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94 Ma ne jo de prag as de fr utei ras tro pi c ai s

Manejo agroecológico das pragas das fruteiras


Madelaine Venzon 1, Gabriela Inés Diez-Rodríguez 2, Célia Siqueira Ferraz 3 , Felipe Lemos 4,
Dori Edson Nava 5, Angelo Pallini 6

Resumo - Estratégias agroecológicas de manejo de pragas estão disponíveis para uso em diversas frutíferas. Métodos preventivos
podem ser aplicados e, quando esses não são suÀcientes, podem-se utilizar métodos curativos de controle. As estratégias incluem
controle biológico, cultural, mecânico, comportamental e uso de inseticidas botânicos e caldas Àtoprotetoras. O uso integrado do
controle biológico conservativo e aumentativo já é estratégia praticada em agroecossistemas e aplicável na fruticultura.
Palavras-chave: Praga. Controle biológico. Controle comportamental. Controle cultural. Insumos alternativos.

Agroecological pest management for fruit trees


Abstract - Several agroecological strategies for pest management are available for fruit trees plants. Preventive strategies can be applied
followed by curative measures, when necessary. Among the main strategies are biological control, mechanical, cultural and behavioural
control, use of botanical extracts and non-conventional products. The combined conservative and augmentative biological control is
being successful used in some fruiting crops.

Keyworks: Biological control. Behaviour control. Cultural control. Alternative products.

INTRODUÇÃO cados tendem a ser mais bem aceitos pelos ou resíduo deste no tratamento ¿tossani-
mercados e dão melhor retorno econômico tário (BRASIL, 2016b). Isto restringe o
O crescimento do mercado de produ-
aos produtores. O controle ¿tossanitário mercado do produto e diminui a receita do
tos orgânicos é mundial. Esse mercado
convencional com o uso de agrotóxicos produtor, que passa a vender sua produção
movimentou 80 bilhões de dólares em
não é permitido pela lei de orgânicos no apenas no mercado nacional. Entretanto,
2014, com 2,3 milhões de produtores. Os
Brasil e nem pelas certi¿cadoras nacionais mesmo nesse mercado, as restrições quanto
dados de 2015 mostram que o Brasil e e internacionais. Meios alternativos de a resíduos de agrotóxicos, rastreabilidade
mais 86 países possuem regulamentação controle existem, no entanto, a produção do produto e restrição de aplicação estão
para o mercado de produtos orgânicos orgânica e sustentável necessita de medidas em ascensão. Esse quadro demanda que
(WILLER; LERNOUD, 2016). Normal- ¿tossanitárias realistas e que ofereçam técnicos e produtores se atualizem para
mente, consumidores desses produtos resultados ao produtor. atender às necessidades desse cenário de
buscam não apenas os mais saudáveis, mas Na produção de frutíferas no Brasil, comércio mais tecni¿cado e exigente.
também possuem preocupações sociais e o uso de agrotóxicos pode implicar em Dentre as pequenas frutas, por exem-
ambientais relativas ao sistema de produ- barreiras não alfandegárias ao comércio plo, apenas o morangueiro possui grade
ção. Do outro lado, produtores orgânicos internacional. Estas barreiras são restrições de agrotóxicos e produtos registrados
também têm essas mesmas preocupações de comercialização e licenciamento do pro- no Ministério da Agricultura, Pecuária e
quando adere m ao sistema orgânico duto, realizados pelo país importador, que Abastecimento (MAPA). As demais es-
(MOREL; LÉGER, 2016). Produtos certi¿- limita o uso de um determinado agrotóxico pécies dentro desse grupo, assim como as

1
Eng. Agrônoma, Ph.D., Pesq. EPAMIG Sudeste/Bolsista CNPq, Viçosa, MG, venzon@epamig.ufv.br
2
Eng. Agrônoma, D.Sc. Entomologia, Bolsista EMBRAPA Clima Temperado, Pelotas, RS, gidiez@gmail.com
3
Eng. Agrônoma, Doutoranda Entomologia, Bolsista CAPES/UFV, Viçosa, MG, celias.ferraz@hotmail.com
4
Eng. Agrônomo, Pós-Doutorando Entomologia UFV, Viçosa, MG, felipelemosufv@yahoo.com.br
5
Eng. Agrônomo, D.Sc. Entomologia, Pesq. EMBRAPA Clima Temperado/Bolsista CNPq, Pelotas, RS, dori.edson-nava@embrapa.br
6
Eng. Agrônomo, Ph.D. Entomologia, Prof. Tit. UFV/Bolsista CNPq, Viçosa, MG, pallini@ufv.br

