Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo - Estratégias agroecológicas de manejo de pragas estão disponíveis para uso em diversas frutíferas. Métodos preventivos
podem ser aplicados e, quando esses não são suÀcientes, podem-se utilizar métodos curativos de controle. As estratégias incluem
controle biológico, cultural, mecânico, comportamental e uso de inseticidas botânicos e caldas Àtoprotetoras. O uso integrado do
controle biológico conservativo e aumentativo já é estratégia praticada em agroecossistemas e aplicável na fruticultura.
Palavras-chave: Praga. Controle biológico. Controle comportamental. Controle cultural. Insumos alternativos.
INTRODUÇÃO cados tendem a ser mais bem aceitos pelos ou resíduo deste no tratamento ¿tossani-
mercados e dão melhor retorno econômico tário (BRASIL, 2016b). Isto restringe o
O crescimento do mercado de produ-
aos produtores. O controle ¿tossanitário mercado do produto e diminui a receita do
tos orgânicos é mundial. Esse mercado
convencional com o uso de agrotóxicos produtor, que passa a vender sua produção
movimentou 80 bilhões de dólares em
não é permitido pela lei de orgânicos no apenas no mercado nacional. Entretanto,
2014, com 2,3 milhões de produtores. Os
Brasil e nem pelas certi¿cadoras nacionais mesmo nesse mercado, as restrições quanto
dados de 2015 mostram que o Brasil e e internacionais. Meios alternativos de a resíduos de agrotóxicos, rastreabilidade
mais 86 países possuem regulamentação controle existem, no entanto, a produção do produto e restrição de aplicação estão
para o mercado de produtos orgânicos orgânica e sustentável necessita de medidas em ascensão. Esse quadro demanda que
(WILLER; LERNOUD, 2016). Normal- ¿tossanitárias realistas e que ofereçam técnicos e produtores se atualizem para
mente, consumidores desses produtos resultados ao produtor. atender às necessidades desse cenário de
buscam não apenas os mais saudáveis, mas Na produção de frutíferas no Brasil, comércio mais tecni¿cado e exigente.
também possuem preocupações sociais e o uso de agrotóxicos pode implicar em Dentre as pequenas frutas, por exem-
ambientais relativas ao sistema de produ- barreiras não alfandegárias ao comércio plo, apenas o morangueiro possui grade
ção. Do outro lado, produtores orgânicos internacional. Estas barreiras são restrições de agrotóxicos e produtos registrados
também têm essas mesmas preocupações de comercialização e licenciamento do pro- no Ministério da Agricultura, Pecuária e
quando adere m ao sistema orgânico duto, realizados pelo país importador, que Abastecimento (MAPA). As demais es-
(MOREL; LÉGER, 2016). Produtos certi¿- limita o uso de um determinado agrotóxico pécies dentro desse grupo, assim como as
1
Eng. Agrônoma, Ph.D., Pesq. EPAMIG Sudeste/Bolsista CNPq, Viçosa, MG, venzon@epamig.ufv.br
2
Eng. Agrônoma, D.Sc. Entomologia, Bolsista EMBRAPA Clima Temperado, Pelotas, RS, gidiez@gmail.com
3
Eng. Agrônoma, Doutoranda Entomologia, Bolsista CAPES/UFV, Viçosa, MG, celias.ferraz@hotmail.com
4
Eng. Agrônomo, Pós-Doutorando Entomologia UFV, Viçosa, MG, felipelemosufv@yahoo.com.br
5
Eng. Agrônomo, D.Sc. Entomologia, Pesq. EMBRAPA Clima Temperado/Bolsista CNPq, Pelotas, RS, dori.edson-nava@embrapa.br
6
Eng. Agrônomo, Ph.D. Entomologia, Prof. Tit. UFV/Bolsista CNPq, Viçosa, MG, pallini@ufv.br
In f o r m e A g r o p e c u á r i o , B e l o H o r i z o n t e , v. 3 7 , n .2 9 3 , p . 9 4 - 1 0 3 , 2 0 1 6
Ma ne jo de p rag as d e fr utei ras tropi ca i s 95
frutíferas nativas, não possuem produtos aromáticas ou adubos verdes, é estratégia Em macieiras, a manutenção de plantas
registrados. Dessa forma, o uso de qualquer e¿ciente para a manutenção e o aumento espontâneas na linha de plantio deve ser
agrotóxico é proibido por lei, devendo-se de predadores para controlar pragas em utilizada como técnica para aumentar a
recorrer a produtos permitidos na produ- diversas frutíferas (Fig. 1 e 2). Essas população de ácaros predadores e diminuir
ção orgânica ou a outras técnicas para o plantas fornecem abrigo, alimento alterna- a população de ácaros-praga nas plantas
manejo de pragas, enfatizando-se assim, a tivo (presas, pólen, néctar) e microclima de maçã (MONTEIRO et al., 2002).
