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IFMT - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA

E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO


Campus de Sorriso
Curso Engenharia Agronômica – Sistemas Integrados de Produção
Estudo Dirigido 1
Disciplina: Prof. Data Turma Nome
SIP 17/11 Prod. Eugênia Aparecida de Aguiar
/2021 grãos
R Élio

1. Quais as possíveis interações entre os componentes dos Sistemas


Integrados de Produção (ILPF)?

As interações são: aquela em que a agricultura é introduzida nas áreas de


pastagens; aquela em que a pastagem é introduzida nas áreas de lavouras de
grãos e aquelas em que o componente CAPÍTULO 2 Sistemas de integração: o
que são, suas vantagens e limitações 13 florestal é introduzido nas áreas de
pastagens ou de lavouras, seguindo-se com uso da área para pastagem.

2. Que tipo de vantagens podemos ter com a adoção dos sistemas


integrados de produção? explique?

As principais vantagens dos sistemas de integração ● Possibilidade de aplicação


dos sistemas para grandes, médias e pequenas propriedades rurais; ● Controle
mais eficiente de insetos-pragas, doenças e plantas daninhas, com a
possibilidade de diminuição no uso de agrotóxicos; ● Melhoria de condições
microclimáticas, pela contribuição do componente arbóreo: redução da amplitude
térmica, aumento da umidade relativa do ar, diminuição da intensidade dos
ventos; ● Aumento do bem-estar animal, em decorrência do maior conforto
térmico; ● Possibilidade de uso de espécies e cultivares mais apropriadas para
cada região; ● Possibilidade de redução da pressão para a abertura de novas
áreas de vegetação natural; 16 Sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta:
a produção sustentável Sis ● Plantas indesejadas, que normalmente ocorrem nas
plantações florestais jovens, são substituídas por culturas de grãos e/ou
forrageiras, tornando sua manutenção menos dispendiosa; ● Mitigação do efeito
estufa pelo sequestro de carbono especialmente pelos componentes forrageiro e
florestal; ● Promoção da biodiversidade, especialmente pela abundância de
“efeitos de borda” ou interfaces, o que permite uma melhoria sinérgica, por
favorecer novos nichos e hábitats para os agentes polinizadores das culturas e
inimigos naturais de insetos-pragas e doenças; ● Intensificação da ciclagem de
nutrientes; ● Criação de paisagens atrativas e que possam inclusive favorecer
atividades de turismo rural; ● Incremento da produção regional de grãos, carne,
leite, fibra, madeira e energia; ● Aumento da competitividade das cadeias de
carne nos mercados nacional e internacional, com produção de carcaças de
melhor qualidade, por uma pecuária de ciclo curto, pautadas em alimentação de
qualidade, controle sanitário e melhoramento genético; ● Aumento da
produtividade e da qualidade do leite, inclusive na entressafra (período seco),
também, em pasto, especialmente por pequenos e médios produtores; ●
Dinamização de vários setores da economia regional; ● Redução de riscos
operacionais e de mercado em função de melhorias nas condições de produção e
da diversificação de atividades comerciais; ● Redução do processo migratório e
maior inserção social pela geração de emprego e renda; ● Estímulo à qualificação
profissional; ● Favorecimento à participação da sociedade civil organizada; ●
Diversificação das atividades rurais, com melhor aproveitamento da mão-de obra
durante todo o ano; ● Aumento da cobertura do solo pela palhada proporcionada
pelos restos das lavouras e das pastagens. Essa interação atua prevenindo as
perdas por erosão (solo, água, matéria orgânica e nutrientes), estimulando a biota
e a recuperação física do mesmo; ● Recuperação de nutrientes lixiviados ou
drenados para camadas mais profundas do solo, especialmente pelas raízes das
árvores e das forrageiras, e incremento da matéria orgânica do solo pela
serapilheira e raízes mortas das árvores, das lavouras e das forrageiras; ●
Possibilidade de realização de parcerias sólidas que ofereçam mais benefícios
para proprietários de terras e arrendatários. ● Redução dos custos de
implantação das árvores pelo cultivo de pastagens e/ou culturas anuais; ●
Alternativa para o plantio florestal comercial e lavoura de grãos, permitindo a
introdução da atividade em terras cujo potencial agropecuário é alto.

