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revista técnica de fotografia, cinema,

*
rádio e artes gráficas lf.. ano I.º número 2
*
março 1953 preço avulso cinco escudos
,.
t

ENERAL .
~ LISBOA . PORTO

Um instantâneo de surpresa!
A \'t'1·;;atilida<lt· do PTTOTOFLASH GENERAL ELECTRIC não tt>m nwdicta. Seja um instantâneo
1rnbl icitúrio. xt'.ia um flagrantP infantil - a «Q ua lidad<'» qu<' tol'lla ax fotografias diferentes é carac-
tt>1·ístic:i. do PllOTOFLASII GENERAL ELECTRIC. VC'lociclacte para cortar a acção. Luz t>m quantidade
e qualidad<'. Fáci l df' usar.
Lt<1111.>1·p ·S<' <!ll P Pxixtc st'mpre uma Iã.:npada G. E. para cada N!Pl'C'iali<ladt! fotográfica.
Se ainda não conhece
esta película ...
EXPERIMENTE-A!! .
FICARÁ A PREFERÍ-LA
F 1 LM
1tão é mais uma marca ...
É UM PRODUTO ALEMÃO DA MA IS ANTIGA
F ÁBRICA FOTOQUÍMICA DO MUNDO
DR. C. SCHLEUSSNER
F OTOW ERKE GMDII

Que apresenta também a s mai s recentes novidades:


APARELHOS, PAPEIS E PELÍCULAS PARA GALERIA
PARA PROFISSIONAIS E AMADORES
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Representante: ANTÓNIO MARIA SARA IVA - Ruo Fernandes Tomás, 800 - PORTO
Agente em LISBOA: A. ALVES DOS SANTOS - Av. S. João de Deus, 39, 2. 0 - Esq.

(Rollelfle~
J

R. NOVA DO ALMADA . 55·5 7


LISBOA
. -

q~tá/udb de~
/wha. fodoo ~ ~ fÚ>. ?~
na,.vd/,á,r,W.~ RUJ\ ÁUREA, 29r -3 - TELEF. 3 4243
FOTOGllFll f CINEMA DE QUALIDADE

plano focal 3
Colafloradores

Varela Pecurto é um
amador fotográfico e o m
larga acth·idade. , Frequen-
tou o I ,iceu de EYora e o
Instituto Comercial de I,is-
boa. Yoltou a ÉYora para
trabalhar numa casa espe-
cializada e111 fotografia, a
Fotografia Kazareth, onde
fez ullla primeira aprendi-
zagelll de dois anos. Tra-
balhou em seguida com.
Eduardo 1~·ogueira. E ncon-
tra-se há dois anos em.
Coimbra o 11 d e dir ige a
Secção Fotográfica da I,i-
vraria Atlât1tida. Com o
amador expôs pela prim.eira
vez n o Sal ão 111ternacional
de Lisboa e seguidamente .
cm várias exposições na
.\ustria, Espanha, França,
!llglaterra, Bélgica, Jugos-
ltwia, Brasil, Chile, India,
Cuba, .\ rgentina..\Jrica do
8111 e Dinamarca e en1
A PELÍCULA QUE NUN C A FALHA Yário5 salões nacionais. Em
e 51 l !)i5l ganhou a taça «O
J. C. ALVAREZ, LDA. mais fértil expositor do
JUDO PAtA FOTOGRAFIA l CINlMA ano», competição organi-
205 RUA AUGUSTA • 207 • 66 · RUA DA ASSUNÇÃO • 72 zada pelo «<~rupo Câmara•}.
LIS B O A Faz parte ela Direcção deste
clu be de amadores e da
Delega~·ão de «Plano Focal»
e m Coimbra. Além da taça
mencionada, conta no seu
palmarés de amador muitas
ont ras dist in c;ões.

Adelin o
Pl atão Men-
Cupão de descontos des Bastos.
l'm dos nos-
FIRMAS QUE CONCEDEM DESCONTOS AOS PORTADORES sos 111 ais
DO CUPÃO DE DESCONTOS: competentes
repórteres
AFARI - R. Augusta. 112 a 118 LISBOA fotográficos
SELECÇÃO FOTOGRÁFICA - R. da Misericórdia - LISBOA prof i ss io-
WEBER & C. • LE\IITADA- R. Correeiros. 71. 2. 0 - LISBOA na is. Xasceu
ATLÂNTIDA - R. Fl'rrcira Borges COIMBRA a 13 de Setembro de 1905 em
MESQUITA - R. Visconde da Lu~ COIMBRA Lisboa onde c ursou o Liceu.
O CUPÃO DE DESCOKTO É APENAS VÁLIDO NO M~S A QUE Frequentou a Faculdade
D IZ RESPEITO. TEM VALOR APENAS PARA UM ACTO de Ciências da rniversidade
DE COMPRA. NÃO É ACUMULÁVEL.
do Porto em 1924-1925, in-
gressando de seguida em O
Comércio do Porto, onde se

p18110 (•oca J VÁLIDO CUPÃO DE Dl:SCO TO


P~ RA
ABRIL DE 19S3
10 O/'º iniciou na reportagem foto-
gráfica em Maio de 1926.
Em 19 de Dezembro de
UM SÓ H TO DE COMPRA - HÃO É ACUMULÁVEL - VALIDO ATÉ 30/.4/953 l 927, transitou para O Pri-

4 ' plano focal


Colal!oradores

meiro de ] aneiro, onde


actualmen te se man tém.
Concorreu a vários Salões
Inter,nacionais de Fotogra-
fia. E autor do livro desti-
nado a amadores fotográ-
ficos N âo fotografe ao acaso,
que apareceu no mercado
livreiro em Agosto de 1951
e do q u a l se aguarda em
Abril a 2. 0 edição.

josé Moreira q ue já no
primeiro número de Plano
Focal, nos apresentou o distingue-se
interessante artigo «Pri- MA TER IAL SEN SI VEL
meiras Noções de Sensito- PELA EXECUÇÃO PERFEITA
metria», é o tipo de profis- A ~ F A
D O S T RA B ALH O S
sion al que não se deixa G EVAERT
perturbar pela rotina da lLFORD
sua profissão e se dedica ao
estudo de vários problemas
da técnica fotográfica com
l<ODAI<
LU MIE RE
ET C .
*
HO NESTA ASSISlt NCIA
o entusiasmo de um verda- AO S SE US C LI EN TES
deiro amador . Ouímico ana-
lista com gr ande experiên- •
cia laboratorial, José Mo-
reira é um colaborador
estudioso e interessado.
MÁQUINAS E ACESSÓ RIOS
A G F A *
DIVERSID ADE DE ARTIGOS
~\fasceu em Lisboa en1 1920
l<ODAI<
onde fez o curso dos liceus. l. E 1 T Z FO TO G RAFIA
Em 1937 foi para França L E 1C A
onde permaneceu até ao ROLLEIHEX CINE M A
an o t ransacto e para onde
voltará dent ro em pouco, Z E 1S S R A 1 O S X
assegurando-nos, cont udo, E TC.
LABORATÓRIOS
a sua valiosa colabor ação.

CINEMA DE 8 E 16 MM. APARELHOS, ACESSÓRIOS
Má rio Zuzarte. Estu-
dante universitário q ue há (M UDO E SON O RO ) E ARTIGOS DAS ME-
muito se distinguiu pela BELL & HOWELL LHOR E S MA RCAS
erudição em assw1tos musi- MOVIE- M ITE
cais e estét icos. Radiófilo
conhecedor é um dos valo- PAILLARD EX EC U TA
res d a moderna ger ação ETC. TRABAL HOS
mais abalizados para falar li P A R A
de m úsica, part icularmen te T O DO
sobr e os vários problemas DISTRIBUID O RES DOS
levantados pela r adiodi- PRO DUTOS QUIMICOS O PA Í S
fusão e concernen tes às PARA FOTOGRAFIA
obras dos mais conhecidos
compositores e executantes MAY & BAl< ER P H O TO
com produ ções gravadas . (M & B)

Nopr óximo n úmero: E n -


trevist a com Júlio W orm
RUR DA MISERICÓ RDIA
1 9 - 21 STAND
sôbre o Boletim Fotog1 áfico,
1
LISBO A 261, R. Sá da Bandeira, 263
que data de 1900, e a Socie- TE L. 2 4949
lei. 24053 - PORTO
dade Portuguesa de F ot o-
grafia (1907-1914).

plano focal 5
CONSULTÓRIO Confrade Coimbrão. Como
\•ê, os seus desejos... anó-
nimos, estão r ealizados (da-
ta!'l e referências acerca das
F,xposições Internacionais,
Através deste consultório plano redactorial corres- casas editoras e preços dos
«Plano Focal» pretende elu- ponder aos desejos dos nos- livros criticados). 'B obri-
cidar os seus leitores que se sos leitores e assinantes. gado pelas felicitações.
interessem por fotografia, Qualg_uer casa especializa-
cinema, som, rádio, artes da de Lisboa lhe concertará Entre os técnicos redac-
gráficas e propedêutica da a sua cflula. Pode enviá-la tores - correspondeu tes de
publicidade. O sem número para «Plano Focal»: procu- «Plano Focal» indicamos
de marcas e características raremos obter-lhe o melhor desde j á os seguintes: E ng.0
de materiais à venda n o orçamento. Este ser -lhe-ia Barradas, material General
mercado fez surgir a neces- enviado para sua aprova- E lectric; António Bernardo
sidade de oricn tar o amador ção, antes de o trabalho ser e Carlos Todela, material
e auxiliar o profissional e definitframente entregue. Pathé e cinema fonnato re-
criar-lhes um gosto esclare- duzido; A. Franco, proces-
cido pela técnica e caracte- Albino Tomás Cardoso. sos de reprodução em re-
rísticas, quer no que respeita Areosa. Conforme seu pe- levo; Amadeu Perrari, ma-
a material sensível, quer a dido, responder-lhe-em os terial Ferrânia; J acques Ca-
trabalhos de laboratório, por escrito. E ntretanto, pa- lazans, material Kosmos,
máquinas, aparelhos, equi- rece-me que a s<~rie de ar- Cuilleminot, Som Berthiot,
pamentos, acessórios e pe- tigos que estamos p ubli- Gamur a, etc.; J oão Câmara,
ças sobressalentes, e todos cando sobre Reprodução material Kodak; R. Pam-
os outros problemas de fo- foto-mecânica, lhe serão de polim Castro, câmaras Ro-
tografia, cinema e rádio. alguma utilidade.
bot; Beltrão Coelho, mate-
Para facilidade e rapidez J oão de Castro Meneiros. rial Omag, Telko, Pra11ka;
da resposta, as consultas Porto. Sim senhor, a «La- H r n e s t 6 J erosch-I!erold,
devem ser feitas separada- tensificação» t em já uma material Zeiss; A. Pena-
mente e devem vir acom- larga aplicação na indústria guião, material .Ma.v & Ba-
panhadas do nollle e mo- cinematográfica, principal- ker; J. Bivar Salgado, té-
r ada do consulen te. mente nos Estados rnidos. cnica da microfotografia;
Aurélio l\1endes da Silva. A Columbia Pictures aplica E. Szoldos, material Rol-
Lisboa. Publicamos neste sistemàticamcn te o processo leiflex e Leka; António
número o artigo «Observa- em todos os filmes de cate- Santos, material Barnet,
ções preliminares a um for- goria «B», t endo o nível E nsig e Ross. Salvador de
mulário» que responde à sua stan dard de iluminação Almeida Fernandes, mate-
pregunta sobre as respec- passado de 1.200 lu:x a 500, rial Bell and H owel; A. Mo-
tivas funções dos compo- com uma econonúa de 60% r ais de Carvalho e V. Nnnes
n entes dum revelador «stan- no respectivo custo. Com Barroso, material Newton
dard». X outros números 500 lux e película Kodak (diapositiYos e filmes fixos) .
alargaremos o estudo destas Plus X, as filmagens efec-
matérias. A publicação do tuam-se com o diafragma AOS TÉCNICOS, COMER-
FICHEIRO que preparamos, f/ 2,8. Citemos ainda como CI ANTES E I N D U S -
será particularment e útil. exemplo um fihne passado TRIAIS - Par a agueles
Aprovamos as vossas con em Portugal: e<Crespúsculo assuntos e marcas ainda n ão
siderações sobre o formato dos Deuses» (Snnset Bou- representadas neste <cCon-
reduzido. «Plano Focal» tra- leYard). Em duas cenas de sultório», convidamos os srs.
tará igualmente de todos os profundidade de campo in- comerciantes e industriais,
formatos. Aproveitamos a vulgarmente gr an de, teria bem como os técnicos inte-
oportunidade para vos feli- que se diafragmar a f/ 7, em ressados, a proporem-nos
citar pela actividade do vez de f/2, 2. A iluminação os nomes e moradas de re-
vosso Grupo de Amadores. teria que ser 1O vezes maior dactores - correspondentes,
Noutro lugar damos ares- - o que elevaria o custo in<licando as marcas ou
pectiva n otícia. Esperamos r espectivo muito para lá do tipos de mate.ria! da sua
mais informações. possível. Com o emprego da especialidade. Devemos es-
latensificação, bastou dia- clarecer que os redactores-
Almeno da Cruz. Vieira fragmar a f/ 3,5 (a ilumi- -correspondentes n ão se
do Jl.finho. Publicamos neste nação aumentou apenas 2,5 obrigam de forma alguma
número uma tabela com vezes mais). 15% deste a uma colaboração efectiva
todas as informações neces- filme foi latensificado (cenas mas t ão sómente a prestar
sárias para concorrer aos de grande profundidade de as informações necessárias
Salões Internacionais de campo, diversos e:i...'i:eriores, para a nossa Redacção res-
Fotografia. Regosijamo-nos cenas nocturnas filmadas ponder às consultas produ-
com o facto de o nosso com pouca luz). zidas.

6 plane> focal
No meio português é
sempro consolador, ani-
mador e entusiástico veri-
ficar Que 1.11.'l'l esforço ho-
nesto encontra um apoio
incondicional.
e Plano Focal» regista o
sucesso - é a pala\Ta a
empregar - do seu pri-
meiro número, esgotado
cm poucos dias e Que pas-
sará CC'rtamente a cons-
tituir no panorama da
Imprensa Técnica uma ra-
ridade de bibliófilos. Mas
mais QUO esta fuga ur-
gente de exemplares que-
rC'mOs r('gistar - guarda-
das as devidas proporções
-· aciuilo a Que não pode-
remos dC'ixar de cha.mar
uma chuva de assinantes.
Com efeito r egistamos já
380 assinantes o ciue para
ume. modesta mas autên-
NúMERO 2 NESTE NÚME RO t i c a tiragem de 1.500
<'X('mplarC's tem de se con-
ANO 1 INICIAÇÃO s id erar muito e muito en-
corajador. O porquê deste
MARÇO 1953 As três primeiras le- pequeno sucesso não in-
tcr<'ssará exaltar. mas
PREÇO AVULSO 5$00 tras da fotograf ia 8 julgamos poder situá - lo
Organize o seu labo- no cq uillbrio do conteúdo,
DIRECTOR na agradável apresenta-
ratório ........... . 9 ção gráíica e baixo custo
JAIME BESSA Construção de um por exC'mplar. Agradàvel-
ampliador ........ . 9 mente sur preendidos, de-
EDITOR sejamos e x p r i m i r uan
T rucágens cinema- agradecimC'nto s i n c e ro.
A. MANUEL DE M. PEIXOTO tográficos ........ . 23 Dissemos no editorial do
primeiro número que
partimos do principio que
CHEFE DE REDACÇÃO GENÉRICA a s diferentes técnicas
-· da Fotografia, Cinema,
JOSÉ ERNESTO DE SOUSA Fotografia com luz Som, Râdio, Artes Grá-
relâmpago ....... . 11 ficas e Propedêutica da
Um clube de ama- Publicidade- estabelecem
PROPR 1EDADE DA como Que uma cadeia de
dores em 1900 .. . 13 interdependências e assi.m
SOCIEDADE RÁDIO pretendemos c o n s t r uir
Foto-Club 6 X 6 .... . 13
CINEMATOGRÁFICA, L.da uma unidade ao abordar
Calendário de Expo- a diversidade dos proble-
sições .......... .. 16 mas e das suas conse-
REDACÇAO E O instantâneo foto- Quências práticas. Uni-
ADM 1N1 STRAÇÃO dade na diversidade.
gráfico e o cinema 17 Sendo «Plano Focal»
PRA1ÇA DO AREEIRO, 9, Formulário .......... . 18 u un a r evista principal-
Conselhos ao cineasta mente de fotografia, o
2 .0 - Dt.0 - LISBOA número das suas páginas
amador ...... .... . 24 -· 48 - permite que abor-
GRAVURAS Sonor ize os seus fil- dc•mos as outras matérias
afins co.m certa profun-
mes .............. . 25 didade. Procedendo assim.
BERTRAND (IRMÃOS), L .da
Planos sonoros ...... . 29 oarece-nos servir bem os
nossos objectivos e melho-
COMPOSTO E IMPRESSO rar a sua aceitação. Esta
ARTES GRÁFICAS intenção parece ter sido
BERTRAND (IRMÃOS), L.da bC'm compreendida. por-
A Fotogravura ...... . 30 quanto das dez dezenas
Trav. Condessa do Rio, 7 de cartas e das muitas
LISBOA VÃR A opiniões recolhidas. ne-
nhum 1 e i to r especial-
Colaboradores 4 mente interesado em fo-
Consultório ......... . 6 tografia. rejeitou o seu
aplauso. Ninguém. p o r
ASSINATURAS Crítica fotográfico .. . 39 isso. parece sair lesado
Livros e publicações 37/38 da manutenção deste pro-
4 números.......... 20$00 Roteiro .............. . 32 grama. No futuro procura-
remos manter o Que é bo.."'11
12 núme ros.......... 50$00 Cupão de descontos 4 o corrigir o Que não nos
tenha dado plena satisfa-
ção. Serão bem-vindos -
pedimos com empenho-
'li!evista téc1tica de fotografia, ci1tem.a, rádio, as criticas. sugestões e
colaboração.
artes gráficas e propedêudica de publicidade