necessidade do desenvolvimento de méto- favorável para esses inimigos naturais. O mentrasto (Ageratum conyzoides,
dos de controle alternativo como uma das Além disso, de acordo com a Instrução Compositae) é uma planta espontânea
principais demandas das pequenas frutas Normativa no 64, de 18 de dezembro de indicada em pomares, especialmente de
e frutas nativas. 2008 (BRASIL, 2008), no cultivo orgânico citros, para aumentar a população de ácaros
Neste artigo são abordadas as princi- de culturas perenes, a obrigação mínima é predadores e diminuir a de ácaros-praga na
pais estratégias de manejo agroecológico manter a cobertura vegetal no solo. cultura (ZHAO et al., 2014).
de pragas em fruteiras, com ênfase àquelas
que podem ser utilizadas em sistemas or-
gânicos de produção.
ESTRATÉGIAS DE MANEJO DE
PRAGAS EM FRUTEIRAS
A utilização de mudas sadias e a
manutenção do vigor das plantas com
uma adubação adequada são premissas
para evitar perdas maiores pelo ataque de
pragas. Além disso, outros métodos pre-
ventivos podem ser usados e, quando não
são su¿cientes, utilizam-se outras medidas
curativas de controle.
Madelaine Venzon
Controle biológico
O controle biológico pode ser emprega-
do como medida preventiva e/ou curativa Figura 1 - Pomar com cobertura vegetal nas linhas do plantio
para o controle de pragas em fruteiras.
Como medida preventiva, podem ser uti-
lizadas estratégias que aumentem a abun-
dância e a e¿ciência de insetos e ácaros
bené¿cos nativos, que já estão presentes
nos pomares. Como medida curativa, o
controle biológico aumentativo por meio
da liberação de predadores, parasitoides
e patógenos, de maneira inundativa ou
inoculativa, é estratégia disponível para
algumas fruteiras. Essas duas medidas po-
dem ser utilizadas de maneira integrada
e complementar.
Monique Venzon Bettiol
Controle biológico
conservativo
A utilização de cobertura vegetal nos
pomares, por meio do manejo de plantas
espontâneas ou da introdução de plantas Figura 2 - Pomar com cobertura vegetal nas entrelinhas do plantio
I n f o r m e A g r o p e c uá r i o , B e l o H o r i z o n t e , v. 3 7 , n . 2 9 3 , p . 9 4 - 1 0 3 , 2 0 1 6
96 Ma ne jo de prag as de fr utei ras tro pi c ai s
Controle biológico
aumentativo
A liberação de predadores e parasitoi-
des em pomares para o controle de pragas
pode ser feita de forma inundativa ou
inoculativa. Para a mosca-das-frutas, uma
das principais pragas das frutíferas, uma
estratégia de controle biológico empregada
foi a importação pela Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do
Juliana Martinez
In f o r m e A g r o p e c u á r i o , B e l o H o r i z o n t e , v. 3 7 , n .2 9 3 , p . 9 4 - 1 0 3 , 2 0 1 6
Ma ne jo de p rag as d e fr utei ras tropi ca i s 97
2002; ALVAREN GA; GIUS TO LIN ; por meio de criações do ácaro predador predador e custos de manutenção, a estra-
QUERINO, 2006; LEAL et al., 2009). Neoseiulus californicus em estufas de plásti- tégia biológica é economicamente viável
Endoparasitoides nativos das moscas- co e por liberações inoculativas posteriores e efetiva.
