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Argumentos de Acusação:
- Nesta cena não há elementos de acusação, só de defesa.
Argumentos de Defesa:
- Segundo o Anjo, tudo o que o Parvo fez de errado foi sem
intenção e sem maldade “ per malícia nom erraste”.
- O Anjo afirma que Joane poderia entrar na sua barca, mas que
deve ficar à espera no cais, para ver se vem mais alguém
igualmente merecedor.
Caracterização do Parvo:
- O Parvo é caracterizado pelo cómico de carácter, de situação e
de linguagem.
- Joane utiliza uma linguagem de tipo calão, corrente e popular.
- Esta personagem simboliza os simples, os ingénuos, os que
socialmente não têm representação. A personagem errou,
contudo não o fez com consciência, como tal não merece castigo.
Percurso Cénico:
- Após o diálogo com o Diabo e com o Anjo, fica no cais onde
assiste e comenta o desfile das outras personagens. Convém a
Gil Vicente manter o Parvo em cena, pois pode fazer, através
dele, muitas críticas, funcionando a personagem como um
advogado de acusação. Acrescente-se que, ao interagir com
outras personagens, o Parvo ajuda, também, a quebrar a
monotonia das cenas, introduzindo o cómico.