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Brazilian Journal of Development 40415

ISSN: 2525-8761

Os impactos da Epidemia do novo Coronavírus sobre os níveis de


poluentes no município de São Paulo

The impacts of new Coronavirus Epidemic on the levels of pollutants


in in the city of Sao Paulo

DOI:10.34117/bjdv7n4-482

Recebimento dos originais: 07/03/2021


Aceitação para publicação: 19/04/2021

Sheila Regina Sarra


Pós-Doutoranda, Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo,
Departamento de Tecnologia
Rua do Lago 876, Cidade Universitária, 05508- 05508-080 São Paulo, SP, Brasil
E-mail: sheila_sarra@hotmail.com

Roberta Consentino Kronka Mülfarth


Professora Doutora Associada, Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo, Departamento de Tecnologia
Rua do Lago 876, Cidade Universitária, 05508- 05508-080 São Paulo, SP, Brasil
E-mail: rkronka@usp.br

RESUMO
Este estudo apresenta os impactos das medidas de isolamento social adotadas durante a
epidemia do novo coronavírus sobre os níveis de poluentes atmosféricos no Município de
São Paulo. Foram observadas reduções nas concentrações de Particulados MP10 e MP2,5,
Óxidos de Nitrogênio, Dióxido de Nitrogênio, Monóxido de Carbono, Benzeno e Tolueno
durante o período de 22 a 31 de Março de 2020 (início do Isolamento social) em
comparação ao período de 11 a 20 de Março de 2020 (anterior à decretação do Isolamento
Social). A comparação dos meses de Abril de 2020 em relação a Abril de 2019 também
demostrou redução nesses poluentes. Foram afastados os possíveis efeitos de condições
meteorológicas. Conclui-se que as mudanças na forma de trabalho, a redução na
necessidade de dirigir e os novos comportamentos adquiridos no período da epidemia
tiveram impactos positivos sobre os níveis de poluentes atmosféricos na Região
Metropolitana de São Paulo.

Palavras-chave: Poluição atmosférica, ambiente urbano, novo coronavírus.

ABSTRACT
This article shows the impacts of isolation measures adopted during the period of the new
coronavirus epidemic on the levels of atmospheric pollutants in the city of São Paulo. We
found reductions in the levels of Particulates MP10 and MP2,5, Nitrogen Oxides,
Nitrogen Dioxide, Sulfur Dioxide Carbon Monoxide, Benzene and Toluene from 22 to
31 March 2020 (beginning of lockdown period) compared to 11to 20 March 2020. A
comparison of April 2020 and April 2019 also shows differences. Possible influences of
meteorological factors were discarded. We concluded that changes in the way of working,

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reduced need to drive and new behaviors acquired during epidemics period had positive
impacts on the levels of atmospheric pollutants in the city of São Paulo.

Keywords: Atmospheric pollution, urban environment, new coronavirus.

1 INTRODUÇÃO
A poluição no Município de São Paulo (MSP) é um tema que vem trazendo muitas
preocupações, especialmente durante os meses de inverno, quando a dispersão de
poluentes cai, favorecendo a ocorrência de períodos críticos que podem agravar a saúde
da população.
Diversas medidas já foram tomadas para reduzir os níveis de poluentes
atmosféricos. Entre essas medidas estão: controle nas emissões veiculares (automóveis,
veículos comerciais, caminhões, ônibus, motocicletas), alteração do teor de enxofre do
diesel e da gasolina, controle das emissões das indústrias, controle sobre as queimadas,
aumento da rede de transportes alternativos como as ciclovias.
Entre os principais poluentes regulamentados estão: Particulados (MP2,5 e
MP10), Dióxido de Enxofre (SO2), Dióxido de Nitrogênio (NO2), Monóxido de Carbono
(CO) e Ozônio (O3). Esses poluentes apresentam padrões de concentração que são
continuamente monitorados pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo) para prevenção de situações de risco à saúde da população. São também medidos
os níveis de Óxidos de Nitrogênio (NOx), Benzeno e Tolueno.
A CETESB mantém redes de monitoramento automático e manual para o registro
dos parâmetros avaliados. A Figura 1 mostra a rede automática e/ou manual existente na
Região Metropolitana de São Paulo.