plano focal 1
'J" i e i ~-ç-ã o
AS TRÊS PRIMEIRAS LETRAS
DA FOTOGRAFIA
O amador principiante comprou uma distância e se th·er feito a respecth-a
câmara. A Yerdade é que se encontra marcação.
ainda um pouco desorientado com tantas B) A velocidade co nveniente. Designa-se
marcas, tantos cursores, tantos núme- assim a Yeloci<laae com qne urn mecânismo
ros ! ... l\fas a verdade é, também, que chamado obturador descobre a abertura,
todos êsses faclores se podem reduzir a deixando a luz passar durante mais ou
três - o ABC ela Fotografia: FOC.A.GBM, menos tempo. Durante êsse tempo a pelí-
VELOClD.ADI~, ABERTt'RA. cula estê,,e exposta à luz. Também se
Vejamos a este respeito o essencial, e pode chamar a este factor: tempo de
apenas o n ecessário para o nosso amador exposição.
poder tirar fotografias. Esperemos pelos Que tempo elevemos escolher?
primeiros resultados e a curiosidade de Para qtte a jotogMfia não fique tremida
saber nos ajudar á depois a prosseguir. devem criar-se condições para que a pró-
A) Uma fo cagem correcta. A focagem pria m8quiua n ão trema (tripé, apoio
varia com a clistância a que se encontra o qualquer). Se seguram os a máquina com
asstU1to. Para co11seguir wna focagem as m ãos devemos usar ,-elocidades su-
correcta, observem-se as seguintes regras: periores a 1/25 do segundo (marcação
-Escolher o assunto e examiná-lo 25 na objectiva) , ou 1/ JOO quando se
através do visor. Qnando o asstmto se tratar de câmaras miuiatura. Em seguida
encontrar próxim.o da câmara (um retrato, d e V e COllSÍclerar-se O movimC'lltO do
por exemplo), eleve deixar-se no visor um assunto.
espaço adicion al acima do assunto. De Para os assuntos com pouco movi-
contrário, em virtude da distância que há mento, ou parados, pode utilizar-se 1 1 50
entre o visor e a objecth-a (a lente), a do segw1<lo (marcação .10). Para pessoas
parte superior do assunto ficaria cortada. em movimento. crianças a brincar, etc.,
,\ êste fenómeno chama-se paralaxe. 11100 (marcação JOO). E de um modo
- Calcule-se o mais exactamente pos- geral: awuentar a velocidade à medida
sh·el a distância entre o assunto e a que o assunto é progressivamente yeloz.
objecti '"ª· Obsen·ar que um assunto a correr na direc-
- Rode-se com o indicador de focagem ção da câmara 11âo exige um tempo de
até êste apontar o número correspondente. exposiç-ão tão rápido como um assunto
- Ohs.: Como veremos a seguir, da que, com a mesma velocidade, atra,·essa
.ABER'!TR.\ empregada depende uma na nossa frente .
maior ou menor porção ele espaço nítido Condiçôes d e iluminaçâo. Quando um
à frente e atrás do asstmto (chamamos a assunto é menos iluminado que outro, se
isso prof 1mdirlade de ca111po); mas em a abertura for a mesma, devemos empregar
qualquer hipótese o asstmto ficará correc- nma velocidade inferior, isto é: um maior
tamen te focado, se se th·er medido bem a tempo de exposição.
Pose. Em certos casos o t<'mpo de expo-
sição terá qne ser relath-amente longo.
É quando se utilizam as posições de pose
que vêtn marcadas T e B. ?-:a posi;ão T
o obturador fica aberto quando carre-
gamos, e só fecha quando voltamos a
comprimir o botão d0 obturador. Desti-
na-se às poses mais longas. Xa posição
B o obturador fica aberto enquanto se
mantém carregado o botão, e fecha
quando se solta o botão.
C) A abertura. Tem-se dito nmita vez:
<( {\) f\j a abertura é comparáYel à íris dos nossos
...a:a::::> olhos. Na verdade conseguimos wna
w
Q)
abertura maior 011 menor para a passagem
<t da luz, actuando sobre um mecânismo
t'l chamado diafragma. Abrimos êste ao
má.-x:irno, para aproveitar a máxima luz
possível dos assuntos escuros; e fechamos
6.?> -+ Co11tim1a na pág. 33

8 plano foca l
rlniciação
ORGANI ZE O SEU
LABORATÓRIO
Conforme o prometido no número fixador. rm equipamento melhorado in-
anterior, fornecemos hoje uma lista do · cluiria: um tanque para reyelação à luz
material necessário para a tiragem de diurna, lâmpadas infra-Yennelhas para a
proYas por contacto, e para a ampliação. secagem rápida das películas e wna
Daremos em seguida as primeiras indi- esponja para enxugar os negatiYos.
cações para a construção de um am- Material necessário para a tirage m de
pliador. Começamos por êste aparelho cópias por co ntacto. :Material permanente:
por ser aquele que preocupa mais o wna prensa para contacto, 11111 quadro
amador desejoso de organizar um labora- para secagem com crinolina ou uma
tório. A copiadora é fácil de improvisar esmaltadeira. Material consmní vel: papel
e - quando comprada - pouco dispen- para provas por contacto, revelador res-
d iosa. .r 'ão obstante o que daremos noutros pectivo, fixador. Í·~ evidente que parte do
números indicações interessantes para o material citado anteriormente é apro-
seu fabriro. Eutretauto dois v\clros, uma veitado: cuvetas, termómetros, etc .. Po-
lâmpada e um pouco de boa vontade, deria ainda completar-se êste material
resolYerão o problema, enquant o con- com pinças, um rolo, ele.; e uma impres-
Yersamos sobre a construção elo ampliador. sora que substittúria a prensa.
Material necessário para a r evela ção de Material necess ário para a ampliação.
n egativos. l\faterial permanente: três cuve- :Material penuanentc: três cuvetas (8 X 10
tas, copos de medida e Yareta de a~itação, no núni1110), um ampliador, uma grande
tennómetro ( 1O a 52 graus centígrados), esmaltadeira. l\Iaterial constunh-el: papel
relógio, molas para manipular as películas. para ampliação, reYelador respectiYo, fixa-
:Material consumíYel: reYelador, ácido dor. A. complelar: um marginador, Finças,
acéctico a 28° (para o banho ele paragem), um cronómetro e esponjas especiais.

INDICAÇÕES PARA A CONSTRUÇAO DE UM


AMPLIADOR - I
São dois os métodos pelos quais po- com toda a calma e quando o espírito
demos obter provas positi ,·as: por con- está line de qualquer outra preocupação,
tacto C' p0r ampliação on projecção. ~o podemos enquadrar à nossa yontade,
primeiro destes processos, a proYa conse- colocando o assunto principal no ponto
gue-se, fazendo com que a luz, depois de deYido e eliminando todos aqueles ele-
atravessar o negalivo, vá impressionar mentos que possam perturbar a unidade
o papel, havendo um íntimo contacto de composição. Oulra va11tage111: Quando
entre o primeiro e o segundo. )fa am- se trata de fotografar uma paisagem, é
pliação, o negativo está separado do pràticamente impossível impressionar a
material sensível por um espaço maior emulsão, correcta e sinmltnncamente, nas
ou menor, co11for111e o formato da prova partes correspondentes ao céu e uas que
final que desejemos obter, havendo, respeitam ao resto do motivo (montes,
entre ambos a interposiçilo de um sistema casas, árvores, etc.). Isto deye-se aos
óptico. grandes contrastes de iluminação exis-
Desta difcrença fundamental se conclui tentes entre o primeiro e os segundos.
qne, por contacto, se obtém uma pro,·a Durante a ampliação, poderemos corrigir
do mesmo tamanho <lo «dichéit enquanto o defeito, interpondo a mão ou mu cartão
que na arn 1>1iaçào o tamanho é maior. opaco no trajecto de parte elos raios lu-
Só por isto, já a ampliação tem grande núnosos que saem pela objecth-a, neste
yantagem sobre a cópia directa. caso aqueles que iriam impressionar
~Ias, não ficamos por aquí, as yantagens excessh-amente o papel, ficando empas-
são muitas mais, como Yamos ,·er. Ao tados os detalhes das sombras. En1 yez
tirarmos uma fotografia, muito especial- de um céu quase branco, obteríamos um
mente quando se trata de um assunto em lindo céu cinzento, destacando-se as
modmeillo e temos de agir com rapidez, nuvens, por contraste, se as hom·esse.
é-nos muito difícil obter o enquadram.ento :Muitos outros <iruques», para a obtenção
mais com·eniente para a produção do de efeitos especiais, se podem aplicar ao
melhor efeito artístico. No laboratório, fazermos uma ampliação: sobreimpressões,

plano focal 9
fotomontagens, tramas, nuvens postiças uma certa distância, estão introduzidos
por combinação de dois negativos, etc., numa caixa - a câmara de luz - a qual
etc.. As operações de laboratório não são tem na base, uma abertura um pouco
puramente técnicas. As possibilidades de maior que o negativo, para que a luz
intervenção pessoal são muito grandes. possa atingir êste. A base da caixa fica
O que ficou dito é mais que suficiente ligado o porta-negativos, formado, por
para que ninguém negue as inúmeras exemplo, por duas placas m etálicas para-
vantagens que a ampliação nos pode lelas, cada uma com um orifício das di-
trazer. Na certeza de que muitos amadores mensões do «cliché». Pela frente, fica
desejariam fazer as suas próprias amplia- a objectiva, montada num fole ou qual-
ções e, se o não fazem é por não poderem quer outro sistema extensivel, o que nos
adquirir um destes aparelhos, dado o seu permite projectar com nitidez a imagem
elevado preço, vamos dar algumas normas por variação de distância uegath-o-objec-
para a sua construção. tiva, conforme o «écrau » está mais ou
O princípio do ampliador é das má- menos afastado.
quinas de projecção que todos conhecem. Todo êste conjunto - câmara de luz,
A luz, proveniente de uma tampada, porta-negativos, s istema de focagem -
passa através da imagem transparente, precisa de ser m ontado num suporte,
sendo, depois, projectada num alvo branco que pode ser horizontal ou vertical,
por uma lente convergente, ou melhor, conseguindo-se, assun, projectar horizon-
por um sistema de lentes que, em con junto tahnente ou verticalmente.
funcionam como uma lente convergente Os ampliadores de projecção vertical
- a obfectivci. são, sem dúvida, os m ais práticos e os
H á vários sistemas que nos permitem que maior m'.unero de adeptos contam
iluminar uniformemente o negativo mas, entre os amadores e profissionais. Por
a nosso ver, o mais perfeito é o que em- isso, a êles nos vamos referir.
prega uma lampada opalina e um conden- Nestes aparelhos, todo o conjtmto desliza
sador, formado por uma ou duas lentes ao longo de uma coh-ma fixada vertical··
plano convexas - iluminação semi-difusa. m ente numa prancheta, e pode imobili-
Lâmpada e condensador, separados por zar-se em qualquer posição intermédia.
A câmara de luz ou o porta n egativos
estão ligados à coltma por meio de um
braço, de modo a conseguir-se que o eixo
óptico da objectiva seja rigorosamente
vertical.
Xo próximo númer o entraremos, pró-
priamente, na construção do nosso apa-
relho, falando da câmara de luz e dos
vários s istemas de ilumürnção.
+-C.l~·
lVIanuel A branches
IJ.
' NOS PRÓXIMOS NÚMEROS:
-s.r. Notícia sobre o Boletim da Academia Portu-
gueza de Amadores Pll otográphicos, cujo x. 0
-Col. número daia de i887 (a Academia foi fun-
dada em 1886). Entrevistas com os maiores
fotógrafos do mundo. Segundo artigo série
cPrimeiras Noções de Sensitometria~ . Solari-
zação e petrificação. Profundidade de campo
Pr. e distância hiperfocal. A revelação com grão
/ fino. Série de artigos sobre ~composição Fo-
tográfica>. Concursos. FICHEIRO (em or-
ganização). Crítica fotográfica. A fotografia
com luz infra-vermelha. Princípios do decór
Esquema dum ampliador vertical em corte cinematográfico. Teatro radiofónico. I deias
transversal. C. L. - câmara de luz; L. - lâm-
pada; C. - condensador; P. N. - porta-negati- para rádio-amador. Sonorização de filmes em
vos; S. F.-sistema de focagcm1 ; 0.-obj ectiva;
B. - braço; Col. - coluna; Pr. - prancheta. formato red uzido. J\mpl iCicação sonora, etc.

.1 O plono focal
FOT O G R AFIA
COM t!ua 1!,e{âmpago
Tem-se desenvolvido bastante nêstes. sida.de máxima, durando, todavia, o seu
últimos anos o uso, pelos amadores foto- r elâmpago cerca de 1/25 seg .. Podemos
gráficos, das lâmpadas de magnésio na utilizar qualquer velocidade do obturador
execução de fotografias de interiores e desde q_ue, do aparecimento da fenda
nocturn as com luz relâmpago. Todavia, da cortma ao seu desaparecimen to, o
poucos são aqueles que saibam, conscien- tempo gasto não seja snperior a 1/25 seg..
temente, fazer uso dessas lâmpadas. Bem entendido, que quando a dita fenda
Assim, sucede, por vezes, encontrar um aparece. o contacto já deye t er s ido feito
amador com um aparelho com obturador um pouco antes, para que o clarão da
frontal utilizando uma lâmpada de relâm- lâmpada se mantenha em todo o seu
pago lento, ou servindo-se de um aparelho percurso.
com obturador de cortina a queimar Nonualmente a velocidade núnima a
uma lâmpada de r elâmpago r ápido. empregar é de 1/ 100 seg. para os apa-
Por isto se vê que exist em lâmpadas r elhos de pequeno formato, e de 1/ 500 seg.
de magnésio com relâmpago de duração para os de formato 9 x 12 cm., geralmente
diferente, e, portanto, que se não devem usados pelos fotógrafos profissionais.
usar indistintamente em qualquer câ-
mara fotográfica.
As lâmpadas de magnésio estão agru- / í
p adas em quatro classes: Classe (<F», de
r elâmpago rápido; Classe «M», de relâm- As lâmpadas de magnésio não sen-em,
pago médio; Classe (<S», de combustão porém, sómente para se fazere111 foto-
lenta; e Classe «F P», de relâmpago pro- grafias onde não haja luz bastante para
longado {*). imprimir um negath'o. Podem ser utili-
Qualquer destas lâmpadas tem a sua
aplicação própria. As da Classe (< F» e «M»
devem ser usadas n os aparelhos fotográ-
ficos com obturadores frontais; as da
Classe (<F P » nos aparelhos com obturador
de cortina; as da Classe «5+ dever ão ser
utilizadas com o obturador em pose,
estando o aparelho fotográfico assente
sobre um tripé; e as da Classe «F» são
destinadas aos aparelhos cujo obturador
faça o contacto no máximo da sua aber-
ttrra, dada a sua rápida ignição (cerca de
1/200 seg.).
As lâmpadas da Classe «M», logo que se
estabeleça o contacto, demoram cer ca de
1/50 seg. a atingirem o máximo da sua
ignição, e, portanto, do seu clarão, o qual
dura aproximadamente 1/ 75 seg..
Sabendo-se que um obturador frontal ,
tipo (<Comp im >, seja qual for o instan-
tâneo a usar, demora sensh-elmente o
mesmo tempo de 1/ 50 seg. a atingir o
máximo da sua abertura, quando se
utiliza uma lâmpada da Classe (<M», o
cont acto deverá ser feito um pouco antes
da sua abertura. Assim, o instantâneo
que se aplicar, seja de 1/ 50, l / l 00, ou
1/ 200 seg., sincronizar-se-á com a fase em
que a lâmpada atinge o seu máximo
r endimento luminoso.
Nos aparelhos com obturador de cor- Platão l\I<' ndes exemplifica com esta fotogra-
tina far-se-á uso das lâmpadas da Classe fia. propositadamente « ' 'uigar», as possibili-
«FP•>, cuja ignição dem.ora, também, dades da fotografia com luz relâmpago. ao ar
cerca de 1/50 seg. a atingir a s ua ltunino- livre .

