambiente aquecido e confortável,
Método gráfico para mensuração do volume testicular. para evitar atividade cremastérica excessiva.
1. Lavagem das mãos. 1. Inicialmente, a bolsa escrotal é palpada entre dois
2. Calçar luvas de procedimento. dedos, em setido craniocaudal, em busca de
3. Paciente em decúbito dorsal, despido na região individualizar testículos tópicos e suas
genital. características de tamanho e consistência.
4. Deve-se, com uma das mãos, isolar o testículo do 2. A seguir, se não tiver sido individualizado um
restante da bolsa escrotal, tentando deixar a menor testículo, a mão não dominante do examinador é
quantidade de tecido possível ao redor dele. colocada na região inguinal, comprimindo
5. Com a outra mão, compara-se o tamanho do ligeiramente a região do anel inguinal interno no
testículo com as elipses do Orquidômetro de sentido caudal (para evitar a migração superior de
Prader. testículos ectópicos ou retráteis), enquanto a mão
Maria Eduarda Andrade
17
dominante busca em toda a região inguinal,
Com uma lanterna, realiza-se a iluminação da
suprapúbica, escrotal e perineal.Essa manobra é
região escrotal. O exame físico é marcado pela
facilitada pela lubrificação da mão que examina, pelo
transiluminação positiva, sendo a técnica auxiliar
relaxamento da criança na posição de cócoras ou
mais comum no diagnóstico de hidrocele.
cruzando o membro inferior ipsilateral sobre a coxa
contralateral.
3. Encontrando-se um testículo, determina-se sua
margem de mobilidade, sua extensão e seu tamanho.

Hidrocele
A hidrocele representa uma coleção de líquido
peritoneal entre as camadas parietal e visceral da
túnica vaginal, que envolve diretamente o testículo
e o cordão espermático, causando na maioria das
Demonstração
vezes um edema testicular indolor. Acredita-se que
as hidroceles surjam de um desequilíbrio de
secreção e reabsorção de líquido da túnica vaginal.

Varicocele
A varicocele é a dilatação das veias que drenam o
sangue dos testículos, causada pelo refluxo de
sangue e incompetência das válvulas venosas.
Típica do adolescente e do escolar, pode ser
Quadro Clínico assintomática, apresentar-se como dor testicular
O principal quadro clínico na hidrocele é de um crônica ou hipotrofia testicular ipsilateral.
abaulamento indolor na região escrotal, que A mensuração testicular cuidadosa é fundamental,
apresenta aumento volumétrico pior durante o dia. inclusive como índice para o tratamento cirúrgico e
A presença de dor e incapacidade geralmente se seguimento de resultados.
relacionam com o tamanho. Sinais flogísticos falam
a favor de condições subjacentes, como epididimite Técnica
e torção testicular. O exame físico necessariamente deve ser feito com
o paciente deitado e de pé. As varicoceles se
Técnica classificam em três graus:
Lavagem das mãos. Grau 1: palpável apenas mediante manobra de
Calçar luvas de procedimento. Valsalva.
Paciente em decúbito dorsal, despido na região Grau 2: palpável sem o uso de manobra de Valsalva.
genital.
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18
Grau 3: visível sem qualquer manobra, com o
Sinal de Prehn: o examinador eleva de forma
paciente de pé (o médico visualiza varizes no saco
mecânica a bolsa escrotal, se o paciente refere alívio
escrotal, na região do cordão espermático,
da dor, dizemos que o sinal é positivo. A a
classicamente chamada de “saco de vermes”).
positividade desse sinal é sugestiva de
orquiepididimite e afasta a suspeita de torção
testicular.

Escroto Agudo
Torção de Testículo
A história clínica é de dor testicular hiperaguda, que
frequentemente ocorre à noite e desperta o
paciente. Frequentemente, a dor é acompanhada
de náuseas e vômitos.

