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EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS COM

GABARITO

Ontem, publicamos um artigo com 09 dicas para melhorar a interpretação de


textos. Hoje, deixamos alguns exercícios para os leitores deste site.

TEXTO I

“RIO – Com dois gols de um iluminado Robinho, que entrou na segunda etapa, o Real Madrid derrotou o
Recreativo por 3 a 2, fora de casa, em partida da 26ª rodada do Campeonato Espanhol. Raúl fez o outro gol
do time de Madri, com Cáceres e Martins marcando para os anfitriões. O Real vinha de duas derrotas
consecutivas na competição, justamente as partidas em que o craque brasileiro, machucado, esteve fora.”

(O Globo on line – 02/03/08)

1) Qual é o interlocutor preferencial e as informações que permitem você identificar o interlocutor


preferencial do texto?

TEXTO II

“O cantor Jerry Adriani interpreta sucessos do disco Forza Sempre, além de versões em italiano de canções
do grupo Legião Urbana e do cantor Raul Seixas. O show acontece hoje no palco da Sala Baden Powell.”

O Globo on line – 02/03/08

1) Qual é o interlocutor preferencial e as informações que permitem você identificar o interlocutor


preferencial do texto?

TEXTO III

O problema ecológico

Se uma nave extraterrestre invadisse o espaço aéreo da Terra, com certeza seus tripulantes diriam que neste
planeta não habita uma civilização inteligente, tamanho é o grau de destruição dos recursos naturais. Essas
são palavras de um renomado cientista americano. Apesar dos avanços obtidos, a humanidade ainda não
descobriu os valores fundamentais da existência. O que chamamos orgulhosamente de civilização nada
mais é do que uma agressão às coisas naturais. A grosso modo, a tal civilização significa a devastação das
florestas, a poluição dos rios, o envenenamento das terras e a deterioração da qualidade do ar. O que
chamamos de progresso não passa de uma degradação deliberada e sistemática que o homem vem
promovendo há muito tempo, uma autêntica guerra contra a natureza.
Afrânio Primo. Jornal Madhva (adaptado).

1) Segundo o Texto III, o cientista americano está preocupado com:

(A) a vida neste planeta.


(B) a qualidade do espaço aéreo.
(C) o que pensam os extraterrestres.
(D) o seu prestígio no mundo.
(E) os seres de outro planeta.

2) Para o autor, a humanidade:

(A) demonstra ser muito inteligente.


(B) ouve as palavras do cientista.
(C) age contra sua própria existência.
(D) preserva os recursos naturais.
(E) valoriza a existência sadia.

3) Da maneira como o assunto é tratado no Texto III, é correto afirmar que o meio ambiente está
degradado porque:

(A) a destruição é inevitável.


(B) a civilização o está destruindo.
(C) a humanidade preserva sua existência.
(D) as guerras são o principal agente da destruição.
(E) os recursos para mantê-lo não são suficientes.

4) A afirmação: “Essas são palavras de um renomado cientista americano.” (l. 4 – 5) quer dizer que o
cientista é:

(A) inimigo.
(B) velho.
(C) estranho.
(D) famoso.
(E) desconhecido.

5)

Se o homem cuidar da natureza _______ mais saúde. A forma verbal que completa corretamente a lacuna é:

(A) teve.
(B) tivera.
(C) têm.
(D) tinha.
(E) terá.

GABARITO

Texto I
1. Leitores que gostem de futebol.
A linguagem peculiar desse tipo de texto: partida, fora de casa, campeonato, rodada etc.
Além dos nomes de times e o conhecimento sobre a estrutura de um campeonato.

Texto II

1. Fãs do cantor Jerry Adriani.


Ao interlocutor é necessário o conhecimento da carreira do cantor.

Texto III
1. A
2. C
3. B
4. D
5. E

EXERCÍCIOS INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

TEXTO I
Não existe essa coisa de um ano sem Senna, dois anos sem Senna...Não há
calendário para a saudade.
(Adriane Galisteu, no Jornal do Brasil)

1) Segundo o texto, a saudade:

a) aumenta a cada ano.


b) é maior no primeiro ano.
c) é maior na data do falecimento.
d) é constante.
e) incomoda muito.

2) A segunda oração do texto tem um claro valor:

a) concessivo
b) temporal
c) causal
d) condicional
e) proporcional

3) A repetição da palavra não exprime:

a) dúvida
b) convicção
c) tristeza
d) confiança
e) esperança
4) A figura que consiste na repetição de uma palavra no início de cada
membro da frase, como no caso da palavranão, chama-se:

a) anáfora
b) silepse
c) sinestesia
d) pleonasmo
e) metonímia

TEXTO II
Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os leitores.
(José Sarney, na Veja, dez/97)
5) Deduz-se pelo texto uma mudança na vida:

a) esportiva
b) intelectual
c) profissional
d) sentimental
e) religiosa

6) O autor do texto sugere estar passando de:

a) escritor a político
b) político a jornalista
c) político a romancista
d) senador a escritor
e) político a escritor

7) Infere-se do texto que a atividade inicial do autor foi:

a) agradável
b) duradoura
c) simples
d) honesta
e) coerente

8) O trecho que justifica a resposta ao item anterior é:

a) e agora
b) os leitores
c) passei a vida
d) atrás de eleitores
e) busco
9) A palavra ou expressão que não pode substituir o termoagora é:

a) no momento
b) ora
c) presentemente
d) neste instante
e) recentemente

Leia mais: http://www.seuconcurso.com.br/INTERPRETACAO-AULAS/texto01.htm#ixzz2DZ9LA8jb

TEXTO

As condições em que vivem os presos, em nossos cárceres superlotados, deveriam


assustar todos os que planejam se tornar delinqüentes. Mas a criminalidade só vem
aumentando, causando medo e perplexidade na população. Muitas vozes têm se levantado
em favor do endurecimento das penas, da manutenção ou ampliação da Lei dos Crimes
Hediondos, da defesa da sociedade contra o crime, enfim, do que se convencionou chamar
"doutrina da lei e da ordem", apostando em tais caminhos como forma de dissuadir novas
práticas criminosas. Geralmente valem-se de argumentos retóricos e emocionais, raramente
escorados em dados de realidade ou em estudos que apontem ser esse o melhor caminho a
seguir. Embora sedutora e aparentemente sintonizada com o sentimento geral de
indignação, tal corrente
aponta para o caminho errado, para o retorno ao direito penal vingativo e irracional, tão
combatido pelo iluminismo jurídico. O coro dessas vozes aumenta exatamente quando o
governo acaba de encaminhar ao Congresso o anteprojeto do Código Penal, elaborado por
renomados juristas, com participação da sociedade organizada, com o objetivo de
racionalizar as penas, reservando a privação da liberdade somente aos que cometerem
crimes mais graves e, mesmo para esses, tendo sempre em vista mecanismos de
reintegração social. Destaca-se o emprego das penas alternativas, como a prestação de
serviços à comunidade, a compensação por danos causados, a restrição de direitos etc.
Contra a idéia de que o bandido é um facínora que
optou por atacar a sociedade, prevalece a noção de que são as vergonhosas condições
sociais e econômicas do Brasil que geram a criminalidade; enquanto essas não mudarem,
não há mágica: os crimes vão continuar aumentando, a despeito do maior rigor nas penas
ou da multiplicação de presídios.