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frutíferas nativas, não possuem produtos aromáticas ou adubos verdes, é estratégia Em macieiras, a manutenção de plantas
registrados. Dessa forma, o uso de qualquer e¿ciente para a manutenção e o aumento espontâneas na linha de plantio deve ser
agrotóxico é proibido por lei, devendo-se de predadores para controlar pragas em utilizada como técnica para aumentar a
recorrer a produtos permitidos na produ- diversas frutíferas (Fig. 1 e 2). Essas população de ácaros predadores e diminuir
ção orgânica ou a outras técnicas para o plantas fornecem abrigo, alimento alterna- a população de ácaros-praga nas plantas
manejo de pragas, enfatizando-se assim, a tivo (presas, pólen, néctar) e microclima de maçã (MONTEIRO et al., 2002).
necessidade do desenvolvimento de méto- favorável para esses inimigos naturais. O mentrasto (Ageratum conyzoides,
dos de controle alternativo como uma das Além disso, de acordo com a Instrução Compositae) é uma planta espontânea
principais demandas das pequenas frutas Normativa no 64, de 18 de dezembro de indicada em pomares, especialmente de
e frutas nativas. 2008 (BRASIL, 2008), no cultivo orgânico citros, para aumentar a população de ácaros
Neste artigo são abordadas as princi- de culturas perenes, a obrigação mínima é predadores e diminuir a de ácaros-praga na
pais estratégias de manejo agroecológico manter a cobertura vegetal no solo. cultura (ZHAO et al., 2014).
de pragas em fruteiras, com ênfase àquelas
que podem ser utilizadas em sistemas or-
gânicos de produção.

ESTRATÉGIAS DE MANEJO DE
PRAGAS EM FRUTEIRAS
A utilização de mudas sadias e a
manutenção do vigor das plantas com
uma adubação adequada são premissas
para evitar perdas maiores pelo ataque de
pragas. Além disso, outros métodos pre-
ventivos podem ser usados e, quando não
são su¿cientes, utilizam-se outras medidas
curativas de controle.

Madelaine Venzon
Controle biológico
O controle biológico pode ser emprega-
do como medida preventiva e/ou curativa Figura 1 - Pomar com cobertura vegetal nas linhas do plantio
para o controle de pragas em fruteiras.
Como medida preventiva, podem ser uti-
lizadas estratégias que aumentem a abun-
dância e a e¿ciência de insetos e ácaros
bené¿cos nativos, que já estão presentes
nos pomares. Como medida curativa, o
controle biológico aumentativo por meio
da liberação de predadores, parasitoides
e patógenos, de maneira inundativa ou
inoculativa, é estratégia disponível para
algumas fruteiras. Essas duas medidas po-
dem ser utilizadas de maneira integrada
e complementar.
Monique Venzon Bettiol

Controle biológico
conservativo
A utilização de cobertura vegetal nos
pomares, por meio do manejo de plantas
espontâneas ou da introdução de plantas Figura 2 - Pomar com cobertura vegetal nas entrelinhas do plantio

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Em pomares de lichia, a preservação


de inimigos naturais é uma das principais
estratégias disponíveis no momento para
o manejo do ácaro Aceria litchii, principal
praga da cultura. Em pomares de lichia di-
versi¿cados e com manutenção da cobertu-
ra vegetal na Zona da Mata mineira (Fig. 3),
têm sido encontradas espécies de ácaros
predadores de A. litchii, como Phytoseius
intermedius (Fig. 4A) e Amblyseius
herbicolus (Fig. 4B). Outra técnica que tem

Célia Siqueira Ferraz


sido pesquisada é a adição de alimentos
alternativos nas plantas (ex.: pólen) para
aumentar a abundância e a e¿ciência de
controle desses ácaros predadores.
Plantas aromáticas podem ser inter- Figura 3 - Pomar de lichia com cobertura vegetal
caladas em pomares, especialmente em
áreas menores, para o controle de pragas.
Essas plantas liberam voláteis orgânicos
constitutivos que repelem várias pragas,
reduzindo diretamente suas populações.
Além disso, as plantas aromáticas atraem
predadores e parasitoides que irão con-
trolar as pragas. Exemplos de plantas que
podem ser utilizadas em estratégias de
repelir e atrair, de e¿ciência comprovada,