Figura 1 - Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar existente na RMSP

Fonte: CETESB (2020)

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Além dos poluentes, são também avaliadas diversas variáveis meteorológicas


capazes de influenciar a qualidade do ar (Umidade Relativa do Ar, Velocidade do Vento,
Temperatura do Ar, Pressão Atmosférica). A ocorrência de chuvas e de ventos,
especialmente associados à chegada dos sistemas frontais, propicia melhor dispersão e
remoção dos poluentes e melhora da qualidade do ar. A baixa umidade do ar se associa a
problemas de poluição, desconforto respiratório e comprometimento de saúde.
Segundo dados da CETESB (2020), as principais fontes de poluentes particulados
MP2,5 na RMSP são os aerossóis secundários (51,0%), veículos totais (37,0%) e
combustão de biomassa (7%) e a ressuspensão de partículas do solo (5,0%). Para MP10,
as principais fontes são Veículos pesados (32,0%), aerossóis secundários (25,0%),
ressuspensão de partículas do solo (25,0%) e processos industriais (10,0%). As principais
fontes de Monóxido de Carbono são as emissões de veículos leves (72,4%) e motocicletas
(19,1%). As principais fontes de óxidos de nitrogênio são as emissões de veículos pesados
(43,6%) e de processos industriais (37,5%). As principais fontes de Dióxido de Enxofre
são os processos industriais (84,4%) e os veículos pesados (11,2%).
Segundo Venkatram e Schulte (2018), as maiores emissões de poluentes no
trânsito urbano se acentuam pelos efeitos das edificações sobre a movimentação do ar e
a dispersão dos poluentes provenientes de veículos. O estudo de Rodrigues et al. (2020)
aponta a influência do uso e ocupação do solo sobre a concentração atmosférica de
poluentes na área urbana do município de Irati (PR). Segundo estudo de Conceição et al.
(2020), a poluição atmosférica gerada pela queima de biomassa também tem trazido
impactos sobre a qualidade do ar nas cidades, relacionando-se especialmente com os
níveis de Monóxido de Carbono, Material Particulado e Dióxido de enxofre.
O Ozônio é um poluente secundário e sua formação na atmosfera depende de
reações fotoquímicas relacionadas aos níveis de radiação solar, especialmente nos meses
de primavera e verão. Os níveis deste poluente não foram foco deste estudo porque a sua
concentração varia conforme os níveis de radiação solar, não mostrando relação direta
com a emissão de poluentes primários.
Em relação aos efeitos sobre a saúde dos habitantes, a Organização Mundial da
Saúde (WHO, 2005) descreve os prejuízos provocados pelos níveis elevados de
Particulados, Dióxido de Nitrogênio, Ozônio e Dióxido de Enxofre. São, também,
discutidos os impactos das mortes prematuras causados por níveis elevados desses
poluentes (WHO, 2016).