plano focal 11
zadas, igualmente, na fotografia ao ar intensa com a duração de 1/ 200 a 1/ 15.000
livre, de d ia, como complemento para de segundo. Estas lâmpadas tomam-se
iluminação das sombras, o que permite, extremamente económicas pois podem
por vezes, obter óptimos efeitos artísticos. Ç!ar l.ll11.a média de 5. 000 relâmpagos.
Suponhamos que pretendemos foto- Estes têm uma cor levemente azulada,
grafar W1ta pessoa em contra-luz, e estamos e, actuando sobre filmes pancromáticos,
utilizando um fil me pan cromático com a dão um efeito semelhante aquele que
sensibilidade de 32º Sch., e a veloddade obteríamos pelo uso de um filtro azul
do obturador de 1/ 100 seg. Se essa pessoa claro. Isso permite, que no retrato a tex-
esti\·er a 3 metros de d istância . . . do tura da pele nos apareça com todos os
aparelho fotográfico, e n os servimos de detalhes, ao contrário do que aconteceria
urna lâmpada PII5, o diafragma a se usássemos uma lâmpada de magnésio,
utilizar será f / 1 . A fotografia ficará pois nêste caso, sendo a emu lsão do filme
bem impressa se a luz do dia exigir pancromático mais sensh-el a esta luz,
êsse diafragma e aquela velocidade. as caras e as mãos das p€'ssoas ficariain
Se, porém, a luz do dia exigir o diafra- m ajs impressas, com tendência para a
gma f / l J , acontece que a pa isagem dureza pelo desaparecimento das meias-
ficará pouco i11lpressa em relação à figura. -ton alidades.
Se aplicarmos este último d iafragma, · Se usarm os a luz electrónica sobre um
ficará a paisagem com a exposição cor- filme ortocro1n.átíco como esta emulsão
recta, m as a figura sair-nos-á sobre- é mais sensível. aos raios azuis, êste im-
-exposta. Como conciliar , então, as duas prime melhor as fotografias de pessoas,
expos ições de modo a fi<'arem ambas mas, em cont ra-partida, daria. também ,
correctas? Tudo se resolver á facilmente dureza nas caras e n as m ãos.
se a rranjarmos u111a extensão ligada por Quanto à sensibilidade da emulsão dos
uma tomada ao aparelho deflagrador aas filmes à luz electrón ica, podemos compa-
lâmpadas de magnésio, e colocarmos a rá-la da seguinte maneira: usando uma
respectiva lâmpada à distância de 5 emulsão ortocromática com a sensibilidade
metros da pessoa a fotografar, portanto de 2!)o Sch., podem os empregar o mesmo
atrás do aparelho fotográfico 2 metros, d iafra!pna que usando uma emulsão pan-
Yisto que aquela d istân cia o diafragma cromática com 31° Sch .. Vê-se portanto.
exigjdo é f l l. que os filmes pancromáticos são um pouco
Êst.e problema toma-se mais fácil menos seush-eis à luz elect.rónica; em
quando se utiliza um aparelho para luz compensação, as imagens obtidas apare-
relâmpago munido de lâmpada electró- cem -nos mais beni detalhadas e com maior
nica. Esta é constituída por uma ampola suavidade. Acresce ainda o facto de
tendo no seu interior W11 tubo de vidro podermos fot.o~rafar assuntos a grandes
ligado a 2 eléctrodos. A luz é obtida por velocidades, pois a extraordinária rapidez
ionização de gases raros como o hélio, do seu clarão permite fazer parar qualq uer
o néon, o círt(on, o kripton ou o xénon. movimento sobre o negativo.
A corrente é fornecida por uma bateria, Dizíamos atrás que o problema da foto-
ger almente de 4,5 ou de 6 volts operando grafia feita à luz do d ia em combinação
como um transformador de alta tensão com a luz r elâmpago se tornaria mais fácil
e rectificador. com a utilização ele uma lâmpada elec-
A bateria t.em um vibrador semelhante trónica. Vejamos como:
aos usados nos aparelhos de r ádio para U tilizando o mesmo exemplo s upra-
automóveis, que muda a corrente contínua -citado, se para a luz do dia estiver indi-
daquela em corrente a lterna. Esta entra cado o diafragma f/ 11 e a velocidade de
num transformador que a amplia para 1/ 100 seg., e se para a lu~ electrónica
alta tensão, sendo em seguida am1azenada estiver indicado o diafragma f/8, em vez
num condensador. l\Ias como êste nos de empregannos f/ 11 e 1,'100 seg., apli- ;
fornece a energia eléctrica em corrente
contínua, temos necessidade de, antes de
caremos f/8 e a velocidade corresponden te
de l '200 seg.. Como a Yelocidade do
,.
1
para lá a encaminharmos, transformá-la, relâmpago é maior que a elo obturador. e
noYament.e, em corrente contínua, usando o contacto é feito sempre quando êste
o circuito ele um tubo rectificador. está no má.~uno da abertura, teremos,
A corrente continua, sai dêste circuito sómente, de empregar o diafragma indi-
com a volt.agem de 2.000 a 2.500 volts, e cado para a luz electrónica conforme a
é, então, armazenada no condensador. d istância da câmara à pessoa a fotografar,
Logo que êst.e se encontra carregado, e mudar a velocidade do obturador de
automàticamente cessa de receber corrente acordo com o diafragma a usar para a luz
até que esta seja utilizada. O contacto do dia.
do obturador, ligando a corrente para a Platão Mendes
lâmpada, provoca uma descarga através
do gás contido no tubo em espiral, origi- (*) F-Fast; M-iV!edi1-tm; S-Slow e FP-Fo-
n ando um relâmpago de luz extremamente cal Plan1; (Shuttêr)

12 plano focal
UM CLUBE DE AMA-
D ORES EM 1900
1

FOTO - CLUBE 6x6


Ko n .0 1 de «Plano Fo-
cal» n o artigo «Os clubes R euniu-se no dia 22 de Fevereiro, n a sede da Lisboa-
de Amadores em Portugal» -Filme, a Assembleia Geral do importante club de amadores
dissemos que o Grémio Por- fotográficos Foto-Club 6 x 6. Do relatório apresentado pela
tuguês de Fotografia era a Comissão Organizadora (Dr. Manuel Jaime de Sousa Mar-
primeir a associação de ques, Fernando Vicente e Amadeu Ferrari), para os anos
amadores que tinha sido 1050-51-52, fizemos os seguintes eÀ.-tractos:
constittúda em Portugal. O grupo foi fw1dado em 14 de Junho de 1950, por ini-
Deveríamos t er dito ape- ciativa de Amadeu F errari. R ealizaram-se em seguida ex-
n as que o G.P.F. é o mais posições de propaganda em quase todas as casas de artigos
antigo dos grupos actual- fotográficos da capital. As primeiras dificuldades do grupo
mente e21..istentes pois em for am o reduzido níunero de sócios, que tem vindo
boa Yerdade, tivemos oca- atm1entando lentan1cnte. «É eYidente - comenta a Comis-
s ião de verificar, por am á- são Organizadora - que sem as necessárias receitas n ão
vel informaç ão do Sr. Jú- é possfrel pensarmos na obtenção de sede condigna, ponto
lio Worm, que em 1907 ele partida sem dúvida para uma regular actividade».
foi fundada a Sociedade No entanto a actividade do grupo nnnca cessou: Em
Portuguesa de Photogra- Agosto e Outubro de 1951, I Exposição Inter-Sócios,
phia, cujos estatutos ti- I com 36 expositores; prevendo-se para este ano, a or-
vemos ocasião de ler, bem I ganização da II Exposição Inter-Sócios. O grupo dis-
como os Relatórios de (~e- tingue-se par-
rencia relatfros a 190 - t i e u 1 armente f~ -.
- 1909-1910 e 1911- 1912- pelo número e
- H> 13. Consta-nos, de resto, qualidade das
que ainda nêste caso, não <cremessas co-
se trata da mais antiga lectivas» a Sa-
associação de amadores fo- Iões Intema-
tográficos. cionais. Men-
Da leitura daqueles ele- cionemos: S. I.
m entosrespigámosaJgw11as de Bordeus
interessantes informações (Arnaldo Mo-
en tre as quais salientamos n te iro J r., da
as yan tagens oferecidas aos Régua, distin-
sócios (Relatório de 190 - gue - se parti-
- 1910): o uso das câmaras cularmente);S.
escuras da Sociedade cuja l. ela Sociedade Um grupo de sócios do « F oto Clubp 6 X 6• . en-
montagem foi muito dis- Espanola de J. trC' os quais o seu president<>. Sr. Dr. Manuel
de Sousa Marques, na Lisboa-FiLme. momen-
pendiosa; salas de leitura Alpinismo «Pe- tos antes da 1 SR<'mbl<'ia Gl'ral.
e de jogos, sessões de estudo fíalara»; IVE:x- (Foto E. Zsoldos)
e de projecção, excursões posição Anual
e a organização de mu do Grupo Câmara wréuúos a António Rosa Casaco,
concurso de fotogr afia pro- João Osório de Castro e Fernando Vicente); Ilford Photo-
ficientemente dirigido pelo graphic Society (G5 provas enviadas, 8 admitidas, de: Ga-
sócio Dr. Barros Castro. briel M. Fernandes, Mário de A. Camilo, Kazimier7. Zare-
Alguns aspectos da activi- bski, José Rodrigues, António Santos de Almeida Jr., Ber-
clacle da S. P. P.: sessões nardino Cadete, Eduardo Harrington Sena); .\.ssociação
realizadas no I n s ti tu to Brasileira de Arte Fotográfica (Rio de Janeiro); Sociedade
Bacteriológico, participa- Flwninense de Fotografia (Xitéroi); Foto Klub Beograd
ção na «Grande Exposi- (J ugoslá,ia) {4.ª classificação entre clubes, medalha de ouro
ção Internacional de Dres- a A. Rosa Casaco e d iploma a J oão da Costa Leite); Foto
<le ( l 90 9), no Congresso Ciue Club de Dieppe; Foto Cine Club de Angola; IV S. I.
Nacional (1909) e na cele- 1 de S jubljana (Jugoslávia) (3. º lugar entre clubes; publi-
bração do Centenário de cação de uma foto de H. Zsoldos); V Exposição do Grupo
Alexandre Herculano; Ade- Câm ara; I. S. Nacion al da Figueira da Foz; l. S. A. Fot.
são ao Congresso de Tu- do Bom Jesus do Monte (Braga); II E. A. Fot. da Régua;
rismo (1910), organização Exp. Luso-Hispan o-Brasileira do Grupo Câmara. Nestes
d e um concurso de «diapo- salões se distinguiram, além dos já citados: Orlando Ro-
s iti vos de projecção» no drigues, Dr. Silva Araújo, Fernando Yicente, l\Ianuel Cor -
Salão da Trindade e cola- reia, José Rodrigues, Eduardo Luís Gomes, Luís Correia
boração com o Aer o-Clube Peixoto, Olavo Terroso, Ernesto Zsoldos, João Osório de
d e Portugal na organização Castro, João ){artins, Thomas Price. O «Photograms of
Cot1lin11a 11a pág. 40 , - > Co1iti1111a 11a pág. 33

plano foca l 13
Em cima: «Estudo de Nu:t de
Lauro Albin Guillot. Paris.
Ex t r aido do c Photographie
1940:t - Obs<>rvai a judiciosa
aplicação do « flou:t.
Ao lado: « Pr<>mi?-re n<>ige>, de
Brassal. Paris. Um dos c20
Homens d<> Imagens:t. a expo-
sição d<> Que falamos noutro
lugar. Foto obtida com Voig-
tlander. F. 4.5. 1 minuto. Film
Panatomic.

14 plano focal
Ao lado: «Canal de lodo», de António
Rosa Casaco. Medalha de prata no
I Salão Luso-Hispano-Brasileiro, do
Grupo Câmara.
Em baixo: « Tarots». outra fotogra-
fia de Brassa'i, C'xtraida do «Photo-
graphio 1939». Voigtliinder. Heliar.
F : 4.5. Pel!culas Panatomic Kodak.
PapC'l Ilíord.
Na vá.t1ina anterior, à escmerda:
« Atrav~sda vidra<:a». dC' José Braga
de O. Pinto. Mrdalha de Prata no
I Salão Luso-Hispano-Brasileiro. do
Grupo Câmara.
CALENDARIO DE EXPOSIÇÕES INTERNACIONAIS DE FOTOGRAFIA
2.º SALAO IXTER.i~ACIONAL DE ARTE FOTOGRÁFICA DE PORTO ALE-
1. GRE. Rio Grande do Sul. Brasil* ~úmero de provas: 4 *Remeter a: 2.º Salão
Internacional de Arte Fotográfica de Porto Alegre. - Rua Dr. Flores, 246, 2.º
- Porto .Alegre. Rio Grande do Sul (Brasil) * ultimo dia de entrega: 30-9-953.
Cust o da inscrição : gratuito.
VI INTER.i.'\ATIOXALE JUBILAU~IS AuSSTELL'l7~~G. \\'ien. Áustria * ~ú­
2. mero de provas: Branco-preto: 4 ; Branco-preto-R eportagem: 4; "\.cores s/ papel:
4 * Remeter a: VI J u bilaums Ausstellung des Verbandes der .A.mateur-photogra-
phen Vereine Oesterreichs. Linke wienseile 36. ' Vien VI. Áustria. * Ultimo dia
de entrega: 10-5-953 * Custo da inscrição: SI para cada tipo de prova.
C. S. EXUIBITION OF INTERNATIONAL PHOTOGRAPIIY. 1953-4. *
3. Ni'unero de provas: 4 * R emeter a: R eception Secret ary - C. S. Exhibit ion
lnternational Photography, 79. Promenade Cheleonham. Clos. England. * Ins-
crição a: W. B. L. Hosier. «Swaylands» Amos Lan e. vVedaesbury. Staffs. En-
glaud. * Ultimo dia de entrega: I 2-5-953 * Custo da Inscrição: 2 cps. Int. (1).
6. o MPS. INTERNATIONAL SALON PICTORAJ, PHOTOGRAPIIY * Nú-
4. m ero de provas: Pictoral, 4; Natureza,4 * R emeter a: 2.0 MPS. International
Salon of Nature Photography. Bangalore. India * Ultimo dia de entrega : 27-
-5-953 * Custo da inscrição: SI para cada tipo de prova (2 ).
I SAJ,AO INTER..l~ATIONAL DE I:'OTOGRAFIA. Alicante. E spanha * J\ú-
5. m ero de provas : 4 * R emeter a : Secretário Emílio Ajo CalYo. Calle Angel
I,ozano, 14-2. 0. Alicante. Espanha * Ultimo dia de entrega: 31-5-953 * Custo
da inscrição : S1.
FERIA INTER.i."'\T'ACIOXAL DEL CAMPO. 1\Iadrid * ~úmero de provas: 6 *
6. R emeter a : Comissariado de la Feria. Huertis, 26. 1\Iadrid. Espanha * Ultimo
dia de entrega : 15-4-53 * Custo da inscrição : gratuito (3 ) .
NOTAS : (I ) - Percorre um circuito de 13 cidades inglesas.
(2) - Estabelece circuito com
l. º DRLHI Il\THRNACION.AL SALON - 30- 7-953 - SI
XIII L UCKNOW I NTER.i.."'\T'ATIONAL SALON - 30- 9-9!53 - SI
II P. A. B. INTE RNATIONAL SALON - 30-11-953 - $1
- Pretendendo seguir o circuito, inscr ição separada para cada Salão e cate-
goria, de S 1, sendo os boletins enviados separadamente para:
- VI: M. P. S. I NTERJ."\TATIONAL SALON. e/o Mr. C. Varadhan. The
craos Seshadripuram. Bangalore, 3. India.
I DE LIII I NTERNATIONAL SALOK. c/o Mr. T. K asinath 15 A/29 K arol
Bagh. New Delhi, 5. India .
S:
;.
-XIII LrCKN'O\V I)l"TER.i'{ATIONAL SALOX c/o Mr. S. II. II. Rasavi
63, J ahiapur. Allahabad v . P. India. r
t

- II P. A. B. I~TER..'\ATIOK.AL SALOX. c/o 1Ir. B. K . Mu.kerjee 24 B.


Hindustan. Park. Calcutta, 29. India.
(3) -Só assuntos agrícolas, pecuária e indústria agrícola.
- T rês prémios de 3.000, 2.000 e 1.000 pesetas.
- Podem estabelecer-se reportagens limitadas a wn máximo de 6 fotos.
OBSERVAÇÕES - Em todos os casos, os boletins de inscrição e respectivos direitos a
enviar sempre, separadamente das provas.
- Formatos aconselháveis : 30 x 40 cm.
Esta list a foi am ávclmente cedida pelo GRÉMIO PORTUGUES DE FOTOGRAFIA

16 pla no focal
UM INS~f ANTÂNEO FO-
TOGRÁFICO e o cinema
É já longa a história do
instantâneo, desde a primei-
ra fotografia de ie pc e
(1823), que exigiu q horas
de exposição, e os primeiros
trabalhos de Daguerre (mais
de meia hora para a exposi-
ção dos primeiros dagzierreo-
tipos). Depois de i840 o tem-
po de pose desceu para vint,•
minutos, e obtiveram-se os
primeiros retratos (com os
olhos fechados!}. Com o pro-
cesso do c o l o d i o húmido
(1851), bastavam alguns S('-
gundos.
Devido à s complicações
desse mesmo processo, r<'a-
lizam-se então as primeiras
posses sucessivas. Eram tam-
bém os primeiros sintomas
Esoingarcla Fotográfica de J. do que viria a ser o cinema.
Marey. (Archi\'CS Cinemathe- Os trabalhos de 1Iarev con-
Quc Fran<:aise). duzem às experiências d(·
l\Iuybridge. Estas, por sua
vez, determinam ::\Iarev a
empregar a fotografia. -!\Ia
rey constroi então a Espin-
garda Fotográfica (qu<' ve-
mos na figura), seguida do
Cronofotógrafo de Placa Fi-
xa, e depois de 'Placa móvel.
Em 1888, lVIarey aprcsC'nta
à Academia de Ciências, as
primeiras vistas sucessivas
sobre película. Conseguira-se'
pràticamente a primeira câ-
mara de filmar e a primeira
câmara fotográfica de vistas
sucessivas. O cinC'ma 1na
concretizar-se com os traba-
lhos de Lumiere. As câmaras
de fotografia aperfeiçoariam
os instantâneos, sendo hoje
possível fazer 6 a 8 fotogra-
fias sucessivas por segundo.
Por outro lado, é possív<'I.
com certas câmaras e devido
aos grandes progressos reali-
zados com as emulsões !'<'nsí-
veis, atingir a velocidade de·
exposição de r/r.250 do se-
gundo!

