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Laboratório de conformação e Usinagem

Alunos: Helena Torres dos Santos; Isabela Ester Moreira Silva


Leonardo César Vieira; Roberto Cota Coura
Pratica Influencia dos parâmetros de usinagem
A prática de influência dos parâmetros de usinagem dividiu-se em 3 praticas
para melhor analise das consequências das variações de cada parâmetro.
Iniciou-se por intermédio da variação da velocidade de corte mantendo-se
constante o avanço e a profundidade de corte. Na segunda pratica variou-se o
avanço e manteve-se os demais parâmetros com valores constantes. E por fim,
variou-se a profundidade de corte e mante-se constante a velocidade e avanço.
Durante todas as etapas da pratica usinou-se dois eixos da mesma forma, um
deles utilizando-se uma ferramenta MA (TiN) e o outro utilizando uma
ferramenta MJ (TiNAl), afim de analisar também a influência do revestimento
da ferramenta no resultado da usinagem.
Variação da velocidade de corte (Vc)
Usinou-se o eixo ABNT 1045 em torno CNC mantendo-se constantes os
parâmetros de avanço (f=0,15mm/rev) e profundidade de corte (ap=1mm)
variando a velocidade de corte em três níveis conforme mostrado na figura 1.

Figura 1 - velocidades de corte utilizadas em cada trecho do eixo

Antes do processo que seria analisado, realizou-se um desbaste inicial afim de


retirar toda a camada superficial de carepa resultante do processo realizado
anteriormente para produção do eixo e proporcionar uma superfície com
características regulares ao longo da mesma para melhor observação dos
dados desejados e evitar que fatores desconhecidos interfiram no resultado
obtido. Nesse processo, o eixo saiu do diâmetro inicial (Ǿ=44,5mm) para o
diâmetro (Ǿ=43mm).
Partindo do diâmetro inicial (Ǿ=43mm) realizou-se a usinagem da peça com
um ap=1mm e avanço f=0,15mm/rev, variando a velocidade de corte em três
níveis. Avaliou-se então a influência da velocidade de corte quanto a
morfologia, tonalidade e dimensional do cavaco, para cada ferramenta de corte,
e também a potência de corte em analogia à potência ativa e comparada ao
cálculo teórico. Calculou-se também os valores teóricos de rugosidade e
comparou-se com os valores medidos utilizando um rugosimetro (valor médio
de rugosidade considerando três medições em cada parte da peça, com
diferenças de aproximadamente 120º entre cada ponto utilizado para medição).
Os dados obtidos experimentalmente estão descritos na tabela 1.

Tabela 1 - Dados práticos para a variação da velocidade de corte

Velocidade de
50 80 150
corte (m/min)
Ferramenta MA
Ivazio (A) 5,1 6,2 9,2
Itrabalho (A) 7,0 8,7 13,6
H médio (mm) 0,44 0,37 0,39
B médio (mm) 1,21 1,26 1,37
Ra médio 1,209 0,78 0,756
Rt médio 8,473 4,793 4,31
Cor do cavaco Hélice curta / pedaços Em vírgula Em vírgula
Forma do
Azul Azul Azul
cavaco

Imagem

Ferramenta MJ
Ivazio (A) 5,1 5,9 9,3
Itrabalho (A) 6,5 8,3 13,4
H médio (mm) 0,47 0,41 0,35
B médio (mm) 1,32 1,27 1,22
Ra médio 1,37 1,311 1,297
Rt médio 7,666 6,393 6,219
Cor do cavaco Azul Azul Azul
Forma do
Em vírgula Hélice curta / vírgula Em vírgula
cavaco

Imagem

Além dos dados experimentais, calculou-se os valores teóricos como


demonstrado na tabela x afim de comparar os resultados práticos com os
resultados teóricos.
Obs.: Ks1 = 2220N/mm2; (1-z) = 0,86; V = 220V; cosφ = 0,8; η = 0,8; rε = 4mm.
Tabela 2 - Dados teóricos calculados para a variação da velocidade de corte

