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llfFF'iA OF PRFRROGATl',/AS

OAB paulista defende advogados


processados em MS
1LEIA TAMBÉM
27 çc JaJl:L"< de 20)9, 20hê2 ~ lrr.P-rimir G En•,ior 1) CJ "' INFERNOJUOICIAL
Empresário e juíza montam ''fábrica"
Por Alt s::mmlro Cr isto de processos em l\ofato Grosso do Sul

TRABALHO ESCRAVO
► O.J.,ir Cllf comfâbri ca de proccs:.os de cmprcsârio e juiza e
• ):)( 01,cfüno

STF rejeita perii<lo para suspender


ação contt·ajuíza

~OLHA C.OHHIUA

Juíza acusada de abuso de autoridade


Depois de sofrerem um bombardeio de ações de indenização e denúncias de
ctime conr:r;i a honr;i, oito a<lvogarlos panli~t;is process;i<lo~ mai~ <le 170 tenta trancar ação

vezes pela mesma pe~soa 1·eceberam ne~ta terça-feira (27/1) o apoio da A IMAGEM DA JUSTIÇA
seccional paulista da Ordem dos Advogados do Bra;;il. Um oíício a.1:sinado Já são mais de 100 os juízes no banco
ptlu pn:sidemc: da. secc.:iumt.l, Luiz Flávio Borges D--Crsu, e pelo presidente dos réus do País
da Comissão de Pren-ogativas, Sergei CobraJ\rbex, atendeu a um pedido de
auxílio feito pelos advogados, que protestam contra o elevado número de OUTRO RECURSO

ações ajuizadas contt·a eles ua Ju~tiça de Mato Grosso do Sul apenas pelo Juíza de MS acusada de nove crime~
empresário Luiz Eduardo Auricchio Botrura. pede HC a.o Suvremo

Agora, a Ordem fornecerá as~istênciajurídicaaos profissionais. O pedido foi ílFf.l'iilll llNÂNIMF

assinado pelos advogados Carla Raha1 Benedetti, Fe1nando Eduardo Serec, STJ acolh<i denúncia contra juíza
Antônio l\1arzagao Barbuto Neto, Lucas Gaspar de OliveiralVIartins, Fabrício acusada de crimes
Peixoto de l\'Icllo, Giuliano Prdini Bellinarti, Fernanda Villarcs Escobar e
Paulo Caivalho Caiuby. D F;icehook a T·wittet·

No despacho, os presidente~ solicitam ao presidente da seccional sul·mato-


grossense da entidade que nomeie advogados da região que se
resµo11sêtLiliLe111 pda. <leftsa <los aJyoga<lus paulista:, 11a Justi.,:a. Pede têtlnbém
m Linkedin ■ RSS
uma ação conjunta para entrar com pedido de Habeas Corpus no Tribunal de
Justiça de Mato Grosso do Sul. O HC irá requerer o trancamento de todas as
ações em curso movidas por Dottura contra os advogados. "É uma ação
orquestt·ada para abalar os proiissionais", a±innaArbex. Ele, no entanto,
nc:gou o pedido dos rtdaim111(es para. que a Orde1n mova, proc.:esso pedim.lu
indcniza,ção por danos morais contra os acusados. "A O.'\B não tem
legitimi<larle para. pedir in<lenizaçfin pm· <lanos morais", explica. A
Representação protocolada sob o número 15.066 cotTe em sigilo.

O ca;;o deve chegar ainda no Tribunal de Ética da Ordem. Cl presidente da


Comissão paulista de P1·erro.gativas encaminhou wu pedido para que a
Comissão de Ética do estado avalie se houve compo1tame11to in·egular por
palte dos advogados que representam Botttu·a nos processos. "l\oias a fünçao
da Comissão de Prcn-ogativas é defender os advogados, e não acusá-los", diz.