das-frutas (ex.: Doryctobracon areolatus em pomares de maçã em Santa Catarina. Existem, no mercado brasileiro, for-
e Doryctobracon brasiliensis) também Esse é um outro exemplo de sucesso do mulações comerciais à base de bactérias e
estão sendo estudados, visando à cria- controle biológico em fruteiras. De acordo fungos entomopatogênicos registradas no
ção massal em biofábricas, para serem com Monteiro, Souza e Pastori (2006), MAPA para o controle de algumas pragas
utilizados em programas de controle bio- os custos totais para o controle do ácaro em frutíferas (Quadro 1). Informações
lógico aumentativo (NAVA et al., 2011) foram semelhantes em ambos os pomares detalhadas a respeito dos fabricantes,
(Fig. 6A e 6B). convencionais e com o controle biológico. formulações, dosagens e modo de apli-
O controle do ácaro- vermelho-da- Apesar da necessidade de investimentos cação podem ser encontradas no Agro¿t
macieira, Panonychus ulmi, tem sido feito em instalações para a criação do ácaro (BRASIL, 2016a).
QUADRO 1 - In seticidas biológicos registrados no Min istério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen to (MAPA)
Praga-alvo
Fru teira Agen te de controle biológico
Nome cien tífico (nome comu m)
Abacaxi Ba cillus thuringiensis Strymon ba sa lides (broca-do-abacaxi, broca-do-fruto)
I n f o r m e A g r o p e c uá r i o , B e l o H o r i z o n t e , v. 3 7 , n . 2 9 3 , p . 9 4 - 1 0 3 , 2 0 1 6
98 Ma ne jo de prag as de fr utei ras tro pi c ai s
C D
Figura 7 - Etapas do processo de desenvolvimento da minibiofábrica de ácaros predadores
NOTA: Figura 7A - Semeadura do feijão-de-porco. Figura 7B - Instalação de estrutura telada em túnel baixo. Figura 7C - Infestação
com ácaro-rajado (plantas com duas folhas completamente desenvolvidas). Figura 7D - Folhas de feijão-de-porco infestadas e
com ácaros predadores prontas para ser coletadas e distribuídas na lavoura.
C D
Figura 8 - Aplicação do pólen de taboa (Typha sp.)
NOTA: Figura 8A - Aplicação do pólen de taboa na lavoura de morango. Figura 8B - Acondicionamento do pólen em um recipiente
com uma tampa furada ou com tela, permitindo assim a pulverização do pólen sobre as plantas. Figura 8C - Aplicação do
pólen sobre as folhas ou frutos. Figura 8D - Ácaro predador Neoseiulus anonymus alimentando-se do pólen de taboa.
I n f o r m e A g r o p e c uá r i o , B e l o H o r i z o n t e , v. 3 7 , n . 2 9 3 , p . 9 4 - 1 0 3 , 2 0 1 6
100 Ma ne jo de prag as de fr utei ras tro pi c ai s
QUADRO 2 - Feromôn ios sexuais sin téticos registrados n o Ministério da Agricu ltura, Pecuária e Abastecimen to (MAPA) para o monitora-
mento e coleta massal de pragas de frutíferas
Feromônio Praga-alvo
Cultu ra
(ingrediente ativo) Nome científico (nome comu m)
Maçã Acetato de (E,Z)-3,5- dodecadien ila Bona gota sa lubricola e B. cra na odes (lagarta-enroladeira-
da-maçã)
Maçã, Pera Clodemôn io Cydia pomonella (traça-da-maçã)
Ameixa, Maçã, Pera, Pêssego (Z)-8-dodecen ol Gra pholita molesta (mariposa-orien tal)
Citr os, Goiaba , Mam ão, Man ga, Trimedlure Cera titis ca pita ta (mosca-do-mediterrân eo)
Pêssego
Especificidades de várias outras famílias botânicas, e mos- Para moscas-das- frutas, utilizam-se
armadilhas tram alta toxicidade e uma variedade de armadilhas tipo McPhail (Fig. 10). Existem
Os besouros desfolhadores provocam atividades biológicas (VALENTE, 2004). no mercado proteínas hidrolisadas com alta
danos na fase adulta ao se alimentarem As armadilhas podem ser confeccionadas atratividade sobre moscas-das-frutas, as
das folhas de algumas fruteiras, como, com garrafa plástica (PET) transparente, quais podem ser utilizadas nas armadilhas
por exemplo, em amoreira-preta. No caso descartável, fazendo-se perfurações de como iscas para o controle por meio da
de Diabrotica speciosa, o monitoramento 0,5 cm de diâmetro em toda garrafa, com captura massal, inclusive em sistemas or-
pode ser realizado com armadilhas conten- distância de 2 cm entre furos, preservando- gânicos. Nesse caso, são colocadas várias
do cucurbitacina, associada ou não a inse- se apenas a parte do fundo da garrafa, armadilhas por área, de maneira que, ao
ticidas (MIKAMI; VENTURA, 2008). As com 5 cm de altura. Água com detergente chegarem no pomar, os adultos do inseto
cucurbitacinas são compostos denomina- deve ser adicionada no fundo da garrafa encontrem uma armadilha e sejam captura-
dos triterpenoides oxigenados encontrados para a captura dos insetos que entrarem dos. As armadilhas também podem ser con-
em plantas da família Cucurbitaceae e em na armadilha. feccionadas com garrafas PET (Fig. 11).