Fotos: Célia Siqueira Ferraz


são o manjericão e a menta (SONG et al.,
2014; BATISTA, 2016). O manjericão,
por exemplo, atrai adultos e possibilita o
desenvolvimento de larvas do predador
generalista Ceraeochrysa cubana, mesmo
na ausência de pragas e, além disso, suas A B
ores são utilizadas por larvas e adultos Figura 4 - Ácaros predadores predando o ácaro da lichia Aceria lichtii
do predador como fonte de recursos ali- NOTA: Figura 4A - Phytoseius intermedius. Figura 4B - Amblyseius herbicolus.
mentares (Fig. 5).

Controle biológico
aumentativo
A liberação de predadores e parasitoi-
des em pomares para o controle de pragas
pode ser feita de forma inundativa ou
inoculativa. Para a mosca-das-frutas, uma
das principais pragas das frutíferas, uma
estratégia de controle biológico empregada
foi a importação pela Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do
Juliana Martinez

endoparasitoide exótico Diachasmimorpha


longicaudata, o qual já está estabelecido
em algumas regiões do Nordeste e Sudeste
do Brasil (CARVALHO; NASCIMENTO, Figura 5 - Adulto do predador generalista Ceraeochrysa cubana em manjericão

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2002; ALVAREN GA; GIUS TO LIN ; por meio de criações do ácaro predador predador e custos de manutenção, a estra-
QUERINO, 2006; LEAL et al., 2009). Neoseiulus californicus em estufas de plásti- tégia biológica é economicamente viável
Endoparasitoides nativos das moscas- co e por liberações inoculativas posteriores e efetiva.
das-frutas (ex.: Doryctobracon areolatus em pomares de maçã em Santa Catarina. Existem, no mercado brasileiro, for-
e Doryctobracon brasiliensis) também Esse é um outro exemplo de sucesso do mulações comerciais à base de bactérias e
estão sendo estudados, visando à cria- controle biológico em fruteiras. De acordo fungos entomopatogênicos registradas no
ção massal em biofábricas, para serem com Monteiro, Souza e Pastori (2006), MAPA para o controle de algumas pragas
utilizados em programas de controle bio- os custos totais para o controle do ácaro em frutíferas (Quadro 1). Informações
lógico aumentativo (NAVA et al., 2011) foram semelhantes em ambos os pomares detalhadas a respeito dos fabricantes,
(Fig. 6A e 6B). convencionais e com o controle biológico. formulações, dosagens e modo de apli-
O controle do ácaro- vermelho-da- Apesar da necessidade de investimentos cação podem ser encontradas no Agro¿t
macieira, Panonychus ulmi, tem sido feito em instalações para a criação do ácaro (BRASIL, 2016a).

Fotos: Paulo Lanzetta


A B
Figura 6 - Parasitoides da mosca-das-frutas
NOTA: Figura 6A - Doryctobracon areolatus. Figura 6B - Doryctobracon brasiliensis.

QUADRO 1 - In seticidas biológicos registrados no Min istério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen to (MAPA)
Praga-alvo
Fru teira Agen te de controle biológico
Nome cien tífico (nome comu m)
Abacaxi Ba cillus thuringiensis Strymon ba sa lides (broca-do-abacaxi, broca-do-fruto)

Ban an a Bea uveria ba ssia na Cosmopolites sordidus (broca-do-rizoma; molequ e-da-bananeira)

Ban an a Ba cillus thuringiensis Opsipha nes invira e (lagarta-desfolhadora)

Citros Ba cillus thuringiensis Ecdytolopha a ura ntia na (bicho-fu rão)

Coco Ba cillus thuringiensis Bra ssolis sophora e (lagarta-das-palmeiras; lagarta-do-coqu eiro)


Opsipha nes invira e (lagarta-desfolhadora; lagarta-verde-do-coqueiro)

Maçã Ba cillus thuringiensis Gra pholita molesta (mariposa-oriental)

Maracujá Ba cillus thuringiensis Dione juno juno (lagarta-das-folhas; lagarta-do-maracu jazeiro)

Moran go Bea uveria ba ssia na Tetra nychus urtica e (ácaro-rajado)

Uva Ba cillus thuringiensis Argyrota enia spha leropa (lagarta-das-fru teiras)


FONTE: Brasil (2016a).