(Adaptado de Carlos Weis. "Dos delitos e das penas". Folha


de São Paulo, Tendências e debates, 11/11/2000)

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS - EXERCÍCIOS

1. O autor do texto mostra-se

(A) identificado com o coro das vozes que se levantam


em favor da aplicação de penas mais rigorosas.
(B) identificado com doutrina que se convencionou
chamar "da lei e da ordem".
(C) contrário àqueles que encontram nas causas sociais
e econômicas a razão maior das práticas criminosas.
(D) contrário à corrente dos que defendem, entre outras
medidas, a ampliação da Lei dos Crimes Hediondos.
(E) contrário àqueles que defendem o emprego das
penas alternativas em substituição à privação da
liberdade.

2. Considere as seguintes afirmações:

I. Não é mais do que uma simples coincidência o fato


de que a intensificação das vozes favoráveis ao
endurecimento das penas ocorre simultaneamente
ao envio ao Congresso do anteprojeto do Código
Penal.
II. A afirmação de que há vozes em favor da
manutenção da Lei dos Crimes Hediondos deixa
implícito que a vigência futura dessa lei está
ameaçada.
III. Estabelece-se uma franca oposição entre os que
defendem a "doutrina da lei e da ordem" e os que
julgam ser o bandido um facínora que age por
opção.
Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se
afirma em:

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
_________________________________________________________
3. Está corretamente traduzido o sentido de uma expressão
do texto, considerando-se o contexto, em:

(A) Embora sedutora e aparentemente sintonizada �


Malgrado atrativa e parcialmente sincronizada
(B) forma de dissuadir � modo de ratificar
(C) tão combatido pelo iluminismo jurídico � de tal modo
restringido pelo irracionalismo jurídico
(D) a despeito do maior rigor nas penas � em
conformidade com o agravamento das punições
(E) mecanismos de reintegração social � meios para
reinserção na sociedade
_________________________________________________________

4. Por "iluminismo jurídico" deve-se entender a:

(A) doutrina jurídica que defende o caráter vindicativo da


legislação.
(B) corrente dos juristas que representam a "doutrina da
lei e da ordem".
(C) tradição jurídica assentada em fundamentos
criteriosos e racionalistas.
(D) doutrina jurídica que se vale de uma argumentação
retórica.
(E) corrente dos juristas que se identificam com o
sentimento geral de indignação.

GABARITO:

001 - D 002 - B 003 - E 004 - C

Exercício de interpretação de textos com gabarito


O HOMEM E A GALINHA

Era uma vez um homem que tinha uma galinha. Era uma galinha como as outras. Um dia a
galinha botou um ovo de ouro. O homem ficou contente. Chamou a mulher:
- Olha o ovo que a galinha botou.
A mulher ficou contente:
- Vamos ficar ricos!
E a mulher começou a tratar bem da galinha. Todos os dias a mulher dava mingau para a
galinha. Dava pão-de-ló, dava até sorvete. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
- Pra que esse luxo com a galinha? Nunca vi galinha comer pão-de-ló... Muito menos tomar
sorvete!
- É, mas esta é diferente! Ela bota ovos de ouro!
O marido não quis conversa:
- Acaba com isso mulher. Galinha come é farelo.
Aí a mulher disse:
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim - o marido respondeu.
A mulher todos os dias dava farelo à galinha. E a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o
marido disse:
- Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão! A galinha pode muito bem comer milho.
- E se ela não botar mais ovos de ouro?
- Bota sim - o marido respondeu.
Aí a mulher começou a dar milho pra galinha. E todos os dias a galinha botava um ovo de
ouro. Vai que o marido disse:
- Pra que esse luxo de dar milho pra galinha? Ela que procure o de-comer no quintal!
- E se ela não botar mais ovos de ouro? - a mulher perguntou.
- Bota sim - o marido falou.
E a mulher soltou a galinha no quintal. Ela catava sozinha a comida dela. Todos os dias a
galinha botava um ovo de ouro. Um dia a galinha encontrou o portão aberto. Foi embora e
não voltou mais.
Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão-de-ló.
(Ruth Rocha)

1) O texto recebe o título de O homem e a galinha. Por que a história recebe esse título?
a) Porque eles são os personagens principais da história narrada.
b) Porque eles representam, respectivamente, o bem e o mal na história.
c) Porque são os narradores da história.
d) Porque ambos são personagens famosos de outras histórias.
e) Porque representam a oposição homem-animal.

2) Qual das afirmativas a seguir não é correta em relação ao homem da fábula?


a) É um personagem preocupado com o corte de gastos.
b) Mostra ingratidão em relação à galinha.
c) Demonstra não ouvir as opiniões dos outros.
d) Identifica-se como autoritário em relação à mulher
e) Revela sua maldade nos maus-tratos em relação à galinha.

3) Qual das características a seguir pode ser atribuída à galinha?


a) avareza
b) conformismo
c) ingratidão
d) revolta
e) hipocrisia

4) Era uma vez um homem que tinha uma galinha. De que outro modo poderia ser dita a frase destacada?
a) Era uma vez uma galinha, que vivia com um homem.
b) Era uma vez um homem criador de galinhas.
c) Era uma vez um proprietário de uma galinha.
d) Era uma vez uma galinha que tinha uma propriedade.
e) Certa vez um homem criava uma galinha.

5) Era uma vez é uma expressão que indica tempo:


a) bem localizado
b) determinado
c) preciso
d) indefinido
e) bem antigo
6) A segunda frase do texto diz ao leitor que a galinha era uma galinha como as outras. Qual o significado
dessa frase?
a) A frase tenta enganar o leitor, dizendo algo que não é verdadeiro.
b) A frase mostra que era normal que as galinhas botassem ovos de ouro.
c) A frase indica que ela ainda não havia colocado ovos de ouro.
d) A frase mostra que essa história é de conteúdo fantástico.
e) A frase demonstra que o narrador nada conhecia de galinha.

7) O que faz a galinha ser diferente das demais?


a) Botar ovos todos os dias independentemente do que cofnia.
b) Oferecer diariamente ovos a seu patrão avarento.
c) Pôr ovos de ouro antes da época própria.
d) Botar ovos de ouro a partir de um dia determinado.
e) Ser bondosa, apesar de sofrer injustiças.