Velocidade de corte
50 80 150
(m/min)
Ferramenta MA
Força de corte [N]
1326 1190 1353
Fc=K s 1∗h(1−z )∗b
Potência ativa [kW]
( V ∗∆ I∗cosφ∗η ) 0,268 0,352 0,620
Pat =
1000
Força de corte em analogia à
potência [N}
P at∗60000 321,6 264 248
Fc=
Vc
Rugosidade média (μm)
f2 0,180
Ra=
31,2∗r ε
Rugosidade total (μm)
f2 0,703
Rt =
8∗r ε
Ferramenta MJ
Força de corte [N]
1558 1309 1125
Fc=K s 1∗h(1−z )∗b
Potência ativa [kW]
( V ∗∆ I∗cosφ∗η ) 0,197 0,338 0,577
Pat =
1000
Força de corte em analogia à
potência [N}
P at∗60000 236,4 253,5 230,8
Fc=
Vc
Rugosidade média (μm)
f2 0,180
Ra=
31,2∗r ε
Rugosidade total (μm)
f2 0,703
Rt =
8∗r ε

Como já esperado, as rugosidades calculadas foram as mesmas para ambas


velocidades e ferramentas, porque teoricamente, tanto a rugosidade média Ra
como a rugosidade média Rt não são influenciadas pela velocidade de corte,
algo diferente daquilo observado na pratica.
Por intermédio desses dados, foi possível gerar os gráficos para melhor
visualização dos resultados.
Figura 2 -Gráfico força de corte X velocidade de corte

Figura 3 - Rugosidades em função da velocidade de corte

Variação do avanço (f)


Para verificar a influência da variação do avanço repetiu-se a metodologia
realizada na primeira parte da pratica, porém nessa etapa, mantiveram-se
constantes a velocidade de corte (Vc=200m/min) e profundidade de corte
(ap=1,5mm) e variou-se o avanço conforme figura 2.

Figura 4 - Variação do avanço na peça

Assim como na primeira etapa do processo, também se realizou uma usinagem


previa afim de realizar a limpeza da peça, para posteriormente realizar-se a
usinagem definitiva e analisar-se os resultados dessa operação descritos na
tabela 3.
Tabela 3 - Dados experimentais obtidos com a variação do avanço

Avanço
0,06 0,20 0,40
(mm/rev)
Ferramenta MA
Ivazio (A) 13,5 13,5 13,1
Itrabalho (A) 17,2 22,8 32,1
H médio (mm) 0,17 0,42 0,70
B médio (mm) 1,67 1,80 2,03
Ra médio 0,524 1,289 3,639
Rt médio 4,086 5,906 12,813
Cor do
Cinza Azul Azul
cavaco
Forma do
Em fita Em pedaços Em pedaços
cavaco

Imagem

Ferramenta MJ
Ivazio (A) 13,6 13,7 13,8
Itrabalho (A) 16,8 22,6 31,2
H médio (mm) 0,16 0,42 0,75
B médio (mm) 1,62 1,73 1,92
Ra médio 1,026 1,966 5,244
Rt médio 10,443 7,873 16,863
Cor do
Cinza Azul Azul
cavaco
Forma do
Em fita Em virgula Em virgula
cavaco

Imagem

Utilizando formulas teóricas calculou-se a força de corte, a potência de corte, a


potência ativa, a rugosidade Ra e a rugosidade Rt. Os valores obtidos estão
relacionados na tabela 4.
Obs.: Ks1 = 2220N/mm2; (1-z) = 0,86; V = 220V; cosφ = 0,8; η = 0,8; rε = 4mm
Tabela 4 - Valores teóricos calculados referentes a variação do avanço

Avanço (mm/rev) 0,06 0,20 0,40

Ferramenta MA
Força de corte [N]
807,7 1895 3316
Fc=K s 1∗h(1−z )∗b
Potência ativa [kW]
( V ∗∆ I∗cosφ∗η ) 0,521 1,309 2,675
Pat =
1000
Força de corte em analogia à
potencia [N}
P at∗60000 156,3 392,7 802,5
Fc=
Vc
Rugosidade média (μm)
f2 0,029 0,321 1,282
Ra=
31,2∗r ε
Rugosidade total (μm)
f2 0,113 1,250 5,000
Rt =
8∗r ε
Ferramenta MJ
Força de corte [N]
743,7 1821,3 3328
Fc=K s 1∗h(1−z )∗b
Potência ativa [kW]
( V ∗∆ I∗cosφ∗η ) 0,451 1,253 2,450
Pat =
1000
Força de corte em analogia à
potencia [N]
P at∗60000 135,3 375,9 735
Fc=
Vc
Rugosidade média (μm)
f2 0,029 0,321 1,282
Ra=
31,2∗r ε
Rugosidade total (μm)
f2 0,113 1,250 5,000
Rt =
8∗r ε