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Integração do controle Por ser muito especializado em se de controle biológico ou de laboratórios de


biológico conservativo e alimentar do ácaro-rajado, P. macropilis instituições de pesquisas. Os ácaros preda-
aumentativo é capaz de reduzir populações da praga dores irão alimentar-se dos ácaros ¿tófagos
quando essas são muito elevadas. Já o áca- nas plantas de feijão-de-porco, reduzindo
Ácaros fitófagos são as principais
ro predador N. californicus, por ser menos drasticamente a população do ¿tófago.
pragas do morangueiro. O ácaro-rajado,
especializado, não é capaz de suprimir a Adicionalmente, os ácaros predadores irão
Tetranychus urticae, causa danos econô-
população do ácaro-rajado quando em alta reproduzir-se e aumentar rapidamente em
micos na cultura e suas formas de manejo densidade, principalmente porque este é número. Entre 10 e 15 dias após a liberação
já são bem conhecidas e praticadas, prin- impedido pela teia produzida pela praga dos ácaros predadores, as folhas de feijão-
cipalmente fazendo-se uso de técnicas de sobre as plantas de morango. Dessa forma, de-porco devem ser colhidas e liberadas na
controle biológico (FADINI et al., 2004). o ácaro predador N. californicus deve ser lavoura de morango. Essas folhas estarão
Já o ácaro-do-enfezamento-do-moran- usado mais de forma preventiva, quando a repletas de ácaros predadores e com poucos
gueiro Phytonemus pallidus vem chaman- população do ácaro-rajado ainda é baixa, ácaros ¿tófagos.
do atenção, em decorrência do aumento da enquanto o ácaro predador P. macropilis é Uma outra estratégia de manejo de
sua incidência em lavouras de morango em recomendado quando os danos começam a ácaros-praga do morangueiro é a utilização
Minas Gerais. Entretanto, pouco se sabe ¿car aparentes, para evitar que a população de alimentos alternativos para os ácaros
sobre os prejuí- zos causados pelo ácaro- da praga atinja o nível de dano econômico predadores, visando aumentar a e¿ciên-
do-enfezamento e suas formas de manejo. (OLIVEIRA et al., 2009; OTTAVIANO et cia do controle biológico. Esse conceito
O controle biológico de ácaros-praga al., 2015). baseia-se no conhecimento de que várias
em cultivos de morangueiros é realizado Essas espécies de ácaros predadores espécies de ácaros predadores são onívo-
podem ser adquiridas de algumas poucas ras; ou seja, alimentam-se de pragas, mas
com o uso de agentes biológicos. Os prin-
empresas produtoras de agentes de controle também de outras fontes alimentares, como
cipais agentes biológicos que controlam
biológico no Brasil. Porém, esses ácaros pólen oral e néctar.
populações de ácaros ¿tófagos são fungos
podem também ser multiplicados pelo Com base nesse conhecimento, testes
(ex. B. bassiana) (Quadro 1) e ácaros
próprio agricultor. de campo e de laboratório foram realizados
predadores. Normalmente, os fungos são
Uma forma prática e de baixo custo com a aplicação de pólen de taboa (Typha
comercializados na forma de pó molhável, para o agricultor multiplicar os ácaros sp.) como suplemento alimentar do ácaro
que pode ser aplicado por meio do preparo predadores em suas lavouras baseia-se predador N. anonymus. Essa aplicação de
de calda e pulverização na lavoura. no conceito de minibiofábricas, que são pólen pode ser feita uma vez por semana,
Com relação aos ácaros predadores, instaladas na propriedade e servem para a sobre os frutos jovens em formação ou
duas espécies são comumente utilizadas multiplicação dos ácaros predadores. Ini- sobre as folhas das plantas de morangueiro
para o controle do ácaro-rajado T. urticae cialmente, é necessário escolher uma área (Fig. 8A, 8B e 8C). Para realizar a aplica-
e m lavo uras de morango no Bras il: da propriedade um pouco mais afastada da ção, foi desenvolvido um aplicador que
Phytoseiulus macropilis e Neoseiulus lavoura e proceder à limpeza do terreno e consiste de um pequeno recipiente plástico
californicus. Recentemente, uma terceira ao preparo do canteiro. A minibiofábrica com uma tampa furada, para que o pólen
espécie de ácaro predador, Neoseiulus é constituída de uma estrutura telada em possa ser facilmente liberado (Fig. 8 B).
anonymus, começou a ser estudada como túnel baixo, onde é plantado feijão-de- O pólen serve de complemento alimentar
agente de controle do ácaro-do-enfezamento porco (Fig. 7A e 7B). Quando as plantas para ácaros predadores, como N. anonymus
P. pallidus. Adicionalmente, observações atingem o estágio de desenvolvimento em (Fig. 8 D) e N. californicus, quando a praga
que apresentam duas folhas completamente está presente, levando a um aumento na
de laboratór io ind ica m que o ácaro
formadas (Fig. 7C), são infestadas com taxa de reprodução e de multiplicação dos
predador N. anonymus também é capaz
o ácaro-rajado T. urticae. O inóculo do predadores, acelerando assim o controle.
de controlar populações do ácaro-rajado.
ácaro-rajado pode ser adquirido de labora- Quando a praga está ausente ou em baixa
O ácaro P. macropilis é uma espécie
tórios de universidades ou de instituições densidade, o pólen atua como alimento al-
estritamente carnívora e alimenta-se de ternativo, favorecendo a sobrevivência dos
de pesquisas, como a Universidade Federal
todas as fases do ácaro-rajado T. urticae; predadores e, dessa forma, mantendo-os
de Viçosa (UFV) ou a EPAMIG, ou utili-
cada fêmea pode predar até 40 ovos da zando-se os próprios ácaros presentes na vivos na lavoura e impedindo que a praga
praga por dia (OLIVEIRA et al., 2009). lavoura. O ácaro ¿tófago serve de alimento retorne. Esta tecnologia está em desenvol-
Já o ácaro predador N. californicus é para o ácaro predador. Entre 15 e 20 dias vimento por uma start-up – ECONTROLE
onívoro e, além de se alimentar da praga, após a infestação com o ácaro-rajado, são Pesquisa & Consultoria Ltda – que já está
também alimenta-se de pólen (OTTAVIA- liberados os ácaros predadores (Fig. 7D). disponibilizando os produtos da pesquisa
NO et al., 2015). Estes podem ser adquiridos de empresas a produtores do Brasil.
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Ma ne jo de p rag as d e fr utei ras tropi ca i s 99