Paulo Lanzetta
Paulo Lanzetta
I n f o r m e A g r o p e c uá r i o , B e l o H o r i z o n t e , v. 3 7 , n . 2 9 3 , p . 9 4 - 1 0 3 , 2 0 1 6
102 Ma ne jo de prag as de fr utei ras tro pi c ai s
Não há necessidade da contagem de in- Para o preparo de 2 L de calda sulfocál- conferem ao produto ¿nal valor agregado
setos, apenas realiza-se a reposição do cica, são necessários 250 g de cal virgem no comércio de produtos orgânico/agroe-
líquido quando este estiver em nível baixo. e 500 g de enxofre e água. Inicialmente, cológicos que é crescente no Brasil e no
colocar 1 L de água para aquecer em reci- mundo. Espera-se que as técnicas aqui
Inseticidas botânicos e
piente de ferro ou latão, até atingir a tem- apresentadas possam ser usadas e testadas
caldas fitoprotetoras
peratura de 45 ºC. Em seguida, acrescentar por mais produtores e técnicos e, dessa
Os extratos e outros preparados de 500 g de enxofre e mexer o composto por forma, aprimoradas e difundidas.
plantas usadas na alimentação humana 5-10 minutos. Acrescentar 600 mL de água
podem ser aplicados livremente em partes e continuar mexendo até atingir 55 ºC. Pos- AGRADECIMENTO
comestíveis das plantas cultivadas em sis- teriormente, adicionar lentamente 250 g À Fundação de Amparo à Pesquisa
temas orgânicos (BRASIL, 2008). Já extra- de cal virgem. Deixar a mistura aquecer do Estado de Minas Gerais (Fapemig),
tos e preparados de plantas não utilizadas até atingir 95 ºC, para completar a mistura ao Conselho Nacional de Desenvolvi-
na alimentação humana só poderão ser até o volume de 2 L. Cozinhar a calda por mento Cientí¿co e Tecnológico (CNPq)
aplicados em partes comestíveis de plantas uma hora e acrescentar constantemente e à Coordenação de Aperfeiçoamento de
cultivadas mediante estudos prévios que água, de modo que mantenha o volume Pessoal de Nível Superior (Capes), pelo
comprovem a inocuidade à saúde humana em 2 L. Após esse tempo, quando a calda ¿nanciamento das pesquisas e concessão
e que sejam aprovados pelo Organismo estiver pronta, sua coloração ¿cará pardo- de bolsas aos autores.
de Avaliação da Conformidade Orgânica avermelhada. Depois que a calda esfriar, Este artigo foi compilado no Laborató-
(OAC) ou pela Organização de Controle deve-se coar em pano de algodão. A con- rio do Prof. Jay Rosenheim, Departamento
Social (OCS). Os extratos de fumo, piretro, centração ideal da calda é de 32 ºBaumé, de Entomologia e Nematologia da Univer-
rotenona e nim (Azadirachta indica), para mas densidades de 29 ou 30 ºBaumé são sidade da Califórnia, Davis, EUA, ao qual
uso em qualquer parte da planta, deverão consideradas boas. Posteriormente, a calda agradecemos.