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Os efeitos dos poluentes para a saúde dos ciclistas que se locomovem nas cidades
foram estudados por Brasil et al. (2019) em Fortaleza (Ceará). Nas condições impostas
pela prática do esporte, os danos provocados pela inalação de particulados se acentuam
pela maior ventilação pulmonar.
Partindo deste contexto, o presente estudo pretende verificar se as medidas de
isolamento social adotadas durante a epidemia de COVID-19 trouxeram melhora da
qualidade do ar na RMSP. O Decreto N° 64.879 de 20 de Março de 2020 reconheceu o
estado de calamidade decorrente da epidemia de COVID-19 no Estado de São Paulo e
suspendeu atividades não-essenciais até 30 de Abril de 2020.
Diversos estudos têm mostrado que houve diminuição da concentração de
poluentes durante o período de lockdown. Segundo Das et al. (2021), houve redução nas
concentrações médias de NO2, MP2,5 e MP10 no período de 25 de Março a 31de Maio
de 2020 em relação aos 30 dias anteriores. Os níveis de redução variaram conforme a
região analisada. Os níveis de O3 não mostraram redução pelo lockdown. Estudo de
Mahato et a. (2020) demonstraram queda dos níveis de poluentes na cidade de Delhi
durante o período de lockdown. Neste estudo, os autores realizaram análises por meio de
um índice integrado de poluentes e por meio de suas concentrações individuais. Quando
comparados os valores no período que antecedeu o lockdown com os valores durante o
lockdown, verificou-se redução nas concentrações médias de 24 hs de MP10 (60%),
MP2,5 (39%), NO2 (52%) e CO (30%). A redução do índice de poluentes também atingiu
54% na região central da cidade.
O estudo de Moreira et al. (2021) mostrou queda dos níveis de NO2 e de CO
durante os meses de maior isolamento social (outono de 2020) em relação à média
encontrada no outono dos 3 anos anteriores. Não encontraram, porém, reduções
significativas de MP10 e MP 2,5. O estudo de Nakada e Urban (2020) mostrou redução
de NO2, NOx e CO na área urbana do MSP em relação à média mensal dos 5 anos
anteriores e em relação às 4 semanas que antecederam o lockdown.
O estudo de Dantas et al. (2020) na cidade do Rio de Janeiro mostrou redução
dos níveis de CO, NO2 e MP10 durante o período de lockdown em relação ao período
correspondente de 2019 e em relação ao período anterior ao lockdown.
No estudo de Toro et al. (2021), realizado na cidade de Santiago no Chile, também
se verificaram reduções das concentrações de MP10, MP2.5, NO2, NO e CO durante o
período de lockdown, quando comparados com os valores de períodos correspondentes
de 2018, 2019 e 2020. Os autores salientam que os efeitos sobre as concentrações de

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MP10 e de MP2.5 foram de apenas 5% e 11% respectivamente, mostrando a importância


de outras fontes desses poluentes (residencial, indústria, construção e aerossol
secundário). Não houve também alterações significativas nas condições atmosféricas que
pudessem justificar esses efeitos.

2 METODOLOGIA
Este artigo apresenta um estudo comparativo da concentração de poluentes
MP2,5, MP10, CO, NOx, NO2, SO2, Tolueno e Benzeno durante o período de isolamento
social estabelecido pelo Decreto N° 64.879 de 20 de Março de 2020 que reconheceu o
estado de calamidade decorrente da epidemia de COVID-19 no Estado de São Paulo e
suspendeu atividades não-essenciais até 30 de Abril de 2020. Os valores da concentração
desses poluentes foram obtidos nos arquivos disponibilizados pela CETESB (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo) no site do QUALAR.
O estudo se inicia com a apresentação de dados sobre a evolução da epidemia de
COVID-19 no MSP. Foram utilizados os dados referentes ao monitoramento do Índice
de Isolamento Social pelo Governo do Estado de São Paulo disponibilizados no site
oficial. Também foram utilizados os dados sobre intensidade de congestionamentos e
sobre circulação de pessoas apresentados pela FIOCRUZ em seu projeto de
monitoramento da COVID-19.
Em seguida são apresentados os resultados dos estudos comparativos das
concentrações de cada um dos oito poluentes atmosféricos avaliados no estudo.
Por fim são apresentados dados sobre as condições meteorológicas presentes nos
períodos estudados.
A Figura 2 mostra os parâmetros analisados neste estudo e as respectivas fontes
de dados.