Técnica
Inspeção e palpação testicular: o testículo torcido é
aumentado de volume e extremamente doloroso à
palpação, podendo apresentar o epidídimo em
posição anômala.
Sinal de Brunzel: o testículo vítima de torção estará
mais elevado em relação ao contralateral.
Sinal de Angell: o testículo vítima de torção estará
mais horizontalizada em relação ao contralateral.
Reflexo Cremastérico: leve ascensão de um dos
testículos que ocorre quando passamos o dedo ou
uma haste na porção medial da coxa de um
paciente deitado. Esse reflexo deverá ser induzido e
estará ausente em casos de torção testicular.
Sinal de Ger: a bolsa escrotal, muito precocemente
na evolução do quadro, pode apresentar uma
umbilicação na extremidade inferior.

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CALENDÁRIO
vacinal

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20
Macete
Ao nascer: BB (BCG e Hepatite B).
2 meses: os 4P’s = Penta, Pneumo 10, Piriri
(Rotavírus) e Polio (VIP).
3 meses: 3 de cabeça pra baixo vira um M (Meningo C).
4 meses: repete as de 2 meses (4 P’s).
5 meses: repete a de 3 meses (Meningo C).
6 meses: 5 + 1 (Penta + VIP).
9 meses: febre amarela.
12 meses (1 ano): três melhores presentes (tríplice
viral, Meningo C e Pneumo 10).
15 meses: a debutante vomita tequila (hepatite A,
DTP, VOP e tetra viral).
4 anos: vai voltar a dormir sem febre (varicela, VOP,
DTP e febre amarela).
HPV: meninas e meninos = 9-14 anos.

ESTADIAMENTO DE
Tanner
Feminino

Sequência de eventos: TPM


(telarca, pubarca e menarca).
O pico do crescimento ocorre em
M3. Nesse momento, as meninas
crescem cerca de 8 a 9 cm/ano.
A menarca ocorre em M4 (na fase
de desaceleração).

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21
Masculino

O pico do crescimento ocorre em


G4. Neste momento, os meninos
crescem cerca de 9 a 10 cm/ano.

Comparação com o orquidômetro

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22
CURVAS DE
crescimento
CORRESPONDÊNCIAS ENTRE
AS CURVAS

IMC para idade

ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS
Crianças de 0 a 5 anos incompletos: peso para
idade, peso para estatura, IMC para idade e estatura
para idade.
Crianças de 5 a 10 anos incompletos: peso para
idade, IMC para idade, estatura para idade.
Adolescentes (10 a 19 anos): IMC para idade,
estatura para idade.
Estatura para idade
SEXO MASCULINO
0 a 5 anos
Peso para idade

5 a 10 anos
Peso para idade

Peso para estatura

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23
Peso para estatura

IMC para idade (5 aos 19 anos)

IMC para idade

Estatura para idade (5 aos 19 anos)

Estatura para idade

SEXO FEMININO
0 a 5 anos
Peso para idade
5 a 10 anos
Peso para idade

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24

INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS

IMC para idade (5 aos 19 anos)

Estatura para idade (5 aos 19 anos)

TRIAGEM
neonatal
2. Calçar luvas de procedimentos.
TESTE DO PEZINHO 3. Realizar assepsia no local da punção.
4. Segurar o pé e o tornozelo da criança, envolvendo
Data ideal para coleta: 3º ao 5º dia.
com o dedo indicador e o polegar todo o calcanhar, de
forma a imobilizar, mas evitando prender a circulação.
Técnica
5. Realizar uma punção no calcanhar do bebê, com uma
O calcanhar deve ficar abaixo do nível do coração.
lanceta estéril e descartável.
A punção é feita nas laterais da região plantar do
6. Exercer leve pressão no local da punção para a
calcanhar.
formação de uma grande gota e retirá-la com algodão
1. Lavagem de mãos.
seco ou gaze.
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25
Aguardar a formação de nova gota grande, encostar Resultado
o papel filtro na gota até o preenchimento de todo Fenilalanina com valores superiores a 10 mg/dL em
o círculo, procurando não encostar o papel filtro 2 amostras laboratoriais.
diretamente na pele evitando a sobreposição de
gotas. (Alguns lugares já pingam a primeira gota do Tratamento
sangue nas circunferências do cartão). Dieta com baixo teor de fenilalanina (FAL).
Pingar o sangue nas 5 (cinco) circunferências do
cartão, até o seu total preenchimento. Verificar a Hipotireoidismo Congênito
qualidade da amostra coletada, observando a
impregnação do papel filtro no verso no cartão. Quadro Clínico
Utilizar um algodão para comprimir levemente o
local da punção até cessar o sangramento. Hipotonia muscular;
Dificuldade respiratória;
Cianose;
Icterícia prolongada;
Constipação;
Bradicardia;
Anemia;
Sonolência excessiva;
Livedo reticularis;
Choro rouco;
Hérnia umbilical;
Alargamento das fontanelas;
Mixedema;
Sopro cardíaco;
Dificuldade na alimentação;
Deficiência de crescimento pondero-estatural;
Atraso na dentição;
Retardo na maturação óssea;
Pele seca e sem elasticidade;
Atraso no DNPM;
Retardo mental.

