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HORÁRIO: 16h
OBJETIVO
PROGRAMA
Provar a existência de Deus é uma ambição filosófica muito grande. Uma prova que não
recorre a nenhuma experiência empírica é uma ambição maior ainda, e os argumentos
ontológicos prometem isso. O que é intrigante é que o argumento ontológico seria uma
prova a priori a favor da existência de Deus. Em outras palavras, diferente dos
argumentos cosmológicos e de design, que apelam para evidências empíricas sobre o
início do universo ou o ajuste fino das leis da natureza, o argumento ontológico é um
argumento que independe de quaisquer observações empíricas particulares e pode ser
feito pelo pensamento, apenas. E, curiosamente, esse tipo de argumento conta a favor da
existência de um tipo de Deus entendido como todo poderoso, todo conhecedor e
sumamente bom, que corresponde com a concepção divina das tradições judaica, cristã e
muçulmana. Dessa forma, o argumento ontológico responderia também à grande questão
filosófica acerca da existência: por que existe algo em vez de nada? Existe algo em vez
de nada porque Deus existe, e ele não poderia deixar de existir, uma vez que o argumento
ontológico prova que Deus existe independentemente da existência ou da configuração
do mundo. Embora existam filósofos que rejeitem o projeto do argumento ontológico, os
argumentos nos enredam em divertidos quebra-cabeças filosóficos, desde a filosofia da
linguagem à metafísica.
AVALIAÇÃO
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
AQUINO, Tomás de. Suma Teológica. Tradução de Aldo Vannucchi et al. São Paulo:
Loyola, v. I, 2002.
PLANTINGA, Alvin. Deus, liberdade e o mal. São Paulo: Vida Nova, 2012.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ANSELM. Proslogion: With the Replies of Gaunilo and Anselm. Indianapolis: Hackett,
2001.
NAGASAWA, Yujin. Maximal God: A New Defence of Perfect Being Theism. Oxford:
Oxford University Press, 2017.
PLANTINGA, Alvin. God, Freedom, and Evil. Grand Rapids: Eerdmans, 1974.