Ainda não comunicada do despacho, a OAB de Mato Grosso do Sul já


tomou medidas contra a artilharia do empresário. Ajuíza Mru-iaElizabcth
Weiler, tin1lar da Comarca de Anmn·ilãndia, aceitou todos os proces~os
a.jui:.'.adus vor Bollunt, ma.s fui dedara<la su:.veila pdo TJ-::vfS e 11ão pode:
mais julgar ações envolvendo o empresório. O cru;o chamou a atenyão da
O.'\B, que agora acompanha de perto os passos dajuíza,já condenada por
improbidade administrativa pelo tribllllal estadual em ação movida pelo
J\llinistério Público em relação a fatos de quando ela ainda era tih1lar da
comaica <lc: Caarapó. Na. época, com a, <leci~ãu, ela. a.caLou studo removida.
pruu. Al1ru.u·i lândia.

Segundo o µrtsidente da ~ecdoual da O.'\B-MS, Fábio Tnu.l, a t11ti<lade


nomeou o advogado Nlárcio Ton·es para fuzer mn levantamento do histórico
daj11íz:1, qne se,virá de fim<lamento para. possíveis representa.çoe~ no
Conselho Nacional de Justiça e na Con·e~edoria-Geral de Justiça do estado.
O resultado da apuração será apresentado ao Conselho Seccional 110 dia 27 de
fevereiro. "A OAB-MS confia nos propósitos do Judiciálio estadual, de fotma
que não permitirá que em seus quadros pe1maneyaalguém que macule a honra
e fl.<ligni<larle <lajnrlicru:nr;i no F~t;i<lo". Para ele, ao ;ifetar aquali<lfl<le moral
da prestação .iuris<licionaJ, as atitude; da juíza pre.iudicam também os
advogado~.

Em w11a, Uêt8 ações, BoUunt <lc:11u11ciou até me~mo w11ajuíza, de São Pa.ulo. A.na,
LuizaLiarte, titulai· da 8ª Vara Cível do Foro Central da Capital, foi alvo de
uma queixa-crime por ordenar que blogi. atribuldos ao empresário, que
ofendiam a família da ex-mulher, fo~sem tirados do ar. Margarida Weiler
aceitou o ajuizarnento da ação, mas depoi~ voltou atrás, se dando conta da
falba "T1·ata-se de um equívoco imperdoável. não perceber ao despachar a
inicial ( entre inúmeras outrru; queixas-crime propostru; pelo mesmo
querelante, contra diversas pessoas), que a querelada é Juíza de Direito no
Estado de São Paulo", afirmou a juíza cm despacho.

lJma repre~enta.çfio contra M;irgarida.já corre no r:N.l, mas ain<la. nfin foi
julgada A ação foi movida pelos advogados da família que dirige a
construtora Bueno Netto, que pedem liminaimente que ela seja afastada de
qualquer processo liga.tio à família

Mai·gaiida Weiler responde ainda a processo movido pelo 1\/Iinistério Público


de ::vfato Grosso do Sul, que a acusa de nove crimes: abuso de autoridade,
rcduyão à condição análoga a de escravo (por três vezes), peculato, extravio,
sonegação ou inutilização de livro ou documento, prevaricação (por 16
vezes), tráfico de influência, fuga de pessoa submetida a medida de segw,111ça
e exploração de prestígio. O processo, de número 200&.10000022876, está
em segredo de Justiça Segundo as denúncias, ela teria nomeado e exonerado
juízes de paz dcsmotivadamcntc, decretado prisão civil sem que houvesse
tíndos de dívida, e deferido medida cautelar em favor da filha, que teve um
caiTo apreendido. Teria tainbém mantido, trabalhando em ~ua casa, detentos
condenados à prisão em regime fechado, sob remuneração de meio salário
mínimo, e :facilitado a fuga de um deles.