Demonstração Resultado

Exame Valor Interpretação Conduta

< 10 Resultado normal Nenhuma

Convocar para novo


TSH 10-20 Resultado limítrofe
teste do pezinho

Convocar com
urgência para
Algumas doenças detectadas pelo Teste do Sugestivo de
> 20 consulta médica e
hipotireoidismo
Pezinho dosagem venosa de
Fenilcetonúria T4L e TSH

Tratamento
Quadro clínico após 3 meses
Lexotiroxina sódica: reposição de hormônio antes
Atraso global no DNPM, deficiência mental,
da 2ª semana.
comportamento agitado ou padrão autista,
convulsões, alterações eletroencefalográficas, odor
Doença falciforme e outras hemoglobinopatias
característico na urina.

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26
A doença falciforme caracteriza-se por uma
Doença metabólica, hereditária, herança
alteração genética que resulta na produção da
autossômica recessiva.
hemoglobina S. A triagem neonatal para a HbS é de
Defeito no metabolismo da biotina.
fundamental importância para o diagnóstico da
anemia falciforme.
Clínica
No recém-nascido: HbFS = doente.
A partir da 7ª semana.
Distúrbios neurológicos e cutâneos (crises
Clínica
epilépticas, hipotonia, microcefalia, atraso no DNPM,
Anemia hemolítica;
alopécia e dermatite eczematóide).
Crises vaso-oclusivas;
Crises de dor;
Tratamento
Insuficiência renal progressiva;
Biotina em doses diárias.
AVC;
Maior susceptibilidade a infecções;
Toxoplasmose Congênita
Sequestro esplênico.
70% são assintomáticos ao nascer.

Fibrose Cística
Tratamento
Muscoviscidose: doença hereditária grave (padrão
Benefício maior na surdez que nas manifestações
autossômico recessivo).
oculares.
Afeta pulmões e pâncreas.
TESTE DO OLHINHO
Tratamento
Teste do Reflexo Vermelho.
Acompanhamento médico regular;
Suporte dietético;
Técnica
Utilização de enzimas pancreáticas;
Sala escurecida (penumbra) para facilitar a
Suplementação vitamínica (ADEK);
observação dos reflexos.
Fisioterapia respiratória;
Não há necessidade de dilatar as pupilas com
Antibioticoterapia de amplo espectro;
colírios midriáticos.
Vacinação.
1. O oftalmoscópio, com a lente do aparelho ajustada
no “0” (zero, sem poder dióptrico) deve ser
Hiperplasia Adrenal Congênita
posicionado a uma distância de 50 cm a 1 m dos
Conjunto de síndromes transmitidas de forma
olhos do recém-nascido (cerca de um braço
autossômica recessiva que se caracteriza por
esticado).
diferentes deficiências enzimáticas na síntese dos
2. Em seguida, localizam-se os olhos da criança
esteróides adrenais.
através do orifício do equipamento e iluminam-se
suas pupilas.
Diagnóstico Presuntivo
3. Observa-se então, o reflexo vermelho em cada uma
Quantificação da 17-hidroxi-progesterona (17-OHP).
delas, avaliando-se sua presença ou ausência e na
presença, comparar a intensidade e simetria entre
Clínica
os olhos.
Expressa por insuficiência nos glicocorticóides e
mineralocorticóides; e excesso ou insuficiência de
Resultados Possíveis
andrógenos.
Reflexo presente.
Sexo feminino: virilização da genitália externa.
Reflexo ausente.
Sexo masculino: macrogenitossomia não é evidente
Reflexo duvidoso. Quando há assimetria evidente
no recém-nascido.
ou suspeita do reflexo alterado em um e outro olho.
Forma “perdedora de sal”: desidratação que leva ao
óbito em até 2 semanas.
Conduta
Se o reflexo for ausente em um ou ambos os olhos
Tratamento
ou duvidoso, a criança deverá ser encaminhada ao
Contínuo com especialista ao longo da vida.
oftalmologista para realizar exame oftalmológico
completo.
Deficiência de Biotinidase