Série de fotografias de Hcr


bert Bachmann. obtidas com
uma Robot. Xenar.
OBSERVA ÇÕES PR ELIMINARES
A U M FORMlJLÁRIO
rm dos probl{mas que mais preocupam (negath-a ou positiva) é constituída por
os fotógra os amadores e profissionais é grãos de brometo de prata em suspensão
a organização de wn formulário químico (ou cloreto, em cer tos casos). O brometo de
adaptado a todas as exigências da té- prata é instável, e sensível à luz - ao
cnica fotográfica m oderna. De todas as fazermos a exposição dá-se uma decom-
operações de tun laboratório foto-quínúco posição parcial desta substância, for-
a revelação é sem dúvida, a m ais complexa mando-se a imagem latente. A revelação
e a mais interessante. Devido a isso, o nú- consiste em facilitar ou completar essa
mero e a variedade de r eveladores pro- decomposição. Os gr ãos de brometo d e
postos, n ão é de natureza a facilitar a prata são transformados, proporcional-
escolha do revelador apropriado a cada mente à quantidade de luz recebida em
caso. Perante esta situação, alguns fo- prata, opaca, e brometo alcalino que, sendo
tógrafos limitam o mais possível as suas solúvel, é eliminado. Quais são os princi-
e:xperiências, e preconizam a utilização pais componentes de um revelador vulgar ?
quase exclusiva de um pequeno número 1) Uma substancia- redutora orgânica
de fórmulas experimentadas. E mbora os (metol, hidroquinona, parafenildiamina,
bons resultados conseguidos com esta etc.). É o agente principal da redução do
norma não sejam para pôr em dúvida, brometo de prata, com formação de prata
devemos observar que ela n ão significa metálica.
que se obtenham os mesmos resultados 2) Um alcali ou, base (hidróxido de sódio
com qualquer revelador. Na verdade a ou potássio, carbon ato de sódio, bórax,
revelação faz parte de um conjunto de etc.). Trata-se de hidróxidos ou sais com
operações e factores de cuja melhor ou propriedades básicas (isto é: o contrário
pior coordenação dependem os resultados de ácidas), cujo efeito é acelerar a reacção.
finais: intervalo de luminosidades (ou con- 3) Uma s1wstancia redutora inorgânica.
traste) do assunto, características da (sulfito de sódio, metabisulfito, etc.). A sua
objectiva empregada, natureza da emulsão funç ão é, geralmente, apen as de protecção:
negativ a, exposição, fórmula do revela- evita uma rápida oxidação do revelador
dor e gama da revelação, temperatura, pelo oxigénio do ar.
fixação, grandeza da ampliação, super- 4) P equenas qi~antidades de brorreto de
fície e gr a u do papel ... potássi o. O brometo de potássio retarda a
Não h á pois uma fórmula ideal; nem mes- acção do revelador sobre os cristais de-
mo uma fórmula ideal par a cada caso par- brometo de prata n ão expostos, permi-
ticular. Mas, como também n ão é satisfa- tindo a actuação de certos redutores or-
tória a escolha de uma fórmula qualquer, gânicos mais lentos, como a hidroquinona
uma ímicasoluçãosc impõe, n ão só ao prin- por exemplo, sem formação de velo. Tem,
cipiante como ao amador ou profissional numa certa m edida, efeitos contrários aos.
esclarecidos, ciosos do melhor resultado: dos akalis.
fazer a co1nparação sistemática das inves- Além destas s ubstânci as principais os
tigações e dos progressos da técnica de re- r eveladores podem eventualmente conter
velação e foto-química em geral. Neste outras, como o bis ulfito de sódio, o sul-
sentido, estabelecemos hoje uma relação fato de sódio, o álcool, etc., com diferen-
crítica de todos os produtos químicos uti- tes objectivoc. Citemos ainda os agentes.
lizados actualmente em fotografia. É o anti-velo e os molhantes.
primeiro passo. Noutros números daremos A composição de certos reveladores.
em quadros s imples a síntese dos r evela- especiais, como os de grão fino, consiste
dores mais importantes actualmente em- . principalmente n a ellininação de um on
pregados. Isto sem prejuízo das fórmulas dois daqueles elementos. Ex.: eliminação
que publicaremos sob a forma de F I CH....\S, quase completa do alcali, bastando a
e que o amador coleccionará pela ordem fraca alcalinidade do sulfito de sódio com
que entender. uns gramas de borax; e eliminação d o-
Antes porém de entrarmos n a lista geral brometo. Há r eveladores formados quase
dos produtos quínúcos, r ecapitulemos al- só d e m etol e s ulfito. Ou de pirocatequina.
gumas noções gerais que permitirão em e soda.
seguida valorizar a lista e a classificação Mas para melhor compreendermos a
daqueles produtos. fun ção das várias substâncias vejamos.
Como sabemos, uma emulsão fotográfica mais rigorosamente a dinâmica da trans-

18 plano focal
formação que conduz à formação da explicam - como veremos - as respecti-
imagem argêntea. Representa.mo-la pelo vas tórmwas.
esquema seguinte: A operação de fixação é teóricamente
muito simp1es: o fixador dissolve o bro-
meto de prata residual. Ao fixador é fre-
BrAg + H + OHK -+ quente acrescentar substâncias endurece-
(Brometo (Hidrogénio (Hidróxido doras. Citemos ainda, os banhos de
de Prata) fornecido pelo...) de potássio) paragem, os enfraquecedores e os reforça-
EMULSÃO AGENTE ALCALI dores, os banhos de viragem, a lavagem,
REDUTOR etc.. Deles trataremos em pormenor
noutros artigos.
Ag + BzK + OHr
(prata) (Brometo LISTA DOS PRINCIPAIS PRODUTOS
de potássio) QUIMICOS USADOS EM PORTUGAL
IMAGEM BROMETO AGUA
ALCALINO Esta lista não é limitativa. Procurámos
n o entanto fornecer ao amador wn guia
para melhor compreender a variedade das
Sabe-se em química-física que uma fórmulas que se lhe apresentam. É parti-
r eacção qualquer é facilitada quando se cularmente importante, estabelecer a equi-
atm1enta a concentração dos reagentes valência dos vários nomes sob que se
solúveis ou dissociáveis e dificultada apresenta por vezes o mesmo produto
quando se awnenta a concentração dos químico. Fizemos preceder o nome quí-
produtos de reacção. Isso explica o com- mico correcto da letra Q. A solubilidade
portamento já referido do alcali (acele- vem indicada em gramas para 4°C. e
ração) e do brometo (retardamento). É 21 oc. Exemplo. Metol. S : 5/8, quer dizer
preciso ter sempre em conta que a con- que a solubilidade do metol é de 5 gramas
centração do brometo amnenta durante a a 4 graus e de 8 gramas a 21 graus.
revelação, o que deverá ter como conse- REDUTORES ORGÂNICOS (AQ.EN-
quência o retardamento da acção reYela- TES PRINCIPAIS DA REVELACAO):
dora. É para o evitar que se junta o alcali. Hidroquinona (Quinol, Hidroquinol). Q:
O banho será fortemente alcalino quando Para-dioxibenzeno. S: 4,5/6,5. Nunca fil-
se pretende uma acção em profundidade trar um banho depois de ter juntado a
e um maior contraste. Pelo contrário rudroquinona.
quando se pretende uma revelação em Metol (Elon , Rhodol, Genol, Armol,
superfície, 1enta, um baixo contraste (caso Gr afo!, Fotol, Pictol, Veritol). Q: Sulfato
do grão-fino}, parte-se de banhos fraca- de mono-metil-paraminofenol. S : 5/8.
mente alcalinos (borax v. g.) e quase sem Obs.: A hidroquinona e o metol são
brometo. A reacção é então muito sensí- os agentes de revelação empregados com
vel ao brometo que se forma. Esta in- mais frequência. Misturados em propor-
constância da redução evita que se for- çõe!> diversas constituem a base de vários
mem grupos de grãos e faz diminuir o reveladores comummente designados por
escurecimento nas partes muito expostas. MQ. Num tal revelador os efeitos mais
A operação dura 10 a 15 minutos, em imediatos são devidos ao metol. A hidro-
vez de 3 ou 4, por exemplo. quinona age lentamente e em profundi-
A natureza do alcali tem também dade (negativos muito vigorosos). A sua
grande importância na neutralização do acção, quando empregada sem outro re-
brometo. Por exemplo: são necessárias dutor orgânico, pode ser acelerada pela
grandes quantidades ele carbonato de so- adição de cerca de 10 gsilitro de po-
dio e pequenas de potassa cáustica para tassa cáustica. Constitui assim un1 reve-
neutralizar a mesma quantidade de bro- lador fortemente alcalino, sem dar lugar
meto. De um modo geral a revelação à formação de velo (ex.: Defender lOD).
ressente-se pela variação de 10% quer de No caso do banho metol-hidroquinona-
alcali, quer de brometo. -sulfito, a adição de brometo de potássio,
Certas substâncias têm a propriedade bem como a sua formação como produto
de dissolver o brometo de prata -- o que da reacção, dá lugar a uma revelação
constitui a base dos reveladores de grão mais lenta, permitindo à hidroq uinona
ultra-fino. agir em profm1didade. O metol é mais
Como se vê, são muito importantes as rápido, mas s uave, dando negativos pouco
concentrações do alcali e do brometo no densos quando empregado isoladamente.
revelador. A concentração dos outros Adurol. (Clorhidroquinona, C.H.Q.). Q:
componentes (sulfito, metol, hidroqui- (cloro-2, dioxi-1,4, benzeno)
nona ... ) pouco intervêm na modificação Amido!. (Acrol, Dianol, Dolmi). Q: (clo-
do comportamento do banho, (comp. me- ridrato de 2,4-diaminofenol
tol/hidroquinona). Estas observações apli- Kodelon. Kodak (P.A.P.). Q: (clori-
cam-se à maioria dos reveladores, e drato de paraminofenoí).

plano focal 19
Grado!. Q : Derivado do Diaminofenoi. Borax. Q: Tetraborato de sódio. S:
Glicina. (Atenon, Iconyl, Monazol). Q: 2,5/ 7. Principal s ubstituto de soda e de so-
ParaoÀ-ifenilglicina). S: ins., é necessário da cáustica - que são mais mordentes -
adicionar um alcali. Revelação lenta. Con- nos reveladores de grão fino por com-
serva-se bem em solução muito diluída. pensação. Usar quantidades idênticas de
Ácido pirogálhico. (Piro, Pirogalhol). substância cristalina ou em pó. É também
Q : Trioxibenzeno 1,2,3. 'Muito utilizado um dissoh·ente da goma-laca.
nos países anglo-saxões, dando negativos Metaborat o de sódio. Efeitos semelhan-
particulannente suaves. Tem os incon- tes ao Borax.
venientes de colorir fortemente as mãos e Fosfato trisódico. Mais alcalino que o
de se conservar mal. Empregado como re- carbonato de sódio, m as menos que a
velador ele grão-fino e cada vez menos soda cáusica.
como revelador vulgar. Hidróxido de amónio (também incor-
Pirocatequina. (Pirocatecol, catecol). Q: rectamente chamado amoníaco). Também
orto-dioxibenzeno. Acção lenta, empre- aplicado como reforçador.
gadosobretudo para tons quentes em papel. Outras substâncias utilizadas como al-
Para-fenilenod iamina. Q: Diaminoben- cali: Kodalk-Kodak. S: 2,5/ 7. A Acetona
zeno-J ,4) (S: 1/ 1,5). Constitui um dos em presença de sulfito.
mais .conhecidos revelador es para grão SULFITOS:
ultra-fino. Não é empregado só, pois Sulfito de sódio, anidro. S: 13/ 17. E n-
nunca daria uma revelação completa; é contra-se também cristali7,ado. Além da
muito corante. Geralmente assod ado ao sua fun ção como conservador das solu ções
metol ou à glicina. É-lhe afim o dicloridrato reveladoras, que já rn.en cionámos, é tam-
de Parafenilenocliamina. bém um dissolvente do brometo de p rata,
Ortofenilenodiami na. S : 5/5. A rigor o que tem muita im.portân cia nos reve-
devia ser classificado entre os dissolven- ladores de grão fino.
tes do brometo de prata e n ão entre os Bisulfito de sódio, seco. S : 50/50. Em-
seus redutores. Empregado juntamente pregado como protector nos reveladores,
com a glicin a, v. g., para reveladores de em banhos de paragem e em fixadores
grão ultra-fino dá excelentes resultados. ácidos.
Kão tem os inconvenientes da para- Metabisulfito de potássio. Empregado
-fenilenodiamina. como protector em reveladores e fixadores,
Meritol. Johnson. S: 5/8. Substância particularmente em certos reveladores
constituída de para-fenilenodiamina é- piro- onde todos os produtos se encontram pre-
catequina. '-iamente misturados.
Super-degrainol. Derivado da ortofeni- MOLHANTES :
lenodiamina. Estes produtos fazem desaparecer as bo-
Entre os reveladores de gr ão ultra-fino lhas de ar, ajudam à difusão do revelador
defendidos por brevet.s contam-se o Mi- que assin1 penetra uniformemente em todas
crodol-Kodak, o Promicrol-:v!ay & Baker, as camadas. Evitam a formação de pe-
o Agfa-Atomal, o :N'ogranol-Gevaert, o quenas gotas durante a lavagem. Citemos
Tetenal-rltrafino SP, etc.. os vários nomes com que estes produtos
Atenção: Conservar estas sub stâncias t êm sido postos à venda : W ettol, W etting
em frascos castanhos bem rolhados. Agent, Aerosol, Easy-Wet, Spray-Brite,
ALCAJ,IS E OUTRAS SUBSTÂNCIAS Fotofoam, Gevatol, etc ..
EXERCENDO FUNÇÃO ALCALINA: SUBSTÂNCIAS RETARDADORAS.
Hidróxido de sódio ou de potássio. Subs- ANTI-VELO. ETC. :
tâncias fortemente alcalinas, empregadas Os produtos anti-velo contribuem para
para reveladores enérgicos, particular- se obter tun gr ão mais fino em reveladores
mente com. a pirocatequina. Dissolvem-se apropriados. E porém necessário dobrar o
a frio. 1 grama de soda cáustica corres- tempo <!_e exposição, para aumentar 50% a
ponde a l , 4 gramas de potassa cáustica. r evelaçao.
Conservar em frascos bem rolhados com A) INORGAl'JI COS:
rolhas de borra('ha. Veneno. Brometo de Potássio. É , como vimos, um
Carbo nato de sódio. S : 10/ 23. É um sal dos m ais importantes. Utiliza-se também
com propriedades alcalinas. Com o nome como compon ente nos banhos de embran-
de soda distingue-se o sal anidro (e/ fari- quecimento para tiragem a sépia.
nha de trigo).o monohidratado (c/ sal de Iodeto de potássio. Também utilizado em
mesa muito fino),o cristalizado (c/ sal de certos banhos de viragem, e em banhos
cozinha, grosso). O primeiro contém 98% r efor çadores.
de carbonato de sódio, o segundo 85% e co,,ti1111a "ª pág. 26
o terceiro 37 % . 1 grama de carbonato
de sódio anidro corresponde a 0,3 gramas
de soda cáustica e a l. l gramas de carbo- «E studo» do Dr. Steinert. ~
nato de potássio. Sarrebruque: Um dos «20 .........
Carbonato de potãssio. V. acima. Jio.mens d e Imagens».

20 pla no fo cal
"i.
;
r
1
1

«Manhã de Inve rno» de Ernest Zsoldos G. P. F. e F. C. 6 X 6. L isboa.


:Jniciação
/

TRUCAGENS CINEMATOGRAFICAS
fáceis de r ea lizar
{;ma das mais simples consiste em iluminação dos dois lados. Tendo o cui-
inYerter os moYimentos. Poderemos assim dado de que as sombras não tenham um
mostrar os mergulhadores surgindo subi- Yigor demasiado, escolher-se-á mna fonte
tamente da água, os pés à frente, para luminosa mais forte que a outra.
alcançar de noyo o trampolim; a foiça Para filmar cenas de sósias, utiliza-se
partida torna a compor-se sózinha; uma um cache; êste consiste fundamental-
banana descascada toma a entrar na mente no prolongamento do para-sol e
casca e, no lago, os patos nadarão para resume-se numa caixa calafetada à luz,
trás ... Muitas coisas espantosas se po- cujo interior é revestido de uma pintura
dem produzir deste modo. negra sem hril!Jo e que se adapta à
Para apresentar no écran um movi- objecti,·a. A parte anterior elo cache
mento inverso, filma-se a cena com a tem duas pequenas diYisórias que deslizam
máquina às aYessas. Depois de desenrolar em calhas e se fecham completamente ao
o fihne, cortamos cada extremidade da meio; regista-se primeiramente uma parte
cena e colocamo-la na posição n ormal, ela cena supriuundo mna elas <liYisórias;
no sentido conveniente. Assim, a primeira toma-se a bobinar o filme na má9.uina,
imagem filmada Yem a ser a última e põe-se de noyo a primeira divisaria e
in versai 11e11 te. suprime-se a segw1da, para filmar a se-
Xotemos que esta trucagem, por sim- gunda metade da cena.
ples que seja, 11ão é fácil de realizar com Se as diYisórias são bem introduzidas
o filme de nuu., no qual só existem e o actor tem o ctúdaclo de permanecer
perfurações de um lado. Ka montagem, na posição que lhe foi assinalada na
as perfurações ficariam do lado oposto, metade elo assunto.as duas partes adaptar-
de tal maneira que os dentes do projector -se-ão perfeitamente, e não se poderá yeri-
de mm. , não poderiam desempenhar a ficar nenhwna linha ele separação. A dis-
s ua ftmçào e a fita não passaria no cor - tância mais fayorá,·el entre a objecth-a
redor do projector. normal e as diYisórias é de 12,:5 cm .. O
Efeitos de apari ções e desaparições. Basta assunto merece que se lhe dedique al-
pôr a máquina sobre um t ripé ou fixá-la gum2 atenção: com efeito se as clfrisórias
a tllll suporte estáYel e suspender a fil- se encontram muito perto da objectiva,
magem enquanto se desloca o assunto. quando se abrisse sómente uma, a cena
rma yez realizado o deslocamento, põe-se fkaria sub-exposta, como se o diafragma
de noyo o 1notor em marcha e assim, a th·esse metade da abertura necessária;
mudan5a de posição do assunto ocasiona se, pelo contrário, as cortinas estivessem
um efeito súbito e inesperado. demasiado longe da objectiYa, as duas
Deve acrescentar-se que esta parte do cenas não se tmiriam.
filme n ão deve ter qualquer jogo de cena, Podem tirar-se vantagens deste sis-
êrro que faria perder todo o interêsse da tema dos caches para outras trucagens;
trucagem; no caso de os actores figurarem elas auxiliarão, por exemplo, a fazer
na cena cnqua11to se faz a trucagem, desaparecer um homem gordo detrás de
deYern ficar numa completa imobilidade um poste telegráfico, a mostrar na mesma
a partir do momento em que a máquina filmagem os dois personagens de uma
se detem, afim de estarem na mesma conversação telefónica ou a apresentar
posição no instante em que recomeça a simultâneamente no écran diversos acon-
filmagem. tecimentos, técnica muitas vezes empre-
Esta trucagem combinada com um gada para a apresentação dos títulos de
efeito de dupla exposição, permite mostrar actualidades.
no écran supostos fantasmas, ou sósias O cache com cl uas cli visórias verticais
que não são, com efeito, senão um perso- constitui o meio mais simples para realizar
nagem reproduzido duas yezes na mesma efeitos deste género; o cache divide-se
imagem, etc .... muitas vezes em quatro partes ou mesmo
Realizam-se cenas de fantasmas fil- mais.
mando primeiramente o décor onde é Ralenti - Filmando a uma velocidade
previsto o aparecimento e no qual se superior à normal, obtém-se em seguida
podem movimentar os personagens ha- um efeito de ralcnli sobre o écran que
bituais; em seguida, com a mesma película, permite decompor o movimento e porme-
filma-se o fantasma com um fundo negro. norizar a graça dos gestos.
Com êste fim é colocado no fundo do décor
um tecido escuro e o fantasma recebe a - >- Co11li1111a 11a pagina seg11i11le

plano focal 23
de modo a que sejo. significativo. Que o
CONS ELHOS principiante vá ao cinema ver os bons
filmes, como um estudante do movimento.
Que o estudante repare como os mais
ínfimos movimentos podem definir fàcil-
AO CINEASTA AMADOR mente uma intenção (uma situação amo-
rosa expressa por uma simples troca de
olhares, por exemplo).
Escotlia o assunto Se o estudante se exercer demorada-
em função do tempo men te nesta análise, acabará por saber
avaliar se uru detenninado argumento,
<<A distinção entre curta-metragem e uma certa frase, poderão ser traduzidos
longa-metragem é apenas uma diferença cinematogràficamente, em movimento>L
... métrica, o gue, infelizmente, nem
sempre é admitido. Um filme deve ter o (Oswell Blakeston, in How to script amateur
co:m.primento cons iderado necessário pelo films).
seu autor. F, um êrro frequente entre
<iamadores» querer tratar em vinte mi-
nutos um assunto q ue exige duas horas 11tas o movimento
de projecção. Se a ausência de meios
financeiros .impõe a curta metragem, é deve ser significativo...
necessário saber escolher os assuntos
susceptíveis de ser desen volvidos em Independentemente <lo m o vim e n to do
pouco tempo. Quanto à qualidade d o assunto o cineasta, amador ou não, recorre
filme, é independente do respectivo com- ao movimento da câmara. Todavia, como
prin~ento. Seria con cebível distinguir os dizem Boyer e Faveou no seu livrinho «:1\Ia
valores respectivos de «Partie de Cam- camer et moi>: «O facto ele mover a câmara
pagne» - filme curto - e de «Üs Melhores deve ter um significado determinado na rea-
Anos da Nossa Vida1> - filme longo - lização do filme. É por terem ignorado esta
tendo apenas em consideração esta dife- regra elementar que a maioria dos principian-
rença de ... estatura?». tes apenas conseguem filmes imperfeitos, de-
sagradáveis ... Evitar pois os balanços e as
(J . D. Yokroze, in La Revue du Cinéma»). panorâmicas incoerentes, as trepidações, as
vibrações de t.oda a espécie>. O amador tem,
principalmente a tendência para aquilo a
'l;empo e que chamaremos cvarren o assunto.
movimento Por exemplo: fazer uma panorâmica para a
esquerda; depois voltar atrás, panoramicando
<1Um filme regista um certo tempo no para a direita, e assim de seguida. Por outro
celulóide: êsse tempo deve conter movi- lado os movimentos da câmara (panorâmicas
mento. ou travelings) devem ser seguros, contínuos
O movimento é a expressão da vida; e de preferência, lentos. Quando não se
mesmo os objectos inanimados podem ser observa esta ültima condição verifica-se com
enriquecidos, por meio do movimento, frequência a desagradável deformação cha-
de urna intensidade emotiva que lhes mada «fillagr». É claro que tudo isso se
aumenta o respectivo significado. pode t irar partido, cm certos casos parti-
Mas o movimento de, •e ser seleccionado, culares.