8) O homem ficou contente. O conteúdo dessa frase indica um (a):


a) causa
b) modo
c) explicação
d) conseqüência
e) comparação

9) A presença de travessões no texto indica:


a) a admiração da mulher
b) a surpresa do homem
c) a fala dos personagens
d) a autoridade do homem
e) a fala do narrador da história

10) Que elementos demonstram que a galinha passou a receber um bom tratamento, após botar o primeiro
ovo de ouro?
a) pão-de-ló / mingau / sorvete
b) milho / farelo / sorvete
c) mingau / sorvete / milho
d) sorvete / farelo / pão-de-ló
e) farelo / mingau / sorvete

11) Dizem, eu não sei... Quem é o responsável por essas palavras?


a) o homem
b) a galinha
c) o narrador
d) a mulher
e) o ovo

Gabarito dos exercícios de interpretação


1-a, 2-e, 3-b, 4-c, 5-d, 6-c, 7-d, 8-d, 9-c, 10-a, 11-c

15 questões de interpretação de textos (com gabarito)


02/2/2012 - Por Sandra Lamego - Em Literatura - 16.091 visualizações - 8 comentários
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ATENÇÃO: CADA QUESTÃO TEM APENAS UMA RESPOSTA

TEXTO I

Não existe essa coisa de um ano sem Senna, dois anos sem Senna… Não há calendário para a
saudade. (Adriane Galisteu, no Jornal do Brasil)

1) Segundo o texto, a saudade:


a) aumenta a cada ano.
b) é maior no primeiro ano.
c) é maior na data do falecimento.
d) é constante.

2) A repetição da palavra não exprime:


a) dúvida
b) convicção
c) tristeza
d) confiança

TEXTO II

Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os leitores. (José Sarney, na Veja, dez/97)

3) Deduz-se pelo texto uma mudança na vida:


a) esportiva
b) intelectual
c) profissional
d) sentimental

4) O autor do texto sugere estar passando de:


a) escritor a político
b) político a jornalista
c) político a romancista
d) político a escritor

5) Infere-se do texto que a atividade inicial do autor foi:


a) agradável
b) duradoura
c) simples
d) honesta

6) O trecho que justifica a resposta ao item anterior é:


a) e agora
b) os leitores
c) passei a vida
d) atrás de eleitores

7) A palavra ou expressão que não pode substituir o termo agora é:


a) recentemente
b) no momento
c) presentemente
d) neste instante

TEXTO III

Os animais que eu treino não são obrigados a fazer o que vai contra a natureza deles. (Gilberto
Miranda, na Folha de São Paulo, 23/2/96)

8) O sentimento que melhor define a posição do autor perante os animais é:


a) fé
b) respeito
c) solidariedade
d) amor

9) O autor do texto é:
a) um treinador atento
b) um adestrador frio
c) um treinador qualificado
d) um adestrador consciente

10) Segundo o texto, os animais:


a) são obrigados a todo tipo de treinamento.
b) são treinados dentro de determinados limites.
c) não fazem o que lhes permite a natureza.
d) não são objeto de qualquer preocupação para o autor.

Atenção: As questões de números 11, 12, 13,14 e 15 referem-se ao texto abaixo. Portanto, leia-o com
atenção.

Os sonhos dos adolescentes

Se tivesse que comparar os jovens de hoje com os de dez ou vinte anos atrás, resumiria assim: eles sonham
pequeno. É curioso, pois, pelo exemplo de pais, parentes e vizinhos, nossos jovens sabem que sua origem
não fecha seu destino: sua vida não tem que acontecer necessariamente no lugar onde nasceram, sua
profissão não tem que ser a continuação da de seus pais. Pelo acesso a uma proliferação extraordinária de
ficções e informações, eles conhecem uma pluralidade inédita de vidas possíveis.

Apesar disso, em regra, os adolescentes e os pré adolescentes de hoje têm devaneios sobre seu futuro muito
parecidos com a vida da gente: eles sonham com um dia-a-dia que, para nós, adultos, não é sonho algum,
mas o resultado (mais ou menos resignado) de compromissos e frustrações. Eles são “razoáveis”: seu sonho
é um ajuste entre suas aspirações heroico-ecológicas e as “necessidades” concretas (segurança do emprego,
plano de saúde e aposentadoria). Alguém dirá: melhor lidar com adolescentes tranquilos do que com
rebeldes sem causa, não é? Pode ser, mas, seja qual for a qualidade dos professores, a escola desperta
interesse quando carrega consigo uma promessa de futuro: estudem para ter uma vida mais próxima de seus
sonhos. É bom que a escola não responda apenas à “dura realidade” do mercado de trabalho, mas também
(talvez, sobretudo) aos devaneios de seus estudantes; sem isso, qual seria sua promessa? “Estude para se
conformar”? Consequência: a escola é sempre desinteressante para quem para de sonhar.

É possível que, por sua própria presença maciça em nossas telas, as ficções tenham perdido sua função
essencial e sejam contempladas não como um repertório arrebatador de vidas possíveis, mas como um
caleidoscópio para alegrar os olhos, um simples entretenimento. Os heróis percorrem o mundo matando
dragões, defendendo causas e encontrando amores solares, mas eles não nos inspiram: eles nos divertem,
enquanto, comportadamente, aspiramos a um churrasco no domingo e a uma cerveja com os amigos. É
também possível (sem contradizer a hipótese anterior) que os adultos não saibam mais sonhar muito além
de seu nariz. Ora, a capacidade de os adolescentes inventarem seu futuro depende dos sonhos aos quais nós
renunciamos. Pode ser que, quando eles procuram, nas entrelinhas de nossas falas, as aspirações das quais
desistimos, eles se deparem apenas com versões melhoradas da mesma vida acomodada que, mal ou bem,
conseguimos arrumar. Cada época tem os adolescentes que merece.

Adaptado de Contardo Calligaris. Folha de S. Paulo, 11/01/07


11) O autor considera que falta aos jovens de hoje:

(A) um mínimo de discernimento entre o que é real e o que é puro devaneio.


(B) uma confiança maior nas promessas de futuro acenadas pelo mercado de trabalho.
(C) a inspiração para viver que lhes oferecem os que descartaram as idealizações.
(D) a aspiração de perseguir a realização dos sonhos pessoais mais arrojados.

12) Atente para as seguintes afirmações:

I. As múltiplas ficções e informações que circulam no mundo de hoje impedem que os jovens
formulem seus projetos, levando em conta um parâmetro mais realista.
II. As escolas deveriam ser mais consequentes diante da dura realidade do mercado de trabalho e estimular
os jovens a serem mais razoáveis em seus sonhos.
III. As ficções que proliferam em nossas telas são assimiladas como divertimento inconsequente, e não
como sinalização inspiradora de uma pluralidade de vidas possíveis.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em:

(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) II, apenas.

13) No segundo parágrafo, ao estabelecer uma relação entre os jovens e os adultos de hoje, o autor faz ver
que:

(A) os sonhos continuam sendo os mesmos, para uns e para outros.


(B) os adultos, quando jovens, eram mais conservadores que os jovens de hoje.
(C) os jovens esperam muito mais do que os adultos já obtiveram.
(D) o patamar de realização de vida atingido pelos adultos tornou-se uma meta para os jovens.

14) A expressão hipótese anterior, que surge entre parênteses, faz referência à seguinte passagem do texto:

(A) É possível que (…) as ficções tenham perdido sua função essencial.
(B) Consequência: a escola é sempre desinteressante para quem para de sonhar.
(C) Pode ser que (…) eles se deparem apenas com versões melhoradas da mesma vida (…)
(D) Ora, a capacidade de os adolescentes inventarem seu futuro depende dos sonhos aos quais
nós renunciamos.

