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AULA ESTÉTICA

diogo santos
OBJETOS NATURAIS X OBJETOS ARTIFICIAIS

Diferentemente dos entes naturais, os objetos estéticos não surgem sem a intenção do homem,
que destaca pedaços da natureza e cos converte em obras destinadas à contemplação. Toda
criação artística é intencional: ela objetiva um fim que não estava presente no fragmento matéria
que lhe serve de suporte. A natureza não possui um fim: ela não existe para realizar um objetivo,
ela simplesmente existe. Essa ausência de finalidade,contudo, não se estende a obra de arte,
que é um artefato que deve sua existência. ao homem. Esse vínculo do produto com o produtor é
nossa garantia de conhecimento: podemos compreender os objetivos porque:. diversamente dos
naturais, nós mesmos os criamos.
OBJETOS NATURAIS X OBJETOS ARTIFICIAIS
ARTE

A arte foi criada por nós, mas o que é ela?

Sabemos que ela existe, as não do mesmo modo que a natureza. Seus objetivos não têm a
inércia dos seres naturais, embora seja feitas a partir deles. Cada objeto transformado em em
obra adquire um sentido que não possuía anteriormente: ele perde sua indiferença natural e para
integrar um mundo artificial, cujo centro é o homem. Mas esse mundo artificial, que encontra sua
expressão artística na arquitetura, é algo distinto do próprio homem.
OBJETIVO DA ARTE

O objetivo é um ente, uma coisa material finita. Essa finitude indica que ele abriga uma
contradição interna, que define seus limites: ele não é apenas um ser, mas um ser que carrega
dentro de si seu próprio fim, seja no espaço (o ente possui um contorno), seja no tempo (ele
possui uma origem e um fim).
OBJETIVO DA ARTE

Esse distanciamento da arte em relação à existência cotidiana não se processa sem dificuldade.
Tal como nós, nossos produtos também sofrem com nossa finitude: a arte não tem a estabilidade
das pedra, e sim a fugacidade das relações sociais. As obras também morrem: são incapazes de
se defenderam por si mesmas. As que ficam sobrevivem por uma decisão coletiva.
PRÉ-SOCRÁTICOS

As menções à arquitetura nos fragmentos legados prelos pensadores pré-socráticos são


demasiado escassas para que se possa crer que eles tenham elaborado uma teoria da
edificação ou arte. Contudo, onde não há uma resposta, cabe uma pergunta: qual é razão dessa
ausência?

Os primeiros filósofos não estavam preocupados com as questões que afligem os críticos da
atualidade (a natureza do prazer que as edificações suscitam nos indivíduos e os dilemas éticos
encerrados no ato de construir), mas com uma arquitetura anterior e mais fundamental: a
estrutura do universo.
SÓCRATES

O primeiro filósofa a formular uma teoria estética da arquitetura foi Sócrates (480 a.C. - 399
a.C.). A emergência da edificação como tema filosófico não se processou sem uma drástica
simplificação do problema da relação entre homem e mundo. O que distingue Sócrates de seus
antecessores é a redução da questão da imanência do homem ao mundo ) o sujeito faz parte do
objeto) à questão da utilidade do mundo pra o homem.

Os diálogos de Sócrates encerram a primeira estética arquitetônica, o funcionalismo. A teoria


parte do fato básico de que, “em toda verdadeira experiência de arquitetura, a forma é
inseparável da função. A experiência estética, de acordo com algumas versões da teoria, nada
mais é do que uma experiência de função - “a forma segue a função” Louis Sullivan.

Isso não significa que uma função implique em um só forma, a masma finalidae pode ser
expressa por configurações muito diversas.
SÓCRATES
SÓCRATES

Sócrates, um dos mais notórios pensadores gregos, foi um dos primeiros a refletir sobre as
questões da estética. Nos diálogos de Sócrates com Hípias, há uma refutação dos conceitos
tradicionalmente atribuídos ao belo, ele não irá definir o que é belo julgando-se incapaz de
explicar o belo em si.

Sócrates usava seu conhecimento e reflexão para elevar a alma humana (a essência do ser) ao
nível das coisas supremas. Para ele, o ideal de busca do homem deveria ser o bem, o justo, o
amor e o belo e via na ética e na moral, as bases para se alcançar essa elevação.

Ou seja, Sócrates espelhava a beleza em deus e nas coisas divinas.


