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LONGE DA COMARCA

TJ-MS mantém juíza de Anaurilândia


afastada
1LEIA TAMBÉM
15 de abnl de 2009, 17h22 ff ImP-rimir .,,._ Enviar 1) 0 8 FORA OE AÇÃO
Juíza é afastada para não atrapalhar
Por A lessandro Cristo con-eição do TJ-IvIS

► Ouvir: TJ-MS mc1ntém juizc1 c1fastc1, •--- 0:00 ouclimo


RIQUEZA 00 TELEFONE
Juizado Especial de Anaurilândia
manda empresa pagai· R$ 1,6 milhão

DEFESA OE PRERROGATIVAS
OAB quer acabai· com fábrica de
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul decidiu pron-ogar por mais três
processos de empresário e juíza em
meses o afastamento da juíza Ivlargarida Elisabeth Weiler, titular da comarca
MS
de Anaurilândia. Ela está afastada desde fevereiro para que não atrapalhe
investigações feitas por uma equipe do TJ-IvIS sobre in-egularidades INFERNO JUDICIAL
cometidas em três municípios onde servidores públicos prestaram Empresário e juíza montam "fábricà'
atendimento à comarca da juíza - Nova Andradina, Bataiporã e Batc1o<>uassu. de processos em Mato Grosso do Sul
(Clique smui para ler a decisão). No dia 8 de abril, o Pleno do tribunal tomou
a decisão de manter ajuíza longe da comarca por mais 90 dias. A decisão, TRABALHO ESCRAVO
fo1malizada pela Po11aria 205/09 da presidência do TJ-IvIS, foi publicada na STF rejeita pedido pai·a suspender
segunda-feira (14/4) no Diário de Justiça do estado. ação contrajuíza

Margarida Elisabeth ,1/eiler é acusada de nove crimes pelo Ministério FOLHA CORRIDA

Público e já foi punida uma vez pela Con-egedoria-Geral de Justiça de Mato Juíza acusada de abuso de autoridade
Grosso do Sul. Ela foi removida compulsoriamente da comarca de Caarapó tenta trancar ação
para a de Anaurilândia devido a acusações de peculato, prevaricação, tráfico OUTRO RECURSO
de influência e abuso de poder. Entre as acusações estão transferências Juíza de MS acusada de nove crimes
in-egulares de presos, desobediência a instruções da Con-egedoria-Geral de pede HC ao Supremo
Justiça em relação à cautela de veículos apreendidos, e despachos
in-egulares. DECISÃO UNÂNIME
STJ acolhe denúncia contra juíza
Na época, ela foi "punida por descumprir reiteradamente a lei, alterando a acusada de crimes
orientação traçada pelo tribunal em recursos judiciais", disse o ministro Jorge
Scai1ezzini, do Superior Tribunal de Justiça, ao rejeitai· recurso da juíza
contra a decisão. Segundo o TJ-IvIS, ela inve11ia "resultados obtidos após a
a Facebook a Twitter

refo1ma do que ela havia decidido. Foi ela ainda punida por ter substituído
decisão proferida em processo judicial por outra de outro conteúdo". m Linkedin D Rss
Ao analisai· o recurso da juíza contra a remoção - Recurso em Ivlandado de
Segurança 13.298-MS - , o STJ considerou ainda que a punição foi branda, e
poderia ter sido maior: a de ser colocada em disponibilidade. "A recon-ente
foi beneficiada com a pena de remoção compulsória, em detrimento da pena
de disponibilidade, que poderia lhe ter sido aplicada, já que, como assentado,
eram unânimes os julgadores em apená-là', disse o ministro Jorge Scai1ezzini,
da 5ª Tmma da co11e.