15) Certa impropriedade que se verifica no uso da expressão nas entrelinhas das nossas falas poderia ser
evitada, sem prejuízo para o sentido pretendido, caso o autor a tivesse substituído por:

(A) entre os parênteses das nossas conversas.


(B) no que não se explicita em nossas palavras.
(C) nas assumidas reticências do nosso estilo.
(D) na falta de ênfase de nossas declarações.

Fontes:
http://www.dihitt.com.br
http://www.seuconcurso.com.br

Gabarito:

B C D A B C D A B C D A B C D A B C D
A

1 X 4 X 7 X 10 X 13 X
2 X 5 X 8 X 11 X 14 X
3 X 6 X 9 X 12 X 15 X

Interpretação de Texto - Exercícios com Gabarito (parte I)

Após estudar os três modos discursivos: descrição, narração e dissertação, apresento-lhes


25 exercícios de interpretação de textos com Gabarito; afim de treinar os
conhecimentos adquiridos anteriormente. Bons estudos!

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto abaixo.

A indiferença da natureza

Eu me lembro do choque e da irritação que sentia, quando criança, ao assistir a


documentários sobre a violência do mundo animal; batalhas mortais entre escorpiões e
aranhas, centenas de formigas devorando um lagarto ainda vivo, baleias assassinas
atacando focas e pingüins, leões atacando antílopes etc. Para finalizar, apareciam as
detestáveis hienas, “rindo” enquanto comiam os restos de algum pobre animal.
Como a Natureza pode ser assim tão cruel e insensível, indiferente a tanta dor e sofrimento?
(Vou me abster de falar da dor e do sofrimento que a espécie dominante do planeta,
supostamente a de maior sofisticação, cria não só para os animais, mas também para si
própria.) Certos exemplos são particularmente horríveis: existe uma espécie de vespa cuja
fêmea deposita seus ovos dentro de lagartas. Ela paralisa a lagarta com seu veneno, e,
quando os ovos chocam, as larvas podem se alimentar das entranhas da lagarta, que assiste
viva ao martírio de ser devorada de dentro para fora, sem poder fazer nada a respeito. A
resposta é que a Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de
comportamento. Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples: a
preservação de uma determinada espécie por meio da sobrevivência e da transmissão de
seu material genético para as gerações futuras. Portanto, para entendermos as intenções da
vespa ou do leão, temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento sobre a
“humanidade” desses atos. Aliás, não é à toa que a palavra humano, quando usada como
adjetivo, expressa o que chamaríamos de comportamento decente. Parece que isentamos o
resto do mundo animal desse tipo de comportamento, embora não faltem exemplos que
mostram o quanto é fácil nos juntarmos ao resto dos animais em nossas ações “desumanas”.
A idéia de compaixão é puramente humana. Predadores não sentem a menor culpa quando
matam as suas presas, pois sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade.
E dentro da mesma espécie? Para propagar seu DNA, machos podem batalhar até a morte
por uma fêmea ou
pela liderança do grupo. Mas aqui poderíamos também estar falando da espécie humana,
não?
(Marcelo Gleiser, Retalhos cósmicos. S.Paulo: Companhia das Letras, 1999, pp. 75-77)

1. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Conforme demonstram as afirmações entre parênteses, o autor confere em seu texto estas
duas acepções distintas ao termo indiferença, relacionado à Natureza:

(A) crueldade (indiferente a tanta dor e sofrimento) e generosidade (o que chamaríamos de


comportamento decente).

(B) hipocrisia (por trás dessa ações assassinas se esconde um motivo simples) e
inflexibilidade (predadores não sentem a menor culpa).

(C)) impiedade (indiferente a tanta dor e sofrimento) e alheamento (não tem nada a dizer
sobre compaixão ou ética de comportamento).
(D) isenção (isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento) e pretexto
(para propagar seu DNA).

(E) insensibilidade (sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade) e


determinação (indiferente a tanta dor e sofrimento).

2. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Considere as afirmações abaixo.

I. Os atributos relacionados às hienas, no primeiro parágrafo, traduzem nossa visão


“humana” do mundo natural.
II. A pergunta que abre o segundo parágrafo é respondida com os exemplos arrolados nesse
mesmo parágrafo.
III. A frase A idéia de compaixão é puramente humana é utilizada como comprovação da tese
de que a natureza é cruel e insensível.

Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em:

(A)) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I e III.

3. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Considerando-se o contexto em que se emprega, o elemento em destaque na frase

(A) Vou me abster de falar da dor e do sofrimento traduz a indiferença do autor em relação
ao fenômeno que está analisando.

(B) Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples revela o tom de
sarcasmo, perseguido pelo autor.
(C) a Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento expõe
os motivos ocultos que regem o mundo animal.

(D) Mas aqui poderíamos também estar falando da espécie humana refere-se diretamente
ao que se afirmou na frase anterior.

(E) Por trás dessas ações assassinas esconde-se um motivo simples anuncia uma
exemplificação que em seguida se dará.

4. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Considerando-se o choque e a irritação que o autor sentia, quando criança, com as cenas de
crueldade do mundo animal, percebe-se que, com o tipo de argumentação que desenvolve
em seu texto, ele pretende:

(A) justificar sua tolerância, no presente, com a crueldade que efetivamente existe no mundo
natural.

(B)) se valer da ciência adquirida, para fazer compreender como natural a violência que
efetivamente ocorre na Natureza.

(C) se valer da ciência adquirida, para justificar a crueldade como um recurso necessário à
propagação de todas as espécies.

(D) justificar suas intolerâncias de menino, reações naturais diante da efetiva crueldade que
se propaga pelo mundo animal.

(E) se valer da ciência adquirida, para apresentar a hipótese de que os valores morais e
éticos contam muito para o funcionamento da Natureza.

5. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Quanto à concordância verbal, está inteiramente correta a seguinte frase:


(A) De diferentes afirmações do texto podem-se depreender que os atos de grande violência
não caracterizam apenas os animais irracionais.

(B) O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis, que tanto impressionaram o autor
quando criança, só anos depois se esclareceram.

(C) Ao longo dos tempos tem ocorrido incontáveis situações que demonstram a violência e a
crueldade de que os seres humanos se mostram capazes.

(D) A todos esses atos supostamente cruéis, cometidos no reino animal, aplicam-se, acima
do bem e do mal, a razão da propagação das espécies.

(E)) Depois de paralisadas as lagartas com o veneno das vespas, advirá das próprias
entranhas o martírio das larvas que as devoram inapelavelmente.

6. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

NÃO admite transposição para a voz passiva o seguinte segmento do texto:

(A) centenas de formigas devorando um lagarto.


(B)) ao assistir a documentários sobre a violência do mundo animal.
(C) uma espécie de vespa cuja fêmea deposita seus ovos dentro de lagartas.
(D) Predadores não sentem a menor culpa.
(E) quando matam as suas presas.

7. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Está inteiramente adequada a articulação entre os tempos verbais na seguinte frase:

(A) Predadores não sentirão a menor culpa a cada vez que matarem uma presa, pois sabem
que sua sobrevivência sempre dependerá dessa atividade.