ter seu uso autorizado pelo OAC ou OCS. deve ser guardada em garrafas de vidro ou
O uso da nicotina pura é proibido. Alguns recipientes plásticos, devidamente veda- REFERÊNCIAS
óleos vegetais e derivados podem ser dos, pois a entrada de ar provoca decom- AFONSO, A.P.S. et al. Avaliação da calda
utilizados diretamente para o controle de
posição dos polissulfetos. A calda deve ser sulfocálcica e do óleo mineral no contro-
diversas pragas de frutíferas sob sistemas
armazenada em local fresco e escuro, sendo le da cochonilha-parda Pa rthenoleca nium
de produção orgânica (BRASIL, 2014). persica e (Hemiptera: Coccidae) na cultura da
ideal a sua utilização por um período de até
Outros extratos e preparados podem atu- videira. Arquivos do Instituto Biológico, São
60 dias após o preparo. Mais informações
ar também como repelentes, como, por Paulo, v.74, n.2, p.167-169, abr./jun. 2007.
sobre o preparo e recomendações de uso
exemplo, o nim (A. indica), que pode ser ALVARENGA, C.D.; GIUSTOLIN, T.A.;
da calda podem ser encontradas em Venzon
usado para repelir a abelha-irapuã (Trigona QUERINO, R.B. Altern ativas no con trole de
et al. (2010).
spinipes), considerada prejudicial à cultura moscas das fru tas. In : VENZON, M.; PAU-
do mirtilo, por dani¿car folhas, ores e CONSIDERAÇÕES FINAIS
LA JÚNIOR, T.J. de; PALLINI, A. (Coord.).
recolher das plantas materiais ¿brosos e Tecnologias a lter na tiva s pa r a o contr ole
resinas para construir seus ninhos (BOT- Embora ainda haja outras medidas de pr a ga s e doen ça s. Viçosa, MG: EPAMIG-
aplicáveis ao controle de pragas na fru- CTZM, 2006. p.227-252.
TON; NAVA; SANTOS, 2012). Há, ainda
outros inseticidas botânicos que necessitam ticultura orgânica, as ferramentas aqui ALVARENGA, C.D. et al. Toxicity of neem
de pesquisa que comprove sua ação inseti- listadas são efetivas para as pragas apre- (Aza dira chta indica ) seed cake to larvae
sentadas. Essas ferramentas foram testadas of th e mediterranean fruit fly, Cera titis
cida e acaricida. Além disso, a seletividade
ca pita ta (Diptera: Tephritidae), and its
a inimigos naturais deve ser considerada pela pesquisa e constituem em alternativa
parasitoid, Dia cha smimorpha longica uda ta
quando forem escolhidas formulações e e¿caz e econômica ao uso de agrotóxi-
(Hym en optera: Bracon id ae). Flor id a
dosagens desses produtos (ALVARENGA cos. Adicionalmente são aprovadas pelas En tomologist, v.95, n.1, p.57-62, Mar. 2012.
et al., 2012; VENZON et al., 2013). agências de ¿scalização do Estado e por
ANDRADE, D.J. de et al. Efeito da calda sulfo-
Dentre as caldas ¿toprotetoras, a calda certi¿cadoras de produtos no uso da agri- cálcica sobre o ácaro Tetra nychus mexica nus
sulfocálcica, obtida pelo tratamento térmi- cultura orgânica/agroecológica. (McGregor, 1950) em citros. Revista de
co do enxofre e da cal virgem, é usada com Os produtores e técnicos da área de Agr icultu r a, Piracicaba, v.82, n.2, p.161-
frequência na fruticultura para o controle fruticultura contam, portanto, com várias 169, set. 2007.
de ácaros e cochonilhas (AFONSO et al., alternativas de defesa de pragas que, além ARIOLI, C.J. et al. Fer omônios sexua is n o
2007; ANDRADE et al., 2007). de disponibilizadas para uso imediato, ma nejo d e in setos-pr a ga n a fr u ticu ltur a de
In f o r m e A g r o p e c u á r i o , B e l o H o r i z o n t e , v. 3 7 , n .2 9 3 , p . 9 4 - 1 0 3 , 2 0 1 6
Ma ne jo de p rag as d e fr utei ras tropi ca i s 103
clima tempera do. Florianópolis: EPAGRI, 2.; ENCONTRO DE PEQUENAS FRUTAS Exper imenta l a nd Applied Aca r ology, v.47,
2013. 58p. (EPAGRI. Boletim Técn ico, 159). E FRUTAS NATIVAS DO MERCOSUL, 1., n.4, p.275-283, Apr. 2009.