Acelerado - As velocidades inferiores


são muitas vezes utilizadas com o fim de
Filmando imagem por imagem podemos
também fazer com. que os objectos se
r
t

criar efeitos cómicos; quando uma cena moyam sozinhos. Basta fixar bem a posi-
é registada a oito imagens por segundo ção da câmara, filmar uma imaaem,
em lugar de dezasseis, por exemplo, a deslocar o objecto de muito pouco, f~ar
acção encontra-se condensada numa ex- outra imagem, etc. assim sucessivamente
tensão de filme com menos de metade - se n ão se tiver esgotado a paciên-
do comprimento do que seria normal- cia!
mente. Projectada a uma velocidade
habitual, os movimentos tornar-se-ão
acelerados, sendo redobrado o seu ritmo. (Adaptação de um capítulo do
:\Tas cen as de circulação ou de perseguição, livro «Comnient Filrner», um dos
realizam-se assim passagens que divertem Cine-Gnide das «Editions Ti-
pelo seu carácter grotesco. ranty». Paris).

24 plano focal
Tem sido mais importante do que po- SONORIZE OS SEUS FILMES
derá parecer à primeira Yista, o papel dos ,
factores tecnologicos para a evolução da
música, que ainda erradamente é apre-
sentada como sendo obra exclusfra do
compositor.
A MUSICA
l\lhúto embora não seja decish·a a sua
influência, esses factorcs desempenham
um papel importantíssimo não só na mú-
gravada
s ica própriamente dita como nos seus Nessa altura apareceram os d iscos com 33
<'Ontactos com o público. É assim que a rotações e um terço por minuto e com
descoberta do fonógrafo em 1878, abriu 45 cm. de diâmetro, e finalmente o de
um mundo noyo de possibilidader, à mú- núcro-espira («long playng record»), a velo-
sica, que muito fàcilmente se poderão cidade reduzida (33 Y:i ou 45 rotações por
imaginar. minuto) e com espiras muito apertadas
Antes de en trannos na descrição das (10,8 espiras por milímetro em yez de
cnracterísticas dos discos actuais, salien- 3 espiras como tinham os discos yuJgares).
temos alguns dos princípios básicos para As vau tagens destas inoyações são: extre-
a utilização de música graYada na sono- ma fidelidade, ruí<lo de ftmdo inaudível,
rização dos filmes: 111aior duração do registo (c~1da face pode
l. º· Não utilizar músicas demasiado receber 2fí minutos de registo, quando os
co11hecidas, como já referimos no número discos antigos recebiam só 3 minutos~_
anterior; Actua lmente, . novas experiên<'ias iri-
2.0. Não encadear ou sobrepôr motivos dicam que a duração do registo aumentará
musicais diferentes, mas pelo contrário, ainda mais. Particularmente a inoyaçào
aproveitar o silêncio para eYitar discor- do disco de -=:spira YariáYel (as !argnras elas
dâncias; - espiras Yariam segundo a dinàmica do
3. 0 • Xão cortar a exposição muc;ical ao trecho; nas passagens fortes as espiras
meio duma frase rítmica; a menos que se alargam enquanto nos pianíssimos se
queira produzir efeitos especiais e de ex- aproximam). Fala-se assim no registo
cepção; da 4.ª e 5.ª sinfonias de Beethoven num
4. 0 • 1\ào forçar a intensidade do ele- só disco com 30 cm. de diâmetro.
mento musical, mas pelo contrário, pro-
curar equilíbrá-lo com a «intensidade» das
imagens que ele apoia;
a 'Htúsica ao Contrário
5. 0 . Considerar a música como fazendo Por outro lado, com o ad,·ento da gra-
parte do decór sonoro, juntamente com yação em fita magnética, toma-se pos-
os ruídos, as palanas, etc. Explorar as sh'el mua espécie de deformação musical
noyas possibilidades rítnúcas oferecidas absolutamente inédita e que consiste na
pela mecânica dos meios de retransmissão. difusão da música grarnda do fim para
A este respeito trataremos do conceito de o princípio. Parece que esta espécie de
<anúsica concreta» e, neste n(unero, parti- ensaio acústico foi tentado pela primeira
culanuente, do caso de <anúsica ao con- vez pelo compositor )faurice J aubert que
trário». tendo rei:,ri~ tado uma linha melódica ao
piano, a difundin depois ao contrário. O
2liscos efeito produzido por essas notas surgin-
do iJ.uperceptívelmente do silêncio para
:No disco há a considerar, além da natu- crescer até ao sforzand0 da nota .I?recut.ida,
r eza do suporte, comocaracter1sticasessen- produzia um efeito extraordinariamente
ciais: o número de rotações, o diâmetro e curioso. ~fais recentemente.- o compositor
a largura da espira. _.\.ntigamen te os discos _.\.ndré J oliYet, explorou e desenvoh-eu
rodayam todos à Yelocidade de 78 rota- essa tentath-a ao faz<'r a partitura que
ções por minuto, as espiras eram suficien- deYeria acompanhar um texto de Paul
teme1~~e largas para serem visíveis, e Claudel no qual um personagem diz:
os d1a111etros Yariavam entre 25, 30 a «A música, é como mn pedaço de gelo,
40 cm. Estes discos tinham os seguintes sobre tuna corola de cristal». Essa adnú-
defeitos: primeiro a fraca duração de re- r ável imagem poética resumia o ambiente
gisto para cada disco (um disco de 30 cm. descarnado da cena correspondente, e foi
à yeJocidade de 78 rotações por núnuto, a partir disso que JoliYet pensou acom-
podia dar-nos no máximo 3 minutos de panhar essa cena com música deformada,
música); em segundo lugar o ensurdeci- «descamada também e obtida pela dupla
mento do som à medida que a gra- inversão do seu registo e da sua difusão»,
vação se aproxima do centro; _grande como afirma o compositor no caderno «La
ruído de fundo e grande fragilidade. chambre d'écho», publicado pelo Club d'Es-
Com o registo magnético, esses discos sai da Radiodifusão Francesa.
começaram perdendo a sua popularidade. Co11ti1111a 11a pág U

plano focal 25
OBSERVAÇÕES PRELIMIN ARES A UM FORMULÁRIO
--+ Co11clusão da pág. 28

Cloreto de sódio (sal comum) , de potãssio. Ácido nítrico. (ácido azótico, água forte).
Além da sua ftmção como dissoh·entes do P~a acidular os banhos de prata.
brometo de prata, empregam-se também ~cid o oxãlico. Para banhos de viragem . .
em banhos de viragem. Acido fórmico Como conservador do
B ) ORG.A...~ICOS : pirogalhol.
Benzotriazol. Considerado por uma re- EXD"CRECEDORES :
Yista americana como a «penicilina» da Alum én de cró mio. Q : Sulfato duplo de
fotografia. Serve de produto anti-velo para crómio e potássio. Cristalino. S : 15í20. ·
papéis Yelhos e vira aos tons negro-azul os Também empregado em certos banhos
papéis de cloreto de prata. Encontra-se à para fixadores e paragem. Veneno.
venda sob vários nomes: Orthtazide Alumén de potãssio. Q: Sulfato duplo de
(Ed\\'al), A.ntifog N'. 0 2 (Kodak), Solução a lumínio e potássio. Cristalino. S : 6/ 11.
J ..t.2 (J ohnson), etc .. Também empr egado em certas fórmulas de
5-Me}ilbenzotriazol. (Antifog n.º 2. Ko- fixador.
dak). E também um agente de Yiragem Formo! (ou formalina). Q: Sol. aquoso de
ao negro-azul, para os papéis do brometo aldeído fórmico. Também empregado em
de prata. certos reveladores como substituto dos al-
Sulfocianeto de potãssio. S: sempre. É calis, por reagir com o sulfito de sódio.
considerado mn dos melhores dissoh-entes Tais banhos de revelação, dão negativos
do brometo de prata, e como tal utilizado muito contrastados.
em reYeladores de grão-fino. Também VARIOS :
aplicado em banhos de vir_êgem e fixação. Sulfato de sódio, anidro. S : 5/20. Em-
AGEXTES DE FIXAÇAO: pregado em certas fórmulas de revelador
Hiposulfito de sódio. (Tiosulfatodesódio, par a países quentes.
que é o seu Yerdadeiro nome; Hipo). S: Dicromato de potãssio. S : 719. Em ba-
70/ 90 Também empregado em certos reve- nhos de viragem e de embranquecimc11to.
ladores de grilo-fino como dissolyente do Para limpeza de utensílios.
bro meto de prata. Perma nganato de potãssio. Muito solúvel.
J;liposulfito (ou tiosu lfat o) de amónio. Enfraquecedor. Limpeza de cuyetas e
.\CIDOS: dedos. Em solução 11100 para tirar o Yén
Ácid o acético a 28 % . S: sempre. Para dicr oico dos negativos.
banhos de paragem e de clarificação e Ferricianeto de potãssio. S: 29/35. Para
em certos fixadores. O ácido acético a enfraquecimento de negatiYos e em banhos
2 °0 prepara-se juntando três Yolumes de de branqueamento.
ácido acético glacial a oito Yolumes de água. Sulfato de cobre. Muito solth·el. Empre-
Ácido sulfúrico. (vitríolo). Acido muito gado em operações correctivas: reforça-
enérgico, ataca os tecidos, é venenoso. mento ou enfraquecimento de negath·os.
Empregado em solução para a limpeza de Viragem a cobre dos papéis de brometo.
cuvetas, para aUlllentar a acidez de certos Persulfato de potãssio. :Muitosolú,·el. Em
reYcladores e fixadores. operações correctivas. Para eliminar o hi-
Atenção : Xunca deitar água sobre ácido posulfito de sódio. Conserva-se em frascos
sulfúrico. É o contrário que deve fazer-se, rolhados herméticamente, em local sêco.
mujto deyagar, agitando sempre. O persulfato de amónio em bom estado
Acido cítrico. l\Iuito solúYel na água. Ba- provoca eferYescência quando lançado em
nhos de Yiragem e como agente conserYa- água.
dor de certos reveladores, particularmente Cloreto de amónio. Empregado em r e-
os que se destinam a diaposith·os de pro- veladores e fhadores rápidos. Emprega-se
jecção (ex. Kodak D. 16 e GeYaert 203). também em reveladores de grão fino como
Ácido bórico, cristalino. S : 3,4/4, . Em dissolvente do brometo de prata.
palhetas ou puh-erizado. Esta última Sulfato de amónio. Em banhos de vi-
forma é inconveniente para a dissolução. r agem.
Empregado com o borax sen·e de soluto Oxalato de potãss io. Em operações cor-
tampão nos re\'eladores. Empregado como recth-as.
ácido nos fixadores ácidos. Dextrose. (Dextrina). Q : Isómero do
Ácido clorídico. Para banhos ele fixagem, arnido.Empregado em reveladores de grão-
de reforçamento, etc.; para limpeza de -fino para impedir a acção em profundi-
utensílios de laboratório (a 5° 0 ); para dade e na preparação de colas.
limpar os negativos dos depósitos calcários Glicerina Q : Propanotriol. Em certos
(a 2°,0 ) . banhos de grão-fino para impedir a acção
Ácido salicílico. Em.pregado em certos em proftmdidade e no processo a colódio
reyeladores como conservador e como cons- húmido.
tituinte de solutos tampões. ]. Jloreira

26 pla no focal
«Hábeis e modestas> de Varela P~curto. G. Câmara. Coimbra. Flexaret. F : 5.6. Luz ambiente.
1h segundo. Exposta nos Salões : II I Nacional G. Câmara (medalha de prata) . V Internacional
de Cuba. V Internacional de Johannesburg.
REPRESENTANTES E DISTRIBUIDORES:
J. WIMMER & Co. - Av. 24 de Julho, 34
L 1 S B O A
COMO REALIZAR
PLANOS SONOROS
Recapitulemos ràpidamente as nossas · sonoros. Falámos de um modo geral,
considerações anteriores com a publi- de salas homogéneas e de microfones não
cação de um esquema extraído da obra diteccionais. Deveríamos ainda considerar
citada de J. Bemhart : os micros imidireccionais e bidireccionais.

Grandeza apa· Gmnde1A'I npn·


Plano sonoro Valor de O rente da fonte Efeito
sonora rente do meio

Plano de atmosfera ou de conjunto Tende Menor do que 1\Iáxima Impressão de espaço, de 111asssa
para O na reaHdade de força e de potência

Plano de presençn uormal Tende Grandeza normal Conforme Quadro norJ11al


para 1 com a realidade (uma conv ersa, v. g.)

Grande plano Tende 1 Maior do que l\ifnima Inlimidadc, quadro reduzido


pMa oo na realidade
1

Rele1ubremos que G = Ed/E r , é a r azão Os primeiros têm a sua sensibilidade


entre a <'nergia média dos sons direct os máxima para as fontes sonoras colocadas
e a energia média dos sons reverberados. num eixo perpendicular a uma das suas
Portanto, se G tende para o, isso significa faces; os segundos são sensíveis aos sons
que os sons reverberados aumentam provenientes de eixos perpendiculares a
progressivamente; quando G tende par a duas faces opostas. O gráfico que publi-
o infinito, pelo contrário, são os sons cámos na página 25 do l. º número de
directos que se tornam preponder antes. «Plano Focal», corresponde a êste último
Dissemos também que G aument a caso.
quando aumenta o volume V de sala em Com microfones dêste tipo é possível
que o som é tomado; e que diminui obter planos sonoros pela translação da
quando aumentam a distância d da fonte fon te à volta do microfone. Nmna direcção
sonora ao colect or ou o tempo médio de perpendicular à d irecção sensível G é
reverberação da sala T. Co11ti111ia 11a pág. 44
Façamos uma rápida observação acerca
desta última grandeza, T = t em po m édio
de reverberação. Considerámos até aqui
T como sendo uniforme/ara uma mesma
sala. Na realidade não assim n a escuta
microfónica, a reverberação varia con -
forme as diferentes zon as de uma mesm a
sala. Nos estítdios modernos de r adiodi-
fusão tira-se partido deste fenómeno
reyestindo com matérias diferentes a
mesma sala, criando assim zon as s urdas,
onde o som é amortecido (sem reverbe-
ração), e zonas reflectoras, onde o som
é mais brilhante, mais largo.
Resumamos os processos de realização
dos planos sonoros :
1) Utilização das caract erísticas dos
microfo nes - No nosso artigo anterior,
tratámos da Yariaçào do plano sonoro pela
simples variação da distância d da fonte
sonora ao microfone. Definimos distância
normal e dissemos que ela varia com
cada caso particular. Determiná-lo deve
ser a primeira preocupação de q uem Dois exemplos de sistemas de r ev<'rberacào Ya-
riâvel: o primC'iro com a s implNi utilizacão de
pretende tentar a realização de plan os cortinas; o s<'gundo com um painel m6Ycl.