(B) Se predadores hesitassem a cada vez que tiveram de matar uma presa, terão posto em
risco sua própria sobrevivência, que depende da caça.
(C) Nunca faltarão exemplos que deixassem bem claro o quanto é fácil que nos viessem a
associar aos animais, em nossas ações “desumanas”.

(D) Por trás dessas ações assassinas sempre houve um motivo simples, que estará em vir a
preservar uma determinada espécie quando se for estar transmitindo o material genético.

(E) Ao paralisar a lagarta com veneno, a vespa terá depositado seus ovos nela, e as larvas
logo se alimentariam das entranhas da lagarta, que nada poderá ter feito para impedi-lo.

8. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Temos que deixar de lado qualquer tipo de julgamento sobre a “humanidade” desses atos.
O segmento sublinhado no período acima pode ser corretamente substituído, sem prejuízo
para o sentido, por:

(A) nos isentarmos a.


(B) nos eximir para.
(C)) nos abster de.
(D) subtrair-nos em
(E) furtar-nos com.

9. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período:

(A) Paralisada pelo veneno da vespa nada pode fazer, a lagarta, a não ser assistir viva à sua
devoração, pelas larvas, que saem dos ovos ali chocados.

(B) Nada pode fazer, a lagarta paralisada, pelo veneno da vespa, senão assistir viva, à sua
devoração pelas larvas que saem dos ovos, e passam a se alimentar, das entranhas da
vítima.

(C) A pobre lagarta, paralisada pelo veneno da vespa assiste sem nada poder fazer, à sua
devoração pelas larvas, tão logo saiam estas dos ovos, que, a compulsória hospedeira,
ajudou a chocar.
(D) Compulsória hospedeira, paralisada pelo veneno da vespa, a pobre lagarta assiste à
devoração de suas próprias entranhas pelas larvas, sem poder esboçar qualquer tipo de
reação.

(E) Sem qualquer poder de reação, já que paralisada pelo veneno da vespa a lagarta,
compulsoriamente, chocará os ovos, e depois se verá sendo devorada, pelas larvas que
abrigou em suas entranhas.

10. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de SistemJulho/2005

Atente para as frases abaixo.

I. Quando criança assistia a documentários sobre a vida selvagem.


II. Tais documentários me irritavam.
III. Nesses documentários exibiam-se cenas de extrema violência.

Essas frases estão articuladas de modo correto e coerente no seguinte período:

(A) Irritavam-me aqueles documentários sobre a vida selvagem que assisti quando criança,
nos quais continham cenas que exibiam extrema violência.

(B) Naqueles documentários sobre a vida selvagem, a que quando criança assistia, me
irritava, conquanto exibissem cenas de extrema violência.

(C) Uma vez que exibiam cenas de extrema violência, irritava-me com aqueles
documentários sobre a vida selvagem, assistidos quando criança.

(D) As cenas de extrema violência me irritavam, quando criança, por assistir tais
documentários sobre a vida selvagem, em que eram exibidas.

(E) Os documentários sobre a vida selvagem, a que assistia quando era criança, irritavam-me
porque neles eram exibidas cenas de extrema violência.
11 . TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de SistemJulho/2005

Há uma relação de causa (I) e conseqüência (II) entre as ações expressas nas frases
destacadas em:

(A) I. Para entendermos as intenções da vespa, II. temos que deixar de lado qualquer tipo de
julgamento.

(B) I. Para finalizar, II. apareciam as detestáveis hienas.

(C) I. Isentamos o resto do mundo animal desse tipo de comportamento,


II. embora não faltem exemplos que mostram o quanto é fácil nos juntarmos ao resto dos
animais.

(D) I. as larvas podem se alimentar das entranhas da lagarta, II. que assiste viva ao martírio
de ser devorada de dentro para fora.

(E) I. Predadores não sentem a menor culpa, II. quando matam as suas presas.

12. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em:

(A) O autor se pergunta por que haveriam de ser cruéis os animais que aspiram à
propagação da espécie.

(B) Quando investigamos o por quê da suposta crueldade animal, parece de que nos
esquecemos da nossa efetiva crueldade.

(C) À lagarta, de cujo ventre abriga os ovos da vespa, só caberá assistir ao martírio de sua
própria devoração.
(D) Se a idéia de compaixão é puramente humana, não há porque imputarmos nos animais
qualquer traço de crueldade.

(E) Os bichos a cujos atribuímos atos cruéis não fazem senão lançar-se na luta pela
sobrevivência.

13. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

O emprego das aspas em “rindo” (primeiro parágrafo) deve-se ao fato de que o autor deseja

(A) remeter o leitor ao sentido mais rigoroso que essa palavra tem no dicionário.
(B) chamar a atenção para a impropriedade da aplicação desse termo, no contexto dado.
(C) dar ênfase, tão-somente, ao uso dessa palavra, como se a estivesse sublinhando ou
destacando em negrito.
(D) assinalar o emprego despropositado de um termo que a ninguém, habitualmente,
ocorreria utilizar.
(E) precisar o sentido contrário, a significação oposta à que o termo tem no seu emprego
habitual.

14. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher
corretamente a lacuna da frase:

(A) Não se ...... (atribuir) às lagartas a crueldade dos humanos, por depositarem os ovos no
interior das vespas.

(B) O que ...... (impelir) os animais a agirem como agem são seus instintos herdados, e não
uma intenção cruel.

(C) Não se ...... (equiparar) às violências dos machos, competindo na vida selvagem, a
radicalidade de que é capaz um homem enciumado.

(D) ...... (caracterizar-se), em algumas espécies animais, uma modalidade de violência que
interpretamos como crueldade.
(E) ...... (ocultar-se) na ação de uma única vespa os ditames de um código genético comum a
toda a espécie.

15. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de Sistemas - Julho/2005

Considerando-se o contexto, o elemento sublinhado pode ser substituído pelo que está entre
parênteses, sem prejuízo para o sentido e a correção da frase, em:

(A) Por trás dessas ações assassinas se esconde um motivo simples. (Nessas ações
assassinas infiltra- se)

(B) Apareciam as detestáveis hienas, “rindo” enquanto comiam os restos de algum pobre
animal. (à medida em que devoravam os detritos)

(C) A idéia de compaixão é puramente humana. (restringe-se à espécie humana)

(D) Sua sobrevivência e a da sua espécie dependem dessa atividade. (são permeáveis a
tais iniciativas)

(E) A Natureza não tem nada a dizer sobre compaixão ou ética de comportamento.
(dissimula seu interesse por)

Atenção: As questões de números 16 a 26 baseiam-se no texto que segue.