Figura 2 – Parâmetros avaliados e fontes de dados

PARÂMETRO AVALIADO FONTE DE DADOS

Índice de Isolamento Social no MSP Governo do Estado de São Paulo

Intensidade de congestionamentos no MSP FIOCRUZ com dados do WAZE

Dados de Circulação de Pessoas para locais de trabalho FIOCRUZ com dados do GOOGLE

Concentração de Particulados MP2,5 CETESB - QUALAR

Concentração de Particulados MP10 CETESB - QUALAR

Concentração de Óxidos de Nitrogênio (NOx) CETESB - QUALAR

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Concentração de Dióxido de Nitrogênio (NO2) CETESB - QUALAR

Concentração de Monóxido de Carbono (CO) CETESB - QUALAR

Concentração de Dióxido de Enxofre (SO2) CETESB - QUALAR

Concentração de Tolueno CETESB - QUALAR

Concentração de Benzeno CETESB - QUALAR


Valores de Umidade Relativa do Ar CETESB - QUALAR

Valores de Velocidade do Vento CETESB - QUALAR

Valores de Temperatura do Ar CETESB - QUALAR


Fonte: Elaborado pelo autor

Foram feitos estudos comparativos da concentração de poluentes atmosféricos


em relação aos seguintes períodos:

ESTUDO COMPARATIVO 1: Comparação das concentrações médias diárias de


poluentes atmosféricos no período de 11 a 20 de Março de 2020 (anterior às medidas de
isolamento social) em relação ao período de 22 a 31 de Março de 2020 (período em que
as medidas de isolamento social tiveram a maior adesão).
ESTUDO COMPARATIVO 2: Comparação das concentrações médias mensais de
poluentes atmosféricos no mês de Abril de 2019 em relação ao mês de Abril de 2020
(período em que as medidas de isolamento social estavam presentes).

3 RESULTADOS DO ESTUDO
Em seguida são apresentados os resultados da evolução da epidemia, das análises
das concentrações dos poluentes e das condições meteorológicas presentes nos períodos
de estudo.

3.1 ESTUDO DA EVOLUÇÃO DA EPIDEMIA NA RMSP


A Figura 3 mostra a evolução do Índice de Isolamento Social em 2020 no MSP.

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Figura 3 – Evolução do Índice de Isolamento Social em 2020 no MSP

Fonte: Dados do Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo de São Paulo

As medidas de isolamento social foram implementadas em São Paulo com o


Decreto N° 64.879 de 20 de Março de 2020. A partir deste momento, o gráfico mostra
um aumento do Índice de Isolamento social. A média do Índice de Isolamento Social foi
para 56% no período de 22 a 31 de Março de 2020. Durante o mês de Abril de 2020, a
média do Índice de Isolamento Social ficou em 52%.
A Figura 4 mostra a intensidade de congestionamentos no MSP no período de
abril de 2020 a dezembro de 2020 em relação a primeira semana de Março de 2020. Em
média, a redução dos congestionamentos foi de 82% em Abril de 2020.

Figura 4 – Intensidade de congestionamentos em 2020 no MSP

Fonte: Fiocruz com dados do Waze

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A Figura 5 mostra como se comportaram as pessoas em relação ao


comparecimento nos locais de trabalho no MSP a partir de Março de 2020. Os dados são
comparativos em relação ao período de 3 de janeiro a 6 de fevereiro de 2020. Verificou-
se que período de 22 a 31 de Março de 2020, o comparecimento no local de trabalho caiu
em média 44%. No mês de Abril, o comparecimento no local de trabalho caiu em média
36%.

Figura 5 –Comparecimento no local de trabalho em 2020 no MSP

Fonte: Fiocruz a partir de dados do Google

3.2 ESTUDO DA CONCENTRAÇÃO DE PARTICULADOS MP 2,5


A Figura 6 mostra as médias diárias de MP2,5 nas estações Congonhas e Marginal
Tietê-Ponte dos Remédios nos períodos de 11 a 20 de Março de 2020 e de 22 a 31 de
Março de 2020. No primeiro período (anterior às medidas de isolamento social), a
concentração média de MP2,5 foi de 15,2 µg/m3 em Congonhas e 19,2 µg/m3 na
Marginal Tietê-Ponte dos Remédios. Esses valores passaram para 11,3 µg/m3 em
Congonhas e para 10,8 µg/m3 na Marginal Tietê-Ponte dos Remédios no período de 22 a
31 de Março de 2020 (com as medidas de isolamento social), mostrando reduções de 25%
e 43% respectivamente.