Valendo-se desse dados foi possível levantar as curvas de Ra e Rt em função


do avanço, e da força de corte em função do avanço. Também analisou a
atuação do quebra cavaco em função da alteração dos parâmetros de corte
selecionado por intermédio do mapa de quebra cavaco fornecido pelo
fabricante da ferramenta.
Figura 5 - Gráfico força de corte X avanço

Figura 6 - Gráfico rugosidade X avanço

Variação da profundidade de corte (ap)


A metodologia utilizada para obtenção dos valores nessa etapa foi a mesma
das outras etapas da pratica, variando-se o ap conforme figura 3, e mantendo-
se constantes a velocidade de corte (Vc=200m/min) e avanço (f=0,15mm/rev).

Figura 7 - Variação da profundidade de corte

Os valores obtidos durante esse processo estão descritos na tabela 5.


Tabela 5 - Valores experimentais medidos com a variação da profundidade de corte

Profundidade de
0,4 1,5 3,0
corte Ap (mm)
Ferramenta MA
Ivazio (A) 13,6 14,3 17,0
Itrabalho (A) 15,9 21,7 31,9
H médio (mm) 0,26 0,36 0,36
B médio (mm) 0,85 1,70 3,18
Ra médio 1,30 0,768 0,709
Rt médio 9,513 4,339 4,139
Cor do cavaco Azul Azul Cinza
Forma do cavaco Helicoidal Em pedaços Em fita

Imagem

Ferramenta MJ
Ivazio (A) 12,6 13,2 16,3
Itrabalho (A) 14,3 20,3 31,2
H médio (mm) 0,28 0,32 0,35
B médio (mm) 0,71 1,71 3,11
Ra médio 1,515 1,426 1,399
Rt médio 9,279 8,473 7,319
Cor do cavaco Azul Azul Cinza
Forma do cavaco Espiral Em pedaços Em pedaços

Imagem

Foi possível observar que para no último passe da ferramenta MA, obteve-se
um cavaco em fita, ou seja, o quebra cavaco não atuou.
Como nos demais passos, também calculou-se os valores teóricos para a força
de corte, potência ativa e as rugosidades teóricas como descrito na tabela 6.
Tabela 6 - Valores teóricos calculados referentes à variação da profundidade de corte

Profundidade de corte Ap
0,4 1,5 3,0
(mm)
Ferramenta MA
Força de corte [N]
0,4 1,5 3,0
Fc=K s 1∗h(1−z )∗b
Potência ativa [kW]
( V ∗∆ I∗cosφ∗η ) 592,4 1567,5 2932,2
Pat =
1000
Força de corte em analogia à
potencia [N]
P at∗60000 0,324 1,042 2,098
Fc=
Vc
Rugosidade média (μm)
f2 0,180
Ra=
31,2∗r ε
Rugosidade total (μm)
f2 0,703
Rt =
8∗r ε
Ferramenta MJ
Força de corte [N]
511,2 1424,9 2808
Fc=K s 1∗h(1−z )∗b
Potência ativa [kW]
( V ∗∆ I∗cosφ∗η ) 0,239 1,000 2,098
Pat =
1000
Força de corte em analogia à
potencia [N}
P at∗60000 71,7 300 629,4
Fc=
Vc
Rugosidade média (μm)
f2 0,180
Ra=
31,2∗r ε
Rugosidade total (μm)
f2 0,703
Rt =
8∗r ε

Como já esperado, as rugosidades calculadas foram as mesmas para ambas


velocidades e ferramentas, e também iguais para a pratica de variação da
velocidade de corte, porque teoricamente, tanto a rugosidade média Ra como a
rugosidade média Rt são influenciadas apenas pelo avanço, única pratica na
qual foi possível calcular uma variação das rugosidades, enquanto essa
variação foi visualizada praticamente modificando as três variáveis analisadas.
Conclusões

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