1º. O Brasil foi jogar bola no Haiti e isso não teve nada a ver com preparação para a próxima
Copa. Quem estava em campo era a diplomacia. Para comprovar, basta ver a cobertura da
televisão: em vez da Fifa, era a ONU que aparecia nas imagens. No lugar do centroavante,
era o presidente do país que atraía a atenção dos repórteres. Não foi a primeira nem será a
última vez em que futebol e política se misturaram. É por causa dessa proximidade que
alguns estudiosos olham para o gramado e enxergam um retrato perfeito da sociedade. A
bola está na moda entre os analistas políticos.
2º Se 22 jogadores em campo podem resumir o mundo, surge então a dúvida: por que
justamente o futebol, e não o cinema ou a literatura? “A arte sempre será produto da
imaginação de uma pessoa. O futebol é parte da comunidade, da economia, da estrutura
política. É um microcosmo singular”, diz um jornalista americano. Não apenas singular, mas
global. É o esporte mais popular do planeta. Uma fama, aliás, que tem razões pouco
esportivas. “O futebol nasceu na Inglaterra numa época em que os ingleses tinham um
império e viajavam por muitos países. Ferroviários levaram a bola para a América do Sul,
petroleiros para o Oriente Médio”, acrescenta ele.

3º. Mas é preciso não confundir o papel do esporte. Ele faz entender, mas não muda o
mundo. “Não se trata de uma força revolucionária capaz de transformar uma nação. É
apenas um enorme espelho que reflete a sociedade em que vivemos”, diz outro especialista.

4º. Em 1990, quando o Brasil, sob a tutela de Sebastião Lazzaroni, foi eliminado da Copa, o
presidente era Fernando Collor. Além de contemporâneos, eles foram ícones de uma onda
que varreu o país na virada da década: a febre dos importados. Era uma fase em que se
idolatrava o que vinha de fora – a solução dos problemas estava no exterior. Motivos
existiam: com o mercado fechado aos importados, a indústria estava obsoleta e pouco
competitiva. O estilo futebol-arte da seleção, por sua vez, completava 20 anos de frustrações
em Copas. Collor e Lazzaroni bancaram o risco. Enquanto o presidente prometia revolucionar
a economia com tecnologia estrangeira, o treinador se inspirou numa tática européia,
colocou um líbero em campo e a seleção jogou na retranca. O resultado todos conhecem.

(Gwercman, Sérgio. Como o futebol explica o mundo. Superinteressante, São Paulo,


num.205, p. 88 e 90, out. 2004. Com adaptações)

16. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

A frase que sintetiza o assunto do texto é:

(A) O esporte pode mudar os rumos da diplomacia internacional.


(B) A transmissão pela televisão valoriza uma competição esportiva.
(C)) O futebol pode ser visto como reflexo do mundo e da sociedade.
(D) A mistura de futebol e política é vista com desconfiança por analistas.
(E) É necessária a influência da tática estrangeira no futebol brasileiro.

17. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

A resposta correta para a questão que aparece no início do 2º parágrafo está na seguinte
afirmativa:
(A) A arte, sendo produto da imaginação, é abstrata, enquanto um jogo de futebol é real.
(B) O cinema e a literatura podem tomar o futebol como tema para filmes ou para livros.
(C) São diferentes os objetivos de um público interessado em futebol e os dos que
freqüentam cinemas ou bibliotecas.
(D) O futebol pode aceitar interferências de analistas, ao contrário da arte, que é única e
pessoal.
(E)) O futebol, sendo múltiplo, reflete toda a estrutura social, enquanto a arte resulta de uma
criação individual.

18. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

O último parágrafo do texto se desenvolve como

(A) censura à utilização, como instrumento político, de um evento esportivo bastante popular
em todo o mundo.

(B) exemplo que ilustra e comprova a opinião do especialista, que vem reproduzida no
parágrafo anterior.

(C) manifestação de que o futebol se espalhou por todo o mundo, por ser também uma das
formas da arte.

(D) prova de que uma partida de futebol é capaz de alterar os rumos da política externa,
apesar de opiniões contrárias de especialistas.

(E) defesa da avançada visão tática de um treinador da seleção, tentando modernizar o


futebol brasileiro.

19. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

Quem estava em campo era a diplomacia. (1º parágrafo) O que justifica a afirmativa acima
está:

(A) na maneira como o evento foi transmitido pela televisão, com ênfase na presença de
figuras políticas.
(B) no fato de o Brasil ter sido compelido a jogar num país tão longínquo e politicamente
inexpressivo.

(C) na semelhança socioeconômica entre Brasil e Haiti, que buscam o reconhecimento


político dos países desenvolvidos.

(D) no objetivo de chamar a atenção para a próxima Copa do Mundo, em evento transmitido
internacionalmente.

(E) na falta de compromisso dos participantes, principalmente jogadores, com a preparação


para a próxima Copa.

20. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

"Uma fama, aliás, que tem razões pouco esportivas". (meio do 2º parágrafo)

É correto afirmar, considerando-se o contexto, que a frase transcrita acima

(A) assinala o fato de que trabalhadores de diversas áreas podem tornar-se mundialmente
famosos jogadores de futebol.

(B) considera que o futebol não é propriamente um esporte, apesar da fama que o
acompanha em todo o mundo.

(C) confirma a opinião do jornalista americano de que um esporte de origem nobre tem
poucas razões para ser famoso.

(D)) atribui a expansão do futebol no mundo todo muito mais à atividade comercial dos
ingleses do que à preocupação com o esporte.

(E) critica, de maneira sutil, a preocupação de analistas em valer-se do esporte para tentar
mudar a situação política de certos países.
21. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

Não apenas singular, mas global. (meio do 2o parágrafo).

Considere o que diz o Dicionário Houaiss da língua portuguesa a respeito dos vocábulos
grifados na frase acima.

singular: 1. único de sua espécie; distinto; ímpar; 3. fora do comum; admirável, notável,
excepcional; 4. não usual; inusitado, estranho, diferente; 6. que causa surpresa;
surpreendente, espantoso; extravagante, bizarro.

global: 1. relativo ao globo terrestre; mundial; 2. que é tomado ou considerado no todo, por
inteiro ; 3. a que nada falta; integral, completo, total.

O sentido mais próximo dessas palavras está representado, respectivamente, em

(A) 1 e 3.
(B) 3 e 1.
(C) 6 e 2.
(D) 4 e 3.
(E) 6 e 1.

22. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

".... eles foram ícones de uma onda que varreu o país na virada da década: a febre dos
importados". (último parágrafo)

O emprego dos dois pontos assinala, no contexto, a introdução de

(A) uma restrição à afirmativa anterior.


(B) uma repetição para realçar o assunto desenvolvido.
(C)) um segmento que explica a frase anterior.
(D) a enumeração dos fatos mais importantes da época.
(E) a citação exata de uma opinião exposta anteriormente.

23. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

Considerando-se o emprego de pronomes no texto, grifados nos segmentos abaixo, a ÚNICA


afirmativa INCORRETA é:

(A) e isso não teve nada a ver − o pronome demonstrativo vale pela frase: O Brasil foi jogar
bola no Haiti.

(B) dessa proximidade – o pronome retoma a idéia da mistura entre futebol e política.

(C) alguns estudiosos – o pronome indefinido limita o número dos que compartilham a
mesma opinião.

(D) Ele faz entender – o pronome substitui o termo o esporte, para evitar repeti-lo.

(E) de uma onda que varreu o país – o pronome refere-se a país.

24. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

A concordância está correta APENAS na frase:

(A) Os que estavam em campo era os assuntos diplomáticos.


