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SCA SSST

A Síndrome Coronariana Sem Supra de ST compreende a angina instável e o IAM Sem


Supra. A apresentação clínica pode ser clássica ou através dos equivalentes anginosos, sendo
documentado ECG normal ou alterações como INFRA de ST ou inversões de onda T.

A angina estável é a forma de apresentação de cerca de 50% dos casos de Insuficiência


coronariana crônica. É definida pelas Diretrizes Brasileiras de angina estável como uma síndrome
clínica caracterizada por dor ou desconforto em qualquer das seguintes regiões: tórax, epigástrio,
mandíbula, ombro, dorso ou membros superiores, sendo tipicamente desencadeada ou agravada
com atividade física ou estresse emocional e atenuada com uso de nitroglicerina e derivados.

Angina instável resulta de obstrução aguda de uma artéria coronária sem infarto do
miocárdio. Os sintomas incluem desconforto torácico com ou sem dispneia, náuseas e diaforese. O
diagnóstico é efetuado por ECG e pela ausência de marcadores sorológicos.

É importante estar atento a anginas estáveis que pioraram ou mudaram o padrão, duração
acima de 10 min ou refratárias a administração de nitrato, pois podemos estar diante de uma
síndrome coronariana nova. Além disso, as apresentações atípicas através dos equivalentes
anginosos como dor epigástrica, dispepsia, dispneia, náuseas e vômitos, sudorese, hipotensão e
síncope são mais comuns em mulheres diabéticas e idosos. Associado a essa apresentação clínica
há ainda o VPP dos fatores de Risco (HAS, DM, dislipidemia, Tabagismo, obesidade e história
familiar positiva) para o diagnóstico de SCA. O escore HEART auxilia no diagnóstico em
apresentações atípicas com base no fator de risco.

Portanto, ECG normal ou com discretas alterações associado a sintomas refratários a


administração de nitrato SL ou com marcadores laboratoriais de lesão miocárdica (troponina,
esqueça a CK-MB, porque a sensibilidade é bem mais baixa).

Após o Diagnóstico, é preciso definir o risco dos pacientes e a necessidade\urgência da


estratégia invasiva. Alguns escores como TIMI e GRACE auxiliam nesse processo.
Definida a urgência da estratégia invasiva pode-se partir para a administração de
fármacos.

Na prescrição de alta do paciente, provavelmente realizada de leito de UTI é necessário a


orientação para mudança de estilo de vida.

Outro ponto importante é que esses pacientes necessitam de monitorização


hemodinâmica, na sala vermelha. Em caso de receber um paciente em plantão de cidade pequena,
onde provavelmente nem monitorizar os pacientes é possível, com suspeição moderada deve-se
encaminhar esses pacientes para que procurem por meios próprios serviços de saúde de cidades
maiores.

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