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Luís deCamões, Os Lusíadas

Espírito épico  Proposição: é quando camões


apresenta o assunto da epopeia,
 É uma poesia que refere coisas importantes., propondo-se cantar os feitos do povo
como os feitos gradiosos e um héroi humano português (canto I, estância 1 a 3).
que chega quase a deus, ou seja faz coisas que
um homem dito normal não consegue fazer.  Invocação: é quando o poeta pede
ajuda as Tágides, para executar, em
estilo eloquente, a obra que se propôs
Espírito antiépico
realizar (canto I, estâncias 4 a 5).
 Consciência da fragilidade humana, ou seja
mostra a fragilidade dos portugueses.  Dedicatória: é quando o poeta dedica o
poema ao rei D. Sebastião (canto I,
estâncias 6 a 18).
Imaginário épico
 Narração: é quando o poeta narra os
 Matéria épica: feitos históricos e viagem
feitos dos portugueses, começando a
(canto I, est. 1 a 18)
narração a meio da viagem (canto I,
 Sublimidade do canto (canto I, est. 1 a 5)
estância 19 a canto X).
 Mitificação do herói (canto IX, est. 52, 53, 66
a 70, 89 a 95; canto X, est. 75 a 91)
 A ação desenvolve-se em quatro planos
Reflexões do poeta distintos:
 Plano da viagem: é o plano onde
 Fragilidade da vida humana (canto I, est. 105 e Vasco da Gama conta como foi a
106); viagem até á Índia, falando dos
 Desprezo pelas artes e pelas letras (canto V, perigos da viagem e do mar.
est. 92 a 100);
 Queixas do poeta/critérios de seleção dos  Plano da mitologia: é o plano onde nos
merecedores do canto (canto VII, est. 78 a 87); aparecem os deus do Olimpo (Júpiter,
 Poder do dinheiro (canto VIII, est. 96 a 99); vénus, Marte...) e outros seres
 Imortalização do nome (canto IX, est. 88 a mitológicos (seres que não são
95); verdadeiros/ inventados).
 Desvalorização da arte/ exortações a D.
Sebastião (canto X, est. 145 a 156).  Plano da história de Portugal: é o
plano relacionado com a história de
Portugal.
Estrutura externa

 Cantos: dez;  Plano das reflexões do poeta: é o


 Estrofes/Estâncias: 1102 oitavas; plano onde fala da parte final dos
 Rima: abababcc (cruzada e emparellhada); cantos onde o poeta desabafa e reflete
 Versos: decassilábos heroicos. sobre assuntos (todos os que nós
demos).

Estrutura interna
Elementos da epopeia
 Os Lusíadas encontram-se organizados em
quatro partes:  Ação geral: viagem de Vasco da Gama à Índia.
 Heróis
 Individual: Vasco da Gama, capitão da cultura. Refere que é muito importante o
arma, representa os navegadores trabalho do escritor, porque deixa registados e
portugueses. torna imortais os homens e os feitos gloriosos,
 Coletivos: povo português. mas diz que não existe reconhecimento (das
letras e das artes) da parte dos portugueses/
 Maravilhoso pagão: intervenção dos deuses poderosos que deviam apoiar os artístas. Os
pagãos (Júpiter, Vénus, Baco,...). portugueses são fortes guerreiros mas são
incultos e não se priocupam com as artes. No
 Maravilhoso cristão: divina providência. entanto se não existirem escritores nada ficaria
registado.
 Forma: a epopeia deve ultrapassar as formas
normais da poesia, assumir um tom subline e Queixas do poeta
eloquente, e obedecer a uma estrutura fixa  Nas estrofes 78 a 87 do cantoVII, o poeta
(estrutura externa), sendo um poema narrativo sente-se mal amado e com uma vida miserável.
extenso, expressar um acontecimento O facto de escrever os feitos dos portugueses
memorável e extraordinário, com interesse não lhe traz nenhum conforto nem glória. Por
nacional ou universal, ter uma visão heroica do isso, dirige-se as novas gerações e avisa os
mundo e ter um estilo solene. escritores futuros que não há reconhecimento
da parte dos portuguese (guerreiros/nobre). O
 In media re: no meio dos acontecimentos. poeta pede ajuda as Ninfas do Tejo e do
Mondego, só elas o pode ajudar, e afirma que
 Metonímia em Os Lusíadas: é um recursos não vai cantar em verso os corruptos e os que
expressivo que consiste na utilização de um não tem valores, mas apenas queles que
termo em vez de outro com o qual está conquistaram a glória pelas suas obras.
intimamente relacionado.
 “peito ilustre Lusitano” = povo Poder do dinheiro
português;
 “Musa antiga” = poesia;  Nas estrofes 96 a 99 do canto VIII, o poeta diz
 “o bicho da terra tão pequeno” = que Vasco da Gama, decide não desembarcar
homem. devido a não confiar na Catual, que já o tinha
traído, este sucedido serve de ponto de partida
para a reflexão do poeta “veja-se o poder que o
Fragilidade da vida humana dinheiro tem sobre os ricos e os pobres”.
Depois o poeta apresenta 3 casos, o primeiro
 Nas estrofes 105 e 106 do canto I, o poeta refere-se ao rei da Trácia que matou Polidoro
reflete sobre os riscos da vida humana e o só para se apoderar do dinheiro dele, o seguno
quanto nós somos frágeis. Os portugueses são diz que a filha de Acrísio foi violada pela
recebidos como amigos mas na verdade chuva de ouro, o terceiro fala da Tarpeia que
pertendem aniquilalos (destruí-los). O piloto entregou a cidade em troca de ouro e depois
(um capitão mandado por Baco) em quem ficou soterrada debaixo dele. Após isto o poeta
confiaram acabou por os trair. O poeta destaca faz uma enumeração dos efeitos negativos do
a quantidade de perigos a que estavam sujeitos dinheiro, como por exemplo, atraiçoam.-se
e o quanto eram pequenos, para enfrentar amigos, entregam.-se capitães e perdem-se
tantos perigos. O destino tem um papel virgindades.
importante.

Imortalização do nome

Desprezo pelas artes e pelas letras 

 Nas estrofes 92 a 100 do canto V, o poeta


desabafa sobre o desprezo (da parte dos
portugueses) que existe pelas letras e pela
Desvalorização da arte/exortações a D. Sebastião

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