Isométricos

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CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 1

Módulo III

Aula 04 – Isométricos

Profº José Aparecido de Almeida


CURSO DE TUBULAÇÕES INDUSTRIAIS 2

SUMÁRIO:

1. Isométricos

2. Pré-Montagem de Peças de Tubulação (Spool)

3. Emprego de Cores para Identificação de Tubulações – NR 6493

4. Limpeza nas Tubulações

5. Pressão de Teste

6. Inspeção de Soldas

7. Tratamentos Térmicos

8. Limpeza das Tubulações

9. Referências Bibliográficas

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1. Isométricos

Os isométricos são desenhos feitos em perspectivas isométricas, sem escala; faz-se geralmente um
desenho para cada tubulação individual ou grupo de tubulações próximas. No caso de uma tubulação
muito longa, pode ser necessário subdividir a tubulação em vários desenhos e isométricos sucessivos.
Nos desenhos isométricos, os tubos verticais são representados por traços verticais e os tubos
horizontais, nas direções ortogonais, são representados por traços inclinados com ângulos de 30º sobre
a horizontal para a direita ou para a esquerda.

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Os tubos fora de qualquer uma das quatro direções ortogonais, são representados por traços inclinados
com ângulos diferentes de 30º, devendo ser inclinados nos desenhos e ângulo verdadeiro de inclinação
do tubo com uma qualquer das quatro direções ortogonais básicas. Para facilitar o entendimento,
costuma-se desenhar em traços finos (como linhas de chamada) o retângulo ou o paralelogramo do qual
a direção inclinada dos tubos seja uma diagonal.
Todos os tubos, qualquer que seja o diâmetro, são representados por um traço único, na posição da sua
linha de centro.

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Nos desenhos isométricos devem aparecer também todas as válvulas e todos os acessórios de tubulação
(flanges, conexões, etc.), com suas descrições e especificações completas, também como a localização
de todas as emendas (soldadas, rosqueadas, etc.) dos tubos e acessórios.
Nesses desenhos devem figurar detalhadamente, inclusive os acessórios pequenos e secundários que
haja nas tubulações, tais como válvulas de dreno e de respiro, bocais para instrumentos, tomadas para
retirada de amostras, etc.
Os desenhos isométricos devem conter todas as cotas e dimensões necessárias para a fabricação e
montagem das tubulações tais como: dimensões dos trechos retos de tubo, ângulos, raios de curvaturas,
elevações de todos os tubos, dimensões de válvulas e acessórios, localização e orientação de todos os
bocais de vasos e equipamentos, posição das hastes e volantes das válvulas, etc. As elevações dos
tubos, a menos que esteja expressamente indicado em contrário, costumam ser referidas à linha de
centro dos mesmos.
Qualquer tubo que passe de uma folha de isométrico para outra, é representado como interrompido,
devendo haver sempre indicações do número da folha de isométrico na qual o mesmo continue. Todos
os tubos devem ser designados por sua identificação completa, tal como nas plantas de tubulação.

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Exemplos de representação dos volantes das válvulas

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Cotas

Na prática usa-se como regra geral, o distanciamento da solda entre tubos e acessórios de 3mm. Porém
em algumas tabelas encontra-se distância de 2mm.

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Exemplos de Cotas

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Exemplos de Cotas com Válvulas e Juntas

Essas são as três maneiras de se representar às dimensões de válvulas e juntas, nos isométricos. Nestes
exemplos a espessura das juntas é de 1,5mm.

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Exemplos Típicos de Cotas

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Obs: A espessura da junta é de 4,4 mm, conforme a especificação B, para arredondamento vamos
considerar as espessuras das juntas de 4mm.