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Figura 6 –Médias diárias de MP2,5 de 01/03/2020 a 31/03/2020 nas Estações Congonhas e Marginal Tietê-
Ponte dos Remédios

Fonte: CETESB - QUALAR

A Figura 7 mostra a comparação das concentrações médias mensais de MP2,5 em


Abril de 2019 e em Abril de 2020 nas Estações Congonhas e Marginal Tietê-Ponte dos
Remédios. A concentração média mensal de MP2,5 mostrou redução de 22% na Estação
Congonhas e de 11% na Estação Marginal Tietê-Ponte dos Remédios em Abril de 2020
em relação a Abril de 2019.

Figura 7 – Concentração média mensal de MP2,5 em Abril de 2019 e Abril de 2020/

Fonte: CETESB - QUALAR

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3.3 ESTUDO DA CONCENTRAÇÃO DE PARTICULADOS MP10


A Figura 8 mostra as médias diárias de MP10 nas estações Congonhas e Marginal
Tietê-Ponte dos Remédios nos períodos de 11 a 20 de Março de 2020 e de 22 a 31 de
Março de 2020.

Figura 8– Médias diárias de MP10 de 01/03/2020 a 31/03/2020 nas Estações Congonhas e Marginal Tietê-
Ponte dos Remédios

Fonte: CETESB – QUALAR

No primeiro período (anterior às medidas de isolamento social), a concentração


média de MP10 foi de 30,3 µg/m3 em Congonhas e 31,9 µg/m3 na Marginal Tietê-Ponte
dos Remédios. Esses valores passaram para 21,7 µg/m3 em Congonhas e para 19,8 µg/m3
na Marginal Tietê-Ponte dos Remédios no período de 22 a 31 de Março de 2020 (com as
medidas de isolamento social), mostrando reduções de 28% e 38% respectivamente.
A Figura 9 adiante mostra a comparação das concentrações médias mensais de
MP10 em Abril de 2019 e em Abril de 2020 nas Estações Congonhas e Marginal Tietê-
Ponte dos Remédios. A concentração média mensal de MP10 mostrou redução de 10%
na Estação Congonhas e de 12% na Estação Marginal Tietê-Ponte dos Remédios em Abril
de 2020 em relação a Abril de 2019.

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Figura 9 – Concentração média mensal de MP10 em Abril de 2019 e Abril de 2020/

Fonte: CETESB – QUALAR

3.4 ESTUDO DA CONCENTRAÇÃO DE NOx


A Figura 10 mostra as médias diárias de NOx nas estações Congonhas e Marginal
Tietê-Ponte dos Remédios nos períodos de 11 a 20 de Março de 2020 e de 22 a 31 de
Março de 2020. No primeiro período (anterior às medidas de isolamento social), a
concentração média de NOx foi de 90,8 ppb em Congonhas e 150,2 ppb na Marginal
Tietê-Ponte dos Remédios. Esses valores passaram para 57,3 ppb em Congonhas e para
72,6 ppb na Marginal Tietê-Ponte dos Remédios no período de 22 a 31 de Março de 2020
(com as medidas de isolamento social), mostrando reduções de 37% e 52%
respectivamente.

Figura 10– Médias diárias de NOx de 01/03/2020 a 31/03/2020 nas Estações Congonhas e Marginal Tietê-
Ponte dos Remédios

Fonte: CETESB - QUALAR

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A Figura 11 adiante mostra a comparação das concentrações médias mensais de


NOx em Abril de 2019 e em Abril de 2020 nas Estações Congonhas e Marginal Tietê-
Ponte dos Remédios.

Figura 11 – Concentração média mensal de NOx em Abril de 2019 e Abril de 2020/

Fonte: CETESB - QUALAR

A concentração média mensal de NOx mostrou redução de 28% na Estação


Congonhas e de 34% na Estação Marginal Tietê-Ponte dos Remédios em Abril de 2020
em relação a Abril de 2019.