plano focal 29
rtes f'Jráficas

'Processos fotomecânicos de reprodução


II - FOTOG RAVURA A luz que passa integralmente pela consoante a tonalidade do original está
rede (correspondente aos brancos abso- menos ou mais próxima do negro.
A Fotogravura é o processo fotome- lutos) impressiona o negativo como se Quer dizer: uma tonalidade corres-
cânico de reprodução pelo qual são vê na fig. D. A luz que corresponde às pondent~ a cinzento claro é representada,
reproduzidos originais com tonalidades, 70nas mais escuras, mais fraca portanto, no negativo por uma grande concentração
monocromáticos ou policromáticos. impressiona fracamente o negativo (a de pontos (de onde se verifica já que no
Obtém-se a chapa negativa da mesma fig. E dá uma ideia grática, propositada- positivo será representada por uma fraca
forma que para a Zincogravura (vidé mente exagerada da diferença). concentração de pontos); uma tonalidade
«Plano F ocal», n.º 1, pág. 31) mas apondo Dissemos que as redes são geralmente correspondente a cinzento escuro é repre-
à chapa negativa uma superfície retíGulada reticuladas, mas podem ser, e são pro- sentada no negativo por uma fraca con-
denominada rede. duzidos, outros tipos de rede e mesmo centração de pontos. O negro absoluto,
R edes - Esta rede é geralmente produ- dentro das reticuladas encontram-se al- s~ria. teóricamente repres~ntado por au-
zida por uma série de linhas rectilíneas, gumas cambiantes. sencia de pontos do negativo. Na prática
perpendiculares e muito próximas. Duas Contudo é a rede reticulada perpendi- dependerá da rede utilizada a obtenção
chapas de cristal límpido são tracejadas cular, a mais usada por ser aquela que de um branco no negativo.
mecânicamente com grande precisão. Os regra geral, permite uma ilusão óptica Obti<;Io o negativo a operação que se
sulcos redilíneos são preench.idos com um mais próxima do original. segue (Já de nós conhecida nas indicações Vários tipos de r e de mais us ados na fotogra-
pigmento negro de tal forma que deixam Estas redes estão à venda no mercado técnicas da Zincogravura, Plano Focal, vura. R espectivame nte 85, 133. 100 e 175
perfeitamente transparentes os espaços com estrutw>as variáveis, desde 40 a 400 n. 0 1, pág. 31). é a obtenção da cópia
entre os traços rectilineos. Justapõem-se linhas por polegada mas para a fotogra- ou positivo .n~. própria superfície (previa-
as duas chapas de cristal e colam-se com vura comercial raramente se utilizam um mente sensibilizada) da chapa metálica mais pequenos pontos ficarem bem deli-
cola especial transparente termoplástica número de linhas superior a 150. a gravar. mitados.
de forma a que o tracejado de uma fique Papéis - É fácil de compreender que Como já sabemos a camada sensibili- A segunda e terceira mordedura tem o
rigorosamente perpendicular ao tracejado depende da qualidade do papel (sua su- zada é geralmente composta de gelatina fim de aprofw1dar a zona gravada. Antes
da outra, <lo que resulta deixarem entre perfície polida - ou calandra., sua estru- de peixe, bicromato de amónio e água. de cada nova mordedura protege-se com
si pequenos quadrados transparentes, tura uniforme e sua alvura} a escolha A preparação da chapa de zinco ou verniz anti-ácido as zonas que tenham
através dos quais a luz. passará com da rede a utilizar. cob!e, execut~-se co~rindo a chapa (depois ficado bem. preparadas e faz-se morde-
maior ou menor dificuldade, formando de limpa e polida a frm de serem removidas duras parciais das zonas que necessitem
Assim para papel de jornal diárfo de melhor gravação.
na chapa negativa ou pelicula negativa (rotativa) é geralmente utilizada a rede completamente todas as sujidades e gor-
fotográfica uma imagem composta de duras) com a emulsão sensível. Para esse Lava-se então a chapa e tira-se uma
60, isto é, com 60 linhas por polegada. prova de prelo para estabelecer a compa-
pontos mais fortes e mais fracos, os quais, As redes mais apertadas exigem papéis efei~o a chapa é colocada num espalhador,
à distância conveniente, dão a ilusão a fun de assegurar-se uma distribuição ração com o original e r ealizar qualquer
com boa caiandra, estrutura uniforme e uniforme da camada sensibilizada. retoque ou alteração.
óptica da tonalidade. Essa distância varia brancura de que é exemplo típico o
com o aperto do reticulado mas regra Uma vez a chapa metálica preparada, Depois de pronta, a fotogravura é
chamado papel couché (precisamente o é seca e nela copiada o negativo com luz lavada e seca e montada num calço de
geral situa-se para além de 50 cms. utilizado nas páginas 21, 22, 27, 28 e capa
Na figura A vê-se o reticulado vertical do arco voltaico, após o que é revelada madeira quando se destina à planografia,
de Plano Focal). e lavada. ou segue desmontada para a esteriotipia,
que justaposto ao reticulado horizontal
(fig. B) permite o reticulado perpendicular Para papéis de impressão de qualidade P<;>r. vezes, após a lavagem da chapa quando se destina a impressão de máquina
(fig. C). menor mas razoável como o I.C. (em que metálica, a mesma é mergulhada em ani- rotativa.
Plano Focal é apresentado> são uÚlizadas Origin ais desen h ados a lápis - Quando
as redes oe 100 a 120 quando se trata de lina para tornar o positivo bastante v;sível
e permitir assim qualquer correcção mais se pretende obter reproduções de originais
fotogra vuras a uma cor. facilmente. feitos a lápis, produz-se, regra geral, um
Para reprodução a cores (bicromia, negativo especial iluminando fortemente
tricromia e policromia) são utilizadas ; A espessura e o verso da chapa são
protegidos com betume, goma da Judeia o original. Desta forma, evita-se que o
redes de 150 a 200) sendo necessário o
papel couché.
Técnica - A rede é montada nmn
r
t
ou verniz protector para proteger estas
partes da chapa, da acção do ácido utili-
grão do papel seja reproduzido por
pontos. Qualquer dos seguintes processos
pode ser utilizado:
zado na mordedura.
11G.: •••••••• • "G· ª«--.-.-.-.- .- .---'-'i"G.C caixilho geralmente metálico e colocada a) Mét odo directo - Através de um
A chapa é aqueci.da para que a gelatina
••••••••••
••••••••••
na máquina fotográfica de reprodução
imediatamente antes da chapa ou filme de peixe ou esmalte forme também uma
negativo sobre-exposto. São regra geral
executadas paragens durante a exposição
••••••••••
•••••••••• fotográfico negativo. A distância a que é zona resistente à acção do ácido após o do negativo com o fim de fazer sobressair
••••••••••
•••••••••• colocada -factor importante - é regu- que é introduzida no banho mordente . os pontos e torná-los sólidos, bem con-
••••••••••
•••••••••• lável por meio de um cursor de afinação. Todos os pontos copiados na chapa
metálica resistem à acção do ácido o qual
centrados fo que corresponderá no posi-
••••••••••
F1G.0
Quando o negativo, assin1 obtido, é
revelado, lavado e fixado, verifica-se que penetra nos interst.ícios desses pontos isto
tivo da chapa metálicà, a uma super-
fície sem pontos). Os outros pontos corres-
as tonalidades do original ficam represen- é, na zona não precipitada do crómio e pondentes à zona desenhada são trazidos
Fig . A - R ecticulado vertical.. Fig. B - R ecti-
culado h orizontal. Fig. C - R ecticulado per- tadas no negativo por wna concentração onde a gelatina de peixe não se fixou à relação correcta entre si, pela redução
pendicular. Fig. D - Efeito da passagem da variável de pontos. após o aquecimen to da chapa.
luz p ela r ede, na chapa s ensível (ef eito má- A chapa é mordida e gr avada até os Co11tfoua na pág. 33
ximo). Fig. E - Efeito mínimo. Essa concentração é maior ou menor

30 plono foco l plono focal


ROTEIRO SE O SEU
O Roteiro foi criado para
agrupar as firmas ou entida-
* LISBOA
PASSATEMPO
des que prestam serviços ou VENDA OU ALUGUER ÉA
vendem material dos diver- DE MATERIAL:
sos ramos da Fotografia, Ci- Victor Névoa - R. da Vitó- FOTOGRAFIA ...
nema, Rádio, Artes Gráficas ria, 7, 2.º - Películas e
e Publicidade. papéis f o t o g r á f i c o s
Desta forma habilitamos o «Standard».
leitor a orientar-se corográfi-
camente e qualitativamente óptica Moderna - R. da.
sobre as vá rias casas da es- Conceição, 23. Lentes, ar-
pecialidade e a consultá-las mações para óculos. Ins-
quando necessitem dum ser- trumentos de precisão. PASS E
viço específico. Densímetros.
Quantas vezes não terá su-
Rádio Motores, L.d• - Pra- O TEMPO
cedido ao amador r esidente
ça do Areeiro, 12. - Rá-
longe de Lisboa ou Porto, ou
quando em viagem, ter n e- dio. Electricidade. Cine- A FOTOGRAFAR
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ro) é apenas de Esc. 200$00 DE ARTIGO S
por cada citação. O m esmo Mesquita - Rua. Visconde
da Luz - Tudo para fo- FOTOGRÁFICOS
anunciante pode fazer várias
.citações em Secções diferen- tografia e Cinema de r
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tes. amadores.
Entre as secções em que Tabacaria Nilo - Largo da
·O Roteiro se divide encon- Portagem. Tudo para fo-
tram-se: tografia e cinema de
1 - Estabelecimentos que amadores.

2 -
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3- Estabelecimentos q u e Ru2. Fernandes Tomás,
alugam materia l. 800.

32 plano foco,I
as três primeiras letras e) Processo do diafragma - Através de
um diafraguia tipo \Vaterhouse ou Groes-
da fotografia -->- Conclmão da pág. s beck, utilizado durante uma parte do
ao mínimo para os asswltos muito lUIUi· tempo de exposição com o fim de transpor
nosos. Essas aberturas do diafragma Yêm as posiçõe~ dos pontos fortemente ilumi-
indicadas com os números f: f/4.5, f/ 11, nados aos espaços entre eles, yelando
Í/ 16, etc .. Fixe-se bem o seguinte: uni assim de tal forma os pontos que desapa-
número f maior significa mna abertura recem quando o negatiYo é reforçado.
menM, e vice-versa. Xào se trata de um d) Mét odo in directo - AtraYés de três
capricho, mas pelo contrário de r azões · chapas fotográficas: primeiramente obtem-
muito interessantes, que porém, não -se uma chapa negativa do original sem
· aproftmdaremos desta yez. H á outros uso da r ede, a qual pode ser retocada;
sistemas de marcação mas o sistema f desta é feito um positiYo através da rede;
é o mais frequente. ·1\-as câmaras «de cai- e deste positivo f> feito um novo negativo,
·ote·>, quando só têm wna abertura, esta onde os pontos são eliminados das zonas
corresponde geralmente a u m número fortemente iltm ii.nadas - ou seja, as zonas
entre f/ 11 e f/ J 6. Quando têm uma se- corresponden tes à superfície branca do
gtmda abertura, esta localiza-se en tre papel onde o desenho a lápis foi executado.
f/ 16 e f/22; e uma terceira ent re f/22 e f otozincogravur a -- Para fin s comer -
f/ 32. Um a obsetvaçfio: quando se diz, ciais utiliza-se uma c01llbinação de zinco-
'uma cámarci corn itma obfectiva f /5.6, isso gra vur~ com fot ogra vurn, produzindo
s ignifica que tal len te tem como abertura uma zm cogravura da parte do orio"inal
máxún?-, f/ 5.6. Escusado ser á d izer que s usceptível de ser reproduzida por e-este
q uanto maior é essa abert ura m áxima processo e uma fotogravura da parte do
(menor o número). melhor é a objectiva. original que tenha t on aliclades, montando
D iz-se que ela é m ais lmninosa. depois jwltas as gravuras obtidas ou fa-
Na série f/4.5, f/5, 6, í/8, í/11, f/ 16, zendo d uas chapas fotográficas negath ·as
f/22, cada abertura sucessiva admite o uma sem rede e outra com rede, combi-
dobro da luz q ue a do número f imediata nando ~s películas n egativas nas posições ·
men te superior. respectivas, numa n ova chapa de vidro,
Como é fácil de compreender, Yelocidade for1!1~do a:>~im o negativo para imprimir
e a ber t ura são factores que dependem a copia pos1ti va na chapa metálica. Desta
também, em parte, um do outro. Assim: forma a gravação é realizada numa única
se o tempo de exposj ção se reduz a met ade chapa metálica com wna única operação.
é necessário empregar a abertura maior S o próximo níuuero: fot ocromograv ura.
seguinte (que dará o dobro da luz) . Ex.:
Suponhamos que t irávamos um a foto- ~oto-clu6e 6x6 - >- Co11cl1tsào tia pág . 13
grafia à velocidaa.e de 1/ 30 do segundo,
e um a abertttra de f/ 11. Se q uizermos the Yean de 1953 publicou pro,·as de Santos
Almeida Jr., Costa Lt•itP e Emesto Zsoldos. A
agor a uma velocidade m aior, 1/ 100, de- uma prova dc•ste últi.mo se referiu o «British
vemos en tão empregar a abertura f/ 8. Journal or Photography».
V~1os portanto que a velocidade, 1!:: óbvio o intrresse que r evestem estes «en-
Yios colecti\·os». Só por si. eles constituem um
podia ser em parte determinada pelo mo- incitamento à ad!'são de novos sócios. Sobre-
vimen to do assunto, e a abert ura pela tudo os principiantcs têm todo o interesse em
s ua luminosidade. Ilá tabelas que ind icam per tencC'r a um clube que aconselha e orienta
na participação dos mais importantes salões
par a cada luminosidade, e par a uma dada da fotogi·afia d<' todo o mundo. Quanto aos
velocidade, a abertura respectiva, e inver - consagrados, já dN·am quase todos a sua
samente. Para maior precisão utilizam-se adesão.
os fotómctros. Mas nos primeiros tempos Tambá-n o Foto-Clube 6X6 tem participado
em festas das Socit•dades Recreativas. inicia-
é bom saber apreciar a luz . . . à vista tivas das Comissões d<' Turi!'.mo e Salões Foto-
desarmada. Daremos no próximo número gráficos particulares (como o da CUF do Bar-
uma dessas tabelas. r eiro. e o do Grupo Desportivo do Instituto
Nacional de Estatlstica). mostrando assim uma
correcta compr eensão dos deveres dum clube
d"' amadores na propaganda e no estimulo
1Jrocessos foto1necânicos pela fotografia de qualidade.
O Foto-Club 6X6 tem procurado pôr-se em
de reprodução -,>. co11cl11ôào da pág. 31 contacto com jornalistas e fotógrafos profis-
sionais ou amadorPs de grandeo> nomeada de
manual do tamanho dos pontos a quando passago:n por Portugal (como Allan Gould, da
« Popular Photography:t: Sidney Latham. da
da mordedura. mesma re\·ista: e João P. l301·dallo. da Asso-
b) Processo Bassani - Através do apa- ciação Brasileira de Art!" Fotográfica.
relho Bassani aplicado à máquina foto- Como se vê. apesar das dificuldades aponta-
gráfica, o qual provoca um movimento das. o F oto-Club 6X6 tem mantido uma acti-
,·idade notável. Desejamos à nova Direcção que
circular da rede, suficiente para velar os possa r emover todos os obstáculos e que en-
pontos fortes de ilttnünação e permitir contre na b oa vontade e dcdicac:ão de um nú-
que desapareçaw no subsquente reforço mero cresc!"ntc de sócios. o estímulo e o apoio
necessál'io, «Plano Focal» oferece as s uas colu-
do negativo. nas para o que for necessário.

plano focol 33
Temos o maior prazer em
completar e esclarecer todas
as indicações deste Boletim
bastando para tal dirigir-se
à Kodak Portuguesa Limi~
ted, R. Garret, 33, Lisboa.
Os produtos Kodak estão à
venda nas boas casas da es-
pecialidade, em todo o País.

Termómet ros - para a tipo de termómetro para bressalentes são uma ga-
câmara escura. Quantas ve- câmara escura. rant ia Koda.k.
vezes já sentiu a necessi-
dade de utiliza.r um termó- Estão à venda também A fo tografia de interio-
2.s máquinas Kodak - cé- r es é de muito maior inte-
metro apropriado para a resse quando se possui a
câmara esc;ura? Separado lebres em t oda a parte
iluminação n e c e s s á ri a
ou juntamente com a Ins- como as Monitor, Vigilant, pronta a utilizar e o equi-
talação para o La.boratório Kodak 35, Kodak Reflex pamento utilizado se pode
fotográfico Kodak está à ou a Medalist II. Dezenas arrumar f àcilmente quando
sua disposição um novo de acessór ios e peças so- não está em uso.

A "Lumeniz açao"
deixa sair
m ais Luz

- P ara os Projeccionis tas


eis a novidade do Ano!

A ,Lumenizac;ão, novo pro-


cesso Kodak de p1·otecc;ão das
lentes conheceu as suas pri-
meiras aplicac;ões na óptica
das Kodak do post-guerra -
a Kodak Reílex. a Kodak Me- acréscimo de contraste. de du- PrC'to o branco co.mo em Koda-
dalist II. o novo Cinc Kodak e reza e r ealce da imagem. E ste chromc-q uando são projecta-
outras máquinas Kodak. au..rnento de qualidade-o qual das zonas escuras no ecran.
Agora passou a ser aplicada também enriquece o brilho da A lumcnizac;ão reduz a luz
às objectivas dos projectores imagem - não é mens urá,·el dispersa. caracteristica domi-
Kodak - Kodascope, e Kodas- em percentagens com exacti- nante dos s istemas ópticos não
lide-com resultados surp1:een- dão. No entanto. podemos afir- lumenizados. I sto quere dizer
dentcs. mar que as trans parências Quo não se verificam os pretos
A lumenizac;ão aumenta o projectadas através dum sis- «acinzentados• e as cores man-
rendimento da luz dos já efi- tema óptico lumenizado têm têm-se ricas e puras.
cientes projectores Kodaslide pelo menos duas vezes mais o Para o projeccionista, cioso
em anroximadcemente 50 nor brilho aparente das projecta- em rnanter um nivel óptimo de
cento! É a iluminac;ão adicio- das através do mesmo siste.-na trabalho o aumento de con-
nal conduzida para o «ecran» óptico antes de ser lumeni- trasto o pureza de cor são
- que conta na projeccão. E o zado. factos mais importantes que
r endimento luminoso dos Ko- quaisquer outros.
MAIS CONTRASTE, PUREZA
dascopes foi aumentado em um Aprecio um dos projectores
D A COR
terc:o pela lumenizacão. Kodak lumcnizados em pro-
Verifica-se também um au- O aumento d e qualidade é j eccão e verificará as vanta-
mento de Qualidade - um especialmente visivel - tanto a gens da Lumenizacão.

34 pla no foca l
KODAK PANATOMIC- X -
Grão «minuto». Permite gran-
de::; ampliações; Garante os
maiores detalhes e uma boa
t extura.

KODAK PLUS - X - A pe-


l!cula pancromática para todos
os 1'ilmes. Velocidade apro-
priada. grão fino. excel<'nt('
g radação, boa latitude de ex-
posição.

KODAK SUPER - XX - A
P<'licula pancromática rápida
para difíceis condições de ilu-
minação d e exteriores e ins-
tantâneos de interior es com
Photoflash.

1'odak 3nfravermelho
Quando a nebl ina se interpõe entre o fotó-
KODAK SUPER PANCiiRO- g rafo e a paisagem. para obter instantân('os a
-PRESS - A mais rápida P<'-
llcule Kodak. Para instantâ- distância, t<'nha ao S('U dispor a película Kodak
n<'os com iluminação defi- infraYermelho e dispare a máquina equipando a
ciente. objecti\·a pr~\'iamente com um filtro laranja ou
Yermelho. A g rav ura q ue inserimos dá uma
ideia dos curiosos e inter essantes efeitos que s1•
podem obter tirando partido da sensitividadP
especial desta pelicula às radiações inírav<.'rm<'-
lhas. É Iorn<.'c ida em r olos e está à venda no
seu agente K odak habitual.