Fotos: Arquivo ECONTROLE Pesquisa & Consultoria Ltda.


A B

C D
Figura 7 - Etapas do processo de desenvolvimento da minibiofábrica de ácaros predadores
NOTA: Figura 7A - Semeadura do feijão-de-porco. Figura 7B - Instalação de estrutura telada em túnel baixo. Figura 7C - Infestação
com ácaro-rajado (plantas com duas folhas completamente desenvolvidas). Figura 7D - Folhas de feijão-de-porco infestadas e
com ácaros predadores prontas para ser coletadas e distribuídas na lavoura.

Fotos: Arquivo ECONTROLE Pesquisa & Consultoria Ltda.


A B

C D
Figura 8 - Aplicação do pólen de taboa (Typha sp.)
NOTA: Figura 8A - Aplicação do pólen de taboa na lavoura de morango. Figura 8B - Acondicionamento do pólen em um recipiente
com uma tampa furada ou com tela, permitindo assim a pulverização do pólen sobre as plantas. Figura 8C - Aplicação do
pólen sobre as folhas ou frutos. Figura 8D - Ácaro predador Neoseiulus anonymus alimentando-se do pólen de taboa.

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Controle mecânico e Quando necessária a realização de uma Cerconota anonella; e características


cultural poda mais drástica, esta deve ser feita logo físico-químicas dos frutos (comprimen-
A coleta e a destruição das pragas e após a colheita dos frutos. to, diâmetro dos frutos e teor de sólidos
de partes atacadas da planta são medidas Outra técnica que pode ser utilizada solúveis) não foram inuenciadas pelo
simples que podem ser utilizadas para para cultivos com alto valor agregado é ensacamento (PEREIRA et al., 2009).
a redução da população de pragas em o ensacamento dos frutos (Fig. 9). Este é
realizado quando o fruto está suscetível Controle comportamental
pomares. A poda é uma medida cultural
que pode ser aplicada em várias frutíferas à infestação das moscas-das-frutas. Por O manejo de algumas pragas de fru-
para o controle de brocas, ácaros e cocho- exemplo, para mirtilo, amora-preta, araçá teiras pode ser feito pela técnica de con-
nilhas. Para o controle da broca-da-amora e pitanga, a infestação ocorre próximo da trole comportamental. Essa ferramenta de
(Eulechriops rubi), por exemplo, a poda décima primeira, oitava, décima terceira controle busca interferir na comunicação
deve ser feita após a colheita, com retira- e quinta semanas, respectivamente, após de indivíduos da mesma espécie ou com
da e queima dos ramos dani¿cados. Em a oração. Assim, nesse período, reco- espécies diferentes. Insetos usam de vá-
pomares com alta infestação, deve-se an- menda-se o ensacamento dos frutos com rias estratégias comportamentais para se
tecipar a colheita, roçar a área e eliminar papel manteiga, tecido TNT ou plástico comunicarem. Algumas ocorrem quando
o material cortado. Nos pomares de lichia microperfurado. Também recomendam-se, secretam substâncias químicas que deco-
em que o ácaro A. litchii é detectado, as como medidas auxiliares, colher os frutos di¿cam informações de agregação, disper-