Vista Lateral

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Resolução:

Lista de Material (Conforme especificação “B” – módulo III aula 4)

2-FPE DN 6” 300# RF SCH 40 AFO ASTM A-105 ASME B16.5

1-VGA DN 6” 300# RF AFU ASTM A216 Gr WCB obtur e sede de AISI 410
HARE, CA, ISO 10434 , API 600

2-Junta DN 6” 300# RF 4,4mm espiralada AISI 304. enchimento grafite flexível


anel externo em AC ASME B16.20

24- PAE 3/4”x5” – AL ASTM A-193 Gr B7, porcas sex. ASTM A194 2H série pesada, ASME B16.5

2-CV 90° DN 8” RL SCH 20 AC ASTM A234 Gr WPB ASME B16.9

1-RED EXC DN 8”x6” SCH 40x20 AC ASTM A234 Gr WPB ASME B16.9

258mm-Tubo DN 8” SCH 20 AC ASTM API 5L Gr B ASME B36.10

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Apresentação de Isométricos

Os diversos tipos usuais de válvulas e de acessórios, tem convenções especiais de desenho, que devem
ser obedecidas. Costuma-se fazer em cada folha de isométrico, a lista do material necessário para as
tubulações representadas na mesma.
Cada folha de desenho deve ter também a relação das tubulações que figuram na referida folha, como
indicações da temperatura e pressão do projeto e do tipo de isolamento térmico e de sistema de
aquecimento, se houverem.
Em todos os desenhos deve haver sempre a indicação da orientação (Norte do projeto) para se poder
obter a localização dos tubos no terreno.
A numeração dos desenhos isométricos deve ser feita em combinação com a numeração das plantas, de
maneira que seja fácil identificar-se em que planta está representada uma linha que aparece em
determinado isométrico e vice-versa.

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2. Pré-Montagem de Peças de Tubulação (Spool)

Em montagem de tubulações industriais é usual fazer-se o que se denomina de “pré-montagem de


peças de tubulação” que consiste na submontagem prévia de trechos de uma tubulação. Esses trechos
pré-montados chamam-se peças (spools).
Cada spool é um conjunto incluindo um certo número de acessórios e de pedaços de tubos. Os pontos
marcados “SC” são as soldas de campo feitas no local da obra.
A escolha do tamanho e das peças pré-montadas depende essencialmente das possibilidades que se
tenha de transporte e de elevação de cargas no local da obra (entre a oficina e a obra). As peças grandes
e pesadas diminuem o número de soldas no campo, porém sua montagem torna-se mais difícil.
Para escolha dos locais da solda de campo, deve-se procurar que todas elas fiquem em locais de fácil
acesso, a uma distância mínima de 30 cm de quaisquer obstáculos (paredes, pisos, colunas, bases de
concreto, equipamentos, etc.).
Para a pré-montagem de peças de aços liga ou de aços inoxidáveis é indispensável que todas as
dimensões sejam cuidadosamente conferidas no local, para evitar a necessidade de qualquer ajuste
posterior.

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3. Emprego de Cores para Identificação de Tubulações – NR 6493

As cores apresentadas abaixo são cores básicas de acordo com a norma NBR 6493 da ABNT. Para se
fazer a diferenciação entre dois ou mais fluidos iguais, porém sob condições diferentes pode-se fazer
uso de faixas coloridas na tubulação, por exemplo, para se diferenciar a tubulação de água potável,
água de refrigeração e de água bruta pode-se colocar uma faixa branca na tubulação de água de
refrigeração e duas faixas na tubulação de água bruta.

Cor, fluído ou serviço:


¾ verde - água
¾ branco - vapor
¾ azul - ar comprimido
¾ amarelo - gases em geral
¾ laranja - ácidos
¾ lilás - álcali
¾ alumínio - combustíveis gasosos ou líquidos de baixa viscosidade
¾ preto - combustíveis e inflamáveis de alta viscosidade
¾ vermelho - sistemas de combate ao incêndio
¾ cinza claro - vácuo
¾ castanho - outros fluidos não especificados

4. Limpeza nas Tubulações

Após a montagem e antes de entrar em operação toda a tubulação deverá ser limpa. Essa limpeza é
geralmente realizada com água e todas as bombas, válvulas com anéis de vedação resilientes,
medidores e outros equipamentos sujeitos a danos com materiais sólidos deverão ser protegidos por
meio de filtros provisórios.
As válvulas de retenção, as de controle, as de segurança e alívio e as placas de orifício deverão ser
retiradas para se realizar a limpeza.
As tubulações destinadas a condução de água potável devem, além da limpeza, serem desinfetadas com
uma solução de água e cloro.