3.5 ESTUDO DA CONCENTRAÇÃO DE NO2


A Figura 12 mostra as médias diárias de NO2 nas estações Congonhas e
Marginal Tietê-Ponte dos Remédios nos períodos de 11 a 20 de Março de 2020 e de 22 a
31 de Março de 2020. No primeiro período (anterior às medidas de isolamento social), a
concentração média de NO2 foi de 103,8 µg/m3 em Congonhas e 89,2 µg/m3 na Marginal
Tietê-Ponte dos Remédios. Esses valores passaram para 55,5 µg/m3 em Congonhas e para
52,9 µg/m3 na Marginal Tietê-Ponte dos Remédios no período de 22 a 31 de Março de
2020 (com as medidas de isolamento social), mostrando reduções de 47% e 41%
respectivamente.

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Figura 12– Médias diárias de NO2 de 01/03/2020 a 31/03/2020 nas Estações Congonhas e Marginal Tietê-
Ponte dos Remédios

Fonte: CETESB - QUALAR

A Figura 13 adiante mostra a comparação das concentrações médias mensais de


NO2 em Abril de 2019 e em Abril de 2020 nas Estações Congonhas e Marginal Tietê-
Ponte dos Remédios. A concentração média mensal de NO2 mostrou redução de 27% na
Estação Congonhas e de 29% na Estação Marginal Tietê-Ponte dos Remédios em Abril
de 2020 em relação a Abril de 2019.

Figura 13 – Concentração média mensal de NO2 em Abril de 2019 e Abril de 2020

Fonte: CETESB – QUALAR

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3.6 ESTUDO DA CONCENTRAÇÃO DE CO


A Figura 14 adiante mostra as médias diárias de CO nas estações Congonhas e
Marginal Tietê-Ponte dos Remédios nos períodos de 11 a 20 de Março de 2020 e de 22 a
31 de Março de 2020. No primeiro período (anterior às medidas de isolamento social), a
concentração média de CO foi de 0,84 ppm em Congonhas e 0,90 ppm na Marginal Tietê-
Ponte dos Remédios. Esses valores passaram para 0,44 ppm em Congonhas e para 0,47
ppm na Marginal Tietê-Ponte dos Remédios no período de 22 a 31 de Março de 2020
(com as medidas de isolamento social), mostrando reduções de 48% e 48%
respectivamente.
A Figura 15 adiante mostra a comparação das concentrações médias mensais de
CO em Abril de 2019 e em Abril de 2020 nas Estações Congonhas e Marginal Tietê-
Ponte dos Remédios. A concentração média mensal de CO mostrou redução de 37% na
Estação Congonhas e de 28% na Estação Marginal Tietê-Ponte dos Remédios em Abril
de 2020 em relação a Abril de 2019.

Figura 14– Médias diárias de CO de 01/03/2020 a 31/03/2020 nas Estações Congonhas e Marginal Tietê-
Ponte dos Remédios

Fonte: CETESB - QUALAR

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Figura 15 – Concentração média mensal de CO em Abril de 2019 e Abril de 2020/

Fonte: CETESB - QUALAR

3.7 ESTUDO DA CONCENTRAÇÃO DE SO2


A Figura 16 mostra as médias diárias de SO2 nas estações Congonhas e Marginal
Tietê-Ponte dos Remédios nos períodos de 11 a 20 de Março de 2020 e de 22 a 31 de
Março de 2020.
No primeiro período (anterior às medidas de isolamento social), a concentração
média de SO2 foi de 1,3 µg/m3 em Congonhas e 1,4 µg/m3 na Marginal Tietê-Ponte dos
Remédios. Esses valores passaram para 1,6 µg/m3 em Congonhas e para 2,1 µg/m3 na
Marginal Tietê-Ponte dos Remédios no período de 22 a 31 de Março de 2020 (com as
medidas de isolamento social), mostrando elevações de 23% e 50% respectivamente.