Em 2002, o TJ-1\/IS rejeitou as denúncias, mas foi ob1igado a instaurar o


processo depois de mn recurso especial do IVlP ser aceito no Superior
Tribunal de Justiça. ~forgarida \Veilcr reeo1Teu no próprio STJ, e depois no
Supremo Tribunal Federal, mas amba;; as tentativas foram fiu~tt·adas. ü caso
a.inda. é julgado pela 1:one estadual.

UNIDOS PELO DESTINO

O c;iso envolve uma hriga. que tem r:umultua<lo os r:rihunais <ln pa.í~. Assim que
seu processo de separação começou, Luiz Eduardo Bottura - que atua uo
ramo de venda de produtos pela internet e é investigado em São Paulo,
Tocantins e Mato Grosso do Sul por lesar consumidores - passou a usar a
Justiya para tirar o sono da ex-mulher e do ex-sogro, PruríciaBu<;no Netto e
Adalbe110 Bueno Ketto, proprietários de empreendimentos imobiliários de
lu>co em São Paulo. Desde então, nem mes1no os advoi;;ados dos desafeto~
escapam Cada peça escrita por um defensor de Patrícia e Adalbe1to é
respondida com uma açao de difamaçao ajuizada por Bottura

1\/lru;, apesar da iniciativa, a estratégia só deu certo por ter sido disparada de
um pequeno município em Mato Grosso do Sul, a cidade de Anaurilândia. Lá,
Dothrra se deparou com a juíza lVIaria Elizabeth Weile1~ titular da comarca,
que, segundo os advogados dos Hueno Netto, mantinha relação estreita com o
a.<lvogadu Eduêt!·du Gaicia. da.SilYtira.~eto, <ltfe11so1· <lo em(Jresi:ÍJ·io. Ajuíza,
não só aceitou todas as ações ajuizadas por Bottura equivalentes a um
quaito das 600 ações em tramitaçao na comai·ca-, como concedeu diversas
liminares favoráveis, sem mesmo ouvir as partes contrárias.

Rotll1r;i só sofreu um revê~ em primeiro grn11 -justamente quando a.jní7'.a


Mar~al"Ída Elisabeth Weiler, titulai· da Vara e do Juizado Especial Cível,
estava ausente. O juiz sub~tinrto Cás~io Roberto dos Santos julgou ineptas as
ptlições inida.is <lt dois processos e deddiu que a co111aica<lt At1cU11ilil11dia.
não era o foro ad<;quado para processar outras três ações. Dcpoi~ que
M11rga1ida. Weiler volt.ou à 111:iv;i, fl. hoa ~one do emp1·es:í1io resS1u·gin.

Em pouco menos de um ano, Margarida acolheu e deu andamento a mais de


200 proces~os ajuizados por Bortura. No primeiro deles, uma Medida
Cautelai· de Alimentos e An-olaiuento de Ben~ proposta en1; de novembro de
200'7, antes de mandar ouvir a parte contrária na ação, ajuíza fixou pensão de
R$ 100 mil em favor de Bottura - que deveria ser paga pelo ex-sogro.
Também mandou apreender diversos bcn~ na casa e no <;scritório dos Bueno
Netto em São l'aulo e dete1minou a quebra dos sigilos bancá!io, fiscal e
leltfôuico do ex-sogro e <la ex-mulher do emvresáriu, e dus faiuiliaies e
empresas daqueles, ma;; a decisão foi suspensa pelo Tribunal de Justiça de
Mato Grosso do Sul. Até mesmo a Jm1ta Comercial de sao Paulo (Jucesp) foi
processada na Vara de Anaurilândia, por rejeitar o registro de instrumentos
das empresa~ de Eduardo Hottura.