(B) A cobertura dos jogos mostravam as imagens das principais autoridades.
(C) Não se tratam de forças revolucionárias capazes de transformar uma nação.
(D) Jogos de futebol podem ser vistos como um enorme espelho que reflete a sociedade.
(E) Uma partida entre 22 jogadores podem ser considerados um reflexo da comunidade.

25. TRE-RN - Técnico Judiciário - Op Computador - Julho/2005

O futebol reflete mudanças na sociedade.


Em várias ocasiões, em diversos países, futebol e política se misturaram.
O futebol é parte da comunidade, da economia, da estrutura política.

As três frases acima estruturam-se num único período, com lógica, clareza e correção, da
seguinte maneira:

(A) O futebol, por ser parte da comunidade, da economia e da estrutura política, reflete
mudanças na sociedade, tendo havido várias ocasiões, em diversos países, em que futebol e
política se misturaram.

(B) O futebol reflete mudanças na sociedade, onde em muitas ocasiões, sendo no entanto
parte da comunidade, da economia, da estrutura política nos diversos países, futebol e
política se misturaram.

(C) O futebol que em várias ocasiões, em diversos países, se misturaram com a política, ele é
reflexo de mudanças na sociedade, cujo futebol é parte da comunidade, da economia, da
estrutura política.

(D) O futebol, cuja parte da comunidade, da economia, da estrutura política, reflete


mudanças na sociedade em várias ocasiões, em diversos países, que futebol e política
misturaram-se.
(E) Em várias ocasiões, em diversos países, que futebol e política se misturaram, ele vem
sendo parte da comunidade, da economia, da estrutura política, conquanto que reflete
mudanças na sociedade.

GABARITO

1. C
2. A
3. D
4. B
5. E
6. B
7. A
8. C
9. D
10. E
11. D
12. A
13. B
14. E
15. C
16. C
17. E
18. B
19. A
20. D
21. B
22. C
23. E
24. D
25. A

Exercício de interpretação com gabarito comentado


O exercício de interpretação de textos que apresento abaixo traz como diferencial algo que
muitas vezes me foi pedido no blog Análise de Textos e até aqui neste blog: exercícios de
interpretação de textos com gabarito comentado. Tantas vezes encontramos pela internet
alguns exercícios com gabarito, mas de cujas respostas discordamos. Isso pode ser
minimizado com exercícios como este que você poderá fazer abaixo. Bons estudos.

O homem contemporâneo não é onívoro como seu antepassado pré-histórico; nem todos os
animais e vegetais da região figuram em sua cozinha. Nosso sertanejo, por exemplo, aprecia
muito os peixes de água doce e a mandioca, mas não dá o menor valor aos crustáceos e às
verduras. Os negros africanos também não valorizam as hortaliças e pouca atenção dão à
carne de gado. O homem urbano do Ocidente, por sua vez, não tolera a idéia de mastigar os
gafanhotos, as larvas e os besouros que fazem a delícia de tantos povos do Oriente e da
África. Os hindus preferem morrer de fome a provar a carne das gordas reses que abundam
em seu país. Todos os povos possuem limitações inarredáveis no tocante às coisas que
comem.

1) O último período do texto funciona como:


a) explicitação
b) contestação
c) conclusão
d) retificação
e) repetição

2) “O homem contemporâneo não é onívoro...”; o segmento sublinhado significa que o


homem contemporâneo:
a) não gosta de tudo
b) não come tudo
c) não é igual em todas as partes do mundo
d) não se alimenta bem
e) come muitas coisas inadequadas
3) “O homem contemporâneo não é onívoro como seu antepassado pré-histórico;” esse
segmento traz uma ambiguidade que desapareceria se fosse reescrito, mantendo-se o
sentido pretendido no texto, da seguinte forma:
a) O homem contemporâneo não é onívoro como era seu antepassado pré-histórico.
b) Como seu antepassado pré-histórico, o homem contemporâneo não é onívoro.
c) O homem contemporâneo, como seu antepassado pré-histórico, não é onívoro.
d) O homem contemporâneo e seu antepassado pré-histórico não são onívoros.
e) O antepassado pré-histórico do homem contemporâneo não é onívoro como ele.

4) ”...nem todos os animais e vegetais da região figuram em sua cozinha.”; esse segmento
do texto significa que:
a) o homem contemporâneo desconhece muitos alimentos de sua região.
b) o homem contemporâneo não se alimenta de forma adequada.
c) alguns animais e vegetais não fazem parte do cardápio do homem contemporâneo.
d) as regiões apresentam animais e vegetais distintos.
e) nem todos os homens se alimentam de animais e vegetais.

5) NÃO servem de exemplo que comprovam a tese do texto:


a) os sertanejos brasileiros
b) os negros africanos
c) os homens urbanos do Ocidente
d) os povos do Oriente
e) os hindus

6) Ao designar de hindus os nascidos na índia, o autor do texto:


a) preferiu esta designação à de indianos.
b) errou, pois hindu se aplica somente aos adeptos do hinduísmo.
c) quer referir-se somente a uma parte dos habitantes da índia.
d) designa somente os que adoram a vaca como símbolo religioso.
e) errou, visto que o vocábulo é grafado sem a letra H.

7) “O homem urbano do Ocidente...”; o vocábulo sublinhado se aplica ao homem:


a) civilizado
b) culto
c) não-rural
d) adulto
e) contemporâneo

Gabarito dos exercícios de interpretação


1) Letra c
O autor do texto fala de hábitos alimentares de vários povos diferentes. Cada um come uma
coisa e não admite comer outra. Assim, o último período tira uma conclusão, englobando, na
palavra todos, os povos citados anteriormente.

2) Letra b
A palavra onívoro é formada por dois elementos latinos: oni (tudo, todos) e voro (o que
come). Assim, onívoro é o que come tudo. O enunciado diz que o homem não é onívoro,
então ele não come tudo.

3) Letra a
A simples inserção da forma verbal era, proposta na opção a, elimina a ambigüidade. Mas
qual era a ambiguidade? A frase original tem dois sentidos: o homem contemporâneo não é
onívoro como era seu antepassado pré-histórico ou o homem contemporâneo não é onívoro
como não era seu antepassado pré-histórico. Usando-se era ou não era damos um só sentido
ao trecho.

4) Letra c
Figurar na cozinha de alguém quer dizer fazer parte de sua alimentação, de seu cardápio. Se
nem todos os animais e vegetais da região fazem parte da sua alimentação, é porque alguns
não são comidos por ele, enquanto outros são, raciocínio que leva à alternativa c.

5) Letra d
Os povos do Oriente são citados como exemplo de devoradores de gafanhotos, larvas e
besouros, mas o texto não diz do que eles não gostam; então eles podem ser onívoros, o que
contraria a tese do texto, expressa no primeiro período.

6) Letra a
Hindu é sinônimo de indiano, o habitante da índia. A palavra não se aplica apenas à
religião conhecida como hinduísmo.

7) Letra c
Questão de vocabulário. A palavra urbano é o adjetivo referente à cidade. Urbano é o
contrário de rural, que diz respeito ao campo. Assim, o homem urbano é o da cidade, é o
não-rural.

