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VARA PRIVADA

Juíza acusada de manipular a Justiça é


aposentada
1LEIA TAMBÉM
23 de Julho de 201 O, 1OhOO e ImP-rimir .,,._ Enviar 1) 0 8 INTERESSE TANGENCIAL
Testemunha não precisa ter acesso a
Por A lessandro Cristo autos em segredo de Justiça

► Ouvir: TJ-MS aposenta . •--- 0:00 oud,mo ]


DIREITO OE INVESTIGAR
CNJ nega pedido de juíza investigada
pela Con-egedoria do TJ-IvlS

BANCO 005 RÉUS


Juíza de Mato Grosso do Sul é alvo
Peculato, prevaricação, tráfico de influência, abuso de poder, transferências
de processo por in-egulai·idades
ii1·egulares de presos, despachos ii1·egulares, desobediência a instn1ções da
Con-egedoria-Geral de Justiça em relação à cautela de veículos apreendidos, LONGE DA COMARCA
preferência para processos de dete1minados advogados, farsa em processos e TJ-IvlS mantém juíza afastada pai·a
indicação do companheiro para juiz leigo. Depois da extensa lista de apurai· in-egulai·idades em comai·ca
acusações, ajuíza Ivlargarida Elisabeth Weiler, da comarca de Anaurilândia,
em Ivlato Grosso do Sul, foi obrigada a se retirar do Poder Judiciário do FORA OE AÇÃO

estado. O Órgão Especial do Tribunal de Justiça decidiu aposentar Juíza é afastada pai·a não atrapalhai·
compulsoriamente ajuíza, depois de uma inspeção na vara da qual ela era co1Teição do TJ-IvIS
responsável. Ainda cabe recw·so aos tribunais superiores.
RIQUEZA 00 TELEFONE

A decisão foi publicada no último dia 9 de julho. Em po1taria, o presidente da Juizado Especial de Anaw·ilândia
coite, desembargador Paulo Alfeu Puccinelli, aplica "a pena disciplinar de manda empresa pagai· R$ 1,6 milhão
aposentadoria compulsória, por interesse público", em cumprimento a
DEFESA OE PRERROGATIVAS
"decisão proferida pelo Órgão Especial em sessão ordinária realizada em OAB quer acabai· com fábrica de
23/06/2010". A decisão do Órgão Especial foi unânime. processos de empresário e juíza em
MS
Com a aposentadoria compulsória, Ivlargarida receberá salários
proporcionais ao tempo de serviço pagos pelo Judiciário, sem ter que INFERNO JUDICIAL
trabalhar, até o fim de sua vida Sua cai1·eira na área jw·ídica, porém, está Empresário e juíza montam "fábricà'
comprometida. Nesses casos, dificilmente a Ordem dos Advogados do Brasil de processos em Ivlato Grosso do Sul
concede inscrição ao ex-juiz pai·a atuai· como advogado. A entidade já estuda
um processo de desagravo contra ajuíza. TRABALHO ESCRAVO
STF rejeita pedido pai·a suspender
A razão do desagravo também é o principal motivo especulado pai·a a pena ação contrajuíza
máxima da magistratura. Ajuíza foi acusada de privilegiai· o empresário Luiz
Eduai·do Aw·icchio Bottura em processos na Comai·ca de Anaw·ilândia. FOLHA CORRIDA

Responsável por um quaito das ações que con-em na comai·ca, o empresário Juíza acusada de abuso de autoridade
tenta trancai· ação
pediu liminai·es contra desafetos e respectivos advogados. Segundo os
prejudicados, todas as liminai·es foram concedidas sem que as paites
A IMAGEM DA JUSTIÇA
contrárias fossem ouvidas. O Tribunal de Justiça declai·ou a juíza suspeita no Já são mais de 100 os juízes no banco
julgamento de processos ligados ao empresário. dos réus do Pais

Margai·ida estava afastada das funções desde fevereiro do ano passado, pai·a OUTRO RECURSO
que não atrapalhasse investigações feitas por uma equipe do TJ-IvIS sobre Juíza de IvIS acusada de nove crimes
in-egulai·idades cometidas nos municípios de NovaAndradina, Bataiporã e pede HC ao Supremo
Bataguassu. Ela tentou anular a sindicância por meio de um recw·so no
Conselho Nacional de Justiça, mas o órgão negou o pedido. DECISÃO UNÂNIME
STJ acolhe denúncia contra juíza
Ajuíza já havia sido punida uma vez pela Con-egedoria-Geral de Justiça de acusada de crimes
Mato Grosso do Sul, como a ConJw· publicou no ano passado ( clique smui
pai·a ler a repo1tagem). Foi removida compulsoriamente da comai·ca de
Caru·apó pai·a a de Anaurilândia "por descumprir reiteradamente a lei,
li Facebook a Twitter

alterando a orientação traçada pelo tribunal em recursos judiciais", disse o


ministro Jorge Scaitezzini, do Superior Tribunal de Justiça, ao rejeitai· um
recw·so da juíza contra a decisão de remoção. Segundo o TJ-IvlS, ela inve1tia
m Linkedin ª RSS

"resultados obtidos após a refo1ma do que ela havia decidido. Foi ela ainda
punida por ter substituído decisão proferida em processo judicial por outra de
outro conteúdo".