Figura 16– Médias diárias de SO2 de 01/03/2020 a 31/03/2020 nas Estações Congonhas e Marginal Tietê-
Ponte dos Remédios

Fonte: CETESB - QUALAR

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A Figura 17 adiante mostra a comparação das concentrações médias mensais de


SO2 em Abril de 2019 e em Abril de 2020 nas Estações Congonhas e Marginal Tietê-
Ponte dos Remédios. A concentração média mensal de SO2 mostrou redução de 16% na
Estação Congonhas e não se modificou na Estação Marginal Tietê-Ponte dos Remédios
em Abril de 2020 em relação a Abril de 2019.
Esses resultados mostram que o poluente Dióxido de Enxofre (SO2) não
demonstrou tendência de redução no período de isolamento social. Considerando que a
principal fonte de SO2 no MSP provém de processos industriais (84,4%), esse resultado
fica explicado pelo fato de muitas indústrias não terem suspendido suas atividades.

Figura 17 – Concentração média mensal de SO2 em Abril de 2019 e Abril de 2020/

Fonte: CETESB – QUALAR

3.8 ESTUDO DA CONCENTRAÇÃO DE TOLUENO


A Figura 18 mostra as médias diárias de Tolueno na estação Pinheiros nos
períodos de 11 a 20 de Março de 2020 e de 22 a 31 de Março de 2020.

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Figura 18– Médias diárias de Tolueno de 01/03/2020 a 31/03/2020 na Estação Pinheiros

Fonte: CETESB - QUALAR

No primeiro período (anterior às medidas de isolamento social), a concentração


média de Tolueno foi de 10,5 µg/m3 na estação Pinheiros. Esse valor foi para 5,1 µg/m3
no período de 22 a 31 de Março de 2020 (com as medidas de isolamento social),
mostrando redução de 51%.
A Figura 17 mostra a comparação das concentrações médias mensais de Tolueno
em Abril de 2019 e em Abril de 2020 na estação Pinheiros. A concentração média mensal
de Tolueno mostrou redução de 33% em Abril de 2020 em relação a Abril de 2019.

Figura 19 – Concentração média mensal de Tolueno em Abril de 2019 e Abril de 2020/

Fonte: CETESB - QUALAR

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3.9 ESTUDO DA CONCENTRAÇÃO DE BENZENO


A Figura 20 adiante mostra as médias diárias de Benzeno na estação Pinheiros nos
períodos de 11 a 20 de Março de 2020 e de 22 a 31 de Março de 2020. No primeiro
período (anterior às medidas de isolamento social), a concentração média de Benzeno foi
de 1,9 µg/m3 na estação Pinheiros. Esse valor foi para 0,6 µg/m3 no período de 22 a 31
de Março de 2020 (com as medidas de isolamento social), mostrando redução de 68%.
A Figura 21 adiante mostra a comparação das concentrações médias mensais de
Benzeno em Abril de 2019 e em Abril de 2020 na estação Pinheiros. Verificou-se que a
concentração média mensal de Benzeno mostrou redução de 47% em Abril de 2020 em
relação aos valores de Abril de 2019.

Figura 20– Médias diárias de Benzeno de 01/03/2020 a 31/03/2020 na Estação Pinheiros

Fonte: CETESB - QUALAR

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Figura 21 – Concentração média mensal de Benzeno em Abril de 2019 e Abril de 2020/

Fonte: CETESB - QUALAR

3.10 ESTUDO DAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS NOS PERÍODOS


AVALIADOS
Foram estudados os seguintes parâmetros: Umidade Relativa do Ar, Velocidade
do Vento, Temperatura do Ar e Pressão Atmosférica.
A Figura 22 mostra os gráficos com as médias diárias desses parâmetros e os
valores das médias mensais. Nota-se que as diferenças entre Abril de 2019 e Abril de
2020 são muito pequenas e não justificam as variações observadas nas concentrações de
poluentes entre esses dois meses.

