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EPISÓDIO - ILHA DOS AMORES (IX, 18-29)

Estrutura Interna: Narração


Narrador: Poeta (narrador heterodiegético)
Planos narrativos: plano mitológico

1ª parte: A decisão de Vénus (IX, 18-20): Vénus pretende dar aos Portugueses um
prémio pelas vitórias alcançadas e pelos danos sofridos e decide pedir ajuda ao seu
filho, Cupido.

2ª parte: O prémio (IX, 21-22): Vénus decide preparar uma ilha divina, que será
colocada no caminho dos marinheiros e onde estarão "aquáticas donzelas" (IX, 22),
que serão escolhidas entre as mais belas e as mais devotas do amor. Estas ninfas
terão como missão receber os marinheiros com cânticos e danças, para
despertarem neles "secretas afeições" (IX, 22).

3ª parte: A ajuda de Cupido (IX, 23-24): Vénus decide pedir a ajuda de Cupido, que
já a tinha ajudado noutra situação similar, ao levar Dido a apaixonar-se por Eneias.
Vénus vai procurar Cupido no seu carro puxado por cisnes e rodeado de pombas
que se beijam.

4ª parte: A missão de Cupido (IX, 25-29): Cupido encontrava-se em Idália, cidade


da ilha de Chipre, famosa pelo culto de Vénus, procurando reunir um exército de
cupidos para realizar uma expedição para emendar os erros dos humanos que "nele
estão, / Amando coisas que nos foram dadas, / Não pera ser amadas, mas usadas."
(IX, 25). São apresentados vários exemplos de situações em que se ama mal e que
justificavam a expedição de Cupido: o caçador Actéon, que não soube amar a "bela
forma humana" (IX, 26), apresentado como metáfora daqueles que não sabem amar;
os homens que se amam a si próprios (IX, 27); os aduladores (IX, 27); aqueles que
amam as riquezas, o que os leva a deixar de lado a "justiça e a integridade" (IX, 28);
os tiranos (IX, 28); as leis feitas a favor do Rei e contra o povo (IX, 28).
In, A_Prova, Carla Marques e Inês Silva, ASA (adaptado)

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