Na época, ao analisai· o recw·so da juíza contra a remoção - Recurso em


Ivlandado de Segurança 13.298-IvlS - , o STJ considerou que a punição foi
branda e poderia ter sido maior: a de ser colocada em disponibilidade. "A
recon-ente foi beneficiada com a pena de remoção compulsória, em
detrimento da pena de disponibilidade, que poderia lhe ter sido aplicada, já
que, como assentado, eram unânimes os julgadores em apená-là', disse o
ministro Jorge Scaitezzini, da 5ª Twma da coite.

Weiler responde ainda a processo movido pelo Ministério Público de Mato


Grosso do Sul, que a acusa de nove crimes: abuso de autoridade, redução à
condição análoga a de escravo (por três vezes), peculato, extravio, sonegação
ou inutilização de livro ou documento, prevai·icação (por 16 vezes), tráfico de
influência, fuga de pessoa submetida a medida de segw·ança e exploração de
prestígio. O processo, de número 2008.10000022876, está em segredo de
Justiça.

Segundo as denúncias, ela nomeou e exonerou juízes de paz


desmotivadamente, decretou prisão civil sem que houvesse títulos de dívida e
deferiu medida cautelai· em favor da filha, que teve um cai1·0 apreendido. É
acusada de manter, trabalhando em sua casa, detentos condenados à prisão em
regime fechado, sob remuneração de meio salário mínimo - o que
caracterizai·ia o trabalho escravo-, e de facilitai· a fuga de um deles. Em
2002, o TJ-MS rejeitou as denúncias, mas foi obrigado a instaw·ai· o processo
depois que um Recw·so Especial do IvIP foi aceito no STJ. Ivlai·gai·ida Weiler
recon-eu no próprio STJ e depois ao Supremo Tribunal Federal. As tentativas
foram frustradas. Ela foi condenada, em primeira instância, pelo juiz de
Caarapó, Fernando Cw-y, por improbidade administrativa. A sentença foi
publicada em 2008.

Ela ainda responde a uma representação movida por advogados no Conselho


Nacional de Justiça em que é acusada de favorecer o empresário Luiz
Eduai·do Aw·icchio Bottura No ano passado, Bottura foi preso pela Polícia
Civil de Mato Grosso do Sul por falsificação de documentos. De acordo com
os advogados da ex-mulher do empresário, ele apresentou uma petição
passando-se por advogado da ex-companheira, fotjando um pedido pai·a que o
processo de separação e ai1·olamento de bens fosse encaminhado à Comai·ca
de Anaw·ilândia A situação motivou uma denúncia do Ministério Público
estadual. Entre as acusações, está também ado uso de umamesmaguiade
recolhimento de custas judiciais em diversos processos ajuizados pelo
empresário. O juiz Paulo Henrique Pereira, da 4ª Vai·a Criminal de Campo
Grande, absolveu Bottura, sob a justificativa de que "o fato nai1·ado
evidentemente não constitui crime". O IvlP entrou com recw·so de apelação em
segundo grau, mas no último mês de junho a 1' Twma Criminal do TJ, por
dois votos a um, manteve a decisão.

[Noticia alterada em 23 de julho de 2010, às 16h42, para acréscimo de


informações, e às 21 h23 para correção de informações.]

ProcediJnento Administrativo Disciplinar 066.158.0005/2009


Apelação Criminal 2009.017044-5

e ImP-rimir .,,._ Enviar 1) 0 8

Alessandro Cristo é repórter da revista Consultor Jurídico

Revista Consultor Jwidico, 23 de julho de 2010, 10h00

1COMENTÁRIOS DE LEITORES
8 comentários

ABSURDO!!
MohamedAlle (Assessor Técnico)
23 de Julho de 201 O, 13h46

Meu Deus, essa "Juíza" enquanto ainda candidata passou pelas fases concursais de
investigação de vida pregressa social e criminal? Acredito que sim, mas então ela
veio a tomar-se essa figura desprezível que é agora após a investidura no cargo?
Também parece que sim! 1
O direito e a justiça ficam com a imagem prejudicadas diante um absurdo desses,
Ruy Barbosa deu voltas em seu túmulo!!

CONCORDO, MAS ............


Manente (Advogado Autônomo)
23 de JUiho de 201 O, 13h37

Uma condenação definitiva daqui 30 anos, pode ser que não existam mais nem as
cinzas!!!

CALMA!!
prosecutor (Procurador de Justiça de 2•. Instância)
23 de Julho de 2010, 12h03

Calma, pessoal, se ela for condenada perde a aposentadoria porque os fatos pelos
quais responde são anteriores. Em caso de condenação definitiva ela perde o cargo
e, em consequência, a aposentadoria.

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Comentários encerrados em 31/07/2010.


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