5. Pressão de Teste

O teste de pressão é chamado de “teste hidrostático” porque é normalmente realizado com água. O teste
com ar comprimido só deverá ser realizado em tubulações de grandes diâmetros para a condução de
gases onde o peso da água poderia causar danos na tubulação e na suportação. A pressão de teste com
ar comprimido deverá ser de apenas 10% acima da pressão de projeto e deverá ser realizada em etapas,
a primeira com 25% da pressão de trabalho, a segunda com 50%, a terceira com 75% e por fim com
100% da pressão de teste. Em cada uma das etapas deverá ser verificada a existência de vazamentos
nas juntas por meio de espuma. Entre as etapas, a pressão deve subir vagarosamente até a pressão da
etapa seguinte.
Toda a área envolvida deverá ser evacuada e os testes deverão ser acompanhados de longe e orientado
por pessoas experientes.
Pressão de teste

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¾ Para temperatura de projeto inferior a 340ºC

¾ Para temperatura de projeto superior a 340 ºC

Onde:
Pt - Pressão mínima para o teste hidrostático (Pt≥1.0kgf/cm²)
P - Pressão de projeto.
- Tensão admissível do material a 340 ºC.
- Tensão admissível do material na temperatura de projeto.

Qualquer que seja o tipo de teste de pressão ele só poderá ser realizado:
¾ Pelo menos 48 horas depois de efetuada a última soldagem.
¾ Depois de todos os tratamentos térmicos.
¾ Antes da pintura ou da aplicação de qualquer revestimento

6. Inspeção de Soldas

Todas as soldas de tubulação depois de completadas devem ser submetidas a uma inspeção para a
verificação de qualidade. Em ordem crescente de confiabilidade são os seguintes os métodos de
inspeção empregados na prática:

¾ Inspeção visual (sem o auxílio de aparelhos óticos ou de iluminação especial).


¾ Inspeção com líquidos penetrantes (dye-check).
¾ Inspeção com partículas magnéticas (magna-flux).
¾ Inspeção radiográfica: parcial (por amostragem) ou total.
¾ Inspeção por ultra-som.

7. Tratamentos Térmicos

Dois tipos de tratamento térmico costumam ser feitos nas soldas, conforme recomendações usuais e
exigências mínimas da Norma ANSI.B.31

¾ Pré-aquecimento.
¾ Alívio de Tensões.

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8. Limpeza das Tubulações

Depois de terminada a montagem, deve-se fazer a limpeza completa das tubulações para remover
depósitos de ferrugem, pontas de eletrodos, poeiras, rebarbas e outros detritos, antes da entrada de
operação do sistema.
Esta limpeza é geralmente feita pelo bombeamento contínuo de água até que a mesma saia
completamente limpa.
Nas tubulações ligadas a compressores, depois da limpeza usual com água, deve-se fazer uma segunda
limpeza com ar comprimido, para remover o resto de água ou de umidade.
Para casos especiais em que o material ou serviço não possa ter presença ou vestígio de água, a limpeza
deverá ser feita apenas com ar comprimido.
Para casos onde haja uma necessidade de uma limpeza mais perfeita, pode-se recorrer a uma limpeza
mecânica ou uma limpeza química.

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9. Referências Bibliográficas

TELLES, Pedro Carlos Silva, Tubulações Industriais: Materiais, Projetos e Montagens. 6.ed.
São Paulo: LTC, 1982. 252p.

TELLES, Pedro Carlos Silva; BARROS, Darcy G. de Paula, Tabelas e gráficos para Projetos de
tubulações. 6.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 1992. 191p.

Nota: Estas referências correspondem as aulas do segundo módulo do curso “Tubulações


Industriais”.

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