Ao conceder a primeira medida cautelar numa ação que pedia o aiTolamento


de bens da familia 8ueno Netto e pensão alimentícia em favor do empresário,
Margaiida. Wtiltr dtst.u:ou o "l,rilhai1ti:s1110 a.ca<lfauico" do autor, t seu
"grande potencial empreendedor". Já em relação à divergência entre Bottura e
seu ex-sogro, A<lalherto Rneno Nett.o, qm1111:o à <livisfio do capital da
sociedade empresarial que havia entt·e os dois, a juíza afitmou, na mesma
decisão, que a resistência do pai de Patrícia era o efoito do que "acontece
quando o disclpulo [Eduardo Bottura] supera o mestre [Adalbe1to] ou dele
tenta se libertar para caminhar sozinho". A sociedade, chamada GolfVillage,
é riona rle empreendimentos imohiliários em S/io Panlo, e tem pah·imónio
aproximado de R$ 1,7 bilhão.

No dia 15 de janeiro, Botlllra foi preso pela l'olicia Civil de Mato Grosso do
Sul po1· falsificação de docwuentos, segundo o site do órgão. De acordo com
os advogados da ex-mulher do empresário, Bothrra teria apresentado uma
petiçao passando-se por advogado da ex-esposa, forjando um pedido pai·a que
o processo de separação e a1Tolrunento de bens fosse encaminhado à comarca
de Anaurilãndia. A siniaçao motivou uma denúncia do Ministério Público
e:;,tadual. Enfl·e as acusações, estariam taiubém a do uso de wua mesma ~uia de
recolhimento de custas judicia.is em diversos processos ajuizados pelo
empresário.

[Notícia alterad:1. era28/0!í2C09, às 18h37 para :1.-::ré$cima de ;r.formaç:ões,


. ,.,J d.,
P. P.m ,?..O,11·77/? • 1 r.s:
• ,.? ,r.
• /,..0~,,
~
r,ara r,r;rmçr.n
•• 7
,J lflJnr."Y,l)ÇrJ<?.~j.
11.P. · ' ..

Alcsrnndr,) 8ris t◊ é :-cp6rtcr da rcvist:>. Consultor Jurídico

Revista Consultor Jwídico, 27 de janeiro de 2009, 20h32

1COMENTÁRIOS DE LEITORES
L comentârics

O M/\IOR /\TAQUE À t.OVOC/\CIJ\ É A DEFENSOR!/\


malueia (Bacharel - ?am(lia)
1 dP. IP.VP.t'P.SO de 2009, Ohl 3

O maior ataque i. ad11ocac:a é a defer.soria, p::,r :s:o é pre:iso estabelecer ·.un teto
para alP.nd:mP.nto e a111da pemu!tr cuP. o chP.ntP. op:P. pc.- advogado privado como é
nn Europa e Es:ado~ Unid:,s, remunerado pc:c E~tado cu m.cnd:mcnto social p:,r
aJvogados prindcs com va:cres abaii,;:, da tabela.

EM CASA OE TOGADO, CALADO!!


Chris (8ancá·io)
18 de Jat1E1ro de 1009, 11h48

·Meu hnm ~m· eo. d, ~nte. rle. · 1m gmctr:-, rl~~t.e., pe·gi 1111.o-m~ · i:: Jed~de1r:-, e,te
"prontuário"? Se o for, marrma miai.A.cios, fui. Vou i:1ger:r cim·.ireto bem ~.piéinJ-:01

HÁ BANDIDO EIV. TODO LUGAR


l,oc, ;A<lvo~adoAuLôt.01110 - E1:1pn,~~·ia:)
2~ de janE1ro de ~009.. "-h0 1

Nes:e pais, quan,io alguém Jem e qJer consertar rJDc nao dura nuito, e:<empl::, o
Jlll7. alei<:arrl·e m~rt.m, 1o F, ~ .tq111 ",,ale Indo", 111~m poé.e m~,s ,~hr.1·s menos, ~ais
dem...

Ver loc.los tornenli'írio5>

Comentários encerrados em 04/0Zi2009.


A ~e<;ão Je ~0111e11Lários ée cada lexlo é tucs<trada 7 óas '4)oJ~ a .JaLa .Js ~ua J,ublica•;f.o.

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