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Conduta
No caso de suspeita de alguma anormalidade, o
bebê será encaminhado para uma avaliação
otológica e audiológica completa.

Demonstração

Causas do reflexo vermelho alterado


TESTE DO CORAÇÃOZINHO
Catarata congênita;
Glaucoma congênito; Oximetria de Pulso.
Retinoblastoma; Deve ser feito pelo pediatra, antes da alta hospitalar,
Inflamações intraoculares da retina e vítreo; entre 24 e 48 horas de vida.
Retinopatia da prematuridade;
Deslocação da retina; Técnica
Vascularização fetal persistente; Com um aparelho (o oxímetro), mede-se a
Hemorragia vítrea; oxigenação do sangue no membro superior direito
Estrabismo. e em um dos membros inferiores do bebê.

Demonstração Interpretação e Conduta (Procolo Atualizado - 2022)

TESTE DA ORELHINHA
Este exame é feito ainda no hospital, com o bebê
dormindo, a partir de 48 horas de vida. Ele leva de 5
a 10 minutos para ser concluído.

Demonstração
Técnica
O exame é realizado por meio da inserção de uma
minúscula sonda dentro do canal auditivo, capaz de
emitir estímulos sonoros e captar a resposta das
células ciliadas externas da cóclea.

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TESTE DA LINGUINHA
Técnica
Para posicionar adequadamente o bebê, é
solicitado que a mãe ou responsável apoie a nuca
do bebê no espaço entre o braço e o antebraço.
Em seguida, é solicitado que ela segure as mãos do
bebê.
1. Lavagem das mãos.
2. Calçar luvas de procedimentos.
3. Deve-se fazer a elevação da língua do bebê. Para
isso, é utilizada uma manobra específica onde são
introduzidos os dedos indicadores enluvados
embaixo da língua, pelas margens laterais, para que
se possa fazer a elevação. É preciso tomar muito
cuidado para não abrir exageradamente a boca do
bebê e, eventualmente, prejudicar a articulação
temporomandibular.

DISTÚRBIOS DO
crescimento
ESTATURA-ALVO (TH) CRESCIMENTO DEFICIENTE X
Sexo Feminino BAIXA ESTATURA
TH = (Estatura pai - 13) + Estatura mãe
_________________________________ Crescimento Deficiente
2 VC inferior ao percentil 25.
Sexo Masculino Para avaliar a velocidade de crescimento, deve-se
TH = Estatura pai + (Estatura mãe + 13)
_________________________________ realizar medidas seriadas (acompanhar por, no
2 mínimo, 6 meses).
Atenção: na baixa estatura, a curva de crescimento
VELOCIDADE DE de uma criança, mesmo que abaixo do esperado,
CRESCIMENTO (VC) segue em paralelo à curva normal. Já no
crescimento deficiente, ela se desvia da curva de
Considera-se normal o percentil P25-75.
crescimento e deve ser investigada.
Baixa estatura: altura abaixo do P3 da curva de
Média da VC de acordo com a idade
altura usada como referência.
Do nascimento até 1 ano = 25 cm/ano.
1 a 3 anos = 12,5 cm/ano.
3 anos até a puberdade = 5 a 7 cm/ano.
Puberdade (na puberdade como um todo, não no
pico do crescimento!) = meninas: 8 a 10 cm/ano;
meninos: 10 a 12 cm/ano.