Algumas dicas de interpretação de textos:

01. Ler todo o texto;


02. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura;
03. Ler o texto pelo menos umas três vezes;
04. Ler com perspicácia, sutileza;
05. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
06. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor;
07. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão;
08. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente;
09. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão;
10. Marcar a resposta correta apenas quando for entregar a avaliação.

MAR PORTUGUÊS

Ó Mar salgado, quanto do teu sal são


lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães
choraram!
Quantos filhos em vão rezaram!
5 Quantas noivas ficaram por casarpara
que tu fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena se a
alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
10 tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
mas nele é que espelhou o céu!
(Fernando Pessoa, in Mensagem)

1) Segundo o poeta, o sofrimento do povo ocorreu:


a) apesar das conquistas portuguesas
b) em virtude das conquistas portuguesas v
c) para as conquistas portuguesas
d) antes das conquistas portuguesas
e) após as conquistas portuguesas

2) A metáfora existente nos dois primeiros versos do poema estabelece:


a) a força moral de Portugal
b) a incoerência do sofrimento diante das conquistas
c) a importância do sofrimento para que o povo deixe de sofrer
d) a profunda união entre as conquistas e o sofrimento do povo
e) a inutilidade das conquistas portuguesas

3) Além da metáfora, os dois primeiros versos contêm:


a) prosopopéia, epíteto de natureza, eufemismo
b) antítese, pleonasmo, eufemismo
c) apóstrofe, epíteto de natureza, metonímia
d) prosopopéia, pleonasmo, antítese
e) apóstrofe, hipérbole, sinestesia

4) “Quantos filhos em vão rezaram!” Com este verso, entendemos que:


a) o sofrimento do povo foi inútil.
b) o povo português da época era muito religioso.
c) muita gente perdeu entes queridos por causa das conquistas portuguesas.
d) a força da fé contribuiu efetivamente para as conquistas do país.
e) a religiosidade do povo português era inútil.

5) As palavras que melhor definem o povo português, de acordo com as


idéias contidas no texto, são:
a) fé e competência
b) inteligência e maturidade
c) orgulho e religiosidade
d) perseverança e ambição
e) grandeza e tenacidade

6) Segundo o texto, para se ir sempre adiante é necessário:


a) crer no destino
b) aceitar a dor
c) viver com alegria
d) vencer o sofrimento
e) objetivar sempre o progresso

7) Por um processo anafórico, a palavra nele (/. 12) tem como referente no
texto:
a) Mar (/. 1)
b) Deus (/.11)
c) perigo (/.11)
d) abismo (/.11)
e) céu (/.12)

TEXTO II

Vale recordar que foi nesse século (o XVIII) que apareceram e se generalizaram em certas
regiões do Brasil as famosas “tropas de muares” que, daí por diante, até o fim do século XIX
e mesmo nos anos transcorridos do séc. XX, dividiram com os carros de bois as tarefas dos
transportes por terra no interior do Brasil. Nos caminhos rudimentares que então
possuíamos, transformados em lamaçais na estação das chuvas e no verão reduzidos a
ásperas trilhas, quase intransitáveis, foram os carros de bois e as tropas os únicos meios e
ligação dos núcleos de povoamento entre si e entre eles e as roças e lavouras. De outra
forma não se venceriam os obstáculos naturais. (B. J. de Souza, in Ciclo)

8) Segundo o texto, os carros de bois:


a) transportavam sozinhos pessoas e mercadorias no interior do Brasil.
b) surgiram no século XVIII, juntamente com as tropas de muares.
c) sucederam as tropas de muares no transporte de pessoas e mercadorias.
d) só transportavam mercadorias.
e) eram úteis, como as tropas de muares, por causa do estado ruim dos terrenos.

9) A estação das chuvas e o verão:


a) contribuíram para o desaparecimento dos carros de bois a partir do século XX.
b) não tiveram influência no uso das tropas de muares, pois os caminhos eram rudimentares.
c) foram fator determinante para o progresso do interior do Brasil.
d) contribuíram para a necessidade do uso de tropas de muares e de carros de bois.
e) impediam a comunicação dos núcleos de povoamento entre si.

10) Os obstáculos naturais só foram vencidos:


a) por causa do clima
b) por causa da força do povo
c) porque nem sempre os caminhos se tornavam lamaçais
d) porque os núcleos de povoamento continuavam ligados às roças e às lavouras
e) por causa da utilização das tropas de muares e dos carros de bois

11) As tropas de muares só não podem ser entendidas como tropas:


a) de cavalos
b) de mulos
c) de burros
d) de mus
e) de bestas

12) O transporte de que fala o texto só não deve ter sido, na época:
a) lento e penoso
b) difícil, mas necessário
c) duro e nostálgico
d) vagaroso e paciente
e) pachorrento, mas útil

TEXTO III

O liberalismo é uma teoria política e econômica que exprime os anseios da burguesia. Surge
em oposição ao absolutismo dos reis e à teoria econômica do mercantilismo, defendendo os
direitos da iniciativa privada e restringindo o mais possível as atribuições do Estado. Locke
foi o primeiro teórico liberal. Presenciou na Inglaterra as lutas pela deposição dos Stuarts,
tendo se refugiado na Holanda por questões políticas. De lá regressa quando, vitoriosa a
Revolução de 1688, Guilherme de Orange é chamado para consolidar a nova monarquia
parlamentar inglesa. (Maria Lúcia de Arruda Aranha, in História da Educação)

13) Segundo o texto, Locke:


a) participou da deposição dos Stuarts.
b) tinha respeito pelo absolutismo.
c) teve participação apenas teórica no liberalismo.
d) julgava ser necessário restringir as atribuições do Estado.
e) não sofreu qualquer tipo de perseguição política.

14) Infere-se do texto que os burgueses seriam simpáticos:


a) ao absolutismo
b) ao liberalismo
c) às atribuições do Estado
d) à perseguição política de Locke
e) aos Stuarts

15) A Revolução de 1688 foi vitoriosa porque:


a) derrubou o absolutismo.
b) implantou o liberalismo.
c) preservou os direitos de iniciativa privada.
d) baseou-se nas idéias liberais de Locke.
e) permitiu que Locke voltasse da Holanda.

16) “...que exprime os anseios da burguesia.” [l. 1/2) Das alterações feitas na passagem
acima, aquela que altera substancialmente seu sentido é:
a) a qual expressa os anseios da burguesia.
b) a qual exprime os desejos da burguesia.
c) que representa os anelos da burguesia.
d) que expressa os valores da burguesia.
e) que representa as ânsias da burguesia.

17) A teoria política do liberalismo se opunha:


a) a parte da burguesia
b) ao mercantilismo
c) à monarquia parlamentar
d) a Guilherme de Orange
e) ao absolutismo

18) Infere-se do texto que Guilherme de Orange:


a) não seria simpático aos burgueses.
b) teria ligações com os reis absolutistas.
c) teria idéias liberais.
d) não concordaria com Locke.
e) teria apoiado o exílio de Locke na Holanda.

GABARITO:
1- b 2- d 3- c 4- c 5- e 6- d 7- a 8- e 9- d 10- e 11- a 12- c 13- d 14- b 15- a 16- d 17- e 18- c

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