I!O DAK ORTHO - X - A O primeiro passo para a mel hor


mais rápida película Ortocro- fotografia ...
mática. Recomendada para ro-
toírafias de homem deYido aos ... a EXACTA película Kodak a uti-
seus pronunciados efeitos na
r ('produc:ão da epiderme. li%a1·.
tain, Cercle d' Art Photo- sentido da expontaneida-
. noticiário graphique de Lyon, Cercle
Photographique JRIS, Ca-
de; Br assai, um paisagista
no mais digno sentido
mera Picturialist of J apan, do tem10; l\Ian Rav, e as
P h o t o-C'iné-Club Bandei- suas «trucagens» éom a
XXII COXCU RSO J.Y- rante, Fellon Photographic realidade; Cartier-Bresson,
T E R X.A C 10 X A L DE Society of America, Fellon definitiYamen te consagrado
«PHOTO-CIX EJI.1» Photographique Society of como o «glob-trotter» da
Great Rritain, Photo-Club fotografia; Craven, e as suas
No número de Fevereiro de LeYaliois-Perret, R eal duras interpretações das
de 19.33 da revista «Photo- Sociedade Fotografica de formas; os italianos e os
-Cinéma», vem publicada a Madrid e Société Française seus tons claros (Finazzi,
classificação do seu XXJJ de Photographie et de Ci- Veronesi, etc.); e sobretudo
Concurso Internacional, o nematographie. O nosso o alemão Otto Steinert e
qi~at reu.nii+ cerca de 4.000 país foi representado pelos o francês Daniel Masclet.
fotograficis, qiee foram apre- amadores \Valdemar de Al- Stlenert (quE> é, na quali-
ciadas e classificadas pelo meida Mota, Fernando Vi- dade de fotógrafo, o dire-
fúri, em qieatro categorias : <'ente, Arnaldo Monteiro ctor duma escola de Belas
A) Tema livre,· B) Férias J or., Fernando dos Santos Artes!), consegue sempr e
1952; C) Cores e D) Ci- Taborda e pelo nosso cola- manter as s uas fotografias
nem,a. Participaram néste borador João da Costa num plano lírico, quase
conciwso os amadores port'n- Leite, do G. P. P., A. F. P. irreal, sem todavia sair dos
gu.eses Olavo ]. ele T erroso e G. C. O «Salão» reuniu objectos quotidianos. Da-
qu,e conquistou, o 8. o prémio 364 trabalhos dos quais J4 niel Masclet, é o tipo do
da cate go1 ia JJ) e 4 J . o da
1
a cores. A maior represen - fotógrafo que n ão truca
categoria A), Carlos Lopes tação pertence à França com a realidade, que se
da Silva que obteve o l 2. 0 com 126 trabalhos, seguin- serve da cânrnra pelo que
prémio da catego>ia B), Dr. do-se o Japão com 77 tra- ela é e não como un1 meio
Jorge Silva Araúfo, que balhos e o Brasil com 23. para conseguir falsas seme-
obteve o 16.0 prémio da cate- Os países com menor re- 1han ças com a pintura; ou
goria B). O nosso compa- presentação são a Dina- wna fádl fábrica de alego-
triota ~ue assinou. António, marca (1), Finlâr.dia ( 1) rias de gosto mais ou menos
obteve o 27. 0 prémio da cate- Argentina (1), Suécia ( 1) e literário, mais ou menos
goria B) e finalmente o 4. 0 Canadá ( 1) e Inglaterra ( 1). duvidoso. l\Iasclet foto-
prémio da catego~ia B ) no Portugal esteYe represen- grafa os objectos e a luz
valor de 3.500 francos foi tado com 5 trabalhos. O que os ilumina. :\las, pelas
para David de Almeida catálogo da exposição dá vir tudes da composição, da
Cai mllto, de Coimbra. destaque aos trabalhos de escolha ela iluminação justa,
~r. S. S. Goizet, Trois pom- ela ingcn nidade mesmo com
pons roieges,· M. R ov Hirsh- que rscolhe os assuntos, as
*
XL SALON I.NTERNA-
TIONAL D' ART PIIOTO-
btug, Jtfanzma's little,· M.
E iji Vegaki, C. P., The old
Castle of Osaka e :vr. Schus-
suas fotografias são verda-
deiras descobertas sobre o
real. Voltaremos a falar
GRAPIIIQUE ter, Le chemin des Bouleanx. deste interessante artic;ta
quando publicarmos a en-
ReaHzou-se de 1O a 25
de J aneiro, em Paris, o
«XL Salon ln ternational
*
EXPOSIÇÃO «20 IIOM-
trevista que por o<'asião do
ccrta111e11 nos conceden.
Esta exposição aumentou
d'Art Pbotographique» pro- 1IES D 'li.\IAGES» - Em o seu valor cou1 uma re-
movido pela «Sodété Fran- Janeiro ahriu em Paris uma trospectiva de fotografias
çaise de Photographie et de das mais interessantes ex- do Barão c1e Mever e de
Cincmatographie», a g r e- posições de fotografia dos Emílio Zola, que (poucos o
miação que data de 18.54. últin1os tempos. Reunindo sabem) foi também um
Este «Salão» foi muito con- «20 homens de imagens», amador fotorçáfico.
corrido verificando-se a par- esta exposição conseguiu.
ticipação dos principais na realidade, apresentar um
grupos de amadores de
todo o numdo entre os
quais a Associação Brasi-
conjunto notável de obras,
assinadas por alguns dos
m;i.is conhecidos fotógra-
GRTPO DE *
D~\. GlL\.Ç_\.
-~L\DORES

leira de Arte Fotográfica, fos contemporâneos. Sem


Agrupacion Fotografica de preferências estéticas, cada X o dia 22 de FeYereiro
Catalufia, Anticale Photo- autor definiu livremente deste ano, deu-se a pri-
Rouhaix, Associate Photo- o seu estilo, as suas ten- meira volta de manivela de
grap11!-c Society of America, dências. Destacamos, Cecil mais um filme de amado-
'\ssoc1ate H oyal Pbotogra- Beaton, académico, sem res ((<Ullla comédia cómico-
plúc Society of Great Bri- perder comple~runente o -histórica», diz-nos Aurélio

36 plano focal
Praça do Areeiro, 9, 2. 0 -
'Pu6iicaçõés Lisboa.
«Photo-Cinema». N. 0 616.
Fevereiro 1953. Preço O
francos. 1\1ensário. 56 pági-
«Ciné-Amateim>. N. 0 164. nas em papel couché. lvlaga-
F evereiro, 1953. Preço 100 zine de la piloto et du Cinema
francos. J1[ensário. 36 pá- d'amafeurs. l 9, Rue Saint-
ginas em papel I.C. de I. 0 -Jacques. Paris. Véme
La Revue Officielle du Franço. Do sumário salien-
cinema d 'amate ur Francais. tamos: <10 XXII Concurso
, Rue de la :\Iichodiere. de Photo·Cinema», «Do fo-
Paris Jiémc France. Do su- t ograma à nattueza morta»,
mário deste número, como «Legendação, projecção, so-
habitualmente de cuida- norização», <<A.s novas velo-
doso aspecto gráfico, sa- cidades do obturador da
lientamos os seguintes ar- Leica». Magnífico aspecto
t igos: «As vantagens da gráfico. Assinatura anual:
objectiva grande angular», 1. 250 francos .
Mendes da S ilva), intitulado «Um estudo acerca da <cTetevision». N .0 31. Fe-
«Um t urista cm Apuros». noção visual do relêvo», vereiro 1953. Preço 120
Na foto vemos . João Casi- «Conselhos p ara Sonorizar francos. JV!enscírio . 40 pá-
miro e João Fonseca, dois uma sala de projecção», gina,s em papel de impressão
amadores entnsiastas. «Pla- «Uma relação de discos clás- !. C. J\1agazine Teorique.
no Focal» interessa-se por s icos e modernos p ara so- et pratiqu,e. 42, Rue Jacob.
estas iniciativas; esperamos norizar os vossos filmes». Paris V Jb11e. França. Do
ter um conhecimento mais Assinatura anual : 1. 500 sumá rio salientamos: «Em -
detalhado do argumento e francos. Semestral: 800 prego dos <wedresseurs» de
dos métodos de realização francos. cristal•). «Preamplificador
e estamos à disposição des- «Cine - Sciences-Photqg1a- cascode», «T elevisão a cores>).
tes e doutros amadores, não phie». 15-I-53 a 15-2-53. .Assinatura anual: 1. 200
só para dar conta dos seus Preço 50 francos. Jlensário. francos. Pedidos de Assi-
trabalhos, mas para lhes 24 páginas em papel de natura a Plano Focal, Praça
prestar os conselhos e as impressão 1.C. 2.º. Revue do Areeiro, 9-2. 0 , Lisboa.
in fonnações que n os soli- de t'education de l'homme «Toute la Radio». N. 0 172.
citarem. Do grupo fazem de science dt~ teclmicien. .Taneiro, 1953. Preço 150
parte também J oào de Bri- 30, Boiüevard Saint-Jficlzel. francos. mensário. 68 pá-
to, ..\ntónio Ramos, T eixei- Paris 6éme França. Do s u- ginas de papel impressão
ra, Ramiro e R en ato Ca- mário salientamos: «Pro- I.C. de 2.º. R évHe de Tech-
brito. A. :VIcndes da Sih-a é blemas do cinema educa- niqiee expliquée et appliquée.
o seu director. tivo»; «Ü R elevo», <cA reve- 42, Rue Jacob. Paris Vléme.
lação das películas de pe- França. Do s umário salien-
tamos: «Comutador elec-
* queno formato,> e <11'elevisão
no écran de grandes di-
mensões» . .1-\..ssinatura ru1ual:
900 francos. P edidos de
tróuico a utom ático», <cRe-
c e p tores combinados
AMFM», «Grave em discos!
assinaturas a Plano Focal. (2. º parte)», «Cinema So-
noro». Assinatura anual:
J .!500 francos. Pedidos em
assinatura a Plano Focal.
trador foi convenientemente Praça d0 _..\.reeiro, 9-2. 0 -
modificado, ao rotor de um Lisboa.
projector de 8 mm. com vista «Radio». Constritefeur et
a aproximar a sincronização de depanne11r». S. 0 86. Feve-
uma fita magnética gravada, reiro de 1953. Preço 120
com a projecção. Trata-se duma francos. Jfensdrio. 52 pá-
engenhosa adaptação que per- ginas em papel l .C. de 2. 0 .
mite aos amadores produzirem Revue pratique de Radio et
som síncrono com as imagens de Telei•ision . 42, Rue Jacob.
- o que só dificilmente ou dis- Paris V 1 ime. França. Do
pendiosamente se conse&ue com sumário salientamos: <U\Iu-
outros processos como seja a sicalidade, tonalidade, fide-
ligação do rotor da máquina lidade:, Algumas avarias
· O Sr. Júl io Bivar alga<lo ao motor do gravador e com os pouco comuns», <(Gr avador
adaptou um simples conta-qui- inconvenientes de esforço do de fita magnética Baby».
lómetros de bicicleta cujo mos· motor, perda de velocidade, etc. Assinatura annal: 1.200

plano focal 37
francos. Pedidos de assina- um livro actualíssimo uma
tura a Plano Focal. Praça
do Areeiro, 9-2. 0 - Lisboa. l!,ivros vez que, parece, finalmente,
vamos ter a Televisão em
P ortugal. Êste livro reune
os fundamentos publicados

«Cinema
*
de Amadores»,
«Príncipes Fondarnentaux
de Television». Por H. De-
e m centenas de artigos té-
cnicos, publicados em di-
laby, Engenheiro Chefe da versas línguas, mas sem os
1i. 0 67. Dezembro, 52/]a- Radiodifusão F r a n e e s a
·neiro 53. Prf'ÇO 5$00. 28 p. inconvenientes ora de uma
Orgão oficial do Clube Por- Prefácio de R. Barthelemy. linguagem hermética exi-
iu gités de Cinema de Ama- Formato: 16,5 X 25 c ·m s. gindo bons conhecimentos
200 páginas, 183 gravuras. matemáticos, o ra de cará-
dores. Preço: 850 francos. Edição cter puramente Yttlgari-
E y r o l l e s . 61 , Boulevard zador e, portanto, insufi-
Publicou-se m ais um nú- S a i n t - G e rmain. Paris
mero desta simpática re- cientes. O autor tornou o
( Veme). França. livro muito acessível pois
vista, contendo interessante A Televisão entrou defi-
-colaboração, da qual rele- limitou as suas demons-
nitivamE'n te no domínio das trações e conteúdo do text.o
vamos: artigos e noticiário realidades cotidianas, colo-
<liverso sobre a activi<lade às exigências de conheci-
cando-se a par da Rádio e m entos m atemáticos ele-
<los cineastas a111adores, um do Cinema. A sua t écnica,
balanço do ano 1952, a or- m entares, reservando para
baseada na experiência de o apêndice certas explica-
ganização dum novo cine
dez anos, está agora p erfei- ções n ão n ecessárias à com-
dub (o «Cinc-club da Costa tamente definida e apenas
do Sol»). e o regulamento preens ão do t exto.
haverá a acrescentar-lhe
para o Concurso Nacional
<le Filmes de Amadores, modificações de pormenor «Lapratiquedes PETITS
e o progr esso natural. A FORMA TS - leurs possibi-
para o ano de 1953, etc.; e Televisão, finalmente, atin-
um jntcressante artigo l i t és», 8. 0 edição, por N.
giu a fase industrial e Bai,. Formato: 21,5 X 16
sobre wn novo sistema para comercial. O autor que
sonorização de filmes. cms. 216 páqinas. 328 gra-
dirige d es d e 1936 as vuras e tal>elas e esque·mas.
Do regulamento para o emissões do Centro de Te-
Conc urso que citamos, re- Edição: Publícations Paul
levisão de Paris e ensina j\lfontel, 189, Rue Saint-
s umimos o principal: admi-
tem-se filmes de amador, a T elevisão aos engenheiros -] acqites. Paris ( Veme).
e técnicos da Radiodifusão França. Representante: Fil-
sonoros ou nmdos, nos for- Francesa, reuniu e desen-
matos 8, 9,5 e J 6 111111. , que marte. Preço: 65$00.
deverão ser entregues até volveu n êste primeiro vo- E is wn manual prático e
lume os princípios funda- utilíssimo para os pequenos
30 de Abril de 1953, na séde m entais da Televisão. E is
do C. P. C. A., Largo do fonnatos. Ind icações por-
Chiado, 12, 2.º. ou n as
çasas de especialidade de
r eproduções a cores, «Pho- filiados: «Photorama pas-
Lisboa, Porto e Coimbra; torama» reafinna as tradi-
admitem-se os seguintes gé- sará a ser o órgão oficial
neros: enredo, fantasia, do- ções de gr ande revista té- da Federação Belga dos
çumentário; a inscrição é cnica. Do sumário salienta- Grupos de Amadores Foto-
de 30$00 por cada filme; mos: A fotografia da mod a gráficos». Eis um exemplo
serão concedidos cinco pré- a cores; Dez anos de foto- de como uma revista de ca-
grafia profissional; O Flash rácter comercial serve bem
mios em cada categoria e
menções honrosas. e a fotografia a cores; 9s
diafrágmas; Curso Prático
oa interesses dum sector t ão
importante da actividade
pela Imagem. 1\o presen te fotográfica helga.
*
Photorama, n. 0 7 - Bi-
número aparece um suple-
mento da Federação Belga
dos Grupos de Amadores
Salientamos também a
série «Estude os seus clássi-
cos!», onde em cada número
mensário. Preço l50 francos. (Federadon Belge des Cer- se faz referências aos clás-
30 pá~inas em papel coz~lzé. cles Photograpbiques) do sicos da fotografia. Trata-se
Revista Intenwcional de fo- qual extraímos a seguin- dwna \'erdadeira história
tografia. 1'\l ortsel-A nvers, te informação: «Graças ao da fotografia, cujo alcance
Bélgica - Preço de assina- acolhimento da casa Ge- - na formação da cons-
tura anual 900 francos vaert, graças sobretudo à ciência ar1 ística e técnica
(França). simpatia actuante da re- de profissionais e amadores
dacção de «Photorama» e ~s - é óbvio encarec~r. Neste
Mantendo o mesmo nível diligências do nosso presi- número 7 ele <cPhotorama»,
técnico, tllll magnífico as- dente federal sr. H. I ;e Beek são encaradas as obras de
pecto gráfico e apresen- t emos o prazer de dar uma David Octavius Hill e Ro-
tando grande número de boa nova aos grupos nossos bert Adamson.