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Figura 22 – Condições Meteorológicas em Abril de 2019 e Abril de 2020/

Fonte: CETESB - QUALAR

Com relação ao mês de Março de 2020, a Figura 23 adiante mostra que as


variações de Umidade Relativa do Ar e de Velocidade do Vento foram bem distribuídas
ao longo do mês. A Pressão Atmosférica não mostrou variações significativas. A
Temperatura do Ar teve variações entre 19°C e 26°C, sendo que os dias mais quentes
ficaram no meio do mês. As variações desses parâmetros não têm dimensão suficiente
para justificar as mudanças nas concentrações de poluentes atmosféricos apontadas neste
estudo. Não ocorreram episódios de inversões térmicas nas faixas até 200m de altura.

Figura 23 – Condições Meteorológicas em Março de 2020/

Fonte: CETESB - QUALAR

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4 CONCLUSÕES
Durante o período de isolamento social motivado pela epidemia de COVID-19
observou-se melhora da qualidade do ar no MSP em razão dos impactos positivos
causados pelas mudanças na forma de trabalho, redução nas necessidades de
deslocamento e adaptações no comportamento dos habitantes. A redução na intensidade
dos congestionamentos e o menor comparecimento aos locais de trabalho levaram a uma
menor emissão de poluentes pelos veículos.
O presente estudo demonstrou que, durante o período de isolamento, houve
redução nas concentrações de Benzeno, Tolueno, Monóxido de Carbono, Óxidos de
Nitrogênio, Dióxido de Nitrogênio e Particulados MP2,5 e MP10. A seguir será discutida
a importância dessas reduções para a saúde da população.
Os poluentes Tolueno e Benzeno são compostos orgânicos voláteis derivados da
emissão veicular pela queima de derivados do petróleo. Suas reduções foram bastante
consistentes durante o período do isolamento social, demonstrando grande potencial de
diminuição por meio de atuações direcionadas ao controle do trânsito de veículos
individuais no MSP. No caso do Benzeno, seu potencial cancerígeno oferece riscos à
população urbana. Em relação ao Tolueno (também conhecido como Metilbenzeno), a
inalação de níveis elevados pode ocasionar danos sobre o Sistema Nervoso Central e pode
levar a quadros neurológicos.
O Monóxido de Carbono é um gás incolor e inodoro que provém da queima de
combustíveis fósseis e biomassa. Sua concentração nos centros urbanos mostra correlação
com as emissões por veículos leves. A inalação de Monóxido de Carbono leva à formação
de carboxihemoglobina (COHb) com comprometimento do transporte de oxigênio pelo
sangue. Dependendo das concentrações de COHb poderão surgir diversos tipos de
sintomas pelos efeitos da hipóxia sobre o Sistema Nervoso Central e sobre diversos
órgãos.
Os Óxidos de Nitrogênio emitidos por veículos leves, veículos pesados e
processos industriais são transformados em Dióxido de Nitrogênio na atmosfera.
Concentrações elevadas de Dióxido de Nitrogênio na atmosfera estão associadas a
aumento na mortalidade e no número de internações por doenças cardiovasculares e
respiratórias. Há também impactos negativos sobre a saúde de crianças portadoras de
asma.
Os poluentes particulados estão associados a diversos problemas de saúde e o
aumento de sua concentração nos ambientes urbanos conduz a um aumento na

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mortalidade por doenças cardiovasculares e respiratórias. A CETESB estima que as


emissões por veículos são responsáveis por 37% dos Particulados MP2,5 presentes no
MSP. Em relação a MP10, 32% seriam provenientes de emissões de veículos pesados e
6,2% viriam das emissões de veículos leves.
Esses dados mostram que o controle dos poluentes atmosféricos é uma questão
muito relevante e intrinsicamente relacionada à saúde pública. A redução da exposição
aos poluentes atmosféricos é capaz de prevenir doenças e mortes prematuras, melhorando
a qualidade e a expectativa de vida da população

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio deste estudo foi possível demonstrar que existe potencial para redução
de poluentes atmosféricos no Município de São Paulo. Mudanças no modo de trabalho,
redução da necessidade de dirigir e novos comportamentos adquiridos durante o período
da epidemia de COVID-19 resultaram em melhora na qualidade do ar, mostrando que
existem alternativas viáveis para o problema da poluição atmosférica no Município de
São Paulo.

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