principais formas de controle recomen- na idade ¿siológica adequada, recolher e são, alarme, territorialidade, marcação de
dadas são a poda de todos os ramos com destruir os frutos que ¿cam no solo e apli- trilhas, de postura e sexual. Genericamente,
sintomas de ataque e a queima total desse car cálcio via foliar, visando aumentar a esses compostos químicos secretados são
material, para evitar a dispersão e o esta- resistência dos frutos (NAVA et al., 2007). chamados infoquímicos. Quando tais com-
belecimento do ácaro nas brotações novas O ensacamento de frutos também re- postos destinam-se à comunicação entre in-
(LICHIAS.COM, 2015). duz o ataque de brocas. Frutos de atemóia divíduos da mesma espécie, são chamados
Podas menos intensivas podem ser ensacados com plástico leitoso tiveram feromônios (VILELA; PALLINI, 2002).
feitas antes do período de indução oral. redução da incidência da broca-dos-frutos, Ar mad ilhas co nte ndo fero mô nio
sexual sintético podem ser usadas para
monitoramento e controle de lepidópteros,
coleópteros e dípteros, pragas de frutíferas.
A ideia é comprar o feromônio sexual da
espécie-praga-alvo e usá-lo em armadilhas
adequadas para a espécie em campo. O
controle de pragas pela técnica de interrup-
ção de acasalamento com feromônios sexu-
ais sintéticos possui inúmeras vantagens,
pois essas substâncias não apresentam
toxicidade, não deixam resíduos nos frutos,
têm seletividade aos inimigos naturais e
causam reduzido risco de intoxicação às
outras espécies (ARIOLI et al., 2013).
Estão registrados no MAPA, e podem ser
adquiridos no mercado, os feromônios
sexuais sintéticos para monitoramento e
coleta massal de pragas, conforme apre-
sentado no Quadro 2 (BRASIL, 2016a).
Nos sistemas orgânicos, o uso de fero-
Paulo Lanzetta

mônios é permitido apenas em armadilhas


e não em pulverização de acordo com
Instrução Normativa no 17, de 18 de junho
Figura 9 - Ensacamento de frutos de goiaba para controle de mosca-das-frutas de 2014 (BRASIL, 2014).
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QUADRO 2 - Feromôn ios sexuais sin téticos registrados n o Ministério da Agricu ltura, Pecuária e Abastecimen to (MAPA) para o monitora-
mento e coleta massal de pragas de frutíferas
Feromônio Praga-alvo
Cultu ra
(ingrediente ativo) Nome científico (nome comu m)
Maçã Acetato de (E,Z)-3,5- dodecadien ila Bona gota sa lubricola e B. cra na odes (lagarta-enroladeira-
da-maçã)
Maçã, Pera Clodemôn io Cydia pomonella (traça-da-maçã)

Ameixa, Maçã, Pera, Pêssego (Z)-8-dodecen ol Gra pholita molesta (mariposa-orien tal)

Carambola, Goiaba, Jambo e Manga Eugen ol-metílico Ba ctrocera ca ra mbola e (mosca-da-carambola)

Citros (E)-8-dodecen ol Ecdytolopha a ura ntia na (bicho-fu rão-do-citros)

Cacau Acetato de (Z,E)- 9,12-tetradecadienil Ephestia elutella (traça-do-cacau )

Citr os, Goiaba , Mam ão, Man ga, Trimedlure Cera titis ca pita ta (mosca-do-mediterrân eo)
Pêssego

Coco Riconforol Rhyn chophorus pa lma ru m (broca-d o-olh o-do-coqu eiro,


bicu do)
FONTE: Brasil (2016a).