SÓCRATES

Hípias propôs a Sócrates que o belo fosse o útil. Mas sabemos que são coisas distintas,
porque as coisas úteis não são necessariamente belas e vice versa. O útil está circunscrito a
uma situação particular e relativa; o belo é independente de qualquer condição. O belo julga-
se por si mesmo, ao passo que o útil deseja-se em função de um propósito. Portanto o Belo
na visão de Sócrates estaria ligado ao divino ou algo sem explicação.

A profunda concepção de liberdade e pensamento fazia com que Sócrates questionasse tudo,
das leis humanas aos deuses, dos dogmas aos costumes e isso lhe trouxe a reputação de
corruptor da juventude ateniense, pelo fato de fazer com que os jovens refletissem mais sobre a
vida e os valores tidos como certos.

Tal comportamento era inaceitável para a aristocracia da época e Sócrates foi julgado e
condenado pelo tribunal ateniense. Mesmo diante do tribunal e da certeza de sua condenação,
Sócrates manteve a postura de quem não teme nada, consciente de sua própria consciência, de
que nada fez que merecesse a condenação.
SÓCRATES

Sócrates encerra sua defesa exclamando para uma praça lotada de pessoas: - Não vou
tentar inspirar-lhes piedade e muito menos arrancar-lhes a solução. Lembrem-se apenas que
meu Deus me colocou aqui para manter a Verdade alerta. Se deixarem se convencer pelos
meus acusadores, me matarão. E esse Deus, após minha morte, não lhes enviará mais
ninguém para defender a Verdade. Afundará todos num interminável torpor. Reflitam. E agora
me remeto a vocês que julgam segundo leis que eu respeito. Que a sua decisão seja a
melhor para todos nós.
SÓCRATES

Sócrates é um filósofo grego que nasceu em Atenas, por volta do ano de 470 a.C, e veio a se
tornar um dos mais conceituados pensadores da Antiga Grécia. Não é nenhum exagero se
afirmarmos que foi ele o responsável por fundar o que hoje conhecemos como filosofia
ocidental. Quando iniciou os seus estudos filosóficos, seus primeiros pensamentos tratavam
sobre a essência da alma humana e a natureza.

Para muitos cidadãos atenienses, Sócrates era o mais sábio filósofo da Grécia, e esse
pensamento se perpetua até os dias de hoje, que para muitos estudiosos confirmam essa
afirmativa. Tido como um pobre e vagabundo, ele só trabalhava o suficiente para sobreviver e
sustentar sua família, Xântipe, sua esposa, que era bem mais jovem que ele, seus filho
Lamprocles, Sophroniscus e Menexenus. Mesmo tendo estudado matemática ele preferia
optar pelo conhecimento do homem, tentando buscar explicações para coisas que a ciência da
época não tinha a capacidade de explicar.
SÓCRATES

Uma de suas características bem peculiares era a de que ele gostava de caminhar descalço,
para sentir o chão sob seus pés e ficar parado por horas, apenas pensando sobre alguma
coisa. Ele também tinha o hábito de não tomar banho, essa era uma prática da qual ele não
era muito adepto.

Uma necessidade que Sócrates carregava consigo era a de compartilhar com os outros cidadãos
gregos a sua sabedoria, e ele fazia isso através do diálogo, usando a força da expressão, das
palavras, para tentar levar o conhecimento para todas as pessoas que desejassem entender um
pouco mais sobre as coisas do ser humano e do mundo em geral.

Sócrates nunca escreveu seus pensamentos, muito pelo contrário, ele usava apenas a voz, nada
deixou por escrito para a posteridade, tudo o que sabemos sobre suas ideias foram deixados em
obras de seus discípulos Platão e Xenofontes.
SÓCRATES
SÓCRATES

Frases

• “Conhece-te a ti mesmo, torna-te consciente de tua ignorância e será sábio.” (Maiêutica)

• “Transforme as pedras que você tropeça nas pedras de sua escada.”

• “O que deve caracterizar a juventude é a modéstia, o pudor, o amor, a moderação, a


dedicação, a diligência, a justiça, a educação. São estas as virtudes que devem formar o seu
caráter.”

• “Chamo de preguiçoso o homem que podia estar melhor empregado.” •

“É melhor fazer pouco e bem, do que muito e mal.” •

“Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.” •

“Quatro características deve ter um juiz: ouvir cortesmente, responder sabiamente, ponderar

prudentemente e decidir imparcialmente.”


SÓCRATES

• “A ociosidade é que envelhece, não o trabalho.”

• “Quem melhor conhece a verdade é mais capaz de mentir.”

• “Sob a direção de um forte general, não haverá jamais soldados fracos.”


RECURSOS AUDIOVISUAIS

https://www.youtube.com/watch?v=nSs-tNRZGYI

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