2004, Pelotas. Pa lestra s... Pelotas: Embrapa
BATISTA, M.C. Feedin g ecology of gr een OTTAVIANO, M.F.G. et al. Con servation
Clima Temperado, 2004. p.80-101. (Embrapa
la cew in gs. 61p. 2016. Tese (Dou torado em biological control in strawberry: effect of
Clima Temperado. Documentos, 124).
En tomologia) – Universidade Federal de Vi- different pollen on developmen t, survival,
çosa, Viçosa, MG. LEAL, M.R. et al. Diversidade de moscas- an d reprodu ction of Neoseiulus ca lifornicus
das-frutas, suas plantas h ospedeiras e seus (Acari: Ph ytoseiidae). Exper imen ta l a nd
BOTTON, M.; NAVA, D.E.; SANTOS, R.S.S.
parasitóides n as regiões Norte e Noroeste do Applied Aca r ology, v.67, n .4, p.507-521,
dos. Principais pragas e seu con trole/ma-
estado do Rio de Jan eiro, Brasil. Ciên cia Ru- Dec. 2015.
nejo em áreas de produção. In: ANTUNES,
L.E.C.; HOFFMANN, A. (Ed.) Pequena s r a l, San ta Maria, v.39, n.3, p.627-634, maio/
PEREIRA, M.C.T. et al. Efeito do en saca-
ju n. 2009.
fr uta s: o produtor pergun ta, a Embrapa mento na qu alidade dos fru tos e n a incidên-
responde. Brasília: EMBRAPA, 2012. cap.9, LICHIAS.COM. Áca r o da er inose. Tremem- cia da broca-dos-fru tos da atemoieira e da
p.111-118. bé, [2015]. Disponível em: < http://www. pin h eira. Br a ga ntia , Campinas, v.68, n.2,
BRASIL. Ministério da Agricu ltu ra, Pecu- lichias.com> . Acesso em: 7 fev. 2016. p.389-396, 2009.
ária e Abastecimen to. AGROFIT: Sistema MIKAMI, A.Y.; VENTURA, M.U. Isca ami- SONG, B. et al. Combinin g repellent and
de Agrotóxicos Fitossanitários. Brasília, lácea de cucu rbitacina (La gena ria vulga ris attractive aromatic plan ts to en han ce bio-
[2016a]. Dispon ível em: < h ttp://agrofit. L.) promove maior eficiên cia do inseticida logical control of th ree tortricid species
agricu ltu ra.gov.br/agrofit_con s/p rin cip al_ carbaril n o con trole de Dia brotica speciosa , (Lepidoptera: Tortricidae) in an apple or-
agrofit_con s> . Acesso em: 20 jan . 2016. em laboratório. Ciência Rur a l, Santa Ma- ch ard. Flor ida Entom ologist, v.97, n.4,
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária ria, v.38, n.8, p.2119-2123, nov. 2008. p.1679-1689, Dec. 2014.
e Abastecimento. Instrução Normativa n o 64, MONTEIRO, L.B.; SOUZA, A.; PASTORI, VALENTE, L.M.M. Cucurbitacinas e suas
de 18 de dezembro 2008. Aprova o Regula- P.L. Comparação econômica en tre con trole principais características estruturais. Química
mento Técnico para os Sistemas Orgânicos biológico e qu ímico para o man ejo de ácaro- Nova, São Paulo, v.27, n.6, p.944-948, 2004.
de Produção Animal e Vegetal. Diá rio Ofi- vermelh o em macieira. Revista Br a silei-
cia l [da] República Feder ativa do Brasil, VENZON, M. et al. Insumos alternativos
r a de Fr u ticu ltur a , Jaboticabal, v.28, n.3,
Brasília, 19 dez. 2008. Seção 1, p.21-26. para o controle de pragas e doenças. Informe
p.514-517, dez. 2006.
