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Direito Comercial
Nº 2 – fornecer géneros, produtos e bens (ex: livrarias ou comprar carne para vender
no talho)
Criador de gado talho Rita
Compra Vende
carne carne
3 Critérios
• Finalidade lucrativa
Excepções - Há actos que também podem ser actos de comércio e que não têm
como finalidade o lucro ou há actividades que não estão ligadas ao comércio e os
seus sujeitos podem praticar actos de comércio (ex: agricultores, profissionais
liberais e associações culturais)
• Existência de empresa
Excepções – empresas civis que não praticam actos de comércio (ex: empresa
agrícola ou de pesca)
em lei mercantil (LULL), apesar da sua comercialidade ser “formal” e da causa não ter
nada a ver com o comércio ou os actos de comércio.
Comerciantes
Os sujeitos (singulares ou colectivos) com capacidade civil de exercício possuem
igualmente capacidade comercial de exercício, podem praticar actos de comércio –
artigo 7º do C. Comercial.
→ Pessoas singulares
Nos termos do nº1, do artigo 13º do C. Comercial, são comerciantes “as pessoas
que, tendo capacidade para praticar actos de comércio, fazem deste profissão”, ou
seja, para serem comerciantes, as pessoas têm de exercer uma actividade comercial ou
praticar actos de comércio com profissionalidade, isto é, de modo habitual ou
sistemático (não é comerciante quem pratique esporadicamente actos mercantis). Não
se exige, no entanto, que a profissão comercial seja a única exercida pelo sujeito, nem
que seja a principal.
1º Frequência Micaela Pimentel
Direito Comercial
→ Pessoas colectivas
▪ Sociedades comerciais
Artigos 4º, nº1 e 5º do Código das Sociedades Comerciais; artigo 13º, nº1 do C.
Comercial.
associações, ainda que exerçam o comércio, ele não deverá ser exercido a título de
profissão, como por exemplo, as associações de fim desinteressado ou altruístico não
podem ser comerciantes, não têm evidentemente por objecto interesses materiais e
aplica-se o parágrafo único do artigo 17º, do C. Comercial.
Artigo 2º CIRE – sujeitos que podem declarar insolvência. De acordo com este
artigo qualquer pessoa colectiva ou singular pode ser declarada insolvente. De todo o
modo, poderá ainda ser declarada insolvente a herança e ainda pessoas colectivas que
ainda não têm o seu acto constitutivo registado (alíneas c - h). Não é necessário ser
comerciante para ser sujeito passivo da declaração de insolvência
Por outro lado não poderão consideradas insolventes quaisquer entidades ligadas
ao Estado bem como seguradoras e instituições de crédito.
→ Não pode ser declarada insolvente nada que esteja relacionado com o Estado
porque alguém lhe empresta dinheiro que lhe permite solver os seus
compromissos financeiros (história da florista e tia). Por outro lado, alguém
pode ter bastante activo e pouco passivo e ainda assim não ter liquidez e por
isso estar insolvente (história do supermercado cheio de coisas e sem
ninguém).
Em Portugal a insolvência pode ser pedida pelo próprio devedor, artigo 18º do
CIRE, que equivalerá à confissão de insolvência e, por isso, logo após a petição inicial
surgirá a sentença declaratória de insolvência. Trata-se da insolvência apresentação.
Poderá também ser um terceiro a pedir a insolvência do devedor caso em que terá que
alegar pelo menos um dos factos índices do artigo 20º, nº1 do CIRE. Nesse caso, o
devedor será citado para se opor e depois do julgamento o juiz proferirá ou não
sentença de insolvência. Estamos perante a insolvência requerida.
→ Firmas
A firma é o nome comercial dos comerciantes, o sinal que os individualiza ou
identifica.
→ Composição
Firmas dos comerciantes individuais – tem de ser composta pelo nome
completo ou abreviado, conforme seja necessário para identificação da
pessoa, não podendo a abreviação reduzir-se a um só vocábulo (artigo 38º,
nº1 e 3 do RRNPC);
Firmas das sociedades comerciais – deve ser composta pelo nome ou firma
de todos os sócios (artigo 177, nº1 do C. Sociedades Comerciais);
1º Frequência Micaela Pimentel
Direito Comercial
→ Transmissao de firmas
Inter vivos – artigo 44º, nº1 e 4 RRNPC. Em primeiro lugar, só se pode
adquirir uma firma com o estabelecimento a ela associada. Para além
disso se se quiser ficar com a firma do anterior comerciante este deverá
autorizar por escrito e poderá ser adicionado à firma do adquirente a
menção de sucessor da firma anterior.
Mortis causa – artigo 44º, nº3 RRNCP. Só se aplica a comerciantes em
nome individual.
→ Escrituração mercantil
A escrituração é o registo ordenado e sistemático em livros e documentos de
factos relativos à actividade mercantil dos comerciantes para a sua informação e de
outros sujeitos (artigo 18º, nº2 C. Comercial – remete para o artigo 29º).
No que diz respeito à prova, o credor apenas tem que provar que o devedor é
comerciante em nome individual (não tem que provar o proveito comum nem que a
dívida foi contraída no exercício do comércio).
Empresas
Empresa e estabelecimento são expressões sinónimas para Coutinho de Abreu,
porque a palavra “estabelecimento” denota dominantemente algo objectivo (uma
estrutura produtiva de um sujeito e objecto de relações jurídicas). Mas a palavra
“empresa” também pode ter o mesmo significado por ser empregue em grande escala
para significar sujeito.
Existem entidades que apesar de não serem empresas em sentido objectivo (não
têm aquela estrutura económico-produtiva objecto de direitos e de negócios) são
consideradas empresas em sentido subjectivo. Na verdade, apesar de não haver uma
organização de trabalho dependente e de outros factores de produção, é considerada
empresa em sentido subjectivo um profissional liberal, um artesão, um agricultor, etc.