Especificidades de várias outras famílias botânicas, e mos- Para moscas-das- frutas, utilizam-se
armadilhas tram alta toxicidade e uma variedade de armadilhas tipo McPhail (Fig. 10). Existem
Os besouros desfolhadores provocam atividades biológicas (VALENTE, 2004). no mercado proteínas hidrolisadas com alta
danos na fase adulta ao se alimentarem As armadilhas podem ser confeccionadas atratividade sobre moscas-das-frutas, as
das folhas de algumas fruteiras, como, com garrafa plástica (PET) transparente, quais podem ser utilizadas nas armadilhas
por exemplo, em amoreira-preta. No caso descartável, fazendo-se perfurações de como iscas para o controle por meio da
de Diabrotica speciosa, o monitoramento 0,5 cm de diâmetro em toda garrafa, com captura massal, inclusive em sistemas or-
pode ser realizado com armadilhas conten- distância de 2 cm entre furos, preservando- gânicos. Nesse caso, são colocadas várias
do cucurbitacina, associada ou não a inse- se apenas a parte do fundo da garrafa, armadilhas por área, de maneira que, ao
ticidas (MIKAMI; VENTURA, 2008). As com 5 cm de altura. Água com detergente chegarem no pomar, os adultos do inseto
cucurbitacinas são compostos denomina- deve ser adicionada no fundo da garrafa encontrem uma armadilha e sejam captura-
dos triterpenoides oxigenados encontrados para a captura dos insetos que entrarem dos. As armadilhas também podem ser con-
em plantas da família Cucurbitaceae e em na armadilha. feccionadas com garrafas PET (Fig. 11).
Paulo Lanzetta

Paulo Lanzetta

Figura 10 - Armadilha tipo McPhail para monitoramento e con-


trole da mosca-das-frutas Figura 11 - Armadilha para controle de besouros desfolhadores

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102 Ma ne jo de prag as de fr utei ras tro pi c ai s