Critérios utilizados para baixa estatura/crescimento


deficiente Baixa Estatura
Estatura Z Score - 2DP menor em relação ao Altura abaixo do P3 da curva de altura usada como
mesmo sexo e idade. referência (está crescendo, porém abaixo do
Estatura dentro da normalidade em relação ao esperado!).
mesmo sexo e idade, porém com desvio maior que 1
DP em relação ao TH.
Velocidade de crescimento persistentemente baixa.

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29

BEF RCCP

História Familiar Baixa estatura Retardo puberal

Exame Físico Normal para IC Normal para IO

Compatível com
IO Compatível com IC
a estatura

Exames
Normal para IC Normal para IO
Laboratoriais
Previsão de Altura Baixa de acordo De acordo com o
Final com o alvo alvo genético
Retardo Constitucional de Crescimento e genético
Puberdade (RCCP) e Baixa Estatura Familiar
(BEF)
IO: Idade Óssea.
IC: Idade Cronológica.
IE: Idade Estatural.

DIARREIA AGUDA
e hidratação
Avaliação do Estado de Hidratação do
Paciente

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Manejo do Paciente com Diarreia

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Exemplo Proporção de 1:1
600/2 = 300 mL de cada.
Paciente do sexo feminino, 2 anos, 12 kg, com
desidratação grave.
KCl a 10%: 2mL para cada 100 mL de solução da fase
de manutenção.
Plano C
Total de volume de solução da fase de manutenção:
Fase de Expansão (Fase Rápida)
1100 mL.
Soro Fisiológico a 0,9%:
20 mL --------- 1 kg
2 mL ------- 100 mL
x --------- 12 kg
x ------- 1100 mL
x = 12 . 20 = 240 mL.
100x = 2 . 1100
x = 2200/100 = 22 mL.
Fase de Manutenção e Reposição
Soro Glicosado a 5% + Soro Fisiológico a 0,9% na
Total
proporção de 4:1 (manutenção):
Soro Fisiológico: 240 mL + 220 mL + 300 mL = 760
Peso de 10 a 20 kg: 1000 mL + 50 mL/kg que exceder 10
mL.
kg.
Soro Glicosado: 880 mL + 300 mL = 1180 mL.
1000 mL + 50 mL . 2 = 1000 mL + 100 mL = 1100 mL
KCl: 22 mL.
(total).

Proporção de 4:1
1100/5 = 220 mL (1 parte - Soro Fisiológico).
220 mL . 4 = 880 mL (4 partes - Soro Glicosado).

Soro Glicosado a 5% + Soro Fisiológico a 0,9% na


proporção de 4:1 (reposição):
50 mL --------- 1 kg
x --------- 12 kg
x = 12 . 50 = 600 mL.

EMERGÊNCIAS
pediátricas
MANOBRA DE HEIMLICH EM 1. Coloque o bebê deitado de barriga para baixo em
cima do seu antebraço, com a cabeça mais baixa
LACTENTES que o corpo.
Engasgo Parcial 2. Apoie seu antebraço na sua coxa para ter mais
Como perceber? firmeza.
3. Dê 5 tapas com a base da mão entre os ombros, no
1. O bebê está ofegante e respirando rápido. meio das costas do bebê.
2. O bebê está agitado. 4. Coloque o bebê deitado de costas sobre o outro
3. O bebê está tossindo. antebraço apoiado sobre a coxa.
4. O bebê está chorando. 5. Se o engasgo persistir, faça 5 compressões com dois
Engasgo Total dedos no meio do peito, entre os mamilos (cada
Como perceber? compressão deve ter 4 centímetros - cerca de 2 a 3
dedos - de profundidade).
1. O bebê não consegue tossir ou chorar.
2. Os lábios do bebê estão arroxeados.
3. Sem ar, o bebê pode ficar molinho.
Manobra de Heimlich em Lactentes

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32

Demonstração

OSCE
espelhos
Reflexos Primitivos

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33

Calendário Vacinal

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34

Antropometria

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35

Exame Físico Genital

Emergências Pediátricas

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