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Radiação solar
A variabilidade da radiação solar em Portugal Continental e Insular
➢ radiação solar: energia sob a forma de luz e calor libertada pelo Sol e recebida por
unidade de superfície.
○ radiação solar chega à superfície terrestre de 2 formas:
■ direta: quando atinge diretamente o planeta.
■ indireta: quando chega indiretamente à superfície da terra.
➢ radiação solar global: corresponde a toda a radiação solar que incide, de forma
direta e difusa, sobre a superfície da Terra.
A atmosfera, devido aos processos atmosféricos, exerce uma importante função de cortina
e de filtro, sendo vital para o planeta, uma vez que:
➢ regulariza a temperatura, tendo equilíbrio térmico, através do efeito de estufa;
➢ protege a superfície terrestre de radiação solar, pois em excesso é prejudicial;
➢ permite a vida na Terra, pois é constituído por gases muito importantes para a vida
humana, como o oxigénio.
➢ Solstício de junho: os raios solares incidem com menor inclinação sobre o trópico de
Câncer, ou seja o ângulo de incidência atinge o seu valor mais elevado e a massa
atmosférica o seu valor mais reduzido. Logo a área iluminada é menor, a duração do
dia natural aumenta em latitude, a concentração de energia por unidade de
superfície é mais elevada e no polo norte está-se a meio de um período diurno de 6
meses.
➢ Equinócios de setembro e de março: a inclinação dos raios solares é mínima no
equador. Logo a inclinação dos raios solares é a mesma e a massa atmosférica a
atravessar pelos raios solares é a mesma.
➢ Solstício de dezembro: os raios solares incidem sobre o trópico de capricórnio, ou
seja o ângulo de incidência atinge o seu valor mais reduzido e a massa atmosférica
o seu valor mais elevado. Logo a área iluminada é maior, a concentração de energia
por unidade de superfície diminui em latitude, a duração do dia natural diminui em
latitude e no polo norte está-se a meio de um período noturno de 6 meses.
GEOGRAFIA
➢ a influência do relevo
○ altitude: faz aumentar a radiação solar e a insolação. Sendo esta mais
elevada:
■ a massa atmosférica a atravessar pelos raios solares diminui;
■ à um decréscimo a absorção da radiação solar.
Mas os lugares de maior altitude , estão associados à nebulosidade, logo à uma
diminuição dos valores de insolação e de radiação solar. Logo à medida que a altitude
aumenta à um aumento de nebulosidade, logo há uma redução da insolação e da radiação
solar à superfície da Terra.
○ a orientação das montanhas em relação aos raios solares
■ Em Portugal as vertentes das cordilheiras montanhosas voltadas:
● a norte são as umbrias, ou seja, têm menos horas de sol por
dia e recebem uma menor radiação solar por unidade de
superfície, e como estão expostas a norte o ângulo de
incidência dos raios solares é menor.
● a sul são soalheiras, ou seja, têm mais horas de sol por dia e
recebem uma maior radiação solar por unidade de superfície,
e como estão expostas a sul o ângulo de incidência dos raios
solares é maior.
Os recursos hídricos
A especificidade do clima português
➢ A água é um recurso natural vital para a vida no planeta, é um fator fundamental nos
sistemas naturais e é um recurso insubstituível.
○ é necessário para o desenvolvimento das atividades como:
■ agricultura;
■ indústria;
■ turismo;
■ uso doméstico;
■ transportes.
➢ De 71% de água só 1% pode ser utilizada para o homem, não pode ser utilizada ou
tem utilização limitada:
○ água dos oceanos é salgada;
○ nos continentes:
■ água doce superficial encontra-se no estado sólido;
■ água subterrânea está a mais de 800 metros de profundidade.
➢ Ciclo da água
○ Em cada fase, a água é transferida por evaporação para a atmosfera e
regressa a Terra por precipitação. Assim a água:
■ na superfície terrestre, é transferida por evaporação para atmosfera a
partir dos oceanos e continentes.
■ na atmosfera, condensa-se formando nuvens, para voltar para a
superfície terrestre por precipitação.
GEOGRAFIA
➢ A carta sinótica ou meteorológica, é onde são traçadas as isóbaras, que com estas é
possível identificar os campos de pressão, centros de altas pressões ou anticiclones
e centros de baixas pressões ou depressões barométricas.
➢ Existe então, uma variação zonal dos centros barométricos, verificando-se uma
intercalação, nos dois hemisférios, entre baixas e altas pressões em latitude.
➢ Portugal, devido a sua localização geográfica sofre uma influência mais direta de
duas massas de ar:
○ massa de ar frio polar: formam-se nas altas altitudes junto aos polos ou nas
regiões subpolares.
○ massa de ar quente tropical: origem junto ao equador ou nas regiões
subtropicais ou tropicais.
➢ frente polar: é quando há o confronto entre duas massas de ar. No hemisfério norte,
a massa de ar frio polar é transportada pelos ventos de Leste, deslocando-se para
sul e a de ar quente tropical, transformada pelos ventos de Oeste, desloca-se para
norte.
○ Esta desloca-se para norte no verão e para sul no inverno, atingindo a
latitude de Portugal Continental, deixando o país sob a influência das
perturbações frontais da frente polar condicionando os estados do tempo que
se fazem sentir durante o inverno.
○ Quando esta evolui para uma perturbação frontal é possível individualizar
três setores:
■ setor de ar frio polar anterior;
■ setor de ar quente tropical;
GEOGRAFIA
➢ Os fatores do clima:
○ latitude:
■ no norte a precipitação é mais elevada porque sofre maior influência
das perturbações da frente polar.
■ no centro a precipitação é menor porque está mais afastada das
perturbações da frente polar, é influenciada pelos anticiclones
subtropicais e pela massa de ar quente e seca formada no Norte de
África e as temperaturas mais elevadas afastam o ar da saturação.
○ altitude:
■ no norte e centro a precipitação é mais elevada porque têm um relevo
mais acidentado e de maior altitude.
■ no sul a precipitação é menor porque têm um relevo menos
acidentado e de menor altitude, mas no sul do Tejo registam valores
mais elevados devido à altitude ser superior.
GEOGRAFIA
O clima de Portugal
➢ O sul do país, principalmente o litoral algarvio, é a região com características
mediterrâneas mais vincadas. No litoral ocidental a temperatura é mais amena e a
humidade é superior ao interior alentejano, que é mais quente e seco.
As disponibilidades hídricas
➢ Ao longo do ano:
○ as maiores disponibilidades hídricas são nos meses de inverno e outono,
devido aos maiores quantitativos pluviométricos.
○ as menores disponibilidades hídricas são nos meses de primavera e verão,
devido a diminuição dos quantitativos pluviométricos. No verão atingem os
valores mínimos.
➢ Em termos espaciais:
○ nas áreas mais húmidas os valores de precipitação são mais elevados,
nomeadamente:
■ norte litoral e as áreas montanhosas: o relevo mais acidentado,
provocando valores de precipitação elevados.
○ nas áreas mais secas têm menores quantitativos pluviométricos, destacando-
se:
■ sul do Tejo: a precipitação decresce para sul e para o interior. A
região do Guadiana e do Douro são as mais secas do território.