Não há necessidade da contagem de in- Para o preparo de 2 L de calda sulfocál- conferem ao produto ¿nal valor agregado
setos, apenas realiza-se a reposição do cica, são necessários 250 g de cal virgem no comércio de produtos orgânico/agroe-
líquido quando este estiver em nível baixo. e 500 g de enxofre e água. Inicialmente, cológicos que é crescente no Brasil e no
colocar 1 L de água para aquecer em reci- mundo. Espera-se que as técnicas aqui
Inseticidas botânicos e
piente de ferro ou latão, até atingir a tem- apresentadas possam ser usadas e testadas
caldas fitoprotetoras
peratura de 45 ºC. Em seguida, acrescentar por mais produtores e técnicos e, dessa
Os extratos e outros preparados de 500 g de enxofre e mexer o composto por forma, aprimoradas e difundidas.
plantas usadas na alimentação humana 5-10 minutos. Acrescentar 600 mL de água
podem ser aplicados livremente em partes e continuar mexendo até atingir 55 ºC. Pos- AGRADECIMENTO
comestíveis das plantas cultivadas em sis- teriormente, adicionar lentamente 250 g À Fundação de Amparo à Pesquisa
temas orgânicos (BRASIL, 2008). Já extra- de cal virgem. Deixar a mistura aquecer do Estado de Minas Gerais (Fapemig),
tos e preparados de plantas não utilizadas até atingir 95 ºC, para completar a mistura ao Conselho Nacional de Desenvolvi-
na alimentação humana só poderão ser até o volume de 2 L. Cozinhar a calda por mento Cientí¿co e Tecnológico (CNPq)
aplicados em partes comestíveis de plantas uma hora e acrescentar constantemente e à Coordenação de Aperfeiçoamento de
cultivadas mediante estudos prévios que água, de modo que mantenha o volume Pessoal de Nível Superior (Capes), pelo
comprovem a inocuidade à saúde humana em 2 L. Após esse tempo, quando a calda ¿nanciamento das pesquisas e concessão
e que sejam aprovados pelo Organismo estiver pronta, sua coloração ¿cará pardo- de bolsas aos autores.
de Avaliação da Conformidade Orgânica avermelhada. Depois que a calda esfriar, Este artigo foi compilado no Laborató-
(OAC) ou pela Organização de Controle deve-se coar em pano de algodão. A con- rio do Prof. Jay Rosenheim, Departamento
Social (OCS). Os extratos de fumo, piretro, centração ideal da calda é de 32 ºBaumé, de Entomologia e Nematologia da Univer-
rotenona e nim (Azadirachta indica), para mas densidades de 29 ou 30 ºBaumé são sidade da Califórnia, Davis, EUA, ao qual
uso em qualquer parte da planta, deverão consideradas boas. Posteriormente, a calda agradecemos.
ter seu uso autorizado pelo OAC ou OCS. deve ser guardada em garrafas de vidro ou
O uso da nicotina pura é proibido. Alguns recipientes plásticos, devidamente veda- REFERÊNCIAS
óleos vegetais e derivados podem ser dos, pois a entrada de ar provoca decom- AFONSO, A.P.S. et al. Avaliação da calda
utilizados diretamente para o controle de
posição dos polissulfetos. A calda deve ser sulfocálcica e do óleo mineral no contro-
diversas pragas de frutíferas sob sistemas
armazenada em local fresco e escuro, sendo le da cochonilha-parda Pa rthenoleca nium
de produção orgânica (BRASIL, 2014). persica e (Hemiptera: Coccidae) na cultura da
ideal a sua utilização por um período de até
Outros extratos e preparados podem atu- videira. Arquivos do Instituto Biológico, São
60 dias após o preparo. Mais informações
ar também como repelentes, como, por Paulo, v.74, n.2, p.167-169, abr./jun. 2007.
sobre o preparo e recomendações de uso
exemplo, o nim (A. indica), que pode ser ALVARENGA, C.D.; GIUSTOLIN, T.A.;
da calda podem ser encontradas em Venzon
usado para repelir a abelha-irapuã (Trigona QUERINO, R.B. Altern ativas no con trole de
et al. (2010).
spinipes), considerada prejudicial à cultura moscas das fru tas. In : VENZON, M.; PAU-
do mirtilo, por dani¿car folhas, ores e CONSIDERAÇÕES FINAIS
LA JÚNIOR, T.J. de; PALLINI, A. (Coord.).
recolher das plantas materiais ¿brosos e Tecnologias a lter na tiva s pa r a o contr ole
resinas para construir seus ninhos (BOT- Embora ainda haja outras medidas de pr a ga s e doen ça s. Viçosa, MG: EPAMIG-
aplicáveis ao controle de pragas na fru- CTZM, 2006. p.227-252.
TON; NAVA; SANTOS, 2012). Há, ainda
outros inseticidas botânicos que necessitam ticultura orgânica, as ferramentas aqui ALVARENGA, C.D. et al. Toxicity of neem
de pesquisa que comprove sua ação inseti- listadas são efetivas para as pragas apre- (Aza dira chta indica ) seed cake to larvae
sentadas. Essas ferramentas foram testadas of th e mediterranean fruit fly, Cera titis
cida e acaricida. Além disso, a seletividade
ca pita ta (Diptera: Tephritidae), and its
a inimigos naturais deve ser considerada pela pesquisa e constituem em alternativa
parasitoid, Dia cha smimorpha longica uda ta
quando forem escolhidas formulações e e¿caz e econômica ao uso de agrotóxi-
(Hym en optera: Bracon id ae). Flor id a
dosagens desses produtos (ALVARENGA cos. Adicionalmente são aprovadas pelas En tomologist, v.95, n.1, p.57-62, Mar. 2012.
et al., 2012; VENZON et al., 2013). agências de ¿scalização do Estado e por
ANDRADE, D.J. de et al. Efeito da calda sulfo-
Dentre as caldas ¿toprotetoras, a calda certi¿cadoras de produtos no uso da agri- cálcica sobre o ácaro Tetra nychus mexica nus
sulfocálcica, obtida pelo tratamento térmi- cultura orgânica/agroecológica. (McGregor, 1950) em citros. Revista de
co do enxofre e da cal virgem, é usada com Os produtores e técnicos da área de Agr icultu r a, Piracicaba, v.82, n.2, p.161-
frequência na fruticultura para o controle fruticultura contam, portanto, com várias 169, set. 2007.
de ácaros e cochonilhas (AFONSO et al., alternativas de defesa de pragas que, além ARIOLI, C.J. et al. Fer omônios sexua is n o
2007; ANDRADE et al., 2007). de disponibilizadas para uso imediato, ma nejo d e in setos-pr a ga n a fr u ticu ltur a de

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