Weiler responde ainda a processo movido pelo Ivlinistério Público de Ivlato


Grosso do Sul, que a acusa de nove crimes: abuso de autoridade, redução à
condição análoga a de escravo (por três vezes), peculato, extravio, sonegação
ou inutilização de livro ou documento, prevai·icação (por 16 vezes), tráfico de
influência, fuga de pessoa submetida a medida de segm·ança e exploração de
prestígio. O processo, de número 2008.10000022876, está em segredo de
Justiça

Segundo as denúncias, ela teria nomeado e exonerado juízes de paz


desmotivadamente, decretado prisão civil sem que houvesse títulos de dívida,
e deferido medida cautelai· em favor da filha, que teve um caiTo apreendido.
Teria também mantido, trabalhando em sua casa, detentos condenados à prisão
em regime fechado, sob remuneração de meio salário mínimo, e facilitado a
fuga de um deles. Em 2002, o TJ-MS rejeitou as denúncias, mas foi obrigado
a instaurai· o processo depois que um Recm·so Especial do IvIP foi aceito no
STJ. Ivlai·gai·ida Weiler recon-eu no próprio STJ, e depois ao Supremo
Tribunal Federal. As tentativas foram f111stradas. O caso ainda é julgado pela
co11e estadual.

Atualmente, ela responde a uma representação movida por advogados no


Conselho Nacional de Justiça que a acusam de privilegiai· o empresário Luiz
Eduai·do Am·icchio Bottura em processos na Comai·ca de Anaurilândia. O
empresário teria ajuizado um quai1o das ações que con-em na comai·ca,
pedindo liminai·es contra desafetos e os advogados deles. Segundo os
advogados Carla Rahal Benedetti e Fabrício Peixoto de Mello, autores da
reclamação, todas as liminai·es foram concedidas sem que a pai1e contrária
fosse ouvida. O Tribunal de Justiça já declai·ou ajuíza suspeita no julgamento
de processos ligados ao empresário.

Em um dos pedidos feitos por Bottura, Weiler chegou até mesmo a intimai·
uma juíza de São Paulo a compai·ecer à Vai·a de Anam·ilândia - a juíza Ana
Luiza Liai1e, da 8ª Vai·a Cível do Foro Central da Capital paulista Ao julgai·
uma queixa-crime movida pela família da ex-mulher do empresário, Liai1e
mandou que fossem tirados do ai· blogs na inten1et que teriam difamado a ex e
o ex-sogro de Bottura Foi o suficiente pai·a o empresário mover queixa-crime
também contra ajuíza, por imputai· "de maneira leviana em documento
público a prática de crime de difamação ao autor, cometendo assim o crime
de calúnià'.

O processo - de número 022.08.000182-5 - não só foi aceito por


Mai·gai·ida Weiler, como ela também intimou ajuíza de São Paulo a
compai·ecer em audiência Uma acusação desse tipo, no entanto, só poderia
ser apm·ada pela Tribunal de Justiça paulista Semanas depois, Mai·gai·ida
Weiler percebeu o deslize e voltou atrás. "Trata-se de um equívoco
imperdoável, não perceber ao despachai· a inicial ( entre inúmeras outras
queixas-crime propostas pelo mesmo querelante, contra diversas pessoas),
que a querelada é Juíza de Direito no Estado de São Paulo", afi1mou em
despacho.

No dia 15 de janeiro, Bottura foi preso pela Polícia Civil de Mato Grosso do
Sul por falsificação de documentos. De acordo com os advogados da ex-
mulher do empresário, ele teria apresentado uma petição passando-se por
advogado da ex-mulher, fo1jando um pedido pai·a que o processo de
sepai·ação e ai1·olamento de bens fosse encaminhado à comai·ca de
Anam·ilândia A situação motivou uma denúncia do Ivlinistério Público
estadual. Entre as acusações, estai·iam também a do uso de uma mesma guia de
recolhimento de custas judiciais em diversos processos ajuizados pelo
empresário. Em 29 de janeiro, no entanto, a prisão preventiva foi revogada
pelo TJ-IvIS. O empresário foi solto pai·a responder ao processo em
liberdade.

[Noticia alterada em 23 de julho de 2010, às 21h35, para correção de


informações.]

Pedido de Providências 066.152.0012/2009

Tut:lo da pjgina ff ImP-rimir .,,._ Enviar 1) 0 8

Alessandro Cristo é repórter da revista Consultor Jwidico

Revista Consulto1· Jwidico, 15 de abril de 2009, 17h22

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