38 plano focot
menorizadas dos aparelhos sando a teoria e prática da
miniatura de 9 e 16 mms., fotografia a cores. Um vo-
24 X 24 nm1, 24 X 36 ll1D1S.
e 6 x 6 cms.. Objectivas,
1 um e aconselhado tanto
p a r a profissionais como
Critica
obturadores, utilização do para amadores com alguns
telémetro, emulsões sensí- conhecimentos. Trabalho de
veis, filtros, luz artificial, profundidade, a que a au- F(l remos a crítica fotográfi-
flash, fotómetro, tomada toridade de l:\atkin em- C(I aos originais submetidos,
de vistas, trabalhos de la- p r e s t a especial ~ terêsse reproduzindo -os e fa zendo-
b oratório, provas e possibi- Compreende as seguintes -os acompanhar das respecti-
lidades; este manual é um partes: História da Foto- vas notas crítiC(IS. Os traba-
repositório prático de todos grafia a Cores - de Seebeck lhos (lpresenlados devem obe-
os assuntos que o profis- aos nossos d;as; A Teoria decer a preocupações de or-
s ional e o amador esclare- da fotografia a cores - a dem técnica e também reve-
cido devem conhecer no Luz-A Cor - A cor na originalidade m esmo quando
que respeita à técnica dos fotografia; A Prática da versem assuntos considerados
pequen os formatos. Salien- Fotografia a Cores - No- j á muito repetidos .
tamos desta interessante ções gerais da tomada de
enciclopédia trcnica, os ca- vistas - Laboratório - A As dimensões das provas a
pítulos relativos aos prin- selecção tricromática - Os remter não devem ser siipe-
cipais processos da foto- Processos por Transparên- riores a 9 x 1 2 ou 9 x 9, im-
grafia a cores, fotografia cia - Os processos de ti- jJressas a preto, em papel
científica e a parte respei - r agem em papel. Esta obra b r a n c o d e superfície bri-
tante a insucessos, suas esclarece os importantes 1/um te.
causas e remédios. Uma problemas da síntese sub-
inteligente e metódica in- tractiva e aditiva, medida As fotografias serão frubli-
serção de tabelas, esquemas da luz, percepção das cores, cad(IS pela ordem cronológica,
e ilustrações, torna a apre- síntese das cores, qualidade m ediante uma prévia selec-
sentação agradável e s u- da luz, quantidade da luz, ção, reservando-se e Plano
gestiva. O autor faz desfilar iluminação do estúdio, ma- Fou1l> o direito de reprodu-
nas páginas do manual a t erial e os processos de z ir ou não os trabalhos re-
maior parte dos vários transparência A n s c o lor, cebidos.
t ipos de máquinas fotográ- Ektachrome, Gevacolor e Em qualquer hipótese as
ficas de p equenos formatos, Kodacolor. fotografias não se devolvem.
o que permite estabelecer Todas as fotografias reme-
um conjunto exacto das
d i f e r e n t e s caracterís- «La R eception Radiopho- i idas a cPlano Focal> devem
ticas. Da mesma forma os niq ue à bon marché», por trazer escrito no verso as
c a p í t u l o s dedicados às Claude M ercier. Formato: seguintes indicações: À Sec-
objectivas e obturadores, 21,5 x 13,5 cms. 126 pá- çiio de Crítica Fotográfica de
:pela clareza do texto e d as ginas. 9 gravuras, esqitemas cP!ano Focal> - N o·me do
mstruções merece um re- e t a b e la s . E d i ç ã o da Autor - condições de luz
levo especial. Uma obra UNESCO. 19, Avenue Kle- em que foi obtido o negativo
n ecessária na estante de ber, Paris. 16eme. França. - Mat eriais iüilizados-Data
qualquer profissional ou Publicação n. 0 849. Preço: do n egativo - Local onde
amador. 200 francos. R epresentante : foi obtido .
Publica ç6es Europa-Amé-
rica Lda.
«La Photo graphie e n Ainda que elaborado com
Couleurs», p or M. Nathin, alguns pormenores técnicos
doutorado em Ciên cias, um este estudo tem o fim de U N E S C O. 19, A venue
dos mais conhecidos escri- fornecer às entidades que J([eber. Paris 16ême. France.
tores da técnica fotográfica estudam os problemas pos- Publicação n.º 588. Preço:
e I<. S ch werin, douJorado tos pela organiza9ão da 100 franc os. Representante:
em Ciências. Formato: e s c u t a radiofómca nos Pu.blicaç6es Eu.ropa-A1né-
25 X 16,5 cm s. 376 páginas. países de fracos recursos rica, Lda.
97 gravmas das qi,ais 16 financeiros, uma série de Estudo sobre a n ecessidade
p olicromias. Edição Ti - diferentes soluções econó- de uma formação profis-
ranty . 15, A venu.e Victor micas para a montagem de sional do pessoal dos pro-
Hu.go. Paris. França. Estações Emissoras. gramas da Radiodifusão,
Preço: 2. 950 francos (en ca- com informações sobre as
dernado). R epresentante eni «La f ormation Profession- actuais possibilidades e su-
L isboa: Filniarte. Preço: n elle du personnel de la gestões dirigidas às organi-
~80$00 (encadernado). radio», por lvlaurice Gorham. zações de Radiodifusão e
Obra enciclopédica, magni- Formato: 21 ,5 x 13,5 cms. dos estabelecimentos de
fican..ente apresentada, ver- 116 páginas. Edição da ensino.

plano focal 39
U111 clufle de amadores
e11t 1900 --+ Co11cl11'1io da pdg. 13

de mu concurso de foto-
gr afia aérea. _'\Jguns dos
sócios em Dezembro de
1910: .--\lfrcdo Roque Ga-
meiro, Dr. _\níbal de Bet-
tencourt, D. J osé de Bra-
gan c;a, J ú l i o \\' o r 111 e
Dr. Sah-ador B rum do
Canto. 'i.\·o triénio de l 91 l
a l!)J 3 a S. P. P. dispõe de
noYas instalações e <lesen-
Yoh-c grande actiYidade,
em parte deYido tL acção e
entusiasmo do Visconde de
SacaYém (J osé). Em Julho
de J!) J 3 realiza a 1. o Expo-
sição de Fotografia das
Cores (110 Salão da Trin-
dade), oportunidade apro-
veitada para nomear os ir-
mãos Lumicrc sócios hono-
r ários da S.P.P. - consti-
tnindo urn Yerclad<'iro tri-
buto de .1omen agem da
Fotografia ao Cinem a.
Nesta Exposi\ão partid-
BERTRAND
param 24 expositores que
apresentaram 24-:3 traba-
lhos. Em Outubro ele 1912
(IRMÃOS) , LIMITADA
a S.P.P. participa no Con-
g r e s s o de Turismo ele
:;.\Iadrid. Por uma proposta
do delegado português foi
feita mna moção cm que se
afirmaya: «qnc se cuente
con la colaboracion ele las
Socicdaclcs Fotográficas y
la ele los bncnos aficcio-
naclos» conform<> se lê no
«Memorial Cenera l» ela refe- TIPOGRAFIA
rida Exposi\iio. O ano de
1914 abre com o número de LITO GRAF IA
sócios aumcn lados, magní-
ficas instalações, todas as o F F s s E T
díYidas pagas e um saldo
em caixa ue 187$800>). So-
D E s E N H o
brevém, porém, a guerra e G R A V U R A
o grupo tcn11i11a a sua acti- ..
j
Yidade. O que foi em de-
talhe o trabalho <lêste pio-
neiro dos grupos de ama-
r
t

dores c111 Portugal, bem


como o Boletim Fotográ-
plúco fundado em 1900,
dará lugar à cntreYista que
publicaremos no próximo
número com Júlio \\Torm.
Ficam entretanto, desde já
registados alguns in teres- Travessa Condessa do Rio, 7 - LISBOA
santes aspectos ela actiYi-
dade da Sociedade Portu- Telefones 2 1368 - 2 r 22 7 - 3 0054
g uesa ele Phot.ographia nas
nossas cohmas.

40 p lano focal
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plano foca l 41
O hiposulfito de sódio não
serve como fixador ttltra-rá-
pido. Desta carência nasceu
dos laboratórios M & B o fi-
xador ultra-rápido à base de
MAY & BAKER, LTD.
tiosulfato de amónio. Para DAGENHAM INGLATERRA
utilização imediata basta ape-
nas diltii-lo em três vezes o APRESENTA:
seu volume de água. O nome
REVELADOR CONT RASTE 300
comercial deste fi xador é
AMF/X o qur,l aplicado con- Indicado para todos os casos em que um revelad or
7untamente com um endure- normal não dê contrastes suficientes.
cedor especial assegura 1011 REVELADOR PARA M ÁXIMO CONTRASTE 31 O
endurecimento adequado no
breve lapso de tempo exi- Indicado especialmente para os casos em que é necessário
gido pela fi xaçcio. AMFIX um contraste máximo numa emulsão lenta, como em
fixa películas e papéis na reproduções, e onde é necessário obter trabalhos com
quarta parte d o tempo neces- linhas e meios tons.
sário para um banho de hi- REVELADOR PARA GRÃO FINO 3 20
p osulfito de sódio elo tipo
Indicado para produzir um grão fino em todas as emulsões
conmm, fornecendo imagens
negativas de pequenos formatos onde não seja necessário
claras e sem velo . A s p eli-
grandes ampliações.
citlas fixam -se de forma per-
manente em 30 ti 120 segun- REVELADOR PARA PELfCULAS RAIOS X 340
dos e os papéis em 10 a 20 Indicado para ser usado com qualquer película
segundos. Um so l1it o de radiográfico.
AMFIX tem uma vida e/ec-
tivà quase dupla do soluto REVELADOR PARA PROFISSIONAIS DE RETRATO 350
d e tios ulfato de sódio ( hipo- Indicado paro dar negativos de baixo contraste
sulfito de sódio). e uma gama extensa de tons.
A seguir indicamos os t em-
pos de clarificação corres- REVELADOR PARA PAPÉIS BROMETO - «COBROL»
Indicado paro uso com todos os papéis brometo
pondentes a 1t111 grupo de
e cloro-brometo.
emulsões num b a n h o de
AMFIX, a uma temperatura REVELADOR PARA GRÃO ULTRA- FINO
de 18° C. Na prática deixam- «PROMICROL»
-se os n egativas no fixador Indicado poro fornecer um mínimo de grão
o dobro do tempo n ecessário e aumento de sensibilidade nas emulsões.
para a clarificação.
Película J(odah «Panatomic FIXADOR ULTRA- RÁPIDO - «AMFIX»
X > 35 mm ............. 40 s. Ind icado pela sua acção muito rápida, uma longa duração
P elícida J(odah «Super XX» dando imagens com oito grau de estabilidade
35 nmi .................. 55 s . e conservação.
Pelícitla H odah Raios X Ba-
REVELADOR ESTABILIZADO PARA COR
se-Sal .................... 35 s .
«GENOCHROME»
Placas l{odah «P-1 200> 45 s.
P elícula I l f or d F. P. 3 Indicado poro todas os marcos de películas a cor que
35 mm .................. 35 s. uti lizem cloridrato ou sulfato de para-amino-d ie tilamina
Pelicula Ilford cMicro-neg.>
35 mm .................. 25 .s
REVELADOR PARA FOTOCÓ PIAS «PLANOCOP»
Indicado paro máximo contraste e o mínimo de véu r
t
Para prolongar a vida do com tempo de revelação variando de 20 o 120 segundos.
sol ulo e asseg 11 ra r negativos
limpos recomenda-se o uso de
wna solução a 3°~ de ácido DISTRIBUIDORES EXCLUSIVOS:
acético.
São inúmeras as aplicações
SELECÇÃO FOTOGRÁFICA
de A .lf F IX salientando-se LISBOA - RUA DA MISERICÓRDIA, 19
contudo os trabalhos que
exijam muita rapidez como Q U Í M 1CO SANITÁRIA
é o caso dos laboratórios f o- PORTO -RUA CÂNDIDO DOS REIS, 96
tográficos d os jornais e d os
hospitais com Raios X.

42 plano focal
~iapt1sitivt1s
e filmes fixt1s

Sabe-se a importância que


n os últimos tempos se tem
rA'?#!!X:'t-?I
LONDRES INGLATERRA
concedido aos meios visuais
como auxiliares prodigiosos
na educação em geral, e na EXTRICTO DO CDTÍLOGO DE FILMES FIXOS
formação de quadros. T este-
1mmhas disso são, por exem- Indicamos o número de partes e de imagens de cada
filme fixo. Os filmes são acompanhados de um comentá-
plo, as ex p e r i é n c ias da rio, salvo indicação em contrário. F ornecemos em sepa-
rado, quando nos for pedido, a colecção de imagens de
Unesco, e respectivcis publi- cada filme fixo - constituindo assim os diapositivos
cações: cA Saúde no Campo normais. Os film es podem ser fornecidos a preto e branco
ou a cor.
- uJna experiência de Edu-
cação Visual na ChinM e CIÊNCIA E HISTÓRIA NATURAL
«Os Auxiliares Visitais e a O mundo antes do advento do homem. 4 partes.
Educação de Base». Entre 204 imagens. O homem Pré-Histórico - habita-
ção e obras de arte - 3 partes...... 150 imagens
estes auxiliares visitais con- O corpo humano.............................. 47 imagens
tam-se em primeiro lugar o Educação sexual............................... 40 imagens
cinema, e a série coordenada Uma visita ao Jardim Zoológico...... 40 imagens
d e diapositivos - ou filmes Aves marítimas......................... ....... 26 imagens
fixos. Ao contrário do que Maravilhas do Reino Animal............ 48 imagens
» » » Vegetal............ 42 imagens
se pode pensar, nem sempre » dos Insectos........ ... . .. . . . . . 27 image ns
o cinema é o meio visual de As quedas do Niagara.
maior rendimento. O diapo-
HISTÕRIA E LITERATURA
sitivo é-lhe preferido quando
é importante contar com a A vida de Cristóvão Colombo ........... . 34 imagens
David Copperfield ............................ . 60 imagens
intervenção de um narrador, Alice no País das Maravilhas ........... . 28 imagens
conferencista ou professor. História da pequena Pink .............. . 28 imagens
Modernamente a técnica do
diapositivo e o seu uso, têm- ENGENHARIA E ARQUITECTURA
-se simplificado com a cria- A consfrução do canal do Panamá... 30 imagens
ção do filme fix o ( «film A Arquitectura Moderna.................. 48 imagens
strip»), série de imagens im-
FOTOGRAFIA
pressas na mesma banda de
película e coordenadas segun- Primeira Exposição I nternacional de Fotografia
do determinado tema. Colorida:
Comentário de Percy Harris (a cores) 14 imagens
Chamamos a atenção dos
nossos leitores para os filmes RELIGIÃO
da firma N ewton, c1,jo catá-
Vida de Cristo - 2 partes .............. . 72 imagens
logo é um dos mais comple- A Cruz e a Paixão .......................... . 24 imagens
tos do mi,ndo - e cujos tí-
tulos principais estão já dis-
poníveis p <' r a o público DISTRIBUIDORES EXCLUSIVOS:
português. Pela leitura do
extracto do catálogo se veri-
ficará o que acima dissemos:
qtee este meio visual, sendo
um divertimento interessan- P. do Município, 32-4.0 - L ISBOA - Telef. 32062
te, é um óptimo auxiliar
pedagógico.

plono focol 43
PLANOS SONOROS uma cadeia d e microfones no percurso da
fonte sonora.
Co11clusão da pág. 29 Dan1os agora alguns exemplos de como
utilizar os dados ' da perspectfra sonora
no caso particular da escolha dos am-
mínimo e obtemos planos de atmosfera. bientes, primeiro passo de uma produção
Os efeitos de traYcllings obtém-se com radiofónica.
um simples deslocamento lateral do actor. Suponhamos que temos wn estúdio
Outros tipos ele núcrofone - como os de côr fixa. ~e quisermos dar a sensação
de pre.c:são - prestam-se a efeitos particu- de que a cena se passa numa sala grande,
lares de que não trataremos neste artigo. deyemos colocar o microfone no centro,
.-\gindo sobre a direcção da fonte em onde a reyerbcrn ção é máxima. Se no
relação ao microfone, podem também mesmo estúdio quisermos dar a sensação
obter-se efeitos clfrersos ele perspectiYa de uma sala pequena, de intiuúdade:
sonora. colocar o microfone num canto ou numa
2) Deslocamento da fo nte sonora. É o cahine com as paredes amortecidas.
processo mais corrente. Já sabemos que, Queremos agora dar a sensação de ar
pequenos deslocamentos dão a sensação livre: devemos eli111i11ar a reYerberação
de deslocamentos aparentes muito mais ao máximo.
im portantes. Para o efeito de pessoas que falam ou
3) Utilizaçã o de um segundo microfone gritam a gra11de d istância, há vários
colocad o a dist ância. Registam-se assim processos, mas toclos êles relevam já,
duas modulações, a segunda das quais, mais ou menos, de uma acção sobre a côr
sonora: calafetar a fonte sonora envol-
mais distante, tern como efeito uma dimi-
nuição de G (atmosfera). Í~ um Jos pro- vendo-a de materiais fortemente absor-
c-essos mais int<:•ressantes podendo o ope- yentes, falar na perpendicular ele um
rador com toda a maleabilidade intro- micro-bid ireccional, gritar muito pró*imo
duzir essa modulação suplementar e de um. núcrofone de pressão fechando
retirá-la quando fôr conveniente. quase completamente o potenciómetro
correspondente, etc ..
4) Processos de reverberação regulável. :Muitos ontros efeitos de ambiente,
Consideremos ràpidamente os processos como o efeito de multidão, por exemplo
7c ústicos, os rlectro-mecánicos e os electro- (rew1ir os actores debaixo de wn núcro
-acú sticos. Entre os primeiros citam-se estático), exigem soluções particulares
cortinas móveis, prismas rotatfros, painéis que a experiência e o conhecimento das
móveis, painéis corredios e finalmente leis da perspectiva sonora, permitirão
as câmaras acústicas acopladas podendo resoker.
um simples corredor prestar excelentes
serdços. Ptilizam-se assim as impró- Xo próximo número: A côr sonora
priamente chamadas cámams de eco que
uma cortina ou uma porta põem, quando J. E. S.
necessário, em co1mmicação com o resto
do estúdio. Os processos electro-mecâ-
nicos baseiam-se todos na leitura da
mesma modulação por duas cabeças SONORIZE OS SEUS FILMES
diferentes e desfazadas. A modulação - >- Co1.clusão da pág. 25
r egistada em segundo lugar faz diminuir
o yalor de G: Hntre os processos elect ro-
-acústicos pode mencionar-se a utilização O som tr:msmitido ao contrário tem
de um segw1do n úcrofone, já descrito: características inauditas. Nasce do si-
lêncio e enriquece-se progressivamente de
a reinjecção da modulação d irecta no
estúdio por meio do alto-falante (óptimo
para salas demasiado amortecidas); a
utilização de uma câmara de eco com
todas as harmónicas, deflagrando final-
mente. Para que o fenómeno tome todo
o seu valor, é necessário no entanto que a
,
1
t
ligação electro-act'1stica. De todos êstes música seja escrita com valores longos. O
processos trataremos em detalhe noutros som produzido então, dá-nos o efeito
artigos. Estudaremos também a utili- dessas luzes entrevistas pela janela duma
zação de filtros , e o seu efeito na cor carruagem <le caminho de ferro, andando
sonor a. pela noite. O pon to huui.t1oso fende o ne-
5) Microfon e móvel. É um dos pro- voeiro, aumenta ràpidamente e n a altura
cessos que dá melhores resultados. O que atinge a sua maior in tensidade, desa-
microfoue desloca-se com a fonte sonora parece bruscamente do nosso ca111po vi-
p assando por diferentes 1>ituaçõi s acústicas. sual. O som to1na então o aspecto de vaga
E no estudo e selecção destas zonas q ue irresistível q ue aparece a J olivet carregada
reside então o traballio p rincipal. Con - de um impulso creador.
segue-se um efeito sem elhant e dispondo MÁRIO ZUZAR'f E

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