3. Algumas pessoas dizem que: “podemos mais que dobrar a produção de


leite e carne sem realizar desmatamentos através dos Sistemas Integrados de
Produção”. Explique fundamentando os argumentos com dados que a justifique?

Peguemos como base, A implantação da ILPF no Mato Grosso que conseguiu


alcançar a produtividade de 32 arrobas por hectare na pecuária bovina por ano. O
resultado representa uma média cinco vezes maior que a nacional e oito vezes
maior que a estadual. O sistema começou em uma área de produção de Nelore
no município de Sinop, com uma pesquisa realizada durante um ano pela
Embrapa em parceria com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat),
a Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte) e a
Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). A área passou a contar com uma
linha de eucalipto que proporciona o acesso dos animais à sombra e contribui
com a melhoria da ciclagem de nutrientes, quando seus resíduos orgânicos, como
folhas, são decompostos pelo solo. O conforto térmico, segundo a Embrapa, tem
ligação com o ganho de peso do rebanho: na fazenda em que o teste foi
executado, os bois ficaram 90% do tempo de ruminação e 76% do período de
ócio na sombra. Quer ficar por dentro das novidades sobre saúde no
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animal e melhor manejo para um rebanho saudável.

4. Por que os animais são considerados um dos principais vilões do


aquecimento global e como os Sistemas Integrados de Produção influenciam
essa produção. Utilize dados para fundamentar e exemplificar sua resposta?
Ao mesmo tempo em que se constitui em uma atividade potencialmente
influenciável pela mudança do clima, a agricultura também contribui para o efeito
estufa com emissões de gases como o metano (CH4), dióxido de carbono (CO2),
monóxido de carbono (CO), óxido nitroso (N2O) e óxidos de nitrogênio (NOx). 

Estima-se que 20% do incremento anual do forçamento radiativo¹ global é


atribuído ao setor agrícola considerando-se o efeito dos gases metano, óxido
nitroso e gás carbônico (baseado em IPCC, 1996a), excluída a fração
correspondente às mudanças do uso da terra relacionadas a atividades agrícolas
(15%). O metano e o óxido nitroso são os principais gases emitidos pelo setor
agropecuário, contribuindo com 15% e 6%, respectivamente, para o forçamento
radiativo global (Cotton & Pielke, 1995).

As fontes agrícolas de gases de efeito estufa são o cultivo de arroz irrigado por
inundação, a pecuária, dejetos animais, o uso agrícola dos solos e a queima de
resíduos agrícolas. O cultivo de arroz irrigado por inundação, a pecuária
doméstica e seus dejetos, assim como a queima de resíduos agrícolas promovem
a liberação de metano (CH4) na atmosfera. Estima-se que cerca de 55% das
emissões antrópicas de metano provêm da agricultura e pecuária juntas (IPCC,
1995).

Os solos agrícolas, pelo uso de fertilizantes nitrogenados, fixação biológica de


nitrogênio, adição de dejetos animais, incorporação de resíduos culturais, entre
outros fatores, são responsáveis por significantes emissões de óxido nitroso
(N2O).  A queima de resíduos agrícolas nos campos libera, além do metano
(CH4), óxido nitroso (N2O), óxidos de nitrogênio (NOx) e monóxido de carbono
(CO). 
Bibliografia

Material disponibilizado pelo ava/ifmt


https://www.scotconsultoria.com.br/noticias/artigos/47392/a-agropecuaria-e-o-
aquecimento-global.htm, acessado em 16/11/2021.
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/159845/1/Sistemas-de-
integracao-o-que-sao-suas-vantagens-e-limitacoes.pdf, acessado em 13/11/2021.
https://www.embrapa.br/tema-integracao-lavoura-pecuaria-floresta-ilpf/perguntas-
e-respostas, acessado em 17/11/2021.

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