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DECRETO Nº 1.033, DE 13 DE MARÇO DE 2012.

Disciplina o Plano de Suprimento


Sustentável, altera dispositivos do
decreto nº 8.188, de 10 de outubro de
2006, e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso das atribuições que lhe


confere o artigo 66, inciso III, da Constituição Estadual, e Considerando o comando expresso
nos artigos 19, 20 e 21 da Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965; artigo 12 do
Decreto Federal nº 5975, de 30 de novembro de 2006 e artigo 3º da Instrução Normativa do
Ministério do Meio Ambiente nº 06, de 15 de dezembro de 2006;

Considerando a Lei Complementar Estadual nº 233, de 21 de dezembro de 2005, que


dispõe sobre a Política Florestal do Estado de Mato Grosso;
Considerando a necessidade de promover adequações no Decreto Estadual nº 8.188,
de 10 de outubro de 2006, que regulamenta a Lei Complementar nº 233, de 21 de dezembro de
2005, com o objetivo de incentivar o reflorestamento;
Considerando, por fim, a necessidade de manter o estoque florestal no Estado de Mato
Grosso; e estabelecer critérios e procedimentos para implantação do Plano de Suprimento
Sustentado dos consumidores de matériaprima florestal no âmbito do Estado de Mato Grosso,

DECRETA:

Art. 1º As Pessoas Físicas ou Jurídicas que utilizarem matéria-prima florestal em suas


atividades no âmbito do Estado de Mato Grosso ficam obrigadas a se suprirem de recursos
oriundos de:
I – Manejo Florestal, realizado por meio de Plano de Manejo Florestal Sustentável-PMFS
devidamente aprovado pela SEMA-MT;
II – Supressão da vegetação natural, devidamente autorizada pela SEMA-MT por meio da
Autorização de Exploração Florestal-AEF;
III – Florestas Plantadas;
IV – Outras fontes de biomassa florestal, definidas em normas específicas da SEMA-MT.

Parágrafo único. As fontes de matéria-prima florestal utilizadas, observando o disposto no


caput deste artigo, deverão ser informadas anualmente a SEMA-MT.

Art. 2º O Plano de Suprimento Sustentável - PSS tem por objetivo garantir a


sustentabilidade das atividades desenvolvidas pelos consumidores de matéria-prima florestal.
§ 1º O suprimento dos consumidores de matéria-prima florestal que se enquadram no artigo 47
da Lei Complementar nº 233/2005, a ser comprovado através do Plano de Suprimento
sustentável - PSS deverá ser programado por um período mínimo de 05 (cinco) anos,
abrangendo, inclusive, suas futuras expansões, que deverá ser renovado a cada ano.
§ 2º O PSS de empresas siderúrgicas, metalúrgicas ou outras que consumam quantidades
equivalentes de carvão vegetal ou lenha estabelecerá a utilização exclusiva de matéria-prima
oriunda de florestas plantadas próprias ou em regime de comodato e será parte integrante do
processo de licenciamento ambiental do empreendimento.
§ 3º O PSS deverá ser compatível com o quantitativo anual dos produtos gerados pela Pessoa
Física ou Jurídica consumidora de matéria-prima florestal.
§ 4º Os consumidores de matéria-prima florestal que se enquadram nas condições
estabelecidas neste decreto, deverão protocolizar na SEMA-MT o PSS no prazo de 06 (seis)
meses, prorrogáveis por igual período, a partir da publicação deste decreto.
Art. 3º Para aprovação do PSS é necessário que a origem da matéria-prima florestal
apresentada tenha as devidas autorizações da SEMA-MT.

Parágrafo único. As autorizações citadas no caput deste artigo tratam-se de:


I – Autorização de Exploração – AUTEX, quando se tratar de Manejo de Floresta Nativa com
Rendimento Sustentado;
II – Autorização de Exploração Florestal – AEF, quando se tratar de Desmatamento de
Florestas Nativas;
III – Autorização de Corte Seletivo – ACS ou Autorização de Corte Final – ACF, quando se
tratar de florestas plantadas de terceiros; e
IV – Autorização de Plantio Florestal – APF, quando se tratar de florestas plantadas próprias.

Art. 4º Os consumidores que optarem pela produção de matéria-prima de florestas


próprias deverão protocolizar na SEMA-MT o Projeto de Plantio Florestal – PROPF, nos casos
de produções futuras e florestas a serem plantadas, e ou o Levantamento Circunstanciado –
LC, nos casos de florestas já plantadas em fase de crescimento ou em fase de produção.

Parágrafo único. Para atendimento do caput deste artigo, o interessado deverá informar que o
objetivo do PROPF e ou LC será para atender o Plano de Suprimento Sustentado.

Art. 5º Fica alterada a redação dos §§ 1º, 2º e 3º do artigo 82 do Decreto nº


8.188/2006, passando a vigorar, respectivamente, com a seguinte descrição:

“Art. 82 (...)

§ 1º Para atendimento do caput deste artigo, os consumidores que se enquadram na


natureza descrita deverão apresentar Plano de Suprimento Sustentado – PSS a ser
normatizado pela SEMA-MT.
§ 2º O Plano de Suprimento Sustentado – PSS incluirá:”
I – a programação de suprimento de matéria-prima florestal dos consumidores;
II – cópia do contrato entre os particulares envolvidos quando o PSS incluir plantios
florestais em terras de terceiros;
III – comprovação de florestas próprias quando o PSS incluir plantios florestais em
terras próprias.
§ 3º A apresentação do PSS não dispensa a informação das fontes de matéria-prima
florestal utilizadas, nos termos do parágrafo único do artigo 1º e do cumprimento da reposição
florestal, quando for o caso.”

Art. 6º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 13 de março de 2012, 191º da Independência e 124º da


República.

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