Agropecuár io. Tecnologias para a agricultu-
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária MONTEIRO, L.B. et al. Efeito do manejo de ra familiar: produção vegetal, Belo Horizon-
e Abastecimento. Instrução Normativa n o 17, plantas daninhas sobre Neoseiulus californicus te, v.31, n.254, p.77-83, jan./fev. 2010.
de 18 de junho de 2014. Estabelece o Regu- (Acari:Phytoseiidae) em pomar de macieira.
lamento Técnico para os Sistemas Orgânicos VENZON, M. et al. Lime sulfu r toxicity to
Revista Brasileira de Fruticultura , Jabotica-
de Produção, bem como as listas de substân- broad mite, to its h ost plants an d to natu ral
bal, v.24, n.3, p.680-682, dez. 2002.
cias e práticas permitidas para uso nos Siste- enemies. Pest Ma n a gement Science, v.69,
mas Orgânicos de Produção, na forma desta MOREL, K.; LÉGER, F. A con ceptual fra- n.6, p.738-743, Ju ne 2013.
Instrução Normativa e de seus Anexos I a mework for altern ative farmers’ strategic
VILELA, E.F.; PALLINI, A. Uso dos semioquí-
VIII. Diár io Oficial [da ] República Federa ti- ch oices: the case of french organic market
micos no controle biológico de pragas. In:
va do Br asil, Brasília, 20 jun. 2014. Seção 1. garden in g microfarms. Agr oecology a nd
PARRA, J.R.P. et al. (Ed.). Controle biológi-
Su sta ina ble Food Systems, v.40, n .5, p.466-
BRASIL. Min istério do Desen volvimento, co no Brasil: parasitóides e predadores. São
492, 2016.
In dústria e Comércio Exterior. Ba rr eir a s co- Paulo: Manole, 2002. cap. 31, p.529-542.
mer cia is. Brasília, [2016b]. Dispon ível em: NAVA, D.E. et al. Con trole biológico de in-
WILLER, H.; LERNOUD, J. (Ed.). Th e w or ld
< h ttp ://w w w.m d ic.gov.br/sistem as_w eb/ setos e ácaros praga n a fru ticu ltu ra de clima
of orga nic a gr icu ltur e: statistics & emergin g
ap ren d ex/d efau lt/in d ex/con teu d o/id /28> . temperado no Su l do Brasil. Ciên cia & Am-
tren ds 2016. Frick: Research Institute of
Acesso em: 15 jan. 2016. biente, Santa Maria, v.43, p.197-210, 2011.
Organ ic Agriculture (FiBL); Bon n : IFOAM
CARVALHO, R. da S.; NASCIMENTO, A.S. NAVA, D.E. et al. Insetos praga e seu con tro- Organ ics In ternational, 2016. 333p. Dispo-
do. Criação e utilização de Dia chasmimorpha le. In: ANTUNES, L.E.C.; RASEIRA, M.C.B. nível em: < https://sh op.fibl.org/fileadmin/
longica uda ta para o con trole biológico de (Ed.). Cultivo de a mor eir a -pr eta (Rubus docu m en ts/sh op/1698-organ ic-world-2016.
moscas-das-frutas (Teph ritidae). In : PARRA, spp.). Pelotas: Embrapa Clima Temperado, pdf> . Acesso em: 7 fev. 2016.
J.R.P. et al. (Ed.). Contr ole biológico n o Br a - 2007. p.79-94.
ZHAO, W. et al. Effect of differen t grou n d
sil: parasitóides e predadores. São Paulo:
OLIVEIRA, H. et al. Evalu ation of th e pred- cover man agemen t on spider mites (Acari:
Manole, 2002. cap.10, p.165-179.
atory mite Phytoseiulus ma cropilis (Acari: Tetran ychidae) and th eir phytoseiid (Acari:
FADINI, M.A.M. et al. Manejo ecológico de Ph ytoseiidae) as a biological con trol agent Ph ytoseiidae) en emies in citrus orch ards.
ácaros fitófagos na cultura do morangueiro. of th e two-spotted spider mite on straw- Biocon tr ol Science a nd Tech nology, v.24,
In: SIMPÓSIO NACIONAL DO MORANGO, berry plants u nder green house con dition s. n.6, p.705-709, 2014.
I n f o r m e A g r o p e c uá r i o , B e l o H o r i z o n t e , v. 3 7 , n . 2 9 3 , p . 9 4 - 1 0 3 , 2 0 1 6